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de estruturas
em situação
de incêndio
segundo as Normas Brasileiras
João Paulo Correia Rodrigues
Rafael Luiz Galvão de Oliveira
© Copyright 2021 Oficina de Textos
Conselho Editorial Arthur Pinto Chaves; Cylon Gonçalves da Silva; Doris C. C. K. Kowaltowski;
José Galizia Tundisi; Luis Enrique Sánchez; Paulo Helene;
Rosely Ferreira dos Santos; Teresa Gallotti Florenzano
Bibliografia
ISBN 978-65-86235-22-7
21-67366 CDD-624.15
Os autores
Sumário
1 Conceitos básicos de segurança contra incêndio............................... 13
1.1 O fenômeno da combustão..................................................................................13
1.2 Meios de transferência de calor..........................................................................14
1.3 Fases de um incêndio.............................................................................................16
1.4 Sistemas de proteção............................................................................................18
1.5 Materiais de proteção térmica.............................................................................19
1.6 Exercícios propostos..............................................................................................20
2 Exigências de resistência ao fogo das edificações.............................. 21
2.1 Conceitos de resistência ao fogo dos elementos estruturais.......................21
2.2 Curvas de incêndio padronizadas........................................................................22
2.3 Determinação do tempo requerido de resistência ao fogo...........................24
2.4 Estruturas isentas de verificação estrutural em situação de incêndio......34
2.5 Exercícios resolvidos..............................................................................................36
2.6 Exercícios propostos..............................................................................................39
3 Dimensionamento ao fogo de estruturas de concreto armado.....40
3.1 Diretrizes gerais de projeto..................................................................................40
3.2 Propriedades dos materiais em situação de incêndio.....................................41
3.3 Ações e solicitações em situação de incêndio..................................................51
3.4 Método tabular.......................................................................................................52
3.5 Método simplificado de cálculo...........................................................................69
3.6 Método analítico para pilares...............................................................................69
3.7 Método avançado de cálculo................................................................................71
3.8 Método experimental............................................................................................72
3.9 Considerações sobre o método do tempo equivalente para
estruturas de concreto armado...........................................................................72
3.10 Exercícios resolvidos..............................................................................................72
3.11 Exercícios propostos..............................................................................................78
4 Dimensionamento ao fogo de estruturas de aço................................ 80
4.1 Diretrizes gerais de projeto..................................................................................80
4.2 Propriedades dos materiais em situação de incêndio.....................................80
4.3 Ações e solicitações em situação de incêndio..................................................86
4.4 Método simplificado de dimensionamento.......................................................87
4.5 Método avançado de dimensionamento..........................................................102
4.6 Método experimental..........................................................................................103
4.7 Reutilização da estrutura após um incêndio.................................................. 104
4.8 Considerações sobre o método do tempo equivalente para
estruturas de aço................................................................................................ 104
4.9 Exercícios resolvidos........................................................................................... 104
4.10 Exercícios propostos............................................................................................115
5 Dimensionamento ao fogo de estruturas mistas
de aço e concreto........................................................................................ 116
5.1 Diretrizes gerais de projeto................................................................................116
5.2 Propriedades dos materiais em situação de incêndio...................................116
5.3 Ações e solicitações em situação de incêndio................................................117
5.4 Método tabular para pilares mistos..................................................................117
5.5 Método simplificado.............................................................................................121
5.6 Detalhes construtivos para elementos mistos..............................................139
5.7 Método avançado de dimensionamento..........................................................145
5.8 Método experimental..........................................................................................145
5.9 Exercícios resolvidos............................................................................................145
5.10 Exercícios propostos............................................................................................152
6 Dimensionamento ao fogo de estruturas de madeira..................... 155
6.1 Diretrizes gerais de projeto................................................................................155
6.2 Curva de incêndio-padrão...................................................................................155
6.3 Segurança estrutural...........................................................................................156
6.4 Ações e combinações...........................................................................................156
6.5 Determinação da seção transversal residual..................................................158
6.6 Ligações com conectores metálicos.................................................................159
6.7 Exercícios resolvidos............................................................................................160
7 Avaliação e reabilitação de estruturas
danificadas por incêndio.......................................................................... 163
7.1 Efeito da temperatura nos materiais.............................................................. 164
7.2 Ensaios para a caracterização das propriedades residuais..........................171
7.3 Classificação de danos.........................................................................................172
7.4 Critérios gerais de reparação.............................................................................173
7.5 Técnicas de reparação..........................................................................................174
Anexo – Cargas de incêndios.........................................................................182
Bibliografia consultada............................................................................189
Bibliografia complementar..................................................................... 191
Radiação Radiação
Radiação Radiação
Radiação nas
cavidades
Radiação Radiação
Quadro 2.1 Classificação das edificações quanto à sua ocupação (NBR 14432)
Ocupação/
Grupo Divisão Descrição Exemplos
uso
Casas térreas ou assobradadas,
Residencial A-1 Habitações unifamiliares
isoladas ou não
A A-2 Habitações multifamiliares Edifícios de apartamento em geral
Pensionatos, internatos, mosteiros,
A-3 Habitações coletivas
conventos, residenciais geriátricos
Serviços de Hotéis, motéis, pensões, hospedarias,
B-1 Hotéis e assemelhados
hospedagem albergues, casas de cômodos
B Hotéis e assemelhados com cozinha
B-2 Hotéis residenciais própria nos apartamentos (incluem-
se apart-hotéis, hotéis residenciais)
Comércio em geral, de Armarinhos, tabacarias, mercearias,
C-1
pequeno porte fruteiras, butiques e outros
Edifícios de lojas, lojas de
Comercial Comércio de grande e médio departamentos, magazines, galerias
C C-2
varejista portes comerciais, supermercados em geral,
mercado e outros
Centro de compras em geral (shopping
C-3 Centros comerciais
centers)
3 Dimensionamento ao fogo
de estruturas de concreto
armado
30 80/15 160/12 – – 80
100% As,calc(0)
Envoltória à
temperatura ambiente
3.4.2 Lajes
As tabelas a seguir apresentam as dimensões mínimas para:
• lajes simplesmente apoiadas (Tab. 3.8);
• lajes contínuas (Tab. 3.9);
• lajes lisas ou cogumelo (Tab. 3.10);
• lajes nervuradas simplesmente apoiadas (Tab. 3.11);
• lajes nervuradas contínuas em pelo menos uma das bordas (Tab. 3.12);
• lajes nervuradas armadas em uma só direção (Tab. 3.13).
