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LAUDO DE PERÍCIA MÉDICA

IDENTIFICAÇÃO DO SINISTRO:

SEGURADORA:
SOLICITANTE / RAMO:
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SINISTRO:
DATA PERÍCIA:
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LOCAL:
CIDADE:
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IDENTIFICAÇÃO DO PERITO:

MÉDICO:
CRM:
ESPECIALIDADE:

IDENTIFICAÇÃO DO SEGURADO:

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ESTADO CIVIL:
PROFISSÃO:
SITUAÇÃO PROFISSIONAL ATUAL:
LAUDO DE PERÍCIA MÉDICA
1. Diagnóstico atual e data do início da doença.

Segundo as declarações do paciente: Foi vítima de grave acidente de motocicleta no


ano de 2016, tendo sofrido politrauma, traumatismo crânio encefálico, onde ficou internado
na UTI por longa data, o paciente não sabe com exatidão o tempo da internação. Após o
evento, iniciou quadro progressivo de alteração da marcha e disfunção urinária,
desenvolveu também síndrome compartimental no membro inferior esquerdo, secundário a
TVP (Trombose Venosa Profunda), desenvolveu hidrocefalia, sendo submetido em 2017 a
procedimento neurocirúrgico para colocação de Válvula de Derivação Ventriculoperitoneal.
Desde o presente fato, o paciente vem apresentando transtorno de ansiedade, transtorno
depressivo (pós traumático?), comprometimento de memória com distúrbio cognitivo
moderado, perda da memória imediata, alteração discreta na atenção, alteração na
memória de evoção tardia, desorientação de tempo e espaço (pergunta a todo momento
“que horas são?” e “que dia é hoje?”) alteração discreta na marcha (marcha lentificada),
necessitando de terceiros para deambular, discreto tremor intencional em mãos, sinais de
liberação piramidal a esquerda e déficit motor, compatível com demência parietal,
apresenta pera auditiva do tipo sensório-neural (grau moderado) bilateralmente (limiares
auditivos em torno de 50 DB em ambos os ouvidos). É importante ressaltar que o paciente
encontra-se em idade avançada, o que contribui para a piora do seu caso clínico. O início
da doença deu-se em 2015 logo após o ocorrido acidente.

2. Comorbidades associadas

Hipertensão Arterial Sistêmica // Diabetes Mellitus não insulino dependente //


Dislipidemia // acompanhamento psiquiátrico devido sintomas emocionais
negativos/depressão.

3. Evolução e quadro clínico atual

Conforme explicitado no diagnóstico acima, o paciente apresenta uma série de


patologias em seu quadro clínico atual, com a piora no distúrbio cognitivo e na alteração da
memória, alteração na memória de evoção tardia, o paciente continua a apresentar
alteração na marcha (marcha lentificada), necessitando de terceiros para deambular,
disfunção urinária, avanço no transtorno de ansiedade e transtorno depressivo,
desorientação de tempo e espaço, apresentando dificuldade em prestar atenção e
flutuações no nível de consciência, discreto tremor intencional em mãos, sinais de
liberação piramidal á esquerda e déficit motor compatível com demência parietal, perda
auditiva do tipo sensório-neural (grau moderado) bilateralmente, (limiares auditivos em
torno de 50 DB em ambos os ouvidos), sequela motora discreta em dimidio direito, com
comprometimento na realização de algumas atividades da vida diária, o seu quadro é
demasiadamente incapacitante para exercícios de atividades laborais e necessita de
acompanhamento de terceiros para os hábitos ânfemeros.

4. Tratamento realizado
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Paciente encontra-se em tratamento neurológico, psiquiátrico, geriátrico,
medicamentoso faz acompanhamento com otorrinolaringologista, realiza reabilitação
cognitiva, terapia ocupacional, foi orientado a realização de atividade física, submetido a
procedimento neurocirúrgico para colocação de DVP.

5. Exames que devem ser levados no dia da perícia: laudo de imagem de tomografia e
ressonância do encéfalo, avaliação neuropsicológica, relatório médico.

O paciente apresentou na data desta ilustre perícia tomografia computadorizada de


crânio com data de 01 de outubro de 2021 que evidenciou ectasia ventricular
supratentorial. Índice de Evans= 0,29; cateter de derivação ventricular com trajeto pelo lobo
parietal direito e a extremidade distal situada na topografia do ventrículo lateral deste lado;
redução volumétrica cerebral difusa com predomínio parietal; hipodensidade na substância
branca de ambos os hemisférios cerebrais, provavelmente relacionada a microangiopatia
degenerativa; calcificações vasculares na topografia do segmento clinoide das artérias
carótidas internas.

