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CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO

GLAUBER DE ANDRADE MACEDO

O QUE A PANDEMIA DO CORONAVÍRUS EXPÕE SOBRE AS PRISÕES

SALVADOR-BA
2021

GLAUBER DE ANDRADE MACEDO


O QUE A PANDEMIA DO CORONAVÍRUS EXPÕE SOBRE AS PRISÕES

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Centro Universitário Estácio da
Bahia, como requisito parcial para avaliação na
Disciplina TCC.

Orientador(a): Ulisses pessoa dos Santos.

1
SALVADOR-BA
2021
O QUE A PANDEMIA DO CORONAVÍRUS EXPÕE SOBRE AS PRISÕES
1
GLAUBER DE ANDRADE MACEDO
ULISSES PESSOA DOS SANTOS²

RESUMO

O presente artigo trata-se de como as prisões ficaram superlotadas no período de pandemia que estamos vivendo no ano de 2020. Deixando
assim os presos submissos em locais inadequados, aglomerados, podendo contrair a doença mais facilmente. Os direitos humanos tem bastante
importância para assim ajudar os presidiários a terem uma vivência melhor. Infelizmente esse problema de saúde nas prisões não é de agora,
acontece a muitos anos e prejudica a saúde e bem estar de muitos presos. Sem contar que as famílias não tem notícias dos seus entes queridos
presos, não podem visitar e não recebem nenhum tipo de informação. É um assunto bastante temido pela vigilância sanitária, pois é muito difícil
controlar os presídios superlotados, tornando-se assim um desafio nessa pandemia. Os presos são tratados como pessoas que não fazem parte
da sociedade e por isso são tratados com descaso, sendo que a prisão deveria ser um ambiente de ressocialização, e não uma escola de crime.
As prisões são importantes espelhos da sociedade, igualdade, e dignidade, devendo assim tratar seus presos com mais humanidade e não
expondo eles a doenças e maus tratos. Portanto chegando a conclusão que no cenário em que vivemos atualmente, a situação só vai melhor com
a chegada da vacina e uma mudança no sistema carcerário.

PALAVRAS-CHAVE: Prisão; Pandemia; Doença;

SUMÁRIO

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

Referencial teórico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 7

Sistema prisional brasileiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9

1
Aluno concluinte do Curso de Bacharel em Direito da Universidade Estácio de Sá.

² Professor (a) Orientador (a) do artigo da Universidade Estácio de Sá.

2
Breve comentário sobre a pandemia e o direito penal . . . . . . . . . . . . . . . . . .10

A pandemia do conavírus expondo as prisões. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..12

O que dizem os principais órgãos internacionais dos direitos humanos sobre a covid-19 dentro das cadeias e suas

soluções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16

Comentário do Magistrado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

Mudança na rotina das prisões. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19

Os efeitos da crise da covid-19. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20

Considerações Finais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .23

Referências. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

1 INTRODUÇÃO

Apresentando este artigo científico, será exposto como e onde o Estado precisa atuar como legítimo e cumpridor desta obrigação, como

menciona as leis e garantias estabelecidas no Estado brasileiro, salvaguardar e cuidar daqueles que estão em cárcere por ter cometidos crimes e

julgados, onde o Estado precisa garantir ainda mais por conta de um problema mundial que é a disseminação muito rápida com alto teor de

letalidade (CORONAVÍRUS).

3
A superlotação é um dos principais problemas dos presídios no país, em tempo de pandemia a situação se torna mais grave. Estrutura

úmida, fria, com superlotação, precarização dos ambientes de laser e de ocupação mental escassos, mesmo para o ambiente que pretendem ser

´´modelos´´ assim é o sistema carcerário no país. Isso foi comentado pela revista Brasil de Fato.

Falando de aglomeração, falamos de uma situação bastante temida pelo controle de vigilância sanitária, onde a disseminação do vírus é mais

acelerada. Os presídios do país superlotados e claro que, controlar o contágio fica muito difícil. Talvez, esse seja seu maior desafio no cárcere em

tempo de pandemia. A Revista Arco abordou sobre esse artigo.

O Boletim de Notícias Conjur comentou este artigo. O direito de punir é um é um direito subjetivo do Estado, cuja utilização necessita

de fundamentos e limites. Desta forma, o poder judiciário tende a atender alguns pedidos feitos pelo Direitos Humanos em relação aos

custodiados. Mas ainda assim é cedo para definir como será o sistema carcerário pós-pandemia.

Acredito que o desafio do sistema carcerário pós pandemia só será amenizado com a chegada da vacina. Com base no cenário

atual, o judiciário tem até buscado tomar algumas medidas cautelares para conter o avanço do vírus. Pensando em projeto que traga novidade no

sistema carcerário, os poderes devem harmonicamente interagirem e atuar no projeto que seja modelo e eficaz, com condições plausíveis para a

recuperação do custodiado.

Nessa perspectiva, diante desse canário caótico do sistema prisional Brasileiro, percebe-se a necessidade de entender melhor como é

importante a necessidade de cuidados com os presos.

Portanto, quais desafios encarados nos presídios em tempo de pandemia?

