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EIXO TEMÁTICO:
Mundo Moderno, colonizações e relações étnico-culturais.
TEMA/TÓPICO:
Colonização Portuguesa e Resistência/Palmares e Revolta dos Malês.
HABILIDADE(S):
Identificar e analisar diferentes formas e relações de trabalho escravo na América Portuguesa.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Formação de quilombos no Brasil; resistências à escravidão.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Sociologia.
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Palmares foi uma área enorme formada por vários núcleos habitacionais (mocambos) onde também
viveram indígenas e brancos pobres. Seus habitantes viviam da caça, da pesca, da coleta de frutas e da
agricultura (feijão, milho, mandioca, banana, laranja e cana-de-açúcar). Além disso, faziam cerâmicas e
cestos e praticavam a metalurgia. Tinham intensa atividade comercial com alguns brancos pobres que
viviam fora da área do quilombo, com os quais trocavam parte do que produziam por armas e munição.
Desde que a localização de seus núcleos foi descoberta pelos senhores de engenho e pelas autoridades
portuguesas, foram organizadas e enviadas para Palmares várias expedições com o objetivo de destruir
o quilombo, capturar seus habitantes e escravizá-los novamente. Inclusive os holandeses, enquanto
permaneceram em Pernambuco, fizeram o mesmo. Na luta contra uma dessas expedições, a de 1675,
destacou-se Zumbi, um sobrinho de Ganga Zumba, rei de Palmares. Três anos depois Zumbi se tornaria
rei de Palmares e o líder da resistência aos muitos ataques que o quilombo sofreu, após seu tio aceitar
um Acordo de Paz proposto pelo governador da Capitania de Pernambuco que dividiu os habitantes dos
mocambos: alguns foram embora com Ganga Zumba para o Vale do Cacaú, onde perceberam que foram
enganados – as terras eram de péssima qualidade e a vigilância constante; os que ficaram na Serra da
Barriga permaneceram em guerras constantes sob a liderança militar de Zumbi.
Como era muito complicado derrotar Palmares, em 1687 os senhores de engenho e o governador da
Capitania de Pernambuco se uniram para contratar um bandeirante paulista, Domingos Jorge Velho, e
os homens de seu grupo, para destruir os núcleos do quilombo. A guerra começou em 1692 com a vitó-
ria inicial dos quilombolas. Em 1694, com um reforço de 6 mil homens para ajudarem os bandeirantes,
inclusive com o uso de canhões, as batalhas duraram um mês. Ao final desse período, os quilombolas
foram derrotados. Zumbi consegue fugir e se refugia nas matas. No ano seguinte, seu esconderijo foi
delatado. Em 20 de Novembro de 1695, Zumbi cai numa emboscada e é morto.
Os poucos quilombolas que conseguiram sobreviver aos ataques e fugir resistiram até 1710, quando o
quilombo é totalmente desfeito.
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PARA SABER MAIS:
Sobre Zumbi e Quilombo de Palmares. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Yj_UyRKB-
5Ng>. Acesso em: 19 abr. 2021.
Sobre Dandara dos Palmares. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=XKWfzxga49I>.
Acesso em: 19 abr. 2021. e Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=EOnUvmRnMw8>.
Acesso em: 19 abr. 2021.
Sobre as guerras de Palmares. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=6qS5tgAZotw>.
Acesso em: 19 abr. 2021.
Sobre a Revolta dos Malês: Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=RVRrIrvTNs4>. Aces-
so em: 19 abr. 2021.
Comunidades quilombolas no Pará atual: Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=-
wXexAYIPGa0>. Acesso em: 19 abr. 2021.
Visita Virtual ao Parque Memorial Quilombo dos Palmares: Disponível em: <serradabarriga.palmares.
gov.br>. Acesso em: 19 abr. 2021.
ATIVIDADES
1 – (CESGRANRIO) No Brasil, o quilombo foi uma das formas de resistência da população escrava. Sobre
os quilombos no Brasil, é correto afirmar que o (a):
2 – A forma mais elaborada de resistência à escravidão se deu por meio dos quilombos. No Brasil,
considera-se o mais importante o de Palmares, que
a) foi formado exclusivamente por escravos nascidos na África e esteve em pleno funcionamento
apenas durante a presença dos holandeses no nordeste brasileiro.
b) se formou no final do século XVI, chegou a ter por volta de 20 mil moradores e foi destruído no
final do século XVII, pela ação de bandeirantes.
c) se especializou, durante todo o século XVI, na exploração de metais preciosos, abundantes
nas margens dos rios do interior de Pernambuco.
