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&,7$d®(6
Todo o trabalho científico que inclui uma revisão biblio-
gráfica sobre o tema em estudo, ou que reproduz uma informação
proveniente de canais informais, deve fazer referência às fontes
utilizadas.
O uso de material produzido por terceiros, sem a adequada
concessão de créditos, não é aceito pela comunidade acadêmica,
pois contraria os pressupostos éticos que devem estar presentes na
elaboração de trabalhos científicos e constitui plágio.
A referência ao autor pode ser textual ou livre e sua apre-
sentação no trabalho deve seguir algumas regras básicas as quais
são regulamentadas na NBR 10520 da ABNT, como será visto no
decorrer deste capítulo.
6.1 DEFINIÇÕES
Citação, conforme a ABNT, é a “menção, no texto, de uma
informação extraída de outra fonte” (NBR 10520, 2002, p. 1). Re-
fere-se a elementos retirados de outras obras considerados impor-
tantes para auxiliar na fundamentação das idéias desenvolvidas
pelo autor da monografia.
1
No sistema numérico, após a primeira referência bibliográfica completa,
a indicação subseqüente da mesma obra, nas notas de rodapé, pode ser
feita de forma abreviada ou mediante a adoção das expressões latinas:
DSXG – citado por, conforme, segundo; ,GHP ou ,G – mesmo autor;
,ELGHPou ,ELG – na mesma obra; 2SXVFLWDWXP ouRSFLW – obra ci-
tada; 3DVVLP – aqui e ali, em diversas passagens; /RFR FLWDWR ou ORF
FLW ± no lugar citado; &I – confira, confronte. Todas estas expressões
latinas, com exceção de DSXG, são de uso exclusivo em notas.
Citações 67
a) citação direta:
Conforme Mello (1982, p. 101), “ [...] o complexo exportador cafe-
eiro, ao acumular, gerou o capital-dinheiro que se transformou em
capital industrial [...]” .
2
As normas referentes à elaboração e apresentação das referências, com
base na NBR 6023:2002, da ABNT, encontram-se explicitadas e discu-
tidas no capítulo 9 do presente Guia.
68 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.
b) citação indireta:
O complexo exportador cafeeiro foi fundamental para a geração do
capital-dinheiro (MELLO, 1982, p. 101).
$WpWUrVDXWRUHV
No caso de citação de obra com até três autores, indicam-
se os sobrenomes dos mesmos em letras maiúsculas ou minúsculas,
conforme o caso (dentro ou fora do parêntese), na ordem em que
aparecem na publicação. Os sobrenomes devem ser separados por
ponto e vírgula, se estiverem dentro de parênteses, e com vírgula e
a conjunção H, se estiverem fora dele. P.ex.:
0DLVGHWUrVDXWRUHV
Quando existirem quatro ou mais autores, cita-se o sobre-
nome do primeiro seguido da expressão latina HWDO, que significa
“ e outros” . P ex.:
'LYHUVRVDXWRUHVHGLYHUVRVWUDEDOKRV
Nas citações indiretas, caso seja citada uma mesma idéia
desenvolvida por diversos autores em diferentes trabalhos, estes
70 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.
'RLVRXPDLVDXWRUHVFRPRPHVPRVREUHQRPHH
DPHVPDGDWDGHHGLomR
Quando se constatar a coincidência de sobrenomes de auto-
res, com obras publicadas no mesmo ano, a solução é incluir a
inicial de seus prenomes, seguida de ponto, na citação. Se a coinci-
dência persistir, opta-se por escrever os prenomes por extenso.
P.ex.:
8PDXWRUHGRLVRXPDLVGRFXPHQWRVFRPR
PHVPRDQRGHHGLomR
Na citação de várias obras de um mesmo autor publicadas
num mesmo ano, acrescentam-se letras minúsculas à data para
diferenciar os trabalhos, em ordem alfabética, sem espacejamento,
respeitando a ordem cronológica da publicação. P.ex.:
'LYHUVRVGRFXPHQWRVGDPHVPDDXWRULDFRP
DQRVGHHGLomRGLIHUHQWHV
3RQWXDomRHVSDFHMDPHQWRHSRVLFLRQDPHQWR
6XSUHVV}HVRXRPLVV}HV
As supressões ou omissões de palavras ou trechos da cita-
ção que não interessam ao desenvolvimento do trabalho são indi-
cadas SRU UHWLFrQFLDV HQWUH FROFKHWHV. Podem ocorrer no início,
meio ou final da transcrição. P.ex.:
,QWHUSRODo}HVDFUpVFLPRVRXFRPHQWiULRV
As interpolações, acréscimos ou comentários referem-se à
inclusão de explicações ou esclarecimentos julgados necessários
para a plena compreensão de uma parte do texto. São efetuadas
pelo autor da monografia sendo apresentadas HQWUH FROFKHWHV.
