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SÉRIE: 9º ANO

ESCOLA “NOVA CARAPINA”


TURMAS: 9V1 e 9V2
PROFESSOR: MAGNO, FERNADNA e JHOVANNY APNP 01/2ºTrimestre
DISCIPLINA: MATEMÁTICA, CIÊNCIAS e PESQUISA PERÍODO: 28/05 a 04/06
NOME: ENTREGA DA ATIVIDADE:

1) Se você elevar (-8) ao quadrado e depois tirar a raiz cúbica do resultado, qual será a resposta correta?

a) 4
b) 8
c) 16
d) 32
e) Nenhuma das respostas anteriores

2) Qual é o resultado da expressão a seguir?


√ 49+ √3 64−√3 8
a) 9
b) 2
c) 92
d) 184
e) Nenhuma das respostas anteriores

3) Junte os monômios a seguir e marque a resposta correta.

3 x 2+2 x 2+ x−7 x2 +5 x 3
a) 5 x 3−2 x 2 + x
b) 4 x3 −3 x2 +2 x
c) 3 x 3−4 x2 +3 x
d) 2 x3 −5 x 2 + 4 x
e) Nenhuma das respostas anteriores

4) Qual é o resultado da expressão a seguir?


√ 144−√3 27
a) 9
b) 18
c) 36
d) 72
e) Nenhuma das respostas anteriores

5) Reduza a uma só potência o termo a seguir:

3 4
5 2
(( (3 ) ) )
a) 3120
b) 120120
c) 33
d) 1203
e) Nenhuma das respostas anteriores
6) Qual é o valor de x na equação do 1º grau a seguir?

2 x+36=40+ x
a) 4
b) 18
c) 136
d) 17330
e) Nenhuma das respostas anteriores

7) Qual é o valor de x na equação do 1º grau a seguir?

3 x+ 15+3 x=75
a) 10
b) 223
c) 40
d) 0
e) Nenhuma das respostas anteriores

8) A soma de um número com seu quíntuplo é igual ao dobro desse mesmo número somado com 40. Que
número é esse?
a) 10
b) 20
c) 30
d) 40
e) Nenhuma das respostas anteriores

9) Qual é o valor de x na equação do 1º grau a seguir?

x +5+ x=25
a) 10
b) 223
c) 40
d) 0
e) Nenhuma das respostas anteriores

10) A soma de um número com a sua metade é igual a 15. Qual é esse número?
a) 10
b) 8
c) 6
d) 4
e) Nenhuma das respostas anteriores
CIÊNCIAS – FERNANDA – 9 ANO

ESTADOS FÍSICOS DA MATÉRIA

Os estados físicos da matéria correspondem às formas pela qual a matéria pode se apresentar na
natureza.

Esses estados são definidos de acordo com a pressão, temperatura e sobretudo, pelas forças que atuam
nas moléculas.

A matéria, constituída de pequenas partículas (átomos e moléculas), corresponde a tudo aquilo que
possui massa e que ocupa determinado lugar no espaço.

Podendo se apresentar em três estados: sólido, líquido e gasoso.

Estados Sólido, Líquido e Gasoso

No estado sólido as moléculas que compõem a matéria permanecem fortemente unidas e possuem forma
própria e volume constante, por exemplo, o tronco de uma árvore ou o gelo (água em estado sólido).

No estado líquido, as moléculas já apresentam uma menor união e maior agitação, de forma que
apresentam forma variável e volume constante, por exemplo, a água em determinado recipiente.

Já no estado gasoso, as partículas que formam a matéria apresentam intensa movimentação, pois as
forças de coesão são pouco intensas nesse estado. Neste estado, a substância apresenta forma e volume
variáveis.

Sendo assim, no estado gasoso, a matéria terá forma segundo o recipiente que se encontra, caso
contrário ela permanecerá disforme, tal qual o ar que respiramos e não vemos.

Para exemplificar, podemos pensar no botijão de gás, o qual apresenta gás comprimido que adquiriu
determinada forma.
Mudanças de Estados Físicos

As mudanças de estado físico dependem basicamente da quantidade de energia recebida ou perdida pela
substância. Existem essencialmente cinco processos de mudanças de estado físico:

Fusão: passagem do estado sólido para o estado líquido por meio do aquecimento. Por exemplo, um cubo de
gelo que fora do congelador vai derretendo e se transformando em água.

Vaporização: passagem do estado líquido para o estado gasoso que é obtido de três maneiras: calefação
(aquecedor), ebulição (água fervendo) e evaporação (roupas secando no varal).

Liquefação ou Condensação: passagem do estado gasoso para o estado líquido por meio do resfriamento, por
exemplo, a formação do orvalho.

