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volume 1 - teoria
PROPRIEDADES DA MATÉRIA 2
..................... Massa molecular . .. ........ . . 54
................ .......... .....
Matéria e energia 2
............................................. Mol 55
.................................................................
Transformações . 3
. ......... ..... .. ................. ........ Ácidos: conceito de Arrhenius 57
.......................
MISTURAS . . . . . .. ?
...... . . ........ .... ....... ..... . .. ... . .... Hidretos . 63
............. ............................................
heterogêneas 7
....... .... ....... ......... . .... . .... . .... . .... . ... Outros conceitos de ácidos e bases 64 ......... . . . . .
Separação de misturas homogêneas . 8 .......... ... ESTUDOS DOS GASES .. . ... .... . 66 ..... ............ .
. . . . . 8 Cálculos químicos . 73
..
Processos seletivos ..... ........... .... ......... .... ... .. ..... ........ ..........................
Modelos . . . . 10
........................................ .... .... .... . Cálculo estequiométrico . .
....... . . 76
........ ..... ........ .
O modelo orbital... .
............. .... .... 14
... . ....... . .... Mistura de soluções 89
.......................................
TABELA PERIÓDICA 18
.. .. ....................... .... ..... Reações em solução aquosa 90
................ ........
periódica .
.......... . ..
................. . ... ;19
............ .... Número de partículas dispersas
Propriedades periódicas . .. 21
... ... .. ............ ........ numa solução 97
........................................... . .
29 . . . 101
.
30 1O 1
............... ....
Ligação metálica .. .... .. .................. ........ . .... . .... Osmometria ................................. ........ ........
Substâncias e propriedades 31
.................... . ..... Medida de calor de reação 103
..........................
Geometria molecular 32
... .. .. ................... . ........... Entalpia e variação de entalpia 104
....................
Tipos de radiação .
................. 43
....................... Velocidade média de reação 111
......................
Leis ponderais das reações químicas .49 ........... ELETROQUÍMICA ....................................... 130
Lei volumétrica das reações químicas 52 .......... . Reações de oxi-redução 130
.......... .......... . .........
Massa atômica 53
............................................ ... Pilhas ou células eletroquímicas 134
..................
Eletrólise
....... .................... ............. .............. 140 Haletos orgânicos .................... ................ 176
QUÍMICA ORGÂNICA .................. ............... 145 Compostos oxigenados .............. ............. 176
O carbono ................................. ................... 145 Compostos nitrogenados ....................... 181
Funções orgânicas ....................................... 149 QUÍMICA DESCRITIVA ............................... 186
Isome ria
....................................................... 159 Compostos inorgânicos ............................... 186
Reações orgânicas . . . ...................................164 Petróleo ....................... ............... ......... . . . . . . . . 189
Estudo das funções orgânicas ..................... 169 Metais.......................................................... 190
Hidrocarbonetos 169
......... ................... ........ . . . Outros compostos importantes . ..... .............. 191
,
QUIMICA
Eduardo Roberto da Silva, Ruth R. Hashimoto
I
PROPRIEDADES r
DA MATERIA
E
que tem capacidade de movimentar a matéria possui energia.
MATÉRIA ENERGIA A energia pode ser cinética ou potencial. A energia ciné
tica está associada ao movimento e a energia potencial associa
se à energia armazenada num objetn em função de sua posi
ção em relação a outros objetos. A energia total de um siste
ma corresponde à soma dessas formas de energia. Algumas
O homem vem estudando a matéria e a energia desde os formas de energia são: calor, luz, som, energia mecânica, elé
tempos mais remotos. Foi através deste estudo que apren trica e química. Tndas as formas podem converter-se uma
deu a fabricar vestimentas e ferramentas, a cultivar, cons nas outras, no entanto, a energia total do sistema permanece
truir cidades, viajar através dos mares e do espaço. sempre constante. Exemplos de fenômenos onde ocorrem
Segundo os cientistas, matéria é tudo aquilo que tem mas transformações de energia são: a queima de um combustível
sa e ocupa lugar no espaço. (transformação de energia química em energia térmica, lu
Massa de um objeto é o termo que descreve a tendência minosa e mecânica); funcionamento de uma pilha ou bate
de um objeto permanecer em repouso quando está parado ria (transformação de energia química em energia elétrica)
e de continuar se deslocando se já se encontra em movimen e utilização de ferro elétrico (transformação de energia elé
to, ou seja, a massa descreve a inércia do objeto. trica em energia térmica).
Massa e peso possuem significados distintos, embora, ge No começo deste século, os estudos realizados por Eins
ralmente, sejam usados como sinônimos. O termo peso refere tein levaram-no a concluir que matéria e energia estão inti
se à força com que um objeto é atraído pela Terra. Como mamente relacionadas. A matéria pode ser convertida em
a força da gravidade não é a mesma em todos os pontos da energia e vice-versa. Massa e energia estão relacionadas pela
superficie terrestre, o peso de um objeto não é constante. expressão E = m.c2, onde E é energia, m é massa e c a velo
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a:
Sua massa, no entanto, é constante. cidade da luz.
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dos a outros, formando aglomerados atômicos. Utilizaremos
cn o termo partícula para nos referir indistintamente a átomos
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o ou aglomerados de átomos.
OS ESTADOS FÍSICOS DA
MATÉRIA
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cn
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2
de diminuir de volume
de que a matéria é formada por entidades extremamente pe
sob a ação de uma força
quenas chamadas átomos. Estes podem estar isolados ou uni-
Duas características importantes das partículas que cons em todas as direções. É por isso que os gases não apresen
tituem a matéria são: tam nem forma nem volume próprios.
• estão em constante e caótico movimento. Quanto maior for
a temperatura, maior será o movimento das partículas e vi Mudança de estado
ce-versa;
• as partículas podem se atrair ou repelir. Dependendo da pressão e da temperatura em que se en
contra, a matéria pode ser sólida, líquida ou gasosa. Por exem
Basicamente é a força de atração e a distância entre as plo, a 25°C e l atm a água é líquida; se diminuirmos a tem
partículas que determinam o estado fisico de um material peratura para - 10°C, ela passará a ser sólida; se aumentar
vaporização I ·
No estado gasoso, a distância entre as partículas é muito
L_Ia_u_•_o_ o__��.-----------
liquefação L__G_A_s_ o_s_o
maior que seu tamanho e por isso os gases são facilmente
compressíveis. Praticamente não existe força de atração en� '-__ __�
11 .
tre as partículas, o que as deixa livres para se locomoverem
3
Ao estudar uma transformação qualquer, é importante castanho
• água: líquido incolor.
considerar somente aqueles materiais que são importantes
vapor. Enquanto a temperatura se mantiver constante es
tarão presentes no sistema água no estado líquido e no es
tado gasoso.
PROPRIEDADES O comportamento de outras substâncias durante o aque
CARACTERÍSTICAS cimento é semelhante ao observado para a água, mudando
apenas as temperaturas nas quais ocorrem a fusão e a ebulição.
A temperatura constante, na qual uma substância passa
do estado sólido para o estado líquido, chama-se ponto de
fusão (Pf).
Muitas vezes, somente pela observação visual de um sis A temperatura constante, na qual uma substância passa
5
cn dade e solubilidade. Curva de resfriamento
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...
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� Q;
c.
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a: Ponto de fusão e ponto de ebulição Q)
w ...
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U·
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a:
Se, à pressão de 1 atm, aquecermos um bloco de gelo,
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manece constante e coexistem sólido e líquido no sistema.
a: Continuando o aquecimento verificamos que, quando a
c...
o temperatura alcança l00°C ocorre a ebulição, ou seja, a
a:
c...
ponto de liquefação tempo
passagem da água líquida para vapor. Também nesta mu
-
4
P1;q
ponto de solidificação
dança de estado observa-se que a temperatura permanece =
êS
cas são: cn
êS
a:
acetona 20 56,2 64,7 composição da mistura(%)
densidade (g/cm3)
clorofórmio 80 6 1 ,7 cn
álcool água LU
cs
o
água 4,5 100,0 76,3
álcool 95,5 78,3 10 90 0,99 !:!::!
30 70 0,97 a:
a.
o
50 50 0,93 a:
Existem também misturas .de sólidos que durante a fu. Q..
92 8 0,83 -
5
são apresentam temperatura constante. Essas misturas são
99 1 0,80
chamadas misturas eutéticas. São exemplos:
A densidade de um material depende da temperatura em Sempre que nos referirmos à solubilidade de uma subs
que se encontra. Isto é mais evidente no caso dos gases, uma tância é necessário indicarmos a temperatura em que foi de
vez que pequenas variações de temperatura provocam gran terminada. Isto porque a solubilidade varia com a tempera
des variações de volume do material. A 0°C e I atm, 32 gra tura. De um modo geral, a solubilidade aumenta com a ele
mas de gás oxigênio ocupam o volume de 22.400 cm3 e por vação da temperatura. No gráfico abaixo estão representa
tanto sua densidade é 32 g/22.400 cm3 = 0,00143 glcm3; a das as solubilidades de algumas substâncias a diferentes tem
100°C e 1 atm, a mesma massa de gás ocupa o volume de peraturas.
30.600 cm3 e sua densidade ê 0,00105 g/cm3•
� 100
Solubilidade Q) Cl
"'""
Quando, ao misturarmos uma substância a um líquido, ti Q) Q) 80
:l-o
O"
o Cl
vermos a impressão visual de que a substância "desapare
... o
temperatura
final recebe o nome de solução. A substância que se dissol 20 40 60 80 100
ve, no caso o açúcar, recebe o nome de soluto e a substância ( ° C)
que promove a dissolução, no caso a água, recebe o nome
de solvente.
Tanto o soluto como o solvente podem se encontrar em
qualquer estado fisico. No entanto, é mais comum nos refe EXERCÍCIO
rirmos às soluções preparadas pela dissolução de um sólido
num líquido. A água é o solvente mais utilizado no preparo Dois frascos sem rótulos estão cheios com dois líquidos
de soluções. incolores. Sabemos que o conteúdo de um dos frascos é ál
Normalmente, há um limite para a quantidade de soluto cool metílico e do outro álcool etílico. Que propriedade ca
que se dissolve numa quantidade fixa de solvente, a uma de racterística podemos utilizar para identificar o conteúdo de
terminada temperatura. Essa quantidade é chamada solubi cada frasco?
lidade, sendo as quantidades de solvente e de soluto geral
mente expressas em gramas. Por exemplo, em 100 gramas
de água, a 20°C, conseguimos dissolver no máximo 36 gra
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6
MISTURAS E SEPARAÇÃO
DE MISTURAS
A maioria dos materiais encontrados na natureza, ou pre plos de misturas homogêneas. As misturas homogêneas são
Decantação: utjlizado pa- Filtração: método utilizado para separar sólidos de lí cn
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ra separar misturas cujos com- quidos. Nos laboratórios realiza-se, com freqüência, a filtra w
<W
água :z:
ponentes se separam espanta- ção através de "papel de filtro" convenientemente dobrado
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,.,-�- .......
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areia neamente pela ação da gravida- o
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de. Nos laboratórios utiliza-se
água e areia I I I o
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o funil de decantação, ou funil
de bromo, na separação de mis
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turas formadas por dois líqui ::::::1
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dos imiscíveis. U)
e adaptado num funil.
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7
Procede-se, então, à filtra Quando se deseja apres�ar a filtração, ou quando o sóli
ção, recolhendo o filtrado num do a ser filtrado tem aspecto gelatinoso, costuma-se realizar
béquer ou erlenmeyer. A par a filtração a vácuo.
te sólida da mistura fica reti
da no papel de filtro. Este é
feito de fibras intercaladas e se
comporta como uma peneira.
A filtração é possível quando
o tamanho das partículas sóli
das é maior do que os poros do
papel de filtro.
SEPARAÇÃO DE
o condensador, refrigerado a água, onde se condensa, sen
A do, em seguida, recolhido. No final da destilação o líquido
MISTURAS HOMOGENEAS encontta-se no frasco coletor e o sólido no balão de destilação.
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a: tura do sistema sobe novamente. Nesse instante, o frasco co fusão, em primeiro lugar, do componente que possui ponto
w letor deve ser substituído para o recolhimento do outro de fusão mais baixo.
CJ) líquido. Os componentes de misturas eutéticas não podem ser se
-
8
Quando os líquidos tiverem pontos de ebulição muito pró parados por esse processo, uma vez que a mistura funde-se
ximos, o destilado continuará sendo uma mistura de líqui- a uma temperatura constante.
Liquefação fracionada: processo utilizado na separa 2. (UFRGS-RS) São dadas três misturas heterogêneas de
ção de gases. Baseia-se na diferença dos pontos de ebulição sólidos:
dos componentes da mistura. Através do abaixamento da tem I) arroz e casca; 11) serragem e limalha de ferro;
peratura os gases são liquefeitos e separados. No entanto, III) areia e cascalho.
devido à dificuldade de se atingir temperaturas muito bai Os processos mais convenientes para separá-las são, res
xas, na prática, a mistura: é totalmente liquefeita através da pectivamente:
(f)
o
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1-
LU
B + C c
....J
LU
(f)
(f)
o
(f)
1.1.1
(f)
evapo-
u
o
a:
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-
9
ração
I
ESTRUTURA DO ATOMO
A primeira idéia de átomo nasceu por volta de 460 a .C. nas e indivisíveis. Essas partículas foram chamadas átomos
na Grécia . Ela resultou de especulações filosóficas feitas por (não-divisíveis). De acordo com Leucipo e Demócrito os ma
Leucipo e Demócrito e não de estudos experimentais sobre teriais apresentariam propriedades diferentes porque seriam
)
o comportamento da matéria . Segundo os dois filósofos gre formados por átomos que apresentavam diferentes formas
gos, a matéria não poderia ser subdividida infinitamente. A (redondps, sinuosos e angulosos e tamanhos (grandes e pe·
matéria seria formada por partículas extremamente peque· quenos).
MODELOS
• explicar observações experimentais;
• predizer novas observações;
• ser passível de modificações quando novos fatos experimen·
tais são descobertos. No entanto, quando os novos fatos con
tradizem frontalmente um modelo, este deve ser abandona
Um dos principais alicerces do conhecimento científico do e substituído por outro .
é a idéia de que a matéria é formada por átomos. O conheci Como um modelo atômico é construído a partir de da
mento da estrutura dos átomos é a chave para o entendimento dos experimentais e, com o passar dos tempos, em função
de muitos fenômenos que nos cercam. No entanto, hoje, ao do desenvolvimento científico e tecnológico, uma quantida
estudar os átomos, encontramos uma séria limitação: os áto de muito grande de novos fatos é descoberta, vários mode
mos são invisíveis. Em vista disso, os cientistas, baseados em los atômicos foram elaborados. A seguir descreveremos os
dados experimentais, imaginam como um átomo deve ser. principais modelos atômicos.
o
mica de Dalton, cujos principais postulados são:
10
• a matéria é formada por partículas extremamente peque
nas chamadas átomos;
son, o átomo seria uma esfera maciça e positiva com as car
gas negativas distribuídas, ao acaso, na esfera. A quantidade
de cargas positivas e negativas seriam iguais e dessa forma
MODELO ATÔMICO o átomo seria eletricamente neutro. O modelo proposto por
DE THOMSON Thomson ficou conhecido como "pudim com passas".
polônio (fonte
de partículas alfa)
as cintilações
indicam os
pontos onde
as partículas
a estão colidindo
MODELO ATÔMICO
�
se dirigiam. O modelo de Ru
DE RUTHERFORD therford (figura ao lado) ficou
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conhecido como "modelo pla
o
netário". a:
o
u..
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LU
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Em 1 9 1 1 , o cientista neozelandês Ernest Rutherford, uti Partículas elementares 1-
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lizando os fenômenos radiativos no estudo da estrutura atô a:
LU
mica, descobri.u que o átomo não seria uma esfera maciça, A experiência de Rutherford mostrou que no núcleo atô o
mas sim formada por uma região central, chamada núcleo mico além do próton deveria existir uma outra partícula. Esta o
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atômico, e uma região externa ao núcleo, chamada eletrosfe foi descoberta em 1932 ptlo cientista inglês James Chadwick
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'0
:::;;:
ra. No núcleo atômico estariam as partículas positivas, os e recebeu o nome de nêutron.
g
prótons, e na eletrosfera as partículas negativas, os elétrons. Prótons, elétrons e nêutrons são as principais partículas
Para chegar a essas conclusões Rutherford e seus colabo presentes num átomo. Elas são chamadas partículas elemen LU
radores bombardearam lâminas de ouro com partículas a (2 tares ou subatômicas e suas principais características são: o
o
prótons e 2 nêutrons) utilizando a aparelhagem esquemati :::;;:
z
zada acima. carga o
u:>
Rutherford observou que a grande maioria das partícu massa massa carga �
partícula elétrica o
las atravessava normalmente a lâmina de ouro que apresen (grama) relativa relativa :r:
(Coulomb)
tava aproximadamente 1 0-5 em de espessura. Outras partí l
LU
culas sofriam pequenos desvios e outras, em número muito próton (p•) 1,7 . 1 0- 24 + 1,6·lQ- 1 9 +1 o
o o
pequeno, batiam na lâmina e voltavam. O caminho seguido o
nêutron (n°) 1 ,7 · 10-24 u
pelas partículas a podia ser detectado devido às cintilações 9, 1·10-28 1 / 1 840 - 1,6·lQ- 1 9 :::;;:
�
•O
elétron (e-) -1
que elas provocavam no anteparo de sulfeto de zinco.
