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CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE - QUESTÕES COMENTADAS DA ESAF

PROFESSOR MORAES JUNIOR


Caros Concursandos e Concursandas,

Recebi um e-mail esta semana de uma aluna virtual solicitando que, além de resolver as
questões, mostrasse um método de resolução para a hora da prova, onde o tempo é exíguo. Por isso,
aceitando a sugestão dessa aluna, vou tentar fazer isso a partir desta aula.

Bons estudos,

MJ

Analista Técnico – Controle e Fiscalização/Atuária – SUSEP – 2006 – Questões


Comentadas e Resolvidas
19- A empresa Aborc Comércio S/A contratou um seguro anual de R$ 6.000,00, em primeiro de
junho de 2005, pagou a despesa com um cheque da Caixa Econômica Federal e contabilizou o fato
contábil, segundo o regime de caixa, como costuma fazer ao longo do exercício social. Em 31 de
dezembro de 2005, para fins de elaboração do balanço, a empresa deve efetuar os ajustes contábeis
necessários, inclusive, para observância do princípio contábil da competência. Para ajustar a
despesa de seguros aqui exemplificada, a empresa deverá mandar providenciar o seguinte
lançamento no livro Diário:

a) Seguros a Vencer
a Prêmios de Seguros 2.500,00

b) Prêmios de Seguros
a Seguros a Vencer 2.500,00

c) Prêmios de Seguros
a Seguros a Vencer 3.500,00

d) Seguros a Vencer
a Prêmios de Seguros 3.500,00

e) Diversos
a Bancos conta Movimento
Prêmios de Seguros 3.500,00
Seguros a Vencer 2.500,00 R$ 6.000,00

Comentários

Questão tradicional da ESAF sobre regime de caixa e competência. Vamos aos principais
pontos:

(i) Regime de Caixa: representa o reconhecimento das receitas, custos e despesas, pela
entrada e saída efetiva da moeda.

(ii) Regime de Competência: princípio contábil que deve ser, na prática, estendido a
qualquer alteração patrimonial, independentemente de sua natureza e origem. Por este
princípio, as receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do
período em que ocorrerem os seus fatos geradores, sempre simultaneamente quando se
correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento.

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Conceitos importantes:

Regime de Caixa: representa o reconhecimento das


receitas, custos e despesas, pela entrada e saída efetiva da
moeda.

Regime de Competência: as receitas e as despesas


devem ser incluídas na apuração do resultado do período
em que ocorrerem os seus fatos geradores, sempre
simultaneamente quando se correlacionarem,
independentemente de recebimento ou pagamento.

(iii) Despesa de Seguros (Regime de Competência): o segurado paga, normalmente, de


forma antecipada o prêmio do seguro, e, poderá ser indenizado, caso ocorra perda ou
dano em relação ao bem objeto da apólice. Caso não ocorra nenhum sinistro, o valor do
prêmio não será devolvido pela seguradora. Por essa razão, deve-se lançar o seguro
como despesa (presunção de que o valor do prêmio pago antecipadamente não terá
contraprestação). Este lançamento pode ser realizado mensalmente ou ao final do
exercício.

Lançamento: Na aquisição do Seguro (pagamento do prêmio)

Seguros a Vencer (Ativo Circulante ou Realizável a Longo Prazo)


a Caixa (Ativo Circulante)

Lançamento: No reconhecimento das despesas mensais

Despesas de Seguros (Despesa)


a Seguros a Vencer (Ativo Circulante)

(iv) Despesa de Seguros (Regime de Caixa)

Lançamento: Na aquisição do Seguro (pagamento do prêmio)

Despesas de Seguros (Despesa)


a Caixa (Ativo Circulante)

Resolução

Empresa: Aborc Comércio S/A

Seguro Anual = R$ 6.000,00, em 01/06/2005, pago à vista.

Contabilizou a despesa de seguro anual pelo Regime de Caixa


31/12/2005 – ajuste para o princípio contábil da competência.

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I – Lançamento do pagamento do Seguro pelo Regime de Caixa:

Despesas de Seguros (Despesa - Conta de Resultado)


a Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 6.000 (I)

Em razonetes:

Despesa de Seguros Bancos Conta Movimento


6.000 (I) 6.000 (I)

II – Lançamento do pagamento do Seguro pelo Regime de Competência

Seguros a Vencer (Ativo Circulante)


a Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 6.000 (II)

Em razonetes:

Seguros a Vencer Bancos Conta Movimento


6.000 (I) 6.000 (I)

III – Lançamento das despesas do seguro pelo Regime de Competência (em 31/12/2005)

Seguro Anual: de 01/06/2005 a 31/05/2006


Em 31/12/2005: sete meses de seguro (junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro e
dezembro).

Despesa Mensal de Seguro = 6.000/12 = 500


Em 31/12/2005: Despesas de Seguro = 7 meses x 500 = 3.500

Lançamento:

Despesas de Seguro (Despesa – Conta de Resultado)


a Seguros a Vencer (Ativo Circulante) 3.500 (III)

Em razonetes:

Seguros a Vencer Despesas de Seguro


6.000 (I) 3.500 (III) 3.500 (III)
2.500

IV – Ajuste a ser realizado em 31/12/2005 ao passar do Regime de Caixa para o Regime de


Competência:

Pelo Regime de Caixa, a conta “Despesas de Seguros” apresentou um saldo devedor de R$


6.000,00, enquanto que a conta “Seguros a Vencer” não foi nem utilizada, conforme pode ser
observado nos razonetes abaixo, utilizados pelo Regime de Caixa:

Despesa de Seguros Bancos Conta Movimento


6.000 (I) 6.000 (I)

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Logo, para efetuar o ajuste para o Regime de Competência, devemos subtrair R$ 2.500,00 da conta
“Despesa de Seguros” (que, ao invés do saldo de R$ 6.000,00, deverá ter um saldo de R$ 3.500,00)
e deve-se somar R$ 2.500,00 à conta “Seguros a Vencer”.

Portanto, o lançamento de ajuste do Regime de Caixa para o Regime de Competência ficaria


da seguinte forma:

Seguros a Vencer (Ativo Circulante)


a Despesas de Seguros (Despesa – Conta de Resultado) 2.500

Com isso, a alternativa correta é a letra “a”, lembrando que, no caso, “Prêmios de Seguros”
equivale a “Despesas de Seguros”.

a) Seguros a Vencer
a Prêmios de Seguros 2.500,00

Prêmios de Seguros = Despesas de Seguros

GABARITO: A

Método de resolução na hora prova: nesta questão, o ideal é fazer os razonetes pelo Regime de
Caixa e de Competência e verificar qual o ajuste que deverá ser realizado.

I – Regime de Caixa: Na contratação do seguro (saldos antes do ajuste)

Despesa de Seguros Bancos Conta Movimento


6.000 (I) 6.000 (I)

II – Regime de Competência:

Na contratação do seguro:

Seguros a Vencer Bancos Conta Movimento


6.000 (I) 6.000 (I)

No reconhecimento das despesas de seguros (saldos após ajuste)

Seguros a Vencer Despesas de Seguro


6.000 (I) 3.500 (III) 3.500 (III)
2.500

III – Ajustes:

Debitar R$ 2.500,00 em Seguros a Vencer


Creditar R$ 2.500,00 em Despesas de Seguros

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20- A empresa Comércio Limitado, tendo créditos a receber no valor de R$ 32.000,00, em 31.12.05,
e com experiência de perda efetiva no recebimento de itens dessa espécie, comprovada em 4% nos
últimos três exercícios sociais, precisa mandar constituir uma provisão para devedores duvidosos,
antes de elaborar o seu balanço anual. Considerando que, no livro Razão, já existe uma conta de
provisão com essa finalidade, com saldo anterior de R$ 520,00, não utilizado, e que a empresa quer
contabilizar o evento com um único lançamento no livro Diário, o Contador deverá mandar fazer na
conta Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa um registro de

a) R$ 1.280,00, a crédito.
b) R$ 960,00, a crédito.
c) R$ 760,00, a crédito.
d) R$ 520,00, a débito.
e) R$ 440,00, a débito.

Comentários

Esta é uma questão de provisão para créditos de liquidação duvidosa, muito comum em
concursos da ESAF. Vamos aos conceitos mais importantes:

(i) Provisões: são valores estimados que cobrem perdas prováveis ou representam a
existência de exigibilidades, cujos montantes podem ser previamente conhecidos e/ou
calculados.

Conceito importante:

Provisões: são valores estimados que cobrem perdas


prováveis ou representam a existência de exigibilidades,
cujos montantes podem ser previamente conhecidos e/ou
calculados.

(ii) Provisões Retificadoras do Ativo: figuram, no Balanço Patrimonial, como contas


redutoras do Ativo e são constituídas debitando-se uma conta de despesa e creditando-se
uma conta patrimonial representante da respectiva provisão. Caso a perda seja
consumada, deve-se debitar a conta da respectiva provisão e creditar a conta com base
na qual ela foi constituída. Entretanto, se a perda não for consumada, o saldo da provisão
será revertido para uma conta de receita (a reversão da provisão poderá ser parcial ou
total).

Conceito importante:

Reversão da Provisão: possui como contrapartida uma


conta de receita.

