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Citações 65

&,7$d®(6
Todo o trabalho científico que inclui uma revisão biblio-
gráfica sobre o tema em estudo, ou que reproduz uma informação
proveniente de canais informais, deve fazer referência às fontes
utilizadas.
O uso de material produzido por terceiros, sem a adequada
concessão de créditos, não é aceito pela comunidade acadêmica,
pois contraria os pressupostos éticos que devem estar presentes na
elaboração de trabalhos científicos e constitui plágio.
A referência ao autor pode ser textual ou livre e sua apre-
sentação no trabalho deve seguir algumas regras básicas as quais
são regulamentadas na NBR 10520 da ABNT, como será visto no
decorrer deste capítulo.

6.1 DEFINIÇÕES

 Citação, conforme a ABNT, é a “menção, no texto, de uma
informação extraída de outra fonte” (NBR 10520, 2002, p. 1). Re-
fere-se a elementos retirados de outras obras considerados impor-
tantes para auxiliar na fundamentação das idéias desenvolvidas
pelo autor da monografia.

6.2 TIPOS DE CITAÇÃO

As citações em um documento podem ser diretas ou indire-


tas, ou mesmo transcrever uma citação de um outro texto. A cita-
ção é GLUHWD quando se trata de uma transcrição textual, ou seja,
reprodução literal das palavras do autor do documento consultado,
com todos os detalhes, e é LQGLUHWDquando se refere a uma trans-
crição livre das idéias do autor consultado.
Nos casos em que o texto citado direta ou indiretamente é
de um autor diferente daquele do documento utilizado, e a cujo
original não se teve acesso, tem-se uma FLWDomRGHFLWDomR. Neste
último caso, deve ser utilizada a palavra latina DSXG, a qual signi-
fica “citado por”, “conforme”, “segundo”.
66 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

6.3 SISTEMAS DE CHAMADA E USO DAS


CITAÇÕES
A identificação da fonte da citação é imprescindível, exis-
tindo para isso dois sistemas de chamada: sistema numérico e sis-
tema autor-data.
O VLVWHPDQXPpULFRé aquele em que as citações são nu-
meradas no capítulo ou parte, em seqüência, e a indicação da fonte
é feita em nota de rodapé1. A indicação da numeração pode ser
efetuada entre colchete, parêntese ou alinhada ao texto, na forma
de sobrescrito, e colocada depois da pontuação que fecha a citação.
O VLVWHPD DXWRUGDWD, ou alfabético, é aquele em que as
citações já são acompanhadas no próprio texto pela indicação do
autor e data da obra citada, acompanhada ou não pelo número da
página. Essa indicação pode posicionar-se antes ou depois da cita-
ção, mas sempre próximo à mesma.
Deve-se adotar somente um sistema de chamada ao longo
do trabalho, seguido de modo consistente, para permitir sua corre-
lação em notas de rodapé ou na lista de referências. Neste Guia
adota-se o sistema autor-data pela sua maior simplicidade opera-
cional, além do uso mais freqüente em monografias.
Não existe uma norma para a localização da indicação do
autor na frase. Depende da forma como a idéia foi apresentada e
desenvolvida, e da conveniência ou não de indicar o autor da idéia
dentro da frase ou após a mesma.
Embora as citações sejam recomendadas especialmente
quando balizam conceitualmente o trabalho, o uso indiscriminado
de transcrições literais deve ser evitado, resguardando-se a sua
utilização quando se trata de reforçar, contrapor, enfatizar ou con-
cluir uma argumentação ou idéia que está sendo desenvolvida. Um

1
No sistema numérico, após a primeira referência bibliográfica completa,
a indicação subseqüente da mesma obra, nas notas de rodapé, pode ser
feita de forma abreviada ou mediante a adoção das expressões latinas:
DSXG – citado por, conforme, segundo; ,GHP ou ,G – mesmo autor;
,ELGHPou ,ELG – na mesma obra; 2SXVFLWDWXP ouRSFLW – obra ci-
tada; 3DVVLP – aqui e ali, em diversas passagens; /RFR FLWDWR ou  ORF
FLW ± no lugar citado; &I – confira, confronte. Todas estas expressões
latinas, com exceção de DSXG, são de uso exclusivo em notas.
Citações 67

número grande de citações empobrece o texto, mesmo quando a


pesquisa se refere a uma determinada obra ou determinado autor.
Além disso, devem ser evitadas citações de assuntos ou interpreta-
ções rotineiras, idéias correntes ou de domínio público, assim co-
mo notas de natureza didática (apostilas, anotações de aula, etc.).
É importante ressaltar que todos os autores citados direta
ou indiretamente ao longo do trabalho devem ter a referência bi-
bliográfica correspondente na OLVWD GH 5HIHUrQFLDV incluída no
final da monografia.2

6.4 INDICAÇÃO DA AUTORIA NO SISTEMA


AUTOR-DATA
No VLVWHPD DXWRUGDWD, a regra geral para identificar a
autoria da obra é a indicação do último sobrenome do(s) autor(es),
título de entrada ou instituição responsável seguido da data de pu-
blicação e do número da página, separados por vírgulas e espaços.
Quando a indicação de autoria estiver incluída normalmen-
te na sentença, deve-se usar OHWUDVPDL~VFXODVHPLQ~VFXODVsen-
do a data e o número da página informados entre parênteses. Con-
tudo, se ela já estiver entre parênteses, a autoria deve ser indicada
exclusivamente com OHWUDV PDL~VFXODV exceção feita à letra “ p.”
indicativa do número da página. Se houver volume, tomo ou seção
da fonte consultada, estes devem ser acrescentados.
Nas FLWDo}HVGLUHWDV, deve-se especificar, além do autor e
do ano de publicação da obra, o número do volume, tomo ou seção
(se houver) e o(s) número(s) da(s) página(s). Nas FLWDo}HVLQGLUH
WDV, a indicação da(s) página(s) consultada(s) é opcional. P.ex.:

a) citação direta:
Conforme Mello (1982, p. 101), “ [...] o complexo exportador cafe-
eiro, ao acumular, gerou o capital-dinheiro que se transformou em
capital industrial [...]” .

2
As normas referentes à elaboração e apresentação das referências, com
base na NBR 6023:2002, da ABNT, encontram-se explicitadas e discu-
tidas no capítulo 9 do presente Guia.
68 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

“ Em suma, o complexo exportador cafeeiro, ao acumular, gerou o


capital-dinheiro que se transformou em capital industrial [...]”
(MELLO, 1982, p. 101).

b) citação indireta:
O complexo exportador cafeeiro foi fundamental para a geração do
capital-dinheiro (MELLO, 1982, p. 101).

A produção de lítio começou em Searles Lake, Califórnia, na déca-


da de 20. (MUNFORD, 1949).

Na FLWDomR GH FLWDomR, a menção das idéias de um autor


por outro autor é indicada pelo termo latino DSXG (sem negrito),
ligando os respectivos sobrenomes e datas de publicação. Se for
uma transcrição literal, deve-se colocar o número da página da
obra citada e da obra consultada. Ressalta-se que apenas o nome do
autor da obra consultada deverá constar da lista de referências no
final do trabalho. P.ex.:

“ Absolutismo, sociedade estamental, capitalismo comercial, políti-


ca mercantilista, expansão ultramarina e colonial são partes de um
todo [...]” (NOVAIS, 1975, p. 111 apud MELLO, 1982, p. 38).

Conforme Novais (1975 apud MELLO, 1982), o tráfico negreiro,


através do comércio colonial, alavancou a acumulação de capitais.

Quando uma mesma obra de um determinado autor é cita-


da sucessivamente ao longo de duas ou mais páginas, recomenda-
se mencionar este fato no início do referido trecho ou então utilizar
uma nota de rodapé explicativa. Se houver a inclusão de uma ou
mais citações diretas, estas devem ser formatadas de acordo com as
regras de apresentação das transcrições literais.
No caso do autor ser uma HQWLGDGH FROHWLYD HYHQWR, etc.
cita-se o nome do mesmo.
Quando se tratar de DXWRULDGHVFRQKHFLGD, por sua vez, a
indicação é efetuada pelo título, com a primeira palavra do mesmo
em letras minúsculas, com exceção da primeira, seguida de reti-
cências, quando estiver incluída na sentença. Caso a indicação
Citações 69

estiver entre parênteses, a primeira palavra do título passa a ser


escrita com letras maiúsculas. P.ex.:

As montanhas do Rio, as velhas igrejas barrocas de Minas Gerais,


as mulheres bonitas que passam pela vida, tudo isso deve ser res-
ponsável pela arquitetura meio livre e sensual que prefiro.
(DEPOIMENTO..., 1978, p. 101-114).

Em algumas situações é desejável apresentar a autoria de


forma abreviada. A NBR 10522, da ABNT, apresenta as normas
correspondentes.

$WpWUrVDXWRUHV
No caso de citação de obra com até três autores, indicam-
se os sobrenomes dos mesmos em letras maiúsculas ou minúsculas,
conforme o caso (dentro ou fora do parêntese), na ordem em que
aparecem na publicação. Os sobrenomes devem ser separados por
ponto e vírgula, se estiverem dentro de parênteses, e com vírgula e
a conjunção H, se estiverem fora dele. P.ex.:

(CRUZ; SOUZA; COSTA, 1995, p. 33) ou


Cruz, Souza e Costa (1995, p. 33)

0DLVGHWUrVDXWRUHV
Quando existirem quatro ou mais autores, cita-se o sobre-
nome do primeiro seguido da expressão latina HWDO, que significa
“ e outros” . P ex.:

(ARANDIA et al., 1990, p. 534) ou


Arandia et al. (1990, p. 534)

'LYHUVRVDXWRUHVHGLYHUVRVWUDEDOKRV
Nas citações indiretas, caso seja citada uma mesma idéia
desenvolvida por diversos autores em diferentes trabalhos, estes
70 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

devem ser citados em ordem alfabética. Os nomes devem ser sepa-


rados pela conjunção “ e” se fizerem parte da sentença, ou então
colocados entre parênteses e separados por ponto e vírgula. P.ex.:

Lipsey (1960) e Phillips (1958)



Diversos autores salientam a importância do “ acontecimento de-
sencadeador” no início de um processo de aprendizagem. (CROSS,
1984; KNOX, 1986; MEZIROW, 1991).

'RLVRXPDLVDXWRUHVFRPRPHVPRVREUHQRPHH
DPHVPDGDWDGHHGLomR
Quando se constatar a coincidência de sobrenomes de auto-
res, com obras publicadas no mesmo ano, a solução é incluir a
inicial de seus prenomes, seguida de ponto, na citação. Se a coinci-
dência persistir, opta-se por escrever os prenomes por extenso.
P.ex.:

(CHAVES, L., 1982) ou Chaves, L. (1982)


(CHAVES, F., 1982) ou Chaves, F. (1982)

(CHAVES, Leandro, 1982) ou Chaves, Leandro (1982)


(CHAVES, Luis, 1982) ou Chaves, Luis (1982)

8PDXWRUHGRLVRXPDLVGRFXPHQWRVFRPR
PHVPRDQRGHHGLomR
Na citação de várias obras de um mesmo autor publicadas
num mesmo ano, acrescentam-se letras minúsculas à data para
diferenciar os trabalhos, em ordem alfabética, sem espacejamento,
respeitando a ordem cronológica da publicação. P.ex.:

(CAMARGO, 1990a, p. 310) ou Camargo (1990a, p. 310)


(CAMARGO, 1990b, p. 24) ou Camargo (1990b, p. 24)
Citações 71

'LYHUVRVGRFXPHQWRVGDPHVPDDXWRULDFRP
DQRVGHHGLomRGLIHUHQWHV

Nas citações indiretas de várias obras de uma mesma auto-


ria, publicadas em anos diferentes e mencionadas simultaneamente,
separa-se as datas por vírgulas, respeitando a ordem cronológica
das publicações. P.ex.:

(DREYFUSS, 1989, 1991, 1995) ou Dreyfuss (1989, 1991, 1995)

(CRUZ; CANO, 1998, 2000) ou Cruz e Cano (1998, 2000)

6.5 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO DAS


CITAÇÕES LITERAIS
A apresentação das citações representadas por transcrições
literais atende a diversas regras gerais. Com o objetivo de facilitar
a compreensão e sua utilização, a exemplificação de cada uma
delas será baseada num texto extraído da página 101 da obra 2
FDSLWDOLVPR WDUGLR, de João Manuel C. de Mello, publicada em
1982. Note-se que a citação está sendo apresentada sem a formata-
ção adequada, de modo a facilitar a compreensão das regras gerais
que serão abordadas a seguir.

Em suma, o complexo exportador cafeeiro, ao acumular, gerou o


capital-dinheiro que se transformou em capital industrial e criou
as condições necessárias a essa transformação: uma oferta abun-
dante no mercado de trabalho e uma capacidade de importar a-
limentos, meios de produção e bens de consumo e capitais, R
TXH Vy IRL SRVVtYHO SRUTXH VH HVWDYD DWUDYHVVDQGR XP DXJH
exportador.

3RQWXDomRHVSDFHMDPHQWRHSRVLFLRQDPHQWR

6.5.1.1 Citações de até três linhas


72 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

As citações de até três linhas (FLWDo}HV GLUHWDV FXUWDV),


contadas no texto em edição, integram o parágrafo e são escritas
com IRQWH WDPDQKR  e encerradas HQWUH DVSDV GXSODV, sem
espaços livres. Deixa-se um espaço entre as aspas do final da cita-
ção e o parêntese da identificação do autor.
O uso do ponto após as citações deve atender às regras
gramaticais. Quando a autoria foi identificada no início da citação,
o ponto situa-se antes das aspas duplas finais. Se, entretanto, essa
identificação ocorrer após o texto transcrito, acrescenta-se o parên-
tese com a indicação da autoria, seguido de um ponto final. P.ex.:

Conforme Mello (1982, p. 101), “ [...] o complexo exportador cafe-


eiro, ao acumular, gerou o capital-dinheiro que se transformou em
capital industrial e criou as condições necessárias a essa transfor-
mação.”

“ [...] o complexo exportador cafeeiro, ao acumular, gerou o capital-


dinheiro que se transformou em capital industrial e criou as condi-
ções necessárias a essa transformação” . (MELLO, 1982, p. 101).

6.5.1.2 Citações com mais de três linhas


Quando ultrapassarem três linhas (FLWDo}HV GLUHWDV ORQ
JDV), conforme a NBR 10520 e a NBR 14724, constituem parágra-
fo isolado, em espaço simples, com o mesmo tipo de fonte do tex-
to, porém em tamanho menor (recomenda-se IRQWHWDPDQKR), e
VHPDVSDVGXSODV. O parágrafo com a citação deverá estar afastado
da margem esquerda em 4 cm, e separado por um espaço duplo ou
dois espaços simples dos parágrafos que o precedem e sucedem.
P.ex.:

Em suma, o complexo exportador cafeeiro, ao acumular,


gerou o capital-dinheiro que se transformou em capital
industrial e criou as condições necessárias a essa trans-
formação: uma oferta abundante no mercado de trabalho
e uma capacidade de importar alimentos, meios de pro-
dução e bens de consumo e capitais, RTXHVyIRLSRVVt
YHO SRUTXH VH HVWDYD DWUDYHVVDQGR XP DXJH exporta-
dor. (MELLO, 1982, p. 101).
Citações 73

Tal como nas transcrições curtas, coloca-se um ponto ao


final do texto transcrito e outro após a indicação do autor, se esta
estiver no final da citação.

6XSUHVV}HVRXRPLVV}HV
As supressões ou omissões de palavras ou trechos da cita-
ção que não interessam ao desenvolvimento do trabalho são indi-
cadas SRU UHWLFrQFLDV HQWUH FROFKHWHV. Podem ocorrer no início,
meio ou final da transcrição. P.ex.:

“ [...] o complexo exportador cafeeiro [...] gerou o capital-dinheiro


que se transformou em capital industrial e criou as condições ne-
cessárias a essa transformação [...]” (MELLO, 1982, p. 101).

,QWHUSRODo}HVDFUpVFLPRVRXFRPHQWiULRV
As interpolações, acréscimos ou comentários referem-se à
inclusão de explicações ou esclarecimentos julgados necessários
para a plena compreensão de uma parte do texto. São efetuadas
pelo autor da monografia sendo apresentadas HQWUH FROFKHWHV.
P.ex.:

[...] e criou as condições necessárias a essa transforma-


ção: uma oferta abundante no mercado de trabalho [e-
xistência de trabalhadores livres em razão da imigração
em massa] e uma capacidade de importar alimentos,
meios de produção e bens de consumo e capitais [...]
(MELLO, 1982, p. 101).

ÇQIDVHVRXGHVWDTXHV
A ênfase de trechos de uma citação deve ser indicada me-
diante a utilização de negrito ou itálico seguido das expressões
JULIRQRVVR, se o destaque for realizado pelo autor da monografia,
ou JULIR GR DXWRU, se o mesmo constar na obra consultada. Em
74 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

ambos os casos, a indicação da autoria do grifo deve acompanhar a


identificação do autor da obra, ano de publicação e número da pá-
gina, dentro do parêntese. P.ex.:

“ Em suma, o FRPSOH[RH[SRUWDGRUFDIHHLUR, ao acumular, gerou


o FDSLWDOGLQKHLUR que se transformou em FDSLWDO LQGXVWULDO e
criou as condições necessárias [...]” (MELLO, 1982, p. 101, grifo
nosso).

[...] criou as condições necessárias a essa transformação:


uma oferta abundante no mercado de trabalho e uma ca-
pacidade de importar alimentos, meios de produção e
bens de consumo e capitais, RTXHVyIRLSRVVtYHOSRU
TXH VH HVWDYD DWUDYHVVDQGR XP DXJH exportador.
(MELLO, 1982, p. 101, grifo do autor).

&LWDomRQRLQWHULRUGDFLWDomR
No caso de haver uma ou mais palavras colocadas entre
aspas duplas no texto que está sendo citado literalmente, estas
transformam-se em DVSDVVLPSOHV, ou apóstrofos. P.ex.:

[...] afirmação de Fernand Braudel, de que as caracterís-


ticas essenciais do capitalismo histórico foram [...] `sua
flexibilidade ilimitada, sua capacidade de mudança e de
adaptação’ e não as formas concretas assumidas por ele
em diferentes lugares e épocas. (ARRIGHI, 1996, p. 4).