P.ex.:
&LWDomRGHSiJLQDVFRQVHFXWLYDVHGHSiJLQDV
QmRFRQVHFXWLYDV
No caso de citações de textos localizados em páginas con-
secutivas, estas deverão ser unidas por um hífen. Quando as pági-
nas não forem consecutivas, usa-se a conjunção “ e” . P.ex.:
p. 16-17
p. 16 e 18
Citações 75
7H[WRVRULJLQDLVHPOtQJXDHVWUDQJHLUD
WUDGXo}HV
No caso de consulta a livros em língua estrangeira, as cita-
ções devem ser traduzidas para serem incorporadas ao corpo do
trabalho, acrescentando-se a versão original em nota de rodapé (ver
seção 7.2). Sugere-se utilizar a expressão “ tradução nossa” , entre
parênteses, após o texto traduzido. A indicação do autor é efetuada
na citação traduzida. P.ex.:
No texto:
No texto:
No rodapé:
____________________
9
Poetas rio-grandenses, de autoria de Elvo Clemente, a ser editado pela
EDIPUCRS, 2002.
,QIRUPDomRYHUEDO
Quando os dados ou informações forem obtidos mediante
informação verbal (palestras, debates, comunicações, conferências,
entrevistas ou ainda de correspondência, anotações de aulas etc.)
deve-se indicar a expressão “ informação verbal” entre parênteses
após a apresentação do material utilizado. Os dados disponíveis
sobre o assunto devem ser mencionados somente em nota de roda-
pé. P.ex.:
No texto:
No rodapé:
____________________
9
Notícia fornecida por John A. Smith no Congresso Internacional de
Engenharia Genética, em Londres, em outubro de 2001.
Notas de rodapé 77
127$6'(52'$3e
Nos trabalhos escritos é comum a presença de situações em
que se mostra interessante, e, muitas vezes, necessária, a introdu-
ção de esclarecimentos ou comentários que, se constarem no corpo
do texto, podem interromper a seqüência lógica de exposição das
idéias.
Nesses casos, a solução adotada é a introdução de notas de
rodapé. As normas referentes à sua elaboração e apresentação serão
examinadas no presente capítulo.
7.1 DEFINIÇÕES
As notas de rodapé são “ indicações, observações ou adita-
mentos ao texto feitos pelo autor, tradutor ou editor [...]” (NBR
10520, 2002, p. 2). São utilizadas quando se mostra útil comple-
mentar o texto com informações que não devem ser incluídas no
mesmo.
__________________________
9
Para maiores detalhes sobre o Plano Cruzado e o conflito distributivo no
Brasil, YHU o capítulo 2 de CAMARGO, José M.; RAMOS, Carlos A. $
UHYROXomRLQGHVHMDGD: conflito distributivo e mercado de trabalho. Rio
de Janeiro: Campus, 1988. p. 17-39.
________________________
1
No original: 7KLVGRHVQRWPHDQWKDWLWLVDQRSWLPDOIRUPRILQGXVWULDO
SROLF\ 2SWLPDO SURWHFWLRQ SROLF\ ZRXOG EH GLUHFWHG PRUH SUHFLVHO\ WR
WKH LQGXVWULHV WR EH SURWHFWHG DYRLGLQJ WKH E\SURGXFW HIIHFW RI DQ
XQGHVLUHGEDODQFHRISD\PHQWVVXUSOXV
Notas de rodapé 79
1RWDVH[SOLFDWLYDV
As QRWDVH[SOLFDWLYDV, por sua vez, servem para acrescen-
tar comentários do autor, fornecer informações e esclarecimentos
adicionais, justificar afirmações, definir conceitos e termos utiliza-
dos, etc. Destinam-se, também, a informar dados relativos a infor-
mações verbais, trabalhos em fase de elaboração, e trabalhos não
publicados. Podem incluir citações diretas e indiretas, valendo-se
da mesma orientação indicada no capítulo 6 para a identificação da
autoria, porém sem necessidade de utilização de parágrafo recuado
no caso de citações que ultrapassem três linhas.