(iii) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa: é o valor provisionado ao final de


cada exercício social para cobrir, no exercício seguinte, perdas decorrentes de não
recebimento de direitos da empresa (Ex: Duplicatas a Receber, Clientes). O valor da

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provisão é obtido a partir da aplicação de um percentual (baseado em estudos realizados
tendo por base as perdas ocorridas nos últimos exercícios) sobre os valores dos direitos
existentes na época do Balanço Patrimonial.

a. Lançamentos:

i. Constituição da Provisão:

Despesa com Provisão (Despesa – Conta de Resultado)


a Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (Ativo Circulante)

ii. Perda Consumada:

Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (Ativo Circulante)


a Duplicatas a Receber (Ativo Circulante)

iii. Reversão da Provisão:

Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (Ativo Circulante)


a Reversão de Provisão (Receita – Conta de Resultado)

Resolução

Empresa: Comércio Limitado,

Dados:

Duplicatas a Receber = R$ 32.000,00, em 31.12.05;


Experiência de perda efetiva no recebimento de itens dessa espécie = 4% nos últimos três exercícios
sociais;
Provisão para devedores duvidosos (saldo anterior) = R$ 520,00
A empresa quer contabilizar o evento com um único lançamento no livro Diário

I – Cálculo da Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa = 4% x 32.000 = 1.280

II – Lançamento da diferença entre o saldo anterior = 1.280 – 520 = 760

Despesas com Provisões


a Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa 760

Logo, houve um crédito na conta de Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa de R$


760,00.

GABARITO: C

Método de resolução na hora prova:

Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa = 4% x 32.000 = 1.280


Saldo Anterior = 520 (saldo credor)
Valor a creditar = 1.280 – 520 = 760

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21- A empresa Começo de Comércio S/A, em 31 de dezembro, apresentou o seguinte rol de contas
para elaboração do balanço:

Contas saldos – R$
Adiantamento a Fornecedores 6.000,00
Aluguéis Passivos 32.000,00
Caixa 20.000,00
Capital a Realizar 15.000,00
Capital Social 204.000,00
Custo das Mercadorias Vendidas 90.000,00
Depreciação 8.000,00
Depreciação Acumulada 12.000,00
Duplicatas Descontadas 35.000,00
Duplicatas a Receber 170.000,00
Fornecedores 180.000,00
Impostos a Recuperar 2.000,00
Juros Ativos 15.000,00
Lucros Acumulados 3.000,00
Mercadorias 160.000,00
Móveis e Utensílios 130.000,00
Provisão p/Créditos de Liq.Duvidosa 4.000,00
Provisão para Férias 9.000,00
Provisão para Imposto de Renda 6.000,00
Receita de Vendas 100.000,00
Terrenos 40.000,00
Títulos a Pagar 105.000,00

Observações:

1 - O balancete está devidamente fechado.


2 - O resultado do exercício não foi distribuído no referido período.
3 - Não devem ser acrescentadas outras implicações de natureza fiscal ou tributária.

Após apuração de resultados e elaboração das demonstrações financeiras cabíveis, podemos


constatar a existência de

a) saldos devedores de R$ 607.000,00.


b) ativo patrimonial de R$ 469.000,00.
c) passivo exigível de R$ 296.000,00.
d) prejuízos acumulados de R$ 12.000,00.
e) lucros acumulados de R$ 3.000,00.

Comentários

Esta é uma questão bastante completa, pois envolve conhecimento das características das
contas, de balanço patrimonial e de demonstração do resultado do exercício:

(i) Balanço Patrimonial: É uma demonstração financeira que evidencia, resumidamente, a


situação patrimonial e financeira da entidade, quantitativamente e qualitativamente, em
um dado momento (normalmente em 31 de dezembro de cada ano).

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De acordo com o inciso I do artigo 176 da Lei no 6.404/76, ao fim de cada exercício
social a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, entre
outras demonstrações contábeis, o balanço patrimonial e, posteriormente, publicá-lo
juntamente com as demonstrações contábeis

De acordo com o § 1o do referido artigo, as demonstrações de cada exercício serão


publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício
anterior, ou seja, a empresa, ao publicar o balanço atual, também deverá publicar o balanço
anterior.

Exemplo:
Ativo Passivo
Ativo Circulante Passivo Circulante
Caixa Fornecedores
Bancos Conta Movimento Adiantamentos de Clientes
Juros a Receber Duplicatas a Pagar
Adiantamentos a Terceiros Promissórias a Pagar
Impostos a Recuperar Contribuições a Recolher
Clientes Impostos a Recolher
Contas a Receber Taxas a Recolher
Duplicatas a Receber FGTS a Recolher
(-) Duplicatas Descontadas Salários a Pagar
(-) Provisão para Créditos de Liquidação Provisão de Férias
Duvidosa Provisão de Décimo-Terceiro
Promissórias a Receber Financiamento
Mercadorias (-) Encargos Financeiros a Transcorrer
Ações de Outras Empresas
Estoque de Material de Expediente Passivo Exigível a Longo Prazo
Estoque de Material de Consumo Duplicatas a Pagar
Seguros a Vencer Promissórias a Pagar

Ativo Realizável a Longo Prazo Resultados de Exercícios Futuros


Duplicatas a Receber Receitas de Exercícios Futuros
Promissórias a Receber (-) Custos e Despesas Correspondentes às
Receitas
Ativo Permanente
Participações Permanentes - Outras Empresas Patrimônio Líquido
Terrenos Capital Social
Imóveis e Instalações (-) Ações em Tesouraria
Móveis e Utensílios Reserva Legal
Veículos Reservas de Reavaliação
(-) Depreciação Acumulada Reservas de Lucro
Benfeitorias em Bens de Terceiros Reservas de Capital
Despesas de Organização Lucros ou Prejuízos Acumulados
(-) Amortização Acumulada

De acordo com o § 2o do mesmo artigo, nas demonstrações, as contas semelhantes


poderão ser agrupadas; os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a
natureza e não ultrapassarem um décimo do valor do respectivo grupo.

Por exemplo, se uma empresa tiver um estoque de “Material de Consumo” no valor


de R$ 1.000,00 e de “Material de Escritório” de R$ 500,00, seria aceitável a agregação das
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duas contas no valor de R$ 1.500,00 caso o valor do Ativo Circulante (grupo de contas a que
pertence estas duas contas) fosse, no mínimo, R$ 15.000,00.

O artigo 175 da Lei no 6.404/76 define que o tempo de duração do exercício social
será de 1 (um) ano e a data de término será fixada no estatuto da companhia. Cabe ressaltar
que o exercício social com duração de um ano não é obrigatório, mas a grande maioria das
empresas prefere seguir o ano-calendário, levantando seus balanços no 31 de dezembro.
Além disso, de acordo com o parágrafo único do referido artigo, na constituição da
companhia e nos casos de alteração estatutária, o exercício social poderá ter duração diversa.

Classificação da Contas

De acordo com o artigo 178 da Lei no 6.404/76, no balanço patrimonial, as contas


serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem (bens, créditos,
obrigações e situação líquida), e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da
situação financeira da companhia.

No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos


elementos nelas registrados, nos seguintes grupos (art. 178, § 1º, da Lei no 6.404/76):

i) ativo circulante;
ii) ativo realizável a longo prazo;
iii) ativo permanente, dividido em investimentos, ativo imobilizado e ativo
diferido.

Liquidez: corresponde ao grau de facilidade para movimentar uma conta do Ativo.

Conceito importante:

No ativo, as contas serão dispostas em ordem


decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas
registrados, nos seguintes grupos:
- ativo circulante;
- ativo realizável a longo prazo;
- ativo permanente, dividido em investimentos,
ativo imobilizado e ativo diferido.

No passivo (utiliza-se a ordem decrescente de grau de exigibilidade, ou seja, quanto


mais próximo do vencimento da obrigação, maior seu grau de exigibilidade), as contas serão
classificadas nos seguintes grupos (art. 178, § 2º, da Lei no 6.404/76):

i) passivo circulante;
ii) passivo exigível a longo prazo;
iii) resultados de exercícios futuros;
iv) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, reservas
de reavaliação, reservas de lucros e lucros ou prejuízos acumulados.

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Conceito importante:

No passivo (utiliza-se a ordem decrescente de grau de


exigibilidade, ou seja, quanto mais próximo do
vencimento da obrigação, maior seu grau de
exigibilidade), as contas serão classificadas nos seguintes
grupos:
- passivo circulante;
- passivo exigível a longo prazo;
- resultados de exercícios futuros;
- patrimônio líquido, dividido em capital social,
reservas de capital, reservas de reavaliação,
reservas de lucros e lucros ou prejuízos
acumulados.

Ativo Circulante

No ativo circulante serão classificadas as seguintes contas: as disponibilidades, os


direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente e as aplicações de recursos em
despesas do exercício seguinte (art. 179, I, da Lei no 6.404/76):

- Disponibilidades: elementos do ativo que representam dinheiro ou que possam ser


convertidos em dinheiro imediatamente. Ex: Caixa, Bancos Conta Movimento,
Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata e Numerários em Trânsito;

- Direitos Realizáveis no Curso do Exercício Social Subseqüente: podem ser


divididos em direitos realizáveis reais (bens) e direitos realizáveis pessoais
(créditos):

I - Direitos Realizáveis Reais: são os direitos sobre a coisa própria


(bens realizáveis de propriedade da companhia). Ex: Estoques de
Mercadorias e de Materiais de Uso ou Consumo; e

II - Direitos Realizáveis Pessoais: são os créditos da companhia. Ex:


Duplicatas a Receber, ICMS a Recuperar, Adiantamentos a
Fornecedores, Impostos a Recuperar, Adiantamentos a Empregados.