Solidificação: passagem do estado líquido para o estado sólido, ou seja, é o processo inverso à fusão, que ocorre
por meio do arrefecimento (perda de calor), por exemplo, água líquida transformada em gelo.

Sublimação: passagem do estado sólido para o estado gasoso e vice-versa (sem passagem pelo estado líquido) e
pode ocorrer pelo aquecimento ou arrefecimento da matéria, por exemplo, gelo seco (dióxido de carbono
solidificado).

ATIVIDADE:

1. Para combater traças e baratas, era comum colocar algumas bolinhas de naftalina no guarda-roupa. Com
o passar do tempo, essas bolinhas diminuíam de tamanho. Esse fenômeno é uma mudança de estado
físico chamada de:
a) Solidificação.
b) Fusão.
c) Sublimação.
d) Evaporação.

2. O período de seca é caracterizado pela ausência de chuvas, por isso, também conhecido como estiagem.
Em algumas regiões, como no Centro-Oeste do Brasil, por exemplo, este período é bem notório, pois
afeta a própria saúde dos moradores. Dentre as principais queixas está a dificuldade de respirar e em
alguns casos, ocorre até mesmo sangramento nas narinas. Apresentamos aqui uma solução caseira para
amenizar o problema: espalhe pelos cômodos da casa recipientes abertos contendo água. Mas o que
acontece com essa água e porque o método se torna eficaz neste caso?
PESQUISA – JHOVANNY – 9 ANO

Definição de ângulo
Chama-se ângulo a região entre duas semirretas que partem de uma mesma origem. Podemos dizer, ainda que um
ângulo é a medida da abertura de duas semirretas que partem da mesma origem.

Indica-se: ∠AOB, ∠BOA, AÔB, BÔA ou Ô.


O ponto "O" é o vértice do ângulo e as semirretas OA e OB são os lados do ângulo.
Ângulos consecutivos
Dois ângulos são consecutivos se eles compartilham um mesmo lado, ou seja, se o lado de um, for também o mesmo
lado do outro.
Ângulos adjacentes
Dois ângulos consecutivos são adjacentes se, e somente se, não compartilham pontos internos, ou seja, não estão
sobrepostos um ou outro.
Congruência (≅)
Para que ângulos possam ser considerados congruentes (iguais), devem satisfazer os seguintes postulados:
1. reflexiva: todo ângulo é congruente a si mesmo (aôb ≅ aôb)
2. simétrica: se aôb ≅ côd, então côd ≅ aôb
3. transitiva: se aôb ≅ côd e côd ≅ eôf então aôb ≅ eôf

Atividade
1)Utilizando régua, faça o desenho conforme os representados acima dos seguintes ângulos:
A) represente dois ângulos consecutivos;
B) represente três ângulos adjacentes;
C) represente dois ângulos congruentes;

LÍNGUA PORTUGUESA
GÊNERO TEXTUAL CONTO
O conto é um dos gêneros narrativos mais comuns na tradição literária brasileira. Grandes autores, como Álvares de
Azevedo, Machado de Assis ou Mário de Andrade, são reconhecidamente excelentes contistas. Existem, também, alguns
tipos ou subcategorias desse gênero, entre os quais estão: o conto de fadas ou o conto fantástico.

Estrutura
O gênero literário conto é estruturado como uma narrativa curta que envolve apenas um conflito. Nessa perspectiva, o
momento de maior tensão do gênero é chamado de clímax. Além disso, embora não seja uma regra, é comum que o
conto apresente: poucos personagens, espaço ou cenário limitado e recorte temporal reduzido.

Elementos
A estrutura do conto é baseada nos elementos fundamentais da tipologia narrativa. Nesse sentido, o gênero textual em
questão deve ter:
Personagens - Esse elemento corresponde aos seres que executam e sofrem ações durante o enredo das narrativas.
Nesse sentido, podem ser personagens tanto seres humanos quanto outros seres viventes, tais
quais animais, plantas ou até objetos humanizados. Veja, a seguir, a apresentação da personagem Ana, do conto “O
amor”, de Clarice Lispector:

Os filhos de Ana eram bons, uma coisa verdadeira e sumarenta. Cresciam, tomavam banho, exigiam para si, malcriados,
instantes cada vez mais completos. A cozinha era enfim espaçosa, o fogão enguiçado dava estouros. O calor era forte no
apartamento que estavam aos poucos pagando. Mas o vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe
que se quisesse podia parar e enxugar a testa, olhando o calmo horizonte. Como um lavrador. Ela plantara as sementes
que tinha na mão, não outras, mas essas apenas. E cresciam árvores. Crescia sua rápida conversa com o cobrador de luz,
crescia a água enchendo o tanque, cresciam seus filhos, crescia a mesa com comidas, o marido chegando com os jornais
e sorrindo de fome, o canto importuno das empregadas do edifício. Ana dava a tudo, tranquilamente, sua mão pequena
e forte, sua corrente de vida. (In: LISPECTOR, C. Laços de família.)

