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Introdução
- A Passagem da Idade Média para a Idade Moderna foi um período de transformações estruturais em
todos os níveis (econômico, político, cultural, social, religioso).
- O desenvolvimento da burguesia e o surgimento dos Estados Nacionais Absolutistas se chocavam
com os interesses da sociedade feudal que então predominava.
- As Monarquias Nacionais despertaram o sentimento nacionalista. O Renascimento Cultural
aumentou o contato com a cultura clássica, despertou a liberdade de crítica, o apego à vida terrena e
o individualismo.
- Em um contexto de transformações estruturais na passagem da Idade Média para a Idade Moderna,
surgiram críticas à Igreja Católica.
Essas críticas são anteriores aos movimentos protestantes e têm origem no interior da própria
Igreja Católica.
A Doutrina de Lutero
- Lutero foi influenciado por Santo Agostinho de Hipona, religioso do século IV.
- Elementos da doutrina de Lutero:
Predestinação humana (destino definido por Deus) para a salvação ou para a danação;
Salvação pela fé;
Rejeição a hierarquia religiosa: o homem está somente perante a Deus, não necessitando de
intermediação de um padre;
Rejeição do latim nos cultos;
Manutenção de apenas dois sacramentos: Batismo e Eucaristia;
Bíblia como única fonte de verdade divina;
Livre interpretação dos testamentos;
Subordinação da Igreja ao Estado.
Não admitindo o poder da Igreja, seus bens poderiam ser confiscados.
Nobres feudais, então, aderem às ideias de Lutero.
O desenvolvimento do Luteranismo
- 1517: Lutero publica as suas “95 teses”: expondo a sua doutrina, e se colocando em oposição à
venda de indulgências.
Ainda não representava um rompimento absoluto com a Igreja.
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- Em 1520, o papa Leão X excomungou Lutero que queimou, publicamente, a bula papal que o
excomungava.
- Perseguido pelo Imperador Carlos V, Lutero recebeu guarita na Saxônia onde traduziu o “Novo
Testamento” para o Alemão.
- 1530: “Confissão de Augsburgo”:
Felipe de Melanchton expõe a doutrina de Lutero.
A Igreja Católica rejeita a doutrina.
- 1531: luteranos formam uma liga político-militar-religiosa para se defenderem da pressão do
imperador.
- 1555: “Paz de Augsburgo”: marca o fim dos conflitos e estabelece um acordo entre católicos e
protestantes:
Concessão de liberdade religiosa aos príncipes.
Os súditos deveriam seguir a religião escolhida pelo príncipe.
Reconheceu o confisco de terras eclesiásticas pela nobreza.
Luteranismo e a burguesia:
2) O Calvinismo - Suíça
A Doutrina de Calvino
- Calvino também foi influenciado por Santo Agostinho, mas sua doutrina apresentava diferenças
com relação a de Lutero.
- Também pregava a predestinação humana e a salvação pela fé.
- Ao contrário de Lutero, Calvino justificou a moral burguesa, correspondendo, assim, a ética
religiosa que a burguesia buscava.
- Deus atribuía a cada homem uma vocação particular cujo objetivo era a sua glorificação (de Deus).
O capital, os créditos, os bancos, seriam desejados por Deus, e os juros seriam naturais.
Encorajava ainda o trabalho e o lucro, condenando a diversão e os gastos.
O dinheiro deveria ser acumulado para ser reinvestido.
- O calvinismo se expandiu pelos países onde o comércio era mais desenvolvido, como a França, a
Inglaterra, a Escócia e a Holanda.
- Henrique VIII não tinha filhos homem, e sua filha estava prometida em casamento ao filho de
Carlos V, imperador do Sacro Império Romano-Germânico e primo de sua esposa, Catarina de
Aragão.
Temia que, após a sua morte, a Inglaterra fosse dominada pelos Espanhóis, devido ao
casamento da filha.
Precisava ter um filho homem, mas como sua esposa, havia se tornado estéril
Decidiu se separar para se casar com Ana Bolena, dama da Corte.
Pediu a anulação de seu casamento ao papa Clemente VII que, temendo desagradar a Carlos V,
negou o pedido de Henrique VIII.
- Entre 1531 e 1534: decretação do “Ato de Supremacia”:
Henrique VIII rompeu todos os laços com a Igreja Romana e proclamou-se “protetor do clero
inglês”.
- Se separou e casou-se novamente.
- Decretou leis abolindo o pagamento de tributos ao papa.
- Confiscou os bens da Igreja Católica no país
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Intrumentos da Contra-Reforma
Conclusão