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O contato com a arte produz a sensibilidade que é urgência de nosso tempo (...)
(ainda vou acrescentar mais aqui, estou lendo e fichando para construir a argumentação da
justificativa)
2. Problema
● O ambiente/estrutura escolar não favorece aprendizagem prazerosa.
● O reduzido espaço reservado à leitura literária no ambiente e currículo do ensino
fundamental II.
Discentes e docentes seguem condicionados a um espaço/estrutura escolar que evoluiu
muito pouco ao observarmos o formato apresentado por Machado através de "Conto de
Escola", em 1884. Ainda que os meios pedagógicos sejam outros, a estrutura espacial da
escola do século XIX ainda é a que permanece nas escolas do século XXI. Polêmicos críticos
da arquitetura (e regimento) escolar destacam sua função de ‘vigiar e punir’ proposta por
Focault.
Paralelamente a isso, inserido nessa estrutura, o professor tem tido o papel adicional de
reinventar e apresentar atividades educativas prazerosas em contexto bem desfavorável, assim
como estar preparado para aprimorar a convivência dos estudantes em formação. É nesse
espaço que o adolescente experiencia a alteridade de forma mais intensa. Orquestrar as
diversidades produzindo um ambiente de respeito é extremamente necessário ao êxito da
prática educativa.
Para amenizar o problema do ambiente escolar, este projeto pretende apresentar-se como um
momento de escape, uma possibilidade de “transmigração” de espaços (afinal, a mente se
transporta ao ambiente da narrativa em leitura); de forma simultânea, pretende a ampliação de
visão de mundo do discente a partir da “visita” a outros lugares, outra cultura, produzindo no
leitor a experiência da alteridade pela “viagem” ao mundo do outro.
Todorov (2009 ou 1939?) apresenta que o filósofo Richard Rorty em “Redemption
from Egotism. James and Proust as spiritual exercices” (Redenção do egoísmo: James e
Proust como exercícios espirituais?) debate a contribuição da literatura para nossa
compreensão de mundo recusando termos como “verdade” ou “conhecimento”.
A leitura de romances, segundo ele, tem menos a ver a leitura de obras
científicas, filosóficas ou políticas do que outro tipo bem distinto de
experiência: a do encontro com outros indivíduos. Conhecer novas
personagens é como encontrar novas pessoas, com a diferença de que
podemos descobri-las interiormente de imediato, pois cada ação tem o
ponto de vista do seu autor. Quanto mais essas personagens se
parecem conosco, mais elas ampliam nosso horizonte, enriquecendo
assim nosso universo. (...) O horizonte último dessa experiência não é
a verdade, mas o amor, forma suprema da ligação humana.
(TODOROV, 2009)
(ainda vou acrescentar mais aqui, estou lendo e fichando para construir a apresentação do
problema)
3. Objetivo
Este projeto pretende produzir momentos de leitura literária no ambiente escolar,
desenvolvendo percepção estética e aprimorando o convívio através de produção coletiva e
expressividade.
4. Fundamentação teórica
Justificativa “O que pode a Literatura?” Tzvetan Todorov e “Literatura para quê?”
Antoine Compagnon
O processo da leitura compartilhada/coletiva Círculo de leitura Paulo Freire e Rildo
Cosson
Processo de retextualização Estética da criação verbal (Bakthin) e Da Fala à escrita
(Marcuschi)
Falta um teórico que trate da questão do texto dramático. Não sei se o Boal encaixa. Pensei
também em categorizar a apreciação /análise/ leitura que eles vão fazer dos textos
selecionados como uma leitura crítica também, acredito que eles farão esse trabalho de
“criticizar” no sentido de ler e levantar pontos que são relevantes para a contagem da história
que querem produzir.
5. Metodologia
Locus: Colégio municipal localizado em Pedra de Guaratiba – Escola Municipal
Professora Myrthes Wenzel
OBS.: A escola tem auditório com palco/ a localidade – Pedra de Guaratiba- tem uma arena
que (possivelmente) pode ser usada pelos educandos
Sujeitos: Uma turma de 9º ano de ensino fundamental de (aproximadamente) 35
alunos
Daqui pra baixo me baseei nas vozes da minha cabeça (que possivelmente são vozes de outras
pessoas, eu sei, mas ainda não achei um teórico que ensinasse a esboçar o roteiro de texto
dramático). O Boal tem um livro de jogos teatrais, mas estou mais interessada em um teórico
que apresente como fazer a escritura desse tipo de texto. Tenho “A análise Literária” do
Massaud Moisés que trata um pouco da questão, mas ainda não é o que preciso (usei na época
da faculdade, não sei se ele estaria adequado a dissertações). Sabe de algum nessa linha,
professor?
5.4.2 Lista do que é essencial para suscitar esses espaços/ambientes no imaginário da plateia?
“Estética da recepção
5.4.2.1 Transformação da lista em texto descritivo. Descrição do cenário.
5.4.3 Caracterização de personagens
5.4.3.1 Descrição objetiva
5.4.3.2 Caracterização psicológica
5.4.3.3 Caracterização psicológica impressa no figurino
5.4.3.4 Texto descritivo do traje de cena/ elaboração de croqui
5.4.4 Elementos essenciais à apresentação da história/ divisão em cenas com pequeno resumo
5.4.7 Jogos teatrais/jogos de encenação: representação de esquete das cenas para identificação
de rubricas/ movimentação dos atores necessárias para melhor representar as cenas
6. Cronograma