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GUERRA FRIA – BIPOLARIZAÇÃO DO MUNDO

1947 - 1991

O mundo pós-Segunda Guerra dividiu-se em dois grandes blocos:


capitalistas de um lado, liderados pelos EUA (Estados Unidos da América), e
socialistas do outro, encabeçados pela extinta URSS (União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas). Assim tinha início a chamada Guerra Fria, que recebeu
esse nome por não ser uma simples guerra de luta corpo a corpo, do combate
direto. Essa foi uma guerra ideológica e psicológica e a "paz" estava garantida
através da posse da arma mais temida do momento: a bomba nuclear.

As ideologias opostas buscavam arrebanhar adeptos: os capitalistas


pregavam o consumo e o livre comércio; os socialistas defendiam a coletivização
da economia sob os cuidados do Estado.

A base de todas as relações era medida pelo medo de que a bomba


atômica fosse novamente utilizada, lembrando Hiroshima e Nagasaki.

DÉCADA DE 1940

Doutrina Truman (1947)

Doutrina Truman é o nome dado a uma política externa implantada


durante o governo Truman e direcionada ao bloco de países capitalistas no
período pré-Guerra Fria. Tal doutrina tinha como objetivo impedir a expansão do
socialismo, especialmente em nações capitalistas consideradas frágeis.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a Europa ficou destruída e


enfraquecida política e economicamente, com isso emergiram duas potências
mundiais, Estados Unidos e União Soviética, que representavam o capitalismo
e o socialismo, respectivamente.
Ao sair da Guerra, a União Soviética aspirava ampliar a atuação do
socialismo, a começar pelo leste europeu. Ao perceber a expansão do
socialismo, liderada pelos soviéticos, o britânico Winston Churchill começou a
motivar todos os capitalistas a criarem estratégias com intuito de conter tal
avanço.

O governo norte-americano declarou apoio a essa iniciativa, o presidente


Harry S. Truman, no dia 12 de março de 1947, proferiu diante do Congresso
Nacional um agressivo discurso, afirmando que os países capitalistas deveriam
se defender da ameaça socialista.

A partir dessa declaração se consolidou a Doutrina Truman, e, para


alguns estudiosos, começou a Guerra Fria, espalhando pelo mundo uma
rivalidade entre capitalistas e socialistas.

Plano Marshall (1947)

O Plano Marshall (oficialmente European Recovery Program, ou


Programa de Recuperação Europeia) recebeu esse nome graças a seu
idealizador, o general George Catlett Marshall, antigo Chefe do Estado-Maior do
Exército dos EUA e, à época do lançamento do plano, secretário de Estado do
presidente estadunidense Henry Truman. O Plano Marshal foi um ambicioso
projeto de empréstimos e doações financeiras realizados pelos EUA e seus
capitalistas aos países europeus devastados pela Segunda Guerra Mundial.

A solução pensada com o Plano Marshall era fazer uma campanha


contra o comunismo a partir da reconstrução econômica dos países,
reestruturando suas indústrias e aumentando rapidamente o nível de consumo
de suas populações.

Entre 1948, ano em que entrou em vigor o Plano Marshall, e 1951, ano
em que foi encerrado, cerca de 18 bilhões de dólares foram entregues aos países
europeus aderentes ao plano através de doações e empréstimos. Para executar
o plano, os EUA criaram a Administração da Cooperação Econômica (Economic
Cooperation Administration, ECA, na sigla em inglês.)

O dinheiro obtido com o plano de ajuda financeira foi utilizado na compra


de combustíveis, máquinas, veículos, matérias-primas, alimentos, rações e
fertilizantes. Entre os maiores credores dessa ação estavam a Inglaterra (3,2
bilhões); França (2,7 bilhões); Itália (1,5 bilhão) e Alemanha (1,4 bilhão). Essa
ação foi de grande benefício para os Estados Unidos, que desenvolveu sua
economia com a grande demanda gerada pelas nações europeias.