O objetivo geral da pesquisa é entender a fragilidade do sistema carcerário no Brasil durante e após a pandemia, e como vai funcionar.

Para isso, foram delineados os objetivos específicos: pós pandemia qual desafio superar; O que esperar do judiciário com esse surto

mundial; o que esperar de um possível novo sistema prisional; como os poderes devem se comportar no caso de um novo sistema prisional.

Na primeira seção, é descrito a história do sistema prisional brasileiro. Como eram as prisões antigamente e como os presos eram

torturados, não ajudando em nada na vida deles.

Na segunda seção, foi abordado como o sistema prisional tem vários problemas e como a sociedade enxerga isso.

4
Na terceira seção, comenta-se como a pandemia do coronavírus está sendo um problema nas prisões.

Na quarta seção, mostra como a pandemia do coronavírus se espalhou rapidamente, como as pessoas tiveram que ficar em

quarentena, enquanto os presos ficaram aglomerados nos presídios.

Na quinta e na sexta seção, mostra como o magistrado enxerga a pandemia nas prisões e na sexta seção mostra as mudanças que

tiveram nas prisões depois que começou a pandemia.

A tamanha relevância desse trabalho está em conformidade com a Constituição Federal deste Estado Brasileiro e Tratados

Internacionais, Direitos Humanos, Direitos Naturais e inclusive, o que foi transmitido em sala de classe desde seu primeiro período, reiterando os

principais deveres que o Estado deve assegurar a toda e qualquer pessoa.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 HISTÓRIA DO SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO

O direito de punir do estado emanou da vida comunitária. Pois para que a paz e o interesse da maioria fossem preservados criaram-se

as regras comuns de convivência e a consequente punição do agente infrator. Não obstante o conceito de pena nunca gerado grandes

discussões, sua finalidade foi uma preocupação constante na história do direito penal, provocando o estudo de juristas e filósofos em seu tempo.

Em suma, em seu discurso histórico a pena sofreu um processo de evolução simultâneas às modificações das relações humanas e, constatando

que a punição com a pretensão exclusiva o infrator e vingar o mal por ele ter praticado sempre culminou em crise modificou-se a tendência penal

estritamente repressiva, dando azo as penas alternativas à prisão, um dos objetos deste estudo.

Na antiguidade a pena impunha sacrifícios e castigos desumanos ao condenado e geralmente, não agradava proporção entre a

conduta delitiva e a punição, prevalecendo sempre o interesse do mais forte.

Com a lei de Tailão, registrada pelo código de Hamurabi, em 1980 a.c., mesmo que de forma insuficiente, estabelecem-se a

proporcionalidade entre a conduta do infrator e punição, consagrando a disciplina de dar a vida por vida, olho por olho e dente por dente. Surgiu

assim a equivalência entre a ofensa e o castigo penal, porém as continuavam avassaladoras, públicas e degradantes, prevalecendo a infâmia, as

agressões corporais e a pena de morte.

Superando este momento histórico, a pena que inicialmente era de ordem privada foi remetida à esfera pública, com o ensejo de

garantir a segurança e o interesse do próprio estado. A privação da liberdade começou a ser utilizada para preservar os réus até os julgamentos

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definitivos, sem conotá-la como sansão penal autônoma, permanecendo a punição com intenso teor vingativo, impondo-se de maneira severa e

capital ao acusado. Neste sentido castigos como amputação de membros, guilhotina, forca, eram exibidos à população na forma de espetáculo,

para servir de exemplo intimidativo. Porém, esta situação nunca gerou

aceitação entre os homens.

Foucart destaca (1977, p.58):

Assim, não havia aceitação pública, pelo caráter de espetáculo das execuções das penas, sendo que as pessoas eram

estipuladas e compelidas a seguir o cortejo até o local do sacrifício, e o preço era obrigado a proclamar sua culpa,

atestar seu crime e a justiça de sua condenação.

Diante disso, a história mais recente registra uma nova reflexão em torno da punição, exsurgindo uma manifesta preocupação dos

pensadores do direito penal em associar a punição a efetiva reabilitação do ser humano, através das sanções que não privem a liberdade do

condenado. Esse objetivo encontra-se respaldado na contratação de que o cárcere proporciona a perda das referências de uma vida saudável em

coletividade, por impor um cotidiano monótono, estativo e privado dos estímulos positivos. Assim, as preocupações dos dias atuais visam adequar

as modalidades punitivas à tendência moderna do direito penal, priorizando a reabilitação intrínseca do delinquente e a preservação de sua

dignidade, uma vez que as punições que agiram extrinsecamente, agredindo e castigando os condenados, trouxeram apenas resultados

negativos. (jus.com.br, 2015)

2.2 SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO: MAIORES PROBLEMAS E A VISÃO DA SOCIEDADE

Neste segundo momento, abordar-se-á o sistema nacional, o qual passa por diversos entraves, que dificultam a eficácia do mesmo. O

modelo penitenciário brasileiro foi construído para servir aos senhores, em tempos de revolução, império e ditadura, onde o pensamento acerca

de pessoa presa era completamente diferente dos vivido atualmente, pois o país nunca tinha vivido nenhum momento de democracia tão longo, o

que em dúvida, influi na administração pública, e esta, por sua vez, age diretamente na administração carcerário.

