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DIREITO PREVIDENCIARIO – 2011

Prof. Flávia Cristina

28/1/2011

AULA 1
1 –Legislação

a) CF – art. 194 a 204

b) Lei 8213/91 – lei de Benefícios

c) Lei 8.212/91 – Lei de Custeio


d) Decreto 3048/99 – Regulamenta as leis “b”e “c”

e) Lei 8742/93 – Lei Orgânica da Assistência Social LOAS

f) Lei 10.666/03
g) Lei 10.259/01 - Juizado Especial Federal JEF

2 – Bibliografia

a) Manual de Direito Previdenciário – João Batista Lazari e


Carlos Alberto de Castro – Ed. Conceito Editorial

b) Sinopse da Saraiva – Marisa Santos

c) Curso de D. Previdenciário – Frederico Amado – Ed. Jus


Podivm

d) Curso Prático de D.Previdenciário – Ivan Kertzman – Ed.


Jus Podivm

3 – Seguridade Social
Gênero do qual se tem como espécie:

A – Saúde

B- Previdência Social

C- Assistência Social

Artigo 194 CF/88:

“Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa


dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à
previdência e à assistência social.

Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade
social, com base nos seguintes objetivos:

I - universalidade da cobertura e do atendimento;

II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;

III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;

IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;

V - eqüidade na forma de participação no custeio;

VI - diversidade da base de financiamento;

VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão


quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do
Governo nos órgãos colegiados.

OBS: o Cespe costuma chamar Direito Previdenciário de Direito da Seguridade Social, que
na prática são usados como sinônimos, embora sejam diferentes.

Seguridade Social está prevista nos artigos 194 e 195 da CF:

Art. 194 – conceito, princípios e organização

Art. 195 – custeio

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e
indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - do
empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:

a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer


título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;

c) o lucro;

II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo


contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social
de que trata o art. 201;

III - sobre a receita de concursos de prognósticos.

IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.

§ 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à


seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da
União.

§ 2º - A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada


pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista
as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada
área a gestão de seus recursos.

§ 3º - A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido


em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos
fiscais ou creditícios.

§ 4º - A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão


da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.

§ 5º - Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou


estendido sem a correspondente fonte de custeio total.

§ 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após
decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado,
não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b".

§ 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de


assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.

§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem


como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar,
sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de
uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos
termos da lei.

§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter


alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização
intensiva de mão-deobra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de
trabalho. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e
ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos
Estados para os Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos.

§ 11. É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais de que tratam
os incisos I, a, e II deste artigo, para débitos em montante superior ao fixado em lei
complementar
§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições
incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

§ 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de substituição gradual, total ou


parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I, a, pela incidente sobre a receita ou o
faturamento. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

Art. 196 a 200 – Saúde

Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais
e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder
Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo
sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou
jurídica de direito privado.

Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e
hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes
diretrizes:

I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;

II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos
serviços assistenciais;

III - participação da comunidade.

§ 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do
orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
além de outras fontes. (Parágrafo único renumerado para § 1º pela Emenda Constitucional nº
29, de 2000)

§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em


ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais
calculados sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)

I - no caso da União, na forma definida nos termos da lei complementar prevista no § 3º;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)

II - no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a


que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e
inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)

III - no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a
que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e §
3º.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)

§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá:
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)

I - os percentuais de que trata o § 2º; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
II - os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos
Municípios, objetivando a progressiva redução das disparidades regionais; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 29, de 2000)

III - as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas
federal, estadual, distrital e municipal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)

IV - as normas de cálculo do montante a ser aplicado pela União.(Incluído pela Emenda


Constitucional nº 29, de 2000)

§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários


de saúde e agentes de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo
com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua
atuação. .(Incluído pela Emenda Constitucional nº 51, de 2006)

§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as
diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário
de saúde e agente de combate às endemias, competindo à União, nos termos da lei, prestar
assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o
cumprimento do referido piso salarial. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 63, de
2010) Regulamento

§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º do art. 169 da Constituição


Federal, o servidor que exerça funções equivalentes às de agente comunitário de saúde ou de
agente de combate às endemias poderá perder o cargo em caso de descumprimento dos
requisitos específicos, fixados em lei, para o seu exercício. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 51, de 2006)

Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.

§ 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único


de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo
preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.

§ 2º - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às


instituições privadas com fins lucrativos.

§ 3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na


assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.

§ 4º - A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos,


tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a
coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de
comercialização.

Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da
lei:

I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e


participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e
outros insumos;

II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do


trabalhador;
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;

IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;

V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;

VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem


como bebidas e águas para consumo humano;

VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de


substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;

VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

Art. 201 e 202 – Previdência Social

Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter
contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro
e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20,
de 1998)

I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; (Redação dada pela Emenda


Constitucional nº 20, de 1998)

III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; (Redação dada pela


Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;


(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e


dependentes, observado o disposto no § 2º

§ 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de


aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de
atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física
e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei
complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho


do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998)

§ 3º Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de benefício serão


devidamente atualizados, na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20,
de 1998)

§ 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter


permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998)

§ 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado


facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
§ 6º A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos
proventos do mês de dezembro de cada ano. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
20, de 1998)

§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei,


obedecidas as seguintes condições: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de
1998)

I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher;


(Incluído dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher,


reduzido em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que
exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o
garimpeiro e o pescador artesanal. (Incluído dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

§ 8º Os requisitos a que se refere o inciso I do parágrafo anterior serão reduzidos em cinco


anos, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções
de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

§ 9º Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de


contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que
os diversos regimes de previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios
estabelecidos em lei. (Incluído dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

§ 10. Lei disciplinará a cobertura do risco de acidente do trabalho, a ser atendida


concorrentemente pelo regime geral de previdência social e pelo setor privado. (Incluído dada
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

§ 11. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário


para efeito de contribuição previdenciária e conseqüente repercussão em benefícios, nos casos
e na forma da lei