As notas explicativas são as mais utilizadas no decorrer da
elaboração de uma monografia, por fornecer ao leitor elementos
adicionais para a compreensão do tema desenvolvido. P.ex.:
_______________________
1
Por eqüidade entende-se a disposição de reconhecer igualmente o direito
de cada um. Estabelece, portanto, o critério a ser utilizado para a classi-
ficação daqueles que são considerados iguais e estabelece, também, as
normas essenciais de diferenciação.
,/8675$d®(6
Neste capítulo serão examinadas as normas que regem o
modo de apresentação de dados e informações, seja na forma de
números, seja na de figuras.
O modo de organização e a forma de apresentação tabular
ou gráfica do material empírico obtido assumem contornos rele-
vantes para atingir os objetivos do trabalho em desenvolvimento,
tendo em vista sua capacidade de permitir e/ou direcionar a descri-
ção e análise quantitativa no texto.
As fontes básicas utilizadas para esse trabalho foram as
normas NBR 6029, NBR 10719 e NBR 14724, da ABNT, e o livro
1RUPDV GH DSUHVHQWDomR WDEXODU do IBGE, reconhecido pela
ABNT para orientar a elaboração de tabelas. Também foi muito
útil a publicação 1RUPDV SDUD DSUHVHQWDomR JUiILFD GH GDGRV:
tabelas, do IPARDES.
8.1 DEFINIÇÕES
As LOXVWUDo}HV consistem em um conjunto de elementos
gráficos que integram a parte textual de um trabalho científico
servindo de apoio às idéias que estão sendo apresentadas, como
complemento visual.
Em seu sentido mais amplo, as ilustrações compreendem
ILJXUDV(esquemas, fluxogramas, organogramas, quadros, gráficos,
desenhos, gravuras, diagramas, mapas, fotografias, e outros), e
WDEHODV que são utilizadas conforme a necessidade e conveniência
de ilustrar partes do texto. As HTXDo}HVHIyUPXODV (principalmen-
te expressões matemáticas) não são classificadas como ilustrações,
mas foram incluídas neste capítulo por requererem, freqüentemente
a utilização de recursos gráficos e/ou símbolos específicos.
Conforme a NBR 14724 (2002, p. 2), as ILJXUDVconsistem
em “ elementos demonstrativos de síntese que [...] explicam ou
complementam visualmente o texto” , e as WDEHODVsão “ elementos
demonstrativos de síntese que constituem unidade autônoma. [...]
apresentam informações tratadas estatisticamente ” .
Ilustrações 83
3
Em Campos e Loureiro (2000), são apresentados exemplos de elabora-
ção de cada tipo de gráfico, com a respectiva tabela de dados que os o-
riginou.
86 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.
Por exemplo:
,GHQWLILFDGRU
O LGHQWLILFDGRU é o componente utilizado para a identifi-
cação da tabela no texto ou nos anexos. Compõe-se do tipo de ele-
mento, em letras minúsculas com exceção da primeira, seguido do
número de ordem e de um hífen. Os elementos devem ser numera-
dos com algarismos arábicos de 1 a n podendo a numeração ser
seqüencial ao longo de todo o texto ou específica a cada capitulo.
Neste último caso, o número de ordem deve ser precedido do nú-
mero do capítulo, seguido de um ponto. P.ex.:
Tabela 2.3 - 3ª tabela do segundo capítulo
88 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.
7tWXOR
O WtWXOR contém o conjunto de termos definidores do con-
teúdo da tabela, em termos da natureza e da abrangência geográfica
e temporal dos dados numéricos. Deve ser escrito com letras mi-
núsculas, espaço simples e linguagem clara e concisa. Deve ser
alinhado à esquerda, incluindo o identificador numérico, sem ultra-
passar os limites da tabela, com a segunda linha iniciando embaixo
da primeira letra da primeira linha. P.ex.:
0ROGXUD
A PROGXUD compõe-se dos traços (fios) necessários para
delimitar o espaço central de uma tabela. É representada no míni-
mo por três traços horizontais paralelos: um para separar o topo,
outro para delimitar o espaço do cabeçalho e um terceiro para sepa-
rar o rodapé. O uso de fios verticais para separar colunas, quando
usado, deve se restringir ao cabeçalho e apenas se for necessário
destacar parte do mesmo ou dos dados numéricos. Deve-se evitar a
utilização de fios verticais para separar as colunas e fios horizon-
tais para separar as linhas no corpo da tabela.
Com relação a fios verticais nas laterais, convenciona-se
que estes não devem ser utilizados nas tabelas estatísticas.
&DEHoDOKR
O FDEHoDOKR é o conjunto de termos que indicam, de forma
complementar ao título, o conteúdo e a natureza das colunas, po-
dendo ser formado por um ou vários níveis. Todas as especifica-
ções devem ser efetuadas iniciando com letras maiúsculas e as
demais, por minúsculas Por ex.:
a) com um nível:
Ocupação 1995 (R$) 1996 (R$) Variação %
,QGLFDGRUGHOLQKDFROXQDLQGLFDGRUD
Uma tabela necessita ter LQGLFDGRUHVGHOLQKD, inscritos na
FROXQDLQGLFDGRUD, que é a primeira coluna da tabela, para especi-
ficar o conteúdo das linhas. A indicação desse conteúdo deve ser
efetuada de forma clara e concisa, sendo recomendável o uso de
palavras por extenso.
Ilustrações 91
8QLGDGHGHPHGLGD
A indicação das XQLGDGHVGHPHGLGD dos dados numéricos
de uma determinada linha ou coluna se mostra, freqüentemente,
imprescindível para a compreensão da tabela. A localização da
expressão quantitativa ou metrológica dos dados numéricos, con-
forme o disposto no Quadro Geral de Unidades de Medidas do
Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade In-
dustrial (CONMETRO), depende do seu grau de abrangência den-
tro da tabela:
a) devem ser colocadas acima da linha superior do cabe-
çalho, no canto direito, se forem válidas para todos os
dados da tabela;
92 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.
(m) ou (metro)
(t) ou (tonelada)
(R$) ou (reais)
(US$) ou (dólares)
(1 000 t) ou (mil toneladas)
(%) ou (percentual)
(US$ 1 000) ou (US$ mil)
(R$ 1 000) ou (R$ mil)
(kg/ha) ou (quilo por hectare)
(t/km) ou (tonelada por quilômetro)
Exemplo de unidades de medida em tabelas:YHU seção 8.9.
)RQWH
A indicação da responsabilidade pelo fornecimento ou ela-
boração dos dados numéricos e das informações apresentadas nas
tabelas é denominada de IRQWH.
A fonte deve ser inscrita a partir da primeira linha do roda-
pé da tabela, logo abaixo do fio horizontal de fechamento da mes-
ma. Sua indicação pode ser dispensada somente quando for de
autoria (elaboração e base empírica) do autor da monografia, tese
ou dissertação.
Existem alguns critérios que devem ser observados na sua
elaboração:
a) a identificação do(s) responsável(eis) pela elaboração
dos dados deve ser precedida pela palavra )RQWH, segui-
da de dois pontos e um espaço, ou )RQWH GRV GDGRV
EUXWRV quando os dados originais são trabalhados pelo
aluno;
Ilustrações 93
Segunda página:
Tabela 2 – Indicadores macroeconômicos selecionados no Brasil -
1995-2000
(conclusão) (%)
Anos e Inflação Taxa de Taxa de Dívida ex-
meses câmbio juros terna
x x x X
x x x X
Out. x x x x
Nov. x x x x
Dez. x x x x
Fonte: Xxxxx.
Exemplo:
Tabela 3 – Indicadores macroeconômicos no Brasil – 1990-1997
7tWXOR
O WtWXOR contém o conjunto de termos definidores do con-
teúdo da figura. Deve ser posicionado na parte LQIHULRU da figura e
com alinhamento centralizado, conforme determinação da ABNT
(NBR 14742, 2002). O título deve ser escrito com letras minúscu-
las, com fonte 12 ou uma fonte menor, se necessário, com espaço
simples e linguagem clara e concisa. O tamanho do título não deve
Ilustrações 103
/HJHQGDV
É relativamente comum o uso de legendas nas figuras para
o melhor entendimento do fenômeno que está sendo representado.
As mais utilizadas visam conferir significado a cores e padrões
usados para diferenciar linhas ou colunas, entre outros.
Quanto ao tamanho de fonte para a legenda, a ABNT re-
comenda um tamanho menor do que 12. Este Guia sugere que seja
adotado o tamanho 11 ou então um outro mais adequado à dimen-
são do gráfico, ficando esta parte do projeto gráfico sob responsa-
bilidade do autor do trabalho.
Algumas recomendações são feitas baseadas na SUiWLFD
JUiILFD que buscam aprimorar a parte visual da figura. No caso do
uso de cores, recomenda-se a escolha de cores definidas e contras-
tantes. Por sua vez, na seleção dos padrões de preenchimento, é
interessante misturar tipos bem diferentes, inclusive usando o bran-
co e o preto sólidos. Nas linhas, nem sempre a utilização de marca-
dores é conveniente, sendo mais adequado recorrer ao pontilhado,
traço mais grosso, etc. Essas recomendações facilitam a própria
montagem da legenda, que por ser apenas uma pequena amostra do
que é utilizado na figura, deve possibilitar a necessária diferencia-
ção de cores e padrões.
Quanto à ORFDOL]DomR das legendas, podem ser colocadas
na parte inferior, acima do título, ou do lado direito ou no canto da
figura. Novamente, fica a cargo do autor do trabalho a escolha
mais pertinente.
Na seção 8.9 são apresentados alguns tipos de gráficos com
e sem legendas.
([HPSORVGHWDEHODV
a) tabelas com cabeçalhos de um nível
Arrecadação
Setores
(R$ milhões)
Indústria de transformação ....... 2 137
Indústria de beneficiamento ..... 259
Comércio atacadista .................. 547
Comércio varejista .................... 602
Outros ....................................... 358
7RWDO.........................................
Fonte: Secretaria da Fazenda do RS.
([HPSORVGHTXDGURV
tes.
([HPSORVGHJUiILFRVHILJXUDV
5%
31%
até 14 anos
15 a 64 anos
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
1940 1950 1960 1970 1980 1991 1996
9
8
7
US$ bilhões FOB
6
5
4
3
2
1
0
1993 1994 1995 1996
Básicos Semimanufaturados Manufaturados
Mundo teórico
Avaliação
Mundo real
Observação e Determinação
definição do de parâmetros Dados
problema e constantes
i
LM
IS
Y
Figura 2 - Posições de equilíbrio nos mercados de
bens (IS) e monetários (LM)
Referências 113
5()(5Ç1&,$6
As referências são essenciais nos trabalhos científicos pois
apresentam a documentação consultada para a sua realização.
Essa documentação assume formas extremamente variadas,
desde livros, revistas, documentos legislativos e materiais cartográ-
fico até fontes audiovisuais, eletrônicas e informação verbal, sendo
suas referências regulamentadas pela NBR 6023 da ABNT, que
“ fixa a ordem dos elementos das referências e estabelece conven-
ções para transcrição e apresentação da informação originada do
documento e/ou outras fontes de informação” (p.1) . Destaque
especial deve ser conferido ao fato de que, em agosto de 2000, uma
nova norma incluiu a normalização das referências de documentos
em meio eletrônico, preenchendo uma lacuna até então atendida
por documentos bibliotecários de diversas instituições. A nova
edição da NBR 6023 de agosto de 2002 corrigiu algumas falhas
remanescentes, as quais foram observadas na presente atualização.
Neste capítulo serão apresentadas inicialmente algumas de-
finições básicas, seguidas por considerações sobre os tipos e for-
mas de apresentação dos elementos que compõem as referências.
Na última parte do capítulo, serão incluídos exemplos dos docu-
mentos mais freqüentemente utilizados na elaboração de trabalhos
científicos, destacando-se sempre os elementos essenciais da refe-
rência, e, em alguns casos, os complementares.
