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Taberna dias antes do festival de caça

Era um típico dia de verão nortenho em Dakorum, a capital dos homens que vestem
roupas pesadas de animais, a manhã estava revestida pela bruma e, portanto o sol
tremeluzia varrendo o orvalho do solo úmido mais devagar. Nessa época esse povo
contido às suas tradições populares costuma promover o “Festival da Caça”, uma
festança que marca o início do verão, para começar o plantio do trigo nas fazendas; um
festival famoso pela caça do grande javali do norte, um animal corpulento, porém
esperto, rápido e fatal para aqueles desavisados ou pouco treinados na arte do combate e
da sobrevivência.

Está chegando, ei! ei! está chegando o dia do festival - canções serão entoadas a
respeito desse grande dia. Vocês se lembram do último festival? (uma voz com timbre
musical ecoa alto na taberna), disse Rick o bardo, pois é!, era um dia como este!, mas
estava mais frio e o vento mais forte..., complementou Balder o dono do corvo soturno,
limpando um copo com um pano qualquer.

Naquele torneio Ravi o Bravo se destacara, o frio e os fortes ventos não foram
empecilho para o grande guerreiro que se ocultava entre as estepes, tão rápido quanto
um cervo e tão certeiro quanto um falcão; disparara a flecha de seu arco com toda a sua
força, atravessando a cabeça da fera e deixando a sua marca; havia espreitado o javali o
tempo todo durante a caçada, adentrou fundo nas florestas, fixando seu alvo, como um
verdadeiro caçador do norte. Aquele sim! Foi um feito de um campeão!, disse Rick,
dedilhando seu alaúde de forma honrosa, alegrando os clientes do corvo.

De repente um homem se levanta e diz: mais uma caneca farta para o esse bardo por
minha conta!, outro homem se aproxima do bardo e pergunta: Rick, qual é a sua aposta
para esse ano? Quem você acha que será o vencedor do torneio?. O bardo então se
levanta e puxa um banquinho de madeira, pulando sobre ele e dedilhando seu alaúde
enchendo seus pulmões: Este ano teremos muitos guerreiros preparados! Então,
nenhum deve ser subestimado!, mas! se eu fosse você Falgrim, certamente apostaria em
Ravi!, apostar no atual campeão pode ser um investimento seguro...; Rick complementa
em alto e bom som, gesticulando com seu braço fino: lembrem-se senhores! As apostas
estão abertas! podem vir comigo e deixar suas peças de ouro aqui no corvo soturno,
nosso amigo Balder preparará uma grande festa!.

Logo as pessoas começam a se aproximar de Rick, o bardo e fazer suas apostas, uma
fila começa a se formar de maneira improvisada na taberna, sado o ajudante, tenta levar
a fila de forma organizada até que um homem se levanta de sua cadeira e fala: ouvi
dizer que este ano a vergonha de Bhaul irá participar! Ele é um mestiço de orc!, outra
voz ecoa no salão da taberna: será?. Lembrem-se de que todos podem participar
senhores! Complementa o bardo, satisfeito com o início das apostas. Por um segundo o
silêncio toma o local..., nesse momento outro homem se ergue de sua mesa mais ao
fundo e com uma voz ríspida e rouca desfere: Jamais! que uma Vergonha dessas
participaria! Se eu fosse o Khan o proibiria de participar! Terminando sua fala com
uma cusparada rouca numa jarra de bronze ao pé, o homem então abre a boca
novamente, mas uma nova voz o atrapalha vinda da porta de entrada: Ainda bem que
não és! Joshuei!, aposto 50 peças no meio-orc, transcreva bardo! Então todos olham
para o canto na direção da voz e encontram um homem alto de corpo esguio, com os
cabelos negros presos por adornos de aço rebuscado, vestindo um pesado manto de pele
de lobo sobre uma veste de couro trabalhada com um símbolo de uma ave voando,
segurando na cintura a empunhadura de uma espada bastarda, logo todos percebem que
se trata de Peregus Piong-Ghan, do Clã da Garça do oeste, como por reflexo e hábito
todos baixam suas cabeças e fazem uma reverência em sinal de respeito ao ilustre
visitante, então mais que rápido rick se aproxima e pergunta: Então apostarás em
malubak mi-lorde?, a resposta vem rápida e em bom tom: É CLARO! É nítido que o
meio-orc será o novo campeão!

O silêncio novamente toma conta da taberna, enquanto peregus retira suas luvas de
couro e se dirige ao balcão, uma nova voz grita! Batendo sua caneca na mesa: À
vergonha de Bhaul! Como em couro novamente todos no local seguem e gritam: À
vergonha de Bhaul! O nobre levanta a mão direita e falando alto anima o corvo soturno:
Balder! Uma rodada por minha conta! E todos: Aeee! Brindando com suas canecas:
Salve Lorde Peregus da Garça do Oeste!

Quando neste exato momento o que parece ser um homem encapuzado, que estava
sentado do outro lado da taberna se levanta de forma apressada e sai do corvo
golpeando uma cadeira com seu braço....

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