§ 12. Lei disporá sobre sistema especial de inclusão previdenciária para atender a
trabalhadores de baixa renda e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao
trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa
renda, garantindo-lhes acesso a benefícios de valor igual a um salário-mínimo. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

§ 13. O sistema especial de inclusão previdenciária de que trata o § 12 deste artigo terá
alíquotas e carências inferiores às vigentes para os demais segurados do regime geral de
previdência social. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma


autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na
constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

§ 1° A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao participante de planos de


benefícios de entidades de previdência privada o pleno acesso às informações relativas à
gestão de seus respectivos planos. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de
1998)

§ 2° As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas


nos estatutos, regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada não
integram o contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios
concedidos, não integram a remuneração dos participantes, nos termos da lei. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

§ 3º É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela União, Estados,


Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de
economia mista e outras entidades públicas, salvo na qualidade de patrocinador, situação na
qual, em hipótese alguma, sua contribuição normal poderá exceder a do segurado. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

§ 4º Lei complementar disciplinará a relação entre a União, Estados, Distrito Federal ou


Municípios, inclusive suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas
controladas direta ou indiretamente, enquanto patrocinadoras de entidades fechadas de
previdência privada, e suas respectivas entidades fechadas de previdência privada. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

§ 5º A lei complementar de que trata o parágrafo anterior aplicar-se-á, no que couber, às


empresas privadas permissionárias ou concessionárias de prestação de serviços públicos,
quando patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998)

§ 6º A lei complementar a que se refere o § 4° deste artigo estabelecerá os requisitos para


a designação dos membros das diretorias das entidades fechadas de previdência privada e
disciplinará a inserção dos participantes nos colegiados e instâncias de decisão em que seus
interesses sejam objeto de discussão e deliberação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
20, de 1998)

Art. 203 e 204 – Assistência Social

Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de
contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:

I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;

II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;

III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;

IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua


integração à vida comunitária;

V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência


e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la
provida por sua família, conforme dispuser a lei.

Art. 204. As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com
recursos do orçamento da seguridade social, previstos no art. 195, além de outras fontes, e
organizadas com base nas seguintes diretrizes:

I - descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à


esfera federal e a coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e
municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social;

II - participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação


das políticas e no controle das ações em todos os níveis.
Parágrafo único. É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a programa de
apoio à inclusão e promoção social até cinco décimos por cento de sua receita tributária
líquida, vedada a aplicação desses recursos no pagamento de: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

I - despesas com pessoal e encargos sociais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42,
de 19.12.2003)

II - serviço da dívida; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou
ações apoiados. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

3.1 Previdência x Assistência X Saúde

A Previdência é sistema contributivo; para participar é preciso pagar. O que


importa é o tempo de contribuição.

Saúde e Assistência, para que possam ser usufruídas não é preciso pagar.É para
todos. A Saúde não precisa mostrar necessidade, pode ser usada até por quem tem
plano de saúde ( vide artigo 196 CF acima)

Já na Assistência Social (art.203), é preciso demonstrar a necessidade. Para


receber o LOAS, a pessoa precisa comprovar miserabilidade, ou deficiência. Mas Tb
não precisa pagar nada. Além do LOAS, tem o Bolsa- Família, auxílio- gás, Prouni, etc.

4 – Princípios da Seguridade Social

Norteiam a Saúde, Assistência e Previdência.De acordo com o § único, art. 194 CF,
compete ao Poder Público,nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base
nos seguintes objetivos:

PRICÍPIOS EXPLÍCITOS:

I - universalidade da cobertura e do atendimento;


Se decompõe em dois princípios:

a- Universalidade de cobertura: ou universalidade objetiva. Em razão desse


princípio, tem-se uma instrução do constituinte segundo a qual, quando o
assunto é SS tem que cobrir todos os riscos sociais, que são eventos
imprevisíveis, ou previsível mas de conseqüências imprevisíveis, que
atrapalham o trabalhador. Ex: morte, doença, idade. A idéia é: riscos sociais
=>necessidades sociais. Na prática não dá pra cobrir todos os riscos, como por
exemplo, auxílio-spa hahahahah!

b- Universalidade do atendimento – universalidade subjetiva. A idéia é atender a


todos.

II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às


populações urbanas e rurais;
Uniformidade: os mesmos benefícios para o trabalhador urbano e rural.

Equivalência: a mesma maneira de cálculo para rurais e urbanos. Ate a CF88 eram
muito prejudicados, por isso o constituinte quis garantir que isso não aconteceria mais.

Pegadinha: na prova, a banca troca uniformidade por univrsalidade.

III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios


e serviços;
Como não se tem dinheiro para cobrir todos os riscos, se seleciona os riscos mais
relevantes.

Distributividade: Atender todo mundo, mas Tb não dá, então se distribui para os mais
necessitados

Universalidade: é o objetivo, a seletividade e a distributividade são o pé no chão, é a


escolha que tem o constituinte. Advogado( universalidade) x Procurador
( seletividade).

Seria a aplicação da Reserva do Possível ao Direito Previdenciário.

IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;


Este valor não pode ser reduzido, é o valor nominal.

Valor real é o poder aquisitivo.

Valor nominal: não se pode reduzir o valor de face, o número, se ganha 1000, não
pode reduzir para 900.

Alguns autores dizem que é real, outros é nominal. Decisões do STF falam do valor
nominal. RE 263252/PR 2000.

V - eqüidade na forma de participação no custeio ;


Quem ganha mais, paga mais, quem ganha menos , paga menos.

Em direito Tributário, é chamado de princípio da capacidade contributiva, aplicado ao


direito previdenciário.
VI - diversidade da base de financiamento;
O financiamento da SS vai ocorrer com recursos vindos de diversas fontes – ver art.
195.

O imposto único violaria este princípio.

A base diversificada é mais segura; se o dinheiro não vem de um lado, vem de outro.