9
Comparando o número de partículas a lançadas com o
número de partículas a que sofriam desvios, Rutherford cal Observe que as partículas presentes no núcleo atômico LU
o
culou que o raio do átomo deveria ser 10.000 a 100.000 apreserrtam a mesma massa e que essa é praticamente 2.000 o
vezes maior do que o raio do núcleo, ou seja, o átomo seria vezes maior do que a massa do elétron. A massa de um áto �
-
11
formado por espaços vazios. Por esses espaços vazios a gran mo está praticamente concentrada numa região extremamente
de maioria das partículas .a atravessava a lâmina de ouro. pequena do átomo: o núcleo atômico.
A quantidade de prótons e elétrons presentes num áto Solução
mo é a mesma; o que faz com que ele seja eletricamente O númer.o atômico do alumínio é 13, portanto ele possui
neutro. 13 prótons. Sendo o átomo eletricamente neutro, também pos
suí 13 elétrons. O seu número de nêutrons é 14, pois o núme
Elementos químicos ro de massa é a soma dos prótons e nêutrons (13 + 14 = 27).
Analogamente, o fõsforo apresenta 15 prótons, 15 elétrons e
Verifica-se experimentalmente que átomos que apresen número de massa 31 e o berílio apresenta número atômico
tam a mesma quantidade de prótons no núcleo apresentam 4, 4 elétrons e 5 nêutrons.
as mesmas propriedades químicas. A quantidade de prótons
Isótopos, isóbaros e isótonos
representado pela letra Z. O conjunto de átomos com mes
presente no núcleo recebe o nome de número atômico e é
Átomos que apresentam o mesmo número atômico e di
mo número atômi<>o, e, portanto, com mesmas proprieda ferentes números de massa são chamados isótopos. Átomos
des químicas, é chamado elemento químico. isótopos são do mesmo elemento químico. Exemplos: ��Cl
Um elemento químico é caracterizado por seu número e ��Cl; '�C e ��c.
atômico, por um nome e por um símbolo. O símbolo de um Os isótopos são identificados colocando-se o número de
elemento é representado pela primeira letra de seu nome, massa após o nome do elemento. Assim, os isótopos '�C e
em maiúscula. Quando dois ou mais elementos apresentam •:c são chamados, respectivamente, carbono-12 e carbono-14.
� 20 42yY 4202z
4•x
::2
•O químico atômico de massa
prótons elétrons nêutrons
g
w alumínio 13 27 Como X e Y são isótonos temos: a - x = b - y
c
o Substituindo os valores numéricos
::2 fósforo 15 16
-
12
41 - 20 = 42 - y
berílio 4 9 21 - 42 = -y
I y =
21 I Baseado nessas observações experimentais, Bohr elabo·
rou um novo modelo atômico cujos postulados são:
• na eletrosfera os elétrons não se encontram em qualquer
O número atômico de Y é 21 e ele possui 21 prótons e
posição. Eles giram ao redor do núcleo em órbitas fixas e
21 elétrons.
com energia definida. As órbitas são chamadas camadas ele
A alternativa correta é a letra c.
trônicas, representadas pelas letras K, L, M, N, O, P e Q
a partir do núcleo, ou níveis de energia representados pelos
números 1, 2, 3, 4... ;
MODELO ATÔMICO
DE BOHR o\ l \ \ \ \ \
1
) J J J f f f
2 3 4 5 6 7
Em 19 13, o fisico dinamarquês Niels Bohr, ao estudar não absorvem nem emitem energia;
espectros de emissão de certas substâncias, modificou o mo· • os elétrons de um átomo tendem a ocupar as camadas ele·
delo de Rutherford. No início do século XX era fato conhe· trônicas mais próximas do núcleo, isto é, as que apresentam
cido que a luz branca (luz solar, por exemplo) podia ser de· menor quantidade de energia;
composta em diversas cores. Isso é conseguido fazendo com • um átomo está no estado fundamental quando seus elétrons
que a luz passe por um prisma. No caso da decomposição ocupam as camadas menos energéticas;
da luz solar obtém-se um espectro chamado espectro contí· • quando um átomo recebe energia (térmica ou elétrica), o
nuo. Este é formado por ondas eletromagnéticas visíveis e elétron pode saltar para uma camada mais externa (mais ener
invisíveis (radiação ultravioleta e infravermelho). Na parte gética). Nessas condições o átomo se torna instável. Dize
visível desse espectro não ocorre distinção entre as diferen mos que o átomo se encontra num estado excitado;
tes cores, mas uma gradual passagem de uma para outra.
O arco-íris é um exemplo de espectro contínuo onde a luz
solar é decomposta pelas gotas de água presentes na atmos·
fera. Como a cada onda eletromagnética está associada certa
quantidade de energia, a decomposição da luz branca pro
duz ondas eletromagnéticas com toda e qualquer quanti
}
dade de energia.
infravermelho invisível
��:::::--1 ��r:�;:�o
���;;::::-1 amarelo espectro
visível
verde
azul • os elétrons de um átomo excitado tendem a voltar para as
visível ulinvisível
�
travioleta
pectros de emissão descontínuos: como o elétron só pode ocu·
t:c
�
par determinadas órbitas, as transições eletrônicas (ida e volta <O
g
do elétron) ocorrem em número restrito, o que produz so·
mente alguns tipos de radiação eletromagnética e não todas LU
I
como no espectro contínuo . o
O modelo atômico de Bohr foi elaborado para o átomo �
-
�--�-----+�--�--�����--� ( Á )
13
de hidrogênio, mas aplica-se com boa aproximação a todos
7000 6000 5000 4000
os outros átomos.
EXERCÍCIO 3 �) quando uma camada estiver completa os demais elétrons
passam a ocupar a camada seguinte;
(FUVEST-SP) O sódio e seus compostos, em determi 4 �) a última camada de um átomo, chamada camada de va
nadas condições, emitem uma luz amarela característica. Ex lência, pode abrigar somente oito elétrons;
plique este fenômeno em termos de elétrons e níveis de 5 �) se ao se realizar a distribuição eletrônica de um átomo,
energia. você verificar que na última camada permanecerá uma quan
tidade de elétrons maior que 8 e menor que 18, deixe nessa
Solução camada oito elétrons e passe os demais- para a seguinte. Se
A emissão de luz pelo sódio e seus compostos ocorre quan ao realizar esse procedimento, a última camada ainda ficar
do eles recebem energia na forma de calor ou eletricidade. com mais de oito elétrons, deixe somente oito elétrons nessa
Nessas condições os elétrons dos átomos de sódio passam para camada e passe os demais para a camada seguinte;
camadas ou níveis de energia mais afastados do núcleo, isto 6 �) se ao realizar a distribuição eletrônica você verificar que
é, mais energéticos. Os átomos passam do estado funda na última camada permanecerá uma quantidade de elétrons
mental para o estado excitado (instável). Os átomos ten compreendida entre 18 e 32, deixe nessa cámada 18 elétrons
dem a voltar à situação inicial (mais estável) e para tal os e passe os restantes para a camada seguinte. Se, ao realizar
elétrons retomam às camadas originais devolvendo ener esse procedimento, na camada de valência permanecer uma
gia recebida sob a forma de onda eletromagnética. No ca quantidade de elétrons maior do que 8 repita a 5 � regra.
so do sódio, essa onda apresenta energia correspondente Estas regras não são válidas para as distribuições eletrô
à cor amarela. nicas dos elementos. de número atômico 21 a 30, 39 a 48,
5 6 a 80 e 89 a 1 05 .
O átomo de Bohr e a distribuição Exemplos
eletrônica 1. carbono - 6 C
os 6 elétrons do carbonô se distribuem pelas camadas K, que
A maneira pela qual os elétrons se distribuem nas dife pode conter no máximo 2 elétrons, e L, que pode conter no
rentes camadas ao redor do núcleo é chamada distribuição máximo 8 elétrons. A distribuição eletrônica do carbono é:
eletrônica. Para efetuarmos a distribuição eletrônica deve 6C K-2, L-4.
mos obedecer a algumas regras, que são: 2. sódio 1 1Na
•
1 �) em cada camada pode existir uma quantidade máxima de os 1 1 elétrons do sódio se distribuem pelas camadas K, L e M:
elétrons: uNa K-2, L-8, M-1 .
3. cálcio - 2oCa
camada número máximo de elétrons dos 20 elétrons do cálcio, 2 devem ocupar a camada K e 8
a camada L. Embora a camada M possa conter 18 elétrons,
K 2 os dez elétrons restantes ocuparão as camadas M, com oito
L 8 elétrons, e N, com dois elétrons (ver a 5 � regra):
M 18 Ca K-2, L-8, M-8, N-2
N 32 4. bário - 56Ba
o 32 distribuindo os 5 6 elétrons do átomo de bário pelas camadas
p
Q
18 teríamos:
2 s6Ba K-2, L-8, M-18, N-28;
utilizando a 6� regra temos:
s6Ba K-2; L-8, M-18, N-18, 0-10;
2 �) os elétrons tendem a ocupar as camadas eletrônicas mais utilizando a 5 � regra temos:
próximas do núcleo, isto é, as menos energéticas; s6Ba K-2, L-8, M-18, N-1 8, 0-8, P-2.
g
o em consideração duas idéias importantes sobre o comporta faz mais sentido falar em órbitas descritas pelos elétrons ao
mento da matéria: o caráter de onda eletromagnética que o redor do núcleo. Foi, então, desenvolvido o conceito de
LU
Cl elétron apresenta e a impossibilidade de se conhecer simul orbital.
o
:::E taneamente a posição e a velocidade de um elétron.
o Em 1 924, Louis de Broglie verificou experimentalmen Orbital é a região ao redor do núcleo onde é mais pro
-
14
te que, dependendo das condições a que era submetido, o vável se encontrar um elétron.
elétron ora apresentava propriedades de partículas, ora pro-
Segundo o conceito de orbital, é possível encontrar, por O orbital p apresenta a forma de um par de halteres, es
exemplo, o elétron do átomo de hidrogênio bem próximo do tando o núcleo entre os dois halteres.
núcleo como a alguns milímetros de distância. E claro que
a probabilidade de cada uma dessas situações ocorrer é bem núcleo atôm ico
diferente.
Os números quânticos
A descrição de um elétron como tendo tanto proprieda
des de partículas como de onda eletromagnética é feita a partir Os outros orbitais, por possuírem forma geométrica com
de uma complexa equação matemática, cuja apresentação foge plexa, não serão vistos aqui.
aos objetivos deste livro. A resolução dessa equação fornece
2 · 3 + 1 = 7 - 3, - 2, - 1 ,O, + 1, + 2, + 3
de energia corresponde às camadas eletrônicas anteriormen d 2 2·2+1=5 - 2, - 1,0,+ 1, + 2
te vistas. O número quântico principal pode assumir valo f 3
res inteiros de um até, teoricamente, infinito, mas na práti
ca verifica-se a existência de átomos contendo no máximo A orientação de um orbital é dada em função do sistema
sete níveis de energia. tridimensional de eixos cartesianos. Assim é lógico admitir
A expressão 2.n2, onde n corresponde a um determinado que o orbital s, por apresentar forma esférica, deva apresen
nível de energia, permite calcular a máxima quantidade de tar somente uma orientação no espaço. Os orbitais p podem
elétrons que pode ocupar esse nível. A quantidade de elé se orientar de acordo com os eixos x, y e z do sistema de
trons presentes nos níveis de energia pode ser menor do que eixos cartesianos.
a máxima quantidade prevista teoricamente.
8
I 2
18
2
3
4 32
5 50
6
98
72
7
Assim temos:
__J
15
ele pode ser encontrado em
qualquer região do orbital.
Os orbitais d e f apresentam, respectivamente, 5 e 7 orien rotação). Somente após o semipreenchimento de todos orbi
tações no espaço. O conjunto dos cinco orbitais d é chama tais é que o segundo elétron deve ser adicionado";
do subnível d e o conjunto dos sete orbitais f de subnível f. • cada orbital será representado por D e os números quân
vel de energia. m = O
m -3 m = -2 m = - 1 m = O m = +1 m = +2 m = +3
• o spin será representado por uma seta vertical. O spin - 1/2
será representado por t e o spin + 1 /2 por � ;
• o número de elétrons presentes num subnível deve ser in
6,
cê vai aprender como realizar a distribuição eletrônica utili 1 . Distribuição eletrônica do átomo de carbono 6C.
zando os níveis e subníveis de energia. A distribuição ele Como o número atômico do carbono é ele possui 6 elé
trônica, segundo o modelo orbital, permitirá conhecer a dis trons. Estes estão dispostos nos subníveis de acordo com o
tância do elétron ao núcleo, o tipo de orbital que ocupa, a diagrama de Pauling:
,__ -- _- -- -- --
orientação espacial do orbital e o sentido de rotação do elé
=.---
,....
� - ...---
tron. Para isso necessitamos, também, recorrer a algumas 15
--
2 ' 2p
.....- s ......---
regras.
• um orbital pode conter no máximo dois elétrons. Dessa ...-- 3s 3p 3d
i
mo de carbono são:
potencial em relação ao núcleo. Os orbitais mais energéticos n 2 1 m= O m. = - 1 /2
2. Distribuição do átomo de enxofre
= =
16
rem completos; - 16S.
• orbitais de um mesmo subnível apresentam energia igual;
Segundo o diagrama de Pauling, os elétrons do átomo
• a ordem de preenchimento dos orbitais é dada pelo dia
de enxofre devem ocupar os seguintes subníveis:
grama de Pauling abaixo. O sentido das setas indica valores
�
�
1 s' .......
/
de energia crescente e a ordem de preenchimento dos orbitais;
� 2s' 2p
�
_.....
3s' 3p4 3d
......
45 4p 4d
�
_J
A distribuição eletrônica do enxofre é:
ã5
2 p6
� �lt �lt �1
a:: 16S.- 1 s2 2s2 3s2 3p4
g lt �lt lt I
o
w
[!] [!] []
o
último elétron ou elétron de diferenciação.
• regra da máxima multiplicidade de Hund: "Ao preencher
o
:::!:
Os quatro números quânticos do elétron de diferencia
o
- ção do enxofre são:
16 1
os subníveis p, d e f, deve-se primeiro colocar os elétrons
em orbitais vazios e com spins paralelos (mesmo sentido de n =3 t = m = - 1 m = + 1/2
I
Solução
EXERCÍCIOS Como os átomos Q e R são isóbaros temos:
n� p•(Q) + n� n ° (Q) = n� p•(R) + n� n° (R)
1. (U.F.-PA) Um átomo que apresenta, no último nível, um = n� p•(R) + n� n° (R) (I)
n� p •(Q) + 36
elétron desemparelhado como os seguintes números quânti
cos: n = 5, R = O, m = O e m = - 1/2 tem número atô
Como R2+ e Q são isoeletrônicos, isto é, possuem a mes-.
mico igual a:
ma quantidade de elétrons temos:
a) 31; b) 37; c) 4 1 ; d) 4 7; e) 5 1 .
n� e·(R2+) = n� e·(Q) (II)
Solução
mas como R2+ é um íon temos:
Para se determinar o número atômico desse átomo é ne
céssário, através de sua distribuição eletrônica, descobrir o
n� e·(R2+) = n� e·(R) - 2, ou
número de elétrons que ele possui. Lembre-se que um áto
n � e·(R2•) n � p•(R) - 2
= (III)
mo é eletricamente neutro e o número de prótons é igual
ao número de elétrons. como Q é um átomo eletricamente neutro temos:
O conjunto dos quatro números quânticos do elétron si
tuado no último nível de energia permite afirmar que Ss é n � e·(Q) = n � p•(Q) (IV)
o último subnível desse átomo e contém somente um elétron. substituindo (III) e (IV) em (II) temos:
Seguindo o diagrama de Pauling e efetuando a distribui
ção eletrônica do átomo tem-se: n� p•(R) - 2 = n� p•(Q) (V)
1s2 2�2 2p 6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5 s 1 substituindo (V) em (I) temos:
o que mostra que o átomo é formado por 37 elétrons e, por n� �- 2 + 36 = n�� + n� n ° (R)
tanto, 37 prótons.
A alternativa b é a correta.
4. (PUC)
de oxigênio C �O), o número de nêutrons impossível de se
Os elétrons "p" que existem num átomo de
9; b)
encontrar numa molécula de água é:
a) 1 0; c) 1 1; d) 1 2; e) 13. cloro (número atômico 17 e número de massa 35), em seu
estado fundamental, são em número de:
Solução a) 6; b) 1 1; c) 1 2; d) 1 7; e) 18.
