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RELATÓRIO DE SOLUÇÕES ADOTADAS PARA A PROPOSTA DE TRABALHO 3

Cássio Stedetn de Freitas

Porto, 2011
RELATÓRIO DE SOLUÇÕES ADOTADAS PARA A PROPOSTA DE TRABALHO 3

1. PLANEAMENTO MACRO PARA EXECUÇÃO DO EMPREENDIMENTO

Ao quinto mês do ano de 2011 começou-se um planeamento para que se apresente como
proposta para a execução de um empreendimento. A obra é compreendida em um centro de
saúde numa cidade portuguesa, compreendendo um edifício composto por três corpos separados
por juntas de dilatação, existindo ainda, um parque de estacionamento exterior e um jardim.
Mais detalhes podem ser encontrados na ficha de proposta Trabalho 3, nos documentos em
anexo.

A execução do empreendimento se dará num prazo, segundo o planeado, de cinquenta e


duas semanas, isto é, aproximadamente treze meses. As rotinas de execução das estruturas em
betão são de quatro semanas, ou seja, quatro semanas para execução de um piso por completo,
possibilitando o início dos trabalhos subsequentes.

Para auxiliar na organização e na geração gráfica ilustrativa do planeamento a longo


prazo do empreendimento, utilizou-se de um software especializado 1. A Figura 1 ilustra,
respectivamente, uma tabela gerada pelo programa, que mostra as nomeadas tarefas em que se
encontram divididas as etapas da execução do empreendimento, sua duração, datas fictícias de
início e término e dependências de umas com as outras. A Figura 2 ilustra o Gráfico de Gantt do
planeamento do empreendimento, baseado na tabela da Figura 1.

Figura 1. Tabela de planeamento do empreendimento.

1
OpenProj Version 1.4 - Copyrigth 2004-2008 Serena Software Inc.
Figura 2. Gráfico de Gantt do planeamento do empreendimento.

Resolveu-se este planeamento de acordo com as soluções construtivas propostas.


Encontra-se na Tabela 1, especificações sobre as nomeadas tarefas em que se encontram
divididas as etapas da execução do empreendimento. As soluções adoptadas se deram através de
análise de custos, qualificação de pessoal do empreiteiro e disponibilidade local de serviços.

Para melhor compreender o que se especifica na Tabela 1, entende-se:

 Por materiais e equipamentos adquiridos pelo empreiteiro: o que já se encontra na


obra, como por exemplo, equipamentos como colheres de trolha, pás, carrinhos de
mão, entre outros, e materiais como cimento, agregados, ferragens, entre outros.
 Por materiais e equipamentos alugados: o que fez-se necessário especificar no
orçamento, como containers e telheiros para o estaleiro, central de betão, betoneiras ,
entre outros.
 Por materiais e equipamentos fornecidos pelo subempreiteiro: o que não está
especificado pelo fornecimento estar incluso mediante a contratação da
subempreitada.

Tabela 1. Especificações das etapas de execução do empreendimento.

MATERIAIS E
TAREFA PROCESSO EXECUÇÃO
EQUIPAMENTOS
Alugados (no caso das
Limpeza do terreno,
instalações) e
vedação e montagem
Serviços Iniciais Mão-de-obra própria adquiridos pelo
das instalações do
empreiteiro (demais
estaleiro
necessidades)
Regularização e
Mão-de-obra própria Duas retroescavadoras
nivelamento do
especializada / alugadas /
Escavações e terreno como um todo
subempreitada equipamentos do
Terraplenagem e escavação das partes
(transporte e bota-fora subempreiteiro para
onde se encontrarão as
de terras) transporte
caves das edificações

Execução de
fundações directas Fornecidos pelo
Fundações Subempreitada
para os três corpos que subempreiteiro
serão edificados