O Brasil convive com um abandono do sistema prisional, o que deveria ser um instrumento de ressocialização, muitas vezes, funciona

como escola do crime, devido à forma como é tratado pelo estado e pela sociedade (ASSIS, 2007)

Nas expressões de Assis (2007, p.1), o descaso com a saúde do preso é deplorável, observe:

´´ A superlotação das celas, sua precariedade e sua insalubridade tomou as prisões num ambiente propício à proliferação de epidemia

e no contágio de doenças. Todos esses fatores estruturais aliados ainda a má alimentação dos presos, seu sedentarismo, o uso de drogas, a falta

de higiene e toda a lugubridade da prisão, fazem com que um preso que adentrou lá numa condição sadia, de lá não saia sem ter acometido de

uma doença ou com sua resistência física e saúde fragilizadas.

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O que acaba ocorrendo é uma dupla penalização na pessoa do condenado: a pena de prisão propriamente dita e o lamentável estado

de saúde que ele adquire durante sua permanência no cárcere. Também pode ser constatado o descumprimento dos dispositivos da Lei de

Execução Penal, a qual prevê no inciso VII do artigo 40 o direito a saúde por parte do preso, como uma obrigação do estado.

Outro descumprimento no disposto da Lei de Execução Penal, no que se refere à saúde do preso, é quanto ao descumprimento da

pena em regime domiciliar pelo preso sentenciado e acometido de grave enfermidade (conforme artigo 117, inciso II). Nessa hipótese, tornar-se-á

desnecessária a manutenção do preso enfermo em estabelecimento prisional, não apenas pelo descumprimento do dispositivo legal, mas também

pelo fato de que a pena teria perdido aí seu caráter retributivo, haja vista que ela não poderia que ela não poderia retribuir ao condenado a pena

de morrer dentro da prisão.

Dessa forma, a manutenção do encarceramento de um preso com um estado deplorável de saúde estaria fazendo com que a pena

não apenas perdesse o seu caráter ressocializador, mas também estaria sendo descumprindo um princípio geral do direito, consagrado pelo artigo

5º da Lei de Introdução do Código Civil,o qual também é aplicável subsidiariamente à esfera criminal, e por via de consequência, à

execução penal, que em seu texto dispõe que ´´na aplicação da lei o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências

do bem comum´´.

2.3 BREVE COMENTÁRIO SOBRE A PANDEMIA DO CORAVÍRUS E O DIREITO PENAL

Nos últimos dias, o Brasil vive as consequências da pandemia do Covid-19 e inúmeras medidas foram tomadas no âmbito do

governo Federal, Estadual e Municipal com o intuito de evitar a propagação desse vírus no país.

A Lei Federal nº 13.979/2020 estabelece medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância

internacional decorrente do novo coronavírus:

Art. 2º Para fins do disposto nesta Lei, considera-se:

I - isolamento: separação de pessoas doentes ou contaminadas, ou de bagagens, meios de transporte, mercadorias ou

encomendas postais afetadas, de outros, de maneira a evitar a contaminação ou a propagação do coronavírus; e

II - quarentena: restrição de atividades ou separação de pessoas suspeitas de contaminação das pessoas que não estejam

doentes, ou de bagagens, contêineres, animais, meios de transporte ou mercadorias suspeitos de contaminação, de maneira a evitar a

possível contaminação ou a propagação do coronavírus.

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1
Parágrafo único. As definições estabelecidas pelo Artigo   do Regulamento Sanitário Internacional, constante do  Anexo ao
Decreto nº 10.212, de 30 de janeiro de 2020, aplicam-se ao disposto nesta Lei, no que couber.

No artigo citado acima, o legislador define o que consiste isolamento, bem como quarentena, haja vista que no art. 3º da Lei nº

13.979/2020 prevê inúmeras medidas que podem ser adotadas para fins de não propagação do coronavírus, como: isolamento, quarentena,

realização compulsória de exames médicos, restrições nos meios de transportes, conforme se ver abaixo:

Art. 3º Para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus, as

autoridades poderão adotar, no âmbito

de suas competências, dentre outras, as seguintes medidas:  (Redação dada pela Medida Provisória nº 926,
de 2020)
I - isolamento;

II - quarentena;

III - determinação de realização compulsória de:

a) exames médicos;

b) testes laboratoriais;

c) coleta de amostras clínicas;

d) vacinação e outras medidas profiláticas; ou

e) tratamentos médicos específicos;

IV - estudo ou investigação epidemiológica;

V - exumação, necropsia, cremação e manejo de cadáver;

VI - restrição excepcional e temporária, conforme recomendação técnica e fundamentada da Agência Nacional de Vigilância

Sanitária, por rodovias, portos ou aeroportos de:  (Redação dada pela Medida Provisória nº 926, de
2020) (jusbrasil.com)

2.4 A PANDEMIA DO CORONAVÍRUS EXPONDO AS PRISÕES

As prisões e a política criminal de nosso país são importantes espelhos de nossa sociedade, de compreensão de humanidade e de

dignidade e de seus cidadãos. A covid-19 é uma lupa para todos os problemas do sistema de justiça criminal.