&LWDomRGHSiJLQDVFRQVHFXWLYDVHGHSiJLQDV
QmRFRQVHFXWLYDV
No caso de citações de textos localizados em páginas con-
secutivas, estas deverão ser unidas por um hífen. Quando as pági-
nas não forem consecutivas, usa-se a conjunção “ e” . P.ex.:

p. 16-17

p. 16 e 18
Citações 75

7H[WRVRULJLQDLVHPOtQJXDHVWUDQJHLUD
 WUDGXo}HV 
No caso de consulta a livros em língua estrangeira, as cita-
ções devem ser traduzidas para serem incorporadas ao corpo do
trabalho, acrescentando-se a versão original em nota de rodapé (ver
seção 7.2). Sugere-se utilizar a expressão “ tradução nossa” , entre
parênteses, após o texto traduzido. A indicação do autor é efetuada
na citação traduzida. P.ex.:

No texto:

Em termos mundiais, o mercado brasileiro é pequeno, os recursos


humanos de qualidade elevada são escassos, e o sistema científico
e tecnológico situa-se abaixo dos padrões aceitáveis, gerando ex-
ternalidades reduzidas para as firmas que investem em P&D.
(SUZIGAN; VILLELA, 1997, p. 101, tradução nossa).9

 No rodapé:
___________________
9
No original: ,QZRUOGWHUPVWKH%UD]LOLDQPDUNHWLVVPDOOKLJKTXDOLW\
KXPDQUHVRXUFHVDUHVFDUFHDQGWKHVFLHQWLILFDQGWHFKQRORJLFDOV\VWHP
LV EHORZ DFFHSWHG VWDQGDUGV JHQHUDWLQJ IHZ H[WHUQDOLWLHV WR ILUPV
LQYHVWLQJLQ5 '

&LWDomRGHWUDEDOKRVHPIDVHGHHODERUDomR
As informações retiradas de documentos ainda não conclu-
ídos podem ser inseridas no trabalho, desde que seja mencionada a
expressão “ em fase de elaboração” , entre parênteses. Os dados
disponíveis sobre o documento devem ser indicados em nota de
rodapé. P.ex.:

No texto:

Os poetas selecionados contribuíram para a consolidação da poesia


no Rio Grande do Sul, séculos XIX e XX (em fase de elaboração)9.
76 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

No rodapé:
____________________
9
Poetas rio-grandenses, de autoria de Elvo Clemente, a ser editado pela
EDIPUCRS, 2002.

,QIRUPDomRYHUEDO
Quando os dados ou informações forem obtidos mediante
informação verbal (palestras, debates, comunicações, conferências,
entrevistas ou ainda de correspondência, anotações de aulas etc.)
deve-se indicar a expressão “ informação verbal” entre parênteses
após a apresentação do material utilizado. Os dados disponíveis
sobre o assunto devem ser mencionados somente em nota de roda-
pé. P.ex.:

No texto:

O novo medicamento estará disponível até o final deste semestre


(informação verbal)9.

No rodapé:
____________________
9
Notícia fornecida por John A. Smith no Congresso Internacional de
Engenharia Genética, em Londres, em outubro de 2001.
Notas de rodapé 77

127$6'(52'$3e
Nos trabalhos escritos é comum a presença de situações em
que se mostra interessante, e, muitas vezes, necessária, a introdu-
ção de esclarecimentos ou comentários que, se constarem no corpo
do texto, podem interromper a seqüência lógica de exposição das
idéias.
Nesses casos, a solução adotada é a introdução de notas de
rodapé. As normas referentes à sua elaboração e apresentação serão
examinadas no presente capítulo.

7.1 DEFINIÇÕES
As notas de rodapé são “ indicações, observações ou adita-
mentos ao texto feitos pelo autor, tradutor ou editor [...]” (NBR
10520, 2002, p. 2). São utilizadas quando se mostra útil comple-
mentar o texto com informações que não devem ser incluídas no
mesmo.

7.2 TIPOS DE NOTAS DE RODAPÉ


As notas de rodapé podem ser de dois tipos: de referência
ou explicativas, sendo que as primeiras incluem as de tradução.

1RWDVGHUHIHUrQFLD
As QRWDVGHUHIHUrQFLD servem para indicar as fontes con-
sultadas ou fontes bibliográficas que permitam a comprovação ou a
ampliação de conhecimento do leitor, remetendo-o para outras
partes do mesmo trabalho, ou apontando outras obras ou textos
relacionados com o tema abordado.
No caso de remeterem para outros trabalhos, e estiver sen-
do utilizado o VLVWHPD QXPpULFR de chamada, a primeira citação
de uma determinada obra deve ter sua referência completa, enquan-
to as subseqüentes podem ser referenciadas de modo abreviado,
fazendo uso das expressões latinas.
78 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

a) DSXG– citado por, conforme, segundo;


b) ,GHPou ,G – mesmo autor;
c) ,ELGHPou ,ELG – na mesma obra;
d) 2SXVFLWDWXP ouRSFLW – obra citada;
e) 3DVVLP– aqui e ali, em diversas passagens;
f) /RFRFLWDWR ouORFFLW±no lugar citado;
g) &I – confira, confronte;
h) 6HTXHQWLD ou HWVHT – seguinte ou que se segue.

No VLVWHPD DXWRUGDWD, por sua vez, a chamada para ou-
tras partes do trabalho elaborado ou para outras obras que tenham
relação com o tema abordado, deve ser precedida de algum comen-
tário que pode ser útil para os leitores que queiram aprofundar o
assunto. P.ex.:

__________________________
9
Para maiores detalhes sobre o Plano Cruzado e o conflito distributivo no
Brasil, YHU o capítulo 2 de CAMARGO, José M.; RAMOS, Carlos A. $
UHYROXomRLQGHVHMDGD: conflito distributivo e mercado de trabalho. Rio
de Janeiro: Campus, 1988. p. 17-39.

Um tipo importante de notas de referência, e que são en-


tendidas como um terceiro tipo de nota de rodapé por alguns auto-
res, são as QRWDVGHWUDGXomR
Essas notas são utilizadas para apresentar a versão original
de uma tradução incluída no texto (YHU seção 6.5.7). Deve ser es-
crita em itálico e sem aspas, precedida da expressão “ No original” ,
com letra normal, seguida de dois pontos. Não é necessária a iden-
tificação do autor na nota de rodapé de tradução, uma vez que ela
já consta no texto traduzido. P.ex.:

________________________
1
No original: 7KLVGRHVQRWPHDQWKDWLWLVDQRSWLPDOIRUPRILQGXVWULDO
SROLF\ 2SWLPDO SURWHFWLRQ SROLF\ ZRXOG EH GLUHFWHG PRUH SUHFLVHO\ WR
WKH LQGXVWULHV WR EH SURWHFWHG DYRLGLQJ WKH E\SURGXFW HIIHFW RI DQ
XQGHVLUHGEDODQFHRISD\PHQWVVXUSOXV


Notas de rodapé 79

1RWDVH[SOLFDWLYDV
As QRWDVH[SOLFDWLYDV, por sua vez, servem para acrescen-
tar comentários do autor, fornecer informações e esclarecimentos
adicionais, justificar afirmações, definir conceitos e termos utiliza-
dos, etc. Destinam-se, também, a informar dados relativos a infor-
mações verbais, trabalhos em fase de elaboração, e trabalhos não
publicados. Podem incluir citações diretas e indiretas, valendo-se
da mesma orientação indicada no capítulo 6 para a identificação da
autoria, porém sem necessidade de utilização de parágrafo recuado
no caso de citações que ultrapassem três linhas.
As notas explicativas são as mais utilizadas no decorrer da
elaboração de uma monografia, por fornecer ao leitor elementos
adicionais para a compreensão do tema desenvolvido. P.ex.:
_______________________
1
Por eqüidade entende-se a disposição de reconhecer igualmente o direito
de cada um. Estabelece, portanto, o critério a ser utilizado para a classi-
ficação daqueles que são considerados iguais e estabelece, também, as
normas essenciais de diferenciação.

7.3 SISTEMA DE CHAMADA NO TEXTO E USO


DAS NOTAS DE RODAPÉ
O VLVWHPDQXPpULFR é o mais utilizado para chamar as no-
tas de rodapé, especialmente as notas explicativas.
Neste sistema, as notas de rodapé são ORFDOL]DGDV no pé da
página e devem ser chamadas no texto por números arábicos posi-
cionados junto à palavra, expressão ou frase a que se referem, em
posição elevada (sobrescrito), antes de vírgula, se for o caso, ou
após o ponto final da frase.
A QXPHUDomR deve ser seqüencial podendo reiniciar a cada
capítulo ou parte, evitando-se recomeçá-la a cada página. Neste
Guia, entretanto, recomenda-se utilizar uma única numeração ao
longo de todo o trabalho, especialmente quando o número de notas
de rodapé for reduzido.
80 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

O WDPDQKR e a TXDQWLGDGH de notas de rodapé de uma


monografia não são estabelecidos pela ABNT. Entretanto, na lite-
ratura existente sobre o tema, recomenda-se evitar textos muito
longos, que, em seu conjunto, ultrapassem um terço da página,
devendo o seu número ser limitado ao mínimo necessário.
O WH[WR das notas explicativas deve ser breve, sucinto e
claro. Além disso, é importante não desviar para o rodapé informa-
ções básicas pertinentes ao texto, bem como não deixar que o texto
fique ambíguo por falta de notas explicativas.
Exemplos:

a) quando a nota de rodapé se refere a uma palavra ou ex-


pressão:

A perda dos salários reais [para Keynes] ocorreria basica-


mente através de uma alta dos preços1, que seria pouco sentida
pelos trabalhadores, isto é, atingiria a todos ao mesmo tempo, não
havendo perdas relativas.
_______________________
1
Para Keynes (1984), a alta de preços se daria em função da inelasticida-
de da oferta em períodos próximos ao de pleno emprego.

b) quando a nota de rodapé se refere a uma idéia expressa


na frase ou parágrafo:

A partir das características das indústrias como usuárias e


produtoras de tecnologia e seus meios de apropriação do resultado
das inovações encontra-se em Pavitt (1984) uma classificação das
diferentes trajetórias tecnológicas setoriais.1 Foram encontrados
quatro principais grupos de indústrias.
_______________________
1
Uma adaptação da classificação das trajetórias tecnológicas setoriais
propostas por Pavitt e Quelin para as especificidades da economia brasi-
leira encontra-se em Castilhos (1992, p. 106-107).
Notas de rodapé 81

7.4 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO DAS


NOTAS DE RODAPÉ
As notas de rodapé localizam-se no pé da mesma página
em que ocorre a chamada, em espaço simples, com tamanho de
letra preferencialmente menor do que o utilizado no texto (sugere-
se IRQWHWDPDQKR) e separadas do mesmo por um espaço sim-
ples de entrelinhas e por um filete de 3cm, a partir da margem es-
querda.
As notas devem ser digitadas ou datilografadas dentro das
margens (DOLQKDPHQWR MXVWLILFDGR) e colocadas em seqüência,
VHP HVSDoR HQWUH HODV. A primeira linha deve situar-se rente à
margem esquerda e as subseqüentes devem iniciar abaixo da pri-
meira letra da primeira palavra da nota de modo a destacar o res-
pectivo número indicativo. Apenas eventualmente, e de acordo
com a orientação editorial adotada, podem ser posicionadas na
margem esquerda ou direita da mancha gráfica ou mesmo no final
do texto.
O número indicativo das notas de rodapé deve ser escrito
em DOJDULVPRVDUiELFRVHPVREUHVFULWR, com o mesmo tamanho
de letra utilizado no corpo da nota de rodapé, seguindo uma QXPH
UDomRVHTHQFLDO ao longo de todo o trabalho monográfico separa-
do da primeira palavra do texto da nota por um espaço.
82 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

,/8675$d®(6
Neste capítulo serão examinadas as normas que regem o
modo de apresentação de dados e informações, seja na forma de
números, seja na de figuras.
O modo de organização e a forma de apresentação tabular
ou gráfica do material empírico obtido assumem contornos rele-
vantes para atingir os objetivos do trabalho em desenvolvimento,
tendo em vista sua capacidade de permitir e/ou direcionar a descri-
ção e análise quantitativa no texto.
As fontes básicas utilizadas para esse trabalho foram as
normas NBR 6029, NBR 10719 e NBR 14724, da ABNT, e o livro
1RUPDV GH DSUHVHQWDomR WDEXODU do IBGE, reconhecido pela
ABNT para orientar a elaboração de tabelas. Também foi muito
útil a publicação 1RUPDV SDUD DSUHVHQWDomR JUiILFD GH GDGRV:
tabelas, do IPARDES.

8.1 DEFINIÇÕES
As LOXVWUDo}HV consistem em um conjunto de elementos
gráficos que integram a parte textual de um trabalho científico
servindo de apoio às idéias que estão sendo apresentadas, como
complemento visual.
Em seu sentido mais amplo, as ilustrações compreendem
ILJXUDV(esquemas, fluxogramas, organogramas, quadros, gráficos,
desenhos, gravuras, diagramas, mapas, fotografias, e outros), e
WDEHODV que são utilizadas conforme a necessidade e conveniência
de ilustrar partes do texto. As HTXDo}HVHIyUPXODV (principalmen-
te expressões matemáticas) não são classificadas como ilustrações,
mas foram incluídas neste capítulo por requererem, freqüentemente
a utilização de recursos gráficos e/ou símbolos específicos.
Conforme a NBR 14724 (2002, p. 2), as ILJXUDVconsistem
em “ elementos demonstrativos de síntese que [...] explicam ou
complementam visualmente o texto” , e as WDEHODVsão “ elementos
demonstrativos de síntese que constituem unidade autônoma. [...]
apresentam informações tratadas estatisticamente ” .
Ilustrações 83

8.2 ESTRUTURA E FORMAS DE APRESENTAÇÃO


DAS ILUSTRAÇÕES

(VWUXWXUD
De modo geral, as ilustrações possuem quatro partes prin-
cipais, as quais são adaptadas conforme o elemento gráfico em
questão (tabelas, quadros, gráficos, desenhos, diagramas, mapas,
fotografias, entre outros):
a) WtWXORconjunto de termos indicadores que descreve o
tipo e conteúdo das ilustrações. Deve ser escrito de
forma clara e concisa;
b) FRUSR conjunto dos dados e informações, seja em
forma de números seja no formato de figuras;
c) IRQWH indicação da(s) entidade(s) responsável(eis) pe-
los dados;
d) QRWDV: podem ser gerais (referem-se à ilustração como
um todo) ou específicas (informa sobre uma determi-
nada parte da ilustração).

)RUPDVGHDSUHVHQWDomR
A forma tabular ou gráfica, representada pelas ilustrações,
objetiva “ sintetizar as informações de forma clara e objetiva, em
um mínimo de espaço, facilitando sua leitura e compreensão, e
mostrando relações e tendências não evidentes na linguagem textu-
al” (CAMPOS; LOUREIRO, 2002, p. 185).
A ORFDOL]DomRdas ilustrações pode ser no corpo do traba-
lho ou em anexo, ocupando uma página inteira ou apenas uma
parte. São incluídas no corpo do trabalho quando constituem um
elemento adicional para o esclarecimento e entendimento das idéi-
as apresentadas. Neste sentido, devem ser colocadas próximo do
trecho do trabalho a que dizem respeito, preferencialmente logo
após a primeira vez que forem referidas. Quando colocadas em
anexo, devem ser auto-explicativas, de modo que não exijam do
leitor uma consulta constante ao texto.
A QXPHUDomR das ilustrações deve ser seqüencial, com al-
garismos arábicos, de modo independente para tabelas, figuras e
84 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

equações e fórmulas, e também de modo diferente da numeração


das seções. No caso de haver apenas uma ilustração, ela terá o nú-
mero 1. Somente devem ser incluídas ilustrações que tenham sido
citadas no texto. Cada ilustração deve ser referida no texto usando-
se frases como:

conforme especificado na Tabela 1;


(YHU Tabela 3);
como ilustrado na Figura 2;
(YHUGráfico 1).

É recomendável que as ilustrações obedeçam às GLPHQV}HV


do papel e das margens estabelecidas para um trabalho científico,
isto é, folha em formato A4 (21,0 cm x 29,7 cm) e margens es-
querda e superior de 3,0 cm e direita e inferior de 2,0 cm. No caso
de existirem ilustrações que ultrapassam essas medidas, tais como
plantas e mapas, a ABNT recomenda que as folhas sejam dobradas
de modo a resultar no formato A4 (NBR 5339, 1985).
Quando as ilustrações forem reproduzidas de outros docu-
mentos, torna-se imprescindível a identificação do documento de
origem.

8.3 TIPOS DE TABELAS E FIGURAS


Existem vários tipos de WDEHODV, que são classificadas con-
forme o seu conteúdo, destinando-se a proporcionar uma forma
específica de organização de dados: de codificação, de rotina ou
controle, de conversão de unidades, técnicas, especiais e estatísti-
cas (CAMPOS; LOUREIRO, 2002).
As mais utilizadas em estudos econômicos são as WDEHODV
HVWDWtVWLFDV, as quais apresentam “ um conjunto de dados estatísti-
cos, associados a um fenômeno, dispostos numa determinada or-
dem de classificação. Expressam, pois, as variações qualitativas e
quantitativas de um fenômeno” (PARANÁ, 1986, p. 3).
No caso das tabelas, o dado numérico destaca-se como in-
formação central (IBGE, 1993) ou, ainda, como uma forma de
disposição gráfica das séries, de acordo com determinada ordem de
classificação (MARCONI; LAKATOS, 1990).
Ilustrações 85

As séries estatísticas apresentadas nas tabelas podem ser


históricas ou temporais, geográficas ou espaciais, especulativas ou
especificativas. Podem ser formadas por um ou mais tipos de sé-
ries, correspondendo a tabelas estatísticas simples ou de dupla en-
trada.
Com relação às ILJXUDVque se pode utilizar num trabalho
científico, existe uma grande variedade das mesmas, cada uma com
a capacidade de representar algum fenômeno específico. Consistem
em cartogramas e mapas, fluxogramas, organogramas e cronogra-
mas, fotografias, plantas, lâminas, esquemas, quadros, gráficos
pictóricos, histogramas, gráficos em geral e outros.
Dentre as figuras, os JUiILFRV despontam como um dos ti-
pos de imagens mais utilizados em trabalhos científicos, princi-
palmente os gráficos estatísticos, que abrangem os diagramas, car-
togramas e os gráficos pictóricos. O destaque é para os diagramas,
pela sua maior diversidade. Podem ser de pontos ou de dispersão,
lineares, de colunas, de barras, de superfície, de áreas e de distribu-
ição de freqüência3.
Outro tipo de figura comumente utilizada nos trabalhos
científicos são os TXDGURV. Compostos geralmente por linhas e
colunas lembrando a forma de matriz, tal como as tabelas, os qua-
dros apresentam informações em forma de texto, assumindo um
caráter mais esquemático e descritivo, com sentido finito de abran-
gência (NBR 6029, 1993), ou ainda, são apresentações de tipo
tabular que não empregam dados estatísticos (NBR 12256, 1992).