VII - caráter democrático e descentralizado da administração,


mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos
empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados.

A Administração da SS é democrática e descentralizada ( não fica tudo com a União).


4 grupos de pessoas participarão da administração dessa gestão:trabalhadores,
empregadores, aposentados e governo.( quadripartitie)

VIII –Princípio da pré-existência da fonte de custeio – art.


195,§5º CF88
Não é possível gastar antes de ganhar. Se criar novo benefício, tem que informar,
antes, qual fonte de custeio. Se quiser aumentar o valor do benefício, Tb necessita de
fonte de custeio. Se quiser estender o saláro-família, idem.É Tb chamado de REGRA
DE CONTRAPARTIDA

§ 5º - Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou


estendido sem a correspondente fonte de custeio total.

PRINCIPIO IMPLÍCITO:

I – Princípio da solidariedade ou solidarismo


Determina que o financiamento da SS será feito de forma solidária, ou seja, todo
mundo vai ajudar a suportar a SS.

Nem tudo que se paga,se recebe de volta, logo não existe a relação direta entre o
que se paga e o que se recebe. Se uma pessoa contribui por um mês e outra há 5
anos, se atropeladas, as duas receberão aposentadoria por invalidez.

Ex: 5 anos de previdência, 7 anos sem trabalho e ai A morre. A família de A não


ganha pensão por morte pq não cumpriu os requisitos necessários para receber tal
benefício.

Sistema de repartição simples – todos contribuem para aqueles que têm direito
possam receber, após cumprirem os requisitos previstos em lei.
É diferente do Sistema de Capitalização, onde se paga e se sabe quando e quanto
vai receber ( capitalização privada). O nosso sistema é o simples.

Artigo 40 CF88 – se refere ao caráter solidário. Não é o regime do INSS.

Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de
previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente
público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

5 – PREVIDÊNCIA SOCIAL

Aposentados e pensionistas contribuem? Depende do regime:

Artigo 195 II CF88 – NÃO PAGAM

Artigo 40 caput CF88 – PAGAM

5.1 – Regimes Previdenciários Brasileiros

a- Regimes Principais
A participação é obrigatória, compulsória, para aqueles que exercem atividade
remunerada.

A1 – Regimes principais no Setor Público:

Civil : União, estados, DF e municípios: é o RPPS – regime próprio de Previdência


Social, norteado pelo artigo 40CF. Estudado em Administrativo. Contribui.

Militar

A2 – Regimes principais no Setor Privado:

É regime geral de Previdência Social RGPS, que é o do INSS ( estudado em


Previdenciário – Lei 8.213, 8212 e Dec. 8048. Não contribui.

OBS: o servidor que não tem regime próprio, vai no regime geral, mesmo que seja
servidor público.

INSS – Instituto de Seguro Social, sinônimo de previdência social. Não pode ser
sinônimo de Seguridade porque esta é sinônimo de saúde, previdência e assistência.
b – Regimes Complementares

A participação é facultativa, participa se quiser.São de 2 tipos:

B1 – Oficial – União, Estados, DF e municípios ( ainda não tem)

B2 – Privado:

B2.1 – Aberto: não tem nada de solidariedade,qualquer um pode participar. Pago.

B2.2 – Fechado: aquele que, embora privado, mas fechado para trabalhadores de
determinadas empresas ou categorias. Ex:Petros

Os princípios da paridade e da integralidade acabaram com a EC/41.

Pode participar do regime próprio e do geral: procuradora e professora: aposenta


nos dois.

5.2 – REGIME GERAL: BENEFÍCIOS E SERVIÇOS

5.2.1 Prestações previdenciárias

São gênero do qual são espécies:

A – Serviços:
Estão à disposição de segurados e dependentes ( beneficiários). São 2 os
serviços:

1 – Serviço Social – art. 88, da Lei 8213/91

Serviço social é um serviço da Previdência.

Art. 88. Compete ao Serviço Social esclarecer junto aos beneficiários seus direitos
sociais e os meios de exercê-los e estabelecer conjuntamente com eles o processo de
solução dos problemas que emergirem da sua relação com a Previdência Social, tanto
no âmbito interno da instituição como na dinâmica da sociedade.

§ 1º Será dada prioridade aos segurados em benefício por incapacidade


temporária e atenção especial aos aposentados e pensionistas.

§ 2º Para assegurar o efetivo atendimento dos usuários serão utilizadas


intervenção técnica, assistência de natureza jurídica, ajuda material, recursos sociais,
intercâmbio com empresas e pesquisa social, inclusive mediante celebração de
convênios, acordos ou contratos.

§ 3º O Serviço Social terá como diretriz a participação do beneficiário na


implementação e no fortalecimento da política previdenciária, em articulação com as
associações e entidades de classe.

§ 4º O Serviço Social, considerando a universalização da Previdência Social,


prestará assessoramento técnico aos Estados e Municípios na elaboração e
implantação de suas propostas de trabalho.

2- Habilitação e Reabilitação – art. 89, da Lei 8.213/91

A previdência fornece próteses, para que o segurado volte ao trabalho. É


reabilitação profissional, NÃO É recolocação profissional. O INSS não tem obrigação
de achar emprego pra ninguém, embora mantenha convênios com empresas.

B – Benefícios –
I – Para dependentes: são 2 os benefícios:

- pensão por morte

- auxílio- reclusão

OBS: Quais as PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS do dependente? Serviços e


benefícios.

II – Para os segurados:

a- Aposentadoria por tempo de contribuição: se H, 35 anos; se M, 30 anos.


NÃO TEM IDADE MÍNIMA NO REGIME GERAL. Se forem professores do
ensino fundamental e médio: se H, 30 anos; se M, 25 anos. PROFESSOR
UNIVERSITÁRIO NÃO TEM.
b- Aposentadoria especial: aposenta com 15, 20 ou 25 anos. Precisa trabalhar
em condições prejudiciais à saúde ou integridade física. Ex: minerador
subterrâneo, trabalha com amianto, etc. Não varia o nº de anos em função do
sexo. É 15, 20,25 para homens e mulheres.

c- Aposentadoria por idade: se H, 65 anos, mas se for rural, é com 60 anos; se


mulher, no mínimo 60 anos, mas se for rural, é com 55 anos.