A oferta de ajuda econômica também foi oferecida à URSS, mas foi


recusada já que Stalin pretendia reestruturar as economias de sua zona de
influência sem o apoio do capitalismo ocidental. Frente a isso, os países
europeus criaram, em 1948, a Organização Europeia de Organização
Econômica (OECE), embrião do que viria a ser a Organização para Cooperação
e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Dessas iniciativas surgiriam ainda o
Mercado Comum Europeu e, posteriormente, a União Europeia.

Principais objetivos do Plano Marshall

- Possibilitar a reconstrução material dos países capitalistas destruídos


na Segunda Guerra Mundial;
- Recuperar e reorganizar a economia dos países capitalistas,
aumentando o vínculo deles com os Estados Unidos, principalmente através das
relações comerciais;
- Fazer frente aos avanços do socialismo presente, principalmente, no
leste europeu e comandado pela extinta União Soviética.

Resultados:

O Plano Marshall foi exitoso e possibilitou, nas décadas de 1950 e 1960,


a recuperação econômica de grande parte dos países beneficiados. Para os
Estados Unidos o resultado também foi muito positivo, pois aumentou as
exportações norte-americanas para a Europa Ocidental, além de expandir a
influência política dos EUA sobre a região.

Com os países capitalistas fortalecidos, ficou mais fácil e seguro para o


bloco capitalista fazer frente ao socialismo durante a Guerra Fria.

O Plano Marshall serviu ainda para a constituição do que viria a ser


conhecido como o Estado de Bem-Estar Social, em que parte dos serviços
necessários à população (saúde, educação, seguro-desemprego etc.) era
oferecida pelo Estado. Dessa forma, os capitalistas ocidentais enfrentavam a
influência soviética com a melhoria das condições econômicas da população.

RDA e RFA (1949)

A Alemanha pós-Segunda Guerra foi dividida em quatro partes a serem


cuidadas pelos seguintes países: EUA, França, Inglaterra e URSS. França e
Inglaterra passaram o controle de suas partes aos EUA. Assim, a Alemanha ficou
dividida em duas partes: uma aos cuidados capitalistas dos EUA, chamada de
RFA (República Federalista da Alemanha), e outra aos cuidados socialistas da
URSS, chamada de RDA (República Democrática da Alemanha).

OTAN (1949)

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, teve início a chamada


Guerra Fria, conflito ideológico entre Estados Unidos da América (EUA –
capitalista) e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS – socialista).
Cada superpotência visava proteger seus regimes político-ideológicos e
expandir a área de influência. Sendo assim, alguns tratados e alianças
internacionais foram estabelecidos, como a OTAN.

A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) ou NATO (North


Atlantic Treaty Organization) é uma organização militar que se formou no ano de
1949. A OTAN existe e atua até os dias de hoje, com o objetivo de garantir a
segurança militar no continente europeu e exercer influências nas decisões
geopolíticas da região.

Países que faziam parte: Estados Unidos da América (EUA), Canadá,


Bélgica, Dinamarca, França, Holanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega,
Portugal, Reino Unido, Grécia Alemanha, Espanha, Polônia, República Tcheca,
Hungria, Bulgária, Estônia, Letônia, Lituânia, Romênia, Eslováquia, Eslovênia,
Croácia, Albânia e Turquia, além da Macedônia, que é um país aspirante.

Uma das principais intervenções da OTAN foi a operação militar na


antiga Iugoslávia, em 1999. Onde tropas foram enviadas para coibir a tentativa
de limpeza étnica comandada pelo então presidente iugoslavo Slobodan
Milosevic contra os albaneses em Kosovo. Porém, essa ação provocou a morte
de aproximadamente 1,2 mil civis, além de ter sido realizada sem a aprovação
do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, sendo
considerado um desrespeito às normas internacionais. Era uma aliança militar
formada apenas por países ocidentais e capitalistas, tendo os Estados Unidos
como principal líder. Essa organização tinha como principal objetivo inibir o
avanço do bloco socialista no continente europeu, fornecendo apoio militar para
as nações integrantes da OTAN.