8.4 APRESENTAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DOS


ESPAÇOS E ELEMENTOS DAS 7$%(/$6
As tabelas representam um tipo específico de ilustração,
com função demonstrativa no texto. Contêm informações tratadas
estatisticamente de modo que o dado numérico se destaca como
informação central (IBGE, 1993). Também podem ser entendidas
como uma forma de disposição gráfica de séries de dados, segundo

3
Em Campos e Loureiro (2000), são apresentados exemplos de elabora-
ção de cada tipo de gráfico, com a respectiva tabela de dados que os o-
riginou.
86 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

uma determinada ordem de classificação (MARCONI; LAKATOS,


1990), e devem ser inseridas o mais próximo possível do trecho de
texto a que se referem.
Normalmente, as tabelas são compostas de modo a não ul-
trapassar os limites das margens estabelecidas para o formato da
monografia, tese ou dissertação. Quando formadas por um número
maior de colunas, devem ser alinhadas nas margens laterais do
texto. Já no caso de serem pequenas, podem ser centradas entre as
margens (YHU exemplos na seção 8.9).
Os espaços utilizados pelo título, pela fonte e pelas notas
gerais e específicas devem acompanhar os limites da tabela elabo-
rada de modo a não ultrapassá-los.
A redução do tamanho da letra é um artifício que também
pode ser utilizado de modo a ajustar esse elemento gráfico aos
limites estabelecidos. Entretanto, quando isso não for possível ou,
até mesmo, suficiente, deve-se lançar mão de outros artifícios, os
quais serão explicitados no item 8.4.9.
A numeração das tabelas é independente das figuras que
também podem estar incluídas no trabalho. Recomenda-se que ela
seja consecutiva, de 1 a n, independente da numeração dos capítu-
los, embora a ABNT admita ambos os casos.
Conforme a publicação 1RUPDV GH $SUHVHQWDomR 7DEX
ODU do IBGE (1993), reconhecida pela ABNT, as tabelas são cons-
tituídas por espaços e elementos, distribuídos no topo, no corpo e
no rodapé da tabela. A representação esquemática desses elemen-
tos e espaços, sua exemplificação e caracterização serão detalhadas
nesta seção:

a) WRSR: espaço superior da tabela destinado ao identi-


ficador (incluindo a indicação do tipo de elemento
gráfico e o seu número), e ao título;
b) FHQWUR: espaço central da tabela reservado para a
moldura, cabeçalho, indicador de linha / coluna in-
dicadora, unidade de medida e dados numéricos ou
informações;
c) URGDSp: espaço inferior da tabela reservado para a
indicação da fonte e das notas gerais e específicas.
Ilustrações 87

Por exemplo:

TTabela 4 – Rendimento médio real dos ocupados e dos assalariados no trabalho


Identificador Título

O principal, por posição na ocupação e por setor de atividade


P econômica, na RMPA – 1995-1996
O coluna indicadora
Discriminação 1995 (R$) 1996 (R$) Variação %
C Ocupados ................. 514 555 8,0
E Assalariados (1) ........ 501 548 9,4
N Setor privado ............ 439 469 6,8
T Setor público (2) ...... 751 830 10,5
R Autônomos ............... 513 513 0,0
O Empregadores .......... 1 366 1 374 0,6
Fonte: PED-RMPA – Convênio FEE, FGTAS/SINE-RS, SEADE-SP
R e DIEESE.
O Nota: Valores em reais de dez. 1996, inflacionados pelo IPC-IEPE.
D (1) Exclusive assalariados e empregados domésticos sem remuneração
A no mês e os trabalhadores sem remuneração salarial. (2) Engloba em-
P pregados nos governos municipal, estadual e federal, nas empresas de
É economia mista, nas autarquias e nas fundações. 

,GHQWLILFDGRU
O LGHQWLILFDGRU é o componente utilizado para a identifi-
cação da tabela no texto ou nos anexos. Compõe-se do tipo de ele-
mento, em letras minúsculas com exceção da primeira, seguido do
número de ordem e de um hífen. Os elementos devem ser numera-
dos com algarismos arábicos de 1 a n podendo a numeração ser
seqüencial ao longo de todo o texto ou específica a cada capitulo.
Neste último caso, o número de ordem deve ser precedido do nú-
mero do capítulo, seguido de um ponto. P.ex.:

Tabela 7 - 7ª tabela do corpo do texto


Quadro 2 - 2º quadro do corpo do texto


Tabela 2.3 - 3ª tabela do segundo capítulo
88 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

7tWXOR
O WtWXOR contém o conjunto de termos definidores do con-
teúdo da tabela, em termos da natureza e da abrangência geográfica
e temporal dos dados numéricos. Deve ser escrito com letras mi-
núsculas, espaço simples e linguagem clara e concisa. Deve ser
alinhado à esquerda, incluindo o identificador numérico, sem ultra-
passar os limites da tabela, com a segunda linha iniciando embaixo
da primeira letra da primeira linha. P.ex.:

Tabela 1 - Distribuição da população economicamente ativa por


setor de atividade econômica no Rio Grande do Sul -
1991

A QDWXUH]Ddos dados diz respeito ao tipo de dado (abso-


luto ou relativo) e à designação do fato observado. É uma resposta
à pergunta: RTXH" e FRPR"
A DEUDQJrQFLD JHRJUiILFD é indicada pelo nome próprio
do local de ocorrência do fato complementado, se necessário, pela
identificação de outros níveis das unidades políticas e administrati-
vas. A abrangência geográfica responde à pergunta: RQGH"
A DEUDQJrQFLD WHPSRUDO dos dados e informações regis-
trados é imprescindível com exceção dos casos em que a natureza
dos mesmos não o permitir. A data de referência é colocada logo
após a descrição do conteúdo sendo separada desta por meio de um
hífen colocado entre espaços, e responde à pergunta: TXDQGR"
A indicação da GDWDGHUHIHUrQFLD deve obedecer aos cri-
térios descritos na NBR 5892:1989 – Norma para datar. Os princi-
pais são:
a) os meses podem ser escritos por extenso ou então de
forma abreviada (três letras) seguidos de ponto se forem
em letras minúsculas e sem ponto se as letras forem
maiúsculas. A única exceção é o mês de maio que sem-
pre deverá ser escrito por extenso. P.ex.:
Janeiro JAN Jan. jan.
Maio MAIO Maio maio
Ilustrações 89

b) os períodos determinados de tempo, tais como, trimes-


tre e semestre também podem ser abreviados. P. ex:
1º trim. 2º sem.
c) os dados referentes a um único ano são indicados pelo
ano, escrito com todos os algarismos;
d) os dados relativos a um período de meses diferente do
ano civil são indicados de modo completo, observando-
se que os meses podem ser escritos por extenso ou na for-
ma abreviada. P.ex.:
novembro 1995-outubro 1996
nov. 1995-maio 1996
e) as VpULHVWHPSRUDLVFRQVHFXWLYDV, que incluem todos os
dados da série, são indicadas pelo primeiro e último
pontos da mesma VHSDUDGRVSRUXPKtIHQ. P.ex.:
1989-1996
Jan.-nov. 1996
nov. 1989-jul. 1996
f) as VpULHVWHPSRUDLVQmRFRQVHFXWLYDV - exclusão de pelo
menos um dado da série - são indicadas pelo primeiro e
último mês/ano da mesma VHSDUDGRV SRU XPD EDUUD.
Quando o número de dados for reduzido, a série tempo-
ral pode ser expressa pela sua totalidade. P.ex.:
1990/2001
Nov. 1989/jul. 1996
Jun./dez. 2000
1989, 1995 e 1999
g) os dados mensais somados referentes a dois períodos
não consecutivos devem ser indicados pelo primeiro e
último ponto de cada período ligando-se ambos com a
conjunção “ e” . P.ex.:
jan.-maio/1995 e jan.-maio/1996
90 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.


0ROGXUD
A PROGXUD compõe-se dos traços (fios) necessários para
delimitar o espaço central de uma tabela. É representada no míni-
mo por três traços horizontais paralelos: um para separar o topo,
outro para delimitar o espaço do cabeçalho e um terceiro para sepa-
rar o rodapé. O uso de fios verticais para separar colunas, quando
usado, deve se restringir ao cabeçalho e apenas se for necessário
destacar parte do mesmo ou dos dados numéricos. Deve-se evitar a
utilização de fios verticais para separar as colunas e fios horizon-
tais para separar as linhas no corpo da tabela.
Com relação a fios verticais nas laterais, convenciona-se
que estes não devem ser utilizados nas tabelas estatísticas.

&DEHoDOKR
O FDEHoDOKR é o conjunto de termos que indicam, de forma
complementar ao título, o conteúdo e a natureza das colunas, po-
dendo ser formado por um ou vários níveis. Todas as especifica-
ções devem ser efetuadas iniciando com letras maiúsculas e as
demais, por minúsculas Por ex.:

a) com um nível:
Ocupação 1995 (R$) 1996 (R$) Variação %

b) com dois níveis:


Ocupação Rendimento médio real (R$) Variação %
1995 1996

,QGLFDGRUGHOLQKDFROXQDLQGLFDGRUD
Uma tabela necessita ter LQGLFDGRUHVGHOLQKD, inscritos na
FROXQDLQGLFDGRUD, que é a primeira coluna da tabela, para especi-
ficar o conteúdo das linhas. A indicação desse conteúdo deve ser
efetuada de forma clara e concisa, sendo recomendável o uso de
palavras por extenso.
Ilustrações 91

A sua elaboração deve ser baseada em alguns procedimen-


tos básicos:
a) no cabeçalho da coluna indicadora deve-se procurar in-
cluir a denominação que aparece no título ou outra que
especifique o conteúdo dessa coluna;
b) a segunda linha do indicador de linha inicia sob a pri-
meira letra da primeira palavra do mesmo;
c) somente a primeira letra dos indicadores de linha é es-
crita com letras maiúsculas;
d) as linhas da coluna indicadora devem ser completadas
com pontilhado, exceto quando se tratar de meses e a-
nos.
Exemplos:

Discriminação Anos e meses
Inflação (%)(1) ............................ 2001
Taxa de juros real (%)(2) ............ Jan.
Índice da taxa de câmbio ............ Fev.
Reservas internacionais (US$ Mar.
bilhão)(3) .................................... Abr.
Investimento (% PIB) ................. Maio.
Dívida externa total (US$ Jun.
bilhão)(3) .................................... 1º sem.

8QLGDGHGHPHGLGD
A indicação das XQLGDGHVGHPHGLGD dos dados numéricos
de uma determinada linha ou coluna se mostra, freqüentemente,
imprescindível para a compreensão da tabela. A localização da
expressão quantitativa ou metrológica dos dados numéricos, con-
forme o disposto no Quadro Geral de Unidades de Medidas do
Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade In-
dustrial (CONMETRO), depende do seu grau de abrangência den-
tro da tabela:
a) devem ser colocadas acima da linha superior do cabe-
çalho, no canto direito, se forem válidas para todos os
dados da tabela;
92 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

b) devem ser colocadas dentro do cabeçalho, nas colunas


correspondentes, se forem múltiplas. Quando necessá-
rio, elas também podem estar inscritas na coluna indi-
cadora;
e) devem ser indicadas entre parênteses, usando-se sím-
bolos, números ou palavras.

(m) ou (metro)
(t) ou (tonelada)
(R$) ou (reais)
(US$) ou (dólares)
(1 000 t) ou (mil toneladas)
(%) ou (percentual)
(US$ 1 000) ou (US$ mil)
(R$ 1 000) ou (R$ mil)
(kg/ha) ou (quilo por hectare)
(t/km) ou (tonelada por quilômetro)

Exemplo de unidades de medida em tabelas:YHU seção 8.9.

)RQWH
A indicação da responsabilidade pelo fornecimento ou ela-
boração dos dados numéricos e das informações apresentadas nas
tabelas é denominada de IRQWH.
A fonte deve ser inscrita a partir da primeira linha do roda-
pé da tabela, logo abaixo do fio horizontal de fechamento da mes-
ma. Sua indicação pode ser dispensada somente quando for de
autoria (elaboração e base empírica) do autor da monografia, tese
ou dissertação.
Existem alguns critérios que devem ser observados na sua
elaboração:
a) a identificação do(s) responsável(eis) pela elaboração
dos dados deve ser precedida pela palavra )RQWH, segui-
da de dois pontos e um espaço, ou )RQWH GRV GDGRV
EUXWRV quando os dados originais são trabalhados pelo
aluno;
Ilustrações 93

b) no caso de haver mais de um órgão responsável pela e-


laboração dos dados, os nomes ou siglas devem ser se-
parados por vírgulas;
c) ao extrair dados e/ou tabelas de uma publicação deve-se
colocar a referência bibliográfica completa da obra, fi-
nalizando com o número da página de onde os dados fo-
ram retirados. A indicação da fonte original dos dados
pode ser efetuada em nota, caso for julgado convenien-
te. A fonte das informações obtidas via internet deve ser
escrita seguindo as normas específicas para referenciar
dados obtidos por meio eletrônico (YHUseção 9.5);
d) quando as tabelas forem elaboradas com base em dados
obtidos em uma pesquisa de campo, deve ser utilizada a
expressão “ Pesquisa de campo“ como fonte;
e) no caso de tabelas estatísticas que ocupam mais de uma
página, a fonte figura apenas no final das mesmas.
Exemplos de apresentação de fontes:YHU seção 8.9.

1RWDVJHUDLVHHVSHFtILFDV
As notas destinam-se ao esclarecimento de algum aspecto
geral ou específico de uma tabela.
Recebem a denominação genérica de 1RWD quando são uti-
lizadas para fornecer um esclarecimento do conteúdo geral de uma
tabela, como, por exemplo, a indicação da metodologia adotada na
elaboração dos dados, aspectos conceituais gerais, etc.
A palavra nota deve ser escrita com apenas a primeira letra
em maiúsculo, seguida de dois pontos e um espaço. Localiza-se
logo abaixo da fonte da tabela e uma linha em branco.
As QRWDVJHUDLV devem ser redigidas de forma clara e obje-
tiva e sua apresentação deve considerar os critérios a seguir:
a) no caso do esclarecimento ultrapassar uma linha, o texto
da segunda linha em diante deve iniciar embaixo da
primeira letra da palavra Nota;
b) quando houver dois ou mais esclarecimentos gerais re-
comenda-se numerá-los com algarismos arábicos segui-
94 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

dos de ponto e espaço, um embaixo do outro, e usar a


palavra 1RWDV
c) no caso de tabelas estatísticas que ocupam mais de uma
página, as notas são colocadas apenas no final das mes-
mas.
Exemplo de nota geral:

Nota: Os dados originais foram fornecidos pela ANFAVEA e pelo


Sindicato da Indústria de Adubos do RS.

As QRWDVHVSHFtILFDV ou FKDPDGDV são utilizadas para es-


clarecer algum elemento específico da tabela, principalmente para
descrever conceitos relativos a determinadas linhas, colunas ou
células, ou para explicar dados. São enumeradas com algarismos
arábicos entre parênteses, correspondentes à chamada no topo ou
corpo da tabela, e QmR são precedidas da palavra Nota. Localizam-
se logo abaixo da fonte ou da nota geral, quando esta existir.
Tal como as notas gerais, essas também devem ser redigi-
das de forma clara e objetiva, devendo a sua apresentação obedecer
aos seguintes critérios:
a) a numeração das chamadas para as notas específicas,
sempre em ordem numérica crescente, deve seguir a se-
guinte ordem: cabeçalho, coluna indicadora, e no con-
junto de dados, de cima para baixo e da esquerda para a
direita. No cabeçalho, a indicação da chamada deve ser
colocada à direita ou abaixo das especificações; na co-
luna indicadora, à direita; no conjunto de dados, à es-
querda das casas, separada de um espaço do dado;
b) a apresentação das notas específicas no rodapé é conse-
cutiva, iniciando na margem esquerda da tabela. A se-
gunda linha e subseqüentes alinham-se como o parênte-
se da primeira nota;
c) no caso de tabelas estatísticas que ocupam mais de uma
página, as notas específicas são colocadas apenas no fi-
nal das mesmas.
Ilustrações 95

Exemplo de nota específica:

(1) Deflator IGP-DI Geral, da FGV. (2) Over/Selic (títulos fede-


rais), deflacionada pelo IGP-DI. (3) Valores nominais.

&DVRVHVSHFLDLVGHWDEHODV
Nem sempre o tamanho das tabelas incluídas no trabalho
em elaboração restringe-se ao espaço da página estabelecido para o
formato do trabalho científico (folha A4), ultrapassando-o em nú-
mero de linhas e/ou de colunas, mesmo que se use o artifício de
reduzir o tamanho da letra para ajustar a tabela aos limites estabe-
lecidos. A ABNT remete para a obra 1RUPDV GH DSUHVHQWDomR
WDEXODU IBGE, 1993) para auxiliar os alunos na superação desse
obstáculo.
Quando o tamanho da tabela ultrapassar as dimensões de
uma página, em número de linhas e/ou número de colunas, ela
deve ser apresentada em duas ou mais partes, ocupando uma ou
mais páginas, parcial ou totalmente. Essas situações podem ser de
dois tipos principais, cada um requerendo procedimentos específi-
cos.