Execução da estrutura Betão produzido em


de cada um dos corpos obra através de central
Estrutura na parte em que Mão-de-obra própria alugada e restante dos
consiste na utilização materiais adquiridos
de betão pelo empreiteiro
Alugados (no caso de
Execução de alvenaria
betoneiras) e
de tijolos para vedação
Alvenaria Mão-de-obra própria adquiridos pelo
e divisão das unidades
empreiteiro (demais
nos corpos 1 e 2
necessidades)
Colocação de Adquiridos pelo
Esquadrias Mão-de-obra própria
esquadrias em geral empreiteiro
Execução de
revestimentos em
argamassa, pinturas e Alugados (no caso de
impermeabilizações betoneiras) e
Acabamentos especificadas, tanto no Mão-de-obra própria adquiridos pelo
interior quanto no empreiteiro (demais
exterior dos corpos / necessidades)
execução de
carpintarias interiores
Execução da
Adquiridos pelo
Pavimentação pavimentação em Mão-de-obra própria
empreiteiro
granito da área externa
Execução da parte
Fornecidos pelo
Jardinagem ajardinada da área Subempreitada
subempreiteiro
externa
Limpeza inicial do
empreendimento, para
Limpeza e Serviços início de uso, e Adquiridos pelo
Mão-de-obra própria
Finais retirada de materiais empreiteiro
de estaleiro ainda
presentes
2. ANÁLISE DE CUSTOS APROXIMADOS PARA A OBRA E PARA O
ESTALEIRO

De acordo com os custos fornecidos, que se baseiam de forma ampla no custo por
unidade de área do empreendimento, calculou-se um valor global aproximado para a execução
da obra. As áreas foram calculadas com base na planta de situação que se apresenta nos
documentos em anexo a este relatório. Encontram-se na Tabela 2 os valores calculados.

Tabela 2. Cálculo do custo total aproximado da obra.

CUSTOS APROXIMADOS DA OBRA


CUSTO
CORPOS ÁREA (m2) CUSTO (€/m2)
PARCIAL
Corpo 1 457 700 319900
Corpo 2 457 700 319900
Corpo 3 750 250 187500
Est. e Acessos 2432 50 121600
Área Ajardinada 530 25 13250
   
CUSTO TOTAL APROXIMADO DA OBRA = 962150

Para estimar o custo aproximado do estaleiro, para o qual foi exigido maior detalhamento,
baseou-se também em custos fornecidos. Porém, agora são levadas em consideração as soluções
adoptadas para cada fase de execução da obra de acordo com o planeamento a longo prazo e as
decisões do empreiteiro. Encontram-se na Tabela 3 os valores calculados e no próximo item
deste relatório, as especificações das soluções adoptadas para a montagem do estaleiro.

Tabela 3. Cálculo do custo total aproximado do estaleiro.

CUSTOS APROXIMADOS DE ESTALEIRO


   
CUSTO CUSTO
INSTALAÇÕES ÁREA (m2) TEMPO (mês)
(€/mês.m2) PARCIAL
Contentores 108 12 25 32400
Contentores 36 2 25 1800
Telheiros 284 12 7 23856
Telheiros 9 2 7 126
Esp. a Céu Aberto 1865 14 20 522200
   
CUSTO PARCIAL ACUMULADO = 547982
   
CUSTO
EQUIPAMENTOS QUANTIDADE TEMPO (mês) CUSTO (€/mês)
PARCIAL
Grua Torre 45 m 1 12 3000 36000
Retroescavadora 2 1 3500 7000
Central de Betão 1 5 4000 20000
Betoneira 2 14 50 1400
   
CUSTO PARCIAL ACUMULADO = 64400
   
CUSTO
EXTRAS QUANTIDADE UNIDADE CUSTO
PARCIAL
Vedações* 311 €/mês.m 10 3110
Água e Energia 14 €/mês 500 7000
   
CUSTO PARCIAL ACUMULADO = 10110
   
   
CUSTO TOTAL PREVISTO PARA ESTALEIRO = 622492
         

*O valor numérico acerca da quantidade de Vedações necessária já foi introduzido na tabela


considerando a multiplicação das duas unidades variáveis relevantes.

3. DEFINIÇÃO E PLANEAMENTO DOS MEIOS DE ESTALEIRO

O estaleiro idealizado para a execução do empreendimento foi pensado de forma a ser


imutável durante quase a totalidade do período, isto é, passará por apenas duas fases. A primeira
delas durará quarenta e seis semanas, partindo do início da execução, e a segunda durará apenas
as seis semanas restantes.