Nota-se que o leitor conhece a personagem Ana por suas ações — “Ela plantara as sementes que tinha na mão, não
outras, mas essas apenas” —, bem como pela descrição de pessoas próximas a ela, como os filhos ou o marido. Além
disso, sobre o cenário descrito: a cozinha, em específico, e o apartamento, em geral, são também elementos que fazem
o leitor pensar sobre quem seria essa personagem.

Narrador
O narrador é aquele que conta a história ao leitor, possui tipos, conforme se explica a seguir.
Narrador em 1ª pessoa: também conhecido como narrador personagem, é aquele que participa do enredo que narra.
Os verbos utilizados são flexionados na 1ª pessoa do discurso.
Narrador observador: não participa da história, é alguém externo a ela, desconhecido das personagens e irrelevante ao
conflito. Os verbos usados são flexionados na 3ª pessoa do discurso. É importante dizer: esse narrador conta apenas o
que vê, desconhecendo o futuro ou os pensamentos das personagens.
Narrador onisciente: também não participa da história. No entanto, diferentemente do observador, é um tipo que
conhece o passado, o futuro e os pensamentos das personagens.

Tempo
Esse elemento em uma narrativa pode ser entendido de duas formas. De um lado, fala-se de tempo como a época em
que a história ocorre. Além dessa perspectiva, há também nesse elemento a ideia de tempo de duração da narrativa.

Espaço
O espaço de um conto é, em linhas gerais, o cenário no qual as personagens executam e sofrem as ações que
compõem o enredo. Relembre o cenário de “O amor”, da obra Laços de família, de Lispector: “A cozinha era enfim
espaçosa, o fogão enguiçado dava estouros. O calor era forte no apartamento que estavam aos poucos pagando”.

Enredo
É definido como a sequência das ações que compõe a história. É o enredo que traz movimento para o gênero narrativo.

Conflito
Pode ser definido como a situação-problema vivenciada pelas personagens em uma narrativa. No caso do conto, por ser
um gênero curto, o conflito costuma ser único.

Tipos de conto
Devido à diversidade de formas com as quais um conto pode ser construído, é comum encontrarmos subdivisões desse
tipo de texto. Nesse sentido, veja duas subcategorias do gênero, a seguir.

Conto fantástico
Pode ser definido como aquele em que o enredo apresenta situações inexplicáveis, segundo as leis que regem a
realidade. Nesse tipo de narrativa, o acontecimento sobrenatural está sempre presente. Por exemplo, no conto “O
pirotécnico Zacarias”, de Murilo Rubião, o narrador é atropelado e morre. Em seguida, ouve aqueles que o mataram
discutir o destino do seu corpo e, então, protesta:

Mas aquele seria um dos poucos desfechos que não me interessavam. Ficar jogado em um buraco, no meio de pedras e
ervas, tornava-se para mim uma ideia insuportável. E ainda: o meu corpo poderia, ao rolar pelo barranco abaixo, ficar
escondido entre vegetação, terra e pedregulhos. Se tal acontecesse, jamais seria descoberto no seu improvisado túmulo
e o meu nome não ocuparia as manchetes dos jornais.
Não, eles não podiam roubar-me nem que fosse um pequeno necrológio no principal matutino da cidade. Precisava agir
rápido e decidido:
— Alto lá! Também quero ser ouvido. (In: RUBIÃO, M. Obra completa.)

Sabe-se que é impossível alguém morrer e, em seguida, protestar sobre qualquer coisa. Por isso, é possível considerar
essa narrativa como um conto fantástico. Para saber mais sobre, leia: Conto Fantástico.

Conto de fadas
Os contos de fadas, velhos conhecidos da infância, são gêneros medievais que ainda fazem muito sucesso. Por
definição, esse tipo de narrativa tem personagens folclóricos, tais como: fadas, gnomos, animais personificados etc.
Além disso, é comum que esse tipo de conto apresente um fundo moral claro e, por isso, tem certo caráter didático.

Referência: MARINHO, Fernando. "Conto "; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/o-


conto.htm. Acesso em 30 de maio de 2021.