8.4.9.1 Tabelas estreitas e compridas: muitas linhas e


poucas colunas
Trata-se de tabelas que podem ser apresentadas em duas ou
mais partes, lado a lado, em uma mesma página ou em mais de
uma página, dependendo do número de colunas de dados que tive-
rem:

a) muitas linhas e XPDRXGXDVFROXQDVGHGDGRV


Neste caso, a solução indicada é apresentar a tabela em
duas ou mais partes, na mesma página, lado a lado, as partes sendo
separadas por um traço vertical duplo. A tabela pode estender-se
por mais de uma página, se o número de linhas for grande.
96 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

O título da tabela, assim como as fontes e as notas, deve


ser único, estendendo-se por toda a largura da mesma. O cabeça-
lho, entretanto, deve ser repetido em todas as partes.
Exemplo:

Tabela 1 – Evolução da população ocupada no Brasil – 1994-1996


(1 000 pessoas)
Anos e População Anos e População Anos e População
meses meses meses
1994 1995 1996
Jan. 15 422 Jan. 15 814 Jan. 16 101
Fev. 15 413 Fev. 15 951 Fev. 16 072
     
     
Dez. 15 810 Dez. 16 114 Dez. 16 771
Fonte: PESQUISA MENSAL DE EMPREGO. Rio de Janeiro: IBGE,
1994/1996.

b) muitas linhas e WUrVRXPDLVFROXQDVGHGDGRV


Esta é uma situação em que não é possível dividir a tabela
em duas ou mais partes numa mesma página, de modo que é neces-
sário utilizar duas ou mais páginas. Neste caso, deve-se incluir a
expressão FRQWLQXD acima do cabeçalho no canto direito na primei-
ra página, FRQWLQXDomRnas páginas intermediárias e FRQFOXVmR na
página final.
Exemplo:
Primeira página:
Tabela 2 – Indicadores macroeconômicos selecionados no Brasil -
1995-2000
(continua) (%)
Anos e Inflação Taxa de Taxa de Dívida ex-
Meses câmbio juros terna
1995 x x x x
Jan. x x x x
Fev. x x x x
 x x x x
 x x x x
Ilustrações 97

Segunda página:
Tabela 2 – Indicadores macroeconômicos selecionados no Brasil -
1995-2000
(conclusão) (%)
Anos e Inflação Taxa de Taxa de Dívida ex-
meses câmbio juros terna
 x x x X
 x x x X
Out. x x x x
Nov. x x x x
Dez. x x x x
Fonte: Xxxxx.

A delimitação da parte inferior da tabela (fechamento) e o


conteúdo do rodapé só devem ser apresentados no final da tabela.
Por sua vez, o título, cabeçalho e coluna indicadora devem ser re-
petidos em todas as páginas ocupadas pela tabela.

8.4.9.2 Tabelas largas e curtas: poucas linhas e muitas


colunas
As tabelas excessivamente largas podem ser apresentadas
de duas formas, dependendo do número de linhas que possuem.
De acordo com a primeira, a tabela pode ser dividida em
duas partes, uma abaixo da outra, separadas por um traço horizon-
tal duplo. O cabeçalho das colunas indicadoras e os indicadores de
linha são repetidos, mas o título, a fonte e as notas, não. Geralmen-
te são tabelas que cabem em uma mesma página
A outra forma diz respeito a tabelas excessivamente largas
(grande número de colunas) e também com um número excessivo
de linhas, as quais podem ser divididas em duas partes, dispostas
em páginas confrontantes. Cada página deve ter o conteúdo do
topo e o cabeçalho correspondente a ela. Contudo, a apresentação
da coluna indicadora com seu cabeçalho na página confrontante à
direita, é considerada dispensável (IBGE, 1993).
98 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

Exemplo:
Tabela 3 – Indicadores macroeconômicos no Brasil – 1990-1997

Discriminação 1990 1991 1992 1993


Inflação (%) (1) ......................... 1 476,60 480,2 1 158,00 2 708,60
Taxa de juros real (%) (2) .......... -4,8 6,7 30,2 7,1
Índice da taxa de câmbio ........... 79,6 91,9 100,0 98,3
Reservas internacionais (US$
bilhão) (3) ................................ 9,9 9,4 23,7 32,2
Investimento (% PIB) ................ 21,6 18,8 18,9 19,2
Dívida externa total (US$
bilhão) (3) ............................... 123,4 123,9 135,9 145,7
Discriminação 1994 1995 1996 1997
Inflação (%) (1) ......................... 909,6 14,8 9,3 7,5
Taxa de juros real (%) (2) .......... 24,8 33,1 (4)23,9 (4)42,0
Índice da taxa de câmbio ........... 85,0 67,7 66,0 68,4
Reservas internacionais (US$
bilhão) (3)................................. 38,8 51,8 60,1 52,2
Investimento (% PIB) ................ 19,6 19,2 19,5 20,2
Dívida externa total (US$
bilhão) (3) ................................ 148,3 159,2 178,1 193,1
Fonte: BOLETIM DO BANCO CENTRAL. Brasília: BACEN,
1991/1996.
INDICADORES IESP. São Paulo: IESP, 1991/1996.
(1) Deflator IGP-DI Geral, da FGV. (2) Over/Selic (títulos federais),
deflacionada pelo IGP-DI centrado em final de mês. (3) Valores em de-
zembro. (4) Valores nominais.

8.5 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO DOS


DADOS NUMÉRICOS
O corpo de uma tabela é formado por células onde devem
estar inscritos os GDGRV QXPpULFRV e as informações relativas ao
fato específico observado.
O preenchimento dessas células, especialmente no que se
refere às tabelas estatísticas, exige a observação de alguns critérios
Ilustrações 99

relativos à forma de apresentação de dados numéricos e à utiliza-


ção de sinais convencionais. Esta seção trata dessas questões.

&ULWpULRVGHHVFULWD
Na escrita dos dados numéricos devem ser adotados os se-
guintes critérios:
a) os números inteiros devem ser apresentados em grupos
de três algarismos, separados por espaços, com exceção
daqueles escritos tradicionalmente de outra maneira,
tais como os anos. Já os decimais devem ser separados
da parte inteira do número por uma vírgula. P.ex.:
23 435 679
254 826,34
ano de 1996
b) na apresentação de números de forma simplificada, isto
é, em números menores ou unidades diferentes, devem
ser observados os critérios de arredondamento (item
8.5.2) e as normas de transformação de unidades de
medida. P.ex.:
1 000 = 103 = mil
1 000 000 = 106 = milhão
c) no caso da escrita de unidades monetárias, pode-se usar
ou símbolos ou palavras, ressalvando-se a necessidade
de uso uniforme ao longo de todo o trabalho;
d) valores inferiores à unidade escritos de forma decimal
devem ser precedidos de vírgula e de zero.

&ULWpULRVGHDUUHGRQGDPHQWR
O arredondamento dos dados numéricos é utilizado quando
se mostra conveniente apresentá-los com um menor número de
algarismos ou em unidades de medida mais abrangentes.
No processo de arredondamento, deve-se respeitar algumas
regras:
100 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

a) quando o primeiro algarismo a ser abandonado for 0, 1,


2, 3 ou 4, o algarismo que permanece fica inalterado.
P.ex.:
arredondando 6,24 para número com uma decimal, resulta 6,2
arredondando 6,24 para número inteiro, resulta 6
b) quando o primeiro algarismo a ser abandonado for 5, 6,
7, 8 ou 9, o algarismo que permanece deve ser aumen-
tado em uma unidade. Especificamente no caso de o al-
garismo a ser abandonado ser 5, seguido de zeros, o re-
manescente só deverá ser aumentado se for ímpar.
P.ex.:
arredondando 6,78 para número inteiro, resulta 7
arredondando 6,78 para número com uma decimal. resulta 6,8
arredondando 2,45 para número com uma decimal. resulta 2,4
c) no caso de o resultado do arredondamento ser o número
0 ou 0,0, esse deve ser mantido, inclusive com o sinal
correspondente.

8VRGHVLQDLVFRQYHQFLRQDLV
Os sinais convencionais servem para preencher células que
não contém dados numéricos numa tabela estatística, seja porque o
fenômeno não existe, seja porque é desconhecido, muito pequeno
ou não pode ser individualizado. Os principais são:

- (traço) Indica que o fenômeno não existe.


... (três pontos) Indica que o dado é desconhecido, podendo o
fenômeno existir ou não.
0 ou 0,0 ou 0,00 É utilizado quando o fenômeno existe mas seu
valor numérico é inferior à metade da unidade
adotada na tabela.
X (letra X) Indica que o dado foi omitido com a finalidade de
evitar a sua individualização.
.. (dois pontos) Indica que não se aplica dado numérico.
Ilustrações 101

8.6 ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DE


),*85$6
As figuras são as imagens visuais que, usadas de modo a-
dequado, contribuem para a melhor compreensão do texto. Para
tanto, devem conter uma apresentação clara das informações nelas
contidas.
De modo geral, aplica-se às figuras as normas relativas à
apresentação das ilustrações em geral, ou seja, deve existir título,
corpo, fonte e notas. É verdade que a localização do título e, obvi-
amente, o tipo de figura (gráfico, quadro, mapa, fotografia, orga-
nograma, etc.) são diferentes das tabelas, mas o sentido de sua
utilização e a orientação geral para a sua elaboração permanecem
semelhantes.
Em termos de WDPDQKR, as figuras são normalmente com-
postas de modo a não ultrapassar os limites das margens estabele-
cidas para o formato da monografia, tese ou dissertação. Podem
ocupar toda a página ou parte dela. Quando forem maiores, devem
permitir o recurso da dobragem para conformar-se ao tamanho da
folha A4. A redução do tamanho da letra é outro artifício que pode
ser utilizado de modo a ajustar esse elemento gráfico aos limites
estabelecidos, além de possibilitar a adequação do tamanho e for-
mato das legendas ou ainda melhorar sua apresentação com fins
estéticos.
Ainda com relação ao tamanho, recomenda-se que, na me-
dida do possível, os espaços utilizados pelo título, pela fonte e
pelas notas gerais e específicas devem acompanhar os limites da
figura de modo a não ultrapassá-los. Essa recomendação se aplica
principalmente às figuras estreitas centralizadas horizontalmente na
página.
Quanto à sua ORFDOL]DomR no trabalho, as figuras devem ser
colocadas o mais próximo possível da parte do texto a que se refe-
rem. As que não constarem do texto podem ser incluídas em forma
de anexo, e designadas pelo número do anexo e pelo seu próprio
número. Sua posição na folha deve ser preferencialmente centrali-
zada, distante dois espaços duplos do texto anterior e posterior,
sem utilização de moldura, com exceção dos quadros que são fe-
chados nos quatro lados.
102 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

Quando não for possível inserir as figuras no sentido verti-


cal (retrato), mesmo tendo usado os recursos acima referidos, po-
de-se colocá-las no sentido da borda inferior para a borda superior
da página (sentido transversal, paisagem), de maneira que a parte
superior da figura se posicione na margem esquerda do papel.
A seguir serão detalhados os principais aspectos das nor-
mas relativas à apresentação das figuras nos trabalhos científicos.

,GHQWLILFDGRU
Tal como ocorre com as tabelas, as figuras devem ser nu-
meradas de modo seqüencial, com algarismos arábicos, indepen-
dentemente do tipo de figura e da numeração das tabelas e das
seções do trabalho.
O LGHQWLILFDGRU é o componente utilizado para a identifi-
cação do elemento no texto ou nos anexos, sendo formado pelo
nome “ figura” , em letras minúsculas exceto a primeira, seguido do
número de ordem e de um hífen. P.ex.:

Figura 1 - Mapa da região do Mercosul


Figura 2 - Evolução do PIB no Brasil – 1980-1990
Figura 3 - Planta de uma de usina de açúcar

Caso haja no trabalho apenas um tipo de figura, admite-se


utilizar o nome específico do mesmo. P.ex.:

Gráfico 1 – Evolução do custo de vida em Porto Alegre - jan.-


out.1996
Gráfico 2 – Produção de soja no Rio Grande do Sul - 1980-1995

7tWXOR
O WtWXOR contém o conjunto de termos definidores do con-
teúdo da figura. Deve ser posicionado na parte LQIHULRU da figura e
com alinhamento centralizado, conforme determinação da ABNT
(NBR 14742, 2002). O título deve ser escrito com letras minúscu-
las, com fonte 12 ou uma fonte menor, se necessário, com espaço
simples e linguagem clara e concisa. O tamanho do título não deve
Ilustrações 103

ultrapassar os limites do espaço ocupado pela figura, sendo que a


segunda linha e subseqüentes inicia embaixo da primeira letra da
primeira linha. P.ex.:

Figura 4 - Evolução da produção de soja mundial e


dos principais países produtores – 1975-
2000

Também com relação às figuras não se dispensa a adequa-


ção do título às perguntas: R TXH" FRPR" RQGH" H TXDQGR" A
identificação da natureza, da abrangência geográfica e da abran-
gência temporal deve ser efetuada na íntegra, sempre que pertinen-
te. Os critérios de escrita e apresentação desses elementos são
adaptados daqueles já explicitados para as tabelas na seção 8.4.2.

)RQWHQRWDVJHUDLVHQRWDVHVSHFtILFDV
A indicação da responsabilidade pelo fornecimento das in-
formações, assim como a inclusão de notas de esclarecimento váli-
das para a figura no todo ou em parte, segue as mesmas regras
gerais já apresentadas nas seções 8.4.7 e 8.4.8.
Quanto à ORFDOL]DomR, a fonte situa-se logo após o título da
figura, alinhada à esquerda da página, quando esta ocupar toda a
largura da folha, ou com os limites à esquerda do espaço ocupado
pela figura. As notas gerais e específicas alinham-se com a fonte.
Aplica-se às figuras as normas estabelecidas para as tabe-
las, como indicadas na primeira parte deste capítulo. Se a fonte de
um gráfico for uma tabela do próprio trabalho – do texto ou do
anexo – indica-se a referida tabela como fonte. P.ex.: Fonte: Tabela
8. Entretanto, se a fonte for de dados brutos fornecidos por alguma
entidade, e que tenham sido trabalhados pelo autor do trabalho
monográfico, usa-se a expressão )RQWH GRV GDGRV EUXWRV. Ou
ainda, se a figura for de autoria pessoal, QmR se indica fonte. Dessa
forma, na ausência da indicação de fonte, fica subentendido que a
figura foi elaborada/montada pelo autor do trabalho.
O tamanho das letras da fonte, notas gerais e notas especí-
ficas acompanha o tamanho adotado na digitação do título.

104 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

/HJHQGDV
É relativamente comum o uso de legendas nas figuras para
o melhor entendimento do fenômeno que está sendo representado.
As mais utilizadas visam conferir significado a cores e padrões
usados para diferenciar linhas ou colunas, entre outros.
Quanto ao tamanho de fonte para a legenda, a ABNT re-
comenda um tamanho menor do que 12. Este Guia sugere que seja
adotado o tamanho 11 ou então um outro mais adequado à dimen-
são do gráfico, ficando esta parte do projeto gráfico sob responsa-
bilidade do autor do trabalho.
Algumas recomendações são feitas baseadas na SUiWLFD
JUiILFD que buscam aprimorar a parte visual da figura. No caso do
uso de cores, recomenda-se a escolha de cores definidas e contras-
tantes. Por sua vez, na seleção dos padrões de preenchimento, é
interessante misturar tipos bem diferentes, inclusive usando o bran-
co e o preto sólidos. Nas linhas, nem sempre a utilização de marca-
dores é conveniente, sendo mais adequado recorrer ao pontilhado,
traço mais grosso, etc. Essas recomendações facilitam a própria
montagem da legenda, que por ser apenas uma pequena amostra do
que é utilizado na figura, deve possibilitar a necessária diferencia-
ção de cores e padrões.
Quanto à ORFDOL]DomR das legendas, podem ser colocadas
na parte inferior, acima do título, ou do lado direito ou no canto da
figura. Novamente, fica a cargo do autor do trabalho a escolha
mais pertinente.
Na seção 8.9 são apresentados alguns tipos de gráficos com
e sem legendas.

8.7 GRÁFICOS E QUADROS


Conforme já mencionado anteriormente neste Guia, os grá-
ficos e quadros são as figuras mais comumente usadas nos traba-
lhos monográficos. Principalmente com relação aos gráficos, é
relativamente freqüente a substituição da palavra )LJXUD ; por
*UiILFR;TXDQGRHVWDIRUa única figura utilizada.
As regras de apresentação dos JUiILFRV incluindo a sua i-
dentificação, tamanho e localização no texto, já foram enunciadas
na seção 8.6 quando foram especificadas as regras aplicáveis às
Ilustrações 105

figuras. As mais importantes são a localização do título na parte


inferior da figura, centralizado, seguido da fonte, alinhada junto ao
limite esquerdo da mesma, e a localização no texto próximo ao
local em que são referenciados pela primeira vez.
Os gráficos mais utilizados nos trabalhos monográficos são
os estatísticos e, dentre eles, sobressaem os gráficos de linhas, de
colunas, de barras e de áreas. A sua construção requer a montagem
de uma tabela com uma determinada disposição dos dados que
possibilite a sua transformação em um gráfico.
No que se refere aos TXDGURV, a sua elaboração segue
normas semelhantes às aplicadas às tabelas. As principais diferen-
ças referem-se à localização do título, que é na parte inferior do
quadro como ocorre em todas as figuras, ao fechamento das late-
rais com traços verticais e à possibilidade de usar traços verticais e
horizontais para agrupar e/ou separar as informações apresentadas
no corpo do quadro. As colunas e linhas, em formato de matriz,
priorizam a inscrição de informações em forma de texto, mas tam-
bém podem incluir dados desde que não tratados estatisticamente.

8.8 EQUAÇÕES E FÓRMULAS


As HTXDo}HVHIyUPXODV utilizadas na monografia, embora
não constituam uma ilustração como esclarece a ABNT, devem ser
bem destacadas do texto e expressas na forma matematicamente
correta: os valores distintos sendo representados por símbolos e o
significado dos mesmos colocado logo após as equações e fórmu-
las (ABNT ISO/IEC Diretiva - Parte 3, 1995).
Na apresentação das equações e fórmulas, devem ser ob-
servados alguns procedimentos, conforme determinado pela norma
NBR 14724:
a) devem aparecer destacadas no texto para facilitar a sua
leitura. Quando destacadas do parágrafo, devem ser se-
paradas por um espaço duplo do texto anterior e poste-
rior a elas;
b) no caso de ocuparem mais de uma linha, devem ser in-
terrompidas antes do sinal de igualdade ou depois de
um sinal das quatro operações, na seguinte ordem: adi-
ção, subtração, multiplicação e divisão;
106 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

c) podem aparecer na seqüência normal do texto ou desta-


cadas do parágrafo. No primeiro caso, pode ser necessá-
rio usar uma entrelinha maior que comporte seus ele-
mentos (expoentes, índices, etc.); no segundo, são FHQ
WUDOL]DGDV e, se necessário, QXPHUDGDV;
d) no caso de haver necessidade de numerar algumas ou
todas as equações e fórmulas apresentadas no texto, de-
vem ser utilizados algarismos arábicos, entre parênte-
ses. A numeração deve ser seqüencial, independente da
das ilustrações e tabelas e posicionada preferencialmen-
te à mesma distância da margem direita.
Exemplos:

P = z (wb + exi ji) (1)


onde:
P = preço;
z = força do PDUNXS (1 + margem proporcional de lucros
sobre os custos variáveis);
w = salário nominal;
b = inverso da produtividade do trabalho;
e = taxa de câmbio;
xi = preço em dólares dos componentes importados;
ji = coeficiente de consumo de insumos importados por u-
nidade de produto.