Desde o primeiro alerta, o novo coronavírus se espalhou rapidamente pelo mundo, fazendo com que a OMS (Organização Mundial de

Saúde) declarasse uma pandemia. Diversas medidas começaram a ser adotadas como distanciamento de até um metro entre pessoas, lavagem

regular das mãos, passando por fechamento de fronteiras dos países, determinação de home-office por muitas empresas, demissões amplas,

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principalmente em países, como o caso do Brasil, em que não houve iniciativas do Poder Executivo para conter essas demissões e o

agravamento de uma crise de saúde pública que já impactaria em questões econômicas e sociais.

Diversos debates ocorreram e iniciativas foram tomadas, mas ações importantes ainda não estavam sendo verificadas para a urgência

das favelas e comunidades, pelo alto grau de informalidade; e para os inviabilizados em situação de rua e no sistema prisional contudo, não se

pode manter tanto silêncio e invisibilidade quando se tem a terceira maior população carcerária do mundo.

Em 17 de março, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) aprovou e divulgou a Resolução nº 62, com recomendações para a redução da

população carcerária para conter a disseminação do novo coronavírus no sistema prisional brasileiro. Pouco dias antes, entidades de direitos

humanos haviam demandado e entrado com liminar no Supremo Tribunal Federal para que medidas alternativas fossem tomadas no sentido de

prevenir a exposição de presos ao vírus. Ainda em 17 de março, o ministro Marco Aurélio Mello fez um conclame a juízes de execução penal

brasileiro e surgiu uma série de medidas preventivas a fim de evitar o avanço da doença nos presídios, citando a ´´situação precária e desumana

dos presídios e penitenciários´´ do país.

Dentre as providências: a liberdade condicional para presos com idade igual ou superior a 60 anos; o regime domiciliar para presos

que cometeram crimes sem violência ou grave ameaça; substituição da prisão provisória por medidas alternativas para delitos praticados sem

violência ou grave ameaça; etc. Em 18 de março, o plenário do STF rejeitou as medidas emergenciais sugeridas pelo ministro Marco Aurélio Mello

e a maioria da corte seguiu o voto do ministro Alexandre de Moraes, compreendendo que as recomendações do CNJ já seriam suficientes. É de

se concordar com o comentário Marco Aurélio Mello de que as medidas por ele indicaras eram nada mais do que óbvias diante do cenário

pandêmico, observando as medidas sendo adotadas e orientadas pelo ministro da saúde. Em 23 de março, o ministro Ricardo Lewandowski

determinou que os responsáveis pelos sistemas penitenciários e estaduais informassem quais medidas estavam sendo adotadas nas unidades

prisionais para conter a pandemia do novo coronavírus.

A recomendação do Conselho Nacional de Justiça é inegavelmente importante. Contudo, recomendações não são decisões que

devem ser seguidas, mas uma indicação ou aconselhamento. E é também inegável que, neste momento, precisamos de medidas com impactos

diretos, práticos e rápidos. Mais interessante ainda é notar como a resolução do CNJ, em verdade, expõe a problemática dos presídios e da

política criminal no país ao relator, em suas palavras ´´a alta aglomeração de pessoas; a insalubridade das unidades; as dificuldades para garantia

da observância dos procedimentos mínimos de higiene e isolamento, (...) insuficiência de equipes de saúde, entre outros, características inerentes

ao ´´estado de coisas inconstitucional do sistema penitenciário brasileiro´´(...).

A resolução, ainda, traz à luz questão constantemente ignorada pelo conjunto da sociedade: que as prisões são parte do todo social e

não algo distante e que em nada tem a ver com nossas vidas. Ou seja, ações para a manutenção da saúde de pessoas têm o impacto na saúde

9
coletiva e um cenário de contaminação em grande escala nos sistemas prisionais e socioeducativos produzem impactos significativos para a

segurança e a saúde pública de toda a população, extrapolando dos limites internos dos estabelecimentos.

As prisões são territórios de precarização de vidas negras, pobres e consideradas sexualmente desviadas, de mortes simbólicas que

servem, também, a um projeto genocida. Infelizmente, a prisão tem significado mais do que a privação de liberdade, mas um espaço de extrema

violência. Em recente levantamento realizado pela Agência Pública, foi verificado que quatro em cada dez presídios no país não possui consultório

médico, quase metade não tem farmácia ou sala de estoque de medicamentos, 81% não contam com sala de lavagem ou descontaminação.

A questão em si da pandemia do coronavírus trouxe grandes ameaças e retirou-se diversos direitos dos detentos que, de fato, foi

necessário mesmo sem tanta assistência. Modificou o sistema prisional, estabelecendo protocolos de segurança para conter ainda mais a onda do

vírus de alta letalidade, até então, sem nenhum remédio eficaz no combate a doença, apenas com algumas vacinas e processo de imunização

muito lento.

