Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SSRN Id3488609
SSRN Id3488609
São Paulo
2017
LUCIANO BOUDJOUKIAN FRANÇA
Orientador:
Prof. Dr. Gustavo Barbosa Soares
São Paulo
2017
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................7
2. DADOS E METODOLOGIA ................................................................................9
3. RESULTADOS .................................................................................................13
5. CONCLUSÃO ...................................................................................................36
11
12
13
14
15
𝑟# − 𝑟(
𝐼𝑆# =
𝜎#
𝐼𝑆# − 𝐼𝑆-
𝑧 =
.1 1231 − 𝜌#,- 6 + 1 8𝐼𝑆#9 + 𝐼𝑆-9 − 𝐼𝑆# 𝐼𝑆- 31 + 𝜌#,-
9
6:;
𝑇 2
16
25,00% Universo
D2 D3
D1
20,00%
Retorno anualizado
D6
alfa positivo por ações D4
de baixa volatilidade
15,00% D7
D5 alfa
negativo
D9 por
10,00%
ações
D8 de alta
volat.
5,00% D10
0,00%
0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40 1,60 1,80
Beta
Em azul, observa-se a Security Market Line (SML) cuja equação é dada por:
𝑟# = 𝑟( + 𝛽(𝑅@ )
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
𝛽MNOP< QPRST#R#USUN
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑎 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎 (%) =
𝛽MS#P< QPRST#R#USUN
2 1
𝛽S-VWTSUP = ∗ 𝛽MZ[ + ∗ 1
3 3
20
18
16
14
12
10
0
Dez002
Mai003
Out003
Mar004
Ago004
Jan005
Jun005
Nov005
Abr006
Set006
Fev007
Jul007
Dez007
Mai008
Out008
Mar009
Ago009
Jan010
Jun010
Nov010
Abr011
Set011
Fev012
Jul012
Dez012
Mai013
Out013
Mar014
Ago014
Jan015
Jun015
Nov015
Abr016
Set016
Fev017
Esta estratégia apresenta um viés comprado, uma vez que se compra uma
carteira de baixo beta e vende-se uma carteira de beta alto, sendo necessária a venda
de uma quantidade menor em termos monetários. Em função disso, é razoável
35
36
37
O modelo CAPM pressupõe que a relação em risco medido por beta e retorno
dos ativos tenha uma relação crescente, ou seja, quanto maior o beta de um ativo,
maior o retorno esperado para o ativo em questão.
Apesar da relação proposta pelo CAPM ter relação positiva com o risco, o que
se observou das carteiras formadas a partir do ordenamento feito por volatilidade é
uma relação negativa entre risco e retorno, definida pela curva amarela plotada na
figura 1, que foi obtida a partir da regressão do risco e retorno das carteiras ordenadas
por volatilidade, através do método dos mínimos quadrados ordinários.
As persistências dos ganhos com essa anomalia podem estar relacionadas ao
fato de que o benchmark ao qual os fundos de ações são avaliados baseiam-se em
um índice de mercado. A compra de ações de baixa volatilidade, que apresentam
betas menores que um, em detrimento de ações de maior volatilidade, que por sua
vez apresentam um beta mais próximo de um, criariam um portfólio que apresenta um
maior tracking error em relação ao benchmark fazendo com que gestores de portfólios
de ações que sigam um índice de mercado possuam mais ativos com beta próximo a
um.
A utilização de ativos de baixa volatilidade para formar um portfólio exigiria
alavancagem de quase 50% para que o risco deste portfólio fosse equivalente ao da
carteira de mercado de referência. As restrições em relação ao empréstimo de ativos
e alavancagem já haviam sido identificadas por Black (1972) como um argumento
para a performance superior de ativos de baixo beta. Em um artigo mais recente, Blitz
Falkenstein e Van Vliet (2014), fizeram uma análise sobre as possíveis causas para o
efeito volatilidade. Um dos pontos discutidos no artigo está relacionado a liberdade
que o modelo CAPM dá no processo de alavancagem ou venda descoberta. Como
avaliado pelos autores, no mundo real os investidores tendem a ter limites ou
vedações a alavancagem através de mandatos.