8.9 EXEMPLOS DE TABELAS, QUADROS E


GRÁFICOS
Esta seção destina-se a apresentar alguns exemplos de ta-
belas e figuras de modo a facilitar o entendimento dos vários as-
pectos referentes à elaboração das mesmas examinados ao longo
do presente capítulo.
Inicia-se com exemplos de tabelas com cabeçalhos de um e
dois ou mais níveis, para depois incluir um quadro e, finalmente,
alguns exemplos de gráficos e figuras.
Ilustrações 107

([HPSORVGHWDEHODV
a) tabelas com cabeçalhos de um nível

Tabela 1 - Necessidades de financiamento do setor público do


Brasil - jun. 1994, dez. 1994 e jun. 1995
(% do PIB)
Discriminação Jun. 1994 Dez. 1994 Jun. 1995
Total nominal .................... 85,1 43,7 5,5
Total operacional .............. -1,6 -1,3 2,4
Total primário ................... -4,8 -5,0 -2,2
Total de juros reais ............ 3,2 3,7 4,6
Fonte: NOTA PARA IMPRENSA. Brasília: BACEN, set. 1995,
p.2.

Nota: Foram utilizados fluxos acumulados até o mês.

Tabela 2 - Rendimentos da caderneta de poupança no Brasil - jan.-


maio 1996

Remunera- Taxa CDI A/B Captação
Meses ção da pou- (B) (%) (%) líquida
pança (R$ mil)
(A) (%) (1)
Jan. 1,76 2,58 68,75 29 170
Fev. 1,46 2,31 63,20 18 081
Mar. 1,31 2,20 59,55 4 695
Abr. 1,16 2,03 57,14 -7 528
Maio 1,09 2,00 54,50 -6 025
Fonte: Banrisul.
(1) Remuneração da poupança relativa ao dia 1º de cada mês.
108 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

Tabela 3 - Arrecadação do ICMS, por setores de


atividade, no Rio Grande do Sul – 1996

Arrecadação
Setores
(R$ milhões)
Indústria de transformação ....... 2 137
Indústria de beneficiamento ..... 259
Comércio atacadista .................. 547
Comércio varejista .................... 602
Outros ....................................... 358
7RWDO......................................... 
Fonte: Secretaria da Fazenda do RS.

b) tabelas com cabeçalhos de dois ou mais níveis

Tabela 4 - Vendas de tratores de rodas, fertilizantes e corretivos de solo


no Brasil e no Rio Grande do Sul - 1993-1995

Tratores de rodas Fertilizante entregue Calcário agrícola


Anos (unidades) (1) ao consumidor final (consumo apa-
(1 000 t) rente) (1 000 t)
Brasil RS Brasil RS Brasil RS
1993 41 520 5 920 13 451 1 982 23 455 3 885
1994 39 042 5 455 11 944 (2)1 615 20 425 3 122
1995 (2) 17 584 2 271 10 782 1 303 12 262 1 392
Fonte: CARTA DE CONJUNTURA FEE. Porto Alegre, ano 5, n. 11, jun.
1996, p. 4.
Nota: Os dados originais foram fornecidos por ANFAVEA, SIMERS,
Sindicato da Indústria de Adubos - RS e ABRACAL.
(1) Refere-se a tratores de todas as potências. (2) Dados sujeitos à retifi-
cação.
Ilustrações 109

Tabela 5 - Taxa de crescimento acumulado da produção física da


indústria, por categoria de uso, no Brasil – 2000/2002
(%)
Acumulado jan.-abr. (1)
Segmentos
2000 2001 2002
Bens de capital ........................... 5.91 19.98 0.26
Bens intermediários ................... 8.10 5.29 -0.44
Bens de consumo ....................... 3.64 4.67 0.48
Duráveis ..................................... 10.06 14.70 -3.83
Semiduráveis e não duráveis ..... -0.14 1.89 1.81
,QG~VWULDJHUDO.......................... 6.76 6.85 -0.11
Fonte: PRODUÇÃO física industrial; número índice (2002). Rio
de Janeiro: IBGE. Disponível em: <http//:www.sidra.ibge.
gov.br/>. Acesso em 14 jun.
(1) Os dados têm como base igual período do ano anterior = 100.

([HPSORVGHTXDGURV

Tipo de trabalho Duração Extensão


(meses) (páginas)
Ensaio curto.............................. 1/2 5 a 15
Ensaio longo............................. 1a2 10 a 40
Monografia de fim de curso..... 4 a 12 30 a 80
Trabalho de especialização...... 4 a 18 40 a 100
Dissertação de mestrado.......... 6 a 24 50 a 200
Tese de doutorado.................... 18 a 24 150 a 400
Quadro 1 – Tipos de trabalho escrito e suas características

Fonte: BÊRNI, Duílio de A. Como fazer monografias. In: ____


(Coord.) 7pFQLFDVGHSHVTXLVDHPHFRQRPLD. São Paulo:
Saraiva, 2002, p. 61.
110 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

Produtos Fabricantes Aplicações


APE Unitika (JÁ) Indústrias eletro-eletrônica, automobi-
lística, de equipamentos de segurança
e de instrumentos médicos.
PEEK I CI ( USA) Revestimento de fios e cabos.
PI G.E. (USA) Peças que exijam alta resistência à
temperatura.
PPS Phillips Indústria eletrônica, automobilística, de
máquinas e equipamentos.
PSU Union Carbide Indústria eletroeletrônica, de compo-
(USA) nentes médicos e de peças de implan-


tes.

Quadro 2 - Plásticos avançados de engenharia e principais


fabricantes
Fonte: CASTILHOS, Clarisse C. &RPSHWLWLYLGDGHGDFDGHLDSURGXWLYD
SHWURTXtPLFDSOiVWLFRV. Porto Alegre : FEE, 1996, p. 34. (Do-
cumento de trabalho).

([HPSORVGHJUiILFRVHILJXUDV

5%
31%

até 14 anos

15 a 64 anos

64% 65 anos e mais

Gráfico 2– Distribuição dos grandes grupos populacionais


no Brasil – 1996
Fonte: IBGE. $QXiULR(VWDWtVWLFRGR%UDVLO Rio de Janeiro:
IBGE, 1997

Ilustrações 111

(em milhões de hab.)

180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
1940 1950 1960 1970 1980 1991 1996

Gráfico 2 – População residente no Brasil – 1940-1996


Fonte: IBGE. $QXiULRGR%UDVLO. Rio de Janeiro: IBGE, 1997.

9
8
7
US$ bilhões FOB

6
5
4
3
2
1
0
1993 1994 1995 1996
Básicos Semimanufaturados Manufaturados

Gráfico 3 – Valor das exportações agroindustriais brasileiras –


1993-1996

Fonte dos dados brutos: SISCOMEX.


112 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

Formulação Dedução Teste


de de das
hipóteses predições hipóteses

Mundo teórico
Avaliação
Mundo real
Observação e Determinação
definição do de parâmetros Dados
problema e constantes

Figura 1 – Etapas da Construção de Um Modelo


Fonte: CALVETE, Cássio. Investigação econômica e ciência eco-
nômica. In: BÊRNI, D. A. (coord.). 7pFQLFDVGHSHVTXLVD
HPHFRQRPLD São Paulo: Saraiva, 2002, p. 16.

i
LM

IS

Y
Figura 2 - Posições de equilíbrio nos mercados de
bens (IS) e monetários (LM)
Referências 113

5()(5Ç1&,$6

As referências são essenciais nos trabalhos científicos pois
apresentam a documentação consultada para a sua realização.
Essa documentação assume formas extremamente variadas,
desde livros, revistas, documentos legislativos e materiais cartográ-
fico até fontes audiovisuais, eletrônicas e informação verbal, sendo
suas referências regulamentadas pela NBR 6023 da ABNT, que
“ fixa a ordem dos elementos das referências e estabelece conven-
ções para transcrição e apresentação da informação originada do
documento e/ou outras fontes de informação” (p.1) . Destaque
especial deve ser conferido ao fato de que, em agosto de 2000, uma
nova norma incluiu a normalização das referências de documentos
em meio eletrônico, preenchendo uma lacuna até então atendida
por documentos bibliotecários de diversas instituições. A nova
edição da NBR 6023 de agosto de 2002 corrigiu algumas falhas
remanescentes, as quais foram observadas na presente atualização.
Neste capítulo serão apresentadas inicialmente algumas de-
finições básicas, seguidas por considerações sobre os tipos e for-
mas de apresentação dos elementos que compõem as referências.
Na última parte do capítulo, serão incluídos exemplos dos docu-
mentos mais freqüentemente utilizados na elaboração de trabalhos
científicos, destacando-se sempre os elementos essenciais da refe-
rência, e, em alguns casos, os complementares.

9.1 DEFINIÇÕES

'RFXPHQWR é “ qualquer suporte que contenha informação
registrada, formando uma unidade, que possa servir para consulta,
estudo ou prova. Inclui impressos, manuscritos, registros audiovi-
suais, sonoros, magnéticos e eletrônicos, entre outros” . (ABNT,
NBR 6023, 2002, p. 2).
5HIHUrQFLD é o “ conjunto padronizado de elementos des-
critivos, retirados de um documento, que permite sua identificação
individual” . (ABNT, NBR 6023, 2002, p. 2).
114 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

9.2 TIPOS DE ELEMENTOS DA REFERÊNCIA


Os documentos a serem referenciados possuem caracterís-
ticas próprias que demandam determinados elementos para sua
efetiva identificação.
Os elementos são de dois tipos: essenciais e complementa-
res. (VVHQFLDLV são aqueles indispensáveis à identificação de uma
obra, vinculam-se estritamente ao suporte documental e variam de
acordo com a natureza da mesma: autor, título, edição, local, edito-
ra e ano de publicação. &RPSOHPHQWDUHV são os elementos cuja
função é possibilitar a caracterização mais detalhada das obras
referenciadas, tais como: número total de páginas da obra, indica-
ção de série/coleção, etc.
Neste Guia serão adotados todos os elementos essenciais
arrolados pela ABNT relativos às obras usualmente consultadas
pelos alunos, acrescidos de alguns complementares considerados
importantes para uma referência mais precisa2. Os elementos es-
senciais e complementares adotados serão indicados, ao longo des-
te capítulo, especificamente para cada tipo de documento.
Os documentos eletrônicos, por sua vez, requerem, além
dos elementos mencionados, informações específicas que indiquem
sua localização e recuperação, conforme sua natureza. A identifi-
cação do suporte físico, por exemplo, é de grande importância uma
vez que é o seu detalhamento que o diferencia dos demais docu-
mentos.

9.3 DEFINIÇÃO E DESCRIÇÃO DOS ELEMENTOS


DAS REFERÊNCIAS
Os elementos da referência encontram-se primordialmente
na folha de rosto (verso e anverso) e capa dos documentos em geral
e na primeira página dos artigos. Quando não for possível retirar os
elementos do próprio documento, podem ser utilizadas outras fon-

2
Alguns elementos complementares serão adotados neste Guia com o
objetivo de melhor caracterizar os documentos referenciados nos traba-
lhos científicos da Faculdade de Administração, Contabilidade e Econo-
mia da PUCRS, com base na NBR 6023 da ABNT.
Referências 115

tes, indicando-se entre colchetes os dados obtidos por essa forma.


Conforme indicado pela ABNT, deve haver uma VHTrQFLD SD
GURQL]DGD na apresentação dos elementos essenciais e comple-
mentares da referência, devendo cada uma delas ser identificada
individualmente.
A seguir serão detalhados os padrões indicados na NBR
6023 da ABNT para a apresentação das normas gerais de formata-
ção das referências e dos elementos físicos e complementares que
as compõem, ressaltando-se que os mesmos se aplicam a todos os
tipos de documentos.
Inicialmente serão comentadas as normas que padro-
nizam o alinhamento, o espacejamento, os destaques e a pon-
tuação a serem seguidos. Posteriormente serão examinados os
elementos autoria (pessoal, de entidade e desconhecida), títu-
lo e subtítulo, edição, local de publicação, editora, data, des-
crição física, indicação de séries e coleções e notas com in-
formações complementares pertinentes.
Os exemplos que acompanham os elementos desti-
nam-se a exemplificar os casos apresentados e seguem a or-
dem seqüencial dos elementos examinados, com o objetivo
de melhor caracterizar cada novo acréscimo à referência.

$OLQKDPHQWRHVSDFHMDPHQWRGHVWDTXHGRWtWXOR
HSRQWXDomR
O DOLQKDPHQWR de todas as linhas das referências deve ser
efetuado somente pela margem esquerda da página. No caso de
serem apresentadas em nota de rodapé, as referências devem ser
alinhadas de modo a destacar o expoente (a segunda linha e as
seguintes devem iniciar abaixo da primeira letra da primeira pala-
vra da primeira linha da referência).
O HVSDFHMDPHQWR das referências é simples, devendo as
mesmas ser separadas entre si por espaço duplo. Quando aparece-
rem em notas de rodapé, também são apresentadas em espaço sim-
ples, porém sem espaço entre elas.
O GHVWDTXHGRWtWXOR deve ser uniforme em todas as refe-
rências de um documento, podendo-se escolher um dos seguintes
116 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

recursos tipográficos: negrito, itálico ou sublinhado. Este Guia


recomenda a utilização de negrito. Ressalte-se, contudo, que no
caso das obras em que o elemento de entrada é o próprio título, o
destaque será dado pelo uso de letras maiúsculas na primeira pala-
vra, com exclusão de artigos e palavras monossilábicas.
A SRQWXDomR das referências prevista na NBR 6023 segue
os padrões internacionais, devendo ser uniforme para todas as refe-
rências em um mesmo documento. Salientam-se a seguir alguns
aspectos considerados particularmente relevantes:
a) emprego de vírgula entre o sobrenome e nome do autor
(pessoa física) e de ponto-e-vírgula, seguido de espaço,
entre dois ou mais autores;
b) uso do hífen para ligar as páginas inicial e final da parte
referenciada (ver seção 9.3.5);
c) emprego do colchete para indicar os elementos não es-
pecificados no documento referenciado, tais como, local,
editora e data;
d) uso de ponto seguido de um espaço entre o nome do au-
tor e o título, entre o título e/ou o subtítulo e a edição.
As demais pontuações apresentam casos particulares que
serão indicados nos respectivos itens.
No caso de referências de documentos eletrônicos, é im-
prescindível que se mantenha a pontuação e a forma das letras
(maiúsculas e/ou minúsculas) rigorosamente iguais ao original.

$XWRULD
O autor de uma obra pode ser uma pessoa(s) física(s) ou
uma entidade como instituição(ões), organização(ões), empresa(s),
congressos, etc.
A entrada da referência é feita geralmente pelo nome do
autor. Na ausência do mesmo, a entrada é efetuada pelo título da
obra.

9.3.2.1 Autor pessoal


O DXWRUSHVVRDO, segundo a ABNT, “ é a pessoa física res-
ponsável pela criação do conteúdo intelectual ou artístico de um
documento” . (NBR 6023, 2002, p. 2).
Referências 117

Os autores são indicados pelo último sobrenome, em letras


maiúsculas, seguido dos prenomes e outros sobrenomes, abrevia-
dos ou não, terminando com um espaço. Se existirem dois ou mais
autores, os nomes dos mesmos são separados por ponto-e-vírgula,
seguido de espaço.
No caso de ocorrência de formas diferentes de registro do
nome de um mesmo autor, recomenda-se uma padronização do
mesmo.
Os títulos de ordens religiosas, de formação profissional e
de cargos e funções não fazem parte do nome do autor. Já os indi-
cativos de parentesco tais como Filho, Neto, Júnior, Sobrinho, etc.,
fazem parte do nome devendo ser mencionados por extenso, em
letras maiúsculas, logo após o último sobrenome. No caso de o
último sobrenome ser precedido de “ de” , “ da” , ou “ e” , esses apare-
cem junto ao nome. P.ex.:

MORAES JÚNIOR, Aod Cunha de

Se o último sobrenome do autor é composto, ou ainda no


caso do autor ser conhecido por um sobrenome composto, a entra-
da deve ser feita pela expressão completa. P.ex.:

ESPÍRITO SANTO, Mário


BRESSER PEREIRA, Luiz

O compilador, organizador, editor ou coordenador, quando


o mesmo for responsável por uma obra constituída de vários auto-
res, será considerado autor, devendo ser indicada a abreviação da
palavra que caracteriza o tipo de responsabilidade, em parênteses,
logo após o seu nome. P.ex.:

CHAHAD, José Paulo Zeetano (Org.)

No caso da obra ter até três autores, estes devem ser trans-
critos na ordem em que foram citados, separados por ponto-e-
vírgula. Por sua vez, quando houver quatro ou mais autores, men-
ciona-se somente o primeiro, seguido da expressão “ et al.” P.ex.:
118 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

BASTOS, Lília da Rocha; PAIXÃO, Lyra; FERNANDES, Lu-


cia Monteiro

ARANDIA, Alejandro Kuajara et al.

Se o autor da obra é desconhecido, a entrada é efetuada pe-


lo título, sendo a primeira palavra escrita em letras maiúsculas,
incluindo o(s) artigo(s) gramatical(is) que a precedem. P.ex.:
OS PLANOS de recuperação econômica de Hashimoto.

Quando necessário, pode-se acrescentar outros tipos de


responsabilidade logo após o título, tais como tradução, revisão,
ilustrações, atualização e notas, etc., na forma como aparecem na
folha de rosto da publicação. P.ex.: 

MARSHALL, Alfred. 3ULQFtSLRVGHHFRQRPLD: tratado introdutó-
rio. Tradução revista de Rômulo de Almeida e Ottolmy Strauch.
Introdução de Ottolmy Strauch.

GOMES, Orlando. 2GLUHLWRGHIDPtOLD. Atualização e notas de


Humberto Theodoro Júnior.

9.3.2.2 Autor entidade

Quando a obra for de responsabilidade de uma HQWLGDGH


FROHWLYD, tais como órgãos governamentais, empresas, associações,
congressos, seminários, etc., a entrada é efetuada pelo nome do
evento ou instituição, por extenso, em letras maiúsculas.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.


1%5: Informação e documentação – citações em docu-
Mentos – apresentação.