- Aplicações de Recursos em Despesas do Exercício Seguinte: são as despesas


antecipadas, tais como as despesas com seguros, salários, aluguéis, etc. Ou seja, são
despesas cujos fatos geradores ocorrerão no exercício seguinte. No exercício atual,
são classificadas no Ativo Circulante, devido ao comportamento que possuem, que é
semelhante aos créditos da empresa.

Ex: Se o aluguel de janeiro de 2005, no valor de R$ 8.000,00, for pago em


dezembro de 2004, apesar de o pagamento ter sido realizado em 2004, esta
despesa compete ao exercício de 2005, isto é, o fato gerador do aluguel
ocorrerá em 2005. Por essa razão, este aluguel deve ser classificado como
“Despesas Antecipadas” (Ativo Circulante) em 2004 (lançamento a crédito

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em “Bancos” e a débito em “Despesas Antecipadas”), pois é um direito da
empresa usufruir do imóvel em janeiro de 2005. No exercício de 2005, no
mês de janeiro, esta despesa deverá ser apropriada (incorrida) com um
lançamento a débito em “Despesas de Aluguel” e a crédito na conta
“Despesas Antecipadas”.

Ativo Realizável a Longo Prazo

No ativo realizável a longo prazo serão classificados: os direitos realizáveis após o


término do exercício seguinte (pessoais ou reais), assim como os derivados de vendas,
adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas
ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração
do objeto da companhia (art. 179, II, da Lei no 6.404/76).

De acordo com o artigo 179, II, da Lei no 6.404/76, percebe-se que o Ativo
Realizável a Longo Prazo pode ser dividido em dois grupos:

- Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte: Duplicatas a


Receber (Longo Prazo), Promissórias a Receber (Longo Prazo), Estoques
(Longo Prazo), Despesas Antecipadas (Longo Prazo), etc.

- Direitos derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades


coligadas, sociedades controladas, diretores, acionistas e participantes no
lucro da companhia. Estes direitos independem do prazo e não podem
constituir negócios usuais na exploração do objeto da companhia.

Sociedades Coligadas: as sociedades são coligadas se uma empresa


participa com 10% ou mais do capital da outra empresa sem controlá-la,
sendo irrelevante, se a participação no capital assegura ou não direito a
voto.

Ex: Caso uma empresa comercial, cujo negócio é a revenda de


mercadorias, venda sua mercadorias a prazo para uma empresa coligada,
terá um direito derivado de venda à coligada. Entretanto, esta venda
dependerá do prazo, isto é, se forem realizáveis no exercício seguinte,
serão classificadas no ativo circulante. Caso sejam realizáveis após o
término do exercício seguinte, serão classificadas no ativo realizável a
longo prazo. Este procedimento ocorre, visto que a venda de mercadorias
constitui um negócio usual na exploração do objeto de uma empresa
comercial. No entanto, caso a referida empresa faça um empréstimo em
dinheiro para sua coligada, esta operação independerá do prazo e será
classificada no ativo realizável a longo prazo, pois emprestar dinheiro não
representa um negócio usual da empresa comercial.

De acordo com o parágrafo único do artigo 179 da Lei no 6.404/76, na companhia em


que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a
classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.

Ciclo Operacional: no caso de uma empresa comercial, é o período que a empresa


leva, em média, para adquirir mercadorias de seus fornecedores, vendê-las e receber
o valor das respectivas vendas de seus clientes. No caso de uma empresa industrial,
corresponde ao período que a empresa lava, em média, desde a aquisição de

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matérias-primas de seus fornecedores até o recebimento de seus clientes pelas vendas
dos produtos fabricados.

Ativo Permanente

O Ativo Permanente está dividido em três subgrupos: Investimentos, Ativo


Imobilizado e Ativo Diferido.

Investimentos

De acordo com o art. 179, III, da Lei no 6.404/76, os investimentos são: as


participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não
classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da
companhia ou da empresa. Ou seja, pode-se concluir que os investimentos estão divididos
em:

- Bens não destinados à manutenção das atividades da empresa: obras de


arte, imóveis para aluguel, terrenos (não utilizados), etc.

- Participações permanentes no capital de outras sociedades: ações de


coligadas, ações de controladas, etc.

Sociedade Controlada: é a empresa cuja controladora, diretamente ou por


intermédio de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe
assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e
poder de eleger a maioria dos administradores.

Ativo Imobilizado

De acordo com o art. 179, IV, da Lei no 6.404/76, são classificados no Ativo
Imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens destinados à manutenção das atividades
da companhia e da empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade
industrial (patentes) ou comercial (marcas).

O Ativo Imobilizado pode ser dividido em:

- Imobilizado tangível: imóveis, veículos, móveis e utensílios, máquinas e


equipamentos, terrenos (em uso), etc.

- Imobilizado Intangível: fundo de comércio (adquirido), concessões


obtidas, benfeitorias em imóveis de terceiros, patentes (adquiridas), etc.

Ativo Diferido

De acordo com o art. 179, V, da Lei no 6.404/76, são classificados no Ativo Diferido:
as aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de
mais de um exercício social, inclusive os juros pagos ou creditados aos acionistas durante o
período que anteceder o início das operações sociais.

São exemplo de contas classificadas no ativo diferido: despesas pré-operacionais,


despesas de reorganização, pesquisa e desenvolvimento de produtos, etc. Estas despesas são
consideradas diferidas, pois, apesar de o fato gerador já ter ocorrido, as receitas ainda não

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ocorreram (só ocorrerão em exercícios futuros), e, pelo Princípio da Competência, as
receitas e despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do exercício em que
ocorrerem, sempre simultaneamente. Logo, como a despesas e as receitas não, são
classificadas como despesas diferidas, no Ativo Diferido.

Além disso, a classificação das despesas supracitadas como Ativo Diferido podem
ser explicadas também porque não seria conveniente que, no primeiro exercício social da
empresa, ela fosse sobrecarregada com a apropriação de despesas de implantação (Despesas
Pré-Operacionais), tendo em vista que os gastos com tais despesas irão promover a geração
de receitas por vários exercícios sociais. Estas despesas, portanto, serão reconhecidas por
vários exercícios subseqüentes através de amortização (serão amortizadas, no máximo, em
10 anos e, no mínimo, em 5 anos).

Despesas Antecipadas: fato gerador ainda não ocorreu (quando o fato gerador
ocorrer, as despesas antecipadas serão apropriadas, reduzindo o resultado do
exercício).

Despesas Diferidas: fato gerador já ocorreu, sendo , portanto, consideradas como


bens intangíveis e classificadas no Ativo Diferido, sendo, desta forma, amortizada
nos exercícios subseqüentes (reduzindo o resultado dos exercícios seguintes).

Passivo Circulante

De acordo com o artigo 180 da Lei no 6.404/76, o Passivo Circulante corresponde às


obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo
permanente, quando vencerem no exercício seguinte.

Ex:
- Obrigações com Fornecedores: duplicatas a pagar, fornecedores.
- Obrigações Financeiras: promissárias a pagar, financiamentos,
empréstimos bancários.
- Obrigações Trabalhistas: salários a pagar, encargos sociais a recolher.
- Obrigações Fiscais: ICMS a recolher, IPI a recolher, PIS a recolher,
COFINS a recolher, IRRF a recolher, ISS a recolher, IR a pagar.
- Obrigações com Sócios e Acionistas: Dividendos a pagar, participações
estatutárias a pagar.
- Provisões: Provisão para o 13o salário, provisão para férias, provisão para
o imposto de renda, provisão para a contribuição social sobre o lucro
líquido, provisão para contingências.
- Outras Obrigações: Adiantamentos de clientes, aluguéis a pagar, multas a
pagar.

(*) Provisões: são valores estimados que cobrem perdas prováveis ou representam a
existência de exigibilidades, cujos montantes podem ser previamente conhecidos
e/ou calculados.

Provisões Retificadoras do Ativo: figuram, no Balanço Patrimonial, como contas


redutoras do Ativo e são constituídas debitando-se uma conta de Despesa e
creditando-se uma conta patrimonial representante da respectiva provisão. Caso a
perda seja consumada, deve-se debitar a conta da respectiva provisão e creditar a
conta com base na qual ela foi constituída. Entretanto, se a perda não for consumada,

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o saldo da provisão será revertido para uma conta de Receita (a reversão da provisão
poderá ser parcial ou total).

Ex: Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa, que é o valor provisionado ao


final de cada exercício social para cobrir, no exercício seguinte, perdas decorrentes
de não recebimento de direitos da empresa (Ex: Duplicatas a Receber, Clientes). O
valor da provisão é obtido a partir da aplicação de um percentual (baseado em
estudos realizados tendo por base as perdas ocorridas nos últimos exercícios) sobre
os valores dos direitos existentes na época do Balanço Patrimonial.

Provisões do Passivo: representam obrigações de valores duvidosos.

Ex: Caso um ex-funcionário de uma empresa esteja pleiteando uma indenização


trabalhista na justiça, no valor de R$ 10.000,00, e a empresa se opõe a tal pagamento,
pelo Princípio da Prudência, em vista da incerteza do pagamento do referido valor,
visto que está dependendo de uma decisão judicial ainda não transitada em julgado,
deverá ser contabilizada uma “Provisão para Contingências” no valor de R$
10.000,00, de acordo com o seguinte lançamento:

Despesas com Provisões


a Provisão para Contingências 10.000

Passivo Exigível a Longo Prazo

Os obrigações serão classificadas no passivo exigível a longo prazo, se tiverem


vencimento após o término do exercício seguinte, observado o disposto no parágrafo único
do artigo 179 (ciclo operacional).

