Você está na página 1de 5

1.

(OAB/CESPE  2007.3) Considerando-se a relação jurídica em face da proteção contratual ordenada pelo
CDC, é correto afirmar que um consumidor que tenha comprado produto mediante pagamento em 10
prestações

 pode liquidar antecipadamente o débito em questão, total ou parcialmente, exigindo redução


proporcional dos juros cobrados.

 Nenhuma das alternativas anteriores.

 dispõe de até 7 dias para desistir da compra realizada, desde que ela tenha sido efetuada no
estabelecimento comercial do fornecedor.
 pode escolher, no ato da compra, se a garantia do fornecedor contra defeitos aparentes ou
ocultos que ocorram no produto adquirido será ou legal ou contratual.
 deve ser imediatamente indenizado caso o produto apresente problemas, preferencialmente
mediante abatimento do valor da indenização nas prestações vincendas.

Explicação:

Item C -  pode liquidar antecipadamente o débito em questão, total ou parcialmente, exigindo redução
proporcional dos juros cobrados.

Explicação: 

Art. 500. A indenização por perdas e danos dar-se-á sem


prejuízo da multa fixada periodicamente para compelir o réu ao
cumprimento específico da obrigação.

Atenção para a dica de ouro da sua vida, que quase ninguém sabe: você
pode pagar parcelas do financiamento do seu carro com até 70% de
desconto! E conseguir esse desconto só exige que você antecipe parcelas
do seu financiamento. O desconto é maior para as parcelas que tem mais
prazo para vencer. Ou seja, é um desconto progressivo.

Um exemplo: se você financiou um veículo em 60 parcelas, ao antecipar a


parcela de número 60 o desconto no valor desta prestação pode chegar a
70%. Já ao antecipar a parcela de número 59, o desconto será menor,
possivelmente de 69%, e assim por diante.

Todos os bancos e financeiras dão desconto?

A resposta é sim! Se você está pensando que será difícil conseguir esse
desconto, fique tranquilo. Os bancos e financeiras, ou até lojas, que
financiem imóvel, carro ou algum outro bem, são obrigados a dar desconto
quando você antecipa parcelas. É lei. Mas lembre-se: isso vale para
financiamento ou crediário e é respaldado pelo Código de Defesa do
Consumidor no seu artigo 52. Não vale para cartão de crédito e outras
modalidades de parcelamento.

2. O consumidor pode desistir do contrato:

no prazo de sete dias a contar de sua assinatura se for celebrado dentro do estabelecimento do
fornecedor e, em quinze dias, se for celebrado por telefone ou meio eletrônico, a partir do
recebimento do produto.
no prazo de sete dias, a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou
serviço, sempre que a contratação ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente
por telefone ou a domicílio.
sempre que, antes do pagamento, encontrar produto similar oferecido no mercado, por preço
inferior, mesmo que já recebida a mercadoria em seu domicílio
sempre que o contrato for celebrado por meio eletrônico, no prazo de 10 dias a contar do
recebimento do produto.
a qualquer momento, se ainda não tiver sido pago integralmente o preço da compra ou da
prestação do serviço, e este ainda não tiver sido completamente executado.

3. Easy Idiomas Ltda. firmou contrato de prestação de serviços publicitários com


LOB Publicidade Ltda. No curso da execução do contrato, uma pesada placa de
propaganda instalada pela contratada, sem os mínimos cuidados de segurança,
caiu e causou danos materiais, morais e estéticos em Jurema. Considerando a
situação hipotética apresentada, assinale a opção correta acerca das normas do
CDC.

O entendimento jurisprudencial do STJ é no sentido de que não são cumuláveis indenizações por
danos morais e estéticos.
Nessa situação, há relação de consumo entre Jurema e as pessoas jurídicas Easy Idiomas Ltda.
e LOB Publicidade Ltda.
A culpa concorrente é hipótese de exclusão do dever de indenizar, expressamente prevista no
CDC.
No contrato de prestação de serviços firmado entre a Easy Idiomas Ltda. e a LOB Publicidade
Ltda., é inadmissível cláusula de limitação de responsabilidade civil.

O fortuito externo não exclui a responsabilidade do fornecedor nas relações de consumo.

Explicação:

Entende-se ser vítima por equiparação, na forma do art. 17 do CDC.

4. A respeito da Desconsideração da Personalidade Jurídica, aponte a opção


correta:

A desconsideração somente será efetivada quando houver falência, estado de insolvência,


encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.
As sociedades consorciadas são subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes
deste código.
O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade somente nos casos em que
exista infração da lei.
Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for, de alguma
forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores.
As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades controladas, são
solidariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código.

Explicação:

Item B.Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for, de alguma forma,
obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores.

Explicação: A desconsideração da personalidade jurídica é uma decisão judicial a partir da qual os


direitos e, mais comumente, deveres de uma pessoa jurídica, passam a se confundir com os direitos ou
responsabilidades de seus proprietários.

5. Com relação à prestação de serviços públicos é correto afirmar que:

A Agência Nacional de Energia Elétrica ¿ ANEEL e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária


¿ ANVISA têm competência legal para atuar na proteção e defesa dos consumidores.
Os prestadores de serviço público remunerados por tarifas têm responsabilidade subjetiva pelos
vícios e danos ocasionados por defeitos decorrentes da prestação dos serviços;
O STJ não admite a cobrança progressiva sobre a tarifa de água, por ser tratar de uma serviço
essencial ao indivíduo e poderia atigir os direitos fundamentais à vida.
A cobrança indevida na fatura de energia elétrica, por culpa da concessionária, não enseja a
devolução em dobro prevista no parágrafo único do artigo 42 do Código de Defesa do
Consumidor, por se tratar de tarifa pública não contratual;
O serviço de fornecimento de água, por ser universal e de utilidade pública, não pode ser
tutelado pelo Código de Defesa do Consumidor;

Explicação:

Item D - A Agência Nacional de Energia Elétrica " ANEEL" e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
" ANVISA" têm competência legal para atuar na proteção e defesa dos consumidores.