OUTRAS CARACTERÍSTICAS DO GÊNERO CONTO

Intenções principais: . Desenvovido a partir de um único . Construção pouci detalhada dos


. divertir; conflito; personagens.
. emocionar; . Presença de clímax;
. levar a refletir sobre . Narrado em 1ª ou 3ª pessoa; Linguagem:
comportamentos humanos. . Espaço delimitado; . concisa;
. Tempo cronológico ou . pode ser objetiva ou poética,
Organização: psicológico, com presença de dependendo da intenção do autor;
flashbacks; . uso de figuras de linguagem.
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O texto abaixo é um conto, leia-o com atenção e responda:

Olhos d’água
Uma noite, há anos, acordei bruscamente e uma estranha pergunta explodiu de minha boca. De que cor eram
os olhos de minha mãe? Atordoada custei reconhecer o quarto da nova casa em que estava morando e não conseguia
me lembrar como havia chegado até ali. E a insistente pergunta, martelando, martelando... De que cor eram os olhos de
minha mãe? Aquela indagação havia surgido há dias, há meses, posso dizer. Entre um afazer e outro, eu me pegava
pensando de que cor seriam os olhos de minha mãe. E o que a princípio tinha sido um mero pensamento interrogativo,
naquela noite se transformou em uma dolorosa pergunta carregada de um tom acusatório. Então, eu não sabia de que
cor eram os olhos de minha mãe?
Sendo a primeira de sete filhas, desde cedo, busquei dar conta de minhas próprias dificuldades, cresci rápido,
passando por uma breve adolescência. Sempre ao lado de minha mãe aprendi conhecê-la. Decifrava o seu silêncio nas
horas de dificuldades, como também sabia reconhecer em seus gestos, prenúncios de possíveis alegrias. Naquele
momento, entretanto, me descobria cheia de culpa, por não recordar de que cor seriam os seus olhos. Eu achava tudo
muito estranho, pois me lembrava nitidamente de vários detalhes do corpo dela. Da unha encravada do dedo mindinho
do pé esquerdo... Da verruga que se perdia no meio da cabeleira crespa e bela... Um dia, brincando de pentear boneca,
alegria que a mãe nos dava quando, deixando por uns momentos o lava-lava, o passa-passa das roupagens alheias, se
tornava uma grande boneca negra para as filhas, descobrimos uma bolinha escondida bem no couro cabeludo ela.
Pensamos que fosse carrapato. A mãe cochilava e uma de minhas irmãs aflita, querendo livrar a boneca-mãe daquele
padecer, puxou rápido o bichinho. A mãe e nós rimos e rimos e rimos de nosso engano. A mãe riu tanto das lágrimas
escorrerem. Mas, de que cor eram os olhos dela?
Eu me lembrava também de algumas histórias da infância de minha mãe. Ela havia nascido em um lugar perdido
no interior de Minas. Ali, as crianças andavam nuas até bem grandinhas. As meninas, assim que os seios começavam a
brotar, ganhavam roupas antes dos meninos. Às vezes, as histórias da infância de minha mãe confundiam-se com as de
minha própria infância. Lembro-me de que muitas vezes, quando a mãe cozinhava, da panela subia cheiro algum. Era
como se cozinhasse ali, apenas o nosso desesperado desejo de alimento. As labaredas, sob a água solitária que fervia na
panela cheia de fome, pareciam debochar do vazio do nosso estômago, ignorando nossas bocas infantis em que as
línguas brincavam a salivar sonho de comida. E era justamente nos dias de parco ou nenhum alimento que ela mais
brincava com as filhas. Nessas ocasiões a brincadeira preferida era aquela em que a mãe era a Senhora, a Rainha. Ela se
assentava em seu trono, um pequeno banquinho de madeira. Felizes colhíamos flores cultivadas em um pequeno
pedaço de terra que circundava o nosso barraco. Aquelas flores eram depois solenemente distribuídas por seus cabelos,
braços e colo. E diante dela fazíamos reverências à Senhora. Postávamos deitadas no chão e batíamos cabeça para a
Rainha. Nós, princesas, em volta dela, cantávamos, dançávamos, sorríamos. A mãe só ria, de uma maneira triste e com
