Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
'iíí*
OBRAS
DE
J. B. DE A. GARRETT.
IX.
1^ H _:. B^ I '«J
KA MINHA TERRA
POR J. B. bE ALMEIDA-GARRETT.
11.
LISBOA
KA TYPOaBAFIA DA GAZETA UOS TRIBLXABâ.
1846.
DEC 1 9 IS
CAPITULO xxvr.
— 5—
—6 —
—8—
— *
Nao , minha senhora ,' responde o auctor
mui lisongeado da pergunta :' não , minha senho-
ra , a historia não acabou ,
quasi se pôde dizer
que ainda elia agora começa ; mas houve muta-
ção de scena. Vamos a Santarém, que lá se passa
o segundo acto.'
CAPITULO XXVII.
os verso» da bíblia.
— ArcUUeclura pedante doseculo XVII.
Eulrada na Alcáçova.
to de Santarém. A
pouoa frequência do povo, as
hoilus e pomares mal cultivados , as casas de
;
— 12^
T. II.
CAPITULO XXVIII.
— 20 —
— 21 —
Âlfunso Henriques.
!
— 22 —
— 2Í —
Vamos a jantar.
— 27 —
CAPITUTO XXIX.
— so-
que fazer.
— •
Ja vem vinio a noite, é tam so a estrada...
Senhur pae , nãu digam tal da nossa Ciísa ,
3 *
j
— 36 —
^ Thomar.
,
^40.
* De íraJes e de frciraa.
,
4!
r '
Novas tentativas, promessas, ameaça'' do fu-
rioso amante... A saneia resiste a tudo, íorte na
6ua virtude.
,
Passaram mais ires séculos e meio e no an- ;
E acabou ^ historia.
â par tu.
CAPÍTULO XXXÍ.
.3 c-eni:
•-80 —
^53 —
--s* —
* Seja '
respondemos nós.
Escuta.
CAPITULO XXXU.
1 scuta
!
— 57 —
^61 —
da te amo).
— 63 —
'
—'Que me 8ucce<leu?'
bem sabes.
— •
Hasde sabe-lo agora. O passado,..*
— *
O passado ! qtial ?
'
— *
O passado deixou de existir.
— •
E o futuro ?
— •
Porquê ?
'
— •
Porque tu me disseste que nSo creâse.
— 61 —
— Um * hoínera.
— •Oh!'
— •
Basta e descança. Amanban fallaremos.
— SanTrancisco
* de Santarém*
— Deus
*
de misericórdia !
*
— •
Georgina !
' '
— 6S —
c
— 'Não miolas, Carlos... E dorme.'
[ —'Aonde?'
— *
Quero... não quero... mas é Oh sim, quero
morrer. Tende misericórdia de mim, meu Deus l'
— *
Socega , Carlos.*
^60 —
— •
Carlos, meu Carlos, tu estás livre de pe-
rigo , vou restituir-te aos^ leu«. *
'
.
— 'Os meus !
.
' ' '
— 67
— *
Joanipha •'
oh !. loanninha...'
— Ah '
!
— Tu ' !
•
— * Georgina !
— '
Carlos
!
— 'Não.'
5 »
— 68 —
da lua ?
.
— 'Carlos jç' respondeu ^Georginq còfn a fria
niás' cbmpnssivá |^ied:i(fe que ítiais o desespera-
va —
:
*
Cáílos', iião abuses da puúcli sfaVide q'.i6
— Oh como,
* oh quanto! Nerdmm homem,..*
— 72 —
— 73.
— 74-
£lla continuou
— ^ Era (í:lc.
— 'Pois tu sabes?..*
rás.
— 76 —
— Queres que
•
t'o repitta ? Reppeltirei. Que
tu amas lua prima, que ella que te adora. E
por Deus Carlos eu ja lhe quero como se fora
,
— *
Juras falso.
77
CAPITULO XXXíV.
— 80 —
—sa—
— *
lilas que foi , que succedeu 1
~<Eu?'
'—-*Sim tu, (Carlos. Revoca as palavras ler-
que proferiste, e
f iveis em nome de Beus, filho,
perdoa a teu...'
— 84.
— ' Padre ,
padre ! e quem assacinou meu páe,
quem cegou minha avó , e quem cubriu de in-
fâmia a rainha... a toda a minha família?'
CAiPiTULO xxxy.
Reunião de —
to<I.a a fatuiiia.-rrJSxpIicajçSo dos niysterip»,
— 50-^
— 92^
E períloâmos tanlo.
E esquecemos tanto.
— * Turas-me
tu de o não deixar , de velar
por sempre, de o defender de si raesrao que
elle
-^98
— • Se juro
!