COMECON (1949)

O Conselho para Assistência Econômica Mútua era um plano de ajuda


financeira a países socialistas, liderado pela URSS.

Revolução Chinesa (1949)

A Revolução Chinesa foi um movimento político, social, econômico e


cultural ocorrido na China no ano de 1911. Liderada pelo médico, político e
estadista chinês Sun Yat-sen. Este movimento nacionalista derrubou a Dinastia
Manchu do poder.
Causas: China antes da revolução

No século XIX, no contexto do imperialismo, a China era dominada e


explorada pelas potências europeias, principalmente pelo Reino Unido. Esta
potência imperialista, além de explorar a China economicamente, interferia nos
assuntos políticos e culturais da China. Os imperadores da Dinastia Manchu
eram submissos à dominação europeia.

A distribuição das terras produtivas chinesas também era um outro


problema para o país, pois quase 90% estavam nas mãos de grandes
proprietários rurais (espécies de senhores feudais).

Entre 1898 e 1900 um ato de rebeldia contra a dominação estrangeira


ocorreu na China. Os boxers fizeram uma revolta de caráter nacionalista que foi
duramente reprimida pelas tropas estrangeiras. Este conflito ficou conhecido
como Guerra dos Boxers.

Em 1908, Sun Yat-sen fundou o Partido Nacionalista (Kuomintang) cujo


principal objetivo era fazer oposição à monarquia e ao domínio europeu no país.

A Revolução Nacionalista

Em 1911, com o apoio de grande parte dos militares chineses, Sun Yat-
sen foi proclamado primeiro presidente da República Chinesa. Porém, em várias
regiões do país comandadas por grandes proprietários rurais ocorreram
resistências, mergulhando a China num longo período de guerra civil.

Em 1925, com a morte de Sun Yat-sen, ocorreu uma disputa pelo


controle do Kuomintang, que acabou por se fundir com o Partido Comunista
Chinês.

Em 1927, o general Chiang Kai-shek assumiu o poder do Kuomintang e,


no comando das tropas chinesas, começou a combater os opositores da
República, entre eles os grandes proprietários rurais e comunistas.
Os conflitos entre nacionalistas e comunistas ficou suspenso apenas na
Segunda Guerra Mundial, quando combateram, juntos, o Japão que tentava
conquistar a China. Com o término do conflito mundial e a expulsão dos
japoneses do território chinês, as tropas nacionalistas de Chiang Kai-shek
voltaram a perseguir e combater os comunistas de Mao Tse-tung, reiniciando o
conflito armado.

A Revolução Comunista
Em outubro de 1949, foi implantado o regime comunista na china através
do Partido Comunista Chinês (PCC), liderado por Mao Tsé-Tung. Fundou a
República Popular da China através da abolição da propriedade privada,
coletivização da agricultura e repressão violenta e brutal contra opositores desse
sistema.
Curiosidade: O culto à personalidade do líder é uma característica
comum aos governos comunistas.

DÉCADA DE 1950

Guerra da Coreia(1950)

A Guerra da Coreia foi um conflito armado entre Coreia do Sul e Coreia


do Norte. Ocorreu entre os anos de 1950 e 1953. Teve como pano de fundo a
disputa geopolítica entre Estados Unidos (capitalismo) e União Soviética
(socialismo). Foi o primeiro conflito armado da Guerra Fria, causando apreensão
no mundo todo, pois houve um risco eminente de uma guerra nuclear em função
do envolvimento direto entre as duas potências militares da época.

Causas da Guerra

- Divisão ocorrida na Coreia, após o fim da Segunda Guerra Mundial.


Após a rendição e retirada das tropas japonesas, o norte passou a ser aliado dos
soviéticos (socialista), enquanto o sul ficou sob a influência norte-americana
(capitalista). Esta divisão gerou conflitos entre as duas Coreias.

- Após diversas tentativas de derrubar o governo sul-coreano, a Coreia


do Norte invadiu a Coreia do Sul em 25 de junho de 1950. As tropas norte-
coreanas conquistaram Seul (capital da Coreia do Sul).

