GLOSSÁRIO MILANESE TRATAMENTO COMUNITÁRIO
TERMO SIGN. COMUNITÁRIO
De baixo para cima Movimento de melhoria comunitária
(processo) por ações de atores sociais
informais, que atuam isoladamente
no nível micro, local. São
interconectados por relações de
amizade e familiaridade cooperam
diante de um problema. Podendo até
se formalizarem para convencer os
atores institucionais com a
finalidade de obterem respostas
frente as necessidades comunitárias.
De cima para baixo Refere-se a atores institucionais com
(processo) ações como as políticas públicas,
CITAÇÃO
“A prática do tratamento
comunitário tem
evidenciado que esses
atores estão
interconectados entre eles
por diferentes tipos de
relações: amizade,
amigável cooperação
transitória a partir de um
problema ou de uma
necessidade comum, ou a
partir de um interesse de
qualquer tipo:
comunidade de
pensamento, ideologia,
valores etc. Em uma
palavra, essas pessoas
estão interconectadas em
redes que são ativadas
em relação as
necessidades, problemas,
interesses etc. Essas
redes preexistem aos
problemas,
necessidades..., e no
momento em que são
ativadas dão vida aos
processos de baixo para
cima.” (p.36, 2018
“Procedem do mundo
instituído, formalizado.
 programas sociais.
Relação de cima pra
baixo e baixo pra cima
DEVER DEMOCRÁTICO
Entende-se, por exemplo,
que a aplicação nos
territórios de políticas
nacionais é um processo
de cima pra baixo, o
mesmo se diz no caso da
implementação de
políticas locais definidas
por instituições,
organizações, sociedade
civil organizada. “De
cima” pode significar
também setor público
(Estado, regiões,
instituições, locais,
empresas de diferentes
setores produtivos,
culturais, educacionais,
de saúde, de organização
de território)” (pp.36-37,
2018)
IMPORTANTE: “Entende-se, também,
que as pessoas que têm
papéis instituídos podem
participar em processos
de baixo para cima
quando o fazem
privadamente, sem ter
um mandato por parte
das entidades de
pertença, sem representar
ninguém. [...] esses dois
processos são
complementares, embora
às vezes a realidade

Desenvolvimento Aplica-se a área econômica, mas,
Territorial pode ser aplicado a qualquer área
passível de desenvolvimento. Ex:
Cultura, educação.
demonstre que são
assimétricos e raramente
em equilíbrio. Manter
esses dois tipos de
processos em situação de
equilíbrio (quer dizer,
governar suas
necessidades de simetria
e complementariedade) é
uma das tarefas
principais de uma
democracia.” (p.37,
2018)
“Então, entende-se por
desenvolvimento
econômico territorial
(DET), a capacidade de
uma sociedade local para
a formulação de
propósitos coletivos de
progresso material,
equidade, justiça e
sustentabilidade, e
mobilizar recursos
endógenos locais
necessários para sua
obtenção. Também se
define como um processo
de crescimento e
mudança estrutural que
mediante a utilização do
potencial de
desenvolvimento
presente no território,
conduz à melhoria do
 bem-estar da população
de uma localidade ou
uma região. Quando a
comunidade local é capaz
de liderar o processo de
mudança estrutural, a
forma de
desenvolvimento pode
ser chamada de
desenvolvimento local
endógeno (Caicedo
Cuervo, 2008, p.18 apud
Milanese, 2018, p.38)

“existe uma diferença

significativa entre a
“capacidade de uma
sociedade para formular
propósitos coletivos etc.”
e a “capacidade de uma
sociedade formular
coletivamente propósitos
comuns.” (2018, p.38)
Ação social “Em termos gerais, uma
ação é social quando se
pensa, sente e atua no
âmbito de modelos que
são coletivos, quer dizer,
compartilhados por
membros de um grupo,
uma rede, uma
comunidade ou uma
sociedade inteira
(Rocher, 1968 apud
Milanese, 2018, p. 41-42)

“Outra abordagem, mais

precisa: uma ação é
social quando os modos
de pensar, sentir, agir
estão estruturados
socialmente.” (2018,
p.42)

Perspectiva de Max
Weber – ação social a
partir das intereações
de um indivíduo,
definição subjetiva.

