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FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO

DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E GESTÃO


CURSO DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS
Data: 30/04/20 10 Ano

Por se enviar para delfinmagalo@gmail.com no dia 15 de Maio.

TRABALHO INDIVIDUAL DE NOÇÕES DE CONTABILIDADE

1. Explicar a Evolução histórica de Contabilidade em Moçambique (no mínimo 4 páginas).


A contabilidade busca com apoio de embasamento teórico, criar, aprimorar e desenvolver
métodos e modelos de gestão. A disciplina de Teoria de a Contabilidade objectiva desenvolver o
senso crítico dos pesquisadores da área, embora tenha sido discutida e estudada a muito tempo,
somente a partir de 1994, passou a ser exigida e integrada em todos os currículos dos cursos de
ciências contábeis do Brasil (IUDÍCIBUS; MARION, 1999).

Iudícibus e Marion (1999, p. 19) explicam que “a introdução obrigatória dessa disciplina veio,
sem dúvida, trazer enorme contribuição para a formação dos estudantes de graduação na área
contábil”.

Segundo os autores, isso ocorre pelo fato de que os profissionais contábeis se atêm muito à
aplicação prática e pouco à teoria. Muito tem sido discutido a respeito de como ensinar a
contabilidade, como forma de atender às mais variadas necessidades e suprir, dessa forma, a
crescente busca por profissionais capacitados e qualificados para um mercado de trabalho cada
vez mais acirrado e competitivo. Esses profissionais devem aprofundar os aspectos teórico-
contábeis para poder associar a teoria à prática, entendendo a contabilidade como uma ciência
social aplicada, buscando conhecer a sua base conceitual, a suas metodologias e origens
(HENDRIKSEN; VAN BREDA, 1999).

A contabilidade surgiu da necessidade do homem acompanhar e controlar a evolução de seu


património. Dessa forma, a contabilidade faz parte da evolução e do desenvolvimento do próprio
ser humano e da sociedade. Iudícibus (2000, p. 29) descreve que a contabilidade é tão antiga
quanto a origem do homem pensante. Historiadores remontam os primeiros sinais da existência
de contas aproximadamente a 4000 anos a.C. Entretanto, talvez antes disto o homem primitivo,
ao inventariar o número de instrumentos de caça e pesca disponíveis, ao contar seus rebanhos, ao
contar suas ânforas de bebidas, já estava praticando uma forma rudimentar de contabilidade.
Percebe-se que desde as épocas mais antigas os homens buscam se organizar para controlar seus
pertences. Nesse sentido, praticavam aptos de comércio através da troca de bens e mercadorias,
onde até hoje existe a preocupação em controlar o património das pessoas e das empresas.

A origem da contabilidade está relacionada à necessidade de registos do comércio, pois à medida


que o homem começava a possuir maior quantidade de seus bens e valores, precisava saber
quanto isso poderia render e quais as formas para aumentar a sua situação patrimonial. Como tais
informações eram cada vez mais numerosas e de difícil memorização, surgiu a necessidade dos
registos, gerando os primeiros esboços para os estudos voltados para a contabilidade. No Brasil,
a contabilidade foi fortemente influenciada pela escola italiana, e evoluiu através da legislação
fiscal, pois, segundo Iudícibus (2000), devido à inoperância das associações dos contadores o
governo teve que tomar a iniciativa. Para Schmidt (2000, p. 205), pode-se citar como exemplo da
intervenção da legislação o Código Comercial de 1850, que “instituiu a obrigatoriedade da
escrituração contábil e da elaboração anual da demonstração do balanço geral composto de bens,
direitos e obrigações, das empresas comerciais”. Este código apenas determinou que as empresas
deveriam seguir uma escrituração uniforme, mas não normalizou os procedimentos e princípios
contábeis. Em 1902 surgiu em São Paulo a Escola Prática de Comércio que criou um curso
regular que oficializasse a profissão contábil com o intuito de estudar e controlar a contabilidade
das empresas comerciais. Nesse mesmo período surgiu a primeira escola especializada no ensino
de contabilidade, a Escola de Comércio Álvares Penteado (IUDÍCIBUS, 2000).