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d) foi constituído no fim do século XVIII e contou com a importante contribuição de setores da
Igreja Católica, que eram contrários ao escravismo.
e) contou com o decisivo apoio de importantes senhores de engenho de Pernambuco e da Bahia,
com o intuito de sabotar a presença holandesa nessas capitanias.
3 – (FUVEST) Em 1694, uma expedição chefiada pelo bandeirante Domingos Jorge Velho foi encarregada
pelo governo metropolitano de destruir o quilombo de Palmares. Isto se deu porque:
4 – (VUNESP) Na noite do dia 24 para 25 de janeiro de 1835, um grupo de africanos escravos e libertos
ocupou as ruas de Salvador, Bahia, e durante mais de três horas enfrentou soldados e civis armados.
Os organizadores do levante eram malês, termo pelo qual eram conhecidos na Bahia da época os
africanos muçulmanos. Embora durasse pouco tempo, apenas algumas horas, foi o levante de escravos
urbanos mais sério ocorrido nas Américas e teve efeitos duradouros para o conjunto do Brasil escravista.
REIS, João José. Rebelião Escrava no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2003
a) a longa duração do tráfico negreiro, pois, diante do crescente conflito social, os defensores do
escravismo reconheceram que era necessário trazer mais escravos para o Brasil.
b) a abolição da escravidão poucos anos depois, pois os grandes proprietários sentiram-se ame-
açados e inseguros e perceberam a necessidade de adotar o trabalho livre.
c) a intensificação das tensões no interior da elite de grandes proprietários no contexto da Re-
gência, incomodados com as diversas revoltas que explodiram à época.
d) o aprofundamento da crise que levou à renúncia de Dom Pedro I, considerado um monarca
politicamente inábil e incapaz de manter a imensa população de escravos sob controle.
e) a crise política que levou ao Golpe da República e ao início da Primeira República, devido ao
descontentamento dos grandes proprietários com a gestão liberal do período regencial.
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5 – (CESGRANRIO 2010) “Os grupos de escravos egressos da Costa da Mina, sob diferentes identidades
(Nagô, Hauçá, Jeje, Tapa), promoveram o maior ciclo de revoltas escravas africanas de que se tem
notícia na história do Brasil. O caráter de resistência sistêmica à escravidão só teve equivalente, antes,
na Guerra dos Palmares e, depois, no movimento abolicionista da década de 1880. Com efeito, entre
1807 e 1835, a Bahia viveu um período de rebeliões contínuas dos escravos africanos, cujo ápice foi a
Revolta dos Malês.”
REIS, João José. Rebelião Escrava no Brasil, a História do Levante dos Malês em 1835. São Paulo: Companhia das Letras.
Completando 175 anos em 2010, a Revolta dos Malês, na Bahia, embora não tenha conseguido modificar
a ordem escravista brasileira, teve um aspecto bastante representativo, uma vez que
a) foi o levante de escravos urbanos, na sua grande maioria de religião muçulmana, mais sério
ocorrido no Brasil.
b) foi um levante de escravos com objetivos claros e definidos, o que justifica a sua longa duração.
c) foi, por meio dessa Revolta, que, pela primeira vez, um grupo de escravos ocupou, ainda que
por curto período, o poder em Salvador.
d) precipitou a assinatura da Lei Eusébio de Queirós, que extinguiu o tráfico negreiro.
e) acelerou a introdução de imigrantes para substituir a mão de obra escrava negra.
6 – Sobre a Revolta dos Malês, ocorrida na Bahia, em 1835, é correto afirmar que:
a) Foi uma importante revolta organizada pelos alfaiates de Salvador, contra os desmandos e a
repressão do governo regencial.
b) Tratou-se de um levante, concebido pelos indígenas, os chamados malês, visando libertarem-se
da opressão dos brancos.
c) Foi uma importante revolta organizada pelos africanos de religião muçulmana, os chamados
malês, que visavam à libertação dos escravos.
d) Tratou-se de uma revolta da pequena burguesia local contra o governo regencial, visando à
independência de Salvador, à semelhança de Canudos.
e) Foi um significativo levante concebido pelos crioulos, que ocupavam postos na guarda nacio-
nal, visando à independência do recôncavo baiano.
Caro(a) estudante do 1º Ano do Ensino Médio, foi ótimo escrever esse PET para você! Aguardo sua
companhia no próximo!
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