O número de nêutrons presente em cada isótopo é:
Solução
Para resolver essa questão é necessário realizar a distri
isótopo lH m m � �o
buição eletrônica do cloro:
n � de nêutrons o 1 2 8 6
11Cl - 1 s2 2s2 2p 3s2 3p
5
6
tsAr l s2 2s2 2p 3s2 3p
Portanto, com os isótopos indicados, não existe molécula elétrons p - elétrons s = 12 - = 6 CC
6 6 10 6 c::
36 Kr l s2 2s2 2p 3s2 3p 3d 4s2 4p
9
de água contendo mais que 12 nem menos que 8 nêutrons. o
w
s4Xe l s2 4s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p 6 4d10 5 s2 5 p6 o
3. (CESGRANRIO) O átomo Q tem 36 nêutrons e é isó elétrons p - elétrons s = 24 - 1 0 = 1 4 o
:2:
17
trons s é o neônio.
a) 40; b) 38; c) 36; d) 34; e) 32. A alternativa correta é a letra b.
,
TABELA PERIODICJI
A melhor maneira de classificar os elementos químicos Isto possibil itou a previsão da existência e das proprie
foi proposta, em 1 869, pelo russo Dimitri Ivanovich Men dades de elementos ainda não descobertos na época. Assim,
deleev. Esta classificação serviu de base para todas as outras com algumas exceções, verifica-se que as propriedades dos
tabelas até nossos dias. Na primeira tabela proposta por Men elementos variavam periodicamente com as massas atômicas.
deleev, os elementos foram dispostos em ordem crescente de Atualmente, sabe-se que a repetição periódica das pro
massa atômica. Posteriormente, no entanto, alguns elemen priedades físicas e químicas é função da disposição dos ele
tos tiveram suas posições trocadas para que numa mes mentos na ordem crescente dos seus números atômicos. É
ma coluna se encontrassem elementos com propriedades a configuração eletrônica dos elementos que determina suas
semelhantes. propriedades.
Elementos de transição
.------ 88 ---.
18
� Fe ·! � Co ·! � Ni ·! � Cu ·!
28 2 29 2
tL.
g -z I.J
6
c
•O
c: Série dos Lantanídios
w
c.. Número Atômico "'
::3 � I
w
C] �g Símbolo � Série dos Actinídios
� "'
w
� Massa Atômica
�
.t:;
- ( ) = N?de massa do
18
;;j
isótopo mais estável
de modo geral, maus condutores de calor e eletricidade, não
possuem brilho, quando sólidos são quebradiços e possuem
baixos pontos de fusão e ebulição. Localizam-se no lado di
METAIS, NÃO-METAIS reito da tabela periódica. Oxigênio, mtrogênio, enxofre, io
E SEMIMETAIS do, cloro são exemplos de não-metais.
Os semimetais constituem um grupo pequeno da tabela
periódica. São todos sólidos nas condições ambientes e apre
sentam propriedades intermediárias' aos metais e não-metais.
O silício e o germânio, freqüentemente usados como semi
Os elementos químicos podem ser classificados de uma condutores de eletricidade, são exemplos de semimetais. São
maneira mais ampla, em função de suas propriedades fisi
5 1 , 52 e 84 .
semimetais os elementos de número atômico 5, 14, 32, 33,
cas, em metais, não-metais e semimetais.
São metais os elementos químicos que apresentam, de mo
METAIS
suem brilho característico, são maleáveis, ou seja, podem
ser forjadós em lâminas finas, são dúcteis, isto é, podem ser
estirados em fios. Na tabela periódica, localizam-se no lado
esquerdo, constituindo a maioria dos elementos. Cobre, prata,
META IS
ouro, alumínio, sódio, magnésio, mercúrio são alguns exem
plos de metais.
Os não-metais ou ametais, ao contrário dos metais, são,
3. 3� período
"Na ls1 2s1 2p6 3s'
r-
OS PERÍODOS E OS GRUPOS
Al Si p s Cl Ar
DA TABELA PERIÓDICA
"i
utilizam três níveis de · · · -
energia, o 1 �' o 2� e o
Na tabela periódica atualmente em uso, os 107 elemen 3�. (/)
tos químicos conhecidos estão dispostos em linhas horizon o
Duas linhas horizontais foram colocadas abaixo da parte a...
tais, segundo a ordem crescente de seus números atômicos. :::>
principal da tabela. Constituem as séries dos Lantanídios e a:
As linhas horizontais são chamadas pêríodos. A tabela pe dos Actinídios. Isto foi realizado para economizar espaço. (!)
(/)
riódica apresenta 7 períodos. Cada período corresponde ao Na realidade, porém, esses elementos, também chamados de o
preenchimento de um nível de energia. Os elementos quí elementos de transição interna, situam-se no corpo da tabela. L.U
(/)
o
pos, identificados por números de 1 a 8. Os grupos são divi
micos situados num mesmo período apresentam o mesmo As colunas yerticais da tabela periódica são clJ,amadas gru
o
número de níveis de energia. ·º
a:
Exemplos didos em subgrupos, ou famílias, identificados pelas letras L.U
a...
1. 1 � período A e B. (/)
0
,H ls ' O grupo O não se divide em subgrupos. Esses elementos o
j:":Ç
foram descobertos apenas no século XX e por isso são clas
1He ls1 sificados -de forma diferenciada. L.U
··
suem 7 elétrons no último nível de energia:
2)f'"14 (n - l ) d0"1 ns2 1
1 sz .-2·s1 2 P-5 · :
(n -
- - . 2-
l s2 2s1 Íp6-·:Js
9F ·-.
..
',. -
3sBr
,'� -"
�
w
CC nobres
(Exceto o
� Hélio) guração é característica dos átomos dos elementos da famí
lia 7A, os halogênios.
(j)
o b) Os elementos que antecedem e sucedem o elemento E na
a.
� mesma família da tabela periódica estão situados no 3 � e 5�
a: .
(.!) períodos, respectivamente. A distribuição eletrônica de seus
(j)
o Elementos de transição átomos será:
LU • elemento que antecede E- l s2 2s2 2p6 3 s2 3p5, o que mos
(j) tra que os átomos desse elemento possuem 17 elétrons e con
o Os elementos de transição, como vimos, são classificados
o em simples, pertencentes aos subgrupos B, ou de transição seqüentemente 1 7 prótons (os átomos são eletricamente neu
.Q
a: interna, localizados nas duas linhas abaixo da tabela. tros). Seu número atômico é, portanto, 17:
w
a. Os elementos de transição simples caracterizam-se por • elemento que sucede E
(j)
o apresentar na configuração eletrônica: l s2 2 s2 2p6 3 s2 3p6 4s2 3d '0 4p6 5s' 4d10 5p5, o que mostra que
-
2,0
�
o 1,5
u
número atômico
-E
A seguir discutiremos algumas propriedades periódicas '8
"'
dos elementos químicos. o
-(Õ
1 ,0
a:
R = raio atômico
Potencial de ionização
R
d
1
exemplo: c
-o
Nli(g) + 5 , 1 eV ., Na•(g) + le- a:
w
Q_
um átomo com
1 1 p• p' e lO e·
recebe transforma· se num cátion com e libera
1 1 e·
U)
e energia ll um elétron w
�
c
O raio do cátion é sempre menor do que o raio· do átomo w
que o originou, pois a mesma quantidade de prótons passa a:
Q_
Explica-se -a variação periódica dos raios atômicos dos ele a atrair menor quantidade de elétrons. o
a:
A variação do potencial de ionização dos elementos na Q_
mentos na tabela periódica através de dois fatores: a atração
-
21
núcleo-elétron e o número de camadas ou níveis de energia tabela periódica é a seguinte:
que apresentam. • nas famílias aumenta de baixo para cima;
• nos períodos aumenta da esquerda para a direita. Devido à dificuldade de se medir a afinidade eletrônica,
poucos são os elementos que as possuem determinadas. De
um modo geral, no entanto, a variação da afinidade eletrôni
1
ca na tabela periódica é a seguinte:
• nas famílias aumenta de baixo para cima:
1
O potencial de ionização aumenta à medida que o raio
atômico diminui. Isto porque ocorre aumento da atração nu
clear com a diminuição do raio atômico, sendo necessária
maior quantidade de energia para remover o elétron do áto
mo. Observe que a variação do potencial de ionização é a
inversão da variação do raio atômico.
O gráfico da variação do potencial de ionização em fun A afinidade eletrônica de um átomo depende em grande
ção do número atômico é o seguinte: parte de seu tamanho, uma vez que consideramos a introdu
Ej (kcal/mol)
ção de um elétron na sua camada mais externa. Quanto mais
700 próximo ficar o elétron do núcleo, maior será a atração nu
clear. Assim, átomos pequenos devem apresentar afinidades
He
600
500
eletrônicas mais elevadas que átomos grandes.
400
300
Eletronegatividade
200 A eletronegatividade é uma grandeza que surgiu quando
se procurou relacionar o potencial de ionização com a afini
1 00
dade eletrônica.
o
o 10 20 30 40 50 60 70 80 90 z Eletronegatividade é uma medida ri:lativa da tendência
de um átomo em atrair elétrons quando se encontra ligado
a outro átomo.
Observe que numa família, por exemplo a dos gases no
Linus Pauling construiu uma escala de eletronegativida
bres, à medida que o número atômico aumenta, o potencial
des. Nessa escala foi atribuída eletronegatividade igual a 4
de ionização (Ei) diminui e num período, por exemplo o se
para o elemento mais eletronegativo: o flúor. As eletronega
gundo, à medida que o número atômico aumenta, o Ei
tividades dos demais elementos foram determinadas em com
aumenta.
paração com a do flúor.
Como normalmente os átomos apresentam mais de um
elétron, eles também possuem mais de um potencial de io Escala de Pauling de Eletronegatividade
r- ,.--
nização. A energia necessária para remover um elétron é cha
-
H He
mada primeiro potencial de ionização; a necessária para re 2, 1
mover um segundo elétron, segundo potencial de ionização Li Be
2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 -
B c N o F Ne
1 ,0 1 , 5
e assim sucessivamente. Os valores dos 2 �, 3�, 4� ... poten
ciais de ionização vão crescendo progressivamente. Isto por
1 , 5 1 , 8 2, 1 2,5 3,0 -
Na Mg AI Si p s C! Ar
0,9 1 , 2
que as espécies das quais se removem elétrons, os íons, tor
-
K Ca Se Ti v Cr Mn Fe c Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
nam-se cada vez mais carregados positivamente e a atração 0,8 1 ,0 1 , 3 1 , 5 1 , 6 1 , 6 1 , 5 1 , 8 1 , 8 1 ,9 1 , 9 1 , 6 1 , 6 1 , 8 2,0 2.4 2,8
entre o núcleo e o elétron mais externo aumenta.
0,8 1 .0 1 , 2 1 . 4 1 , 6 1 , 8 1 , 9 2 , 2 2 , 2 2 , 2 1 , 9 1 , 7 1 . 7 1 , 8 1 , 9 2 , 1 2 , 5 -
Rb Sr y Zr Nb Mo Te Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
de energia de ionização.
vel é 3.
a) Na < Li < C; d) Li > Na > C;
Analise as afirmativas e marque a opção correta:
b) Li > C > Na e) Na > C > Li.
a) I e 11; d) 11 e IV;
c) C < Li < Na;
b) I e III; e) I, II e III.
Solução c) 11 e III;
Fazendo a distribuição eletrônica dos átomos desses ele
Solução
mentos temos:
3Li l s2 2s' A frase I está errada pois o último nível de energia do
6 C l s2 2s2 2p2 átomo é o quarto. Neste nível existem dois elétrons no sub
uNa l s2 2s2 2p6 3s' nível s e três elétrons no subnível p o que mostra que o áto
A distrihyição eletrônica nos mostra que lítio e carbono mo possui cinco elétrons no último nível de energia. Por
se encontram no segundo período e o sódio no terceiro pe tanto, o elemento pertence à família SA.
ríodo da tabela periódica. O átomo de sódio, por possuir mais A frase II está correta. Somando-se o número de elétrons
níveis, é o maior dos três e portanto apresenta menor ener presente no átomo encontramos o valor 33. Como o átomo
gia de ionização. é eletricamente neutro, o número de prótons é igual ao nú
O lítio encontra-se à esquerda do carbono no segundo pe mero de elétrons.
ríodo da tabela periódica, pois apresenta menor número atô A frase III está errada. O elétron de diferenciação do áto
mico. Portanto, o átomo de lítio é maior do que o átomo de mo é o terceiro elétron presente no subnível 4p. Ele apre
carbono e apresenta menor energia de ionização. Resumin senta número quântico magnético + 1 .
do temos:
It It It
-1 o +
raio atômico Na > Li > C
energia de ionização Na < Li < C +1
elétron de diferenciação.
A alternativa correta é a letra a.
A frase IV está correta. Dos cinco elétrons presentes no
2 . (UF-RS) Entre os átomos dos elementos abaixo, aquele últip10 nível de energia, dois estão no subnível s, isto é, es
que necessitará menor energia para que se extraia um elé tão emparelhados, e três no subnível p, cada um ocupando
tron de seu átomo neutro será o átomo de: um orbital, ou seja, des.emparelhados.
a) H ; b) Na; c) Rb; d) F; e) I A alternativa d é a correta.
Solução
5. (CESESP-PE) Para que �eja usado com o máxi�o de efi
Para responder a essa questão é necessário consultar uma ciência em fotocélulas e em aparelhos de televisão, um ele
tabela periódica e localizar os elementos indicados nas alter mento deve ter uma energia de ionização muito baixa e, por
nativas. Terá menor energia de ionização o átom.o que apre tanto, ser� facilmente ionizado pela luz. Qual dos elementos
sentar maior tamanho, ou seja, do elemento situado à esquer abaixo você acha que seria o melhor para este propósito?
da e embaixo da tabela periódica. Esse elemento é o Rb. a) K; b) Li; c) Na; d) Cs; e) Rb. U)
<(
A alternativa correta é a letra c . u
o
Solução ·0
3. (CARLOS CHAGAS) A configuração eletrônica do áto a:
UJ
mo de um elemento do grupo 2A da classificação periódica Todos elementos são metais alcalinos. Consultando uma a.
foi repress:ntada por l s2 xsY. tabela periódica verificamos que o césio é o elemento que U)
UJ
Assim sendo, x e y valem, respectivamente, se encontra abaixo dos demais. Em outras palavras, os áto o
<(
a) 1 e zero; d) 2 e 1; mos de césio são os maiores e são os que apresentam menor o
UJ
b) 1 e 1; e) 2 e 2. potencial de ionização. a:
a.
c) 1 e 2; A alternativa correta é a letra d. o
a:
a.
-
23
UGAÇÕES QUÍMICAS
Os agregados atômicos que formam as substâncias são res Várias tentativas de explicar o porquê dos átomos se uni
ponsáveis pelas diferentes propriedades que elas apresentam. rem entre si foram feitas. A seguir estudaremos dois mode
Para formar os agregados atômicos, os átomos devem per los elaborados com o objetivo de explicar a natureza das li
manecer próximos uns dos outros. Admite-se, portanto, que gações químicas: a teoria do octeto, que utiliza o modelo atô
existe uma força de atração responsável pela união dos áto mico de Bohr e a teoria do orbital molecular, que utiliza o
mos. Essa força de atração é chamada ligação química. modelo orbital.
O fato dos átomos dos gases nobres não se combinarem Observe que o átomo de sódio ao perder um elétron fica
mostra que eles são particularmente estáveis. Na procura da com 8 elétrons na última camada (camada L). No entanto,
causa dessa estabilidade os cientistas analisaram a distribui quando isso ocorre, ele deixa de ser eletricamente neutro e
ção eletrônica dos átomos e verificaram que todos eles, com se torna uma entidade eletricamente carregada: um íon. O
exceção do hélio, apresentam 8 elétrons na última camada íon sódio apresenta carga + 1 pois ele apresenta 1 1 prótons
eletrônica. A estabilidade dos gases nobres foi, então, atri em seu núcleo e l O elétrons na eletrosfera. Os íons positivos
buída à existência de 8 elétrons na última camada, ou seja, são chamados cátions.
na camada de valência. O átomo de cloro ao receber um elétron também fica
Como os átomos dos outros elementos não apresentam com 8 elétrons na última camada. Quando isso ocorre ele
8 elétrons na última camada eles são instáveis. Para se esta se transforma num íon. O íon cloro apresenta carga - 1, pois
LU
bilizar se ligam a outros átomos e quando isso ocorre eles ele possui 1 7 prótons em seu núcleo e 1 8 elétrons em sua
�
ficam com 8 elétrons na camada de valência. eletrosfera. Os íons negativos são chamados ânions.
t>
O postulado básico da teoria do octeto diz que os átomos
N�+
se tornam estáveis quando adquirem a estrutura eletrônica
o do gás nobre mais próximo na tabela periódica. Para tal, os
o
) ( ( (j:
o átomos podem ganhar, perder ou compartilhar elétrons.
<(
a: �
o
LU 11+
1- Ligação iônica
<(
- 2 8 8 8 2
24
Este tipo de ligação ocorre entre átomos que apresentam
características opostas: os- metais, que apresentam alta ele-
É importante ressaltar que os íons Na• e CI- apresentam
((
estruturas eletrônicas iguais às dos gases nobres neônio (t oNe) F-
e argônio (t aAr), respectivamente. w
�D
Os íons Na• e CI-, por possuírem cargas elétricas opos g+
tas, se atraem formando a substância cloreto de sódio. No
� 8 2
estado sólido o cloreto de sódio é formado por um arranjo
((
20+
ordenado de cátions (Na•) e ânions (CI-). Esse arranjo é cha
mado cristal iônico. No cristal de cloreto de sódio cada íon F-
sódio é rodeado por 6 íons cloro e cada íon cloro por 6 íons 2 Q
8 8
sódio. Não podemos dizer que um cátion está ligado única 9+
EXERCÍCIO
(UF VIÇOSA-MG) Qual é a fórmula do composto for
mado ao se combinarem átomos do elemento sódio e átomos
do elemento enxofre?
