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Procedimento administrativo
O juiz não pode lançar ou corrigir lançamento realizado pela autoridade administrativa.
Reconhecendo algum vício no lançamento, deve o juiz declarar a nulidade.
STF: Não se pode propor ação penal por crime de sonegação fiscal antes da conclusão do procedimento de lançamento
(término do processo administrativo), pois o juiz não tem competência para decidir acerca da existência ou não do CT
cuja sonegação é alegada.
Questão tormentosa: A competência atribuída para que a Justiça do Trabalho promova a execução, de ofício, das
contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir.
Como a CLT determina que a União se manifeste acerca da conta realizada, sua concordância expressa ou tácita pode ser
encarada como ato homologatório, formalizando o CT. Conclusão: Trata-se de peculiar sistemática de lançamento por
homologação que conta com a fundamental participação da autoridade judiciária no procedimento, o que pode vir a ser
considerado agressivo à separação de poderes e comprometedor da imparcialidade do magistrado.
Legislação material
Quanto aos tributos O lançamento reporta-se à data do FG e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente
modificada ou revogada.
o (FCC/2006) O lançamento possui efeitos ex tunc, retroativo (CORRETO). A banca quis afirmar simplesmente que
o lançamento sempre se refere a evento passado.
o Não se aplica aos impostos lançados por períodos certos de tempo, desde que a respectiva lei fixe
expressamente a data em que o FG se considera ocorrido.
Quanto à multa Aplica-se ao lançamento a lei mais favorável ao infrator, dentre aquelas que tiveram vigência entre a
data do FG e a data do lançamento, ainda se garantindo ao contribuinte o direito de aplicar legislação mais favorável
surgida posteriormente, desde que não haja coisa julgada ou extinção do CT.
Quanto à taxa de câmbio Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em moeda
estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia do FG.
Legislação formal
É aplicável ao lançamento a lei em vigor na data de realização do próprio procedimento.
Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente ao FG, tenha:
o Instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização;
o Ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas; ou
o Outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios,
Exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros.
4. Alteração do lançamento regularmente notificado
Lançamento CT constituído
Lançamento regularmente notificado CT definitivamente constituído
Notificação
Confere efeitos ao lançamento.
O lançamento se presume definitivo (presunção relativa), não podendo, em regra, ser alterado.
É contado o prazo para pagamento ou impugnação.
Critério jurídico = Adoção, pelo Fisco, de uma das interpretações Não justifica a revisão do lançamento
Erro de direito
da norma, ao formalizar lançamento. (Restrição ao Fisco e não ao contribuinte)
Precedente do STJ: O “erro de direito” cometido pelo Fisco no lançamento é “imodificável”, enquadrando nesta definição “o
lançamento do tributo pelo Fisco com base em legislação revogada, equivocadamente indicada em declaração do contribuinte”.
Mudança de critério jurídico
Critério jurídico = Erro de direito = Adoção, pelo Fisco, de uma das interpretações da norma, ao formalizar lançamento.
5. Modalidades de lançamento
A) De Ofício / Direto
STJ: Admite a possibilidade de impugnação de lançamento realizado com base em declaração do sujeito passivo.
C) Por Homologação / Autolançamento
Não é com o pagamento, mas sim com a homologação, que se pode considerar o CT definitivamente extinto.
Não influem sobre a OT quaisquer atos anteriores à homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à
extinção total ou parcial do crédito. Esses atos serão, porém, considerados na apuração do saldo porventura devido e, sendo o
caso, na imposição de penalidade, ou sua graduação.
Homologação tácita Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de 5 anos, a contar da ocorrência do FG; expirado esse
prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o
crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.
“Lei” = LC de caráter nacional Única via possível para normas gerais sobre prescrição e decadência tributária (que
segundo o STF compreendem também a fixação dos respectivos prazos).
STF – Súmula Vinculante 8 – São inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do Decreto-Lei nº 1.569/1977 e os
artigos 45 e 46 da Lei nº 8.212/1991, que tratam da prescrição e decadência do crédito tributário.
No caso de comprovação de dolo, fraude ou simulação, serão aplicáveis as regras – inclusive quanto a prazos – do
lançamento de ofício.
O STJ tem entendimento firmado no sentido de que “se não houver antecipação de pagamento, não há falar-se em
lançamento por homologação, mas em lançamento de ofício”, de forma que, a contagem dos prazos seguirá as regras
estipuladas para o lançamento de ofício.
6. Retificação da declaração
Prevista expressamente no CTN para os lançamentos por declaração, tem sido aplicada por analogia aos lançamentos por
homologação, não obstante algumas peculiaridades.
De ofício
Quando apurados erros crassos
pela autoridade administrativa
*Não é possível ao contribuinte alterar declaração para mudar uma opção que veio a se mostrar desfavorável.
7. Lançamento por arbitramento
Quando o cálculo do
Ressalvada,
tributo tenha por base, Autoridade lançadora,
ou tome em As declarações, ou
sempre que: Os esclarecimentos prestados, ou em caso de
consideração mediante processo Sejam omissos, ou Os documentos expedidos contestação,
regular,
Não mereçam fé
Valor ou Preço
pelo sujeito passivo ou pelo Avaliação contraditória,
arbitrará aquele valor
terceiro legalmente obrigado, administrativa ou
bens, direitos, serviços ou preço
judicial.
ou atos jurídicos
Pautas fiscais
Tabela que contêm os “preços normais” de determinados bens.
Ao serem utilizadas, seja por determinação legal, seja pela impossibilidade de se encontrar o valor real do bem,
exemplificam o lançamento por arbitramento.
STJ – Súmula 431 – É ilegal a cobrança de ICMS com base no valor da mercadoria submetido ao regime de pauta fiscal.
O problema não está na pauta fiscal em si, mas no seu uso generalizado, fora das hipóteses do CTN, como uma
presunção absoluta de valor ou como pauta de valores mínimos.
ATENÇÃO! As ementas do STJ vêm com frases genéricas: “a utilização de pauta fiscal pela administração configura ilegalidade”.
(ESAF/2005) “A utilização de pauta fiscal pela administração tributária é uma forma de arbitramento da base de cálculo para o
pagamento do tributo” (CORRETA).
(ESAF/2009) “É ilegal a cobrança de ICMS com base em valores previstos em pauta fiscal” (CORRETA).
Modalidades de Lançamento