Ex: duplicatas a pagar de longo prazo, promissórias a pagar de longo prazo,


empréstimos a pagar de longo prazo, financiamentos a pagar de longo prazo, debêntures a
pagar de longo prazo, etc.

Resultados de Exercícios Futuros

De acordo com o artigo 181 Lei no 6.404/76, serão classificadas como resultados de
exercício futuro as receitas de exercícios futuros (receitas antecipadas), diminuídas dos
custos e despesas a elas correspondentes (contas retificadoras). Ou seja, neste grupo,
deverão constar quantias recebidas que não serão, em hipótese alguma, devolvidas pela
empresa nem representam obrigações de sua parte de entregar bens ou serviços. Além disso,
esses recebimentos devem referir-se a operações que afetarão o patrimônio nos exercícios
seguintes.

Ex: A empresa J4M2 alugou, em 01/07/2005, um imóvel para a empresa Inquilina


Ltda, que pagou antecipadamente um ano de aluguel no valor de R$ 60.000,00.
Logo, os lançamentos a serem efetuados na J4M2 serão:

I – No recebimento do valor adiantado (01/06/2005):

Banco Conta Movimento (Ativo Circulante)


a Aluguéis Recebidos Antecipadamente (Resultado de Exercícios Futuros)

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II - Quando as receitas forem realmente auferidas (Princípio da Competência), e, o
lançamento será o seguinte:

Aluguéis Recebidos Antecipadamente (Resultado de Exercícios Futuros)


a Receita de Aluguéis (Receita)

Logo, em 31/12/2005, a empresa J4M2 efetuará o seguinte lançamento, que


corresponde aos seis primeiros de aluguéis, de julho/2005 a dezembro/2005
(receitas já auferidas):

Aluguéis Recebidos Antecipadamente (Resultado de Exercícios Futuros)


a Receita de Aluguéis (Receita) 30.000

Ex: Suponha, agora, que a empresa J4M2 alugou seu imóvel por intermédio de uma
administradora de imóveis, que cobra 10% de taxa de administração, e que, além
disso, a empresa Inquilina Ltda pagou o aluguel referente a janeiro de 2006 em
dezembro de 2005. O lançamento em dezembro de 2005, na J4M2, seria o seguinte:

Diversos
a Aluguéis Recebidos Antecipadamente (Resultado de Exercícios Futuros)
Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 4.500
Custo dos Aluguéis Recebidos Antecipadamente (Retificadora – REF) 500 5.000

Cabe ressaltar que não devem ser incluídos no grupo Resultados de Exercícios
Futuros os valores que possuam alguma obrigatoriedade futura de entrega de bens e serviços
ou de devolução pela entidade. Assim, por exemplo, a conta “Adiantamento de Clientes”,
que corresponde a uma conta de fornecimento de bens ou serviços, é uma conta do Passivo
Circulante. Um outro exemplo é a conta “Receitas Financeiras a Apropriar”, que deve ser
classificada com retificadora do Ativo.

Ex: A empresa J4M2, no dia primeiro de dezembro de 2005, efetuou uma aplicação
financeira no valor de R$ 60.000,00, por 60 dias, com juros recebidos
antecipadamente, no valor de R$ 1.000,00. Assim, o seguinte lançamento deve ser
efetuado pela empresa:

Aplicações Financeiras (Ativo Circulante)


a Diversos
a Bancos (Ativo Circulante) 60.000
a Juros Ativos a Transcorrer (Retificadora – AC) 1.000 61.000

Em 31/12/2005, a empresa reconheceria como receita os primeiros 30 dias de


juros:

Juros Ativos a Transcorrer (Retificadora – AC)


a Juros Ativos (Receita) 500

Patrimônio Líquido

O Patrimônio Líquido, também conhecido como Capital Próprio ou Capital Efetivo,


corresponde a recursos originários dos sócios e os rendimentos auferidos pela empresa.
Somente constitui obrigação exigível da empresa em caso de extinção da mesma ou retirada
do sócio.

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O Patrimônio Líquido da entidade pode ser dividido nas seguintes contas:

- Capital Social
- Capital a Integralizar (retificadora)
- Ações em Tesouraria (retificadora)
- Reservas de Capital
- Reservas de Lucros
- Reservas de Reavaliação
- Lucros ou Prejuízos Acumulados

(ii) Lei no 6.404 (Lei das Sociedades Anônimas), de 15/12/1976: Demonstração do


Resultado do Exercício

Receita Bruta
(-) Deduções da Receita Bruta
(=) Receita Líquida
(-) Custo das Mercadorias/Produtos/Serviços Vendidos/Prestados
(=) LUCRO BRUTO
(-) Despesas c/ Vendas
(-) Despesas Financeiras
(+) Receitas Financeiras
(-) Despesas Gerais e Administrativas
(-) Outras Despesas Operacionais
(+) Outras Receitas Operacionais
(=) LUCRO/PREJUÍZO OPERACIONAL
(+) Receitas Não-operacionais
(-) Despesas Não-operacionais
(-) Despesa com Provisão da CSLL (Contribuição Social sobre o Líquido)
(=) RESULTADO DO EXERCÍCIO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA
(-) Despesa c/ Provisão do Imposto de Renda
(-) Despesa c/ Participações Societárias sobre o Lucro
Participações de Debêntures
Participações de Empregados
Participações de Administradores
Participações de Partes Beneficiárias
(=) LUCRO/PREJUÍZO LÍQUIDO
Lucro/Prejuízo Líquido por Ação

Resolução

Empresa: Começo de Comércio S/A

O balancete está devidamente fechado.


O resultado do exercício não foi distribuído no referido período.
Não devem ser acrescentadas outras implicações de natureza fiscal ou tributária.

I – Balancete de Verificação

Conta Saldo Saldo Característica


Devedor Credor
Adiantamento a Fornecedores 6.000 Ativo Circulante

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Aluguéis Passivos 32.000 Despesa – Conta de Resultado
Caixa 20.000 Ativo Circulante
Capital a Realizar 15.000 Patrimônio Líquido (Retificadora)
Capital Social 204.000 Patrimônio Líquido
Custo das Mercadorias Vendidas 90.000 Despesa – Conta de Resultado
Depreciação 8.000 Despesa – Conta de Resultado
Depreciação Acumulada 12.000 Ativo Permanente (Retificadora)
Duplicatas Descontadas 35.000 Ativo Circulante (Retificadora)
Duplicatas a Receber 170.000 Ativo Circulante
Fornecedores 180.000 Passivo Circulante
Impostos a Recuperar 2.000 Ativo Circulante
Juros Ativos 15.000 Receita – Conta de Resultado
Lucros Acumulados 3.000 Patrimônio Líquido
Mercadorias 160.000 Ativo Circulante
Móveis e Utensílios 130.000 Ativo Permanente
Provisão p/Créditos de 4.000 Ativo Circulante (Retificadora)
Liq.Duvidosa
Provisão para Férias 9.000 Passivo Circulante
Provisão para Imposto de Renda 6.000 Passivo Circulante
Receita de Vendas 100.000 Receita – Conta de Resultado
Terrenos 40.000 Ativo Permanente
Títulos a Pagar 105.000 Passivo Circulante
Total 673.000 673.000

a) saldos devedores de R$ 607.000,00. – A alternativa é FALSA.

II – Demonstração do Resultado do Exercício

Receita de Vendas 100.000


(-) Custo das Mercadorias Vendidas (90.000)
Lucro Bruto 10.000
(-) Aluguéis Passivos (32.000)
(-) Depreciação (8.000)
(+) Juros Ativos 15.000
Prejuízo do Exercício (15.000)

Transferência para a conta Lucros Acumulados:

Lucros Acumulados
a Prejuízo do Exercício 15.000

DRE Lucros/Prejuízos Acumulados


15.000 15.000 (*) 15.000 (*) 3.000
12.000

Logo, após a apuração do Resultado do Exercício e transferência para a conta


Lucros/Prejuízos Acumulados, a empresa ficou com um saldo de Prejuízos Acumulados no
valor de R$ 12.000,00.

d) prejuízos acumulados de R$ 12.000,00. – A alternativa é CORRETA.


e) lucros acumulados de R$ 3.000,00. – A alternativa é FALSA.

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III – Balanço Patrimonial

Ativo Passivo

Caixa 20.000 Fornecedores 180.000


Adiantamento a Fornecedores 6.000 Provisão para Férias 9.000
Mercadorias 160.000 Provisão para Imposto de Renda 6.000
Duplicatas a Receber 170.000 Títulos a Pagar 105.000
Duplicatas Descontadas (35.000) Passivo Exigível 300.000
Provisão p/Créditos de Liq.Duvidosa (4.000) Capital Social 204.000
Impostos a Recuperar 2.000 Capital a Realizar (15.000)
Móveis e Utensílios 130.000 Prejuízos Acumulados (12.000)
Depreciação Acumulada (12.000) Patrimônio Líquido 177.000
Terrenos 40.000

Ativo Total (Patrimonial) 477.000 Passivo Total 477.000

b) ativo patrimonial de R$ 469.000,00. – A alternativa é FALSA.


c) passivo exigível de R$ 296.000,00. – A alternativa é FALSA.

GABARITO: D

Método de Resolução na hora da prova:

I – Como o balancete está fechado, o primeiro passo é somar os saldos de todas as contas e dividir
por dois, visto que, os saldos devedores devem ser iguais aos saldos credores.

Total dos saldos = 1.346.000


Saldos Devedores = Saldos Credores = 1.346.000/2 = 673.000

Isto já elimina a alternativa “a”: a) saldos devedores de R$ 607.000,00.