OBS: a redução por idade é só para o rural, não é para o professor. Se o


professor se aposentar por idade, será com 65 anos.

d- Aposentadoria por invalidez: precisa ficar incapaz total ou parcialmente. A


pessoa pode estar doente,mas não quer dizer que está incapaz. Para o INSS a
expressão TOTAL significa não poder fazer mais nada, nenhuma atividade. O
judiciário entende que é quando nãose pode mais fazer o que se fazia antes. E
PERMANENTE significa que é permanente mas não é vitalícia, por isso o INSS
faz perícias periódicas.
e- Auxílio-doença: precisa estar incapaz, não doente. Temporariamente, e esta
incapacidade pode vir de doença ou acidente.

f- Auxílio- acidente: precisa sofrer acidente, qualquer acidente, de qualquer


natureza. Este acidente deixou seqüelas e essas seqüelas levaram a uma
redução da capacidade. As letras d, e, f são chamadas INCAPACITANTES.

g- Salário- família : é benefício do segurado, e não do dependente; recebe por


ter dependente, mas o segurado é o titular;

h- Salário – maternidade : filho natural ou adotivo;

OBS: Auxílio- funeral não existe no Regime Geral. E a posição majoritária, em


relação ao seguro desemprego é de que não é um benefício previdenciário.

5.3. Beneficiários( Regime Geral)

I. Conceito: são pessoas físicas que recebem ou podem vir a receber benefícios.

II. Classificação: espécie do gênero beneficiários:

SEGURADOS DEPENDENTES
Não pagam contribuições. A relação com
Pagam contribuições. Nem todo a Previdência ( pensão por morte e
contribuinte é segurado. Tem empresa auxílio-reclusão) é entre ele e a
que paga e não é segurada. Quando se previdência.
joga na loteria está contribuindo mas
não se é segurado

Idade mínima: 16 anos ou , aos 14 São divididos em classes: 1ª classe, 2ª


anos, como aprendiz. classe, 3ª classe

São divididos em dois grupos:

OBRIGATÓRIOS FACULTATIVOS

Exercem atividade remunerada. Não exercem atividade


Filiação obrigatória; pagam
compulsoriamente, mesmo que não
remunerada. Paga para
tenha carteira assinada. Quem não receber benefícios.
paga, não está amparado pela
Previdência. Além disso, a Previdência
pode fazer execução fiscal, que só não
ocorre por falta de pessoal para
fiscalizar.

SEGURADO:

5.3.1 Segurado obrigatório


Dividido em:

a) empregado
b) empregado doméstico

c) contribuinte individual

d) trabalhador avulso

e) segurado especial

OBS: Todos exercem atividade remunerada. Esta é a única


característica em comum.

Estão previstos na Lei 8213 – art. 11/ Lei 8212 – art.12 e no Dec. 3048/94 – art 9º.

A. Empregado

Na Lei 8213 – art. 11:

Não é o empregado do direito do trabalho. O empregado do direito previdenciário é


mais amplo.

Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas:
(Redação dada pela Lei nº 8.647, de 1993)

I - como empregado: (Redação dada pela Lei nº 8.647, de 1993)

a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não
eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado( é
o empregado do direito do trabalho);

b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em legislação


específica, presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal
regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços de outras empresas;

c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como


empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior;

d) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de


carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e
repartições, excluídos o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro
amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou
repartição consular;

e) o brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais


brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e
contratado, salvo se segurado na forma da legislação vigente do país do domicílio;

f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como


empregado em empresa domiciliada no exterior, cuja maioria do capital votante pertença a
empresa brasileira de capital nacional;

g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União,
Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais. (Incluída pela Lei nº
8.647, de 1993) ( ad nutum – art 40,§13 – ratifica a alínea G)

h) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não


vinculado a regime próprio de previdência social ; (Incluída pela Lei nº 9.506, de 1997)( este
aqui não vale, o que vale é a alínea J. É o mesmo texto, só que incluídos em anos
diferentes. O artido 12 da Lei 8112 não vale mais)

i) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no


Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; (Incluída pela Lei nº
9.876, de 26.11.99)

j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado
a regime próprio de previdência social; (Incluído pela Lei nº 10.887, de 2004)

No artigo 9º I, Decreto 3048:

Art. 9º São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas:

I - como empregado:

a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural a empresa, em caráter não
eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado;

b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, por prazo não superior a
três meses, prorrogável, presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição
de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviço de outras empresas,
na forma da legislação própria;

c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como


empregado no exterior, em sucursal ou agência de empresa constituída sob as leis brasileiras e
que tenha sede e administração no País;

d) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como


empregado em empresa domiciliada no exterior com maioria do capital votante pertencente a
empresa constituída sob as leis brasileiras, que tenha sede e administração no País e cujo
controle efetivo esteja em caráter permanente sob a titularidade direta ou indireta de pessoas
físicas domiciliadas e residentes no País ou de entidade de direito público interno;

e) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de


carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e
repartições, excluídos o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro
amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou
repartição consular;
f) o brasileiro civil que trabalha para a União no exterior, em organismos oficiais
internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado,
salvo se amparado por regime próprio de previdência social;

g) o brasileiro civil que presta serviços à União no exterior, em repartições governamentais


brasileiras, lá domiciliado e contratado, inclusive o auxiliar local de que tratam os arts. 56 e 57
da Lei no 11.440, de 29 de dezembro de 2006, este desde que, em razão de proibição legal,
não possa filiar-se ao sistema previdenciário local; (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de
2008).

h) o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa, em desacordo com a Lei n o


11.788, de 25 de setembro de 2008; (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008).