ENCONTRO NACIONAL DE ECONOMIA, 9., 1981, Olinda.


$QDLV... 

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL.


5HODWyULRGH$WLYLGDGHV.
Referências 119

Caso a entidade coletiva tiver denominação genérica, o


nome por extenso da mesma é precedido pelo do órgão superior,
em letras maiúsculas, separado por um ponto. Também pode ser
precedida pelo nome da jurisdição geográfica a que pertence. P.ex.:

RIO GRANDE DO SUL. Secretaria de Coordenação e Planeja-


mento.

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRAN-


DE DO SUL. Faculdade de Administração, Contabilidade e Eco-
nomia.

Se a entidade coletiva tiver denominação específica que a


identifica, a entrada é pelo seu nome, mesmo que seja vinculada a
um órgão superior. Se houver duplicidade de nomes, recomenda-
se acrescentar a unidade geográfica, entre parênteses. P.ex.:

FUNDAÇÃO IBGE.1RUPDVGHDSUHVHQWDomRWDEXODU.

BIBLIOTECA NACIONAL (Brasil). 5HODWyULRGD'LUHWRULD
*HUDO

BIBLIOTECA NACIONAL (Portugal). $JXHUUDFLYLOGH


1834.

9.3.2.3 Autoria desconhecida


Quando não houver autoria identificada, a entrada será
feita pelo título, sendo a primeira palavra em letras maiúsculas.
P.ex.:

DIAGNÓSTICO do setor editorial brasileiro.

7tWXORHVXEWtWXOR
7tWXOR é a “ palavra, expressão ou frase que designa o as-
sunto ou o conteúdo de um documento” e VXEWtWXOR são as “ infor-
mações apresentadas em seguida ao título, visando esclarecê-lo ou
120 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

complementá-lo, de acordo com o conteúdo do documento” (NBR


6023, 2002, p. 2).
O título da obra vem logo após a indicação do autor e ter-
mina com um ponto seguido de um espaço. Deve ser reproduzido
tal como aparece no documento referenciado e destacado em negri-
to, itálico ou sublinhado, em letras minúsculas, com exceção da
primeira. Os subtítulos devem ser transcritos em letras minúsculas,
sem destaque e separados do título por dois pontos e um espaço,
desde que contenham informações essenciais sobre o conteúdo da
obra. P.ex.:

CHAHAD, José Paulo Zeetano (Org.). 2PHUFDGRGHWUDEDOKR


QR%UDVLO: aspectos teóricos e evidências empíricas.

No caso de títulos e subtítulos muito longos, as últimas pa-


lavras podem ser suprimidas e substituídas por reticências, se isso
não alterar o sentido. P.ex.:

GONSALVES, Paulo Eiró (Org.). $FULDQoD:perguntas e respos-


tas: médicos, psicólogos, professores ...

Ao tratar de periódicos, quando se deseja referenciar toda


uma coleção ou um único número ou fascículo, a referência deve
iniciar com o título em letras maiúsculas. P.ex.:

ENSAIOS FEE. 6LVWHPDVLQGXVWULDLVORFDOL]DGRVPorto Alegre:


FEE, ano 15, n. 2, 1995.

No caso de se tratar de um periódico com título genérico,


deve-se acrescentar o nome da entidade autora ou editora, ligando-
o ao título por meio de uma preposição entre colchetes. P.ex.:

BOLETIM ESTATÍSTICO [da] Rede Ferroviária Federal. Rio de


Janeiro,

A ABNT permite, também, a abreviação dos títulos dos
periódicos, orientada pela NBR 6032 – Abreviação de títulos de
periódicos e publicações seriadas.

Referências 121

(GLomR
A HGLomR refere-se a “ todos os exemplares produzidos a
partir de um original ou matriz” (NBR 6023, 2002, p. 2).
Quando mencionada na obra, ela localiza-se logo após o tí-
tulo e é indicada pela abreviatura do numeral ordinal, seguido de
ponto, de espaço e da abreviatura “ ed.” , seguida de espaço. No
caso de idioma estrangeiro, deve-se respeitar a respectiva ortogra-
fia. Emendas e acréscimos à edição também podem ser indicados
de forma abreviada. P.ex.:

4. ed. rev. aum. = 4ª edição revista e aumentada



5th ed. = 5th edition

SALOMON, Délcio V. &RPRID]HUXPDPRQRJUDILD. 4. ed.

Nas referências de documentos obtidos por via eletrô-


nica, considera-se a versão dos mesmos como equivalente à
edição, transcrevendo-a como tal.

/RFDOGHSXEOLFDomR
O ORFDO GH SXEOLFDomR (cidade) deve ser reproduzido tal
como aparece no documento referenciado, seguido de dois pontos e
espaço. P.ex.:

SALOMON, Délcio V. &RPRID]HUXPDPRQRJUDILD. 4. ed. São


Paulo:

No caso de haver mais de um local para uma mesma edito-


ra, menciona-se o primeiro deles ou o mais destacado.
Quando o local não aparece na obra referenciada, mas é
encontrado em outras fontes, o mesmo deve ser indicado entre
colchetes. Na ausência de uma indicação direta ou indireta da cida-
de, utiliza-se a expressão 6LQH ORFR, abreviada, entre colchetes:
[S.l.]. P.ex.:
122 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

LAZZARINI NETO, Sylvio. Cria e recria. [São Paulo]:

KRIEGER, G.; NOVAES, L. A.; FARIA, T. 7RGRVRVVyFLRVGR


SUHVLGHQWH. 3. ed. [S.l.]:

(GLWRUD
Entende-se por HGLWRUD a casa publicadora, pessoa(s) ou
instituição que assume a responsabilidade por uma produção edito-
rial. Dependendo do suporte do documento, outras denominações
podem ser usadas, como produtora (para imagens em movimento),
gravadora (para registros sonoros), etc.
O nome da editora deve ser reproduzido tal como aparece
na obra referenciada, abreviando-se os prenomes e suprimindo-se a
indicação da sua natureza jurídica ou comercial. P.ex.:

Graal (e não Edições Graal)


J. Olympio (e não Livraria José Olympio Editora)

Após o nome da editora, coloca-se uma vírgula, seguida de


um espaço. P.ex.:

SALOMON, Délcio V. &RPRID]HUXPDPRQRJUDILD. 4. ed. São


Paulo: Martins Fontes,

No caso de haver duas editoras, informam-se ambas, com


seus respectivos locais, separadas por ponto e vírgula. Se existirem
três ou mais, indica-se a mais destacada na página de rosto. Se não
houver destaque, informa-se apenas a primeira delas. P.ex.:

Porto Alegre: Mercado Aberto; São Paulo: Atlas

Quando o nome da editora não aparece na obra referencia-


da, mas pode ser identificado, o mesmo deve ser indicado entre
colchetes.
O nome da editora não é indicado quando ela é também
responsável pela obra, isto é, quando for a mesma instituição ou
pessoa responsável pela autoria e esta já tiver sido mencionada.
Referências 123

Neste caso, substituem-se os dois pontos por uma vírgula, seguido


de um espaço. P.ex.:

FUNDAÇÃO DE ECONOMIA E ESTATÍSTICA. 8PDYLVmR


JOREDOGDHFRQRPLDGR(VWDGRGR56.Porto Alegre, 1976. 102 p.

Se não houver menção à editora, pode-se indicar o impres-


sor. Na ausência de ambos, deve-se usar a expressão VLQHQRPLQH,
abreviada, entre colchetes: [s.n.]. P.ex.:

FRANCO, I. 'LVFXUVRV: de outubro de 1992 a agosto de 1993.


Brasília, DF: [s.n.],

Quando nem o local nem a editora puderem ser identifica-


dos, utilizam-se as expressões 6LQHORFDOe VLQHQRPLQH, abrevia-
das, entre colchetes, respeitando-se a pontuação normalmente utili-
zada para separar a indicação do local da denominação da editora.
P.ex.:

FERREIRA, José. $SRLRjLQIkQFLD. [S.l.: s.n.],

'DWD
A GDWD de publicação do documento expressa em algaris-
mos arábicos e seguida de um ponto, deve ser sempre mencionada,
por ser elemento essencial. P.ex.:

SALOMON, Délcio V. &RPRID]HUXPDPRQRJUDILD. 4. ed. São


Paulo: Martins Fontes, 1996.

Se a data de publicação não for conhecida, deve-se indicar


a da distribuição, da impressão ou do copirraite. A expressão VLQH
GDWDabreviada entre colchetes, [s. d.], deve ser utilizada quando a
identificação desses elementos não seja possível nem mediante
registro de uma data aproximada entre colchetes. P.ex.:
124 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

[1962 ou 1963] um ano ou outro


[1962?] data provável
[ca.1962] data aproximada
[1963] data certa, não indicada no item
[196-?] década provável
[196-] década certa
[s. d.] VLQHGDWD

No caso da referência de um documento em vários volu-


mes, produzidos em um período, são indicadas as datas inicial e
final da publicação, intermediadas por um hífen. P.ex.:

1965-1990

Quando os periódicos ou publicações seriadas forem con-


siderados no todo, é indicada a data inicial seguida de hífen, se a
obra estiver em curso de publicação, ou de um hífen e a data do
último volume publicado, se a publicação foi encerrada.
A indicação dos meses deve ser de forma abreviada no idi-
oma da obra referenciada, não se abreviando palavras de quatro ou
menos letras. Na grande maioria das vezes a abreviatura é das três
primeiras letras seguidas de um ponto, como é o caso da língua
portuguesa. Em espanhol, italiano, português e francês usa-se letras
minúsculas; em inglês e alemão, a letra inicial do mês é maiúscu-
la.3 P.ex.:

3RUWXJXrV )UDQFrV ,QJOrV


Janeiro - jan. Janvier - janv. January - Jan.
Fevereiro - fev. Mars - mars May - May
Maio - maio Mai - mai July - July
Setembro - set. Septembre - sept. September - Sept.

Caso a publicação indicar estações do ano, estas devem ser


transcritas da forma como aparecem. No caso de divisões do ano
em trimestres, semestres etc., estes devem ser abreviados, em letras
minúsculas. P.ex.:

3
A relação completa dos meses e suas abreviaturas, nas seis línguas men-
cionadas, encontra-se no anexo da NBR 6023.
Referências 125

inverno 2001
3. trim. 2001

'HVFULomRItVLFD Q~PHURGHSiJLQDVIROKDVRX
YROXPHV 
A GHVFULomRItVLFD refere-se ao conjunto de elementos que
caracterizam fisicamente a obra referenciada, tais como, número
total de páginas, páginas inicial e final de um texto ou volumes.
Se a publicação referenciada só tiver um volume, registra-
se o número total de páginas ou folhas seguido das abreviaturas
“ p.” ou “ f” . P.ex.:

SALOMON, Délcio V. &RPRID]HUXPDPRQRJUDILD. 4. ed. São


Paulo: Martins Fontes, 1996. 294 p.

Uma folha é composta de duas páginas: usa-se o “ p.”


quando a impressão for dos dois lados da mesma, e “ f.” quando se
limitar apenas ao anverso da folha. Essa última forma é muito utili-
zada em textos para discussão, teses e monografias não editados
por editoras. P.ex.:

80 p.
152 f.

Se houver mais de um volume, menciona-se o seu número


seguido da abreviatura “ v.” .P.ex.:

2 v.

Se forem consideradas partes de monografias e artigos de


periódicos, indica-se os números das páginas inicial e final ligados
por um hífen e precedidos da abreviatura “ p.” . Caso houver mais
de um volume, menciona-se o número do volume precedido da
abreviatura “ v.” antes da indicação das páginas. P.ex.:

p. 103-165
126 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

v. 2, p. 48-71

Quando a publicação não for paginada ou a paginação for


irregular, deve-se mencionar esta característica. No lugar do núme-
ro de páginas deve-se escrever “ Não paginado” . ou “ Paginação
irregular” .

MARQUES, M. P.; LANZELOTTE, R. G. %DQFRGHGDGRVH


KLSHUPtGLD.Rio de Janeiro: PUC, Departamento de Informática,
1993. Paginação irregular.

6pULHVHFROHo}HVHFDGHUQRVHVSHFLDLV

Depois de indicados os aspectos físicos dos documentos,


podem ser incluídas notas explicativas quando a obra referenciada
fizer parte de uma série ou coleção. Neste caso, indica-se o título e
a numeração da mesma, separados por vírgula e espaço, no final da
referência, HQWUHSDUrQWHVHV.
No caso de se consistirem em cadernos especiais, suple-
mentos, etc., acrescenta-se a nota, VHPSDUrQWHVHV.
Existem várias notas explicativas referentes a séries e cole-
ções. Algumas das mais utilizadas são:

• (Texto para discussão, X), sendo X o número


do documento referenciado.
• (Série Documentos)
• (Os economistas)
• (Working Paper, X)
• (Relatório de Pesquisa, X)
• (Estudos setoriais, X)
• (Documentos de trabalho, X)
• Suplemento Rural
• Caderno especial
• Informática
Referências 127

Exemplos:

MARSHALL, Alfred. 3ULQFtSLRVGHHFRQRPLDtratado intro-


dutório. São Paulo: Abril Cultural, 1982. 2 v. (Os economistas).

RESENDE, Luis Fernando de L. 2DFRUGRFRPHUFLDO(8$


&DQDGiHVXDVFRQVHTrQFLDVSDUDR%UDVLO. Brasília: IPEA,
jun. 1989. 50 p. (Texto para discussão, 11).

ENSAIOS FEE. Tecnologia. Porto Alegre: FEE, ano 5, 1984. 120
p. Edição especial.

1RWDVFRPSOHPHQWDUHV
Referem-se a informações adicionais que podem ser inclu-
ídas para melhor caracterizar a obra referenciada, sendo colocadas
no final da referência, sem destaque tipográfico. Mais precisamen-
te, são notas complementares incluídas após a data de publicação e
o número de páginas, na mesma linha.
Consistem na indicação de separatas, reimpressões, rese-
nhas, textos mimeografados, textos no prelo, textos traduzidos,
trabalhos apresentados em eventos, teses, dissertações e trabalhos
de conclusão de curso, e outras notas consideradas importantes
para a identificação e localização de fontes de pesquisa.
As notas complementares mais comuns são:

• Mimeografado.
• No prelo.
• Trabalho apresentado ao Congresso...
• Resenha de: (referência completa da obra).
• Separata de: .....(referência mais o nº de pág.).
• Tradução de: ...; Versão francesa de:...
• Dissertação (Mestrado em ...) – Faculdade de
... , Universidade... , local, ano.
• Inclui bibliografias.
128 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

A seguir serão examinados alguns casos.


As VHSDUDWDVUHVHQKDVetc. são indicadas conforme figu-
ram na publicação de onde foram extraídas. São referenciadas co-
mo monografias consideradas em parte com a substituição da ex-
pressão “ In:” por “ Separata de:” ou “ Resenha de:” . Nas separatas
de periódicos, a expressão “ Separata de:” deve anteceder o título
do mesmo. P.ex.:

DÓRIA, Irene de Menezes. Editoração, preparo e apresentação de


originais. Rio de Janeiro, [s.n.] 1981. 18 p. Separata de:
CONGRESSO BRASILEIRO DE PUBLICAÇÕES, 1981, São
Paulo, $QDLV, São Paulo, p. 182-188, 1981.

As WHVHVGLVVHUWDo}HVe/ouRXWURVWUDEDOKRVDFDGrPLFRV
(inclusive GHFRQFOXVmRde curso) são indicadas pelo tipo de traba-
lho (Tese, Dissertação, Monografia, etc.), seguido do grau (Douto-
rado em, Mestrado em, Especialização, etc.), da identificação da
vinculação acadêmica (nome do Curso, se for o caso, da Faculdade
e da Universidade), do local e da data de defesa. Todos esses traba-
lhos, quando editados somente no âmbito das instituições em que
foram apresentados, são indicados pela expressão "Mimeografa-
do". P.ex.:

Monografia (Graduação) - Curso de Ciências Econômicas, Facul-


dade de Administração, Contabilidade e Economia, Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1995.
Mimeografado.

Além dos casos acima mencionados, também pode ser


conveniente acrescentar, no final das referências, informações rela-
tivas ao fato de a obra consultada estar em vias de ser publicada
(QRSUHOR) ou que LQFOXLELEOLRJUDILDVtQGLFHV, etc. considerados
importantes para a identificação e localização de fontes de pesqui-
sa. P.ex.:
Referências 129

CALANDRO, M. L.; CAMPOS, S. H. A indústria em lenta recu-


peração em 2002. ,QGLFDGRUHV(FRQ{PLFRV)((. Porto Alegre,
FEE, v. 30, n. 4, 2003. No prelo.

TRINGALI, Dante. (VFRODVOLWHUiULDVSão Paulo: Musa, 1994.


246 p. Inclui bibliografias.

9.4 EXEMPLOS DE REFERÊNCIAS DE


DOCUMENTOS OBTIDOS POR VIA NÃO ELE-
TRÔNICA

Os documentos possuem características próprias requeren-


do elementos específicos para sua identificação. Por conseguinte,
os elementos apresentados serão diferenciados segundo o tipo de
obra a ser referenciada, tais como, monografias no todo, partes de
monografias, publicações periódicas como um todo e em partes
(fascículos, suplementos e números especiais de revistas e jornais),
artigos em revistas e jornais, trabalhos apresentados em eventos,
documentos jurídicos (legislação e jurisprudência), mapas, entre-
vistas, gravações de vídeo, etc.
Também serão devidamente especificados os elementos es-
senciais de cada referência e o complementares que este Guia re-
comenda que sejam incluídos, de modo a melhor identificar o do-
cumento referenciado.

0RQRJUDILDVQRWRGR
As monografias são documentos constituídos somente de
uma parte ou de partes preestabelecidas que se complementam.
As monografias consideradas no todo são tipos muito co-
muns de referências. Compreendem as referências a livros e folhe-
tos (guias, manuais, dicionários e enciclopédias inclusive coletâ-
neas, séries e coleções) e trabalhos acadêmicos (teses, dissertações
e trabalhos de conclusão de curso), além de separatas e reimpres-
sões.
130 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

Os HOHPHQWRV HVVHQFLDLV são, conforme a ABNT: au-


tor(es), título, edição local, editora e data de publicação. Neste
Guia, recomendamos acrescentar o subtítulo, se houver, o número
de páginas ou volumes e uma nota complementar indicativa de
séries e coleções, se for o caso:

AUTOR (com indicações de responsabilidade, se houver). 7tWXOR:


subtítulo. Edição. Local (cidade) de publicação: Editora, data. Nú-
mero de páginas ou volumes. (Nome e número da série).
Exemplos:

9.4.1.1 Livros
a) autor pessoal conhecido:

KON, Anita. (FRQRPLDLQGXVWULDO. São Paulo: Nobel, 1994. 212


p.