— *
Oh nào! Carlos cuida-o assassino de seU
pae ; e é fulso. Minha avó ja me disse tudo.'
— * Falso !
' murmurou Carlos sem abrir os
olhos :' é íalso? Pois nào foi elle que matou meu
pae?'
— *
E minha mâe?
— 'Tua
•
Riàe... e eu somos duas desgraçados.
' '
-^94-^
r — *
DeFcndi-me, foi defendendo esta vida mi-
serável... Oh ntinca eu o fizera I E paraquê?
Paraque quiz eu vivçr ? Para isto !
— '
Ambos se junctnrnm para me assassinar, e
me accofnmclleraqíi clraiçoadíimefite na charneca.
N.lo o.<i conheci foi de noite escura e cprrada.
;
— *
Nâo me dei por bastante f asíigado com
o agonia de lua mâe, a mais horrorosa e deses-
perada agonia que ainda presenciei , oh meu
Deus!.. Tive o Animo de cxpiicir a tua
cruel
«nvó as negras circiimstancins d'aquclla morte, c
de lhe patentear toda a fealdade e hediondez do
: '
— 90 —
ínitia toda. —
Faze de mim como fôr tua vonta-
de. SoQ leu pae...'
— •
Misericórdia, filho, e perdão para teu pae !
T. IX.
CAPITULO XXXVL
*— Falia multo?
— que
Seja o for , acabemos ; que esfá a
fiente inipacieííle por saber como se coocliiiu tu-
do isso, o que fez o frade, o que foi feito da
injileza , Joanniiilia e a avó que caminLo leva-
ram , e o pobre Carlos se...
^101 —
— Faliam physicamente?
— Physicamente. Mas no morai anda pelo
piesmo. E se esse é o defeito de Carlos...
— Sentir muito?
— Pôde ser.
-— Saberão.
— Queremos ja.
—E se fossem ambas?
"
— Oh horror, maldiorào, inferno!
horror,
Ferros emdemónios pretos
braza ,
vermelhos , ,
^lOG.
Vamos ao Sanclo-milagre.
CAPITULO XXXVII.
—
Monumento da multo alfa e poderosa princeza a inf-Hila D.
Maria da Assumpção. —
Ca>a onde succeden o niiiagre,
convertida em capella de stylo philipino. —O
homem das
botas, e o que tem elle que haver com o Sancto-milapie
de Santarém. —
Admirável e graciosa esperteza da rfíjcncia
do Rocio. —Âaroun eUArraschid ; e theoria dos governos
folgasões , os melhores governos possiveii. —
Volta o palá-
dio Bcalabitauo de Lisboa para Sautarem.
— 112 —
muito.
115
— il«—
á direita
E ahi jaz em sepultura raza , sem mais dis-
tincçâo nem cpitopliio, a muito alta e poderosa
princeza 1). Maria , filha do muito alio e pode-
roso principe D. João o VI , rei de Portugal
imperador du Brazil , e da conquista e navega-
ção etc.
— 120 —
'''1.
:
CAPITULO xxxviir.
— 122 —
— 123 —
— 123 —
127 —
E opplaude-se sempre.
— 129 —
— i33 —
Ambas em vâo!
— 136^
— 138
— 139
As Claras. —
Aventura nocturna. —
Ss as freiras metlem mcclo
aos liberaes ' — — —
O Psalrno. Três frailes. Frálii-;» ilo fran-
ciscano.— O
corpo de San'Fr. Gil. —
Que se liade fazer
«las freiras? — Mal do govôruo que deixar comer mais aos
Laròes.
— 142
Que será?
— 143 —
— lil-
'
listamos feitos o opprobrio dos nossos vizinhos
o esci^nieo e a zombaria dos que vivem por nos-
soij anedores.
'
Que devoraram a Jacob ; e desolaram suas
terras.
'
Não te lembres de nossas iniquidádt^s paísa-»
'
Ajuda-nos Deus, salvador nosso ; c pela gío-
'
— Í45-*
--ÍÍ6 —
milli-lo.
'
Mas qualquer que seja a sua vontade , rcsi-
gnae-vos a elia, minhas irmans. So eilc sabe co-
mo nos ama e como nos castiga. Louvemo'-Io(
por tudo.*
— 149--
— 1S2—
que todos
'insigniíicanlixs leeni todavia , ainda os
iríCMnos que o negam.
— 1S3
loo •
— fSÔ —
nal...
CAPITULO XLÍf.
phrenolo^ia. — publica,
Virniicla laidia ma.s ultrajante. •
Í2S.
— 1S9 —
No coro alto.
supremo império; —
talvez supposeram que mes-*
mo dejjois de morto um rei devia de ser de
,
*^m
—
,
CAPÍTULO XLIir.