Relatório médico da ilustre doutora Elaine Penna: “... vem apresentando


comprometimento de memória com distúrbio Cognitivo moderado, alteração discreta na
marcha (marcha lentificada) e déficit motor. Portador também de HAS, DIABETES
MELLITUS TIPO 2 e TRANSTORNO DEPRESSIVO. Vítima de atropelamento em 2015
com traumatismo crânio encefálico.”

Relatório médico do ilustre doutor Adriano Alves: “... com perda auditiva do tipo
sensório-neural (grau moderado) bilateralmente; limiares em torno de 50 db em ambos os
ouvidos (ver exame audiométrico em anexo). Estando, portanto incapacitado de realizar
suas atividades normalmente”.

Relatório médico do ilustre doutor José Caribé: “... Jabes Alves Dantas apresenta
quadro psíquico compatível com o diagnóstico de F 33- CID- 10”.

Relatório médico do ilustre doutor Yuri Mascarenhas: “... paciente acima tem história
de hidrocefalia de pressão normal, submetido a DVP há 5 anos, com boa resposta. Vem
evoluindo há 1 ano com piora da memoria e transtorno de ansiedade, mais sugestivo de
demência parietal. DVP reajustada hoje.”.

Relatório médico da ilustre doutora Daniella Bernardes: “... Observado quadro


cognitivo descrito, após o acidente com TCE grave e diagnóstico da Hidrocefalia de
Pressão Normal. Paciente encontra-se inapto para retorno às suas atividades laborais, se
justificando pelo contexto de comprometimento cognitivo manifestado por alteração
atencional, desorientação temporal, alteração memória de evoção tardia, sequela motora
discreta em dimidio direito, com comprometimento na realização de algumas atividades da
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vida diária. Orientado reabilitação cognitiva, terapia ocupacional e fisioterapia
motora/atividade física.”.

Relatório psicológico da ilustre doutora Kenia Campanholo: “... Os dados da valiação


neuropsicológica (...) revelam prejuízos significativos em memória episódica verbal e
visuoespacial, com prejuízo tanto em aprendizagem quanto em retenção das informações,
bem como na capacidade de raciocínio dedutivo, onde observou-se também inflexibilidade
mental. Alterações discretas foram evidentes em nomeação, atenção para emissão de
respostas com controle executivo, monitoramento mental, resolução de problemas e praxia
visuoconstrutiva.”.

6. Está caracterizada a invalidez? Se sim, justificar. Informar de a invalidez é decorrente


exclusivamente de doença ou pode estar relacionada ao TCE que sofreu em 2016 e
posteriormente DVE por hidrocefalia.

Sim, a invalidez é decorrente da perda progressiva da memória, da demência


parietal, do déficit da marcha, do transtorno depressivo e de ansiedade, do déficit auditivo,
da desorientação de tempo e espaço e todas as demais patologias aliado a sua idade
avançada, sendo decorrente tanto de sua doença, quando ao traumatismo crânio
encefálico ocorrido em 2016.

7. A incapacidade é temporária ou permanente? Justificar.

Permanente, seu quadro é progressivo e contínuo, demasiadamente incapacitante


para o exercício de atividade laborais, pelo fato do paciente tratar de pessoa com patologia
degenerativa que encontra-se em fase agudizada e persistente com prejuízo na execução
de atividades rotineiras.

8. Se permanente, está caracterizada IPDF? Justificar e informar a data da caracterização.

Sim, a circular SUSEP n. 302, de 19/09/05, que dispõe sobre as regras


complementares de funcionamento e os critérios para operação das coberturas de risco
oferecidas nos Seguros de Pessoas, em seu artigo 17 “Art. 17. Garante o pagamento de
indenização em caso de invalidez funcional permanente total, conseqüente de doença, que
cause a perda da existência independente do segurado.”, dá a definição de Invalidez
Funcional Permanente Total por Doença, como sendo a cobertura que garante o
pagamento de indenização em caso de invalidez funcional permanente total, consequente
de doença, que cause a perda da existência independente do segurado. Desta forma
considerando o seu quadro neurológico e multidisciplinar, o autor apresenta incapacidade
laborativa e invalidez.

9. Se existe alienação mental total e permanente, com perda das funções cognitivas,
tornando o Segurado total e permanentemente impossibilitado para a vida civil?
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Existe, paciente apresenta piora progressiva na memória imediata, alteração na
memória de evoção tardia, desorientação de tempo e espaço, apresentando dificuldade em
prestar atenção e flutuações no nível de consciência, déficit motor compatível com
demência parietal, sequela motora discreta em dimidio direito o que o incapacita para os
atos da vida civil.

10. Existe alteração do aparelho locomotor exclusivamente por doença, de caráter total e
definitivo, com impedimento da capacidade de transferência corporal?

Existe, o paciente apresenta alteração na marcha (marcha lentificada) necessitando


de terceiros para deambular, isto aliado a sua idade avançada, acarreta impedimento em
sua capacidade de transferência corporal.

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