um sorriso molhado... Mas de que cor eram os olhos de minha mãe? Eu sabia, desde aquela época, que a mãe inventava
esse e outros jogos para distrair a nossa fome. E a nossa fome se distraía.
Às vezes, no final da tarde, antes que a noite tomasse conta do tempo, ela se assentava na soleira da porta e
juntas ficávamos contemplando as artes das nuvens no céu. Umas viravam carneirinhos; outras, cachorrinhos; algumas,
gigantes adormecidos, e havia aquelas que eram só nuvens, algodão doce. A mãe, então, espichava o braço que ia até o
céu, colhia aquela nuvem, repartia em pedacinhos e enfiava rápido na boca de cada uma de nós. Tudo tinha de ser
muito rápido, antes que a nuvem derretesse e com ela os nossos sonhos se esvaecessem também. Mas, de que cor
eram os olhos de minha mãe?
Lembro-me ainda do temor de minha mãe nos dias de fortes chuvas. Em cima da cama, agarrada a nós, ela nos
protegia com seu abraço. E com os olhos alagados de pranto balbuciava rezas a Santa Bárbara, temendo que o nosso
frágil barraco desabasse sobre nós. E eu não sei se o lamento-pranto de minha mãe, se o barulho da chuva... Sei que
tudo me causava a sensação de que a nossa casa balançava ao vento. Nesses momentos os olhos de minha mãe se
confundiam com os olhos da natureza. Chovia, chorava! Chorava, chovia! Então, porque eu não conseguia lembrar a cor
dos olhos dela?
E naquela noite a pergunta continuava me atormentando. Havia anos que eu estava fora de minha cidade natal.
Saíra de minha casa em busca de melhor condição de vida para mim e para minha família: ela e minhas irmãs que
tinham ficado para trás. Mas eu nunca esquecera a minha mãe. Reconhecia a importância dela na minha vida, não só
dela, mas de minhas tias e todas a mulheres de minha família. E também, já naquela época, eu entoava cantos de louvor
a todas nossas ancestrais, que desde a África vinham arando a terra da vida com as suas próprias mãos, palavras e
sangue. Não, eu não esqueço essas Senhoras, nossas Yabás, donas de tantas sabedorias. Mas de que cor eram os olhos
de minha mãe?
E foi então que, tomada pelo desespero por não me lembrar de que cor seriam os olhos de minha mãe, naquele
momento, resolvi deixar tudo e, no outro dia, voltar à cidade em que nasci. Eu precisava buscar o rosto de minha mãe,
fixar o meu olhar no dela, para nunca mais esquecer a cor de seus olhos.
E assim fiz. Voltei, aflita, mas satisfeita. Vivia a sensação de estar cumprindo um ritual, em que a oferenda aos
Orixás deveria ser descoberta da cor dos olhos de minha mãe.
E quando, após longos dias de viagem para chegar à minha terra, pude contemplar extasiada os olhos de minha
mãe, sabem o que vi? Sabem o que vi?
Vi só lágrimas e lágrimas. Entretanto, ela sorria feliz. Mas, eram tantas lágrimas, que eu me perguntei se minha
mãe tinha olhos ou rios caudalosos sobre a face? E só então compreendi. Minha mãe trazia, serenamente em si, águas
correntezas. Por isso, prantos e prantos a enfeitar o seu rosto. A cor dos olhos de minha mãe era cor de olhos d’água.
Águas de Mamãe Oxum! Rios calmos, mas profundos e enganosos para quem contempla a vida apenas pela superfície.
Sim, águas de Mamãe Oxum.
Abracei a mãe, encostei meu rosto no dela e pedi proteção. Senti as lágrimas delas se misturarem às minhas.
Hoje, quando já alcancei a cor dos olhos de minha mãe, tento descobrir a cor dos olhos de minha filha. Faço a
brincadeira em que os olhos de uma são o espelho dos olhos da outra. E um dia desses me surpreendi com um gesto de
minha menina. Quando nós duas estávamos nesse doce jogo, ela tocou suavemente o meu rosto, me contemplando
intensamente.
E, enquanto jogava o olhar dela no meu, perguntou baixinho, mas tão baixinho como se fosse uma pergunta
para ela mesma, ou como estivesse buscando e encontrando a revelação de um mistério ou de um grande segredo. Eu
escutei, quando, sussurrando minha filha falou:
Mãe, qual é a cor tão úmida de seus olhos? (Conceição Evaristo, Olhos d’água, p. 15-19)