— 169
--171-.
— 172 —
— 'E Joanninha?
— * Toanninlia esta no ceo '
: — respondeu sem
sem
soliresallo, erguer os olhos do seu livro , a
sombra — que
do frade outra coisa nào parecia.
— 173 —
— * Carlos
!
' respondeu clíe erguendo emíiiii
— 'Venho de Santarém...'
— '
A misericórdia é maior.
— 1751—
— * Leia.
Li.
CAPITULO XLIV,
Evora-monle..
de maio de 1834.
TOMO n. 12
!
— 178 —
Eu estou perdido.
— 179 —
me.
Esse homem que é meu pae, não o podia
ver; hoje que sei o que me elle é,.. Deus me
perdoe, que ainda o posso ver meuos!
d'isto.
— 184.
— 185 —
— 186 —
Seria em mim ?
— 190 —
^192 —
— '
Phebe , eu estou so com Carlos ; e quero
estar so. Em casa para ninguém.'
13 «
' '
— 196 —
— *
Que heide eu dizer ?..
— *
Não duvido. Queremos-lhe lodos muito
aqui., muito demais... receio; como havemos
de duvidar?'
— •
Nâo prometta nada , senào que hade ser
cavalheiro. Isso sei eu e sinto que o pôde cum-
prir.'
— *
Juro por... por ella.'
' ' ,
— 197 —
— Para * a índia !
Se Júlia ?..
— 199 —
— O què
• ?..'
— *
Ai Carlos
!
— '
Que para sempre, sempre...*
do coração —
n'uma depressão d'espirito que to-
cava na estupidez. Se me apontassem uma pisto-
la aos peitos, não levantava o braço para a ar-
redar... Ja não sentia pena nem desejo. Parecia-
me que começava a morrer ; e não achava que
morrer custasse muito.
— 200
— 202 —
— 203 —
— 20Í
— 208.
A mim !..
210 —
— 213 —
D'ella , quem ?
Era Georgina...
— 2i8 —
— 219
— 220
— 223 —
— 22S —
TOMO II. 15
CAPITULO XLíX.
De como Carlos
se fez bariio. —
Fim da Iiisloria de Joannf-
nha. — Georgina abbadessa- —
Jiiizo de Fr. Diniz sobre a
qiieslào dos frades e dos barões. —
Que não póile tornar a
ser o que fui , mas iiinito nicnos pude ger o que é. que O
hade ser, Deus o sabe e i)rijverá.-^ Vai o A. dormir ao Car-
taxo. — Sonho que alii tem. —
Volta a Lisboa —
Caminhos
de ferro e de papei, —
Couclusão da viagem e d'este livro.
— ' Leu ?
•
15 #
' ,
— 228 —
— 'Li.'
— 'Em quê? ?
nas eleições, na agiotagem, nos
bens nacioiíacs
— 'BarSo!'
— É * baruo , e vai ser deputado qualquer
dia.'
— '
Joanninha inlouqucceu e morreu. Georgi-
' ' ' '
— 220 —
— Abbadessa ?
— •
Âhi está como a ve, morta de alma para tu-
do. Não ve não ouve
, , não falia , e não conlie-
ce ninguém. Joanninha veio morrer a(jui n'esla
fal/i! ca^a do valie , eu estava ausente , expirou
nos braços delia e de Georgina. Desde esse ins-
tante a avó cahiu n'aquelle estado, líslá morta,
e não espero aqui senão a dissolu^-ão do cor-
po para o interrar , se eu não for primeiro, e
Deus queira que não! quem bíide tomar conta
d'ella , ter cliaridade com a pobre da demente?
Mas depois... oh ! depois... esporo r>o Senhor que se
compadeça emfim de tanto solFrer e me leve
para si.
— 230 —
'
Carlos é barão : não Ili'o disse ja ?
— *
Pois barão é o succedaneo dos..,'
•— *
Vi um dos tacs papeis liberacs em que is-'
— *
E que lhe pareceu ?
'
— Errámos
' ambos.
— 232
— 233 —
Mas de metal
AO I.IVB.O SEGUNDO.
Nota A.
Nota ií.
Nota C.
Nota D.
Nota E.
Nota F.
Nota G.
Nota II.
índice-
Cawtdlo XXVT —
Modo de ler os andores anll-
gftS , emodernas lambera.
os Horácio na—
sacra-vja. —
Duarle Nunes iconoclasta da nossa
historia. —
A policia e os barcos de vapor.—
Os vândalos do feliz syslema qne nos rege.—
Shkspeare lido em Inglaterra a um bom fogo,
com um copo de old-sack «ôhre a banca.—
Sir John FlaslaíTse maior homem qne Sancho*
foi
Pansa ? —
Grande e importante descoberta ar-
cheologica sobre S3n'Tiago San'Jorge e Sir
.