MARSHALL, Alfred. 3ULQFtSLRVGHHFRQRPLD: tratado introdutó-


rio. Tradução revista de Rômulo de Almeida e Ottolmy Strauch.
Introdução de Ottolmy Strauch. São Paulo: Abril Cultural, 1982.
2v. (Os economistas).

BÓGUS, Lucia; PAULINO, Ana Yara (Orgs.). 3ROtWLFDVGHHP


SUHJRSROtWLFDVGHSRSXODomRHGLUHLWRVVRFLDLV. São Paulo:
EDUC, 1997. 250 p.

VILLELA, Annibal Villlanova; BAER, Werner. 2VHWRUSULYDGR


QDFLRQDO: problemas e políticas para seu fortalecimento. Rio de
Janeiro: IPEA/ INPES, 1980. 369 p. (Relatório de Pesquisa, 46).

b) autor pessoal desconhecido (entrada pelo título):

PERFIL da administração pública paulista. 6. ed. São Paulo:


FUNDAP, 1994. 317 p.
Referências 131

c) autor entidade:

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ,Q


IRUPDomRHGRFXPHQWDomR±5HIHUrQFLDV±(ODERUDomR, NBR
6023. Rio de Janeiro, ago. 2000. 22 p.

BRASIL. Ministério de Minas e Energia. %DODQoRHQHUJpWLFRQD


FLRQDO. Brasília, 1999.

9.4.1.2 Teses e dissertações

DALMAZO, Renato A. $VPXGDQoDVSROtWLFRLQVWLWXFLRQDLVQDV


WHOHFRPXQLFDo}HVEUDVLOHLUDV. 1999. 350 f. Tese (Doutorado em
Economia) - Instituto de Economia, Universidade Estadual de
Campinas, Campinas. Mimeografado.

CAVALCANTI, Ricardo de Oliveira. ,QIODomRHVWDJQDomRHLQ


FHUWH]D: teoria e experiência brasileira. 1990. 89 p. Dissertação
(Mestrado em Economia) - Escola de Pós-Graduação em Economi-
a, Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro. 14º Prêmio BNDES
de Economia.

9.4.1.3 Monografias de conclusão de curso

SALAMI, Carlos Renato. $HYROXomRWHyULFDGD&XUYDGH3KLO


OLSV. 1995. 70 f. Monografia (Graduação) - Curso de Ciências E-
conômicas, Faculdade de Administração, Contabilidade e Eco-
nomia, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul,
Porto Alegre. Mimeografado.

9.4.1.4 Folhetos

RESENDE, Luís Fernando de Lara. 2DFRUGRFRPHUFLDO(8$


&DQDGiHVXDVFRQVHTrQFLDVSDUDR%UDVLO. Brasília:
IPEA/IPLAN, jun. 1989. 50 p. (Texto para discussão, n.11).
132 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

9.4.1.5 Dicionários, enciclopédias, almanaques

CATTANI, Antonio David (Org.). 7UDEDOKRHWHFQRORJLD: dicio-


nário crítico. Petrópolis: Vozes, 1997. 292 p.

9.4.1.6 Guias, manuais, catálogos

BASTOS, Lília da Rocha; PAIXÃO, Lyra; FERNANDES, Lucia


Monteiro. 0DQXDOSDUDDHODERUDomRGHSURMHWRVHUHODWyULRVGH
SHVTXLVDWHVHVHGLVVHUWDo}HV 3.ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 1982. 117 p.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. &DWiORJRGHWHVHVGD8QL


YHUVLGDGHGH6mR3DXOR. São Paulo, 1993. 467 p.

3DUWHGHPRQRJUDILD

É a denominação atribuída pela ABNT às referências par-


ciais de obra (capítulo, volume, trechos, fragmentos, etc.), com
autor(es) e/ou título próprios. É o caso das coletâneas de textos, de
capítulos de livros e de prefácios, apresentações e introduções de
uma obra não assinados pelo autor da mesma.
A referência deve começar com a identificação do autor da
parte (artigo, capítulo, prefácio, etc.) e do título da mesma, segui-
dos da expressão “ In:” e da referência completa da obra consultada
(elementos essenciais). No final da referência devem ser indicadas
as páginas inicial e final da parte ou outra forma de individualizar a
mesma (elemento complementar).

AUTOR DA PARTE REFERENCIADA. Título da parte referenci-


ada. In: AUTOR DO LIVRO. 7tWXOR: subtítulo do livro. Local
(cidade) de publicação: Editora, data. Volume, capítulo, páginas
inicial-final da parte.
Referências 133

Exemplos:

9.4.2.1 Parte de coletânea de textos ou artigos


Existem duas formas de nomear o autor ou organizador de
uma coletânea na referência de suas partes, diferenciadas pelo fato
do autor da parte ser igual ou não ao autor da coletânea.

a) quando o autor da parte for LJXDO ao autor (editor,


coordenador, organizador, etc.) da coletânea:

CHAHAD, José Paulo Zeetano. O FGTS e as rescisões do contrato


de trabalho: uma abordagem empírica. In: _____. 2PHUFDGRGH
WUDEDOKRQR%UDVLO: aspectos teóricos e evidências empíricas. São
Paulo: IPE/USP, 1986. p. 179-201. (Série Relatórios de Pesquisa,
29).

a) quando o autor da parte for GLIHUHQWH do autor (editor,


coordenador, organizador, etc.) da coletânea:

LUQUE, Carlos Antônio. Estrutura ocupacional e rotatividade da


mão-de-obra. In: CHAHAD, José Paulo Zeetano (Org.). 2PHUFD
GRGHWUDEDOKRQR%UDVLO: aspectos teóricos e evidências empíri-
cas. São Paulo: IPE/USP, 1986. p. 203-227. (Série Relatórios de
Pesquisa, 29).

9.4.2.2 Capítulo de livro

AGRAMONTE, Roberto. El hombre y la sociedad. In: ______.


6RFLRORJLD. 5. ed. La Habana: Cultural. v. 1, cap. 2, p. 21-39.

9.4.2.3 Verbete de enciclopédia e de dicionário

ECONOMIA. In: SANDRONI, Paulo. 1RYtVVLPRGLFLRQiULRGH


HFRQRPLD. 4. ed. São Paulo: Best Seller, 2000. p. 189 p.
134 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

9.4.2.4 Prefácios, apresentações, introduções, etc.

ENGELS, Friedrich. Prefácio. In: MARX, Karl. 2FDSLWDO: crítica


da economia política. São Paulo: Abril Cultural, 1983. p. 5-18. (Os
economistas).

3XEOLFDo}HVSHULyGLFDVFRPRXPWRGR

Trata-se da referência da coleção completa de um dado pe-


riódico. É mais utilizada em listas de referências e catálogos de
obras preparadas por livreiros e bibliotecas.
Os elementos essenciais são o título, local de publicação,
editora e datas de início e de encerramento da publicação. Reco-
menda-se acrescentar a informação sobre a periodicidade.

TÍTULO DA OBRA. Local (cidade) da publicação: Editora (enti-


dade responsável, se não constar do título e/ou editor comercial),
data (ano do primeiro volume e, se a publicação cessou, também
do último). Periodicidade (semanal, mensal, bimestral, etc., ou
freqüência irregular).

Exemplos:

ANÁLISE. Faculdade de Administração, Contabilidade e Econo-


mia. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1989-. Semestral.

JORNAL DA FURB. Blumenau: Fundação Universidade Regional


de Blumenau, 1989-. Mensal.

ANUÁRIO DA PROVÍNCIA DO RIO GRANDE DO SUL. Porto


Alegre: Grundlach, 1886-1912. Anual.
Referências 135


3DUWHGHXPDSXEOLFDomRSHULyGLFD UHYLVWDV
MRUQDLVVXSOHPHQWRVHWF 

Trata-se da referência da íntegra de um fascículo, suple-


mento, número especial ou qualquer número da seqüência da série
de um periódico ou de uma matéria parcial (artigos de revista, edi-
toriais, matérias jornalísticas, seções, reportagens, etc.) desses do-
cumentos.

9.4.4.1 Número isolado na íntegra

TÍTULO DO PERIÓDICO. Título do fascículo ou do suplemento


ou do número especial, se houver. Local (cidade) da publicação:
Editora (exceto jornal), número do ano e/ou volume, número da
publicação, data. Número total de páginas. Nota indicativa do tipo
de fascículo.

Exemplos:

GAZETA MERCANTIL. Por conta própria. São Paulo, ano II, n.


61, 3 jan. 1996. 12 p. Caderno semanal.

ENSAIOS FEE. Tecnologia. Porto Alegre: FEE, ano 5, 1984. 120


p. Edição especial.

PESQUISA NACIONAL POR AMOSTRA DE DOMICÍLIOS.


Mão-de-obra e previdência. Rio de Janeiro: IBGE, v. 7, 1983. Su-
plemento.

9.4.4.2 Artigos e/ou matérias de revistas

Abrange artigos, editoriais, entrevistas, reportagens e ou-


tras matérias publicadas em revistas de qualquer tipo. No caso de
136 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

revistas institucionais, tais como as editadas por faculdades, deve-


se indicar a instituição responsável.

AUTOR DO ARTIGO OU MATÉRIA (se houver). Título e subtí-


tulo do artigo ou matéria. 7tWXORGDUHYLVWD, Local (cidade) de
publicação, número do ano ou volume, páginas inicial e final do
artigo ou matéria, mês ou período e ano.

Exemplos:

a) artigos em revistas com autor:

MENEGHETTI NETO, Alfredo. Dispêndio público local: modelos


e evidências. $QiOLVH – Revista da Faculdade de Administração,
Contabilidade e Economia da PUCRS, Porto Alegre, v. 1, n. 3, p.
193-215, 1990.

MOREIRA, Edison Marques. Política monetária: a Unidade Real


de Valor. ,QGLFDGRUHV(FRQ{PLFRV)((, Porto Alegre, v. 2, n. 1,
p. 16-23, 1. trim. 1994.

CINTRA, Luiz Antonio. Crise argentina: a hora do espanto. ,VWRe,


São Paulo, n. 1659, p. 76-78, 18 jul. 2001.

b) artigos em revistas sem autor (entrada pelo título):

ACABA, 2001! $PDQKm, Porto Alegre, ano XVI, n. 168, p. 26-27,


jul. 2001.

9.4.4.3 Artigos e/ou matérias de jornais

Abrange artigos, editoriais, entrevistas, reportagens e ou-


tras matérias publicadas em jornais. Quando o artigo ou matéria
fizer parte de uma seção ou caderno, o número da página é a última
informação da referência.
Os elementos essenciais são os destacados a seguir:
Referências 137

AUTOR DO ARTIGO OU MATÉRIA (se houver). Título e subtí-


tulo do artigo ou matéria. 7tWXORGRMRUQDO, Local (cidade) de pu-
blicação, data (dia, mês e ano). Nome e número da seção, caderno
ou parte do jornal, e número da página.

Pelo contrário, se não houver seção, caderno ou parte, o
número da página do artigo ou matéria precede a data.

AUTOR DO ARTIGO OU MATÉRIA (se houver). Título e subtí-


tulo do artigo ou matéria. 7tWXORGRMRUQDO, Local (cidade) de pu-
blicação, número da página, data (dia, mês e ano).

Exemplos:

a) artigos em jornais assinados:

ABATE, Odair. O desaquecimento global e o Brasil. 9DORU(FR


Q{PLFR, São Paulo, p. A-10, 04 set. 2001.

SAN MARTIN, Eduardo. Micro norte-americano perde mercado


para clone brasileiro. =HUR+RUD, Porto Alegre, 18 dez. 1996. Ca-
derno de Informática, n. 176, p. 19.

EMERIN, Dulci. Previdência própria avança em cidades gaúchas.


=HUR+RUD, Porto Alegre, p. 6, 5 ago. 2001.

b) artigos em jornais sem autor (entrada pelo título):

CRESCE a exportação de frango. *D]HWD0HUFDQWLO, São Paulo,


15 set. 2000, p. B-12.

(YHQWRV FRQJUHVVRVVLPSyVLRVVHPLQiULRVHWF 
FRPRXPWRGR
Abrange o conjunto de documentos reunidos num produto
final do próprio evento, tais como anais, atas, resumos, SURFHH
GLQJV, etc.
138 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

Os elementos essenciais são destacados a seguir, acresci-


dos do número total de páginas e/ou de volumes:

NOME DO EVENTO, numeração (se houver)., ano, local (cidade)


de realização. 7tWXOR GRGRFXPHQWR DQDLVDWDVUHVXPRVHWF 
Local (cidade) de publicação: Editora, ano da publicação. Número
total de páginas e/ou de volumes.

Exemplo:

ENCONTRO NACIONAL DE ECONOMIA POLÍTICA, 3., 1998,


Niterói. $QDLV Niterói: EdUFF, 1998. 2 v.

7UDEDOKRVDSUHVHQWDGRVHPHYHQWRV

A referência dos trabalhos apresentados em eventos deve


começar com a identificação do autor e título do trabalho, seguidos
da expressão “ In:” e da referência completa do evento como um
todo, sucedida pela indicação das páginas inicial e final da parte
referenciada.

AUTOR DO TRABALHO. Título. In: NOME DO CONGRESSO,


número, ano, Local de realização. $QDLV Local (cidade) da publi-
cação: Editora, data. Páginas inicial e final do trabalho.

Exemplos:

MARTIN NETO, L.; BAYER, C.; MIELNICZUK, J. Alterações


qualitativas da matéria orgânica e os fatores determinantes da sua
estabilidade num solo podzólico vermelho-escuro em diferentes
sistemas de manejo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊN-
CIA DO SOLO, 26., 1997, Rio de Janeiro. 5HVXPRV Rio de Ja-
neiro: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 1997. p. 443, ref.
6-141.
Referências 139

SAYAD, João. Crédito rural e taxas de juros reais positivas. In:


ENCONTRO NACIONAL DE ECONOMIA, 9., 1981, Olinda.
$QDLVBrasília: ANPEC, 1981. p. 439-462.

'RFXPHQWRVMXUtGLFRV

Abrangem os documentos das áreas de legislação, juris-


prudência (inclui as decisões judiciais) e doutrina (interpretação de
textos legais).

9.4.7.1 Legislação

Inclui a Constituição, as emendas constitucionais e os tex-


tos legais de hierarquia inferior à constitucional, como lei comple-
mentar e ordinária, medida provisória, todas as formas de decreto e
resolução do Senado Federal, além das normas oriundas de entida-
des públicas e privadas, tais como ato normativo, portaria, resolu-
ção, ordem de serviço, instrução normativa, comunicado, aviso,
circular, decisão administrativa, etc.
Os elementos a seguir correspondem aos essenciais. O
principal complemento que pode ser adicionado é a ementa, logo
após a data, se for julgado conveniente.

JURISDIÇÃO (OU CABEÇALHO DA ENTIDADE, NO CASO


DAS NORMAS).7tWXOR e subtítulo (se houver), número, data.
Dados da publicação. (Pode-se acrescentar notas referentes a ou-
tros dados necessários à identificação do documento).

Exemplos:

a) Constituição Federal:

BRASIL. Constituição (1988). &RQVWLWXLomRGD5HS~EOLFD)HGH


UDWLYDGR%UDVLO. Brasília, DF: Senado, 1988.
140 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

b) Emenda Constitucional:

BRASIL. Constituição (1988). Emenda constitucional n.° 9, de 9


de novembro de 1995. /H[-Coletânea de Legislação e Jurisprudên-
cia: legislação federal e marginália, São Paulo, v. 59, p. 1966,
out./dez. 1995.

c) Medida Provisória:

BRASIL. Medida provisória no. 1.569-9, de 11 de dezembro de


1997. 'LiULR2ILFLDO>GD@5HS~EOLFD )HGHUDWLYDGR%UDVLO, Poder
Executivo, Brasília, DF, 14 dez. 1997. Seção 1, p. 29514.

d) Decreto;

SÃO PAULO (estado). Decreto nº 42.822, de 20 de janeiro de


1998. /H[coletânea de legislação de jurisprudência, São Paulo, v.
62, n. 3, p. 217-220, 1998.

e) Código:

BRASIL. &yGLJR&LYLO. 46. ed. São Paulo: Saraiva, 1995.

9.4.7.2 Jurisprudência (decisões judiciais)


Inclui acórdãos, súmulas, sentenças, enunciados e outras
decisões judiciais.

JURISDIÇÃO. Órgão judiciário competente. Título (natureza da


decisão ou ementa) e número. Partes envolvidas (se houver). Nome
do relator precedido da palavra “ relator” . Local, data'DGRVGD
SXEOLFDomR
Referências 141

Exemplos:

a) Acórdão:

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Deferimento de pedido de
extradição. Extradição nº 410. Estados Unidos da América e José
Antonio Fernandez. Relator: Ministro Rafael Mayer. Brasília, 21
de março de 1984. 5HYLVWD7ULPHVWUDOGH-XULVSUXGrQFLD, Brasí-
lia, v. 109, p. 870-879, set. 1984.

b) Súmula:

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula no. 14. In: ______.


6~PXODV. São Paulo: Associação dos Advogados do Brasil, 1994.
p. 16.

9.4.7.3 Doutrina

Abrange qualquer forma de discussão técnica sobre ques-


tões legais, como monografias, artigos de periódicos, artigos de
jornal, congressos, etc. Para referenciar tais documentos, deve-se
proceder de acordo com as regras constantes dos itens 9.4.1 a 9.4.6.

,PDJHPHPPRYLPHQWR

Abrange fitas de vídeo, filmes, DVD e outros documentos.

TÍTULO ( primeira palavra em letras maiúsculas): subtítulo (se


houver). Créditos (diretor, produtor, realizador, roteirista, etc.).
Elenco relevante. Local: produtora, data (ano). Especificação do
suporte em unidades físicas, (duração em minutos), indicadores de
som e cor.
142 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

Exemplo:

A ELABORAÇÃO de monografia no Curso de Ciências Econômi-
cas. Departamento de Economia da Universidade Federal de Santa
Catarina. Florianópolis: UFSC, [198-]. 1 fita de vídeo (30 min),
VHS NTSC, son., color.; 8mm.