Foi necessário se readaptar, se reinventar e investir um pouco mais na tecnologia e suas funcionalidades que aqui está sendo

apresentado neste artigo.

Expor as vidas de presos, pessoas que estão em cárcere em cumprimento de pena por terem cometidos crimes e julgados pelas leis

brasileiras, não dá carta branca ao Estado para deixar de assistir e cumprir seu papel, envolve também a questão do acesso limitado ou restrito

dos seus familiares que não deixa de ser direito dos mesmos.

Até aqui, nesse período de pandemia, foi necessário em muitas decisões do Judiciário para que o Poder Executivo enquadrasse e

ingressasse no cumprimento de suas obrigações. O cárcere já ultrapassa de um péssimo ambiente por diversos fatores também apresentado

nesse trabalho para a recuperação de alguém que, ora tenha cometido um delito em descumprimento com a legislação vigente.

Sabe-se que, a pandemia é sim um problema mundial, mas isso não impede que o responsável legítimo dessa obrigação esteja em

descumprimento na falta de assistência mínima aos detentos enquadrados pelo sistema.

Até aqui, é necessária uma assistência ainda mais ampla pelos poderes públicos que também tem autonomia de provocar o Judiciário

para que o mesmo faça saber da sua principal realidade e necessidade, designando diligência e determinar o estrito cumprimento da lei. O

sistema Penitenciário Brasileiro já detém de grande deficiência ao longo de anos, essa realidade se entende ainda mais nesse momento de

pandemia.

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As instalações em péssimas condições, a superlotação, as situações de tortura e maus-tratos são um combustível para a violência. A

solução passa pela diminuição de presos provisórios. A forma indiscriminada de aprisionar e de combater a violência com violência. o modelo é

parte do problema, se aprisiona muito e mal. O aprisionamento maciço está relacionado com a guerra às drogas. O pobre, negro e favelado que

está na cadeia. O menino branco que mora em áreas privilegiadas vai ser sempre considerado usuário. A maioria das pessoas presas por tráfico

foi pega em flagrante, estava sozinha, com pequena quantidade, desarmada e não havia cometido nenhum ato violento. O sistema foca no

(traficante) do varejo, que logo será substituído por outro, e não vai atrás do grande responsável. Essas pessoas são jogadas dentro do sistema

de horrores, onde estão vulneráveis ao recrutamento para o crime.

2.5 O QUE DIZEM OS PRINCIPAIS ÓRGÃOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS SOBRE A COVID-19 DENTRO DAS

CADEIAS COMO SOLUÇÃO

1 . Redução da População Carcerária, Segundo relatório do SPT, é necessário reduzir o número da população carcerária na

medida do possível, implementando esquemas de libertação antecipada, provisória ou temporária, nos casos em que é seguro fazê-lo. Países

como Irã, Irlanda do Norte e Etiópia já adotaram medidas do tipo.

No Brasil, o presidente do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), Dias Toffoli, também presidente do Supremo Tribunal Federal, emitiu, no dia 17

de março, recomendações aos tribunais e juízes de todo o país a fim de diminuir as chances de novas infecções nos presídios. Além de

orientar a redução do fluxo de novas prisões, o texto solicita a consideração de revogação das prisões provisórias de mulheres gestante,

lactantes, mães ou pessoas responsáveis por criança de até doze anos ou por pessoa com deficiência, assim como idosos, indígenas, pessoas

com deficiência ou que se enquadrem no grupo de risco. 

Segundo o Depen (Departamento Penitenciário Nacional), até o início de abril, cerca de 30 mil presos foram liberados por decisões

judiciais. A CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos) reconheceu a ação do CNJ como exemplar. 

 2. Cuidados com a Saúde Física, O relatório do SPT lembra que o Estado é responsável pelos cuidados de saúde das

pessoas que estão sob sua custódia. “Os presos devem usufruir dos mesmos padrões de assistência médica disponíveis

na comunidade e devem ter acesso aos serviços de assistência médica necessários gratuitamente, sem discriminação

11
com base em seu status legal”, afirma o documento, citando as “Regras de Mandela”, um conjunto de parâmetros

internacionais para o tratamento de presos.

 3. Cuidados com a Saúde Mental, As organizações internacionais destacam a importância de levar em consideração as

particularidades das reações psicológicas e comportamentais dos presos. “O confinamento solitário e a detenção

prolongada ou indefinida, incluindo décadas de detenção em prisões ou outros ambientes fechados, influenciam

negativamente a saúde mental e o bem-estar”, diz um  relatório especial de saúde mental da

ONU.   

O documento ressalta ainda que as condições de saúde mental e taxas de suicídio entre os detentos são piores do que na

população em geral. A fim de ampliar o apoio emocional em situações de crise como esta, é recomendado compartilhar informações sobre a

doença de forma transparente, garantindo ainda o contato contínuo com a família. 