Explicação: s serviços públicos não essenciais podem ser prestados diretamente pelo Estado ou
delegados a terceiros mediante remuneração. No caso de delegação, a regulamentação e o controle são
exercidos pelo Estado, mas a prestação se dá por conta e risco dos delegatários.

6. Carmen adquiriu veículo zero quilômetro com dispositivo de segurança


denominado airbag do motorista, apenas para o caso de colisões frontais. Cerca
de dois meses após a aquisição do bem, o veículo de Carmen sofreu colisão
traseira, e a motorista teve seu rosto arremessado contra o volante, causando-
lhe escoriações leves. A consumidora ingressou com medida judicial em face do
fabricante, buscando a reparação pelos danos materiais e morais que sofrera,
alegando ser o produto defeituoso, já que o airbag não foi acionado quando da
ocorrência da colisão. A perícia constatou colisão traseira e em velocidade
inferior à necessária para o acionamento do dispositivo de segurança. Carmen
invocou a inversão do ônus da prova contra o fabricante, o que foi indeferido
pelo juiz. Analise o caso à luz da Lei nº 8.078/90 e assinale a afirmativa correta.

Falta legitimação, merecendo a extinção do processo sem resolução do mérito, uma vez que o
responsável civil pela reparação é o comerciante, no caso, a concessionária de veículos.
Cabe inversão do ônus da prova em favor da consumidora, por expressa determinação legal,
não podendo, em qualquer hipótese, o julgador negar tal pleito.
A responsabilidade civil do fabricante é objetiva e independe de culpa; por isso, será cabível
indenização à vítima consumidora, mesmo que esta não tenha conseguido comprovar a colisão
dianteira.
O produto não poderá ser caracterizado como defeituoso, inexistindo obrigação do fabricante de
indenizar a consumidora, já que, nos autos, há apenas provas de colisão traseira.

NENHUMA DAS RESPOSTAS ACIMA


Explicação:

Item : d - O produto não poderá ser caracterizado como defeituoso, inexistindo obrigação do fabricante
de indenizar a consumidora, já que, nos autos, há apenas provas de colisão traseira.

Explicação: Caso esse produto ou serviço   artigo 12, §2º do Código de Defesa do Consumidor, abaixo
descrito:

"(...)

§3º O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será responsabilizado quando provar:

...

II ¿ que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste;" grifo nosso

Diante ao exposto, requer de V.Exa. que julgue a AUTORA CARECEDORA DA AÇÃO nos termos do
artigo 267, VI do Código de Processo Civil (in verbis), EXTINGUINDO-SE O FEITO sem conhecer de
seu mérito quanto a RÉ, por ser esta parte ilegítima no presente feito.

"Art. 267. Extingue-se o processo sem julgamento do mérito:

(...)

VI ¿ quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica do
pedido, a legitimidade das partes e o interesse processual."

7. Aurora contratou com determinada empresa de telefonia fixa um pacote de


serviços de valor preestabelecido que incluía ligações locais de até 100 minutos e
isenção total dos valores pelo período de três meses, exceto os minutos que
ultrapassassem os contratados, ligações interurbanas e para telefone móvel.
Para sua surpresa, logo no primeiro mês recebeu cobrança pelo pacote de
serviços no importe três vezes superior ao contratado, mesmo que tivesse
utilizado apenas 32 minutos em ligações locais. A consumidora fez diversos
contatos com a fornecedora do serviço para reclamar o ocorrido, mas não obteve
solução. De posse dos números dos protocolos de reclamações, ingressou com
medida judicial, obtendo liminar favorável para abstenção de cobrança e de
negativação do nome. Considerando o caso acima descrito, assinale a afirmativa
correta.

NENHUMA DAS RESPOSTAS ACIMA

A conversão da obrigação em perdas e danos independe de pedido do autor, em qualquer


hipótese.
A multa diária ao réu pode ser fixada na sentença, mas desde que o autor tenha requerido
expressamente.
A tutela liminar será concedida, desde que não implique em ordem de busca e apreensão, que
requer medida cautelar própria e justificação prévia.
A conversão da obrigação em perdas e danos faz-se independentemente de eventual aplicação
de multa.

Explicação:
Item A - A conversão da obrigação em perdas e danos faz-se independentemente de eventual aplicação
de multa.

Em direito, responsabilidade objetiva é a responsabilidade advinda da prática de um ilícito ou de uma


violação ao direito de outrem que, para ser provada e questionada em juízo, independe da aferição de
culpa, ou de gradação de envolvimento, do agente causador do dano.

8. Claudia comprou uma televisão LCD 48 polegadas na Casa Bons Negócios, com
garantia de doze meses. No décimo terceiro mês de uso a televisão apresentou
grave defeito de imagem, mas a Casa Bons Negócios se recusa a reparar o
defeito ao argumento de já estar vencido o prazo de garantia. Em face da
negativa da vendedora. É correto afirmar:

está correto o entendimento da vendedora porque prevalece a garantia contratual;

está correto o entendimento da vendedora (Casa Bons Negócios);

não está correto o entendimento da vendedora, porque o caso é de prescrição cujo prazo é de
cinco anos;

não está correto o entendimento da vendedora porque prevalece a garantia legal;

está correto o entendimento da vendedora porque o caso é de vício oculto do produto para o
qual não há garantia legal.

Você também pode gostar