O crescente relacionamento das empresas portuguesas com Moçambique e as particularidades


das normas e práticas contabilísticas moçambicanas justificam a procura de uma harmonização
contabilística.
Pouco se sabe, ou carece de uma investigação profunda, sobre a história da contabilidade em
Moçambique, assumindo-se que o seu nascimento data de 1984 com o Plano Geral de
Contabilidade (PGC), aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros N. 13/84 de
Dezembro, o qual era de aplicação obrigatória pelas empresas sediadas no país com excepção
das que exerçam actividades nos ramos bancário e segurador que dispõem de planos próprios. É
no PGC que estão contemplados os princípios de normalização da contabilidade, existindo outra
legislação que contempla o PGC, designadamente no que respeita a : amortizações, provisões e
reavaliação dos activos corpóreos. O Código do Imposto Sobre os Rendimentos também
contempla algumas disposições com impacte na contabilidade das empresas.

Contudo por uma necessidade de uma crescente harmonização contabilística Moçambique viu-se
na obrigação de reformular este PGC, seja pelo crescimento da economia ou pela mudança da
própria conjuntura político económico do país, pois já não fazia sentido manter um plano de
contas que para além de não ir ao encontro das normas internacionais de contabilidade,
mostrava-se fora do contexto empresarial do próprio país. Foi por isso que em 2006 foi aprovado
o novo PGC, que veria a entrar em vigor no dia 01 de Janeiro de 2007, continuando com a
mesma estrutura e tendo como princípio básico a partida dobrada.

De salientar que a internacionalização da economia, e a globalização dos negócios, suscitam a


necessidade de criação de uma linguagem contabilística comum, de interface, que permita
preparar, consolidar, e interpretar, de forma padronizada e inequívoca, conceitos, critérios
valorimétricos, e procedimentos auditoriais, que emergem das boas, e tecnologicamente
modernas práticas internacionais de contabilidade e auditoria, o que levou Moçambique a ter que
adoptar as Normas Internacionais de Relato Financeiro (NIRF), baseadas na Financial
Accounting Standards Bord (FASB), a partirde 01 de Janeiro de 2010.

O Presidente da Autoridade Tributária de Moçambique ( ATM) Rosário Ferandes, considera que


as NIRF permitirão maior transparência e comparabilidade da informação financeira, entre os
diferentes actores de negócio, envolvendo o Estado, as Pessoas Colectivas (de direito público ou
privado), e público em geral, respondendo assim aos desafios da integração internacional das
economias, e contribuindo para a clarificação do sistema de contas (quer públicas, quer
privadas), permitindo a sua fácil interacção e auditabilidade, e proporcionando, assim, melhor
ambiente de monitorização, avaliação e intervenção, incluindo nos mecanismos de reconciliação
e compensação, quando e onde necessário, entre os actores directos do negócio, incluindo o
Estado. Finalmente considero que a contabilidade em Moçambique está evoluir, não obstante ser
necessário que o faça com maior velocidade de forma a estar no mesmo pé com outros países, e
garantir a qualidade da informação contabilística, que é fundamental no processo de toma de
decisão.

A evolução dos objectivos da contabilidade


Primeiramente, a contabilidade preocupava-se basicamente com as informações financeiras,
visando o atendimento das obrigações fiscais e legais. Com a evolução tecnológica e a ampliação
das necessidades sociais, como um todo, houve também a ampliação do leque de usuários
potenciais da contabilidade, criando-se a necessidade da empresa evidenciar suas realizações
para a sociedade, contrariamente ao que acontecia antigamente, quando a contabilidade tinha por
objectivo informar apenas ao dono qual o lucro obtido pela empresa em determinado período.
Com o surgimento do mercado globalizado que acirrou a concorrência, a informação contábil
tornou-se imprescindível e estratégica para a subsistência e criação de vantagem competitiva
para possibilitar que as empresas locais competissem com as grandes corporações transnacionais,
e para que estas dispusessem das informações necessárias para poder avançar e expandir
mundialmente. Neste ambiente competitivo, Araújo e Assaf Neto (2003) também apresentam
uma nova finalidade para a contabilidade: além da divulgação das informações financeiras
usuais, a divulgação de informações económicas destinadas a diversos níveis de usuários (tanto
internos como externos).

Os autores constatam que tais informações devem caracterizar-se pela utilidade e confiabilidade,
e atender a diversificados interesses dos seus usuários, não apenas a financeira, mas sim, as
várias abordagens, inclusive a económica, que não são excludentes, mas complementares em
termos informacionais. A contabilidade, sendo um instrumento de informação gerencial, deverá
informar ao seu usuário principal os dados que retratem, além do lucro e da rentabilidade, o valor
económico gerado por suas actividades. Esse novo objectivo da contabilidade também é
destacado por Padoveze (1999), que a contabilidade gerencial moderna deve estar inclusa no
processo de gestão para investigar de forma continua a efectividade da utilização dos recursos
organizacionais para a criação de valor para os accionistas, clientes e credores. Nesta nova
realidade concorrencial, a contabilidade precisa evoluir e fornecer instrumentos decisivos para o
crescimento económico da organização como, por exemplo, a contabilidade estratégica de custos
que criou métodos capazes de apurar o custo do concorrente, dos elos de uma cadeia de valor, da
qualidade etc. Portanto, o modelo contábil antigo não atende mais as necessidades dos gestores,
que agora demandam informações gerências dinâmicas e ágeis, tanto dos aspectos relativos à
própria empresa, como do ambiente em que ela está inserida. Araújo e Assaf Neto (2003)
afirmam que os métodos utilizados pelos gestores para a sua gestão financeira da empresa
mudaram, pois está sendo adoptado como objectivo organizacional a maximização da riqueza
dos accionistas. Assim, os gestores necessitam de informações que permitam aos accionistas
verificar se os seus fins estão sendo alcançados e, para isso, cabe à contabilidade apresentar tais
subsídios. Os autores também destacam como finalidade primordial da contabilidade, actuar
como instrumento de administração e suporte ao planeamento da entidade para a identificação e
determinação dos objectivos organizacionais, bem como para a análise de alternativas e
projecção das acções futuras. Com base nos padrões estabelecidos nos planos operacionais, a
contabilidade pode acompanhar o andamento do processo de execução das acções e decisões que
envolvem a utilização de recursos económicos e, finalmente, avaliar e analisar o resultado das
decisões tomadas. Além disso, a evolução das necessidades sociais e as novas exigências da
sociedade criaram para a contabilidade a missão de também divulgar informações sobre a
execução de acções sociais e ambientais das empresas como, por exemplo: Balanço Social,
Demonstração do Valor Adicionado (DVA) e a contribuição da empresa para a preservação
ambiental.
2. Falar do impacto dos conhecimentos da área de contabilidade na sua formação (no
mínimo 2 páginas).
 Impacto Dos Conhecimentos Da Área De Contabilidade Na Gestão De Recursos
Humanos
A contabilidade como ferramenta de gestão, na maioria das Organizações evidenciam seus ativos
como disponíveis, onde o referencial financeiro, certamente fica em primeiro lugar. Com isso, a
contabilidade acaba deixando de lado um quesito de fundamental importância, aquele que
envolve especificamente o capital humano e seus desdobramentos estratégicos. Com isso, a
contabilidade acaba deixando de lado um quesito de fundamental importância, aquele que
envolve especificamente o capital humano e seus desdobramentos estratégicos.

Sendo assim, o Capital Humano nas organizações, muitas vezes é ignorado principalmente no
que tange a dois vectores, são eles: a inserção do capital humano propriamente dito e como o
mesmo contribui de forma ímpar para o desenvolvimento humano. Logo, a Contabilização
perante a essas situações podem ser de duas formas, e caberá a Empresa optar pela Contabilidade
de Custos de Recursos Humanos, onde o assunto tratará dos investimentos do pessoal, ou a
Contabilidade de Valor em Recursos Humanos, que ficará responsável em dizer qual o valor
económico das pessoas. Isso será útil para a tomada de decisões num nível estratégico de
excelência sobre pessoas e os investimentos feitos em cada uma delas, e até quanto à empresa
poderá investir em Recursos Humanos.

Neste sentido, torna-se importante observar alguns dos subsistemas eleitos na literatura voltada
para os recursos humanos, são eles: recrutamento e selecção, treinamento e desenvolvimento.
Para o contexto, vale destacar a geração de custos directos e indirectos. Para ilustrar, são notórios
os gastos com: anúncio para o recrutamento, contratação de pessoas no sentido de viabilizar a
selecção de pessoas, espaço físico para o treinamento e socialização, entrevistadores
(profissionais da área operacional, psicólogos, entre outros). Sem contar que após a contratação
e/ou efectivação, as organizações muitas vezes criam politicas de desenvolvimento para
fomentarem a estrutura de carreira, com o surgimento de incentivos na realização de curso de
toda ordem (graduação, pós-graduação, línguas, etc.). Se for o caso, a Contabilidade da Empresa
lançará esses possíveis gastos directamente para a despesa do período, onde poderiam estar
analisando, e verificando os benefícios que estão trazendo a Empresa, a partir dos conhecimentos
técnicos e/ou intelectual que os colaboradores vão adquirindo e, a partir desse patamar, a de se
falar em investimento propriamente dito.