Vocabulário:
Arar: preparar a terra para o cultivo.
Bater cabeça: nos rituais afro-brasileiros, cumprimentar respeitosamente.
Esvaecer: desfazer, desaparecer.
Orixá: devindade de origem africana que exerce o papel de intermediário entre o homem, a natureza e o sobrenatural.
Oxum: orixá das águas.
Parco: escasso, minguado.
Prenúncio: indício.
Yabá: orixá feminina.

Exploração do texto

1. Um conto é breve, ligado a uma única situação ou evento.


a) Qual é o conflito vivido pela narradora em Olhos d'água"?

b) Chamamos de climax o momento de maior tensão do enredo, em que os fatos caminham para um final. Qual cena da
narrativa pode ser associada ao clímax?

2. A narrativa é feita em 1ª pessoa por um narrador, que é também personagem.


a) Como o narrador personagem se apresenta? Justifique sua resposta com trechos do conto.

b) De que modo a narradora vê a própria mãe?

c) Em relação à descrição dos personagens no conto, o que predomina: as características fisicas ou as psicológicas?

3. Ao longo do texto, uma pergunta se repete: "Mas de que cor eram os olhos de minha mãe?"
a) Com quem a narradora dialoga? Explique sua resposta.

b) O que a repetição da pergunta revela sobre o estado emocional da narradora?

4. No conto, o espaço é sempre delimitado. Nessa narrativa, podemos perceber que há dois espaços um no qual a
narradora passou a infância e outro atual no qual ela vive.
a) Quais informações a narradora revela sobre esses espaços?

b) Ao descrever a viagem, a narradora afirma: "Voltei aflita, mas satisfeita.” Em sua opinião, quais foram os motivos da
aflição e da satisfação?

5. O tempo, em um conto, pode ser classificado como cronológico ou psicológico.


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Para narrar acontecimentos de forma não linear em narrativas, é possivel lançar mão de dois recursos:

. flashback (em inglês, "olhar para trás"): recurso literário ou cinematográfico utilizado para contar algo que aconteceu
antes do momento em que se narra. Por exemplo, quando um narrador rememora algo que lhe aconteceu na infância.

. flashforward (em inglês, "olhar para frente") ou antecipação: recurso utilizado para antecipar algo que ainda não
aconteceu no momento em que se narra. Por exemplo, quando há referência a um fato ainda não relatado, mas
conhecido do narrador.
__________________________________________________________________________________________________
__________

a) Qual dos recursos não lineares predomina no conto? Justifique sua resposta com exemplos do próprio texto.

6. Releia o trecho seguinte:

[...] E era justamente nos dias de parco ou nenhum alimento que ela mais brincava com as filhas. Nessas ocasiões, a
brincadeira preferida era aquela em que a mãe era a Senhora, a Rainha. Ela se as sentava em seu trono, um pequeno
banquinho de madeira. Felizes, colhiamos flores cultivadas em um pequeno pedaço de terra que circundava o nosso
barraco. As flores eram depois solenemente distribuídas por seus cabelos, braços e colo. E diante dela fazíamos
reverências à Senhora. Postávamos deitadas no chão e batíamos cabeça para a Rainha. Nós, princesas, em volta dela,
cantávamos, dançávamos, sorríamos. A mãe só ria de uma maneira triste e com um sorriso molhado...

a) A narradora contrasta, nesse trecho, pobreza e felicidade. Que outras oposições podem ser percebidas nesse
trecho?

b) Que efeito essas oposições causam na narrativa?

c) O que a memória e a descrição desses momentos pela narradora revela sobre a imagem da mãe?

7. No conto "Olhos d'água", a narradora menciona brevemente a importância das mulheres em sua família. Copie um
trecho do conto que confirma isso.

8. Releia o título.
a) Depois da leitura, como você entende a relação entre os "Olhos d'água" e o contexto do conto?

b) Coloque-se na posição da narradora que foi questionada pela filha. Como você responderia à pergunta – “Mãe, qual é
a cor tão úmida de seus olhos?" ou como você daria continuação ao conto? Elabore um parágrafo a respeito desse
momento entre mãe e filha. Você pode, por exemplo, contar como ela se sentiu: Fechei os olhos e me vi ao lado de
minha mãe com seus olhos d'água...

Recursos expressivos

1. As figuras de linguagem são recursos que, quando presentes em poemas ou narrativas, tornam o texto literário mais
expressivo, seja por explorar sons, seja por trabalhar com imagens que se podem criar a partir da transformação ou
ampliação dos sentidos das palavras. Releia estes fragmentos do conto, analise as figuras de linguagem presentes neles
e o efeito que causam na narrativa.

Fragmento 1 As labaredas, sob a água solitária que fervia na panela


-Mãe, qual é a cor tão úmida de seus olhos? cheia de fome. pareciam debochar do vazio do nosso
estómago [...].

Fragmento 2 Fragmento 4
Chovia, chorava! Chorava, chovia! [...] Eu sabia, desde aquela época, que a mãe inventava
esse e outros jogos para distrair a nossa fome. E a nossa
fome se distraía.
Fragmento 3
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Para relembrar:

Sinestesia é uma figura de linguagem que combina e mistura as sensações relacionadas aos cinco sentidos: audição,
tato, visão, olfato e paladar. Essa figura não é usada somente em textos literários. No dia a dia, ela se faz presente em
expressões como "voz dura", "sorriso doce", "perfume doce”, “olhar frio” etc.
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a) O fragmento 1 explora os recursos de uma figura de linguagem que combina e mistura os cinco sentidos. Quais
palavras remetem a sensações físicas e a quais sentidos do ser humano se referem?

b) Releia o fragmento 1. Se a pergunta da filha fosse somente o motivo do choro, como, por exemplo, "Mãe, por
que você está chorando?", o sentido do conto seria o mesmo?
c) No fragmento 2, está presente a aliteração, repetição proposital de um som. Que efeito essa repetição provoca
no texto?

d) Há alguma semelhança entre chover e chorar? Que efeito o emprego desses dois verbos lado a lado cria no
fragmento 2?

e) Nos trechos 3 e 4, é explorada a personificação, figura de linguagem que atribui características próprias de humanos
a outros seres. A quais elementos são atribuídas essas características e quais são elas?

f) Que efeito o uso dessa figura de linguagem (personificação) provoca no contexto do conto?