i) o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias e


fundações, ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração;

j) o servidor do Estado, Distrito Federal ou Município, bem como o das respectivas


autarquias e fundações, ocupante de cargo efetivo, desde que, nessa qualidade, não esteja
amparado por regime próprio de previdência social;( cargo efetivo + não amparado pelo
regime próprio. O município é chamado de empresa, é o empregador.

l) o servidor contratado pela União, Estado, Distrito Federal ou Município, bem como pelas
respectivas autarquias e fundações, por tempo determinado, para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público, nos termos do inciso IX do art. 37 da Constituição
Federal;

m) o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias e


fundações, ocupante de emprego público;

o) o escrevente e o auxiliar contratados por titular de serviços notariais e de registro a


partir de 21 de novembro de 1994, bem como aquele que optou pelo Regime Geral de
Previdência Social, em conformidade com a Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994; e

p) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não


vinculado a regime próprio de previdência social; (Redação dada pelo Decreto nº 5.545, de
2005)

q) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no


Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; (Incluída pelo Decreto nº
3.265, de 1999))

r) o trabalhador rural contratado por produtor rural pessoa física, na forma do art. 14-A da
Lei no 5.889, de 8 de junho de 1973, para o exercício de atividades de natureza temporária por
prazo não superior a dois meses dentro do período de um ano; (Incluído pelo Decreto nº 6.722,
de 2008).

Na Lei 8212 – artigo15:

Servidor do artigo 37,IV CF

Ocupante de emprego Público DÚVIDA


B. Empregado doméstico

É o mesmo do direito do trabalho.

Art. 11,II, L.8.213:

II - como empregado doméstico: aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa ou
família, no âmbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos;

C. Contribuinte individual

Art. 11, V, 8213

Sem vínculo empregatício.

a) atividade agropecuária, a qualquer título – área superior a 4 módulos fiscais


( não importa se com empregado ou não) ou então, exerce atividade
agropecuária e a área é igual ou menor a 4 módulos fiscais, só que tem
empregados.
b) garimpeiros, com ou sem empregados

c) padre, rabino,pastor

d) artigo 11, I, e – empregado e artigo 11,V,e – contribuinte individual ( compare o


texto. O inciso V trata do que não trabalha para a União, mas para organismo
internacional.

inciso V e) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial


internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado,
salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; (Redação dada pela Lei
nº 9.876, de 26.11.99)ESTE É O CONTRIBUINTE INDIVIDUAL

inciso I e) o brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos


oficiais brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que
lá domiciliado e contratado, salvo se segurado na forma da legislação vigente do país
do domicílio; ESTE É O EMPREGADO

O Decreto 3048, art. 9, §5º, complementa o contribuinte individual:

a) motorista, dono de van


b) auxiliar de motorista

c) pipoqueiro, churrasqueiro, vendedor da Avon

d) diarista, por conta própria

e) médico residente
D. Trabalhador avulso

Não confundir com trabalhador temporário ( empregado)

Art. 11, Lei 8213, VI

VI - como trabalhador avulso: quem presta, a diversas empresas, sem vínculo


empregatício, serviço de natureza urbana ou rural definidos no Regulamento;

Com intermediação do OGMO ou sindicato da categoria. É, basicamente, quem


trabalha nos portos:

a) “Bloco”: limpeza dos navios.

E. Segurado especial

Lei 11.718/2008 – alterações profundas.

Art. 195,§8,CF – é o único que tem previsão na CF

§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem


como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar,
sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de
uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos
termos da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

Regime de economia familiar ou individualmente.

Sem empregados permanentes.

Na lei 8213, art. 11, VII: segurado especial:

VII – como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado
urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda
que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de: (Redação dada pela Lei nº 11.718, de
2008)

Reside em imóvel rural ou AGLOMERADO urbano ou rural, próximo ao imóvel rural,


onde ele exerce a atividade – regime de economia familiar:§1 conceito.

É diferente de regime de subsistência: a pessoa plantasó para comer. Se ele não


vende, não exerce atividade remunerada.

O Segurado especial o é na condição de :

a) produtor a qualquer título que explora a atividade de:

I – agropecuária, em área de até 4 módulos fiscais

II – seringueiro ou extrativista vegetal – qualquer tamanho de terra

b) pescador artesanal ou assemelhado ( marisqueiro, observador de peixes)


OBS: Súmula 30 JEF – o fato de o imóvel ser grande não afasta a qualificação do
segurado especial, desde que comprovada a sua exploração em regime de economia
familiar.

Pode ter empregado?

Art. 195§8º CF – sem empregados permanentes.

Lei 11.718:pode ter empregado , na seguinte situação:

- época de safra: NO MÁXIMO, POR ANO CIVIL 120 pessoas/dia

1 pessoa pode trabalhar 120 dias

2 pessoas podem trabalhar 60 dias

120 pessoas podem trabalhar 1 dia

60 pessoas podem trabalhar 2 dias

Vai poder exercer outra atividade, no período da entre- safra ou defeso, por no
máximo, 120 dias.

Pode explorar atividade turística, inclusive com hospedagem, por 120 dias por ano.

5.3.2. Segurado facultativo


Contribui voluntariamente.

Art. 201,§ 5, CF: quem tem regime próprio não pode se filiar ao regime geral como
facultativo. Há uma exceção:

- aquele participante de regime próprio, mas afastado sem vencimento e desde que
não permitida , nesta condição, contribuição ao regime próprio.

Idade mínima: 16 anos

Qual é o princípio que fundamenta a existência do segurado facultativo?


Universalidade de atendimento. Todo mundo deve ser atendido. Só que a Previdência
só atende a quem paga, portanto tem que haver possibilidade de que todos tenham
acesso , que todos sejam atendidos.

Previsto no art. 11 do decreto 3048/99

Alguém pode ser facultativo e obrigatório ao mesmo tempo? Não. Art. 11,§1º, Dec
3048/99.