O desenvolvimento da guerra

- Logo após a invasão norte-coreana, as Nações Unidas enviaram tropas


para a região a fim de expulsar os norte-coreanos e devolver o comando de Seul
para os sul-coreanos.

- Os Estados Unidos entraram na guerra ao lado da Coreia do Sul,


enquanto a China (aliada da União Soviética) enviou tropas para a zona de
conflito para apoiar a Coreia do Norte.

- Em 1953, a Coreia do Sul, apoiada por Estados Unidos e outros países


capitalistas, apresentava várias vitórias militares.

- Sangrentos conflitos ocorreram em território coreano, provocando a


morte de aproximadamente 4 milhões de pessoas, sendo que a maioria era
composta por civis.

Cessar-Fogo da Guerra na Coreia (1953)

- Em julho de 1953, o governo norte-americano ameaçou usar armas


nucleares contra Coreia do Norte e China caso a guerra não fosse finalizada com
a rendição norte-coreana.

- Em 28 de março de 1953, Coreia do Norte e China aceitaram a proposta


de paz das Nações Unidas.
- Em 27 de julho de 1953, o tratado de paz foi assinado e decretado a
fim da guerra.

Pós-guerra

Com o fim da guerra, as duas Coreias permaneceram divididas e os


conflitos geopolíticos continuaram, embora não fossem mais para a área militar.
Atualmente a Coreia do Norte permanece com o regime comunista, enquanto a
Coreia do Sul segue no sistema capitalista.

Macarthismo (1953)

“Caça às bruxas”: perseguição realizada pelo governo norte americano


às pessoas acusadas de comunismo e de conspiração contra o governo. Estas
pessoas eram investigadas e perseguidas a partir do sistema do senador Joseph
McCarthy.

Pacto de Varsóvia (1955)

Os países socialistas, em 1955, criaram o Pacto de Varsóvia, cujo


objetivo era o mesmo da OTAN, no entanto, era composto por países socialistas.

Era liderado pela União Soviética e surgiu no contexto da Guerra Fria,


momento da história em que houve uma grande corrida armamentista entre
países socialistas e capitalistas.

O Pacto de Varsóvia, também conhecido como Tratado de Varsóvia foi


um acordo de cooperação militar iniciado em 17 de maio de 1955 pelos oito
países que formavam o Bloco do Leste (países socialistas). Recebeu este nome,
pois o tratado foi firmado na cidade de Varsóvia (Polônia). A sede da aliança
militar ficava na cidade de Moscou.

Principais objetivos
Ser um bloco militar que pudesse fazer frente à OTAN (Organização do
Tratado do Atlântico Norte), composta por países capitalistas e liderada pelos
Estados Unidos. Proteger os países membros de um possível ataque militar da
OTAN. Defesa mútua em caso de ataque a algum país membro. Organizar
militarmente os países do Bloco do Leste. Foi estabelecido um Estado Maior
conjunto que serviria para coordenar os esforços nacionais em caso de guerra.
Evitar uma declaração de guerra entre os países membros e as potências
ocidentais.

Países membros
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (líder), Bulgária, Polônia,
Tchecoslováquia, Hungria, República Democrática Alemã (Alemanha Oriental),
Albânia e Romênia.

O fim do Pacto de Varsóvia ocorreu na cidade de Praga, em 1º de julho


de 1991, por causa das mudanças que ocorreram no leste europeu,
principalmente na União Soviética, a partir de 1989, e com isso o pacto deixou
de fazer sentido.

Conferência de Bandung (1955)

O Terceiro Mundo não alinhado: países da África e Ásia que não se


encontravam ao lado nem dos EUA e tampouco da URSS.

Nikita Krushchev (1955)

Novo presidente da URSS, que dá início à chamada “Coexistência


Pacífica”, ou seja, a aproximação e diálogo com os EUA.