2. Observe, a seguir, algumas palavras que foram criadas pela narradora:


I. boneca-mãe II. lamento-pranto III. Lava-lava IV. passa passa

a) Cada uma dessas novas palavras foi formada por quais classes de palavras?

b) Qual é o significado dessas palavras no contexto do conto?

c) No trecho “o lava-lava, o passa-passa das roupagens alheias”, o que se pode inferir sobre a profissão da mãe?

3. Em determinados trechos do conto, é explorado o uso da pontuação. Qual é o efeito produzido pelo uso das
reticências nestes trechos?

a) E eu não sei se o lamento-pranto de minha mãe, se o barulho da chuva... Sei que tudo me causava a sensação de que
a nossa casa balançava ao vento.

b) A mãe só ria de uma maneira triste e com um sorriso molhado... Mas de que cor eram os olhos de minha mãe?

4. Releia estes fragmentos e observe o uso da vírgula.

Fragmento 1
Não, eu não esqueço essas Senhoras, nossas Yabás, donas de tantas sabedorias.

Fragmento 2
Nessas ocasiões a brincadeira preferida era aquela em que a mãe era a Senhora, a Rainha.

Fragmento 3
Ela se assentava em seu trono, um pequeno banquinho de madeira.

a) Nessas orações, as vírgulas são empregadas com a mesma finalidade? Explique sua resposta.

b) Como os termos empregados após a vírgula, destacados nesses fragmentos podem ajudar os leitores a se envolver
com o texto?

5. Observe o uso da palavra como no trecho abaixo.

E, enquanto jogava o olhar dela no meu, perguntou baixinho, mas tão baixinho como se fosse uma pergunta para ela
mesma, ou como estivesse buscando e encontrando a revelação de um mistério ou de um grande segredo.

a) Pelo uso da palavra como, qual figura de linguagem pode ser identificada nesse trecho?
b) Que efeito essa figura de linguagem produz no trecho relido?

Produção textual

Escreva um texto narrativo, do gênero textual conto, com o tema Durante a pandemia, eu... Não esqueça que o conto é
um texto curto, com poucos personagens. O seu texto deve ser escrito em 1ª pessoa, deve conter todos os elementos
do conto e deve ter título. Faça Em seu caderno,depois copie para cá.
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LÍNGUA INGLESA

1 - Assinale a opção em que a frase está escrita ( ) are


corretamente na forma negativa do verbo to be. ( ) not
( ) I not am a teacher.
( ) Not is a doctor. 6- Caro aluno, cara aluna! Quando vamos ler algo, é
( ) I am a singer. importante olhar as legendas, o título ou manchete,
observar atentamente as ilustrações e principalmente
2- Assinale o verbo to be que completa corretamente a saber qual a finalidade daquele texto, a quem se dirige
frase. "They ____ my parents." e o que quer comunicar. Os mais variados gêneros
( ) is textuais estão presentes em nosso cotidiano como
( ) am receitas, culinárias, rótulos de produtos que
( ) are compramos, placas, etc. O que não sabemos,
( ) not adivinhamos com nosso conhecimento anterior.
3-Assinale o verbo to be que completa corretamente a Leia o texto (imagem) e responda as questões abaixo:
frase. "She _____ my sister." *
( ) is Nutritional information of a cereal bar. (informação
( ) am nutricional de uma barra de cereal, incluindo a
( ) are cobertura de manteiga de coco)
( ) not

4- . Assinale o verbo to be que completa corretamente a


frase." We _____ friends." *
( ) is
( ) am
( ) are
( ) not
5- Assinale o verbo to be que completa corretamente a
frase."_____ they married?" *
( ) is
( ) am
( ) 1.6
( ) 2.9

b) Qual a quantidade de sódio?


( ) 0 mg
( ) 0.7 mg
( ) 35 mg
( ) 14.1

c) A imagem acima anexada na atividade é:


( ) Uma receita culinária 🍳
( ) Um rótulo com informações nutricionais
( ) Uma carta ✉
( ) Uma receita médica

10- Qual das opções abaixo é o plural da frase: " My


brother is intelligent."
( ) My brothers is intelligent.
a) Qual a quantidade de calorias? ( ) My brothers are intelligent.
( ) 150 ( ) My brothers is intelligents.
( ) 98 ( ) Nenhuma das respostas anteriores.