II – O segundo passo é montar a DRE: verificar quais as contas, na lista de conta fornecidas, são
contas de resultado:

Receita de Vendas 100.000


(-) Custo das Mercadorias Vendidas (90.000)
Lucro Bruto 10.000
(-) Aluguéis Passivos (32.000)
(-) Depreciação (8.000)
(+) Juros Ativos 15.000
Prejuízo do Exercício (15.000)

III – O terceiro passo é fazer a transferência deste valor para conta “Lucros Acumulados”, que
ficará com um saldo devedor de 15.000 – 3.000 = 12.000.

Com isso, já descobrimos que a alternativa “d” é a correta e a “e” é falsa.

d) prejuízos acumulados de R$ 12.000,00.


e) lucros acumulados de R$ 3.000,00.

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IV – Caso sobre tempo na prova, para confirmar a resposta, determine o ativo patrimonial e o
passivo exigível e verifique que as alternativas “b” e “c” também são falsas.

22- Consideremos os seguintes dados para fins de análise e possível compreensão do


relacionamento entre as empresas Melga e Celga.

I - Dados contábeis da empresa Melga Comercial S/A:

Capital Social R$700.000,00


Reservas de Capital R$ 25.000,00
Reservas de Lucro R$ 35.000,00
Lucros Acumulados R$ 8.000,00

II- Dados contábeis da empresa Comercial Celga S/A:

Capital Social R$400.000,00


Reservas de Capital R$ 20.000,00
Reservas de Lucro R$ 10.000,00
Lucros Acumulados R$ 4.000,00

III- A empresa Comercial Celga S/A comprou a vista 8% das ações emitidas pela Melga Comercial
S/A, pagando o investimento com deságio de 5% sobre o valor patrimonial.

Com base nas informações supra-alinhadas e de acordo com a legislação pertinente, pode-se dizer,
neste caso, que

a) o investimento não é relevante porque seu valor não chega a 10% do patrimônio líquido da
investida.
b) o investimento é uma coligação acionária porque seu valor é maior que 10% do patrimônio
líquido da investidora.
c) o investimento deve ser avaliado pelo método da equivalência patrimonial.
d) com esse investimento, o patrimônio da investidora aumentará em R$ 61.440,00.
e) o valor de aquisição do investimento foi R$ 58.368,00.

Comentários

Esta questão exige do concursando conhecimentos sobre Equivalência Patrimonial. Vamos


aos principais conceitos:

(i) As participações permanentes no capital de outras sociedades são classificadas no Ativo


Permanente da investidora e podem ser avaliadas pelo método de equivalência
patrimonial ou pelo método do custo de aquisição.

Conceito importante:

As participações permanentes no capital de outras


sociedades são classificadas no Ativo Permanente da
investidora e podem ser avaliadas pelo método de
equivalência patrimonial ou pelo método do custo de
aquisição.

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(ii) Somente se o investimento não se enquadrar no Método de Equivalência Patrimonial,
deve ser adotado o Método de Custo de Aquisição.

Conceito importante:

Somente se o investimento não se enquadrar no


Método de Equivalência Patrimonial, deve ser
adotado o Método de Custo de Aquisição.

(iii) De acordo com o art. 248. da Lei no 6.404/76, são avaliados pelo Método de
Equivalência Patrimonial:

a. Os investimentos relevantes em sociedades controladas; e

b. Os investimentos relevantes em sociedades coligadas sobre cuja administração a


investidora tenha influência, ou de que participe com 20% ou mais do capital
social da investida.

Conceito importante:

Método de Equivalência Patrimonial:

- investimentos relevantes em sociedades controladas.


- investimentos relevantes em sociedades coligadas sobre
cuja administração a investidora tenha influência, ou de
que participe com 20% ou mais do capital social da
investida.

Além disso, o parágrafo único do art. 247, da Lei no 6.404/76 determina que o
investimento é relevante quando:

a. Em cada sociedade coligada ou controlada, o valor contábil do


investimento for igual ou superior a 10% do valor do Patrimônio
Líquido da investidora; e

b. No conjunto das sociedades coligadas e controladas, o valor contábil dos


investimentos for igual ou superior a 15% do valor do Patrimônio
Líquido da investidora

(iv) Sociedades Coligadas: as sociedades são coligadas se uma empresa participa com 10%
ou mais do capital da outra empresa sem controlá-la, sendo irrelevante, se a participação
no capital assegura ou não direito a voto.

a. De acordo com o art. 243 da Lei no 6.404/76, a coligação só ocorre se a participação


for direta e o controle pode ocorrer com participação direta ou indireta.

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b. Entretanto, de acordo com Instrução CVM no 247/96, são também equiparadas a
coligadas as seguintes sociedades:

i. Quando uma empresa participe indiretamente com 10% ou mais do capital


votante de outra, sem controlá-la; e

ii. Quando uma empresa participe com 10% ou mais do capital votante de outra,
sem controlá-la, independentemente do percentual de participação do capital.

(v) Sociedade Controlada: é a empresa cuja controladora, diretamente ou por intermédio


de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo
permanente, preponderância nas deliberações sociais e poder de eleger a maioria dos
administradores.

Resolução

I - Dados contábeis da empresa Melga Comercial S/A:

Capital Social R$700.000,00


Reservas de Capital R$ 25.000,00
Reservas de Lucro R$ 35.000,00
Lucros Acumulados R$ 8.000,00

II- Dados contábeis da empresa Comercial Celga S/A:

Capital Social R$400.000,00


Reservas de Capital R$ 20.000,00
Reservas de Lucro R$ 10.000,00
Lucros Acumulados R$ 4.000,00

III- A empresa Comercial Celga S/A comprou a vista 8% das ações emitidas pela Melga Comercial
S/A, pagando o investimento com deságio de 5% sobre o valor patrimonial.

Patrimônio Líquido de Melga Comercial S/A = 700.000 + 25.000 + 35.000 + 8.000 ⇒


⇒ PL da Melga Comercial = 768.000

8% x Patrimônio Líquido de Melga = 8% x 768.000 = 61.440

Deságio de 5% = 61.440 – 5% x 61.440 = 95% x 61.440 = 58.368 (valor pago pela


Comercial Celga por 8% das ações emitidas pela Melga Comercial).

Logo, como só foram adquiridos 8% das ações pela Comercial Celga, a Melga Comercial
não é coligada e nem controlada.

Com isso, o investimento será avaliado pelo custo de aquisição.

b) o investimento é uma coligação acionária porque seu valor é maior que 10% do
patrimônio líquido da investidora. – A alternativa é FALSA.

c) o investimento deve ser avaliado pelo método da equivalência patrimonial. – A alternativa


é FALSA.

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IV – Verificação da relevância do investimento:

PL da Comercial Celga S/A = 400.000 + 20.000 + 10.000 + 4.000 = 434.000

Percentual do Investimento = 58.368/434.000 = 13,45% (Investimento é relevante).

a) o investimento não é relevante porque seu valor não chega a 10% do patrimônio líquido
da investida. – A alternativa é FALSA.

V – Lançamento na Comercial Celga S/A (Investidora):

Investimento Permanente (Ativo Permanente)


a Caixa (Ativo Circulante) 58.368

Logo, não há alteração no Patrimônio Líquido da investidora.

d) com esse investimento, o patrimônio da investidora aumentará em R$ 61.440,00. – A


alternativa é FALSA.

e) o valor de aquisição do investimento foi R$ 58.368,00. – A alternativa é VERDADEIRA.

GABARITO: E

Método de Resolução na hora da prova:

I – Determinação do valor de aquisição do investimento:

Valor de Aquisição do Investimento = 61.440 – 5% x 61.440 = 95% x 61.440 = 58.368

Logo, a alternativa “e” é a correta: e) o valor de aquisição do investimento foi R$ 58.368,00.

II – Verificar se a empresa investida é coligada ou controlada:

Como só foram adquiridos 8% das ações pela Comercial Celga, a Melga Comercial não é
coligada e nem controlada. Com isso, o investimento será avaliado pelo custo de aquisição.

Logo, as alternativas “b”, “c” e “d” são falsas:

b) o investimento é uma coligação acionária porque seu valor é maior que 10% do
patrimônio líquido da investidora.
c) o investimento deve ser avaliado pelo método da equivalência patrimonial.
d) com esse investimento, o patrimônio da investidora aumentará em R$ 61.440,00.

III – Verificar se o investimento é relevante:

PL da Comercial Celga S/A = 400.000 + 20.000 + 10.000 + 4.000 = 434.000

Percentual do Investimento = 58.368/434.000 = 13,45% (Investimento é relevante).

Logo, a alternativa “a” é falsa:

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a) o investimento não é relevante porque seu valor não chega a 10% do patrimônio
líquido da investida.

23- Assinale abaixo a opção que contém uma proposição verdadeira.

a) Lucro líquido do exercício é o valor creditado à conta de apuração do resultado, para encerrá-la,
por transferência do valor à conta de Lucros Acumulados.
b) Os débitos de acionistas e diretores que não decorram de operações normais da companhia,
mesmo com vencimento a curto prazo, deverão ser classificados como realizável a longo prazo.
c) Resultado é a diferença positiva entre o total das receitas e o total das despesas incorridas pela
empresa ou entidade, durante determinado período.
d) Ações em tesouraria são as ações em poder da empresa, cujo valor ainda não foi integralizado
pelos acionistas.
e) Lucro bruto é a diferença entre as receitas brutas de vendas ou serviços e o custo das mercadorias
ou serviços vendidos.

