Aula 4 de Literatura – Slides por João Marcos “Sorvete” de Oliveira Cristan
Os Lusíadas Poema Épico que conta a história da grande navegação de Vasco da Gama para as Índias, escrito pelo poeta português Luís de Camões no século XVI. Segue o modelo clássico das epopéias de Homero: Ilíada e Odisseia. Sua métrica foi inspirada numa forma introduzida pelo poeta italiano Giovani Bocaccio, e usa a oitava real, também chamada de medida heroica. São estrofes com oito versos decassílabos cada, em esquema de rima ABABABCC. O poema é formado por 1102 estrofes, organizadas em nove cantos. Cantos são para os poemas o que os capítulos são para ficção em prosa. Usando como base a viagem de Vasco, Os Lusíadas conta ainda a história de Portugal. Um dos episódios mais interessantes do poema é o que conta de Inês de Castro, um momento dramático da história de Portugal. Os Lusíadas A relação de Os Lusíadas com a cultura clássica não vem só de sua métrica, nem de sua inspiração na tradição da poesia épica, desenvolvida pelos gregos na Antiguidade. O poema referencia várias figuras do panteão greco-latino, unindo o mitológico e fantástico à história. É interessante notar que isso acontece apesar do domínio cristão da cultura portuguesa. No Olimpo, os deuses gregos acompanham a jornada portuguesa. Há um conflito entre Vênus, que é favorável aos portugueses, e Baco, que é contra os mesmos. Num episódio, Baco pede a Éolo, rei dos ventos, que use suas forças para afundar os navios de Portugal. Vênus e suas companheiras usam sua beleza para seduzir os ventos, que as acompanham e assim saem do encalço dos portugueses. Há ainda um momento onde uma grande tempestade é representada como um gigante monstruoso que se levanta do mar (Gigante Adamastor). E um momento onde os portugueses são recompensados por Vênus na Ilha das Ninfas, no retorno de sua viagem. Grande parte dos melhores momentos d’Os Lusíadas coincide com seus momentos mais fantásticos. Estrutura do Poema A estrutura de Os Lusíadas é a de uma epopeia clássica. Tem cinco partes. Proposição: formada pelas três primeiras estrofes, traz o assunto do poema, ou seja, o elogio dos herois portugueses que fundaram a nacionalidade e a ampliaram com suas navegações. Invocação: nas quarta e quinta estrofes, o poeta pede inspiração às Tágides, ninfas do Tejo, para compor o poema. Dedicatória: inicia-se na sexta estrofe e termina na décima oitava, o poeta oferece seu poema ao rei D. Sebastião. Narração: conta a viagem de Vasco da Gama e a história de Portugal. Estudamos, para fins de vestibular, os episódios que são considerados os melhores do poema. Epílogo: O fim do poema, onde Camões, desiludido, parece prever a derrocada de Portugal. Episódios Importantes A Introdução A Introdução A Introdução Episódio de Inês de Castro Acontece quando Vasco da Gama vai contar a história de Portugal ao rei de Melinde: o episódio de Inês de Castro é um de seus momentos mais dramáticos. D. Pedro era apaixonado por Inês, mas esse casamento ofenderia o reino de Castela e traria problemas políticos a Portugal. Consciente disso, o pai, rei D. Afonso, manda degolar Inês. É sabido que D. Pedro perseguiu os assassinos de sua esposa, e conta a lenda que ele mandou vestir o cadáver de noiva, sentou-a no trono da rainha e fez com que a nobreza lhe beijasse a mão. Daí a moça ser conhecida como aquela que virou rainha depois de morta. O mais provável, entretanto, fato documentado, é que D. Pedro mandou que transladassem os restos mortais de Inês com grande pompa, como a que seria oferecida na viagem de uma rainha. Episódio de Inês de Castro Episódio de Inês de Castro Episódio de Inês de Castro Episódio do Velho do Restelo Acontece quando Vasco conta da partida de Portugal. Nesse episódio, um velho alerta os navegadores – condena-os, na verdade – pelo incrível risco que estão correndo por sua ambição. Episódio do Gigante Adamastor No qual é retratado o maior obstáculo dos portugueses em sua viagem: a travessia pelo Cabo das Tormentas, personificado na figura fantástica do Gigante Adamastor. Episódio do Gigante Adamastor O Epílogo O comentário final de Camões em Os Lusíadas é pessimista. O poeta lamenta-se pelo estado de seu país, e pelo desprezo que vê pelas letras. Exercício I Exercício II Exercício III