O layout da primeira fase do estaleiro pode ser encontrado nos documentos em anexo a
este relatório, na planta de situação do estaleiro para fase 1. Esta fase foi desenvolvida de forma
a permanecer a maior parte de tempo possível imutável durante a execução dos trabalhos. Por
isso, deixou-se livre a parte do terreno onde ocorrerão as escavações e a edificação dos três
corpos. Utilizou-se, então, para área de fluxo e instalações de pessoal e serviço do estaleiro os
locais onde, futuramente, serão a área ajardinada e o estacionamento ao ar livre.

Para compor o cenário da linha de produção do estaleiro paralela à edificação tem-se uma
carpintaria, uma oficina somente para armaduras e outra para apoio de serviços em geral. Os
materiais, assim que chegam no estaleiro, ficam guardados num armazém. Ainda, lá se
encontram materiais que também já passaram por processos de montagem e transformação,
quando necessário. Decidiu-se, também, pela montagem de uma central de betão, pelo facto de
ter custo muito mais baixo perante à análise de custos da quantidade que seria utilizada na
estrutura com o preço do betão por unidade de volume comprado pronto na região.

Ainda, a logística do canteiro conta com acesso frontal directo para a área de fluxo e grua
torre para a movimentação de materiais. Entradas e saídas do estaleiro são controladas pelo
apontador da obra, que, para isso, ficará num sítio muito próximo ao acesso principal.
Eventualmente, quando algum veículo, por motivos aleatórios, não conseguir se inserir no
estaleiro, cargas e descargas poderão ser efectuadas também pela grua torre, visto que sua lança
alcança a parte exterior do estaleiro em alguns pontos.

Alocou-se num sítio afastado do restante das instalações os escritórios da obra, para que
os trabalhos lá desenvolvidos não sejam afectados pela linha de produção na área de fluxo. Para
facilitar, um acesso para o estaleiro foi colocado muito próximo aos escritórios. Nele, só terá
acesso pessoal autorizado, fazendo com que o restante das entradas e saídas da obra se faça pelo
acesso principal e passe pelo controle do apontador. Para apoio aos trabalhadores da obra, se
encontra no fundo do estaleiro uma área de vivência, que conta com refeitório, casas de banho e
espaço para intervalos.

Depois de quarenta e seis semanas de obra, o que compreende do início dos serviços
iniciais ao final da execução dos acabamentos dos corpos edificados, o estaleiro muda para a
sua segunda e última fase. Este layout também pode ser encontrado nos documentos em anexo.

Esta parte traz o estaleiro totalmente desprovido de instalações, permanecendo da


primeira fase apenas o sítio do apontador. Após quarenta e seis semanas, está previsto o início
das obras da parte externa do empreendimento, isto é, jardim, estacionamento e áreas comuns ao
ar livre. Para facilitar esta tarefa optou-se por deixar estes espaços já vazios, desmontando as
instalações existentes e aproveitando também o auxílio da grua que também será retirada ao
final do período.

Os serviços que necessitarem ainda ser desenvolvidos em obra se darão nas caves dos
corpos já edificados. Como não haverá nada pesado, que poderá vir a danificar o que já está
pronto, não haverá problema. Tanto os escritórios e áreas de vivência, como as oficinas ainda
necessárias e locais para armazenagem, serão montados e terão seus espaços dentro dos prédios.

O pior caso da última fase, é a armazenagem e o transporte das peças de granito, que irão
compor a pavimentação. Quando o responsável pela recepção das peças decidir que não convém
armazenar dentro dos prédios, pela quantidade de peças, necessidades delas já na linha de
produção, deficit de pessoal para transporte, entre outros factores, elas podem já ficar próximo a
área em que serão utilizadas. O granito é um material inerte que não se danifica quando deixado
ao ar livre sujeito a intempéries. No caso, ainda assim, a armazenagem seria por espaço muito
curto de tempo, frente ao tempo esperado para a execução da tarefa.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O que foi planeado e descrito neste documento é passível de execução dentro das
exigências previstas na proposta. Porém, factores, como compra e estoque de materiais,
quantidade de pessoal a trabalhar em obra, segurança, entre outros; ainda precisam ser definidos
para o aproveitamento correcto e optimizado do que aqui já foi desenvolvido.
ANEXOS

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