“A ideia principal é que

uma ação é social quando
tem em conta os outros,
com três condições: leva
em conta o
comportamento dos
outros e sua presença e
existência; dependência
(estática) entre os
indivíduos; - tem um
valor significante e
simbólico para os
demais: existe um
mecanismo de
interpretação simbólica
da ação dos outros, e um
processo de elaboração
de uma resposta efetiva; -
modifica-se em função da
ação dos outros e de si
 mesma: o
comportamento do
agente (sua dinâmica, sua
estratégia
comportamental)
depende do estado dos
demais e de si mesmo.
(Torrazza, 2015 apud
Milanese, 2018, p. 42)

Do conceito de Weber
deriva o conceito de
RELAÇÃO SOCIAL
que pode ser entendida
como: “conduta plural
que se apresenta como
reciprocamente referida,
orientando-se por esta
reciprocidade. A relação
social consiste, plena e
exclusivamente, na
“probabilidade” de que
esta atuará socialmente
de uma forma
reconhecível.” (Weber,
1964, pp.15-21)
Ator/agente social Diferença “Se considerarmos, por
exemplo, o conceito de
espaço ou campo social
de Bourdieu, o agente se
coloca no interior deste
espaço e atua
“obedecendo” às suas
dinâmicas. O ator
também está localizado

Autopoiese Um dos pilares da teoria da
complexidade
Aborda a capacidade de um sistema
produzir ou destruir elementos do
mesmo sistema em resposta a
perturbações externas.
No contexto da ação social:
Maturana e Varela.
Enfoca na descrição de sistemas,
observam as interações e as
características identitárias e
desenvolve uma abordagem de
processo em que se dá as
adaptações.
no interior deste campo,
mas não somente: de
certa forma o reinterpreta
e o transgride.” (2018, p.
51)
“No contexto das
características da ação
social e do tratamento
comunitário são
sublinhadas duas
características da
autopoiese (descritas por
Maturana e Varela):
primeira, a teoria da
autopoiese enfoca na
descrição dos sistemas
viventes não tanto sobre
as propriedades físicas,
químicas e sobre as
propriedades individuais
que os caracterizam, mas
sobre as unidades que
eles realizam. Em
particular, estas
descrições se focam nas
relações funcionais
invariantes que mostram
dentro dessas unidades,
ou seja, no papel e na
forma que suas interações
assumem enquanto
caracterizam a identidade
de um sistema. Exemplo:
se considerar uma rede
subjetiva ou uma rede
 subjetiva comunitária, a
teoria da autopoiese
sugere não concentrar
tanto nas propriedades
(atributos) dos nós, mas
em suas características
estruturais (centralidade,
densidade, equivalência
estrutural, intermediação)
e na unidade (ou seja, a
rede como um todo, ou
cliques, ou seus
componentes fracos e
fortes etc.) que mesmo
que não sejam
invariantes, quando
variam produzem
informações
significativas para a
ação.” (2018, p. 53)
Campo Traz autores que conversam bem
com a teoria de redes: Lewin – Bion
- Foulkes
Campo – espaço social Espaço relacional

Sugere o programa NETLOGO para

compor uma representação gráfica
em 4 dimensões das dinâmicas
relacionais.

Correlaciona o conceito de campo

social de Bourdieu com a teoria de
redes.

Capital Social É aquilo que é eficiente em

 determinado campo que gera poder,
influência e que tem potencial
transformador.

Pode ser: Cultural, social,

econômico e simbólico)

O texto traz correlações importantes

entre os teóricos de redes e demais
autores como Bourdieu e Putnam.

P. 75-81
Centralidade Conceito da teoria de redes “A centralidade é uma
propriedade de um nó em
uma rede, é sua
contribuição para a
estrutura da rede à qual
pertence.” (20018, p. 86)
Complexidade