ARTE

O que é Desenho de Observação?


O Desenho de observação é aquele onde utilizamos um
modelo real para desenvolver a percepção visual -
capacidade de observação de forma, luz e volumes.

Para conseguirmos um bom desempenho no desenho é Naturalmente não


fundamental uma observação cuidadosa. Começa assim devemos escolher um modelo por ser ele mais fácil ou
a formação do verdadeiro desenhista: aprendendo a mais difícil - aqui vai estar expressa a alma do artista,
seus gostos, sua história, sua mensagem. Por isto,
escolha sempre um modelo porque gosta. Escolha o seu
modelo principalmente porque ele pode dizer do seu
sentimento.

“A expressão
essencial de
uma obra
observar!
depende quase
inteiramente da
projeção do
sentimento do
artista; obtido a
partir do
modelo, e não
da exatidão orgânica deste.” Matisse
Desenhar os objetos de sua própria casa é
"Não tema os erros – eles não existem." (Miles Davis)
particularmente interessante, pois obriga-o a olhar de
fato para aquelas coisas que, de tão familiares, acabam
Áurea Pacheco
passando despercebidas aos olhos.
Você verá que mesmo um bule ou um sapato tem
“O pintor (artista) deve estar à frente do modelo sem
características que só se revelam quando desenhadas.
idéias preconcebidas. Tudo deve chegar-lhe ao espírito
como numa paisagem lhe chegariam todos os seus FAÇA EM SEU CADERNO, OU ANEXE UMA FOLHA COM
odores: da terra, das flores, associadas aos jogos das A ATIVIDADE.
nuvens, aos movimentos das árvores e aos diferentes
ruídos do campo.” Matisse
É útil saber observar as proporções daquilo que se
desenha.

Josielle Z. Barboza
Proporção é a
relação
dimensional
entre as partes
de uma composição
entre si e destas
com relação ao todo.
É muito
importante que
estejamos
atentos à
proporção, ou seja, que as formas desenhadas não
estejam grandes demais ou pequenas demais em
relação ao modelo e em relação umas às outras.

Josielle Z. Barboza

As formas perdem os detalhes, assim como as cores


perdem as suas características específicas à medida que
estão mais distantes de nós.

Podemos ver a forma das folhas e dos galhos, por


exemplo, mesmo os mais delicados, de uma árvore
situada a dois metros de nós, mas não podemos
distinguir estes detalhes da mesma forma se a árvore
estiver a cem metros de distância.

No Desenho de Observação aprendemos a ver a coisa


como ela é!

Atividade:
Escolha uma objeto e faça um desenho por observação.
EDUCAÇÃO FÍSICA

QUEIMADA É UM JOGO OU É UMA BRINCADEIRA?

Pode ser considerado um jogo porém bem divertido.


O objetivo visado é fazer o maior número possível de prisioneiros, ou seja: um maior número de jogadores queimados.
Será vencedor, o grupo que, no fim de um tempo previamente determinado, fizer maior número de prisioneiros, ou
então, aquele que aprisionar todos os jogadores adversário
Cada time se coloca num campo, sendo que apenas um jogador de cada lado deverá se colocar atrás da linha de fundo
do campo adversário sendo denominado de "cruzar", que não pode "queimar" enquanto está nesta função.
Para decidir sobre a posse da bola e do campo, no início do jogo, esses dois jogadores virão colocar-se ao centro, entre
os dois campos. Ocorre uma disputa de bola.
Ao ser dado o sinal de início, um jogador do time a quem coube a bola, tenta entregar a bola ao seu time que tem como
objetivo de atirá-la ao campo contrário com o propósito de atingir ("queimar") algum adversário com a bola.
O mais recomendável é agarrar a bola quando arremessada, o jogador só é carimbado se a bola bater nele e cair no
chão, do contrário, se o jogador for carimbado, a bola continuar no ar, e ele a agarrar, não será carimbado.
Temos aqui o objetivo de se jogar as regras estabelecidas e como desenvolve o jogo.

Mediante o texto acima respondam:


1) Qual é o objetivo maior em jogar a queimada, independente de ser um jogo ou uma brincadeira?
A) Por ser muito divertido.
B) Por ser muito divertido e todos gostam de participar.
C) O objetivo maior é fazer um maior número de prisioneiros.
D) Nenhuma das alternativas estão corretas.

2) O que é mais recomendado aos jogadores quando se joga a queimada?


A) Deixar a bola cair quando lançada pelo adversário.
B) Segurar a bola e depois quicar no chão.
C) Chutar a bola vinda doutra equipe de jogadores.
D) Segurar a bola sempre, e, não deixar cair em hipótese alguma no chão.

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