Segurado que se aposentou e volta a trabalhar, é segurado obrigatório ( se foi


aposentado por invalidez não pode trabalhar)
DEPENDENTES

Divididos em classes:

1ª Classe: inciso I, do artigo 16

Classe preferencial, recebe primeiro:

- Cônjuge: art. 11 Dec. 3048 – pensão por morte

- Homossexual: pode

- Companheiro: art. 16 §3º Lei 8213

Art. 22 do decreto §3º: comprovação do companheiro do vínculo

- Filho menor- de 21 anos, em qualquer situação, não emancipado. Há uma


emancipação que não tira a dependência para fins previdenciários: colação de grua
em curso superior. Súmula 37 JEF

- Filho inválido, em qualquer idade – art. 115 do decreto 3048

Goza de presunção de dependência econômica.

- Equiparadoa filho, art.16 lei 8213 § 2º: tem que comprovar dependência econômica
para entrar na 1ª classe, que é a classe que não precisa comprovar a dependência.

O menor sob guarda não é equiparado a filho para a previdência.

2ª Classe

Tem que comprovar a dependência econômica

Pai e mãe

3ª Classe – art. 22§3º decreto 3048

Comprovar a dependência econômica com juntada de documentos.

Irmãos menores

Irmãos inválidos

5.4 . Regras sobre a relação de dependência


1) A ordem de vocação é determinada no momento que ocorre fato gerador do
benefício, ou seja, quando o beneficiário morrer ou for preso)
2) Classe superior exclui classe inferior, ou seja, o benefício não pode ser dividido
por classes diferentes.

3) Dependentes de mesma classe concorrem em partes iguais.

4) Quando um dependente perde esta condição, sua cota acresce aos demais.

5) Extinta a primeira classe, extinto o benefício, ou seja, o benefício não passa de


uma classe para a outra.

5.5.Filiação e Inscrição

Filiação: nascimento do vínculo entre a Previdência e o segurado.

Inscrição: é a formalização do vínculo, da filiação.

Art. 201 CF:

§1º: Vedação do requisito e critérios diferenciados para concessão deaposentadoria ,


ressalvadas:

a) condições especiais

b) portadores de deficiência, nos termos definidos em LC, só que não existe esta Lc
ainda.

§ 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de


aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos
de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade
física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei
complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

§2º Nenhum benefício que substitua o rendimento do trabalhador pode ser menor que
o salário mínimo.

§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho


do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998)

Benefícios que são menores que o salário mínimo:

 Salário família
 Auxílio acidente: a pessoa pode continuar trabalhando, logo não substitui o
rendimento do trabalhador.

Em regra, o benefício não pode ser superior ao teto da previdência ( Hoje:$


3.689.63). Mas há exceções;
Salário maternidade: é o INSS quem paga. Esse salário pode ser superior
ao teto previdenciário , mas não pode ser superior ao teto do funcionalismo
( art. 248, CF)
Grande invalidez:é a aposentadoria por invalidez quando o aposentado
precisa do auxílio de outra pessoa. Quando a pessoa está nesta condição,
a previdência vai pagar 25% amais do benefício que, se passar do teto
daprevidência, não tem problema.

§ 3ª. Atualização dos salários de contribuição usados no cálculo do benefício

Salário de contribuição : PE a base para o cálculo da contribuição. Este salário não é o


valor da remuneração do beneficiário.

O índice de atualização é o legal – na forma da lei.

§4º Reajuste de benefícios

Índice: legal –critérios definidos em lei.

Irredutibilidade do valor nominal – está assegurado – princípio da irredutibilidade.

Irredutibilidade do valor real – existe uma presunção de que aplicado o índice legal,
está assegurada a irredutibilidade do valor real.

Ninguém disse que o benefício está vinculado ao salário mínimo, aliás, está vedado
pelo CF. O valor real está garantido pelos critérios legais.

§5º A pessoa que está filiado a regime próprio não pode se filiar como segurado
facultativo

§6º O 13º terá por base o valor dos proventos do mês de dezembro.

OBS:

a) LOAS – não tem 13º

b) Art. 28,§7ª, Lei 8212 – o 13º integra a base de cálculo ( salário de contribuição)
exceto para o cálculo do benefício.Ou seja, o 13º não integra i cálculo do
benéfico( para o tempo de contribuição), “ paga-se contribuição sobre ele, mas não
será usado para o cálculo do benefício.

§7º Condições de aposentadoria

Aposentadoria por tempo de contribuição:

35 – H

30 – M

Aposentadoria por idade:


65 anos – H e – Menos 5 anos, se rural

60 anos – M e menos 5 anos se rural

§8º Aposentadoria do professor , que é a aposentadoria por tempo de contribuição,


diminuída em 5 anos

§9º Contagem recíproca

§10 A cobertura de acidente de trabalho pode ser feita pelo:

Regime da previdência privada

Regime da previdência Pública

§11 Ganhos habituais que sofrerão à incidência de contribuições

Exemplo: $10.000.00 +- $3.700 11% +- 407,00( empregado)

$ 10.000.00 20% 2.000 ( empresa)

A empresa paga sobre o total da remuneração tributável.

Ganho habitual: a qualquer título, sofrerá incidência tributária.

§12 Inclusão previdenciária.

a) Trabalhadores de bixa renda

b) Donas de casa, desde que pertencente a família de baixa renda.

Benefícios de valor igual a um salário mínimo.

§13 Alíquotas e carências menores.

5.6. Manutenção, perda e restabelecimento da qualidade de


segurado
Regra: contribuindo ( é segurado)

Período de graça: é o período em que a pessoa mantém a qualidade de segurado


independentemente das contribuições ( não paga, mas é segurado)

Quais são esses períodos:

1. Segurado que está em gozo do benefício: um limite de prazo. Ex: aposentado


2. Segurado acometido de doença de segregação compulsória – por 12 meses
após cessar a segregação

3. Segurado detido ou recluso – por 12 meses após o livramento.


4. Segurado incorporado ao serviço militar ( tiro de guerra) – por 3 meses após o
licenciamento.

5. Segurado facultativo –por 6 meses após cessar as contribuições.

Período de graça não é tempo de contribuição. O 1º é tempo que não pago,


mas sou segurado, no 2º é pago as contribuições.