Comentários

Mais uma questão teórica que pode definir uma aprovação ou não. Vamos aos conceitos
mais importantes:

(i) Lucro Líquido do Exercício: é o resultado líquido do período apurado na Demonstração do


Resultado do Exercício, o qual é destinado às diversas Reservas de Lucros, de acordo com o
§ 6o do art. 202 da Lei no 6.404/76, introduzido pela Lei no 10.303/01. O lançamento de
transferência do Lucro Líquido do Exercício para a conta Lucros/Prejuízos Acumulados é
realizado da seguinte maneira:

Lucro Líquido do Exercício (Conta de Apuração Resultado)


a Lucros/Prejuízos Acumulados (Patrimônio Líquido)

(ii) Ativo Realizável a Longo Prazo: de acordo com o inciso II do art. 179 da Lei no 6.404/76,
os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de
vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (artigo
243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não
constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia.

Ou seja, independentemente dos adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou


controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não
constituem negócios usuais na exploração do objeto da companhia, possuírem vencimento
após o término do exercício seguinte ou não, serão classificados no Ativo Realizável a
Longo Prazo.

(iii) Resultado do Exercício: a definição de resultado dependerá do regime a ser adotado:

1. Regime de Competência: o resultado alcançado por uma empresa ou entidade em


dado período e decorre da diferença entre as receitas e as despesas nele ocorridas. Se
a diferença for positiva, há um lucro no período. Caso contrário, se a diferença for
negativa, há um prejuízo no período; e

2. Regime de Caixa: o resultado alcançado por uma empresa ou entidade em dado


período e decorre da diferença entre as receitas e as despesas nele pagas. Se a

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diferença for positiva, há um lucro no período. Caso contrário, se a diferença for
negativa, há um prejuízo no período.

(iv) Ações em Tesouraria: são as ações da companhia adquiridas pela própria companhia. De
acordo com o § 1o do art. 30 da Lei no 6.404/76, não é permitido às companhias abertas ou
fechadas adquirir ações da própria companhia, exceto para:

a. as operações de resgate, reembolso ou amortização previstas em lei;

b. a aquisição, para permanência em tesouraria ou cancelamento, desde que até o valor


do saldo de lucros ou reservas, exceto a legal, e sem diminuição do capital social, ou
por doação;

c. a alienação das ações adquiridas nos termos da alínea b e mantidas em tesouraria; e

d. a compra quando, resolvida a redução do capital mediante restituição, em dinheiro,


de parte do valor das ações, o preço destas em bolsa for inferior ou igual à
importância que deve ser restituída.

(v) Lucro Bruto: é a diferença entre as Receitas Líquidas de Serviços ou Mercadorias (após o
descontos dos impostos incidentes sobre as vendas) e o Custo das Mercadorias Vendidas ou
dos Serviços Prestados.

Resolução

a) Lucro líquido do exercício é o valor creditado à conta de apuração do resultado, para encerrá-la,
por transferência do valor à conta de Lucros Acumulados.

Lucro Líquido é o valor debitado à conta de apuração do resultado, para encerrá-la, por
transferência do valor à conta de Lucro Acumulados. A alternativa é FALSA.

b) Os débitos de acionistas e diretores que não decorram de operações normais da companhia,


mesmo com vencimento a curto prazo, deverão ser classificados como realizável a longo prazo.

A alternativa é VERDADEIRA, de acordo com o inciso II do art. 179 da Lei no 6.404/76.

c) Resultado é a diferença positiva entre o total das receitas e o total das despesas incorridas pela
empresa ou entidade, durante determinado período.

Resultado é a diferença positiva ou negativa entre o total das receitas e o total das despesas
incorridas pela empresa ou entidade, durante determinado período, visto que o resultado
pode ser um lucro ou prejuízo. ATENÇÃO !!! É pegadinha da ESAF. A alternativa é
FALSA.

d) Ações em tesouraria são as ações em poder da empresa, cujo valor ainda não foi integralizado
pelos acionistas.

A Ações em Tesouraria são ações da própria empresa que estavam no mercado de ações e
foram readquiridas pela própria empresa. Quanto à integralização, as ações podem ter
sido integralizadas ou não pelos sócios. A alternativa é FALSA.

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e) Lucro bruto é a diferença entre as receitas brutas de vendas ou serviços e o custo das
mercadorias ou serviços vendidos.

Lucro bruto é a diferença entre as receitas líquidas de vendas ou serviços e o custo das
mercadorias ou serviços vendidos. A alternativa é FALSA.

GABARITO: B

Método de Resolução na hora prova: nesta questão não há jeito milagroso. É necessário
conhecer os conceitos.

24- A empresa Orizonina Metais S/A elaborou seu balanço com os seguintes dados contábeis,
referentes ao exercício de 2005, cujos valores são aqui apresentados ao lado dos saldos anteriores:

Caixa 260
Capital Social 3.000
Custo das Mercadorias Vendidas 6.000
Depreciação 200
Depreciação Acumulada 360
Despesas Administrativas 1.300
Despesas Financeiras 500
Empréstimos Bancários 2.500
Fornecedores 700
Lucros Acumulados 200
Mercadorias 1.500
Móveis e Utensílios 4.800
Receitas de Vendas 9.000
Reservas de Lucro 500
Títulos a Pagar a Longo Prazo 400
Títulos a Receber 500
Títulos a Receber a Longo Prazo 600

Finalizada sua elaboração, as demonstrações financeiras foram submetidas ao processo de análise


contábil possibilitando de sua leitura a conclusão de que

a) a liquidez geral da empresa demonstra capacidade de pagamento de 71% das dívidas já


assumidas.
b) a liquidez corrente não alcança a cobertura de metade das dívidas de curto prazo.
c) a rentabilidade líquida alcançada no período foi, exatamente, um terço da rentabilidade bruta.
d) o capital de giro líquido, em 31 de dezembro, é positivo em 29% das obrigações a pagar, no
exercício seguinte ao balanço.
e) o grau de imobilização do capital alcança 70% do patrimônio bruto.

Comentários

Uma questão de análise de balanços que, ultimamente, tem aparecido em diversos concursos
da ESAF. Vamos aos conceitos principais:

(i) Análise de Balanços: estudo da situação patrimonial da empresa, através a comparação


e interpretação das demonstrações contábeis. Os tipos de análise são:

a. De Estrutura, Vertical ou de Composição;

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b. De Evolução, Horizontal ou de Crescimento;
c. Por Diferenças Absolutas; e
d. De Quociente ou Razão.

(ii) Análise de Estrutura ou Vertical: medir, em percentual, cada componente em relação


ao todo do qual faz parte e realizar comparações com os demais períodos.

Ex: Ativo Circulante = 50.000 e Ativo Total = 100.000


% = Ativo Circulante/Ativo Total = 50.000/100.000 = 50%

(iii) Análise de Evolução ou Horizontal: avaliar o aumento ou a diminuição dos valores


que representam os elementos patrimoniais ou do resultado, em uma determinada série
histórica.

a. Análise de Evolução Nominal: desconsidera a inflação do período.

Ex:

Ativo Total 31/12/2004 31/12/2005


Valor R$ 1.000,00 R$ 1.500,00
Percentual 100% 150%
Aumento 50%

b. Análise de Evolução Real: considera a inflação do período.

Ex: No exemplo anterior, suponha que a inflação em 2005 foi de 25%.

Valor do Ativo Total em 2004 corrigido = 1.000 x (1 + 25%) = 1.250

Ativo Total 31/12/2004 31/12/2005


Valor R$ 1.250,00 R$ 1.500,00
Percentual 100% 120%
Aumento 20%

c. Análise por Diferenças Absolutas: baseia-se na diferença entre os saldos do início


e do final do período considerado para determinar o fluxo de origens e aplicações de
recursos.

Contas do Ativo Aumentos = Aplicações


Diminuições = Origens
Contas do Passivo Aumentos = Origens
Diminuições = Aplicações
Contas de Natureza Devedora Aumentos = Aplicações
Diminuições = Origens
Contas de Natureza Credora Aumentos = Origens
Diminuições = Aplicações

d. Análise por Quocientes ou Razão: analisa a relação existente entre dois elementos
das demonstrações contábeis.

i. Índice de Liquidez Absoluta, Imediata ou Instantânea (Li)

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Li = Disponível/PC

Disponível = Caixa + Depósitos Bancários a Vista + Numerário em


Trânsito + Aplicações de Liquidez Imediata

PC = Passivo Circulante

ii. Índice de Liquidez Seca (Ls)

Ls = (AC - Estoques)/PC

AC = Ativo Circulante

iii. Índice de Liquidez Corrente (Lc)

Lc = AC/PC

iv. Índice de Liquidez Geral (Lg)

Lg = (AC + ARLP)/(PC + PELP)

ARLP = Ativo Realizável a Longo Prazo


PELP = Passivo Exigível a Longo Prazo

v. Índice de Solvência Geral (Sg)

Sg = Ativo Total/(PC + PELP)

Se Sg = 1 ⇒ Situação nula (pré-insolvência);


Se Sg < 1 ⇒ Entidade Insolvente (Passivo a Descoberto); e
Se Sg > 1 ⇒ quanto mais elevado, melhor a situação da empresa.

vi. Índice de Endividamento Geral ou Total (Eg)

Eg = 1/Sg = (PC + PELP)/Ativo Total

Se Eg = 1 ⇒ Situação nula (pré-insolvência);


Se Eg > 1 ⇒ Entidade Insolvente (Passivo a Descoberto); e
Se 0 < Eg < 1 ⇒ quanto menor, melhor a situação da empresa.