3.4.3 Pilares
As Tabs. 3.14 e 3.15 apresentam respectivamente as dimensões mínimas para
pilares com uma face exposta ao fogo e para pilares-parede, sendo μfi = NSd,fi /NRd.
20
Térreo – PAV1 310
em situação de incêndio via
Esc 1:20
método analítico
20
Problema: determine o TRF do pilar apresen-
tado no exercício anterior com base no método
30
analítico para pilares. Considere um pilar de
pavimento superior com μfi = 0,70.
26
Solução: 16
• Método analítico para pilares: nesse método, 20 N2 ø5,0 C = 88
4 N1 ø12,5 C = 330
o TRF de um pilar pode ser determinado
20 N2 c/15
pela equação a seguir.
310
R µ + Ra + Rl + Rb + Rn 1,8
TRF = 120⋅
120
• Termo R μ:
( )
R µ = 83⋅ 1 − µ fi = 83 × (1 − 0, 7) = 24, 9
• Termo Ra:
Ra = 1, 60⋅(c1 − 30), com c1 em mm
Ra = 1, 60 × (31, 25 − 30) = 2 000
• Termo Rl: para os pavimentos superiores, Fig. 3.16 Forma e armação do pilar
lef , fi = 0, 70⋅le = 0, 70 × 3, 10 = 2, 17 m
( )
Rl = 9, 60 × 5 − lef , fi = 27, 2
• Termo Rb:
b′= 2⋅ Ac / (b + h ), para h ≤ 1,5 · b
b′= 2 × 60.000 /(200 + 300) = 240 mm
Rb = 0, 09⋅b ’, para 190 mm ≤ b′ ≤ 450 mm
Rb = 0, 09 × 240 = 21, 6
• Termo Rn: tomado como zero para pilares com quatro barras longitudinais.
Rn 0
u /Ag
∆θa,t = ksh ⋅ ⋅ ϕ⋅∆t (4.21)
ca ⋅ ρa
em que:
ksh = fator de sombreamento, que pode ser considerado igual a 1,0 ou determinado
analiticamente, conforme apresentado na subseção “Fator de sombreamento”
(p. 90);
u/Ag = fator de massividade para elementos estruturais de aço sem revestimento,
em m–1;
u = perímetro do elemento estrutural exposto ao incêndio, em m;
Ag = área bruta da seção transversal do elemento estrutural, em m²;
ρa = massa específica do aço, em kg/m³;
94 Dimensionamento de estruturas em situação de incêndios
Quadro 4.2 Fator de massividade para elementos estruturais com material de revestimento
(NBR 14323)
Situação Descrição Fator de massividade (um /Ag)
uniforme, exposta ao
área da seção da peça de aço
incêndio por todos os lados
c1
b c2
b c2
bc
bc
Fig. 5.6 Disposições construtivas dc > 400 mm
para pilares mistos parcialmente
revestidos com concreto: (A) altura
dc ≤ 400 mm
até 400 mm e (B) altura superior a
400 mm (NBR 14323)
Fonte: ABNT (2013a).
bc = bt 400
16
Ac
As
dc 368 400
us tf 16
tw 196 8 196
us
0, 44 ⋅a1 − 0, 264 ⋅t
η= para 0, 6⋅t ≤ a1 ≤ 0, 8⋅t + 5 mm (6.13)
0, 2⋅t + 5
0, 56⋅a1 − 0, 36⋅t + 7, 32
η= para 0, 8⋅t + 5 mm ≤ a1 ≤ t + 28 mm
0, 2⋅t + 23
η = 1, 0 para a1 ≥ t + 28 mm
def
Camada carbonizada
Parafuso
Seção residual efetiva
Revestimento
de proteção
Seção original
Seção residual
a3 = a1 + 20 mm (6.14)
a1 a2
possível. A variabilidade desses valores está associada não somente a erros come-
tidos durante a realização dos ensaios, mas principalmente à grande diferença
das propriedades residuais de cada zona, superficialmente e em profundidade,
nos elementos da estrutura. Desse modo, torna-se conveniente caracterizar as
propriedades residuais em termos de valores médios nas zonas afetadas.
Para a definição do grau de degradação dos materiais devido ao incêndio, os
resultados dos ensaios realizados em materiais afetados devem ser comparados
com os de zonas não afetadas pelo incêndio. Dessa forma, é possível avaliar a
intensidade dos danos.
Cargas de incêndios