Solução
Consultando a tabela periódica verificamos que o sódio
é um elemento metálico que apresenta número atômico 1 1
e o enxofre é um não-metal com número atômico 16.
Fazendo a distribuição eletrônica dos átomos tem-se
11Na K-2, L-8, M-1
t6S K-2, L-8, M-6
Para adquirirem a estrutura eletrônica de gás nobre os
As substâncias formadas por ligações iônicas são chama átomos do elemento sódio perdem um elétron e os do enxo·
das compostos iônicos ou substâncias iônicas e são represen fre ganham dois. Portanto, serão necessários dois átomos de
tados por fórmulas denominadas fórmulas empíricas. A fór sódio, que se transformarão em íons Na', para fornecer dois
mula empírica do cloreto de sódio é NaCl. Ela nos informa elétrons para o átomo de enxofre, que se transformará no
que o cristal dessa substância é formado pela mesma pro íon S2-.
porção de íons Na• e CI-. A fórmula do composto, portanto, é Na2S.
Embora um composto iônico seja formado por íons ele
é eletricamente neutro, pois a quantidade de carga positiva Previsão da fórmula de substâncias iônicas: a fór·
na formação de um composto iônico a quantidade de elétrons
é igual à quantidade de carga negativa. Em outras palavras, mula de uma substância iônica formada por dois elementos
pode ser prevista como vimos anteriormente, ou seja, fazen
cedidos pelo metal deve ser igual à quantidade de elétrons do a distribuição eletrônica dos átomos,verificando quantos
ganha pelo não-metal. elétrons o átomo do elemento metálico deve perder e quan
mentos cálcio (loCa) e flúor (gF), o fluoreto de cálcio.
Outro exemplo de composto iônico é o formado pelos ele tos elétrons o átomo do elemento não-metálico deve ganhar
e, posteriormente, encontrando a proporção entre os íons for
Nesse caso o átomo de cálcio perde 2 elétrons, fica com mados, de maneira que as cargas positivas e negativas fiquem
a estrutura eletrônica do gás nobre argônio (t sAr) e transfor iguais.
ma-se num íon com duas cargas positivas. Cada átomo de No entanto, utilizando-se a tabela periódica,é possível,
flúor pode receber apenas um elétron, pois possui 7 elétrons rapidamente descobrir a carga dos íons provenientes dos ele·
na última camada. Assim, são necessários 2 átomos de flúor mentos representativos (famílias IA a 7 A).
Temos portanto, a formação de um íon Cal+ e dois íons F".
para receber os 2 elétrons cedidos pelo cálcio. Para tal é necessário recordar que os átomos dos elemen
tos das famílias IA, 2A e 3A são metais e possuem na última
camada eletrônica, a camada de valência, . 1 , 2 e 3 elétrons
respectivamente. São esses elétrons que esses'átomos perdem
para adquirir a estrutura eletrônica de g:is'nobre. Conseqüen
temente serão formados íons com carga + 1 , + 2 e + 3.
�
Os átomos dos elementos das famílias 5A, 6A e 7A pos
suem na última caf\lada eletrônica 5, 6 e 7 elétrons, respec··
w
tivamente. Eles se tornam estáveis, isto é, adquirem a estru· t
u
tura de gás nobre ganlrando 3, 2 e I elétrons . Conseqüente o
mente serão formados íons com carga 3, - 2 e - 1 .
-
o
2 o
8 8 Os átomos dos elementos da família 4A podem tanto re <(
ceber elétrons como o carbono (não-metal) ou ceder como a:
o
7 2 o chumbo (metal). Como eles possuem 4 elétrons na última w
t-
camada poderão ser formados íons com carga - 4 (ganho de <(
-
25
O composto fluoreto de cálcio é representado pela fór elétrons) ou + 4 (perda de elétrons).
mula CaF2 , o que indica que o cristal iônico dessa substância Átomos do elemento hidrogênio se ligam ionicamente com
átomos de elementos metálicos. Quando isso ocorre o hidro
ÍONS NEGATIVOS OU ÂNIONS
gênio se comporta como um não-metal e recebe um elétron
adquirindo, dessa forma, a estrutura do gás nobre hélio (dois
elétrons na última camada). Monovalentes I Bivalentes
IA I
Clorato . . . . . . . . . . . . . CIO, Manganato ... . . . . . . . . Mn04
perdem +I Li+, Na', K' Cloreto . . . . . . . . . . . . . Cl Manganito . . . . . . . . M n O,
2A perdem 2 +2 Ca", Mg'' Clorito . . . . . . . . . . . . . . CIO, Metassilicato . . .. Si O,
3A perdem 3 +3 AP', Ga" F l uoreto . . . . . . . . . . . . F Oxalato . . . . . . . . . . . . C,O.
4 +4 Ó xido . . . . . . . . . . . . . . .
l
H i droxila . . . . . . . . . . . OH O
4A
perdem
-
Pb4'
4 -4 c•
Hipobromito . . . . . . BrO Persulfato . . . . . . . . . S,O.
so.
ganham
H i poclorito . .. . . .. . CIO Sulfato . . . . . . . . . . . . .
5A ganham 3 -3 N'·, P'· H i pofosfito . . . . . . . . H,PO, Su lfeto . . . . . . . . . . . . . S
6A 2 -2 H i poiodito . . . . . . . . . 10 Sulfito . . . . . . . . . . . . . . SO,
I
ganham O'·, S'·
7A ganham I -I p-, C!" lodato . . . . . . . . . . . . . . . 10, Tiossulfato . . . . . . . S203
H I - H·
lodeto . . . . . . . . . . . . . . .
ganha I Metafosfato . . . . . . . PO,
Nitrato . . . . . . . . . . . . . . NO,
Sabendo a carga dos íons, a fórmula de uma substância Nitrito . . . . . . . . . . . . . . . NO,
iônica, como a formada pelos elementos alumínio e oxigê Permanganato : . . . Mn04
nio, pode ser assim determinada: as cargas dos íons são Al3+ Perclorato. . . . . . . . . . CIO.
composto iônico deve aparecer em primeiro lugar o cátion Antimoniato . . . . . . SbO. Ferrocianeto . . . . . . Fe(C N ).
e a seguir o ânion. Antimonito .. .. .. .. SbO,
'
Ortossilicato . . . . . Si O.
• Nome dos íons: os cátions possuem o mesmo nome que Arseniato . . .. .. .. .. A so. Piroantimoniato . Sb,O,
Arsenito . . . . . . . . . . . . A s O, Piroarseniato . :.. . As,O,
o elemento de origem. Assim o íon Na' se chama sódio, o
Borato (ou orto Pi rofosfato . . . . . . . . P,O,
íon Mg2+, magnésio e o AP', alumínio. borato) . . . . . . . . . . . . . . BO,
Os ânions apresentam nomes diferentes dos elementos de Ferrici aneto . . . . . . . F e ( C N l.
origem. Os principais estão relacionados a seguir: Fosfato (ou or-
tofosfato) . . . . . . .. .. PO.
elemento íon nome do íon
hidrogênio H· hidreto
flúor f· fluoreto
ÍONS POSITIVOS OU CÁTIONS
c•-
Lítio. . . . . . . . . . . . . . . . . . Li Cobre 1 1 . . . . . . . . . . . . C u
carbono carbeto
Mercúrio I .. .. . .. .. Hg Cromo 11 . . . . . . . . . . . Cr
• Íons polinucleares: até agora vimos que os íons po· Ouro 1 . . . . . . . . . . . . . . . Au Estanho .11 .. .. .. .. . Sn
Potássio . . . . . . . . . . . . K Estrôncio . . . . . . . . . . Sr
dem ser formados através do ganho ou perda de elétrons de Prata . . . . . . . . . . . . . . . . Ag Ferro 11 . . . . . . . . . . . . . F e
átomos isolados. Conseqüentemente, esses íons possuem um Rubídio . . . . . . . . . . . . . Rb Magnésio . . . . . . . . . Mg
núcleo e uma eletrosfera, isto é, são mononucleares. No en Sódio . . . . . . . . . . . . . . . . Na Manganês 11 . . . . . . M n
tanto, grupos de átomos também podem perder ou ganhar Mercúrio 11 . . . . . . . . H g
Níquel . . . . . . . . . . . . . . N i
elétrons. Quando isso acontece ocorre a formação de íons que
Platina 11 . . . . . . . . . . . Pt
apresentam mais de um núcleo e mais de uma eletrosfera, Zinco . . . . . . . . . . . . . . . Zn
são os íons polinucleares.
Exemplo�;
é
Trivalentes Tetravalentes
• íon nitrato: formado pelos núcleos de três átomos de oxi
gênio e um de nitrogênio, apresenta carga - 1 e sua fórmu
tJ
UJ
A lumínio . . . . . . . . . . . AI Chumbo IV . . . . . . . Pb
la é NO;; A ntimônio 1 1 1 . . . . . . Sb Estanho IV. . . . . . . . Sn
o A rsênio 1 1 1 . . . . . . . . . As M anganês IV . .'. . Mn
• íon carbonato: formado pelos núcleos de três átomos de
o Bismuto . . . . . . . . . . . . Bi Platina I V . . . . . . . . . Pt
Cl oxigênio e um de carbono, apresenta carga - 2 e sua fórmu Boro . . . . . . . . . . . . . . . . . B
<( la é co�-; Cobalto 1 1 1 . . . . . . . . . Co Pentavalentes
ã:
o • íon amônio: formado pelos núcleos de quatro átomos de C romo 111 . . . . . . . . . . . Cr Antimônio V . . . . . Sb
UJ
1- hidrogênio e um de nitrogênio, apresenta carga + 1 e sua fór Ferro 111 . . . . . . . . . . . . . Fe Arsênio V . . . . . . . . . As
Manganês 1 1 1 . . . . . . Mn
<( mula é NH�.
- Níquel 111 . . . . . . : . . . . Menor valência: 050
26
Ni
A seguir encontra-se uma tabela contendo os íons poli Ouro 1 1 1 . . . . . . . . . . . . . Au Maior valência: ICO
e mononucleares mais utilizados.
Além da fórmula eletrônica uma substância molecular po
OBSERVAÇÃO - Para se escrever o nome de uma de ser representada pela fórmula estrutural, onde o par de
substância iônica basta escrever os nomes do ânion e do elétrons compartilhado é representado por um traço
cátion, separados pela preposição de. Os nomes das subs
F-F
tâncias representadas pelas fórmulas NaCl, K2S04 e
Al(OH)J, são,respectivamente, cloreto de sódio, sulfato e pela fórmula molecular que indica o tipo e quantidade de
F2
de potássio e hidróxido de alumínio. átomos presentes na molécula
(FUVEST-SP) Bromato de potássio, sulfito de amônio, io nesse caso ocorre a ligação entre átomos de hidrogênio e de
deto de sódio e nitrito de bário são representados, respecti cloro. O hidrogênio está situado na família IA e o cloro na
vamente, pelas fórmulas: família 7A da tabela periódica. Eles apresentam, portanto,
a) KBrOJ, (NH4hS03, Na!, Ba(N02)z; um e sete elétrons na última camada, respectivamente, e ne
b) KBr04, (NH4)2S03 , Na!, Ba(N02)2; cessitam, cada um, compartilhar um elétron para adquirir
c) KBrOJ, (NH4)zS03, Na!, Ba(N03)2; a estrutura eletrônica de gás nobre. Temos, então, as
d) KBrOJ, (NH4)zS03, NaiOJ, Ba(N0 2h; fórmulas:
e) KBrOJ, (NH4)zS04, Nal, Ba(N02)2 . f ó r m . eletrônica fórm. estrutu r a l fór m . molecu l a r
Solução -· X X IC
Bromato de potássio é formado pelos íons bromato (Br03) H '...•. ;:; Cl x H - Cl HCI
XX
e potássio (K•). Como os íons apresentam a mesma carga eles
se encontram na mesma proporção. A fórmula do composto • ligação entre hidrogênio e oxigênio na água: o oxigênio está
Exemplo de substância molecular é o gás flúor. As molé • ligação entre átomos de nitrogênio na molécula de gás ni
culas dessa substância são formadas por átomos do elemen trogênio: o nitrogênio está situado na família 5A da tabela
to flúor (9F) que apresentam a seguinte distribuição eletrônica: periódica. Seus átomos necessitam, portanto, compartilhar
9F K-2 L-7 . três elétrons para ficar com oito elétrons na última camada.
Como cada átomo de flúor apresenta em sua última ca Cada átomo de nitrogênio contribui com três elétrons para
mada 7 elétrons é necessário mais um elétron para que ele formar a ligação. Três pares de elétrons são compartilhados
adquira a estrutura eletrônica do gás nobre neônio (10Ne K -2 originando uma tripla ligação. As fórmulas são:
L-8). Isso é feito através do compartilhamento de um elé fórm . eletrô n i c a fórm. estrutural fórm . molecular
�
tron de outro átomo de flúor. Representando os elétrons da e e XX
última camada por símbolos quaisquer como # , *, •, x etc. N N N N N,
12
=
t;
w
1::
de elétrons comum aos do1s • • � compartil hados
� par d e e l étrons
EXERCÍCIO
(SANTA CASA-SP) Por compartilhamento de elétrons o
átomos: cada elétron é prove- - muitos átomos adquirem eletrosferas iguais às dos gases no o
Cl
niente de um átomo. Esses são os elétrons compartilhados, bres. Isto acontece com todos os átomos representados na <(
são atraídos simultaneamente pelos dois núcleos e são res fórmula: a:
o
ponsáveis pela formação da ligação covalente. Uma repre a) O - F; b) O = F; c) F = O = F; 1 U,.l
..,....
sentação como foi feita acima recebe o nome de fórmula ele d) F - O - F ; e) 0 - F - O. <(
-
27
trônica: ela indica os elétrons da última camada e os com Solução
partilhados pelos átomos. Sendo o oxigênio um elemento da família 6A, seus áto-
mos apresentam 6 elétrons na camada de valência. Portan x
H • H
to, eles necessitam compartilhar dois elétrons para adquirir I
I
I
a estrutura eletrônica de gás nobre.
•• ••
O elemento flúor situa-se na família 7A, seus átomos pos d
···--=d__...
gênio estão com sete elétrons na última camada. A fórmula trons, como ocorre na ligação
correta é F - O - F onde tanto os átomos de oxigênio co iônica. .
mo o de flúor estão com 8 elétrons na última camada.
�
A alternativa correta é a letra d. Como o par de elétrons fica mais próximo do átomo de
cloro, a região próxima a ele fica levemente negativa. re
• Ligação covalente dativa: esse tipo de ligação ocorre gião em torno do átomo de hidrogênio fica levemente positi
quando o par de elétrons compartilhado é proveniente de
va, pois os elétrons se afastam de seu núcleo. Cria-se, então,
um único átomo. Para sabermos se em uma molécula ocor
uma dislribuição heterogênea de carga. Numa extremidade
rerá ligação covalente dativa é necessário, em primeiro lu
da ligação aparece carga parcial negativa e na outra carga
gar, esgotar todas as possibilidades de ocorrer ligação cova
parcial positiva. As cargas parciais são representadas por õ +
lente comum.
e õ - . Na molécula de HCl teremos:
Exemplo de substância que apresenta ligação covalente
dativa é o dióxido de enxofre, que apresenta fórmula mole õH õcl
cular S02• Como tanto o oxigênio quanto o enxofre se en As ligações covalentes que resultam no aparecimento de
contram na família 6A da tabela periódica, cada átomo ne cargas parciais são chamadas ligações polares e as que não
cessita dois elétrons para ficar com oito na última camada. resultam são chamadas ligações apoiares.
A ligação entre urií átomo de enxofre e um de oxigênio pode
ser assim representada:
EXERCÍCIOS
S = O]
1 . Prever a polaridade das ligações formadas entre os átomos:
Observe que os dois átomos estão com oito elétrons a) r e F
na última camada. Para que um segundo átomo de oxigênio b) H e F
faça parte da molécula é necessário que compartilhe dois elé c) F e Cl
trons, mas o átomo de enxofre não pode mais compartilhar Dado: eletronegatividades H = 2,1; Gl = 3,5 e F = 4,0.
elétrons, pois ficaria com mais de 8 elétrons na última ca
mada. Nesse caso, ocorre a ligação covalente dativa onde o
Solução
átomo de enxofre fornece os dois elétrons que serão com a) A ligação entre os átomos de flúor é apoiar, pois eles apre
partilhados com o oxigênio. O par de elétrons da ligação da sentam a mesma eletronegatividade.
tiva é representado por uma seta que tem origem no átomo b) A ligação entre hidrogênio e flúor é polar. Os átomos apre
que fornece os elétrons. sentam diferentes eletronegatividades. Como a eletronegati
fórmula eletrônica fórmula �:;trutural vidade do flúor é maior do que a do hidrogênio os elétrons
serão atraídos mais intensamen�e pelo átomo de fll).or. A carga
parcial negativa estará localizada no átomo de flúor e a posi
tiva no átomo de hidrogênio.
