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Rassul Momade Ira

Referência Bibliográfica: MICOA, Programa Nacional de Gestão Ambiental, PNGA,


Maputo,1996, Moçambique).
Corpo do resumo Obs.
A data da independência nacional a gestão ambiental consistia em medidas
elementares de gestão das florestas.
A primeira acção tendente a consideração sistemática dos aspectos ambientais
consistiu no estabelecimento, em 1982, da Unidade de Gestão Ambiental no
Instituto Nacional de Planeamento Físico (INFP), cujo objectivo fundamental era
propor um aparelho institucional capaz de integrar os princípios ambientais no
processo de desenvolvimento do País.
Em 1985 esta unidade com a assistência da PNUMA e da IUCN, propôs a criação
do Conselho do Ambiente, de nível ministerial, constituído por um secretariado
técnico e dotado de Recursos Minerais para dirigir processo de institucionalização
da gestão ambiental em Moçambique, sendo assistido nas suas funções pelo
Ministro da Construção e Águas.
Em 1989, e após uma visita do Director Executivo do PNUMA, foi assinado um
memorando de entendimento entre o governo de Moçambique e o PNUMA,
prevendo o estabelecimento de um programa de cooperação de 5 anos.
No âmbito do referido memorando foi constituído um grupo de trabalho,
designado “Secretariado Provisório”, com assistência técnica e financeira do
PNUMA, culminando com a criação, em 1991, da Divisão do Meio Ambiente do
INFP.
Volvidos nove meses, o Secretariado Provisório produziu uma proposta de
inserção do ambiente no aparelho institucional do País recomendando a criação de
uma comissão Nacional do Meio Ambiente que se encarregaria de velar por toda a
problemática ambiental. Fruto da análise da situação ambiental nacional e das
recomendações da Conferencia Nacional sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento, realizada em Outubro de 1991, o governo de Moçambique cria
comissão Nacional do Meio Ambiente (CNA), a 3 de Junho de 1992, por Decreto
Presidencial.
2. Objectivos do Programa Nacional de Gestão Ambiental:
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O PNGA surge como uma necessidade de evidenciar a problemática ambiental


global do País e propor instrumentos e procedimentos necessários e fundamentais
a sua abordagem, com objectivo principal de Estabelecer uma política e estratégia
ambientais para direccionar a gestão ambiental, Integrar os aspectos ambientais no
processo de desenvolvimento e Integrar os aspectos ambientais no processo de
desenvolvimento.
3. Estratégias de Implementação do PNGA
A estratégia base da implementação gradual do programa assenta na coordenação
inter-sectorial, pelo Ministério para Coordenação da Acção Ambiental, e na
execução e responsabilidade sectoriais pela implementação dos projectos definidos
pela PNGA.
Principais Recursos Naturais
A localização geográfica e a extensão do país confere-lhe o privilégio de
beneficiar de uma diversidade de recursos naturais, dos quais há a destacar vastas
áreas de terra fértil, diversos recursos florestais e faunísticos, importantes bacias
hidrográficas, recursos naturais e uma longa linha de costa grande potencial
económico e ambiental.

5. Principais Problemas Ambientas e suas causas


Em Moçambique os que se situam ao nível político, institucional, legal, de
educação ambiental, de informação e investigação ambientais e de carácter
costeiro e urbano entende se como principais causas ambientais.
O carácter destes problemas, embora não parecendo ambiental, são no de facto,
quando considerada a sua dimensão e alcance em termos de futuros
desenvolvimentos.
Todavia a zona costeira e os centros urbanos apresentam uma relativa degradação
ambiental pois, durante o período da guerra, foram áreas que maior fluxo de
população deslocada recebeu.
Contexto Institucional:
Fraca capacidade institucional para a gestão racional dos recursos naturais, fraca
capacidade técnica, ausência de coordenação inter-sectorial e excessiva
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Centralização.
Aspectos legais:
Legislação sectorial existente, legislação sobre investimentos em Moçambique,
proposta da lei do ambiente, cláusulas dedicadas ao ambiente.
Documentação, informação e investigação ambientais:
Ausência de informação ambiental actualizada, sistematizada e acessível, escassez
de circulação e troca de informação.
Problemas costeiros e rurais:
Problemas e constrangimentos no sector das pescas, degradação dos ecossistemas
costeiros e marinhos, erosão costeira, poluição marinha, fraca capacidade
institucional do sector turístico.
Ambientes Urbano:
Degradação dos sistemas de saneamento e baixa qualidade de água potável,
erosão do solo e desflorestamento, deficiente gestão dos resíduos sólidos,
deficiente capacidade institucional e de coordenação, deficiente planeamento e
controle da ocupação do espaço físico.
6. Politica, Estratégias de Solução e Prioridades de Acção
Política do Ambiente, esta representa a base para um desenvolvimento sustentável
de Moçambique, visando a erradicação progressiva da pobreza e o melhoramento
da qualidade de vida dos moçambicanos bem como a redução dos danos sobre o
ambiente.
Princípios da política do ambiente:
 O Homem é um componente importante do ambiente e é o beneficiário
principal da sua gestão adequada
 A utilização dos recursos naturais deve ser optimizada,
 Devem ser aplicadas leis, incentivos e desincentivos para a gestão
ambiental.
Reforço da Capacidade Institucional para Gestão Ambiental
Para que a gestão ambiental se torne numa prática comum a todos os sectores de
actividade do país, adoptar-se-ão estratégias claras em matéria de desenvolvimento
institucional, descentralização da gestão ambiental, coordenação inter-sectorial e
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em relação a formação técnico-profissional.


Legislação Ambiental
Para a eficácia do desenvolvimento sustentável, é imprescindível que exista um
quadro de técnicos á altura das exigências da legislação ambiental.
Consciencialização e divulgação ambientais
A estratégia global de solução das carências de educação ambiental sistemática
pressupõe a definição de uma política de educação ambiental que se fundamente
na cooperação inter-sectorial e que oriente a integração dos aspectos ambientais no
processo da educação formal e não-formal.
Gestão costeira e Marinha
A base fundamental do plano integrado tem de ser o conhecimento profundo sobre
o estado actual dos recursos naturais da zona costeira e marinha, através de
investigação e recolha de dados coordenados.
Gestão do ambiente urbano
A gestão ambiental nas cidades moçambicanas é particularmente difícil., em
virtude de existirem, paralelamente, dois sistemas sócio-económicos com
necessidades por vezes contraditórios, nomeadamente o sector tradicional,
informal e rural, por um lado, e o sector moderno, formal e urbano por outro.

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