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Ibicaraí-Ba
2022
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO
FAVENI
Ibicaraí-Ba
2022
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E NUTRICIONAL DOS POVOS
INDÍGENAS BRASILEIROS
RESUMO
Identificar e analisar o estado epidemiológico e nutricional dos povos indígenas no Brasil foi o objetivo
deste estudo, uma revisão bibliográfica. Com isso em mente, buscamos atingir os objetivos propostos
por meio de trabalhos produzidos entre 2005 e 2017. Os povos indígenas compõem uma parcela da
população brasileira e caracterizam-se pela carência de informações epidemiológicas e nutricionais.
Por meio da análise desses trabalhos, observa-se que o consumo de alimentos industrializados tem
aumentado devido à exposição à cultura urbana. Os dados de alimentação e nutrição apresentam um
quadro desfavorável, com registros de sobrepeso e obesidade se multiplicando, com consequências
de doenças como dislipidemia, diabetes e hipertensão arterial. Importantes mudanças na
epidemiologia e no estado nutricional têm afetado a saúde indígena e justificam ações preventivas e
de tratamento de saúde direcionadas a essa população.
ABSTRACT
Identifying and analyzing the epidemiological and nutritional status of indigenous peoples in Brazil was
the objective of this study, a literature review. With this in mind, we seek to achieve the proposed
objectives through works produced between 2005 and 2017. Indigenous peoples make up a portion of
the Brazilian population and are characterized by a lack of epidemiological and nutritional information.
Through the analysis of these works, it is observed that the consumption of processed foods has
increased due to exposure to urban culture. Food and nutrition data present an unfavorable picture,
with records of overweight and obesity multiplying, with consequences of diseases such as
dyslipidemia, diabetes and arterial hypertension. Important changes in epidemiology and nutritional
status have affected indigenous health and justify preventive and health treatment actions aimed at
this population.
INTRODUÇÃO
razoável integração na sociedade. Para tal, deve ter uma boa compreensão dos
usos e costumes da comunhão nacional, saber português e ter pelo menos 21 anos.
No Brasil, os perfis alimentares e nutricionais foram identificados como um dos
temas prioritários da pesquisa devido à contínua falta de dados sobre o tema. O que
vem sendo abordado, discutido e avaliado nos últimos anos é a saúde dos povos
indígenas. Pouco se sabe sobre o perfil epidemiológico dos povos indígenas, porém,
a falta de censos de saúde indígena, que estão desatualizados, tem resultado na
falta de informações epidemiológicas representativas sobre o perfil nutricional dessa
população (LEITE et al., 2007 apud MENEZES; Sauron, 2015). Os povos indígenas
no Brasil estão sob risco de mudanças ambientais e socioeconômicas, que os
colocam em uma situação alimentar e nutricional altamente vulnerável (ESCOBAR,
2003; KÜHL, 2009).
Para Moura (2010), a presença dos índios nos mercados regionais facilitou
sua migração para as cidades brasileiras, levando a uma transformação cultural que
produziu uma transição alimentar em troca de atividades de caça, pesca e colheita
comercial para satisfazer os novos hábitos socioculturais ditados pela a cultura.
Segundo Pagliaro; Azevedo e Santos, (2005), as difíceis condições vivenciadas
pelos povos indígenas constituem um fator limitante para o reconhecimento das
necessidades de saúde para planejar ações preventivas e políticas públicas para
enfrentá-las. A complexa situação da saúde indígena relaciona-se espontaneamente
com o processo histórico de transformação social, econômica e ambiental do povo,
suscitando preocupações e contribuindo para o impacto dos contatos culturais dos
povos indígenas com outros povos sobre o estado nutricional do Brasil. com isso,
ficam mais suscetíveis a mudanças nos hábitos de vida, incluindo os hábitos
alimentares (BERGAMASCHI; DIAS, 2009 apud MENEZES; SCHAUREN, 2015). Ao
longo das últimas décadas, o governo federal instituiu diversos programas de
assistência social por meio de cestas básicas distribuídas nas aldeias, o que acabou
estimulando o aumento do consumo de alimentos industrializados, que evidenciaram
aumento no consumo de produtos industrializados como: açúcar, sal, soja, leite em
pó, extrato de tomate, salgadinho em pó, chá, refrigerantes, erva-mate, caramelo,
baguetes e embutidos, para facilitar o acesso a esses alimentos e eletrodomésticos,
além de outros itens que possam ser consumidos pelos povos indígenas como como
refrigerantes, doces, salgadinhos e bebidas alcoólicas, itens proibidos pela
comunidade, utilizados por quem recebe salários de aposentadorias ou outras fontes
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área, que não somente mostrem a problemática das condições de vida entre os
indígenas, mas estimulem a melhoria na qualidade da assistência a esses povos
(OLIVEIRA, 2017).
Além disso, mostra-se necessária a intervenção ou o monitoramento por meio
de programas dirigidos à assistência, à saúde, ao saneamento básico, ao acesso à
terra e à educação, bem como programas nutricionais e educacionais a fim de
acompanhar as condições nutricionais desses indivíduos e, concomitante, atuar na
promoção da saúde para as comunidades indígenas que passaram pelo processo
de transição alimentar.
Assim, o conhecimento do perfil epidemiológico e nutricional é de fundamental
importância para que autoridades e profissionais competentes voltados a esta área
se mobilizem a fim de melhorar a saúde e a qualidade de vida da população
indígena, uma vez que torna possível, traçar metas e reduzir o número de
internações e mortes por causas evitáveis.
Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi o de identificar por meio dos
textos selecionados, já que esta é uma pesquisa de revisão, o perfil epidemiológico
e nutricional dos indígenas brasileiros.
METEDOLOGIA
RESULTADOS
CONCLUSÃO
de mudança no seu estilo de vida, além de ofertar programas que gerem ações
sociais e preventivas, visando à assistência à saúde na promoção de melhor
qualidade de vida entre esses povos.
O acesso a alimentos de qualidade, em quantidades suficientes e adequados
à cultura alimentar ainda é um obstáculo a ser ultrapassado por essas populações. À
falta de saneamento básico ou doenças, não se resumem nos desafios na gestão
indígena, e sim a exclusão desse povo aos benefícios que pode ser realizado para
promoção e prevenção da saúde dos indígenas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS