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Referência: FOUST et al. Princípios das Operações Unitárias. LTC Editora, 1992 - Cap. 16.
Nas colunas recheadas, algumas características importantes devem ser observadas no recheio
a ser utilizado, entre elas:
- o recheio deve ter uma área superficial grande por unidade de volume, para apresentar uma
área de contato entre as fases potencialmente grande.
- deve ter um grande volume de vazios, para facilitar o escoamento das fases e diminuir a
perda de carga.
- deve ter uma baixa densidade, pois em grandes colunas o peso do recheio pode ser muito
grande, acarretando problemas de sustentação.
- deve ter boas características de molhabilidade.
- deve ser resistente à corrosão, dependendo dos materiais processados.
- deve ser relativamente barato.
A equação de projeto
onde dA é a área interfacial de transferência de massa, que em uma coluna recheada exprime-se con-
venientemente como
dA = a S dz
onde a = área interfacial por unidade de volume e S = área da seção reta da torre. Combinando as
equações temos
d(Vy) = ky’ a (yi – y) S dz = Ky’ a (y* - y) S dz
da qual fazendo-se a integração sobre a variação total de concentração entre os terminais da torre
tem-se
Unidades de Transferência
O significado físico de uma unidade de transferência é descrito como a unidade que provoca
a modificação da composição de uma das fases, de maneira igual à força motriz média responsável
pela modificação. Ou, em outras palavras, uma estimativa da quantidade transportada entre as fases
em relação à força motriz da transferência. Sua ação pode ser comparada à de um estágio de equilí-
brio.
Assim, podemos dizer que o número de unidades de transferência é uma medida da dificulda-
de de separação, ou seja, quando se necessita de uma pureza maior, usam-se mais unidades de trans-
ferência. Já a altura de uma unidade de transferência é uma medida da eficácia da separação efetuada
com aquele recheio. Quando a taxa de transferência de massa for elevada e a área superficial for
grande, a altura da unidade de transferência será pequena.
Em uma coluna recheada, o líquido injetado no topo flui para baixo, devido à força gravita-
cional. O gás injetado na base flui para cima, impelido por ventiladores ou sopradores. Dessa manei-
ra, para manter a coluna em funcionamento, deve-se controlar as vazões e manter uma queda de
pressão adequada.
Analisando a figura 16.11, pode-se chegar a algumas observações:
- a uma mesma velocidade do gás, a queda de pressão aumenta à medida que aumenta tam-
bém a vazão de líquido, naturalmente, pois há cada vez mais resistência para a ascendência do gás.
- até um certo ponto (ponto de carga), a queda de pressão é semelhante para vazões de líquido
e para o recheio seco. Isto acontece pois o líquido está apenas começando a preencher os vazios do
recheio.
- acima deste ponto, a queda de pressão tende a aumentar e o gás passa a diminuir sua veloci-
dade até manter uma velocidade constante, pois começa a ocorrer o borbulhamento do gás através da
coluna que encontra-se inundada. Neste ponto, a operação da torre recheada já não é mais prática.