A necessidade da Contabilidade nos Recursos Humanos dentro de uma organização se torna


extremamente necessária sobre a contabilização dos investimentos do Capital Humano.
Tratando-se da Contabilidade de Custos de Recursos Humanos será utilizada para o
gerenciamento do pessoal, onde ela se preocupará em investir, como por exemplo, em
recrutamentos, contratando pessoas que consigam realizar esses serviços de entrevistas e
identificar qual melhor candidato se encaixara melhor na vaga que a empresa precisar.

Além disso, investira também em treinamentos, cursos, que farão com que os colaboradores
adquiram mais conhecimentos no ramo onde a prestação do serviço dos mesmos se tornará cada
vez mais eficiente e eficaz. Os cursos que podem ser oferecidos pela organização podem ser os
de graduação, pós-graduação, cursos de línguas ou de aperfeiçoamento da área, isso fará com
que o colaborador sinta-se valorizado e realize muito melhor a sua actividade, pois entenderá que
a empresa estará investindo nele.

Percebe-se que após o investimento no colaborador teremos um custo, pois isso trará um retorno
futuro para a empresa, diferente se fosse um gasto classificado como despesa. A classificação
como despesa não demonstra informações sobre o retorno que a gerência precisa obter para saber
se realmente essa técnica dará certo.

Já na Contabilidade de Valor em Recursos Humanos se preocupará nos valores económicos que


essas pessoas proporcionarão a tal organização, onde, de fato, com o entendimento do valor
económico que cada colaborador investido teve, haverá a reversão em benefícios para a empresa
como, por exemplo: o colaborador adquiriu conhecimento, com isso realizará sua prestação de
serviço com maior exactidão, assim o serviço feito correctamente os resultados são maiores para
a empresa, e assim os lucros aumentaram, e obter crescimentos na riqueza da organização.
3. Falar do Património duma empresa (Conceitos, Caracteristicas, Classificação, Massas,
Factores, dando exemplos), no mínimo 8 páginas

Conceitos
O Património é um conjunto de bens. Esse conjunto de bens pode pertencer a uma pessoa física
ou jurídica.

Património significa, a princípio, o conjunto de bens e os valores a receber, pertencente tanto a


pessoas físicas (seres humanos) quanto a pessoas jurídicas (empresas). Em contabilidade esses
valores a receber são chamados de direitos. Entretanto, para se identificar a situação de uma
pessoa, não basta relacionar os bens e direitos; é preciso saber as dívidas (obrigações) que ela
possui. É necessário saber o valor do património (um apartamento, por exemplo) e apurar se ela
não tem dívidas com um banco financiador (no caso de ela ter adquirido o imóvel financiado).

Enquanto pessoas físicas possuem um conjunto de bens e consumo (caneta, televisão, relógio,
etc..) as entidades, pessoas jurídicas de fins lucrativos (empresas) ou de fins ideais (instituições),
possuem outros tipos de bens (mercadorias, máquinas, instalações, etc..).

Considerando o Património de uma empresa, ele pode se apresentar de três formas diferentes:
Os bens da empresa, que estão em seu poder (computador, prédio, casa, carro, dinheiro em sua
mão, maquinas e etc..).

Os bens da empresa, em poder de terceiros, ou seja os seus DIREITOS (uma venda feita a prazo
(é direito seu receber esse dinheiro, como esse dinheiro ainda não esta contigo, ele não é um
bem, e sim um direito, direito de recebê-lo), o dinheiro no banco (ele não esta com você) entre
outros).

Podemos entender que o que diferencia BENS de DIREITO é a posse. Pois na verdade tudo que
esta nos dois exemplos acima podem ser avaliados em dinheiro, o que diferencia é se esta ou não
com você.
Exemplo:
– COMPRA À PRAZO – seu fornecedor lhe vendeu mercadorias a prazo, é um direito dele
receber e uma OBRIGAÇÃO sua de pagar;
– UM EMPRÉSTIMO – é um direito do banco ou financeira e uma OBRIGAÇÃO sua pagar.
Assim, definimos o Património como “o conjunto de bens, direitos e obrigações, avaliável em
moeda e pertencente a uma pessoa física ou jurídica”.