'RFXPHQWRFDUWRJUiILFR

Abrange mapas, atlas, fotografias aéreas, etc. As regras pa-


ra as referências são as mesmas das monografias (YHU seções 9.4.1
a 9.4.6), acrescidas, quando necessário, de informações técnicas
sobre escalas e outras representações (latitudes, longitudes, meridi-
anos etc.), formato e/ou outros dados mencionados no próprio do-
cumento.

AUTOR. 7tWXOR. Edição. Local:editora, ano de publicação. Tipo de


material cartográfico. Descrição física (número de unidades, indi-
cação de cor, dimensões). Escala.

Exemplos:

a) mapa:

ALMANAQUE ABRIL ′89. 0DSDGR%UDVLO. São Paulo: Abril,


1989. 1 mapa, color., 85 cm x 80 cm. Escala: 1:5.500.000.

b) atlas:
INSTITUTO GEOGRÁFICO E CARTOGRÁFICO (São Paulo,
SP). 5HJL}HVGHJRYHUQR GR(VWDGRGH6mR3DXOR. São Paulo,
1994. Plano cartográfico do Estado de São Paulo. Escala: 1:2.000.

c) imagem de satélite:
LANDSAT TM 5. São José dos Campos: Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais, 1987-1988. Imagem de Satélite. Canais 3, 4 e
composição colorida 3, 4 e 5. Escala: 1: 100.000
Referências 143

(QWUHYLVWDV
As referências de entrevistas diferenciam-se em função da
forma como ocorrem. Ou seja, são referenciadas de modo diferente
se forem gravadas, publicadas ou pessoais.
A entrada para entrevista é geralmente dada pelo nome do
entrevistado, embora também possa ser do entrevistador caso este
tenha mais destaque. Quando gravadas, a descrição física será efe-
tuada de acordo com o suporte utilizado. Por sua vez, se forem
publicadas em periódicos, o procedimento a adotar é semelhante ao
dos documentos considerados em partes. Por último, se forem pes-
soais, entram como informação verbal (ver alínea “ c” abaixo).

RESPONSABILIDADE (considerar o entrevistador como autor


apenas quando ele tiver mais destaque que o entrevistado). $VVXQ
WRRXWtWXOR Entrevistadores. Local do depoimento,entidade onde
ocorreu o pronunciamento ou SHULyGLFRRQGHIRLSXEOLFDGR data.
Nota indicando o tipo de depoimento.

Exemplos:

a) entrevista publicada em periódicos:

CRUZ, Joaquim. A estratégia para vencer. Pisa, 1988, 9HMD, São


Paulo, v. 20, n. 37, p. 5-8, 14 set. 1988. Entrevista concedida a J.
Dias Lopes.

b) entrevista gravada:

SILVA, L. I. L. da. /XL],QiFLR/XODGD6LOYD: depoimento [abr.


1991]. Entrevistadores: V. Tremel e M. Garcia. São Paulo: SENAI-
SP, 1991. 2 fitas cassete (120 min), 3 ¾ pps, estereo. Entrevista
concedida ao Projeto Memória do SENAI-SP.

c) informação verbal

Existe bastante divergência entre os autores consultados


acerca do uso de informações verbais que não podem ser compro-
144 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

vadas. Entretanto, uma vez que muitos desses autores aceitam esse
tipo de fonte, sugere-se a referenciação abaixo.

AUTOR DO DEPOIMENTO. $VVXQWRRXWtWXORVHKRXYHU Local


do depoimento, instituição, quando houver, data (dia, mês, ano em
que a informação foi proferida). Nota indicando o tipo de depoi-
mento, conferência, discurso, contato telefônico, anotações de aula,
etc.

Exemplo:

CRUZ FILHO, Solon Pereira da. 6HQVRUHVPDJQpWLFRV. Porto


Alegre, PUCRS, 21 ago. 1996. Palestra ministrada aos professores
e alunos do Instituto de Física.

3URJUDPDGHWHOHYLVmRHUiGLR

TEMA. NRPHGRSURJUDPD Cidade: nome da TV ou rádio, data
(dia, mês, ano da apresentação do programa). Nota especificando
o tipo de programa.

Exemplo:

CONSTRUINDO UM MINHOCÁRIO. *ORER5XUDO. Rio de Ja-


neiro: Rede Globo, 18 de abril de 1993. Programa de TV.

9.5 REFERÊNCIAS DE DOCUMENTOS OBTIDOS


POR VIA ELETRÔNICA

A crescente utilização da Internet como fonte de informa-


ção exigiu a organização de um padrão para referenciar e citar os
documentos armazenados eletronicamente. Em nível mundial, essa
padronização está explicitada na norma ISO 690-2 – Information
and Documentation – Bibliografic references. No Brasil, a ABNT
incluiu a referência a documentos eletrônicos na atualização da
Referências 145

norma NBR 6023, datada de agosto de 2000, reproduzindo, de


certa forma, a ISO 690-2.
Neste contexto, a distinção entre informação eletrônica e
documento eletrônico mostra-se oportuna, visto que são, na verda-
de, conceitos complementares. Conforme Kraemer et al. (1996, p.
7), “ entende-se a informação eletrônica como toda informação que
depende do computador para ser lida e acessada, podendo sua ver-
são original ser ou não gerada eletronicamente, e como documento
eletrônico todo aquele suporte físico que contenha a informação
eletrônica” . Assim, referencia-se tanto os documentos consultados
RQOLQH, tais como monografias, no todo e em partes, artigos de re-
vistas e jornais, anais de congressos, etc., como aqueles de acesso
exclusivo em meio eletrônico, entre eles os obtidos via banco de
dados, lista de discussão, arquivos em disquetes e correio eletrôni-
co.
Os documentos podem ser armazenados sob diferentes
modalidades de apresentação, e recuperados ou consultados, por
sua vez, sob diferentes protocolos.
Os elementos essenciais de uma referência a um documen-
to eletrônico são a identificação da autoria (da forma habitual), o
título da informação (inclusive o subtítulo), o local onde o docu-
mento está armazenado (URL) e a data (a indicada no documento
ou a data de captura ou de consulta ao arquivo, principalmente
quando este for passível de modificações sem que se mantenham
registros das versões anteriores).
A transcrição dos dados de um endereço eletrônico deve
ser rigorosa, uma vez que se constitui uma ferramenta essencial na
recuperação dos arquivos. A pontuação deve ser seguida na ínte-
gra, assim como a utilização de caracteres maiúsculos e minúscu-
los. Não se deve efetuar quebras de linha no meio do endereço
eletrônico.
A seguir relaciona-se vários tipos de documentos e infor-
mações eletrônicas juntamente com a sua forma de referenciação,
recomendada na versão atualizada da NBR 6023. Observe-se que a
ABNT recomenda que não se referencie material eletrônico de
curta duração nas redes.
146 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

0RQRJUDILDQRWRGRHHPSDUWHDUWLJRVHPMRU
QDLVHUHYLVWDVHYHQWRVHGRFXPHQWRVMXUtGLFRV
FRQVXOWDGRVHPGLVTXHWH&'520HRQOLQH

Os elementos essenciais das referências em meio eletrôni-
co devem ser apresentados nos mesmos padrões recomendados
para os modelos apresentados nas seções 9.4.1 a 9.4.7, acrescidas
das informações referentes à descrição física do meio ou suporte
utilizado (disquete, CD-ROM, Internet).
No caso de obras acessadas RQOLQH, e que não se constituem
de material eletrônico de curta duração nas redes, é imprescindível
incluir o endereço eletrônico entre os sinais < e >, precedido da
expressão “ Disponível em:” e seguido da data de acesso (captura)
do documento, antecedida da expressão “ Acesso em:” O protocolo
mais comumente utilizado é o Hyper Text Transfer Protocol
(HTTP).
A expressão genérica é:

AUTOR. 7tWXOR: subtítulo. Edição. Local: editora, data. Tipo de


suporte. Notas.

9.5.1.1 Monografia no todo e em parte (livros, capítulos,


folhetos, volumes, etc.)
a) monografias no todo:

AUTOR. 7tWXORsubtítulo. Local (cidade) de publicação, data,


volume ou número das páginas inicial e final. Disponível em: <
URL >. Acesso em: Data de acesso (captura).

Exemplos:

MOURA, Gevilacio Aguiar Coêlho de&LWDo}HVHUHIHUrQFLDVD


GRFXPHQWRVHOHWU{QLFRV. Disponível em: <http://www.elogica.
com.br./users/gmora/refet>. Acesso em: 9 dez. 1996
Referências 147

MARTINS, Suzana Matte S. $GPLQLVWUDomRGHHPSUHVDV. Porto


Alegre: EDIPUCRS, 1997. 1 CD-ROM.

b) partes de uma monografia:

Quando se tratar de partes de uma monografia ou de outro


trabalho acadêmico, a expressão fica um pouco mais trabalhada,
pois é acrescida da expressão “ In:”

AUTOR DA PARTE. Título da parte: subtítulo. In: AUTOR DO


LIVRO. 7tWXORGROLYUR: subtítulo. Local (cidade) de publicação,
data, volume ou número das páginas inicial e final. Disponível em:
< URL >. Acesso em: Data de acesso (captura).

Exemplos:

MORFOLOGIA dos artrópodes. In: ENCICLOPÉDIA multimídia


dos seres vivos. [S.l.]: Planeta DeAgostini, c1998. CD-ROM 9.

SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Tratados e


organizações ambientais em matéria de meio ambiente. In: ______.
(QWHQGHQGRRPHLRDPELHQWH. São Paulo, 1999. v. 1. Disponível
em: <http://www.bdt.org.br/s,a/entendendo/atual/htm> . Acesso
em: 8 mar. 1999.

MAKA, Alexis. A sustentabilidade de déficits em conta corrente.


In: PEREIRA, Francisco (Org.). )LQDQFLDPHQWRGRGHVHQYROYL
PHQWREUDVLOHLUR. Brasília: IPEA, 2000. Livro 1. Disponível em:
<http://www.ipea.gov.br/pub/livros/financiamento/livro1/cap_1.
pdf >. Acesso em: 22 jul. 2000

9.5.1.2 Artigos, matérias, reportagens publicados em


periódicos, jornais e outros, etc.
Neste caso deve-se mencionar os dados referentes ao mate-
rial utilizado e citado, tal como recomendado nas seções 9.4.3 e
148 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

9.4.4, e posteriormente acrescentar as informações sobre o suporte


eletrônico. Às vezes pode ser necessário suprimir as informações
referentes a volume, fascículo ou outras partes, e substituí-las por
uma forma de divisão característica do meio eletrônico.

AUTOR do artigo. Título do artigo. 7tWXORGRSHULyGLFR, Local,


número, ano. Notas. Disponível em: <URL>. Acesso em: Data de
acesso (captura).

Exemplos:

CAMPOS NETO, Carlos A. da S. Considerações sobre o setor


elétrico. %ROHWLPGH3ROtWLFD,QGXVWULDO, n. 13, abr.2001, p.19-24.
Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/pub/bpi/Boletim PI13.
pdf> . Acesso em: 14 jun.2001.

VIEIRA, Cássio Leite; LOPES, Marcelo. A queda do cometa. 1HR


Interativa, Rio de Janeiro, n. 2, 1994. 1 CD-ROM.

ROSEANA Sarney rejeita lugar de vice em 2002. -RUQDOGD/LOL


DQ2QOLQH. 3 set.2001. Seção Entrevistas. Disponível em:
<http://www.terra.com.br/jornaldalilian/>. Acesso em: 8 set. 2001.

SILVA, I. G. Pena de morte para o nascituro. 2(VWDGRGH6mR


3DXOR, São Paulo, 1 set. 1998. Disponível em: <http://www.
providafamilia.org/pena_morte_nascituro.htm>. Acesso em: 19 set.
1998.

9.5.1.3 Eventos no todo ou em parte (congressos na


íntegra, trabalhos apresentados, etc.)
a) eventos no todo:

NOME DO EVENTO, numeração (se houver), ano, local (cidade)


de realização. 7tWXOR GRGRFXPHQWR DQDLVDWDVUHVXPRVHWF 
Local (cidade) de publicação: Editora, ano da publicação. Número
total de páginas e/ou de volumes.
Referências 149

Exemplo:

CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996,


Recife. $QDLVHOHWU{QLFRV Recife: UFPe, 1996. Disponível em:
<http://www.propesq.ufpe.br/anais/anais.htm>. Acesso em: 21 jan.
1997.

b) trabalho apresentado em evento:

AUTOR DO TRABALHO. Título. In: NOME DO EVENTO, nú-


mero, ano, Local de realização. $QDLV Local (cidade) da publica-
ção: Editora, data. Disponível em: endereço eletrônico ou tipo de
suporte. Acesso em: Data da captura ou data da publicação.

Exemplos:

SILVA, R. N.; OLIVEIRA, R. Os limites pedagógicos do para-


digma da qualidade total na educação. In: CONGRESSO DE INI-
CIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. $QDLVHOH
WU{QLFRV Recife: UFPe, 1996. Disponível em: <http://www. pro-
pesq. fpe.br/anais/anais/educ/ce04..htm>. Acesso em: 21 jan. 1997.

GUNCHO, M. R. A educação à distância e a biblioteca universitá-


ria. In: SEMINÁRIO DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS,
10., 1998, Fortaleza. $QDLV Fortaleza: Tec Treina, 1998. 1 CD-
ROM.

9.5.1.4 Documentos jurídicos (leis, decretos, súmulas,


etc.)

a) Legislação:

BRASIL. Lei n.º 9.887, de 7 de dezembro de 1999. Altera a legis-


lação tributária federal. 'LiULR2ILFLDO>GD@5HS~EOLFD)HGHUDWLYD
GR%UDVLO. Brasília, DF, 8 dez. 1999. Disponível em:
<http://www.in.gov.br/mp_leis/leis_texto.asp?Id=LEI%209887>.
Acesso em: 22 dez. 1999.
150 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

b) súmula em +RPHSDJH

BRASIL. Supremo Tribunal Federa. 6~PXODQž14. Não é admis-


sível, por ato administrativo, restringir, em razão de idade, inscri-
ção em concurso para cargo público. Disponível em:
<http://www.truenetm.com.br/jurisnet/sumusSTF.html>. Acesso
em: 29 nov. 1998.

c) súmula em Revista Eletrônica:

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula n.º 14. Não é admis-


sível, por ato administrativo, restringir, em razão de idade, inscri-
ção em concurso para cargo público. Disponível em: <http://www.
truenetm.com.br/jurisnet/sumusSTF.html>. Acesso em: 29 nov.
1998.


 'RFXPHQWRVGHDFHVVRH[FOXVLYRHPPHLR
HOHWU{QLFR
Existem documentos ou informações acessíveis para re-
produção ou consulta apenas por meio eletrônico, tais como, CD-
ROM, disquete, internet, disco rígido, etc.
A expressão genérica é:

AUTOR. 7tWXOR: subtítulo do serviço ou produto. Indicações de


responsabilidade. Local: editora, data. Tipo de suporte. Notas.

9.5.2.1 Documentos ou informações obtidos via banco


de dados

AVES do Amapá: banco de dados. Disponível em: <http://www.


bdt.org/bd/avifauna/aves>. Acesso em: 25 nov. 1998.
Referências 151

9.5.2.2 Documentos e informações obtidos via lista de


discussão

BIOLINE Discussion List. List maintained by the Base de Dados


Tropical, BDT in Brasil. Disponível em: lisserv@bdt.org.br. Aces-
so em: 25 nov. 1998.

9.5.2.3 Arquivo de dados e de textos em disquete

TEXTIL.doc. $FRPSHWLWLYLGDGHGDFDGHLDSURGXWLYDWr[WLO
YHVWXiULRQR5LR*UDQGHGR6XO. Fundação de Economia e Esta-
tística. Porto Alegre, out. 1996. 1 disquete 1,44 pol. Word 6.0.

9.5.2.4 Referência obtida em base de dados

ÁCAROS no Estado de São Paulo. In: FUNDAÇÃO TROPICAL


DE PESQUISAS E TECNOLOGIA “ ANDRÉ TOSELLO” . %DVH
GH'DGRV7URSLFDO 1985. Disponível em: <http://www.bdt.fat.org/
bdt/acarosp>. Acesso em: 30 maio 2002.

9.5.2.4 Mensagem obtida por correio eletrônico (e-mail)

As informações para a referenciação de mensagens obtidas


via Internet devem ser retiradas do cabeçalho da mensagem, po-
dendo o endereço ser omitido caso se trate de um e-mail pessoal.

RESMER, Maria José. &LWDomRGHGRFXPHQWRVHOHWU{QLFRV [men-


sagem pessoal]. Mensagem recebida por <biblio@lepus.celepar.
br> em 26 maio 2000.
152 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.

9.6 LISTA ORDENADA DE REFERÊNCIAS

A ordenação das referências dos documentos citados na e-


laboração de trabalhos técnicos e científicos deve acompanhar o
sistema usado para citação no texto (conforme NBR 10520). No
caso de ser utilizado o VLVWHPD QXPpULFR (ordem de citação no
texto), as referências devem seguir a mesma ordem numérica cres-
cente. A utilização do VLVWHPD DOIDEpWLFR (sistema autor-data),
recomendado por este Guia para a elaboração de trabalhos mono-
gráficos na PUCRS, por sua vez, requer que as referências sejam
reunidas no final do texto, em uma única ordem alfabética, sem
numeração.
O DOLQKDPHQWR das referências deve ser feito somente pela
margem esquerda. Quanto ao HVSDFHMDPHQWR, usa-se o espaço
simples entre as linhas de uma mesma referência, e o dobro disso
entre duas referências (NBR 14724).
No caso de nome repetido de autor, este pode ser substituí-
do por um traço equivalente a seis espaços, e um ponto, a partir da
segunda referência desse autor. A mesma recomendação se aplica
quando o título da obra for repetido. Se forem citadas obras de um
mesmo autor publicadas em um mesmo ano, acrescenta-se letras
minúsculas, em ordem alfabética, às datas. P.ex.:

CAMARGO, José Márcio. Salários e negociações coletivas. 3HV


TXLVDH3ODQHMDPHQWR(FRQ{PLFR. Rio de Janeiro, v. 20, n. 3, p.
305-324, 1990a, ago.

______. 6DOiULRVQRPLQDLVSROtWLFDVDODULDOHDWLYLVPRVLQGLFDO
Rio de Janeiro: IPEA, 1990b. (Série Fac-símile, 36).

As referências a obras de um mesmo autor, publicadas em


anos diferentes, devem ser apresentadas em ordem cronológica,
começando pela publicação mais antiga.

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