- O - Cl --+ O
estará nele localizada; a carga parcial positiva se localiza no
�
H átomo dé cloro.
t>
LU Ó+ ô-
• Ligações polares e apoiares: quando dois átomos se Cl - F
unem através de ligação covalente, o par de elétrons de liga
2 . (F. OBJETIVO-SP) Dadas as eletronegatividades de acor
o
o ção é atraído simultaneamente por dois núcleos atômicos.
o do com Linus Pauling: H = 2,1; B = 1,9; C = 2,5; N = 3,0;
No caso da molécula do gás hidrogênio, Hz, os elétrons são
<(
a:
O = 3,5; F = 4,0, dizer qual a ligação mais polar:
atraídos com a mesma força pelos núcleos, pois eles são iguais
LU
o a) H - O; b) H - B; c) H - H; d) H - C; e) C - O.
1- e apresentam a mesma eletronegatividade. Poderíamos en
<( tão pensar que os elétrons compartilhados permanecem a Solução
-
28
igual distância dos núcleos. Nesse caso a distribuição de Para sabermos qual ligação é mais polar é preciso calcu
cargas elétricas é homogênea. lar a diferença de eletronegatividade dos átomos que se li-
gam, pois quanto maior a diferença de eletronegatividade
maior a polaridade da ligação; desta forma temos: OBSERVAÇÃO Mesmo sendo útil-na previsão do tipo
de ligação e fórmulas das substâncias, a utilização da teo
ria do octeto não permite explicar a existência de certos
íons, como os dos metais de transição de certas molécu
ligação diferença de eletronegatividade las, como a do óxido de nitrogênio, NO, e de compostos
de gases nobres como XeF2 e XeOl, obtidos a partir de
H-0 3,5 - 2, 1 = 1,4
1962.
H-B 2, 1 - 1,9 = 0,2 Os metais de transição podem formar íons conÍ diferen
H-N 3,0 - 2, 1 = 0,9 tes cargas elétricas. O ferro, por exemplo, forma íons com
H-C 2,5 - 2, 1 = 0,4 carga + 2 e + 3 e o ouro forma íons com carga + 1 e + 3.
C-0 3,5 - 2,5 = 1,0 Se utilizarmos a teoria do octeto para explicar a liga
ção existente na molécula de NO teríamos:
o oxigênio fica com oito elé-
A ligação mais polar é a formada entre os átomos hidro trons na última camada, mas
:o : "• N •
gênio e oxigênio. • •. xx o nitrogênio somente com sete.
A alternativa correta é a letra a.
tal molecular;
• no orbital molecular devem estar presentes dois elétrons
-
que são atraídos pelos núcleos dos átomos que se ligam.
O O CD
orbitais atômicos
superposição
dos orbitais
orbital
de carga elétrica devido à diferença de eletronegatividade exis
tente entre os átomos. Embora a diferença de ele1:ronegativi
dade seja muito grande, os elétrons de ligação continuam a
sér atraídos pelos dois núcleos. A atração do núcleo do áto
i solados atômicos molecular
mo tie lítio pelos elétrons é fraca e os elétrons permanecem
De acordo com a teoria do orbital molecular, tanto a li muito mais próximos do núcleo do átomo de flúor, pois este a::
gação iônica quanto a ligação covalente polar e apoiar são apresenta alta eletronegatividade. <(
....J
de mesma natureza, isto é, ocorrem através do compartilha :;::)
u
mento de elétrons pelos núcleos dos átomos que se ligam. UJ
....J
Elas só diferem na intensidade com a qual o par de elétrons o
�
:2
presentes no orbital molecular é atraído pelos núcleos atô ....J
micos. Para exemplificar, descreveremos as moléculas H2,
a:l
HF e LiF em termos de orbitais moleculares. De acordo com a teoria do orbital molecular, somente as a::
o
A molécula de hidrogênio é formada a partir da superpo ligações que não apresentam deslocamento de carga elétri o
sição dos orbitais s dos átomos de hidrogênio (lembre-se ca, isto é, as apoiares, são consideradas covalentes. As liga Cl
que a distribuição eletrônica do hidrogênio é ls'). Como não ções que apresentam deslocamento de carga, isto é, as pola <(
a::
há diferença de eletronegatividade entre os átomos, os elétrons res, apr�sentam caráter iônico. Quanto maior a diferença de o
UJ
do orbital molécular são igual eletronegatividade entre os átomos que se ligam maior o ca t-
<(
mente atraídos por ambos os ráter iônico da ligação. Assim, a ligação entre o flúor e o lí
-
29
núcleos. Não ocorre desloca tio apresenta maior caráter iônico do que a ligação entre flúor
mento de carga elétrica. e hidrogênio.
Solução
diferença A ligação que apresenta maior caráter iônico é a formada
de eletro- 0,1 0,5 0,8 1,0 1,3 1,5 1, 7 2,0 2,3 2,5 3,0 pelos átomos que apresentam maior diferença de eletrone
negativid. gatividade.
Consultando a tabela periódica verificamos que:
caráter
0,5 1 15 22 34 43 51 63 74 79 89 • o cloro se situa na família 7A, sendo muito eletronegativo;
iônico (o/o)
• H, Li, Na, K e Cs estão situados na família IA, sendo o
césio o maior átomo e, portanto, o menos eletronegativo.
A ligação entre cloro e césio é a que apresentará maior
EXERCÍCIO diferença de eletronegatividade e, portanto, terá maior cará
(CESGRANRIO-RJ) Assinale o composto que apresenta li ter iônico.
gação de maior percentual de caráter iônico: A alternativa e é a correta.
a) HCI; b) KCl; c) NaCl; d) LiCl; e) CsCl.
UGAÇÃO METÁUCA
energia
�
0 = 0 e
Exemplo 0 0
1. substâncias formadas por elemento' diferentes mas com
a mesma quantidade de átomos por molécula: água (HzO) O gás oxigênio é inodoro, essencial para a respiração, reage
e o sulfeto de hidrogênio (HzS). A água é um líquido inco
lentamente com materiais brgânicos e no estado líquido é azul
lor, inodoto e insípido;o sulfeto de hidrogênio é um gás in claro. O gás ozônio apresenta cheiro característico, é utiliz�
color, que apresenta cheiro característico de ovo podre. dó como germicida, bactericida e para descorar ceras, verm
2.substâncias formadas pelos mesmos elementos, mas apre zes e gorduras; no estado líquido ele é azul-escuro.
sentando diferentes quantidades de átomos por moléculas: Carbono grafita e carbono diamante são as formas alo
água e água oxigenada (H202). A água oxigenada, ao contrá trópicas do elemento carbono. As duas substâncias são for
rio da água, ap,esenta propriedades desinfetante e descorante. madas por cristais. No entanto, a disposição dos átomos de (J)
w
�
carbono no cristal é diferente. Na grafita os átomos de car Cl
bono formam planos paralelos entre si.
w
Substâncias simples e compostas ã:
1 ,12Â c..
o
a:
Vimos que as substâncias podem ser formadas basicamen c..
w
te por: (J)
• agregados atômicos discretos chamados molécula. Os áto �
·�
u
mos que formam as moléculas estão unidos por ligação co :z
valente. Exemplos: gás oxigênio (Oz), cloreto de hidrogênio (J)
(HCl), álcool etílico (C2HsOH), glicose (C6Hu06) etc; co
:::::1
• agregados atômicos gigantes, chamados cristais, onde to (J)
-
31
das as partículas presentes (átomos ou íons) estão ligadas en
tre si. Os cristais podem ser' iônicos, metálicos e covalentes.
No diamante, os· átomos formam uma estrutura mais Nas condições ambientes, o enxofre rômbico é a única
compacta. forma alotrópica estável. Seu aquecimento produz o enxo
fre monoclínico.
O elemento fósforo apresenta quatro variedades alotró
picas, sendo as principais o fósforo vermelho e o fósforo bran
co. O fósforo branco é formado por molé�las tetraédricas:
p
(a) ,H - ls'
ligação formada dessa maneira é chamada ligação sigma
GEOMETRIA MOLECULAR
H H
32
A molécula de hidrogênio é formada pela superposição
de orbitais s dos átomos de hidrogênio. Nesse caso a super· lt * �lt I
Os orbitais moleculares podem ser assim representados.
hidrogênio
es
orbitais atômicos
p do cloro do
orbital molecular
que as anteriores, é a.
re através de um mesmo eixo e a ligação, da mesma maneira
17Cl l s2 2s2 2p6 3s2 3p5
-
As regiões acima e abaixo do plano dos núcleos atômicos
representam a interpenetração dos lóbulos stlperior e infe
rior dos orbitais p e correspondem a uma única ligação.
Na formação das ligações da molécula de gás nitrogênio
1N l s2 2s2 2p3
1r=-
t ..,..
I t ...,.1 t--,
... 1
uma a.
Na figura abaixo estão representadas duas ligações 1t e
V
mação da ligação 1t os orbitais se interpenetram menos in
do que a ligação a.
tensamente, o que faz com que essa ligação seja mais fraca = p lano vertical
H lr-
I,... ...-, t 1--
-l t I-, Formação da ligação sigma p - p:
Y �-\. J'�
/��;)\
p
\ 1•
\. -��
c:
-.J
<(
::::>
u
LU
-.J
o
�
<(
c:
......
Formação da segunda ligação p1: LU
�
o
LU
C!)
-
33
Moléculas com mais de dois átomos fosse 90° devido ao fato desse ser o ângulo formado pelos
orbitais p. Mas, pelos mesmos motivos descritos para a mo
A geometria de moléculas contendo mais de dois átomos lécula de água, esse será maior que 90°; ele vale 107°.
também pode ser determinada através dos orbitais atômicos
que se interpenetram para formar as ligações.
Geometria da molécula de água: os orbitais s, dos áto
mos de hidrogênio, e os orbitais p do átomo de oxigênio se
rão os responsáveis pela ligação entre esses átomos . H
/ "" /
cem nos átomos de hidrogênio são responsáv�is por uma re c) angular F F
I
do que o oxigênio e a polaridade da ligação é menor do que F
a existente entre o oxigênio e o hidrogênio. Em vista disso, e) plana triangular
/ �F
N
a carga parcial positiva dos átomos de hidrogênio é menor
e a repulsão entre eles também é menor. Os ângulos de liga
F
ção são: H2S - 93°, H2Se - 9 1 ° e H2Te - 88,5°.
Solução
Geometria da molécula de amônia, NH3: os orbitais s dos
Fazendo a distribuição eletrônica dos átomos de ni
átomos de hidrogênio e p do átomo de nitrogêhio são os res
trogênio e flúor temos:
ponsáveis pela ligação na molécula. 3
H l s1 1N ls2 2s2 2 p
1
7N ls2 2s2 2p3 9F I s2 2s2 2p5
t
.-:-
1 -r:-
1t -r.lt--.1 As ligações ocorrerão através da superposição dos
orbitais p do átomo nitrogênio de p dos átomos de flúor
Ocorre a formação de três ligações a entre os orbitais s ó que resulta na geometria piramidal para a molécula
34
dos átomos de hidrogênio e p do átomo de nitrogênio. Era de NF3•
se esperar que o ângulo formado pelos·núcleos H - N - H A letra d é a alternativa · correta.
Orbitais atômicos
Tipo de Número de orbitais Disposição espacial Geometria dos
que sofrem
hibridização híbridos dos orbitais orbitais
hibridização
s p 1 80 °
1 1 sp 2 CA3 linear
sp2 3
~ trigonal
�
1 2
plana
" 2 8'
1 3 sp3 4 tetraédrica
[}}] I I I I
de hidrogênio e os orbitais híbridos sp2 do átomo de boro,
formando três ligações a iguais entre si. A molécula de BHJ
----G>.�
é trigonal plana ou triangular.
::i
drogênio, o átomo de berílio deve apresentar dois orbitais c:
liTl_ J
2s2
lt lt
-
o [ill _ __ _ _ _ _ _ _ .. ... ..
I 35
Ocorre hibridização do tipo sp3 formando quatro orbi
tais hibridos sp3, semipreenchidos.
1 s2 sp 3
[ill <D<OOXD
quatro orbitais híbridos sp3
Geometria da molécula de eteno, C2H4 : a fórmula estru Geometria da molécula de etino, C2 H2: a fórmula estru
tural da molécula tural da molécula
H - c=c - H
nos mostra a existência de uma uipla ligação entre os áto
mos de carbono. Isso significa que entre eles existe uma li
gação a e duas ligações 1t. Em vista disso, ap'ós sofrer hibri
nos mostra a existência de uma dupla ligação entre os áto dização, ainda resta no átomo de carbono dois orbitais p pu
mos de carbono. Isso significa que entre eles existe uma li ros. Os átomos de carbono devem, portanto, sofrer hibridi
gação a e uma 7t. Como a ligação 1t é feita através de orbi zação sp:
tais p puros e parelelos entre si temos que admitir que, após 2s2 2p2
sofrer hibridização, ainda resta um orbital p puro no átomo
[tJ lt ltJ I
Íp l
de carbono. Para isto, os átomos de carbono devem sofrer
hibridização sp2•
,_
_ _
___
sp
1 s2 2s2 2p2
CXD rn
lill lill_ _ _ _
_ _
I_ t_l!I 1 dois orbitais
híbridos sp
dois orbitais
1 52 2p puros
2p'
Os orbitais híbridos sp e os orbitais p puros formam en
lill COOXD m tre si ângulos de 90°.
v
três orbitais híbridos sp2
H
cr
<t:
__,
:=>
u
LU
....J As ligações que ocorrem são:
o
:::!!! • uma ligação a entre orbitais híbridos sp dos átomos de
Solução
Fazendo a distribuição eletrônica do átomo A temos:
• .A - 1 s1 2s1 2p6 3s1 3p1
37
tância entre eles. A carga elétrica é dada em unidades ele eletronegatividades dos átomos que se ligam e a geometria
trostáticas e a distância em Angstron. Para a molêcula de elo- da molécula. Vejamos como isso pode ser feito através de
• molécula de dióxido de carbono, CO:a: a molécula é linear,
• molêcula de ãgua: a molécu·
alguns exemplos.
as ligações entre os ãtomos de carbono e oxigênio slo po
la de Agua � formada por lares, mas os vetores que defmem o momento dipolar da
duas ligações entre os Ato ligação apresentam mesmo
mos de hidrogenio e oxi· módulo, mesma direção e
8-
O = C = O
gênio e é angular; as- liga· sentidos opostos.Eles ponan·
gés carbônico 11 O
to, se anulam e a molécula
0
ções entre os Atomos de •
eletronegatividades diferen·
tes; representando os mo·
8 + / �5+
H H
EXERCÍCIO
(F. O'BJETIVO-SP) Dadas as moléculas:
mentos dipolares das ligações por vetores e efetuando a
N
soma vetorial temos:
H - Cl H /j"'-
1> 1
H
H
ii = �1 + ii2
o que mostra que o momento dipolar da molécula da ãgua
a-
não é nulo. Ponanto, a molécula de água é polar. Ela po-
IV (plana triangular) V (tetraédrica)
de ser considerada um dipo- 0
lo elétrico que apresenta na são polares:
extremidade positiva os áto-
H
I, \....
H h) somente 111, IV e Y;
a) somente I e 11; d) somente I, li, III e IV
e) todas.
N
mos de hidrogênio e na ne·
c) somente I, li e 111;
• molécula de amônia, NH3: a
gativa o átomo de oxigênio.
4
Solução
molécula NH3 é piramidal e Para descobrir se uma molécula é ou não polar é neces·
é formada por três ligações sãrio realizar a soma vetorial dos momentos dipolares das
"'- ---
entre os Atomos de hidrogê- H ··· ---
H
ligações. Se a soma for zero, a molécula será apoiar, se for
nio e nitrogênio;�presentan· H diferente de zero será polar. Nesse caso temos
do os momentos dipolares
ô+
H-
das ligações temos: ô-
Ô- HCl - C! 11 -;t. o
.. �.. r�#O
ô-
H20 - o
H H
/ �H 11 -;t. o
1\ + Ô+ ô+
Õ+
N
N
H
um dipolo onde Dá extremi· ô+ ô+ ô+
/ I '\.._
a
dade positiva estariam os
F� �
_
ãtomos de hidrogênio e na H H
+ ô- ô-
negativa o de nitrogênio. H BF3 -
• molécula de metano, ClL: a molécula é tetraédrica e aa
y
quatro ligações entre os ãtomos de carbono e hidrogênio ô+
são polares. No entanto, nesse caso, a soma vetorial é ze· 11 .. o
ro. Conseqüentemente a molécula é apoiar.
H
ll
F
ô-
H
ô+
onde � = O_
CH. -
H ;.-- it- H
-- c -
tl õ - ! - - I' '"' o
-
ô+
São polares as
ô+
ô+
f
38
moléculas HCl, H20 e NH3.