Características
Conforme se pode perceber do próprio conceito de património este é formado pelo conjunto de
bens, direitos e obrigações. Os bens e os direitos representam a parte positiva do património e,
portanto, fazem parte do activo. Já as obrigações representam a parte negativa e assim, fazem
parte do passivo. Estas obrigações representam as obrigações perante terceiro.

A diferença entre os bens, direitos e obrigações resulta no património líquido que, de certo modo,
também é uma obrigação da entidade só que perante os sócios da mesma. É por esta razão que no
balanço patrimonial o património líquido se localiza do lado do passivo.

A seguir detalhamos melhor o que vem a ser os bens, direitos e as obrigações.

Bens
Os bens representam uma categoria de activo que juridicamente se chama de coisas podendo ser
materiais ou imateriais e que possui um valor económico. Essas coisas possuem utilidade para
seus possuidores e tem como objectivo satisfazer as necessidades de quem as possuem.

Classificação
a) Bens Tangíveis, materiais, corpóreos ou concretos: têm existência física, existem como coisa
ou objecto; são os que possuem corpo, matéria.

Exemplos:
 Máquinas (industriais, de somar, de escrever), Equipamentos, Veículos, Estoques de
Mercadorias, Imóveis, Dinheiro, Móveis, Ferramentas, Materiais de Consumo.
b) Bens Intangíveis, imateriais, incorpóreos, abstractos. Constituem aplicações absolutamente
necessárias para a empresa atingir seus objectivos; inexistem como coisa; não palpáveis não
constituídos de matéria.

Exemplos:
 Marcas de Indústria (Nike, Coca-Cola, Pé Fresco Calçados e etc.).
 Patentes de invenção (documento pelo qual o Estado garante a uma pessoa ou empresa o
direito exclusivo de explorar uma invenção)
 Luvas (quantia paga para retirar um indivíduo de um imóvel que você vai ocupar)
 Fundo de Comércio ou ponto ou local de trabalho ou clientela ou fama da loja (um
indivíduo vende uma loja e além do valor de venda cobra mais um valor referente ao
ponto)
 Direitos Autorais
 Despesas Pré-Operacionais
 Benfeitorias em prédios de terceiros visando à adaptação operacional aos objectivos da
empresa
 Despesas relacionadas com pesquisa e desenvolvimento de produtos
 Despesas realizadas no período de implantação do empreendimento
 Direitos adquiridos para exploração de minas, jazidas e reservas florestais.

OBS: o bem intangível inexiste como coisa, mas assume um valor no contexto do património. É
importante citar que os direitos adquiridos decorrentes da aplicação de recursos significativos,
destinados à exploração de minas, jazidas ou reservas florestais, não se confundem com outros
tipos de direitos conhecidos por negociáveis, tais como: Duplicatas, Letras de Câmbio, Notas
Promissórias etc.

Os direitos podem ser recebidos em dinheiro ou transferidos para terceiros, enquanto os que
habilitam as empresas à exploração económica de uma coisa são amortizados durante certo
período, a fim de permitir a recuperação do investimento realizado.
Massas
Massa Patrimonial: Correspondem aos diferentes grupos onde se agregam os elementos
patrimoniais e, subdividem-se em Massas Gerais e Massas Parciais.

Os elementos que são representados do lado esquerdo do esquema (Bens e Direitos) Valorizam
Positivamente o Património (sinal +) e correspondem Massas Gerais do Activo.

Os elementos que são representados do lado Direito do esquema (Obrigações), Valorizam


Negativamente o Património (sinal -) e correspondem á Massas Gerais do Passivo.

Massas patrimoniais do Activo:

1. Activo fixo ou imobilizado:


Constituído por bens e direitos que se destinam a permanecer na empresa por longos períodos de
tempo, normalmente a duração desses período é superior a um ano, e que não se destinam a ser
vendidos ou transformados, pois são necessários para o correcto funcionamento da empresa.
.
Exemplos:
-Edifício
-Mobiliário de escritório
-Maquinaria
-Trespasse
.
Activo circulante:
Constituído por bem e direitos que se renovam várias vezes ao longo de um exercício
económico.

