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Controle da
dengue
no Brasil
Estado da Paraíba
Brasília / DF
Paraíba
Entre janeiro e março de 2008 foram notificados 2.601 casos suspeitos de dengue, no
estado. Comparando esses dados com o mesmo período de 2007 verifica-se um aumento de
9% no número de casos de dengue.
Em 2007 foram notificados 9.485 casos de dengue, com uma taxa de incidência de
260 casos por 100.000 habitantes e em 2006 foram notificados 3.559 casos de dengue
(98/100.000 habitantes), significando um aumento de 164,5%.
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Figura 1- Casos notificados de dengue. Paraíba, 2006-2008.
800
casos notificados
600
400
200
0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51
se manas epidemiológicas
Em 2007, 33,6% dos municípios do estado estão com taxa de incidência alta (maior
que 300/100.000 hab), 19,3% com média incidência (entre 100 e 300/100.000 hab) e 33,2%
com baixa incidência (menor que 100/100.00 hab). Os casos estão distribuídos em todas as
regiões, com um maior número de municípios com altas incidências localizados no interior do
Estado.
Figura 2- Classificação de incidência de dengue por município. Paraíba, 2007.
Fonte: Sinan
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Em 2007 os municípios prioritários da Paraíba apresentaram a seguinte situação em
relação ao Índice de Infestação Predial (IIP1): 12,5% dos municípios prioritários em situação
satisfatória, 50,0% em estado de alerta e 37,5% de risco de surto.
Figura 3. Índice de Infestação Predial (IIP) nos municípios prioritários (2007).
Fonte: SISFAD.
- Satisfatório: Cabedelo e Lucena.
- Alerta: Bayeux, Conde, Guarabira, João Pessoa, Monteiro, Piancó, Santa Rita e Souza.
- Risco de Surto: Cajazeiras, Campina Grande, Catolé do Rocha, Cuité, Itabaiana e Patos.
O Levantamento Rápido de Índice de Infestação Predial por Aedes aegypti (LIRAa) é uma
metodologia que permite visualizar os IIP e os tipos principais de criadouros do mosquito em
áreas localizadas, denominadas estratos, do município (compostas por 8.100 a 12.000
imóveis). Dessa forma, o LIRAa orienta os gestores a intensificar as ações de controle para as
áreas de maior risco.
Em 2007, 3 municípios realizaram o LIRAa na Paraíba. A análise dos resultados
demonstrou que dos 39 estratos amostrados nos 3 municípios do Estado, 15 (23,1%) se
encontravam em situação satisfatória, 23 (75,5%) em estado de alerta e 1 (1,4%) em risco de
surto.
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O IIP indica o percentual de imóveis com presença de larvas do vetor da dengue em relação ao total de
imóveis pesquisados. O PNCD definiu níveis de corte para indicar a situação da localidade: IIP < 1,0 –
satisfatório; entre 1,0 e 3,9 – estado de alerta; e > 3,9 – risco de surto.
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Tabela 1. Número e porcentagem de estratos por município segundo classificação de
risco, outubro a novembro de 2007 (Liraa 2007)
Satisfatório Estado de Alerta Risco de Surto
Total de
Município Nº de Nº de Nº de
% % % Estratos
estratos estratos estratos
Campina Grande 1 8,3 11 91,7 0 - 12
João Pessoa 14 60,9 8 34,8 1 4,3 23
Santa Rita 0 - 4 100,0 0 - 4
Total 15 23,07 23 75,5 1 1,43 39
Fonte: SVS, SES e SMS
Foram encontrados larvas de Aedes aegypti em 200 (64,7%) depósitos de água (caixas,
tambores, tonéis, poços, etc.), 75 (24,3%) depósitos domiciliares (vasos, pratos, bromélias,
ralos, piscinas, etc.) e 34(11,0%) lixo (resíduos sólidos).
Figura 4 - Predominância dos tipos de depósitos positivos (LIRAa, 2007).
100
90
80
% do Total de Depósitos Positivos
70 Depósitos de água
60
50
40
30 Depósitos domiciliares
20
Lixo
10
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Tabela 2. Indicadores operacionais dos municípios prioritários da Paraíba, 2o trimestre
de 2007.
Quantitativo adequado Plano de Comitê de
Município
de agentes Contingência Mobilização
Bayeux
Cabedelo
Cajazeiras
Campina Grande
Catolé do Rocha
Conde
Cuité
Guarabira
Itabaiana
João Pessoa
Lucena
Monteiro
Patos
Piancó
Santa Rita
Sousa
3. Financiamento
3.1. Teto Financeiro de Vigilância em Saúde (TFVS)
O Teto Financeiro de Vigilância em Saúde (TFVS) destina-se exclusivamente ao
financiamento das ações de vigilância em saúde. Os recursos são repassados em parcelas
mensais diretamente do Fundo Nacional de Saúde para os fundos de saúde dos estados e
municípios. Além disso, estão sendo disponibilizados recursos adicionais exclusivamente para
contratação de pessoal para execução de ações de campo de combate ao vetor transmissor da
dengue. A definição dos municípios a serem contemplados obedece critérios definidos e
pactuados na Comissão Intergestores Bipartite (CIB), com a participação dos Estados e
municípios.
Tabela 3. Valores do TFVS estimado para o controle da dengue, projeção até o final de
2007 e previsão para os anos de 2008 a 2010. Estado da Paraíba, período 2007 a 2010.