A alternativa correta é a letra e.
os elétrons estão mais próximos do núcleo, conseqüentemente
estão mais atraídos e é mais dificil ocorrer um deslocamento
UGAÇÕES ENTRE da nuvem eletrônica. Nas moléculas grandes os elétrons, por
estarem mais afastados dós núcleos, estão, a eles, mais fraca
MOLECULAS mente ligados. Em vista disso, o deslocamento da nuvem ele
trônica e a conseqüente polarização da molécula é mais facil.
1 00 �
Ligações entre moléculas polares
75
As moléculas polares possuem dipolo elétrico permanente.
\
J
Assim, quando estas moléculas estão próximas, a extremi
dade negativa· de um dipolo atrai a extremidad_e positiva do 60
outro. A força de atração entre dipolos permanentes é fraca. \
No entanto, quanto maior a polaridade e o tamanho das mo u
o 2&
léculas maior será a força de atração entre el11.s. l'O HF
5
Qio. o 1\
...
l'O \ H2 •
�------�-----�
1 1 I I E \1 , J
1
t 1
Q)
... 'I'
�----- �----- �
-2 5
_l �li: HI
-50
\ ,
� �
Ligações entre moléculas apoiares v HB /
1 \ H2S
lL
\
_1_
-75
As moléculas apoiares não possuem dipolo elétrico pois
a distribuição de carga elétrica é simétrica. Quando molécu
�
HC
las apoiares se aproximam, no entanto, pode ocorrer, num -100 30 40
determínado instante, o deslocamento da nuvem de elétrons 20 so
perfodo
para uma das extremidades da molécula. Ocorre, então, a
criação de um dipolo instantâneo que pode polarizar, por O grâfico nos mostra que, com exceção da água e do fluo
indução elétrica, uma outra molécula. reto de hidrogênio, à medida que as moléculas se tomam
maiores, o ponto de ebulição aumenta. Isso porque a intera·
@
ção elétrica entre os dipolos aumenta. As substâncias ãgua
:3
fJ)
molécula apoiar e fluoreto de hidrogênio, no entanto, apresentam pontos de
8+ li - ebulição anormalmente altos em relação ao tamanho de suas ::;)
(.J
� formação do dipolo instantâneo moléculas. Esse fato indica que nessas moléculas deve exis
.....
•W
�--�
tir uma força de atração intermolecular adicional. Essa for· o
� �
:::::!:
ça é característica de moléculas polares contendo átomos de w
!z
atração entre dipolos hidrogênio ligados a átomos muito eletronegativos (flúor, oxi· a:
�-<G=D instantâneos
gênio e nitrogênio). Essa força é chamada ponte de hidrogê·
nio e mantém unidos os ãtomos de hidrogênio de uma molé·
w
fJ)
w
cula com o ãtomo eletronegativo da outra. As pontes de hi· tO
Os dipolos instantâneos se atraem mutuamente, mas a for drogênio são interações elétricas mais fortes do que as que �
�
ça de atração entre eles é extremamente fraca.-A polarização ocorrem entre dipolos peímanentes, mas são mais fracas que .....
-
de moléculas pequenas é mais dificil do que a polarização
39
as ligações covalentes comuns. Em vista disso, costuma-se
de moléculas grandeS. Isto porque. em moléculas pequenas representar as pontes de hidrogênio por linhas tracejadas.
Exemplos 1} água 2) fluoreto de hidrogênio, HF EXERCÍCIO
H
3) amônia, NH3
',,, /
1 (ITA-SP) Os hidretos do tipo H2X dos elementos da fa
mília do oxigênio são todos gasosos em condições ambien
o
, ' , ,'
tais, com exceção do hidreto de oxigênio. Esta situação é con
H seqüência:
/
a) da baixa massa molecular da água;
2
I
3
F Solução
/
H
H A ligação entre os átomos de hidrogênio de uma molécu
I H la com o de oxigênio de outra, formando pontes de hidrogê
/
H - N H --- N H H nio, é o fator responsável pelo fato da água não se aprésen
I
I I '-...._ F / tar, nas condições ambientes, no estado gasoso.
H H A letra c é a alternativa correta.
lécula apoiar)
ra identificar uma substância. Existem substâncias com al
covalente (mo- 6 80
tos pontos de ebulição e fuSão, outras com baixos pontos de C6 H 6
lécula apoiar)
fusão e ebulição, algumas são solúveis em água, outras são
covalente (mo- - 1 15 78
insolúveis. A explicação para tal diversidade de comporta C2HsOH
lécU.la polar)
mento experimental deve ser buscada em sua estrutura atô
covalente (mo-
mica. Abordaremos a seguir as propriedades ponto de fusão CsHuOH - 79 1 38
lécula polar)
e ebulição, solubilidade e condutibilidade elétrica.
Pb metálica 327 1744
Au metálica 1063 2966
Ponto de fusão e de ebulição
Uma substância apresenta pontos de fusão e ebulição ca Solubilidade
racterísticos. O fato deles serem altos ou baixos depende da
força elétrica que mantém suas entidades químicas (átomos, Uma solução é formada quando uma substância, o solu
moléculas ou íons) unidos. Quanto maior for essa força to, consegue se dissolver em outra, o solvente. As partículas
40
to da atração entres os átomos como do tipo de cristal me tâncias polares. A água não dissolve substâncias apoiares, pois,
tálico. nesse caso, não existe a possibilidade de ocorrer a interação
elétrica entre soluto e solvente. Uquidos polares se dissol sentam ponto de fusão mais elevados que as substâncias mo
vem em lfquidos polares e lfquidos apoiares em liquidos leculares.
AB1
b) A1B - molecular;
c) - eletrovalente;
d) AB - eletrovalente;
e) AzB - covalente.
Solução:
Efetuando a distribuição eletrônica dos átomos temos:
Condutibilidade elétrica 16A - l s1 2s 1 2p6 3s1 3p 4
1 7B - l s2 2s1 2p6 3s1 3p 5
A corrente elétrica resulta do movimento ordenado de car As distribuições eletrônicas nos mostram que os dois ele
gas elétricas. Essas podem ser elétrons ou íons. Os metais, mentos são não-metais: o elemento B pertence à família dos
por possuírem os elétrons da nuvem eletrônica fracamente halogênios (7A) e o elemento A à família dos calcogênios (6A).
ligados aos mfcleos, são bons condutores de eletricidade no A ligação entre A e B será, portanto, covalente, ou molecular.
estado sólido. As substâncias iônicas, ao contrário, só con Como A possui seis elétrons no último nível de energia,
duzem eletricidade no estado fundido. No estado sólido os necessita compartilhar dois elétrons. B, por possuir sete elé
íons por estarem fortemente atraídos uns aos outros não con trons no último nível de energia, necessita compartilhar so
seguem se movimentar; no estado líquido os íons, embora mente um elétron.
atraídos entre si, possuem mobilidade, o que possibilita a con As fórmulas eletrônica, estrutural e molecular do com
dução de eletricidade. Os compostos moleculares não con posto formado por A e B são, respectivamente:
duzem eletricidade nem no estado sólido nem no estado li
" X )( "
quido, pois suas moléculas não apresentam cargas elétricas :n• x Ax • .o: B-A-B
XX
•• •
•
livres.
A alternativa a é a correta.
Solução
A força de atração entre íons é muito forte. Isto faz com G)CJG)
(J(J (J (J CJ polarcia QO() Q substânci
CJ(Jsubstân
apoiar a
o oo
que as substâncias iônicas apresentem elevados pontos de fu
são. Em vista disso, as alternativas c e e estão corretas: as
substâncias iônicas são sólidas nas condições ambientes e apre- 41
4. (FEI·MAUÁ) Escreva as fl)rmulu estruturais e indique última camada. Os outros três pares de elétrons podem, co
a polaridade das moléculas de bromo e gú sulfldrico. tio, ser utilizados para Jtalizar ligaç6es covalentes dativas:
Dados: números atômicos H • 1, S • 16, Br "' 35.
t
:A· +- A
Soluçio �
5.
apresenta geometria piramidal e é polar.
O tetracloreto de silício (SiCI.) é formado pelo semime
(CARLOS CHAGAS) No composto iônico de fórmula
tal silício e o não-metal cloro. A ligação é covalente, pois os
XY, o íon X é bivalente positivo. Nesse ca:so, Y poderia es·
átomos apresentam pequena diferença de eletronegativida·
tar indicando o íon:
de. A ligação Si - Cl é polar, mas,a molécula SiCI., por ser
a) hidrogênio;
tetraédrica, é apoiar.
b) oxigênio;
O iodeto de hidrogênio (HI) é formado pelo não-metal
c) potássio;
iodo e pelo hidrogênio. A ligação entre os átomos é covalen
d) magnésio;
te, mas como eles apresentam diferentes eletronegatividades
e) flúor.
a ligação é polar.
A alternativa a é a correta.
Em 1 885, o cientista alemão Wilhelm Konrad Rõentgen cionou essa capacidade com a presença de urânio na subs
constatou, pela primeira vez, a existência de certa radiação tância. Estava descoberta a radiatividade.
que, como a luz, era capaz de sensibilizar chapas fotogrãfi Em 1898, a fisica polonesa Maria Sklodowska Curie e
cas e provocar fluorescência 1:m certas substâncias. A esta seu marido Pierre Curie conseguiram isolar da pechblenda,
radiação Rõentgen deu o nome de raios X por ainda desco (minério de urânio), átomos de um elemento com proprie
nhecer sua origem e características. dades radiativas muito superiores ao urânio: o polônio. Pouco
Foi o fisico francês Henri A. Becquerel que descobriu tempo depois, o casal anunciou a descoberta de átomos de
em 1896, que os raios X eram emitidos por toda substân outro elemento, ainda mais radiativo: o rádio. Por esse tra
cia fluorescente. Para isso ele utilizou um composto de urâ balho foi concedido a Becquerel e ao casal Curie, em 1903,
nio, o sulfato duplo de potássio e uranila K2(U02XS04)2 e, o Prêmio Nobel de Física.
, após expô-lo ao sol, verificou que era capaz de impressionar Todos os estudos realizados mostraram que as radiações
uma chapa fotogrãfica envolvida por papel negro. A casuali emitidas pelas substâncias têm origem no núcle'o do átomo,
dade, no entanto, levou Becquerel a conclusões ainda mais ou seja, as radiações devem-se às transformações que ocor
surpreendentes quando ele percebeu que a substância era ca rem nos núcleos atômicos.
paz de impressionar a chapa fotográfica mesmo sem ter sido Radiatividade é o fenômeno pelo qual o núcleo de um
exposta à luz. Becquerel concluiu, portanto, que era a subs átomo emite espontaneamente radiações.
tância que possuía a capacidade de emitir a radiação e rela-
���������������� +
j
�
+
+
•().
ções emitidas passavam através de uma abertura na parte su + o
+
perior do cilindro. Do lado oposto ao cilindro, Rutherford +
+ �
colocou uma placa recoberta com a substância fluorescente
+ o
+
<(
sulfeto de zinco (ZnS). Para atingir essa placa a radiação de a:
+
veria atravessar um campo elétrico. w
+ o
+
Rutherford conseguiu, através desse experimento, iden
+
cn
+
o
tificar três tipos de radiações: º=
Radiações alfa (a) que eram desviadas em direção à placa + 1-
+ -
43
negativa, sendo portanto positivamente carregadas. +
+
Radiações beta lfl) que eram desviadas em direção à pla-
Radiação aHa Ua) carga elétrica - 1 e massa praticamente desprezível. Essas
dade, pelos núcleos dos ãtomos radiativos. Possuem, portanto,
Exemplos:
1 1�h - 1:1Pa + -�P
2 1�Bi - 1�Po + -�P
I.EIS DA RADIATIVIDADE A emissão das partículas beta (elétrons) pelo núcleo re
sulta da desintegração de um nêutron em outras partículas:
nêutron - próton + elétron + neutrino
�
CJ) cial e fmal?
�
Solução
de X, temos
Chamando Z o número atômico e A de número massa
Lei de Soddy e Fajans: Quando um núcleo atômico emi
c
!C(
a:
:::>
().
o
�
'
C§
Nas três séries radiativas, todos os núcleos participantes
A radiatividade é um fenômeno que ocorre em núcleos possuem seus números de massa diferentes de um múltiplo
CJ) instáveis, com emissão de partículas alfa e beta e radiação de 4 unidades em relação ao núcleo inicial. Isto porque so
w
....... gama, transformando-os em núcleos estáveis. Neste caso, áto mente a emissão alfa altera o número de massa e, cada emis
-
44
mos de um elemento químico transformam-se em átomos são, como vimos, provoca a redução de 4 unidades em seu
de outro elemento, ou seja, ocorre uma transmutação natural. valor.
Série do urânio: esta série inicia-se com o isótopo lacionada com a proporção núniero de n<rons/número de
�238 e termina no isótopo chumbo-206. Todos os mem prótons que o âtomo apresenta. A partir do grâfico a seguir,
:5
�
"'
c
Cll
'O Núcleo com igual
e número de
Cll
E prótons e nêutrons
•::J
z
i35u
91 _ l07Pb
&l
1:Th
dessa série têm número de massa múltiplo de 4, ou seja, 4n.
- Z:Pb Na região do gráfico chamada zona de estabilidade es
tão representados os átomos não-radiativos. Como se pode
observar, existe uma relação ideal entre o ndmero de pró
tons e o n11mero de nêutrons presentes nos núcleos de áto
A lnstabilidade nuclear mos estáveis. Tem-se, .portanto, que:
•·átomos pequenos, com números atômicos até 25, apresen
A procura das causas que determinam a instabilidade de tam número de prótons aproximadamente igual ao núme
determinados núcleos levou os cientistas a um profundo es· ro de nêutrons, ou seja, a relação número de nêutrons/nú·
tudo dos núcleos atômicos. Nesse estudo comparou-se a com mero de prótons aproxima-se de 1;
posição de núcleos radiativos com a de núcleos não-radiativos, • átomos com números atômicos compreendidos entre 25 e
ou seja, de núcleos estáveis. 83 apresentam número de nêutrons maior que o número
Constatou-se, primeiramente, que a radiatividade é uma de prótons. A relação número de nêutrons/número de pró
propriedade associada ao átomo, não ao elemento quimico. tons aproxima-se de 1,5.
Assim, os elementos quimicos podem .ser constituidos tanto Todos os núcleos cuja relação número de nêutrons/nú
por átomos radiativos como por átomos não-radiativos. O ele mero de prótons não se inclui na faixa de estabilidade são
mento quimico hidrogênio, por exemplo, é constituido por instáveis e, portanto, radiativos. Esses núcleos tendem a emi
três isótopos, sendo apenas um deles, o tritio, radiativo. tir partículas, espontaneamente, enquadrando-se na faixa de
Verificou-se também que a estabilidade nuclear está re- estabilidade e tornando-se mais estáveis.
�� + · �a -+ '�O + :P
TRANSMUTAÇÃO
ARTIFICIAL
Foi através de reações desse tipo, isto é, através de trans
mutação artificial que_ éhadwick descobriu o n<ron em
1932. Ele bombardcõu âtomos de boro com partículas alfa.
. 45
trogênio com partículas· alfa obtendo ãtomos de oxigênio e
prótons. tículas alfi, ãtomós de deutério e prótons) devem vencer ã
força de repulsão elétrica existente entre o núcleo e o projé ram ser sintetizados em laboratório. Dentre esses isótopos
til. Isso é conseguido nos aceleradores de partículas onde as encontram-se todos os que possuem número atômico maior
partículas projéteis adquirem velocidade próxima à da luz. que 92. Os elementos quimicos formados por ãtomos com
Graças a essa técnica, muitos isótopos artificiais pude- Z > 92 são chamados elementos transurânicos.
!D - !�g + �n
equações nucleares. Elas devem indicar os isótopos que emi
tem radiação, a radiação emitida e o isótopo formado quan- 2 !�a +
FISSÃO E FUSÃO u Y
� �
"
< •••
NUCLEAR � u ···
-.:..:."___,. u
1o
().
<(
Duas reações nucleares que não dependem de acelerado
res de particulas são as utilizadas na fissão e na fusão nuclear.
u <
n�
<
�
u
U
•••
a: •••
C)
w A seguir vamos estudar esses dois importantes processos.
1-
z Chama-se fissão nuclear o processo pelo qual consegue São necessárias altas temperaturas para a ocorrência da fu.
w
(i) se dividir um núcleo em outros menores e mais estáveis. Es
o são nuclear, no ·entanto, a quantidade de energia liberada é
�
te processo liberta grande quantidade de energia. muito maior do que na fissão nuclear.
A primeira fissão nuclear foi realizada em 1938, por Hahn
()
A bomba de hidrogênio basea-se no processo da fusão nu
e Strassman. Nessa fissão núcleos de urânio-235 eram bom clear. Nela, núcleos de deutério e trítio, (isótopos de hidro
1- bardeados por nêutrons e fragmentavam-se, transformando
•W
z gênio) unem-se para formar núcleos de hélio.
se em bário-142, criptônio-92 e dois nêutrons que provoca
� +� I
�
a: vam novas cisões nucleares, estabelecendo uma reação em
cadeia. Essa mesma reação ê a que provoca a liberação de �H + �H - �He
....J
u energia durante a explosão da bomba atômica.