Exemplos:
-Moeda em cofre
-Mercadoria
-Dívida de cliente
.
Activo circulante esta dividido em:
a) Existências: são constituídas por bens que as empresas adquirem ou para posterior venda, no
caso das empresas comerciais, ou no caso das empresas industriais, por bens que as empresas
adquirem para serem incorporadas nos processos produtivos sendo vendido somente após
transformação.

Exemplos:
-Mercadorias
-Matérias – Primas
.
b) Dívidas de terceiros: O valor das dívidas de terceiros que se encontram por receber.
.
Exemplo:
Dívida de cliente

c) Disponibilidade: agrupa os meios de pagamento que se encontram de imediato à disposição


da empresa e ainda as aplicações de tesouraria efectuada pela empresa a curto prazo.

Exemplos:
-Moeda em cofre
-Depósitos à ordem no Banco
-Títulos negociáveis
.
Nota:
Existências + Dívidas de terceiro = Activo realizável
Disponibilidade = Activo disponível
Factores
Facto patrimoniais são todas as operações que criam uma dinâmica patrimonial, ou seja,
provocam variações quantitativas e qualitativas no património.  

São todos os eventos que ocorrem na empresa, passíveis de se determinar um valor monetário. O
registo de um facto patrimonial pode ou não alterar o valor do Património Líquido da empresa.
Classificam-se em três grupos: Factos patrimoniais permutativos (qualitativos ou
compensativos), Factos patrimoniais modificativos (ou quantitativos) e Factos patrimoniais
mistos (ou compostos).

Factos patrimoniais permutativos, Qualitativos ou Compensativos


São factos que acarretam uma troca (permuta) entre elementos do activo, do passivo, ou de
ambos, porém sem provocar alteração no Património Líquido, alterando apenas a composição
qualitativa dos elementos pertencentes ao Património.

Ex.: compra de uma máquina à vista - ocorre a permuta de um bem (dinheiro) por outro bem
(máquina), ambos elementos do activo.

Débito Crédito
A A
P P
A P
P A
PL PL

Modificativos aumentativos: envolvem uma conta patrimonial e uma conta de proveitos,


aumentando o Património Líquido (PL). Ex.: Receita de vendas, receita de aluguel, etc.

Débito Crédito
A PL/R
P PL/R

Modificativos diminutivos: envolvem uma conta patrimonial e uma conta de Custos,


diminuindo o Património Líquido (PL).
Ex.: pagamento de despesas em geral, etc.

Débito Crédito
PL/D A
PL/D P

Mistos aumentativos: envolvem duas ou mais contas patrimoniais e uma ou mais contas
de proveito, (venda com lucro, aumenta PL).

Ex.: recebimento de duplicatas com juros, pagamento de duplicatas com desconto, reforma de
dívida com desconto, vendas com lucro, pagamentos de obrigações com desconto, etc.
Mistos aumentativos: envolvem duas ou mais contas patrimoniais e uma ou
mais contas de proveito, (venda com lucro, aumenta PL).

Ex.: recebimento de duplicatas com juros, pagamento de duplicatas com


desconto, reforma de dívida com desconto, vendas com lucro, pagamentos de
obrigações com desconto, etc.
Débito Crédito
A P/PL/R
A/P A/R

Mistos diminutivos: envolvem duas ou mais contas patrimoniais e uma ou mais


contas Custos  (venda com prejuízo, diminui PL).
Ex.: recebimento de duplicatas com desconto, pagamentos de duplicatas com
juros, reforma de dívida com juros, etc.

Débito Crédito

PL PL/P

A/P/D A

Factos patrimoniais Modificativos ou Quantitativos


São factos que alteram a composição do Património e modificam para mais (modificativos
aumentativos) ou para menos (modificativos diminutivos) a situação líquida da empresa.

Factos patrimoniais Mistos ou Compostos


São os que envolvem simultaneamente um facto permutativo (qualitativo) e um facto
modificativo (quantitativo), alterando o Património Líquido (PL), ou seja, a troca de elemento
patrimonial com lucro ou prejuízo.

Os factos patrimoniais alteram o Património sob seus dois aspectos básicos: o qualitativo e
o quantitativo. Ao analisar os factos permutativos, observa-se que estes provocam variações
estritamente qualitativas, isto é, modifica-se apenas a natureza dos elementos patrimoniais
envolvidos. Já os factos modificativos e os factos mistos  geram mudanças reais na expressão
monetária da situação líquida,  ou seja, provocam variações de natureza quantitativa.

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