Ex: segurado facultativo.

Pagou uma contribuição a cada 6 meses durante 4 anos.

Nesses 4 anos, ele foi considerado segurado.

Tempo de contribuição: 8 contribuições.

Durante esses 4 anos ele estaria garantindo os benefícios mais drásticos


( invalidez, morte).

6. Segurado que deixar exercer atividade remunerada ou licenciado ou suspenso


sem remuneração – período de graça vai depender:

Quanto tempo de contribuição sem perder a qualidade de segurado:

Igual ou menos que 120 contribuições: o período de graça é de 12 meses

Recebeu seguro- desemprego ou se cadastrou no ministério do trabalho – Mais


12 meses = 24meses

Mais que 120 contribuições: o período de graça é de 24 meses + 12 meses =


36 meses.

Para alguns juízes: a ausência do registro na CTPS também dá o direito aos 12


meses, porque entendem que estão desempregados.

Súmula 27 JEF: A ausência de registro no órgão do MT não impede a


comprovação de desemprego por outros meios admitidos em direito.

8/4/2011 4ª aula

5.7. Carência
Número mínimo de contribuições indispensáveis para que o beneficiário faça
jus a determinados benefícios. É a mesma noção que temos de carência dos
planos de saúde particulares.

Alguns benefícios, antes de serem usufruídos, passarão por um período de


carência, no caso, contribuições.

Não se confunde carência com tempo de contribuição. Veremos adiante.


Benefícios sem carência:

1 – Pensão por morte

2 – Auxílio-reclusão

3 – Salário família

4 – Auxílio acidente

Benefícios com carência:

1 – Auxílio – doença : tem ou não carência a depender do evento causador da


incapacidade: -

- Se está incapaz porque sofreu acidente, de qualquer natureza;

- Se está sofrendo de doença profissional ou doença do trabalho art. 20 8213 –


não tem carência

Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes
entidades mórbidas:

I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do


trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo
Ministério do Trabalho e da Previdência Social;

II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de


condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente,
constante da relação mencionada no inciso I.

§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:

a) a doença degenerativa;

b) a inerente a grupo etário;

c) a que não produza incapacidade laborativa;

d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se


desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto
determinado pela natureza do trabalho.

§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista


nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e
com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho.

- Doença grave – não tem carência Art. 151 8213

Hepatopatia grave , mais as do artigo 151

Art. 151. Até que seja elaborada a lista de doenças mencionadas no inciso II do art. 26,
independe de carência a concessão de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez ao
segurado que, após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for acometido das
seguintes doenças: tuberculose ativa; hanseníase; alienação mental; neoplasia maligna;
cegueira; paralisia irreversível e incapacitante; cardiopatia grave; doença de Parkinson;
espondiloartrose anquilosante; nefropatia grave; estado avançado da doença de Paget (osteíte
deformante); síndrome da deficiência imunológica adquirida-Aids; e contaminação por radiação,
com base em conclusão da medicina especializada

- Outras doenças – carência 12 contribuições.

2 – Aposentadoria por invalidez:

- doença grave – não tem carência

- Se está incapaz porque sofreu acidente, de qualquer natureza;

- Se está sofrendo de doença profissional ou doença do trabalho art. 20 8213 – não


tem carência

- outras doenças – 12 contribuições

3- Aposentadoria por tempo de contribuição

4 – Aposentadoria especial

5- Aposentadoria por idade

3,4,5 – 180 contribuições

6 – Salário maternidade: vai depender do tipo de segurada:

Se for empregada ou empregada doméstica, ou ainda trabalhadora avulsa – não tem


carência. O salário é pago pelo INSS. A empresa adianta e depois é reembolsada.

Se for contribuinte individual ou segurada facultativa – carência de 10 contribuições.

Para cada mês que o parto é adiantado é reduzida uma contribuição a título de
carência. Ou seja, 7 meses, oito contribuições, 8 meses, 9 contribuições.

Para a segurada especial: é exigido 10 meses de efetivo exercício da atividade rural.

Alguns autores defendem que isto não seria carência, porque no caso da segurada
especial não se exige número mínimo de contribuições.

Período de graça não é carência nem tempo de contribuição. Lei 8213

Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para
que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos
meses de suas competências.

Parágrafo único. Havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a


essa data só serão computadas para efeito de carência depois que o segurado contar, a partir
da nova filiação à Previdência Social, com, no mínimo, 1/3 (um terço) do número de
contribuições exigidas para o cumprimento da carência definida para o benefício a ser
requerido. (Vide Medida Provisória nº 242, de 2005)
Alaor Começou a trabalhar, tem 100 contribuições. Perdeu o emprego, começa a contar o
período de graça, que pode ser 12 ou 24 meses. Acabou o período de graça. Perdeu a
qualidade de segurado. Neste período todo ele era segurado. Ao final do período de graça, ele
tem 100 contribuições. Poderia morrer a qualquer momento, atropelado, tetraplégico. 3 meses
depois do período de graça ele acha um emprego .Pagou a 1ª contribuição, readquiriu a
qualidade de segurado. Agora ele tem 101 contribuições, readquirindo a qualidade de
segurado, agora pode morrer de novo. Pagou a 2ª, tá com dor nos ossos, quer auxilio doença.
Vai ao INSS e este nega. Tempo de contribuição tem 102, mas pra carência do auxilio doença a
carência é de 12 contribuições, e pra esta carência, só tem 2 contribuições. O artigo 24, no
parágrafo único diz o que deve ser feito: tem que ter 1;3 do nº de contribuições exigidas para o
cumprimento da carência definida para o benefício a ser requerido. Ou seja, ele precisa pagar 4
contribuições para ter direito. Assim, pagando o 1;3 ele tem direito de contar as 100
contribuições.