 4. Manutenção dos Cuidados Durante a Quarentena, Em seu relatório, o SPT divulga ainda orientações aos presos que

precisam ser mantidos em quarentena. De acordo com o documento, “aqueles que estão temporariamente em

quarentena devem ser tratados como agentes livres, exceto pelas limitações necessariamente impostas a eles”; e, dentro

dos limites, devem ter condições de realizar atividades internas, bem como a possibilidade de comunicação com amigos

e familiares. 

Além disso, segundo o relatório, “como as instalações de quarentena são de fato uma forma de privação de liberdade, todas as pessoas presas

devem poder se beneficiar das salvaguardas fundamentais contra os maus-tratos, incluindo informações sobre os motivos de sua quarentena, o

direito de acesso a

aconselhamento médico independente, assistência jurídica e garantia de notificação de sua condição a terceiros, de maneira compatível com

seu status e situação”.

 5. Conversas Por Videoconferência, A alta-comissária de direitos humanos das Nações Unidas, Michelle Bachelet,

informou, em um discurso, a necessidade de restringir visitas a locais fechados, como presídios. Mas fez ressalvas:

“Essas etapas precisam ser introduzidas de forma transparente e comunicadas claramente às pessoas afetadas. A

interrupção súbita do contato com o mundo exterior corre o risco de agravar o que podem ser situações tensas, difíceis e

potencialmente perigosas”. 

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Bachelet destacou medidas alternativas que vêm sendo tomadas em outros países com a ajuda da tecnologia, como a permissão do acesso

a e-mails e chamadas por videoconferência ou telefone. 

2.6 MAGISTRADO COMENTA SOBRE O SISTEMA PRISIONAL EM TEMPO DE PANDEMIA

O Desembargador Edson Ulisses de Mello participou, como conferencista, da sessão virtual da Academia Sergipana de Letras (ASL)

na segunda-feira (10/08). O magistrado, que também é acadêmico da ASL, abordou a temática ´´o sistema prisional em tempo de pandemia´´, a

palestra que foi transmitida pelo canal do youtube da ASL.

O Desembargador que é membro da câmera criminal do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE), fez um breve histórico do sistema de

aplicação de penas àquele que cometem crimes e dos papéis dos poderes Judiciário e Executivo no cumprimento da legislação penal. Falou

cobre a criação das unidades prisionais, que são destinadas ao cumprimento das penas privativas de liberdade, inclusive, explicando os tipos de

penas e as prisões em regime fechado e semiabertos.

´´A situação que debatemos versa sobre dois valores importantíssimos: a liberdade, relacionada ao sistema prisional e a vida diante do

enfrentamento à covid-19. Considerando a recomendação nº 62, nós, nos Tribunais, nos deparamos comumente com pedidos de Hcs,

acompanhados de atestados médicos de presos acometidos de morbidades graves. Considerando nas decisões, inclusive, o alto risco de

contaminação da covid-19 em um ambiente fechado, com condições infraestruturas deficitárias e que por falta de impossibilidade maior de

distanciamento social pode resultar em uma maior contaminação. No regime prisional, a possibilidade de se manter um distanciamento é quase

impossível, uma vez que as penitenciárias estão superlotadas, com espaços insuficientes devido à superlotação carcerária´´, explicou Ulisses.

O Magistrado refletiu sobre a flagrante superlotação nos presídios, as péssimas condições e infraestrutura, o desrespeito à dignidade

da pessoa humana. Lembrou que, no Brasil, a Constituição Federal não admite pena de morte, prisão perpétua, pena de banimento ou tratamento

cruel nas prisões.

(Agosto, 2020, CNJ)

2.7 MUDANÇA NA ROTINA DAS PRISÕES

As visitas físicas de familiares dos presos estão suspensas em todos os presídios do Paraná e em boa parte dos presídios do país

como medida de combate a propagação do coronavírus. Para amenizar a situação, alguns detentos estão contando com o apoio da tecnologia

para conseguir contato com a família. A visita virtual funciona no estado desde 2018 e agora foi ampliada por causa da pandemia.

13
As visitas remotas ocorrem na Penitenciária feminina de Piraquara, na unidade de Progressão da Penitenciária Central do Estado e na

Penitenciária Estadual de Piraquara 1, ambas na região Metropolitana de Curitiba. Isabel Kugler Mendes, presidente do conselho da comunidade

da RMC, órgão de execução penal, destaca que a ferramenta é importante, porque muitas famílias ficam aflitas sem notícias dos parentes que

cumprem pena no sistema prisional do Paraná.

Com a suspensão das visitas presenciais nos presídios, os familiares tiveram que adaptar o envio de materiais de higiene e limpeza

para os detentos. A presidente do Conselho da comunidade conta que muitas pessoas não conseguem se quer comprar os itens necessários,

quanto mais arcar com o envio.

Muitas famílias não tem acesso à internet. Nestes casos não é possível fazer o cadastro para visita virtual. Além disso, o Estado

também não possui estrutura de equipamentos para todas as unidades prisionais outro empecilho é que os computadores também precisem ser

reversados porque são usados para audiência com advogados, Defensoria Pública e Juízes.