Sputnik (1957)
Primeiro satélite russo lançado na órbita terrestre. Ponto positivo na
Corrida Espacial (disputa pelo desenvolvimento tecnológico e exploração
espacial) para URSS.

Revolução Cubana (1959)

A Revolução Cubana foi um movimento popular, que derrubou o governo


do presidente Fulgêncio Batista, em janeiro de 1959. Com o processo
revolucionário foi implantado em Cuba o sistema socialista, com o governo sendo
liderado por Fidel Castro.

Cuba antes da revolução: causas da revolução

Antes de 1959, Cuba era um país que vivia sob forte influência dos
Estados Unidos. As indústrias de açúcar e muitos hotéis eram dominados por
grandes empresários norte-americanos. Os Estados Unidos também
influenciavam muito na política da ilha, apoiando sempre os presidentes pró-
Estados Unidos. Do ponto de vista econômico, Cuba seguia o capitalismo com
grande dependência dos Estados Unidos. Era uma ilha com grandes
desigualdades sociais, pois grande parte da população vivia na pobreza. Todo
este contexto gerava muita insatisfação nas camadas mais pobres da sociedade
cubana, que era a maioria.

A organização da revolução

Fidel Castro era o grande opositor do governo de Fulgêncio Batista. De


princípios socialistas, planejava derrubar o governo e acabar com a corrupção e
com a influência norte-americana na ilha. Conseguiu organizar um grupo de
guerrilheiros enquanto estava exilado no México.

Em 1957, Fidel Castro e um grupo de cerca de 80 combatentes


instalaram-se nas florestas de Sierra Maestra. Os combates com as forças do
governo foram intensos e vários guerrilheiros morreram ou foram presos. Mesmo
assim, Fidel Castro e Ernesto Che Guevara não desistiram e mesmo com um
grupo pequeno continuaram a luta. Começaram a usar transmissões de rádio
para divulgar as idéias revolucionárias e conseguir o apoio da população cubana.

O apoio popular

Com as mensagens revolucionárias, os guerrilheiros conseguiram o


apoio de muitas pessoas. Isto ocorreu, pois havia muitos camponeses e
operários desiludidos com o governo de Fulgêncio Batista e com as péssimas
condições sociais (salários baixos, desemprego, falta de terras, analfabetismo,
doenças). Muitos cubanos das cidades e do campo começaram a entrar na
guerrilha, aumentando o número de combatentes e conquistando vitórias em
várias cidades. O exército cubano estava registrando muitas baixas e o governo
de Batista sentia o fortalecimento da guerrilha.

A tomada do poder e a implantação do socialismo

No primeiro dia de janeiro de 1959, Fidel Castro e os revolucionários


tomaram o poder em Cuba. Fulgêncio Batista e muitos integrantes do governo
fugiram da ilha.

O governo de Fidel Castro tomou várias medidas em Cuba, como, por


exemplo, nacionalização de bancos e empresas, reforma agrária, expropriação
de grandes propriedades e reformas nos sistemas de educação e saúde. O
Partido Comunista dominou a vida política na ilha, não dando espaço para
qualquer partido de oposição.

Com estas medidas, Cuba tornou-se um país socialista, ganhando apoio


da União Soviética dentro do contexto da Guerra Fria.

Até hoje os ideais revolucionários fazem parte de Cuba, que é


considerado o único país que mantém o socialismo plenamente vivo. Com a
piora no estado de saúde de Fidel Castro em 2007, Raul Castro, seu irmão,
passou a governar oficialmente Cuba, em fevereiro de 2008
Guerra do Vietnã (1959)

A Guerra do Vietnã foi um conflito armado que começou no ano de 1959


e terminou em 1975. As batalhas ocorreram nos territórios do Vietnã do Norte,
Vietnã do Sul, Laos e Camboja. Esta guerra pode ser enquadrada no contexto
histórico da Guerra Fria.