A fusão nuclear, ao contrário da fissão, caracteriza-se pe
=>
z A quantidade de energia liberada na bomba de hidrogê
1<( la formação de núcleos maiores a partir de núcleos menores. nio equivale à energia liberada por 50 bombas atômicas.
o
cn
=>
u...
w
1o
<(
cn
cn plo, a velocidade com a qual um isótopo emite radiação. A
ffl
1::!::. CINÉTICA DA seguir, veremos quais são essas grandezas.
�
a:
DESINTEGRAÇÃO
....J
u
=> RADIATIVA Velocidade de desintegração
z
w A velocidade média de desintegração nos informa o nú
cn
o
46
-
to, existe um conjunto de grandezas que apresentam valores
característicos para cada isótopo. Podemos citar, como exem-
onde: Um grifico tlpico que relaciona o número de átomos ra
4n • número de átomos que se dcsintcgraradl em ccno
. diativos em funçio do tempo é o seguinte:
radiativa
No
Constante
� �
� L......::.J
Meia-vida onde mo é a massa da amostra radiativa no instante inicial,
m é a massa da amestra após o tempo considerado e x é o
Chama-se meia-vida (t1 11) ou período de semidesintegra número de meias-vidas que transcorreram nesse tempo, é pos
ção (P) de um isótopo radiativo ao tempo necessário para a sível calcular a quantidade de material radiativo restante após
desintegração da metade dos âtomos radiativos presentes nu ceno período de tempo.
ma amostra qualquer.
Cada isótopo radiativo apresenta uma meia-vida caracte
rística. Ela pode variar de milésimos de segundos até bilhões EXERCÍCIO
de anos.
(ITA-SP) Tendo-se num instante zero, 4,0 gramas de um
elémento radmtivo, de tempo de meia-vida igual a 1 hora,
quantos gramas do material radiativo restarão, respectivamen
Isótopo Meia-vida te, depois de 1 hora e depois de 2 horas?
N
�
a) 2,0 g e 1,0 g;
A 1,8 . 109 uos b) 2,0 g e ·o g;
]:�u
T c) 3,0 g e 2,0 g;
u 4,5 X 109 àDOS
R d) 3,5 g e 2,5 g;
A e) depois de 1,5 hora não restará material ativo.
I �:c 5,6 x 103 anos
s
Nesse caso temos nio = 4,0 g e x = 1, no primeiro caso,
Soluçio
A
R ;;co 5,3 anos
e x = 2 no segundo caso. Substituindo esses valores na ex
�:Am
T
I
t �
pressão m = mo12x, temos:
F 1,5 hora
. I 1� caso: ·m = -+ 2m = 4 -+ m = -+ m = 2g
2� caso: m = t
c 1:!Ba 6,0 mio
I
A -+ 21m = 4 -+ 4m • 4 -+ m = lg
I �:Ku 0,3 s
s A letra a é a alternativa correta.
Soluçio
Quando um ser morre ele deixa de ingerir carbono-14 e,
conseqüentemente, a quantidade de ãtomos desse isótopo pre
APIJCAÇÕES DA sente no esqueleto diminui. A cada 5.600 anos o número de
RADIATIVIDADE átomos do isótopo carbono-14 diminui pela metade. Chaman
do 100% a quantidade de átomos de carbono-14 no instante
da morte, temos:
100% 5��<fs' 50% � 250Jo ��;' 12,5%
São muitas as aplicações da radiatividade e dos isótopos
radiativos. Destacamos, a seguir, algumas delas. Para a taxa de carbono-14 atingir 12,5% do valor inicial
• na medicina: a radiação é utilizada tanto na diagnose co transcorreu um tempo igual a 3 períodos de semidesintegra
radiação.
• na Quimica, Bioquímica, Biologia e Geologia: os isótopos Soluçio
radiativos são bastante utilizados, nos vãrios campos da O deutério é o isótopo do hidrogênio que apresenta nú
ciência, como traçadores radiativos. Através desse proces mero de massa 2. A equação que representa o bombardea
so é possível determinar mecanismos de reações químicas, mento do cobre-63 originando zinco-65 é:
o metabolismo de plantas e animais etc. ��Cu + �d - ��n
Em pesquisas botânicas provocam-se mutações em plan
tas através de aplicações radiativas em sementes. A equação que representa o bombardeamento do cobre-63
Pode-se também, a partir da quantidade de material ra originando zinco-64 é:
�
de wil fõssil. É possível , por exemplo, determinar-se a ida
diativo presente, determinar-se a idade de uma rocha ou �!Cu + :d - ��n +
de de um fóssil através da quantidade de carbono-14 pre Observe que nesse caso além do isótopo de zinco é fQ.r-_ __
sente. Isso porque quando um ser vivo morre deixa de in mado um nêutron.
gerir carbQno-14 e, através da redução de sua quantidade, Observe que em ambas as equações a soma dos números
Soluçio
Completando a equação temos:
EXERCÍCIOS
��Fe + ;a - � + :X
I . (FATEC-SP) Para se determinar a idade de fósseis, re o que mostra que X apresenta número atômico 28 e número
48
,.., ,
REAÇOES QUIMICAS
A queima de uma vela, a obtenção de álcool etílico a par No final do século XVIII, estudos experimentais leva
tir de açúcar e o enferrujamento de um pedaço de ferro são ram os cientistas da época a concluir que as reações quími
exemplos de transformações onde são formadas substâncias cas obedecem a certas leis. Estas leis são de dois tipos:
com propriedades diferentes das substâncias que interagem .. • leis ponderais: tratam das relações entre as massas de rea
Tais transformações são chamadas reações químicas. As subs gentes e produtos que participam de uma reação;
tâncias que intc:ragem são chamadas reagentes e as formadas, • leis volumétricas: tratam das relações entre volumes de gases
produtos. que reagem e são formados numa reação.
I 10 80 90
I
• as massas dos reagentes e do produto que participam das
= m produtos
reações são diferentes, mas as relações massa de oxigênio/mas
mreagcntes
sa de hidrogênio, massa de água/massa de hidrogênio e mas cn
<t:
sa de água/massa de oxigênio são sempre constantes. a:
w
o
Assim, por exemplo, quando 2 gramas de hidrogênio rea Illoxi�ênio mágua mágu a :z
o
a..
Experimente
moxigênio
gem com 16 gramas de oxigênio verifica-se a formação de
mhidrogênio mhidrogênio
18 gramas de água; quando 1 2 gramas de carbono reagem �
w
90/10 = 9 ::::::!.
com 32 gramas de oxigênio ocorre a formação de 44 gramas
80/10 = 8 90/80 = 1,125
cn
I
de gás carbônico.
<t:
11 16/2 = 8 18/2 = 9 18/16 = 1 , 1 2 5 u
Lei das proporções constantes �
::>
(lei de Proust) III 8/1 = 8 9/1 = 9 9/8 = 1 , 1 25 a
cn
w
Esta lei foi elaborada, em 1797, pelo químico Joseph Louis IV 3,2/0,4 = 8 3,6/0,4 = 9 3,6/3,2 = 1,125 o
o
�
Proust. Ele verificou que as massas dos reagentes e as mas
sas dos produtos que participam de uma reação química obe
decem sempre a uma proporção constante. Esta proporção No caso das reações de síntese, isto é, aquelas que origi a:
-
49
é característica de cada reação e independente da quantida nam uma substância, a partir de seus elementos constituin- 1
de das substâncias que sAo colocadas para reagir. Assim, pa- tes, o enunciado da lei de Proust pode ser o seguinte:
Lei de Proust: A proporção, em massa, dos elementos EXERCÍCIOS
que participam da composição de uma substância é sem
pre constante e independe do processo químico pelo qual 1 . (MACK - SP) De acordo com o quadro (valores dados
a substância é obtida. em gramas):
-+
A + B c + excesso
As
1 � reação 0,4 1,5 1,9 -
leis ponderais -
2 � reação 2,0 X y
w z
e a teoria atômica de Dalton
3� reação 2,8 1 1,7
Na tentativa de explicar as leis de Lavoisier e Proust, em
Calcule os valores X, Y, W e Z, em gramas.
1 803, Dalton elaborou uma teoria atômica, cujo postulado
fundamental era que a matéria deveria ser formada por enti Solução
dades extremamente pequenas, chamadas átomos. Estes se O valor X pode ser calculado utilizando-se a lei de Proust
com os dados da 1 � e 2 � reações :
.b.Q_g_ =
riam indestrutíveis e intransformáveis. A partir dessa idéia,
Dalton conseguiu explicar as leis de Lavoisier e Proust: mA(2) mB(2) _X_
= e
mA(!) mB(l ) 0,4 g 1,5 g
Lei de Lavoisier: Numa reação química a massa se con
serva porque não ocorre criação nem destruição de áto Resolvendo a equação encontramos para X o valor 7,5 g.
mos. Os átomos são conservados, eles apenas se rearran Y pode ser calculado utilizando-se-a- lei de Lavoisier:
jam. Os agregados atômicos dos reagentes são desfeitos mrea entes mprodutos
g ==
Lei de Proust: As substâncias são formadas por agrega Para calcular os valores W e Z é necessário, antes de mais
dos atômicos que apresentam sempre a mesma composi
nada, descobrir qual dos reagentes (A ou B) está em exces
ção. Como a massa dos átomos é constante, as propor so. Isto pode ser feito calculando-se a relação entre as mas
ções entre as massas dos elementos que reagem para for
sas de A e B utilizadas na 1 � e 3 � reações:
mar uma substância também são constantes.
mA 3 2,8 g
--
( ) = -- = 7,0
Esquematicamente, temos: mA(!) 0,4 g
mB ( 3)
--
1 1,7 g
---
= 7,8 =
quantidade de mB ( l ) 1,5 g
proporção
átomos agregados na qual Vemos, portanto, que a relação entre as massas de B (7,8)
átomos
misturados atômicos os átomos é maior do que a relação entre as massas de A (7,0). Isto mos
que não
tra que na 3� reação existe uma quantidade de B que não
reagem
formados reagem
deve reagir. A quantidade de B que deve reagir na 3 � rea
• o e() e()
ção, da mesma forma que a de A, deve ser 7 vezes maior
o • o
do que a quantidade que reage na 1 � reação. Assim, a mas
• e()
-- 1:1
o • e() e()
sa de B que reage na 3� reação é:
mam
--==- == 7'O e IJlB =
o e()
1 0' 5 g
o • e() o
1,5 g
•
• •o o e()
Como 2,8 g de A reagem com 10,5 g de B a massa de
e()
1:1
o .oo o
!:!2
e()
C formada (W) vale 13,3 g.
<( .:) Z vale 1,2 g o que corresponde à diferença entre a massa
c:
•
w
• o •
de B misturada (1 1, 7 g) e a que efetivamente reagiu (10,5 g).
e()
o
• •o
z
•
2. (FEl - SP) 0,54 g de alumínio reagem com 2, 1 3 g de clo
e()
o • •
o
a..
• e()
1:1
•
ro, dando origem a 2,67 g de cloreto de alumínio. Se, numa
• • o.
(/)
e() •
w
outra experiência, adicionarmos 2,70 g de alumínio a 15,00 g
....J e() de cloro:
(/)
<( a) qual será a massa do composto formado?
u Observe que: b) qual a massa, excesso, do reagente que sobrou na reação?
.� • em cada situação a quantidade de átomos antes e depois
:::> Solução
a da reação é a mesma e, portanto, a massa também se conserva; Com os dados do problema podemos montar a tabela:
(/) • independente da quantidade de átomos misturados eles se
w + -+ cloreto de alumínio + excesso
•O combinam sempre na mesma proporção ( I átomo • para 1 alumínio cloro
U·
<( átomo O ). Quando as quantidades misturadas estiverem fora 0,54 g 2,1 3 g 2,67 g
w 2,70 g 1 5,00 g X Y
c: dessa proporção, alguns átomos permanecerão no sistema sem ·
50
reagir. Estes átomos são os responsáveis pela massa de rea Como na 1 � experiência todos os reagentes foram consu
gente em excesso. midos podemos calcular a relação entre as ·massas:de cloro
e alumínio que reagem: de átomo a massa dos reagentes deveria ser diferente da massa
=
2,1 3 g =
dos produtos, o que não é verificado experimentalmente.
mcloro
3,94 Como dois átomos de oxigênio (na forma de molécula 0 1)
maluminio 0,54 g interagem, é lógico supor que duas moléculas de água sejam
O valor 3,94 mostra que toda vez que cloro e alumínio formadas. Mas como duas moléculas de água são formadas
forem misturados para reagir, suas massas devem obedecer por quatro átomos de hidrogênio, serão necessárias duas mo
esta relação. A massa de cloro será, sempre, 3,94 vezes maior léculas de hidrogênio para fornecer essa quantidade de áto
do que a massa de alumínio. mos. Assim sendo, o menor número de moléculas de cada
A relação entre as massas de cloro e alumínio, que foram &ubstância que deve participar da reação é: hidrogênio, duas
misturadas na 2 � experiência é: moléculas; oxigênio, uma molécula; água, duàS moléculas.
= 5,56
A equação química que representa a reação é:
mcloro 1 5,00 g
= ---=�::...
2 H 2 + 0 2 -+ 2 H10
malumínio 2,70 g
que é lida da seguinte maneira:
o que mostra que a massa de cloro colocada para reagir na
duas moléculas de hidrogênio reagem com uma molécula de
2� experiência é maior do que a que efetivamente reagirá.
oxigênio para formar duas moléculas de água.
Esta deve ser 3,94 vezes maior do que a massa de alumínio.
Assim, a massa de cloro que reage é:
EXERCÍCIOS
-- = 3,94 e mc:loro
meloro
= 10,6 g
2,70 g 1 . (FUVEST - SP) A equação química:
Portanto: 2 Mg(OHh + X HCl -+ 2 MgC1 2 + 4 H20
a) 1; b) 2;
a) a massa de cloreto de alumínio formada (X) é 1 3,3 g fica estequiometricamente correta se x é igual a:
a) 3 e 2; b) 3 e 4; c) 6 e 4; d) 6 e 6; e) 12 e 4.
cientes de uma equação. são, respectivamente:
Utilizando as regras acima para representar a formação
(J)
da água temos: <(
• reagentes: hidrogênio e oxigênio;
Solução a:
w
produto: água. Nos reagentes estão representados 8 átomos de hidrogê o
• fórmulas das substâncias:
nio; portanto, nos produtos também deve estar indicada es z
o
ta quantidade de átomos. Para que isto seja possível são ne a..
hidrogênio: H 2;
oxigênio: Oz; cessárias 4 moléculas de água (cada molécula de água é for �
w
água: H2 0. mada por dois átomos de hidrogênio). Assim, y é igual a 4. �
(J)
• equação: H z + 0 2 -+ H 20.
Com relação ao oxigênio estão representados: <(
-�
• nos reagentes: 2x átomos, pois cada molécula da substân u
• acerto dos coeficientes: a expressão acima indica que uma
molécula de hidrogênio (formada por dois átomos) reage com cia oxigênio é formada por dois átomos e x moléculas por
::J
uma molécula de oxigênio (formada por dois átomos) para 2x átomos; o
• nos produtos: 12 átomos, sendo 8 átomos na forma de dió (J)
formar uma molécula de água (formada por dois átomos de w
hidrogênio e um de oxigênio). Vemos, portanto, que a ex xido de carbono e 4 na forma de água. >O
Como a quantidade de átomos antes e depois da equação U·
pressão contraria a lei da conservação dos átomos (lei da con <(
servação das massas), pois antes da reação existiam dois áto deve ser a mesma, temos: w
a:
2x 12 e x = 6. -
51
mos de oxigênio e, terminada a reação, existe apenas um. =
dados expe-
2 vol. 1 vol. 2 vol.
rimentais
Estudos realizados por Gay-Lussac levaram-no, .em 1808, hip. de
a concluir: 2a moléc. a moléc. 2a moléc.
Avogadro
• decomposição da amônia:
w
o
o Em 181 1, na tentativa de explicar a lei volumétrica de
<(
w
Gay-Lussac, Amadeo Avogadro propôs que amostras de ga 2 NH3(gl -+ N2(g) + 3 H2(gl
• síntese de cloreto de hidrogênio:
a: ses diferentes, ocupando o mesmo volume e submetidas às
-
10 v 30 v 20 v
hidrogênio + nitrogênio -+ gás amoníaco Massas relativas
Com base nessa equação volumétrica e na lei de Avogadro, de átomos e moléculas
demonstre que:
a) o número de átomos de hidrogênio de uma molécula de A hipótese de Avogadro permitiu, mesmo sendo impos·
amoníaco é múltiplo de 3; sível determinar a massa de uma molécula, comparar as mas
b) o número de átomos de hidrogênio em uma molécula de sas de várias moléculas. Em outras palavras a hipótese de
hidrogênio é par. Avogadro permitiu calcular quantas vezes uma molécula é
Solução mais leve ou mais pesada do que outra. Vejamos como . isso
Os dados experimentais mostram que a relação entre o pode ser feito.
número de moléculas que reage e que são formadas é: Sabe-se que 10 litros de gás hidrogênio, submetido a 0°C
nitrogênio + hidrogênio -+ gás amoníaco e 1 atm, pesam 0,892 grama e que o mesmo volume de oxi·
1 moléc. 3 moléc. 2 moléc. gênio, nas mesmas condições de pressão e temperatura, pe
Chamemos x o número de átomos de hidrogênio presen· sa 14,3 gramas. Como,tanto os volumes dos gases,como as
tes numa molécula de substância hidrogênio e y o número condições de pressão e temperatura em que se encontram
de átomos de hidrogênio presentes numa molécula de gás são iguais, as amostras gasosas são formadas pelo mesmo nú·
amoníaco. Portanto, 3x átomos de hidrogênio estão presen mero de moléculas. Podemos, então, escrever:
tes em três moléculas de hidrogênio e 2y átomos, em duas massa de "a" moléculas de oxigênio 14,3 g _
moléculas de gás amoníaco. Como numa reação química os massa de "a" moléculas de hidrogênio - 0,893 g
3x = 2y
átomos se conservam, podemos escrever a igualdade:
e, simplificado,
e x = 2 ..Y.