O recurso faz parte do projeto virtual, desenvolvido pelo departamento Penitenciário do Paraná (Depen). O agendamento das visitas

virtuais é feito pela direção dos presídios e cada unidade tem seu critério. As conversas são por chamadas de vídeo, que duram cerca de meia

hora, e acompanhadas por agentes penitenciários.

(Maio, 2020, CBN Curitiba)

2.8 OS EFEITOS DA CRISE DA COVID-19 NAS PRISÕES

Ainda em novembro de 2020, a prestigiada American Medical Association (AMA) já recomendava a inclusão de presos e funcionários de

estabelecimentos prisionais nos grupos prioritários para receberem as primeiras doses das vacinas contra a Covid-19. A dificuldade na adoção de

medidas de isolamento social, a falta de assistência médica e o escasso acesso a itens de higiene pessoal pautaram a recomendação [1].

Além da associação americana, diversos especialistas brasileiros em saúde pública continuam endossando a inclusão da população

carcerária nos grupos prioritários de imunização, destacando que o alto risco de exposição ao vírus dentro das prisões, além de comprometer as

pessoas presas e os funcionários que transitam nesses espaços, também pode afetar as comunidades ao redor dos presídios. Para William

Lopez, professor da Universidade de Michigan, a ideia de que as prisões são espécies de fortalezas impenetráveis é ultrapassada, "na realidade

essas instalações costumam ter grande movimento de pessoas" [2].

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No Brasil, segundo o último relatório disponibilizado pelo Conselho Nacional de Justiça, em 20 de janeiro, já houve 229 mortes em

estabelecimentos prisionais por conta da Covid-19, com um índice de aumento de 4,5% em relação ao mês anterior. Ainda em janeiro, o número

de casos confirmados chegou à marca de 57.454. Desse total, 43.799 são presos contaminados e cerca de 13 mil correspondem aos

trabalhadores dos complexos prisionais [3].

Apesar de alarmantes, os dados divulgados pelo CNJ provavelmente não refletem a realidade sanitária das prisões brasileiras. Segundo a Escola

Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, da Fundação Oswaldo Cruz, estima-se que, na população em geral, cada pessoa infectada pela Covid-

19 pode contaminar de duas a três pessoas. Já dentro dos presídios esse número é sete vezes maior. Cada pessoa contaminada pode

contaminar outras dez: "em uma cela com 150 PPL (pessoas privadas de liberdade), 67% deles estarão infectados ao final de 14 dias, e a

totalidade em 21 dias" [4].

Vale ressaltar que a pandemia da Covid-19 agravou uma situação de precariedade sanitária já instalada nas penitenciárias. A superlotação e a

falta de assistência adequada à saúde levam à morte de pessoas presas por doenças tratáveis fora do contexto de encarceramento, como a

tuberculose, a hanseníase e o HIV [5].

Outro dado devastador diz respeito ao acesso a médicos nas prisões nacionais. Conforme o mapeamento promovido pelo Conselho Nacional do
Ministério Público (CNMP), 31% das unidades prisionais no país não fornecem assistência médica interna, exigindo um deslocamento externo
quando alguma pessoa presa necessita de atendimento médico.

A ausência de médicos nas unidades também compromete a identificação e tratamento de casos suspeitos da Covid-19 dentro da prisão,
dificultando as ações de contenção interna do vírus [6].

A despeito desse quadro, o Ministério da Saúde ainda não indicou nenhuma estratégia clara de vacinação direcionada ao cárcere. Na segunda

versão do plano nacional de vacinação, divulgada no último dia 22, a "população privada de liberdade e funcionários do sistema de privação de

liberdade" continuam integrando a lista dos "grupos prioritários", todavia, sem a indicação de como ou quando os imunizantes chegarão aos

presídios nacionais [7]. No material, consta apenas que a vacinação será articulada com os Estados e municípios, de acordo com a Política

Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP), sem maiores detalhes.

Ao que tudo indica, o governo federal ignora a necessidade de implementar uma política de contenção à Covid-19 dentro das prisões. Com 733
mil pessoas sob a custódia do Estado, das quais 45,92% pertencem ao regime fechado [8], é urgente a adoção de medidas sanitárias voltadas ao
combate do coronavírus dentro do cárcere.  

Durante o ano de 2020, a principal medida de contenção à pandemia que se popularizou pelos Estados pautou-se no isolamento absoluto e mal
pensado. Saídas temporárias foram suspensas, visitas externas proibidas, ao passo que as denúncias de casos subnotificados e a escassez de
itens de proteção e higiene pessoal aumentavam do lado de fora dos muros [9].

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No contexto de superlotação que aflige o país, é preciso a adoção de uma política coordenada de combate e prevenção ao Covid-19 dentro das
prisões. O governo federal, com o auxílio dos Estados e municípios, tem o dever de assegurar o acesso à saúde para todos os seus
administrados, sem distinção.