vii. Garantia de Capital de Terceiros (Gct)

Gct = PL/(PC + PELP)

PL = Patrimônio Líquido

OBS: Alguns autores consideram o Gct = (PC + PELP)/PL.

viii. Capital Circulante Líquido (CCL) ou Capital de Giro Líquido

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CCL = AC – PC

ix. Relação de Dívidas de Curto Prazo (PC) com as Dívidas Totais

Rd = PC/(PC + PELP)

x. Rotação do Ativo (Ra)

Ra = Vendas Líquidas/Ativo Total

xi. Rotação do Patrimônio Líquido (Rpl)

Rpl = Vendas Líquidas/PL

xii. Rotação ou Giro do Ativo Operacional (Rao)

Rao = Vendas Líquidas/Ativo Operacional

Ativo Operacional = AC + AP Imobilizado + AP Diferido

AP = Ativo Permanente

xiii. Rotação ou Giro do Ativo Total Médio (Ratm)

Ratm = Vendas Líquidas/Ativo Total Médio

Ativo Total Médio = (Ativo Inicial + Ativo Final)/2

xiv. Rotação ou Giro do Ativo Permanente (Rap)

Rap = Vendas Líquidas/Ativo Permanente

xv. Imobilização do Capital Próprio (Icp)

Icp = AP/PL

xvi. Prazo Médio de Renovação de Estoques (PMre)

PMre = CMV ou CPV/Estoque Médio

Prazo de PMre = Período/PMre

CMV = Custo das Mercadorias Vendidas


CPV = Custo dos Produtos Vendidos
Estoque Médio = (Estoque Inicial + Estoque Final)/2

xvii. Prazo Médio de Recebimento de Contas a Receber (PMrcr)

PMrcr = Vendas a Prazo/Média dos Valores a Receber

Prazo de PMrcr = Período/PMrcr

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Média dos Valores a Receber = (Duplicatas a Receber Inicial +
Duplicatas a Receber Final)/2

xviii. Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores (PMpf)

PMpf = Compras a Prazo/Média de Fornecedores

Prazo de PMpf = Período/PMpf

Média de Fornecedores = (Forncedores Inicial + Fornecedores


Final)/2

xix. Lucratividade sobre Vendas ou Margem Líquida (Ml)

Ml = LLEx/Vendas Líquidas

LLEx = Lucro Líquido do Exercício

xx. Lucratividade Operacional ou Margem Operacional (Mo)

Mo = LOL/Vendas Líquidas

LOL = Lucro Operacional Líquido

xxi. Lucratividade Bruta ou Margem Bruta sobre Vendas (Mb)

Mb = LB/Vendas Líquidas

LB = Lucro Bruto

xxii. Lucratividade Não-Operacional ou Margem Não-Operacional (Mno)

Mno = RNO/Vendas Líquidas

RNO = Resultado Não-Operacional = Receitas Não-Operacionais –


Despesas Não-Operacionais

xxiii. Rentabilidade do Capital Próprio (PL) ou Taxa de Retorno sobre o PL


(Rcp)

Rcp = LLEx/PL

xxiv. Rentabilidade do Ativo Total ou Taxa de Retorno sobre o Ativo Total


(Rat)

Rat = LLEx/Ativo Total

xxv. Rentabilidade do Ativo Total Médio ou Taxa de Retorno sobre o Ativo


Total Médio ou Taxa de Retorno sobre o Investimento Total (Ratm)

Ratm = LLEx/Ativo Total Médio

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Ratm = (LLEx/Vendas Líquidas) x (Vendas Líquidas/Ativo Total
Médio) ⇒

⇒ Ratm = Margem Líquida x Giro do Ativo Total Médio

Tempo de Retorno do Investimento = 100/Ratm

xxvi. Taxa de Rentabilidade sobre o Capital Realizado (Rcr)

Rcr = LLEx/Capital Realizado

xxvii. Taxa de Retorno sobre o Investimento Operacional (Rio)

Rio = LOL/Ativo Operacional

Rio = (LOL/Vendas Líquidas) x (Vendas Líquidas/Ativo


Operacional) ⇒
⇒ Rio = Margem Operacional x Giro do Ativo Operacional

xxviii. Giro de Caixa = Desembolsos Operacionais/Caixa Operacional


Giro de Caixa = Número de Dias no Período/Ciclo Financeiro
Caixa Operacional = Desembolsos Operacionais/Giro de Caixa

Resolução

Empresa: Orizonina Metais S/A

Caixa 260
Capital Social 3.000
Custo das Mercadorias Vendidas 6.000
Depreciação 200
Depreciação Acumulada 360
Despesas Administrativas 1.300
Despesas Financeiras 500
Empréstimos Bancários 2.500
Fornecedores 700
Lucros Acumulados 200
Mercadorias 1.500
Móveis e Utensílios 4.800
Receitas de Vendas 9.000
Reservas de Lucro 500
Títulos a Pagar a Longo Prazo 400
Títulos a Receber 500
Títulos a Receber a Longo Prazo 600

I – Como, de acordo com a questão, os valores representados são correspondentes aos saldos
anteriores (período anterior), é necessário fazer os respectivos lançamentos do período em relação
às contas de resultado. Como a questão também não especifica, considera-se inventário permanente.

a) Lançamento da Receita de Vendas:

Caixa (Ativo Circulante)


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a Receita de Vendas (Receita – Conta de Resultado) 9.000

Receita de Vendas Caixa


9.000 (a) 260
9.000 (a)
9.260

b) Lançamento do Custo das Mercadorias Vendidas:

Custo das Mercadorias Vendidas (Despesa – Conta de Resultado)


a Mercadorias (Ativo Circulante) 6.000

CMV Mercadorias
6.000 (b) 1.500 6.000 (b)
4.500 (*)

(*) A questão deveria ser anulada, pois não falou em compras do período e a conta
Mercadorias ficou devedora, ou seja, vendeu mais mercadorias do que possuía em seu
estoque.

c) Lançamento das Despesas com Depreciação:


Depreciação (Despesa – Conta de Resultado)
a Depreciação Acumulada (Ativo Permanente) 200

Depreciação Depreciação Acumulada


200 (c) 360
200 (c)
560

d) Lançamento das Despesas Financeiras e das Despesas Administrativas:

Despesas Financeiras (Despesa – Conta de Resultado)


a Caixa (Ativo Circulante) 500

Despesas Administrativas (Despesa – Conta de Resultado)


a Caixa (Ativo Circulante) 1.300

Despesas Financeiras
Caixa
500 (d.1)
9.260 500 (d.1)
1.300 (d.2)
Despesas Administrativas 7.460
1.300 (d.2)

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II - Demonstração do Resultado do Exercício:

Receitas de Vendas 9.000


(-) Custo das Mercadorias Vendidas (6.000)
Lucro Bruto 3.000
(-) Depreciação (200)
(-) Despesas Financeiras (500)
(-) Despesas Administrativas (1.300)
Lucro Líquido do Exercício 1.000

Transferência para a conta Lucros Acumulados:

Lucros Acumulados
a Prejuízo do Exercício 1.000

DRE Lucros Acumulados


1.000 (*) 1.000 200
1.000 (*)
1.200

III – Balanço Patrimonial:

Ativo Passivo

Ativo Circulante Passivo Circulante


Caixa 7.460 Empréstimos Bancários 2.500
Mercadorias (*) (4.500) Fornecedores 700
Títulos a Receber 500 3.200
3.460

Ativo Realizável a Longo Prazo Passivo Exigível a Longo Prazo


Títulos a Receber a Longo Prazo 600 Títulos a Pagar a Longo Prazo 400

Ativo Permanente Patrimônio Líquido


Móveis e Utensílios 4.800 Capital Social 3.000
(-) Depreciação Acumulada (560) Lucros Acumulados 1.200
4.240 Reservas de Lucro 500
4.700

Ativo Total 8.300 Passivo Total 8.300

Vamos verificar as alternativas desconsiderando o problema com a conta Mercadorias:

IV – Índice de Liquidez Geral (Lg):

Lg = (AC + ARLP)/(PC + PELP) ⇒ Lg = (3.460 + 600)/(3.200 + 400) = 1,128 = 112,8%

Ou seja, a empresa demonstra capacidade de todas as suas dívidas já assumidas, pois o


índice é maior que 100%.

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a) a liquidez geral da empresa demonstra capacidade de pagamento de 71% das dívidas já


assumidas. – A alternativa é FALSA.

V – Índice de Liquidez Corrente (Lc);

Lc = AC/PC = 3.460/3.200 = 1,081 = 108,1%

Ou seja, a liquidez corrente consegue cobrir todas as dívidas de curto prazo (maior que
100%).

b) a liquidez corrente não alcança a cobertura de metade das dívidas de curto prazo. – A
alternativa é FALSA.

VI – Rentabilidade Líquida (ou Margem Líquida) e Rentabilidade Bruta (ou Margem Bruta):

(i) Lucratividade sobre Vendas ou Margem Líquida (Ml)

Ml = LLEx/Vendas Líquidas (*) = 1.000/9.000 = 1/9

(*) Como não há impostos, a Receita de Vendas = Vendas Líquidas

(ii) Lucratividade Bruta ou Margem Bruta sobre Vendas (Mb)

Mb = Lucro Bruto/Vendas Líquidas = 3.000/9.000 = 1/3

Ml/Mb = (1/9)/(1/3) = 1/3

Ou seja, a rentabilidade líquida alcançada no período foi, exatamente, um terço da


rentabilidade bruta.

c) a rentabilidade líquida alcançada no período foi, exatamente, um terço da rentabilidade


bruta. – A alternativa é VERDADEIRA.