Outra premissa do modelo CAPM que também foi discutida pelos mesmos
autores é o fato do modelo não apresentar custos transacionais. As evidências
apresentadas demonstram que os ativos que apresentam maiores divergências de
precificação em relação ao equilíbrio do modelo são os ativos cujo custo de locação
para que seja possível realizar as vendas a descoberto. Por outro lado, a explicação
38
39
40
41
Ang A., R.J. Hodrick, Y. Xing and X. Zhang, The Cross-Section of Volatility and
Expected Returns, 2006, Journal of Finance, 61, pp. 259-299
Black, Fisher, Capital Markets Equilibrium with Restricted Borrowing, 1972, The
Journal of Business, Volume 45, Número 3, Páginas 445-455
Blitz, David C. e Vliet, Pim van, The Volatility Effect: Lower Risk without Lower
Return, 2007, Journal of Portfolio Management, Fall, Páginas 102-113;
Blitz, David C, Falkenstein, E. e Vliet, Pim van, Explanations for the Volatility Effect,
2014, Journal of Portfolio Management, Fall, Páginas 61-76;
Blume, Marshall E., Betas and Their Regression Tendencies, 1975, The Journal of
Finance, Volume 30, Edição 3, Páginas 785-795
Carhart, Mark M., On Persistence in Mutual Fund Performance, 1997, The Journal
of Finance, Volume 52, Número 1, Páginas 57-82
Clarke, R., de Silva, H., e Thorley, S., Minimum-Variance Portfolios in the U.S.
Equity Market, 2006, Journal of Portfolio Management, Volume 33, Número 1,
Páginas 10-24
De Carvalho, R. L., Lu, Xiao, Soupé, François e Dugnolle, Patrick, Diversify and
Purify Factor Premiums in Equity Markets, 2017. Disponível em
<https://ssrn.com/abstract=2894171>. Acesso em 25 set. 2017
42
Fama, Eugene F., Efficient Capital Markets: A Review of Theory and Empirical
Work, 1970, The Journal of Finance, Volume 25, Páginas 383-417
Fama E.F. e K.R. French, The Cross-Section of Expected Stock Returns, 1992,
Journal of Finance, Volume 47, Número 2, Páginas 427-446
Fama E.F. e K.R. French, Size, Value, and Momentum in International Stock
Returns, 2012, Journal of Financial Economics, Volume 105, Edição 3, Páginas 457-
472
Frazzini, Andrea e Pedersen, L. H., Betting Against Beta, 2012, Swiss Finance
Institute Research Paper No. 12-17
Greenblatt, J., The little book that still beats the market. John Wiley & Sons, 2010.
ISBN 0470926716
43
Lintner, John, The Valuation of Risk Assets and the Selection of Risky
Investments in Stock Portfolios and Capital Budgets, 1965, The Review of
Economics and Statistics, Volume 47, Número 1, Páginas 13-37
Neto, César Thomé, Leal, Ricardo P. C. e Souza e Almeida, Vinício de, Um índice de
mínima variância de ações brasileiras, 2011, Economia Aplicada, volume 15,
número 4, Páginas 535-557
Qian, Edward, Risk Parity Portfolios, PanAgora Asset Management, Working Paper
Roncalli, T. e Cazalet, Z., Facts and Fantasies About Factor Investing, 2014,
Disponível em: <https://ssrn.com/abstract=2524547>. Acesso em 02 jun. 2017
Ross, Stephen A., The Arbitrage Theory of Capital Asset Pricing, 1976, Journal of
Economic Theory, Volume 13, Edição 3, Páginas 341-360
Sharpe, William F., Capital Asset Prices: A Theory of Market Equilibrium Under
Conditions of Risk., 1964, Journal of Finance, 19, 425–42.
44