Poderia contribuir no período de graça como facultativo para contar como tempo de
contribuição, já que período de graça não é tempo de contribuição.

Alaor tem 130 contribuições. Período de graça de 36 meses. 3 meses depois ele achou
emprego, pagou 5 contribuições e perdeu emprego de novo. Ele tem 135 contribuições. Ele foi
ao MT, o período de graça é de 24. Mas por que? Ele perdeu a qualidade de segurado, para o
período de graça ele volta à regra de até 120 contribuições. Agora ele vai ter que ter mais 121
para voltar à regra do 24 e 36.

Alaor tem 3 contribuições. Período de experiência não passou, foi mandado embora. Período
de graça de 24 meses. Após 3 meses, arranjou emprego ,pagou 4 contribuições, e pediu auxilio
doença. Vai ao INSS e diz que já pagou 1;3. O INSS nega. Ele pagou só 7, mas a carência é
de 12 contribuições.

5.8. Institutos

Salário de contribuição

Fator previdenciário

Salário de Benefício

Renda mensal inicial

São usados para cálculo de:

Aposentadoria por tempo de contribuição

Aposentadoria especial

Aposentadoria invalidez

Auxílio doença
Auxílio doença

Aposentadoria por idade

Salário de contribuição: é a base de cálculo sobre a qual se aplica alíquota para


chegar a contribuição. SC não é contribuição! É o que a pessoa recebe no mês, de
remuneração? Não. Existem verbas que não são tributáveis, estão no art. 28,§9º, da
8212.Alínea “a”. Além disso, o salário de contribuição está limitado a um teto,
atualmente em R$ 3.689,63.

Cálculo de aposentadoria por tempo de contribuição como exemplo:

Mulher 30 anos de contribuição não tem idade mínima pra se aposentar.

----------------------------|2000 2030 = 360 salários de contribuição. Pagou


360 contribuições. Foi empregada a vida inteira. Ela tem 390 salários de contribuição,
por causa do 13º. Mas ele é tributado mas não é contado para o cálculo do
benefício.§7

A previdência vai escolher 80% desse salário de contribuição, os maiores. Serão 288
salários de contribuição ( 80% DE 360). É preciso atualizar o salário de contribuição,
pelo índice legal. Pega esse 80% e faz uma média aritmética...vai somar os 80% e
dividir por 288. O nº achado foi, por exemplo, 1000.

Salário de benefício na aposentadoria por tempo de contribuição corresponde a média


aritmética. dos 80% dos maiores salários multiplicado pelo fator previdenciário.

A renda mensal inicial corresponde ao valor do primeiro benefício.

É a base para o cálculo do benefício.

Fator previdenciário é um coeficiente atuarial

RMI da aposentadoria por tempo de contribuição=100% salário de benefício.

Fator previdenciário surgiu com a lei 9876/99.Ele leva em consideração 3 variáveis:

Tempo de contribuição, idade e expectativa de sobrevida.

O FP será utilizado obrigatoriamente na aposentadoria por tempo de contribuição e


facultativamente na aposentadoria por idade( se for bom para o aposentado).

O FP, ou redutor previdenciário, ele leva em consideração estas variáveis na data do


requerimento.

Qual diferença entre revisão e reajuste de benefício? A revisão mexe com a renda
mensal inicial, vai se rever o valor do benefício. Reajuste são os aumentos dados
periodicamente aos benefícios, pelo índice legal. Altera-se o benefício depois de
concedido.

RMI da aposentadoria especial: 100% do salário de benefício.


Calcula-se igual ao tempo de contribuição, com uma diferença, não tem o fator
previdenciário. Média aritmética dos 80% dos maiores salários de contribuição. Aqui a
idade não tem importância.

Ex: tem 240 salários de contribuição. Será 80% desses 240= 192.Pega o 192, soma e
divide por 192, faz de conta que deu 1000( é o salário de benefício, pq não tem FP)
Aposenta e a sua RMI é de 1000.

RMI Aposentadoria por invalidez=100% SB sem FP

RMI Auxilio doença=91% do SB sem FP

RMI Auxilio acidente= 50% do SB sem FP

RMI Aposentadoria por idade= 70% + 1% para cada grupo de 12 contribuições até o
máximo de 30% do SB

Ex. aposentadoria por idade:

Mulher – 60 anos

Tempo de contribuição mínimo – 180 contribuições ( 15 anos)

Ela tem 192 contribuições

Expectativa de sobrevida – 20 anos

Média aritmética dos 80% = 154

Soma os 154 e divide por 154 = 1000 ( salário de benefício)

RMI= 70+ 1%( 192 dividido por 12=16) 70+16=86% SB

Pergunta: se A tem requisito pra aposentar por tempo contribuição e para idade, por
qual deve optar? Por idade pq o FP só será usado se for benéfico, o de contribuição
será usado seja bom ou seja ruim.

Qual menor percentual do SB por aposentadoria por idade? 70+ 1% 180 dividido por
12 =15 então 70+ 15= 85%

Ver 10666/03

5.9. BENEFÍCIOS EM ESPÉCIE

5.9.1. Benefício assistencial do LOAS

1 . Legislação
Art. 203, V, CF

Lei 8742/93

2 – Nomenclatura

Loas é a forma mais frequente do nome do benefício

Mas também é chamado BPC: benefício de prestação continuada.

Também chamado de Amparo Assistencial

Ou Amparo Constitucional

3 - Valor

Não dá direito a 13% e seu valor é de 1 salário mínimo.

4 – Beneficiário

Idoso: 65 anos art. 34 da lei do idoso.10741/03. É para homens e mulheres.

Se este idoso estiver internado em asilo, é obstáculo ao recebimento do LOAS? Não.


O internamento, por si, só, não é óbice.

Se o idoso for estrangeiro ele recebe LOAS? Sim, desde que naturalizado e
domiciliado no Brasil, e desde que não amparado por sistema previdenciário no seu
país de origem.

Deficiente

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