9.1 DEFINIÇÕES
'RFXPHQWR é “ qualquer suporte que contenha informação
registrada, formando uma unidade, que possa servir para consulta,
estudo ou prova. Inclui impressos, manuscritos, registros audiovi-
suais, sonoros, magnéticos e eletrônicos, entre outros” . (ABNT,
NBR 6023, 2002, p. 2).
5HIHUrQFLD é o “ conjunto padronizado de elementos des-
critivos, retirados de um documento, que permite sua identificação
individual” . (ABNT, NBR 6023, 2002, p. 2).
114 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.
2
Alguns elementos complementares serão adotados neste Guia com o
objetivo de melhor caracterizar os documentos referenciados nos traba-
lhos científicos da Faculdade de Administração, Contabilidade e Econo-
mia da PUCRS, com base na NBR 6023 da ABNT.
Referências 115
$OLQKDPHQWRHVSDFHMDPHQWRGHVWDTXHGRWtWXOR
HSRQWXDomR
O DOLQKDPHQWR de todas as linhas das referências deve ser
efetuado somente pela margem esquerda da página. No caso de
serem apresentadas em nota de rodapé, as referências devem ser
alinhadas de modo a destacar o expoente (a segunda linha e as
seguintes devem iniciar abaixo da primeira letra da primeira pala-
vra da primeira linha da referência).
O HVSDFHMDPHQWR das referências é simples, devendo as
mesmas ser separadas entre si por espaço duplo. Quando aparece-
rem em notas de rodapé, também são apresentadas em espaço sim-
ples, porém sem espaço entre elas.
O GHVWDTXHGRWtWXOR deve ser uniforme em todas as refe-
rências de um documento, podendo-se escolher um dos seguintes
116 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.
$XWRULD
O autor de uma obra pode ser uma pessoa(s) física(s) ou
uma entidade como instituição(ões), organização(ões), empresa(s),
congressos, etc.
A entrada da referência é feita geralmente pelo nome do
autor. Na ausência do mesmo, a entrada é efetuada pelo título da
obra.
No caso da obra ter até três autores, estes devem ser trans-
critos na ordem em que foram citados, separados por ponto-e-
vírgula. Por sua vez, quando houver quatro ou mais autores, men-
ciona-se somente o primeiro, seguido da expressão “ et al.” P.ex.:
118 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.
FUNDAÇÃO IBGE.1RUPDVGHDSUHVHQWDomRWDEXODU.
BIBLIOTECA NACIONAL (Brasil). 5HODWyULRGD'LUHWRULD
*HUDO
7tWXORHVXEWtWXOR
7tWXOR é a “ palavra, expressão ou frase que designa o as-
sunto ou o conteúdo de um documento” e VXEWtWXOR são as “ infor-
mações apresentadas em seguida ao título, visando esclarecê-lo ou
120 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.
(GLomR
A HGLomR refere-se a “ todos os exemplares produzidos a
partir de um original ou matriz” (NBR 6023, 2002, p. 2).
Quando mencionada na obra, ela localiza-se logo após o tí-
tulo e é indicada pela abreviatura do numeral ordinal, seguido de
ponto, de espaço e da abreviatura “ ed.” , seguida de espaço. No
caso de idioma estrangeiro, deve-se respeitar a respectiva ortogra-
fia. Emendas e acréscimos à edição também podem ser indicados
de forma abreviada. P.ex.:
/RFDOGHSXEOLFDomR
O ORFDO GH SXEOLFDomR (cidade) deve ser reproduzido tal
como aparece no documento referenciado, seguido de dois pontos e
espaço. P.ex.:
(GLWRUD
Entende-se por HGLWRUD a casa publicadora, pessoa(s) ou
instituição que assume a responsabilidade por uma produção edito-
rial. Dependendo do suporte do documento, outras denominações
podem ser usadas, como produtora (para imagens em movimento),
gravadora (para registros sonoros), etc.