No âmbito do plano nacional de vacinação, a população carcerária deve ser priorizada por estar inserida em instalações estatais de extrema
precariedade. Aliada à vacinação, ações que visem ao aumento da testagem, da alocação de agentes de saúde dentro dos estabelecimentos
prisionais em conjunto com a disponibilização suficiente de equipamentos e materiais de proteção são esforços imprescindíveis para contornar o
desastre sanitário e humanitário em andamento nos presídios brasileiros.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo geral do presente trabalho consistiu em entender melhor como as prisões ficaram depois da pandemia do coronavírus,

como o magistrado enxerga o assunto, como ainda tem muita coisa que mudar nos presídios. Tendo como pergunta de pesquisa: Quais desafios

encarados nos presídios em tempo de pandemia?

Quando iniciou-se o trabalho constatou-se que havia uma dificuldade em relação a como as prisões ficaram depois da pandemia, com

os presos se aglomerando, não havendo nenhum tipo de distanciamento social para não se propagar a doença nas cadeias. Por esse motivo foi

importante o estudo do tema.

Como resposta a pergunta proposta e ao objetivo de pesquisa, foi constatado que o objetivo geral do trabalho foi atendido. Porque

efetivamente o trabalho conseguiu identificar que tem que ter muitas mudanças nas prisões. Agregando conhecimentos gerais e específicos na

área de estudo. Fornecendo informações para melhoria do tema. Deixando claro que todos devem tratar o assunto como importante.

O problema foi resolvido através das respostas que mais do que nunca o e-commerce é importante na vida da população. Foi citado

no trabalho que estamos passando por uma pandemia, e por esse motivo é mais do que essencial a sobrevivência dos presos.

O primeiro objetivo específico era descrever de uma maneira geral a história do sistema prisional brasileiro. O objetivo foi atendido

mostrando como o tema é importante e tem bastante relevância para todos os envolvidos.

O segundo objetivo específico era analisar como o sistema prisional tem vários problemas e como a sociedade enxerga o assunto.

Chegando a conclusão que o objetivo foi atendido.

O terceiro objetivo específico foi comentar como a pandemia está sendo um problema grave nas prisões. O objetivo foi atendido

mostrando como os presos estão sofrendo dificuldade.

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O quarto objetivo específico era mostrar como o coronavírus se espalhou rapidamente e os presos tiveram que ficar aglomerados

expostos a doença. Atendendo o objetivo e mostrando que medidas tem que ser tomadas.

O quinto e o sexto objetivo específico mostraram como o magistrado enxerga a pandemia e no sexto objetivo mostrou as mudanças

que tiveram nas prisões. Os objetivos foram atingidos mostrando que muita coisa ainda tem que ser mudada.

Diante da metodologia proposta percebeu-se que houve uma grande dificuldade para fazer o trabalho, devido as bibliotecas,

faculdades, tudo estar fechado por conta do cenário atual da COVID-19. Com isso ficou difícil o acesso a livros, revistas, documentos. Havendo

somente a internet como aliada.

Devido aos recursos escassos a pesquisa teve que ser feita praticamente toda online. Através de e-books pagos, sites sobre o

assunto, livros emprestados e vídeos para ajudar a entender melhor como fazer o trabalho, já que o curso está sendo online e haver uma

dificuldade muito grande do contato físico entre professor e aluno.

As sugestões para pesquisas futuras envolvem uma pesquisa do atual cenário pós pandemia. Como ficaram os presídios depois da

pandemia, quantos presos infelizmente perderam suas vidas, quantos tiveram problemas de saúde.

Este artigo cientifico foi feito por mim, contei com enunciados, comentários, relatórios que dispõe na internet tratando-se da pandemia

do novo coranavírus. O que vejo de tão pertinente em relação ao trabalho é de como nós operadores do direito possamos contribuir para que

exista uma sociedade mais assistida, menos prejudicada diante de um cenário tão devastador.

O TCC conta com introdução, desenhando inicialmente este artigo, em seguida se faz menção ao referencial teórico e seus maiores

problemas na visão da sociedade sobre as prisões, externando um comentário sobre a pandemia e o direito penal. Foi mencionado também as

principais recomendações dos Direitos Humanos no que tange como solução nesse momento de pandemia. O que diz o Magistrado sobre o atual

aspecto de pandemia e prisão, mudanças da rotina nas cadeias e seus principais efeitos da crise do Covid-19.

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REFERÊNCIAS

Artigo da professora Kátia Sento Sé Mello, da Escola de Serviço Social (ESS) da UFRJ, sobre a situação da população carcerária do país;
Sessão virtual da Academia Sergipana de Letras (ASL) com o Desembargador Edson Ulisses Melo.
O rol de entendimento sobre o assunto apresentado: Fonte: site https://www.fes-brasil.org/detalhe/o-que-a-pandemia-do-coronavirus-expoe-sobre-as-prisoes/ ;
https://www.fes-brasil.org/detalhe/o-que-a-pandemia-do-coronavirus-expoe-sobre-as-prisoes/ ; https://www.cnj.jus.br/sergipe-desembargador-fala-sobre-o-sistema-

prisional-em-tempo-de-pandemia/

https://www.conectas.org/noticias/5-medidas-urgentes-para-o-sistema-prisional-
durante-a-pandemia-de-coronavirus/
https://www.conjur.com.br/2021-fev-02/opiniao-efeitos-crise-covid-19-prisoes-brasil

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