John FalstaíT. —
Próra-se a vinda d'esteúltírao
a Portngal. —
O enlhnjiasta brilannico no ta^^
mulo de Heloisa e Abeillard 00 Père-la-Chaise.
— Bentham e Camões. —
Chega o aiiclor á sua
janella, e pasmosa mirngem poética produzida
por umas oitavas dos I.usiadas. —
Deromoem
fim prosogiiem estas viagens para Santarém, e
que ff-ilo será de Joanninha \
Capitulo XXVIF —
Cbegada a Santarém, Olivaes
de Santarém —
Fóra-de ViJIa. —
Symetria que
não é para os olhos. —
Modo de medir os versos
da biblia. —
Architectura pedante do século
XVII. —
Entrada na Alcáçova 11
Capitulo XXIX —
Doçuras da vida. —
Imagina-
ção e sentimento. —
Poetas que morreram mo-
ços e poetas que morreram velhos. —
Como são
escriptas éslas viagens. —
Livro de pedra. Crian-
ça que brinca com elle. —
Ruinas e reparações.
•— Idea fíxa do A. em coisas d'arte e lítterarias.
- —
Saneia Iria ou Irene, e Sanctarem. Ro- —
mance de Sancta Iria. —
Quantas sanctas ha
em Portugal d'este nome ? 29
^2iá^
CAPifCLO XXXVÍ —
Que não Se acabou a histo-
ria de Joantiioha. —
Processo ao coração dei
Carlos. — ImmoraiidiKÍe. —
Defeito de organi-
zação não é immoralidade. —
Horror, horror,
Iiialilicção - Uo?
! — barão qne não pertence á
família lineatta dos barões propriamente diftos.
— Porta de Alamanna. —
Sfnaius consulto san-
tar'en(i.- — N*ssa Senhora da Vicioria ufforada.
— Thrcnos sobre Santarém 99
Capitulo XLII —
Protesto do andor. —
Desafli-
nação dos nervos. -^ O q«€ é preciso para que
as ruínas sejam solenines e sublimes. Qu9 —
Deus está no Colliseu assim como era San'P€«
dro. — Q«er-se o auctor ir emliora de Santa-
rém. — Como, sem ver o tumulo d'elrei D.
Fernando? —
Em que estado se acha este -r-
]i!xemplar de siylo byzantino. —
Coroa real so-
bre a caveira. —
O rei d'espadas e o symbolo
do império. —
Q"^'" "^u^c^ *'*i o rei cuida que
é de oiro.' —
Britlalidades da soldadesca n'uni
tumulo reaí. —
O que se acha nas sepulturas
dos reis. —A phrenologia. —
Vindicta pública,
tardia mas ultrajante. —
Caroõps e Duarle Pa-
checo. —
A sombra falsa da religião. Regi- —
men dos barões e da matéria. —
A prosa e a
poesia do povo —
Synthese e anályse. O sen- —
so íntimo. —
Se oauclor é demagogo ou Jesuí-
ta? —
Jesu Chrislo c os barões 137
Capitclo XIJII —
Partida de Santarém. — Pina-
colheca. —
Impaciência e saudades. — Sexla-
feira.— Marlirio obscuro. — A do pec-
figura
cado — Estamos no outra
valle — Evoca-
vez.
ção de incanto. — A irman Francisca Di- e Fr.
continua 187
Capitulo XLVI — Carta de Carlos a Joanninha:
continua 195
Capitulo XLVII — Carta de Carlos a Joanninha :
continua 207
Gapitclo XLVHI — Carta de Carlos a Joanninha :
continua 215
Capitulo — De como Carlos
XLIX barão. se fez
— Fim da da Joanninha. — Georgin*
historia
abhadessa. — Jniso de Diniz sobre ques-
Fr. a
lão dos dos
frades e — Que não pôde
barões.
tornar a ser o que foi , mas mnilo menos pó-
deseroqueé? O que hade ser, Deus o sabe e
proverá. — Vai o A. dormir ao Cartaxo. — So-
nho que ahi tem. — Volla a Lisboa. — Cami.
rhos de ferro e de papel. — Conclusão da via.
gem e d'este livro 227
Notas 237
Pag. Lín. Erros. EmenJas.
2 11
PQ Almeida Garrett, João
9261 Baptista da Silva Leitão
A575 de Almeida Garrett
V5 Viagens na rainha terra
V.2
'^"'''
'^M^'f-^.-: i