O nome da editora deve ser reproduzido tal como aparece
na obra referenciada, abreviando-se os prenomes e suprimindo-se a
indicação da sua natureza jurídica ou comercial. P.ex.:
'DWD
A GDWD de publicação do documento expressa em algaris-
mos arábicos e seguida de um ponto, deve ser sempre mencionada,
por ser elemento essencial. P.ex.:
1965-1990
3
A relação completa dos meses e suas abreviaturas, nas seis línguas men-
cionadas, encontra-se no anexo da NBR 6023.
Referências 125
inverno 2001
3. trim. 2001
'HVFULomRItVLFDQ~PHURGHSiJLQDVIROKDVRX
YROXPHV
A GHVFULomRItVLFD refere-se ao conjunto de elementos que
caracterizam fisicamente a obra referenciada, tais como, número
total de páginas, páginas inicial e final de um texto ou volumes.
Se a publicação referenciada só tiver um volume, registra-
se o número total de páginas ou folhas seguido das abreviaturas
“ p.” ou “ f” . P.ex.:
80 p.
152 f.
2 v.
p. 103-165
126 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.
v. 2, p. 48-71
6pULHVHFROHo}HVHFDGHUQRVHVSHFLDLV
Exemplos:
1RWDVFRPSOHPHQWDUHV
Referem-se a informações adicionais que podem ser inclu-
ídas para melhor caracterizar a obra referenciada, sendo colocadas
no final da referência, sem destaque tipográfico. Mais precisamen-
te, são notas complementares incluídas após a data de publicação e
o número de páginas, na mesma linha.
Consistem na indicação de separatas, reimpressões, rese-
nhas, textos mimeografados, textos no prelo, textos traduzidos,
trabalhos apresentados em eventos, teses, dissertações e trabalhos
de conclusão de curso, e outras notas consideradas importantes
para a identificação e localização de fontes de pesquisa.
As notas complementares mais comuns são:
• Mimeografado.
• No prelo.
• Trabalho apresentado ao Congresso...
• Resenha de: (referência completa da obra).
• Separata de: .....(referência mais o nº de pág.).
• Tradução de: ...; Versão francesa de:...
• Dissertação (Mestrado em ...) – Faculdade de
... , Universidade... , local, ano.
• Inclui bibliografias.
128 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.
As WHVHVGLVVHUWDo}HVe/ouRXWURVWUDEDOKRVDFDGrPLFRV
(inclusive GHFRQFOXVmRde curso) são indicadas pelo tipo de traba-
lho (Tese, Dissertação, Monografia, etc.), seguido do grau (Douto-
rado em, Mestrado em, Especialização, etc.), da identificação da
vinculação acadêmica (nome do Curso, se for o caso, da Faculdade
e da Universidade), do local e da data de defesa. Todos esses traba-
lhos, quando editados somente no âmbito das instituições em que
foram apresentados, são indicados pela expressão "Mimeografa-
do". P.ex.:
0RQRJUDILDVQRWRGR
As monografias são documentos constituídos somente de
uma parte ou de partes preestabelecidas que se complementam.
As monografias consideradas no todo são tipos muito co-
muns de referências. Compreendem as referências a livros e folhe-
tos (guias, manuais, dicionários e enciclopédias inclusive coletâ-
neas, séries e coleções) e trabalhos acadêmicos (teses, dissertações
e trabalhos de conclusão de curso), além de separatas e reimpres-
sões.
130 Loureiro, A. B. S.; Campos, S. H.
9.4.1.1 Livros
a) autor pessoal conhecido:
c) autor entidade:
9.4.1.4 Folhetos
3DUWHGHPRQRJUDILD
Exemplos:
3XEOLFDo}HVSHULyGLFDVFRPRXPWRGR
Exemplos:
3DUWHGHXPDSXEOLFDomRSHULyGLFDUHYLVWDV
MRUQDLVVXSOHPHQWRVHWF
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
'RFXPHQWRVMXUtGLFRV
9.4.7.1 Legislação
Exemplos:
a) Constituição Federal:
b) Emenda Constitucional:
c) Medida Provisória:
d) Decreto;
e) Código:
Exemplos:
a) Acórdão:
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Deferimento de pedido de
extradição. Extradição nº 410. Estados Unidos da América e José
Antonio Fernandez. Relator: Ministro Rafael Mayer. Brasília, 21
de março de 1984. 5HYLVWD7ULPHVWUDOGH-XULVSUXGrQFLD, Brasí-
lia, v. 109, p. 870-879, set. 1984.
b) Súmula:
9.4.7.3 Doutrina
,PDJHPHPPRYLPHQWR
Exemplo:
A ELABORAÇÃO de monografia no Curso de Ciências Econômi-
cas. Departamento de Economia da Universidade Federal de Santa
Catarina. Florianópolis: UFSC, [198-]. 1 fita de vídeo (30 min),
VHS NTSC, son., color.; 8mm.