O Vietnã havia sido colônia francesa e no final da Guerra da Indochina


(1946-1954) foi dividido em dois países. O Vietnã do Norte era, comandado por
Ho Chi Minh, possuindo orientação comunista pró União Soviética. O Vietnã do
Sul, uma ditadura militar, passou a ser aliado dos Estados Unidos e, portanto,
com um sistema capitalista.

Causas da Guerra

A relação entre os dois Vietnãs, em função das divergências políticas e


ideológicas, era tensa no final da década de 1950. Em 1959, vietcongues
(guerrilheiros comunistas), com apoio de Ho Chi Minh e dos soviéticos, atacaram
uma base norte-americana no Vietnã do Sul. Este fato deu início a guerra.
Entre 1959 e 1964, o conflito restringiu-se apenas ao Vietnã do Norte e
do Sul, embora Estados Unidos e também a União Soviética prestassem apoio
indireto.

Intervenção militar dos Estados Unidos

Em 1964, os Estados Unidos resolveram entrar diretamente no conflito,


enviando soldados e armamentos de guerra. Os soldados norte-americanos
sofreram num território marcado por florestas tropicais fechadas e grande
quantidade de chuvas. Os vietcongues utilizaram táticas de guerrilha, enquanto
os norte-americanos empenharam-se no uso de armamentos modernos,
helicópteros e outros recursos.
Invasão norte-vietnamita

No final da década de 1960, era claro o fracasso da intervenção norte-


americana. Mesmo com tecnologia avançada, não conseguiam vencer a
experiência dos vietcongues. Para piorar a situação dos Estados Unidos, em
1968, o exército norte-vietnamita invadiu o Vietnã do Sul, tomando a embaixada
dos Estados Unidos em Saigon. O Vietnã do Sul e os Estados Unidos
responderam com toda força. É o momento mais sangrento da guerra.

Protestos e o fim da guerra

No começo da década de 1970, os protestos contra a guerra aconteciam


em grande quantidade nos Estados Unidos. Jovens, grupos pacifistas e a
população em geral iam para as ruas pedir a saída dos Estados Unidos do
conflito e o retorno imediato das tropas. Neste momento, já eram milhares os
soldados norte-americanos mortos no conflito. A televisão mostrava as cenas
violentas e cruéis da guerra.

Sem apoio popular e com derrotas seguidas, o governo norte-americano


aceita o Acordo de Paris, que previa o cessar-fogo, em 1973. Em 1975, ocorre a
retirada total das tropas norte-americanas. É a vitória do Vietnã do Norte.

Resultados da Guerra

O conflito deixou mais de 1 milhão de mortos (civis e militares) e o dobro


de mutilados e feridos. A guerra arrasou campos agrícolas, destruiu casas e
provocou prejuízos econômicos gravíssimos no Vietnã.

O Vietnã foi reunificado em 2 de julho de 1976 sob o regime comunista,


aliado da União Soviética.

Curiosidade: Umas das armas de guerra mais utilizadas pelos norte-


americanos foi um produto químico conhecido como napalm, uma substância
que grudava na pele, queimando até os músculos.
DÉCADA DE 1960

Construção do muro de Berlim (1961)

Um muro de aproximadamente 65 km de extensão foi construído na noite


de 13 de agosto de 1961, dividindo a cidade de Berlim ao meio. Idealizado pelo
governo socialista da URSS, o muro separou o lado Oriental do Ocidental da
cidade alemã, impedindo que moradores do lado socialista passassem para o
lado capitalista. A construção do muro de Berlim tornou explícita a divisão bipolar
do mundo da Guerra Fria e a chamada “Cortina de Ferro”. O muro dividiu não só
a cidade e o país, mas também famílias inteiras. Quem ousasse atravessá-lo
corria o risco de ser preso e até mesmo morto.

Crise dos Mísseis em Cuba (1962)

Esse foi um dos momentos de maior tensão da Guerra Fria, quando


forças norte-americanas e soviéticas quase estouraram uma guerra de fato.
Mísseis soviéticos foram instalados em Cuba e posicionados em direção aos
EUA. De 14 a 28 de outubro de 1962, o mundo todo fixou atenção no desenrolar
dessa história. Os presidentes Kennedy, dos EUA, e Kruschev, da URSS,
reuniram-se para resolver o impasse. Os soviéticos acabaram por retirar os
mísseis e os ânimos se acalmaram.