VII – Capital de Giro Líquido (CCL)

CCL = AC – PC = 3.460 – 3.200 = 260

CCL/PC = 260/3.200 = 8,125%

Ou seja, o CCL é positivo em 8,125% das obrigações a pagar no exercício seguinte ao


balanço.

d) o capital de giro líquido, em 31 de dezembro, é positivo em 29% das obrigações a pagar,


no exercício seguinte ao balanço. – A alternativa é FALSA.

VIII – Grau de Imobilização do Capital (Icp)

Icp = Ativo Permanente/Patrimônio Líquido = 4.240/4.700 = 0,9021 = 90,21%

Icp1 = Ativo Permanente/Patrimônio Bruto = 4.240/8.300 = 0,5108 = 51,08%

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Ou seja, o grau de imobilização do capital alcança 51,08% do patrimônio bruto.

e) o grau de imobilização do capital alcança 70% do patrimônio bruto. – A alternativa é


FALSA.

GABARITO: C

Método de Resolução na hora prova: nesta questão não há o que fazer para simplificar, ou seja,
deve-se calcular o Lucro Líquido do Exercício, montar o Balanço Patrimonial e calcular os índices
de análise de balanços de cada alternativa para descobrir a correta. Ou seja, é necessário que o
concursando conheça as fórmulas de análises de balanços.

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Analista Técnico – Controle e Fiscalização/Atuária – SUSEP – 2006 – Lista das
Questões Comentadas na Aula
19- A empresa Aborc Comércio S/A contratou um seguro anual de R$ 6.000,00, em primeiro de
junho de 2005, pagou a despesa com um cheque da Caixa Econômica Federal e contabilizou o fato
contábil, segundo o regime de caixa, como costuma fazer ao longo do exercício social. Em 31 de
dezembro de 2005, para fins de elaboração do balanço, a empresa deve efetuar os ajustes contábeis
necessários, inclusive, para observância do princípio contábil da competência. Para ajustar a
despesa de seguros aqui exemplificada, a empresa deverá mandar providenciar o seguinte
lançamento no livro Diário:

a) Seguros a Vencer
a Prêmios de Seguros 2.500,00

b) Prêmios de Seguros
a Seguros a Vencer 2.500,00

c) Prêmios de Seguros
a Seguros a Vencer 3.500,00

d) Seguros a Vencer
a Prêmios de Seguros 3.500,00

e) Diversos
a Bancos conta Movimento
Prêmios de Seguros 3.500,00
Seguros a Vencer 2.500,00 R$ 6.000,00

20- A empresa Comércio Limitado, tendo créditos a receber no valor de R$ 32.000,00, em 31.12.05,
e com experiência de perda efetiva no recebimento de itens dessa espécie, comprovada em 4% nos
últimos três exercícios sociais, precisa mandar constituir uma provisão para devedores duvidosos,
antes de elaborar o seu balanço anual. Considerando que, no livro Razão, já existe uma conta de
provisão com essa finalidade, com saldo anterior de R$ 520,00, não utilizado, e que a empresa quer
contabilizar o evento com um único lançamento no livro Diário, o Contador deverá mandar fazer na
conta Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa um registro de

a) R$ 1.280,00, a crédito.
b) R$ 960,00, a crédito.
c) R$ 760,00, a crédito.
d) R$ 520,00, a débito.
e) R$ 440,00, a débito.

21- A empresa Começo de Comércio S/A, em 31 de dezembro, apresentou o seguinte rol de contas
para elaboração do balanço:

Contas saldos – R$
Adiantamento a Fornecedores 6.000,00
Aluguéis Passivos 32.000,00
Caixa 20.000,00
Capital a Realizar 15.000,00
Capital Social 204.000,00

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Custo das Mercadorias Vendidas 90.000,00
Depreciação 8.000,00
Depreciação Acumulada 12.000,00
Duplicatas Descontadas 35.000,00
Duplicatas a Receber 170.000,00
Fornecedores 180.000,00
Impostos a Recuperar 2.000,00
Juros Ativos 15.000,00
Lucros Acumulados 3.000,00
Mercadorias 160.000,00
Móveis e Utensílios 130.000,00
Provisão p/Créditos de Liq.Duvidosa 4.000,00
Provisão para Férias 9.000,00
Provisão para Imposto de Renda 6.000,00
Receita de Vendas 100.000,00
Terrenos 40.000,00
Títulos a Pagar 105.000,00

Observações:

1 - O balancete está devidamente fechado.


2 - O resultado do exercício não foi distribuído no referido período.
3 - Não devem ser acrescentadas outras implicações de natureza fiscal ou tributária.

Após apuração de resultados e elaboração das demonstrações financeiras cabíveis, podemos


constatar a existência de

a) saldos devedores de R$ 607.000,00.


b) ativo patrimonial de R$ 469.000,00.
c) passivo exigível de R$ 296.000,00.
d) prejuízos acumulados de R$ 12.000,00.
e) lucros acumulados de R$ 3.000,00.

22- Consideremos os seguintes dados para fins de análise e possível compreensão do


relacionamento entre as empresas Melga e Celga.

I - Dados contábeis da empresa Melga Comercial S/A:

Capital Social R$700.000,00


Reservas de Capital R$ 25.000,00
Reservas de Lucro R$ 35.000,00
Lucros Acumulados R$ 8.000,00

II- Dados contábeis da empresa Comercial Celga S/A:

Capital Social R$400.000,00


Reservas de Capital R$ 20.000,00
Reservas de Lucro R$ 10.000,00
Lucros Acumulados R$ 4.000,00

III- A empresa Comercial Celga S/A comprou a vista 8% das ações emitidas pela Melga Comercial
S/A, pagando o investimento com deságio de 5% sobre o valor patrimonial.

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Com base nas informações supra-alinhadas e de acordo com a legislação pertinente, pode-se dizer,
neste caso, que

a) o investimento não é relevante porque seu valor não chega a 10% do patrimônio líquido da
investida.
b) o investimento é uma coligação acionária porque seu valor é maior que 10% do patrimônio
líquido da investidora.
c) o investimento deve ser avaliado pelo método da equivalência patrimonial.
d) com esse investimento, o patrimônio da investidora aumentará em R$ 61.440,00.
e) o valor de aquisição do investimento foi R$ 58.368,00.

23- Assinale abaixo a opção que contém uma proposição verdadeira.

a) Lucro líquido do exercício é o valor creditado à conta de apuração do resultado, para encerrá-la,
por transferência do valor à conta de Lucros Acumulados.
b) Os débitos de acionistas e diretores que não decorram de operações normais da companhia,
mesmo com vencimento a curto prazo, deverão ser classificados como realizável a longo prazo.
c) Resultado é a diferença positiva entre o total das receitas e o total das despesas incorridas pela
empresa ou entidade, durante determinado período.
d) Ações em tesouraria são as ações em poder da empresa, cujo valor ainda não foi integralizado
pelos acionistas.
e) Lucro bruto é a diferença entre as receitas brutas de vendas ou serviços e o custo das mercadorias
ou serviços vendidos.

24- A empresa Orizonina Metais S/A elaborou seu balanço com os seguintes dados contábeis,
referentes ao exercício de 2005, cujos valores são aqui apresentados ao lado dos saldos anteriores:

Caixa 260
Capital Social 3.000
Custo das Mercadorias Vendidas 6.000
Depreciação 200
Depreciação Acumulada 360
Despesas Administrativas 1.300
Despesas Financeiras 500
Empréstimos Bancários 2.500
Fornecedores 700
Lucros Acumulados 200
Mercadorias 1.500
Móveis e Utensílios 4.800
Receitas de Vendas 9.000
Reservas de Lucro 500
Títulos a Pagar a Longo Prazo 400
Títulos a Receber 500
Títulos a Receber a Longo Prazo 600

Finalizada sua elaboração, as demonstrações financeiras foram submetidas ao processo de análise


contábil possibilitando de sua leitura a conclusão de que

a) a liquidez geral da empresa demonstra capacidade de pagamento de 71% das dívidas já


assumidas.
b) a liquidez corrente não alcança a cobertura de metade das dívidas de curto prazo.

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c) a rentabilidade líquida alcançada no período foi, exatamente, um terço da rentabilidade bruta.
d) o capital de giro líquido, em 31 de dezembro, é positivo em 29% das obrigações a pagar, no
exercício seguinte ao balanço.
e) o grau de imobilização do capital alcança 70% do patrimônio bruto.

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GABARITO:

19 – A
20 – C
21 – D
22 – E
23 – B
24 – C

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CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE - QUESTÕES COMENTADAS DA ESAF
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BIBLIOGRAFIA

FIPECAFI, Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações (aplicável às demais sociedades).
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Coleção Saraiva de Legislação. Lei das Sociedades Anônimas. 8a Edição. São Paulo. Editora
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em geral. 4a Edição. 4a Tiragem (2005). São Paulo. Editora Saraiva. 2002.

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VICECONTI, Paulo Eduardo Vilchez & NEVES, Silvério das. Contabilidade Avançada e Análise
das Demonstrações Financeiras. 12a Edição. São Paulo. Editora Frase. 2003.

FERREIRA, Ricardo J. Contabilidade Avançada e Intermediária. Rio de Janeiro. Editora Ferreira.

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JUND, Sergio. Auditoria: Conceitos, Normas, Técnicas e Procedimentos. 6a Edição. Rio de Janeiro.
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