Ano 2007 2008 2009 2010
Valor R$ 9.951.886,53 R$ 10.116.812,66 R$ 11.728.985,80 R$ 11.933.250,70
Fonte: SVS
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Tabela 4. Recursos adicionais para contratação de pessoal para execução de ações de
campo para o Estado da Paraíba e para os Municípios do Estado.
Recursos / ano
Municípios N.º de Agentes
R$ 1,00
Amparo 1 2.400,00
Assunção 2 4.800,00
Baraúna 2 4.800,00
Cabedelo 35 84.000,00
Conde 9 21.600,00
Coxixola 1 2.400,00
Lucena 7 17.319,72
Ouro Velho 2 2.400,00
Parari 1 2.400,00
Passagem 2 4.800,00
Pitimbu 8 19.200,00
Quixabá 1 2.400,00
Riachão 2 4.800,00
Riachão do Bacamarte 3 7.200,00
Riachão do Poço 3 7.200,00
Riacho de Santo Antônio 1 2.400,00
Santa Rita 68 163.200,00
São Bentinho 2 4.800,00
São José do Brejo do Cruz 1 2.400,00
São Sebastião do Umbuzeiro 2 4.800,00
Sertãozinho 2 4.800,00
Vista Serrana 2 4.800,00
SES/Mun. não certificados(1) 3 7.200,00
23 Municípios 160 382.119,72
Fonte: SVS
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Tabela 5. Resumo dos equipamentos e veículos disponibilizados ao Estado da Paraíba
para o Programa de Controle da Dengue, no período de 2001 a 2006.
Ano
Equipamento e Veículos
2001 2002 2004 2005 2006 2007
Automóvel 10 7 0 0 0 0
Moto 0 6 7 1 1 3
Micro Computador + Impressora +
0 1 6 0 0 0
Nobreak
Microscópio Bacteriológico 0 0 0 1 1 0
TOTAL 42 37 20 9 17 11
Fonte: SVS
Fonte: SVS
3.4. Insumos
O fornecimento dos inseticidas e biolarvicidas para o controle do Aedes aegypti, bem
como a distribuição dos kits laboratoriais para o teste de dengue é uma responsabilidade do
Ministério da Saúde, que vem sendo cumprida integralmente.
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Tabela 7. Distribuição prevista de Adulticidas e Larvicidas. Estado da Paraíba período
2007 a 2010.
Insumos - Unidade 2007 2008 2009 2010
Alfacipermetrina - Carga* 48.550 48.855 49.154 49.445
Bti Granulado - Quilo - - - -
Bti WDG - Quilo - - - -
Cipermetrina CE – 30% - litro* - - - -
Deltametrina Emulsão Aquosa 2% - Litro 4.026 4.051 4.076 4.100
Temephós Granulado 1% - Quilo 221.414 222.805 224.168 225.496
Fenitrothion PM – 40% - KG* - - - -
Malathion GT – 96% - litro* - - - -
Fonte: SIES
* - Produtos de uso não exclusivo pelo PNCD.
Fonte: SIES
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Tabela 10. Total de recursos do Ministério da Saúde para custeio de procedimentos
ambulatoriais e hospitalares relacionados à dengue em 2007 e estimativa para o período
de 2008 a 2010 no Estado da Paraíba.
Atividade 2007 2008 2009 2010 TOTAL
Hospitalar 544.255,00 1.055.284,00 1.266.341,00 1.160.813,00 4.026.693,00
Ambulatorial 86.113,00 93.002,00 111.602,00 100.442,00 391.159,00
TOTAL 630.368,00 1.148.286,00 1.377.943,00 1.261.255,00 4.417.852,00
Fonte: SVS e SAS
4. Ações de Saneamento
Para atender esse objetivo o Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério das
Cidades, disponibilizou indicadores de risco (infestação e principais criadouros) visando
garantir que os recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) tivessem maior
impacto no controle da dengue.
Tabela 11. Investimentos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) nos municípios
da Paraíba relacionados ao abastecimento de água (2007).
Valor do Investimento
Municipio Beneficiado Modalidade
(R$)
5. Monitoramento e Avaliação
A Secretaria de Vigilância em Saúde está intensificando as atividades de
monitoramento de casos de dengue em todos os municípios brasileiros, considerando a
proximidade do período propício ao aumento de transmissão. No entanto, em virtude de um
maior risco para epidemias, 147 municípios foram escolhidos para serem monitorados com
periodicidade quinzenal.
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Adotou-se como critério de escolha destes municípios o fato de serem capitais dos
estados ou pertencerem a aglomerados urbanos de importância epidemiológica para
transmissão de dengue. Estes municípios abrangem uma população de aproximadamente 74
milhões de habitantes, representando 41% da população nacional.
No Estado da Paraíba foram selecionados quatro municípios em um aglomerado: João
Pessoa, Bayeux, Cabedelo e Santa Rita (aglomerado de João Pessoa).
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• Implantação de ações intersetoriais para a redução dos determinantes para a
infestação por Aedes aegypti, como o abastecimento contínuo d’água, coleta e
destino adequado de resíduos sólidos, envolvimento das áreas de educação,
meio ambiente e comunicação social, entre outras;
• Identificação de uma força de trabalho suplementar, que deve ser previamente
capacitada, para atuação imediata em caso da necessidade de aumentar o
contingente de agentes de campo para a realização das medidas de visita às
casas para o combate ao Aedes aegypti;
• Estabelecimento de parcerias com a iniciativa privada e outros órgãos públicos
visando ampliar as ações de mobilização social e educação.
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