'RFXPHQWRFDUWRJUiILFR
Exemplos:
a) mapa:
b) atlas:
INSTITUTO GEOGRÁFICO E CARTOGRÁFICO (São Paulo,
SP). 5HJL}HVGHJRYHUQR GR(VWDGRGH6mR3DXOR. São Paulo,
1994. Plano cartográfico do Estado de São Paulo. Escala: 1:2.000.
c) imagem de satélite:
LANDSAT TM 5. São José dos Campos: Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais, 1987-1988. Imagem de Satélite. Canais 3, 4 e
composição colorida 3, 4 e 5. Escala: 1: 100.000
Referências 143
(QWUHYLVWDV
As referências de entrevistas diferenciam-se em função da
forma como ocorrem. Ou seja, são referenciadas de modo diferente
se forem gravadas, publicadas ou pessoais.
A entrada para entrevista é geralmente dada pelo nome do
entrevistado, embora também possa ser do entrevistador caso este
tenha mais destaque. Quando gravadas, a descrição física será efe-
tuada de acordo com o suporte utilizado. Por sua vez, se forem
publicadas em periódicos, o procedimento a adotar é semelhante ao
dos documentos considerados em partes. Por último, se forem pes-
soais, entram como informação verbal (ver alínea “ c” abaixo).
Exemplos:
b) entrevista gravada:
c) informação verbal
vadas. Entretanto, uma vez que muitos desses autores aceitam esse
tipo de fonte, sugere-se a referenciação abaixo.
Exemplo:
3URJUDPDGHWHOHYLVmRHUiGLR
TEMA. NRPHGRSURJUDPD Cidade: nome da TV ou rádio, data
(dia, mês, ano da apresentação do programa). Nota especificando
o tipo de programa.
Exemplo:
0RQRJUDILDQRWRGRHHPSDUWHDUWLJRVHPMRU
QDLVHUHYLVWDVHYHQWRVHGRFXPHQWRVMXUtGLFRV
FRQVXOWDGRVHPGLVTXHWH&'520HRQOLQH
Os elementos essenciais das referências em meio eletrôni-
co devem ser apresentados nos mesmos padrões recomendados
para os modelos apresentados nas seções 9.4.1 a 9.4.7, acrescidas
das informações referentes à descrição física do meio ou suporte
utilizado (disquete, CD-ROM, Internet).
No caso de obras acessadas RQOLQH, e que não se constituem
de material eletrônico de curta duração nas redes, é imprescindível
incluir o endereço eletrônico entre os sinais < e >, precedido da
expressão “ Disponível em:” e seguido da data de acesso (captura)
do documento, antecedida da expressão “ Acesso em:” O protocolo
mais comumente utilizado é o Hyper Text Transfer Protocol
(HTTP).
A expressão genérica é:
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
Exemplo:
Exemplos:
a) Legislação:
b) súmula em +RPHSDJH
'RFXPHQWRVGHDFHVVRH[FOXVLYRHPPHLR
HOHWU{QLFR
Existem documentos ou informações acessíveis para re-
produção ou consulta apenas por meio eletrônico, tais como, CD-
ROM, disquete, internet, disco rígido, etc.
A expressão genérica é:
TEXTIL.doc. $FRPSHWLWLYLGDGHGDFDGHLDSURGXWLYDWr[WLO
YHVWXiULRQR5LR*UDQGHGR6XO. Fundação de Economia e Esta-
tística. Porto Alegre, out. 1996. 1 disquete 1,44 pol. Word 6.0.
______. 6DOiULRVQRPLQDLVSROtWLFDVDODULDOHDWLYLVPRVLQGLFDO
Rio de Janeiro: IPEA, 1990b. (Série Fac-símile, 36).