Primavera de Praga (1968)

O partido comunista da Tchecoslováquia liderado por Alexander Dubcek


promoveu reformas políticas, econômicas e sociais que desagradaram os países
pertencentes ao Pacto de Varsóvia, que não demoraram em posicionarem
tanques de guerra nas ruas de sua capital, Praga, para garantir o controle do
governo soviético sobre o país. Protestos pacíficos marcaram esse período de
convivência entre o governo anticomunista de Praga e as tropas soviéticas, que
permaneceram na capital Tcheca até 1990.
Homem na Lua (1969)

No dia 20 de junho de 1969 os EUA superam os Russos ao Enviar


homens até a Lua.
A Corrida Espacial estava ganha pelos capitalistas.

DÉCADA DE 1970

Escândalo Watergate (1974)

O escândalo político de espionagem envolvendo o presidente americano


Richard Nixon durante as eleições ficou conhecido como Watergate, devido ao
complexo de escritórios onde se reunia o Partido Democrata para discutir as
eleições. Escutas foram colocadas em Watergate em 1972 e, em 1974, as
provas contra o presidente Nixon, do Partido Republicano, eram inquestionáveis.
O presidente se retratou em rede nacional e pediu afastamento do cargo.

Revolução Iraniana (1979)

O regime político do Xá Reza Pahlevi, com bases ditatoriais e influência


ocidental, foi derrubado pela Revolução Islâmica em 1979, liderada pelo aiatolá
Khomeini, líder religioso e ex-prisioneiro político, até então exilado na França.
Khomeini assume o poder no Irã, tornando-o uma teocracia islâmica.

Guerra Soviética do Afeganistão (1979 - 1989)

Ao longo da década de 1970, a URSS tentou influenciar o governo do


Afeganistão, apoiando partidos políticos que defendiam a criação de um Estado
Socialista no país. Porém, inúmeros grupos rebeldes disputavam o poder dentro
do país e não reconheciam a autoridade do governo apoiado pela URSS. A
invasão soviética, iniciada em 1979, tinha como objetivo combater esses grupos
e assegurar o controle socialista do governo. Após dez anos de lutas, o exército
soviético se retirou do país e reconheceu a derrota no conflito. Por isso, a Guerra
do Afeganistão é comparada por muitos com a Guerra do Vietnã, já que URSS
sofreu uma derrota semelhante a dos norte-americanos e perdeu o controle da
região após o conflito.

DÉCADA DE 1980

Mikhail Gorbatchev (1985)

O líder progressista russo assume o poder na URSS, liderando


programas de abertura como a Perestroika (reconstrução econômica) e a
Glasnost (abertura política).

Queda do muro de Berlim (1989)

Em 9 de novembro de 1989, o chamado “muro da vergonha” ruía. Dois


anos antes, o presidente americano Ronald Reagan havia pedido ao então
presidente da URSS: “Sr. Gorbatchev, derrube o muro”. A passagem de um lado
para o outro foi liberada e as pessoas, sem saber muito bem como proceder,
saíram às ruas e ocuparam o muro, numa mistura de felicidades e crença num
mundo que começava a surgir.

DÉCADA DE 1990

Fim da URSS (1991)

Independência das Repúblicas Socialistas Soviéticas e Criação da CEI


(Comunidade dos Estados Independentes), formada pelos países que antes
compunham a URSS. Era o fim da Guerra Fria e do Socialismo Soviético.
BIBLIOGRAFIA

 http://www.brasilescola.com/geografia/doutrina-truman.htm
 http://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/plano-
marshall.htm
 http://www.suapesquisa.com/guerrafria/plano_marshall.htm
 http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Otan-e-Pacto-De-
Varsóvia/44982217.html
 http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/otan-x-
pacto-varsovia-435069.shtml

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