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realizado pelos Altos Membros da Igreja, dentre eles o Papa, o qual atribui o Título de Santo
aos Beatos, sendo tratado somente pela Santa Fé. Sendo assim, a veneração à um indivíduo
que não tenha passado pelo processo de beatificação seria considerado heresia.
Embora longínqua, o processo ganhou maior expressividade com o Papa João Paulo II. Ao
modificar a Constituição Apostólica, as quais expressavam as Causa dos Santos pela orientação
do processo, que especificaria e possibilitaria a participação de Igrejas particulares, e Bispos da
Igreja local, os quais teriam a função de decretar um Postulador (Guia de causa judiciais
católicas),o qual deveria investigar de forma detalhada a vida do Beato.
"Para fomentar a santificação do povo de Deus, a Igreja recomenda à
veneração peculiar e filial dos fiéis a Bem-aventurada sempre Virgem Maria,
Mãe de Deus, que Jesus Cristo constituiu Mãe de todos os homens, e
promove o verdadeiro e autêntico culto dos outros Santos, com cujo
exemplo os fiéis se edificam e de cuja intercessão se valem”
Como postulado anteriormente, o Mártir poderia ser o suficiente para ergue uma
mulher como Santa, algo sofrido por agir a favor de sua crença, no entanto, ao avançar
em postos históricos, fica notável os erros cometidos pela própria Igreja Católica, que
por corrupção e ignorância, junta a interesses políticos realizou alguns mártir,
infligindo a morte, até mesma à seguidores cristãos, durante a Nova Inglaterra
puritana, os condenando por bruxaria ou heresia. Algumas destas mortes após
décadas acabam sendo reconsideradas e necessitando auxilio, recorrendo até mesmo
a indenização financeira de vítimas e familiares (o segundo caso se dá em decorrência
da perda de um familiar durante ou após julgamento injusto). Um dos casos mais
conhecidos e recentes em que a Igreja reconsidera seu erro chegando a conceder
canonização, foi a Santa Joana D’Arc, heroína francesa, que foi considerada em sua
morte como herege e bruxa.
A história de Joana D’arc se dá aos seus 13 anos, quando a jovem menina (confirma)
ouvir as vozes de São Miguel Arcanjo, Santa Catarina de Alexandria e Santa Margarida
de Antioquia, que lhe guiavam e a aconselhavam em como salvar a França dos
ingleses, pois caso não conseguisse a França sucumbiria.(Fato este, que os
historiadores corroboram com o fato de que, na época os ingleses pendiam para o
Protestantismo e que, se a França se tornasse uma de suas colônias, a Europa se
tornaria protestante). Assim, de forma resumida, aos seus 18 anos, Joana se
encontrava na linha de frente da Guerra dos 100 anos, numa tentativa de retomar a
França e coroar o legitimo rei Frances, Carlos VII. Sua promessa se seguiu por inúmeras
vitórias dificilmente explicadas, mas que a fez ser considerada por inúmeras vezes
como o símbolo da força e resistência, sempre rezando e exaltando sua fé em campo
de batalha, mesmo após sofrer de ferimentos.
“Voltando, apanhou depressa seu estandarte e colocou-se sobre a borda do
fosso. Quando a viram os ingleses tremeram e ficaram aterrorizados, e os
soldados do rei tomaram coragem e começaram a subir, atacando o
baluarte sem encontrar a menor resistência” (JOANA D’ARC A MULHER
FORTE,p.77)
Após a vitória, como a jovem tinha prometido, a França finalmente havia sido
recuperada para o rei, que após ser coroado abandonou Joana em sua própria sorte,
sem ainda a enviar para casa, lhe pedindo para que recuperasse outras terras
francesas em seu nome. No entanto, durante sua jornada, a jovem acabou sendo presa
por franceses que eram a favor da colonização inglesa. Presa e vista como ameaça,
Joana D’arc acabou sendo acusada de bruxaria e heresia, vítima de um golpe político,
para que assim sua morte não desencadeasse problemas políticos ao rei Frances,
assentido que a mesma fosse torturada numa tentativa falha de assumir sua ligação
com a feitiçaria, sendo então morta na fogueira. “Mesmo se me arrancassem os
membros e me separásseis a alma do corpo, eu nada vos diria, e se eu vos dissesse
alguma coisa, depois eu diria que vós me forçastes a fazê-lo” (PROCESSO
INQUISITÓRIO DE JOANA D’ARC;apud/Wanessa Lopes Nunes).
Assim, o Papa Calisto II, só iniciaria em 1455, um processo de revisão inquisitório do
caso e um ano depois retiraria as acusações sobre a mesma, possibilitando que Papa
São Pio X desse início ao processo de bealização, e em 1920, Joana D’Arc finalmente
fosse canonizada pelo Papa Bento XV, sendo intitulada como Santa.