3' _m
_a_
s_
sa d.:..
e ....:u:.::
: m:.::a:_=7-
mo� cul:.:a : d::.::e -ox::,ig!:?.ê=
lé.:.. nio
o que mostra que independente do valor de y, x é um nú· :=: -,: : � .: =:_ = 16
massa -;-
de uma molécula de hidrogênio
mero par;
o que mostra que uma molécula de oxigênio é 16 vezes mais
pesada do que uma molécula de hidrogênio.
;::5
o
ton (lembre-se de que essas partículas apresentam pratica hidrogênio 1 ou 1 u.m.a.
mente a mesma massa). Como o número de massa de um a:
oxigênio 1 6 ou 1 6 u.m.a. -
53
átomo indica a soma de prótons e nêutrons que ele apresen sódio 23 ou 23 u.m.a.
ta em seu núcleo, ele indica também a massa atômica de um
a) no núcleo do átomo de cloro devem existir outras partí·
EXERCÍCIOS cuias além de prótons e nêutrons;
b) o cloro se apresenta na natureza como uma mistura de
1 . (UF SC) A massa de um determinado elemento é 5/6
• isótopos;
da massa do isótopo 12 do carbono. Qual sua massa atômica? c) há um erro experimental na determinação dos pesos
�
�
no temos: Os prótons e nêutrons são as partículas subatômicas que
massa atômica do elemento = 12 = 10. conferem massa a um átomo. O fato de um elemento apre
massa atômica do
32 27
elemento
O conceito de massa atômica aplica-se a átomos de um
demento. Para os agregados atômicos de uma substância uti· contribuição dos elementos
96 54
lizamos o conceito de massa molecular (ou peso molecular). para a massa molecular
Massa molecular é o número que indica quantas vezes massa molecular 96 + 54 = 160
moléculas de uma substância molecular ou agregados iô
nicos de uma substância iônica ·são mais pesados do que Os valores 44 ou 44 u.m.a., no exemplo I, e 160 ou 160
1112 do isótopo carbono-12. u.m.a., no exemplo 2, indicam, respectivamente, que:
• moléculas de dióxido de carbono são 44 vezes mais pesa·
das do que 1/12 do isótopo carbono-12;
• um agregado iônico, formado por 2 íons AP+ e 3 íons S2-,
A massa molecular de uma substância deve ser calcula·
é 160 vezes mais pesado do que 1/12 do isótopo carbono-12.
da. Para isso é necessário conhecer sua fórmula e as massas
atômicas dos elementos que constituem a substância. Da mes· EXERCÍCIO
ma forma que a massa atômica, a massa molecular pode ser (FUVEST · SP) Se as massas atômicas fossem recalculadas,
expressa por um número seguido da unidade u.m.a. ou por tomando-se como base para a massa atômica do carbono o
um número puro. valor 6, qual seria a massa molecular do benzeno (�H6)· Pela
nova escala, a densidade do benzeno seria alterada? Por quê?
a: Exemplos de cálculo de massa molecular:
<( Solução
...J 1. massa molecular do dióxido de carbono - C02:
:::> Consultando a tabela periódica, encontramos valores 1
u
w e 12 para as massas atômicas do hidrogênio e carbono, res·
...J elementos que constituem
carbono oxigênio
o a substância
pectivamente. Estes valores permitem calcular a massa mo
6 átomos de hidrogênio x 1 = 6
� lec.:ular do benzeno:
6 átomos de carbono x 12 = 72
<(
CJ) n? de átomos por
CJ)
<(
1 2
molécula massa molecular do benzeno = 78.
(i)
�
A massa molecular do benzeno é 78 na escala onde a massa
<( massa atômica dos atômica do carbono é 12. Se a massa atômica do carbono passa
�
metade, ou seja, 39. É importante salientar que independeo·
elementos 12 16 a valer 6, a massa molecular do benzeno deve se reduzir à
-�
:::>
a contribuição dos elementos temente do valor atribuído à massa atômica do carbono, uma
CJ) 12 32 molécula de benzeno é 78/12 vezes mais pesada que um áto
w para a massa molecular
o mo de carbono.
�
o
massa molecular 12 + 32 = 44 A densidade é uma propriedade car11cterística das subs·
a: tâncias. Ela depende somente da massa e do volume ocupa·
-
MOL substância
massa da massa molar n� de mols
tmostra (g) (g/mol) (n)
hidrogênio 10 2 5
/ "'
·
.:.;:: �
M. As expressões átomos-grama, molécula-grama e íon-grama <(
...J
que significam, respectivamente, moi de átomos, moi de mo ::::::>
massa - 6,02 · l egados iônicos u
w
léculas e moi de íons, embora ainda sejam utilizadas estão
caindo em desuso. ...J
o
Para o magnésio, ácido sulfiírico e cloreto de cálcio temos: :::!:
elemento ou massa atômica ou massa molar I moi de átomos Mg <(
(f)
(f)
/ \
substância molecular .. . .. (g/mol)
<(
hidrogênio (H2) 2 2 :::!:
--
24 g -- 6,02 · I 023 átomos (f)
magnésio (Mg) 24 24 <(
u
água (H2 0) 18 18 I moi de moléculas H2SO.
-�
�
::::::>
ácido sulfúrico
(H2S04) 98 98
I
98 g- 6,02 · 1023 moléculas
o
(/)
w
IQ
u-
�
cloreto de sódio
58,5 58,5 I moi de agregados CaCh
(NaCI)
a:
sulfato de bário
(BaSO.) 233 233 /
I I I g .-6,02 ·
\
1023 �gregados iônicos
-
55
24,08 l 0 23�X 1 7 g
------:-
--" ::7""----:=:-�--::---:--:-- ""'- =
·
EXERCÍCIOS mNH, = . 2 68 g
6,02 1 0 3 �
A fórmula molecular do gás amônia é NH3. Para calcu léculas. Como cada molécula de ácido sulfúrico é formada
lar sua massa molecular é necessário, portanto, consultar a por 7 átomos (2 de hidrogênio, 1 de enxofre e 4 de oxigê·
dos encontramos o valor 1 7 para a massa molecular do gás Repetindo o mesmo raciocínio para as demais substân
amoníaco. cias encontramos os valores:
Portanto, 17 gramas é a massa de um moi de moléculas 6,0 1024 átomos-para a amostra de hidrogênio; 2,4 1023
· ·
a:
<(
__.
::::>
u
w
__.
o
::2
V)
<(
V)
<(
--
::2
cn
<(
u
,::2
::::>
o
CJ)
IQ
w
U·
<(
a:
w
56
""""
FUNÇO�S
INORGANICAS
O estudo sistemático das propriedades dos mais de cem tâncias? Atualmente são conhecidas milhões de substâncias.
elementos químicos conhecidos levou os cientistas a organi Para facilitar o estudo desta grande quantidade de substân
zarem o conhecimento das propriedades desses elementos. cias, elas foram agrupadas de acordo com suas característi
Como resultado desse estudo foi construída a tabela perió cas comuns. O conjunto de propriedades comuns que um
dica, onde os elementos que apresentam propriedades seme grupo de substâncias apresenta é chamado propriedades fun
lhantes estão colocados numa mesma família. Conhecendo cionais.
se as propriedades gerais de uma família é possível prever
Função química é o conjunto de substâncias que
as propriedades de um elemento pertencente a esta família.
Não é necessário, portanto, conhecer as propriedades indi apresentam propriedades químicas semelhantes (proprie
viduais de cada elemento para se ter noção de suas proprie dades funcionais).
dades químicas.
Se a organização de aproximadamente 100 elementos é Ácidos, bases, sais, óxidos e hidretos são as funções quí
útil no estudo da química, o que dizer em relação às subs- micas que estudaremos a seguir.
�
.. .. : f+ [ ..
H. . O . . H
l
H
moléculas ionização íons c.n
HCl(g)l H2S04( fl e H3P04(s) o
------- CI· aq) + H3o· a q)
º
Estas substâncias são formadas por moléculas polares e HCI(g) + H20(f ) ( ( u
apresentam a seguinte fórmula eletrônica: -�
Os átomos de hidrogênio presentes numa molécula que, c.n
<(
em água transformam-se em íons H1o•, são chamados hi u
H . .
H H
. drogênios ionizáveis. A equação de ionização de um ácido z
" " . . •<(
x'JCO x •)(0)(" :o : pode ser escrita de forma simplificada, onde o íon hidroxô <.!)
x 1( " c:
.. y J( 'l )f nio HJ O•, é simplesmente representado por H•. Assim o
·s·
H• • Cl : H • • O •• P • • O
..
•·H teremos: z
..
. .. .· . c.n
• O• ·XoX� w
. .� IQ
H,O
Hei(g) � H•(aq) + Cl-(aq)
U·
H,O
z
Quando uma delas, por exemplo o HCl, é adicionada em
H 2So4(f) �
1
2H•(aq) + S04-(aq) :::>
u.
água, ocorre uma interação elétrica entre as moléculas pola
-
57
res, HCI e H10. O oxigênio da água, que apresenta carga
H 3PO4(s) � 4 (aq)
H,O
parcial negativa, atrai para si o átomo de hidrogênio do HCl, 3H•(aq) + P03-
EXERCÍCIO Quanto à.presença de oxigênio :
Oxiácidos: ácidos que apresentam átomos do elemento oxi
(FEl - SP) Dar o mecanismo de ionização do bromidreto gênio em sua molécula.
em solução aquosa. Exemplos
H1S04, H1C03.
Solução
Hidrácidos: ácidos que não apresentam átomos do elemento
O bromidreto ou hidreto de bromo é uma substância for
oxigênio em sua molécula.
mada por moléculas constituídas por um átomo de hidrogê
Exemplos
nio e um de bromo, representado pela fórmula HBr.
HCl, HCN, HF.
A ligação entre os átomos de hidrogênio e bromo é po
lar. Como o átomo de bromo é mais eletronegativo do que
Quanto ao número de hidrogênios ionizáveis: os áci
o de hidrogênio, a carga parcial negativa se localiza no áto
dos podem ser classificados em monoácidos, diácidos, triá
mo de bromo e a positiva no átomo de hidrogênio.
cidos e poliácidos, conforme apresentem um, dois, três ou
O átomo de oxigênio da água, negativamente carregado,
mais hidrogênios ionizáveis. No caso dos oxiácidos só se io
atrai para si o átomo de hidrogênio do bromidreto, positiva
nio. É o que acontece, por exemplo no ácido fosforoso,
nizam os átomos de hidrogênio ligados a átomos de oxigê
mente carregado. Durante a atração, ocorre a formação dos
íons Br· e HJo•. A equação que representa a ionização do
H3P03, onde, embora sua molécula apresente três átomos
bromidreto em água é:
HBr(g) + H 20(r ) -> Br(aq) + H30(aq)
de hidrogênio, somente dois se ionizam:
H - hidrogênios ionizáveis
ou simplesmente:
:
.. : ..
ô : I
,.. • · O
HBr(g) H ,O H(aq) + Br(aq)
:o
.. H .. ·•H
H
Propriedades dos ácidos
Exemplos
As principais propriedades dos ácidos são: monoácidos: HF, HCl, HCN, HClO, HN03;
• possuem sabor azedo;
diácidos:
• modificam a cor dos indicadores ácido-base. Na presença
de uma solução ácida, o papel de tornassol azul adquire a triácidos: H3P04, H3B03;
cor vermelha e a solução alcoólica de fenolftaleína permane poliácidos: �Si04, H4P201.
ce incolor;
Quanto à força ou grau de ionização:
OBSERVAÇÃO Indicadores ácido-base são subs
tâncias que têm a propriedade de mudar de cor quando Grau de ionização é uma grandeza que indica a rela
na presença de uma solução ácida ou básica. ção entre o número de moléculas ionizadas e o número
de moléculas dissolvidas em água. O grau de ionização
• conduzem eletricidade em solução aquosa, pois existem íons é representado pela letra a.
livres;
= número de moléculas ionizadas
• reagem com bases, formando sal e água. Esta reação é cha
a
mada de neutralização ou salificação. número de moléculas dissolvidas
Exemplos O grau de ionização pode ser expresso tanto na forma de
HCl + NaOH -> NaCl + H20; número decimal como em porcentagem. Assim, se de cada
100.000 moléculas de ácido adicionadas em água, somente
H2S04 + Mg(OHh -> MgS04 + 2Hz0. 90.000 se ionizarem, o grau de ionização do ácido será:
• reagem com metais liberando gás hidrogênio. Os metais
90.000
(f) que mais facilmente reagem com soluções ácidas são os alca 0 9 ou 90%
o linos e os alcalinos terrosos; os metais nobres (Bi, Cu, Hg, a = 100_000 = ,
º
u Ag, Pt e Au) não reagem. De acordo com o grau de ionização os ácidos podem ser
-� fortes, médios ou fracos:
(f) Exemplo
<(
u 2HC1 + Mg -+ MgCh + Hz.
:2: OOJo 50Jo 50% IOOOJo
•<( Exemplos de materiais que apresentam comportamento
a: ácido são: sucos de frutas cítricas (laranja, limão, abacaxi etc),
(!)
o
ácidos ácidos ácidos
vinagre (solução aquosa de ácido acético), ácido muriático
z fracos médios fortes
(solução impura de ácido clorídrico), suco gástrico (solução
(f)
w de ácido clorídrico).
•O A seguir, a força relativa de alguns ácidos:
U·
z
:::> Classificação dos ácidos Ácidos fortes:
u.
-
58
Os ácidos podem ser classificados segundo vários crité HC104 -+ ácido perclórico
rios. Os mais importantes são: HI -+ ácido iodídrico
--+ ácido bromídrico Forrnulação e nomenclatura dos
--+ ácido clorídrico
--+ ácido nítrico
ácidos
--+ ácido sulfúrico Os ácidos são compostos que apresentam a seguinte fór
mula geral:
Ácidos médios:
HxA
H2SOJ --+ ácido sulfuroso
onde x corresponde à carga do ânion formado na ionização
H3P04 --+ ácido fosfórico do ácido.
HF --+ ácido flu orídrico
A nomenclatura dos ácidos é feita da seguinte maneira:
Ácidos fracos: ' ácido + ( ) (com a terminação trocada)
nome do ânion
HzC03 --+ ácido carbônico
H2S --+ ácido sulfidrico
terminação
HCN --+ ácido cianídrico
H3B03 --+ ácido bórico ânion ácido
ETO ÍDRICO
Algumas regras práticas para se avaliar a força de um ácido
são: ATO ICO
• os hidrácidos HI, HBr e HCI são fortes, o HF é médio ITO oso
e os demais são fracos;
• os ácidos orgânicos, como o ácido acético, CH 3 COOH, são Exemplo
fracos; 1 . HCI - ácido clorídrico, pois na ionização do ácido ocor
.. com relação aos oxiácidos vale o seguinte: quanto maior re a formação do ânion cloreto,. C! - ;
for a diferença entre o número de átomos de oxigênio e 2. HN03 - ácido nítrico, pois na ionização do ácido ocorre
o número de átomos de hidrogênio ionizáveis maior será a a formação do ânion nitrato, NO;;
força do ácido. 3. o ânion sulfeto, sz-, forma o ácido sulfidrico, H2S;
4. o ânion sulfito, so�-, forma o ácido sulfuroso, H2S03;
5. o ânion sulfato, so�-, forma o ácido sulfúrico, H2S04.
Exemplos
HC104 4- 1=3 ácido muito forte
HzS04 4 - 2=2 ácido forte
HzSOJ 3-2= 1 ácido médio EXERCÍCIOS
H3B03 3 - 3=0 ácido fraco
1 . (UC - PR) Quais são as cargas dos íons: tiossulfato, sul
Quanto à volatilidade: fito, tiocianato, nitrito? Escreva suas fórmulas. Quais são os
ácidos correspondentes?
Ácidos voláteis: como o HCI, HCN e HF, são aqueles que
Solução
apresentam ponto de ebulição baixo. Geralmente são gases
Consultando a tabela de cátions e ânions que se encontra
nas condições ambientes. Aquecendo-se uma solução de um
na página 45 encontramos as fórmulas e as cargas dos íons.
ácido volátil, após certo tempo, restará apenas água no reci
Como a fórmula geral de um ácido é HxA, onde x é a carga
piente, pois o ácido deixará a solução e passará para o am
do ânion formado na ionização, as fórmulas dos ácidos são:
biente.
íon fórmula ácido
Ácidos fiXos: como o H2S04 e H3P04, são aqueles que apre tiossulfato SzO�- HzSzOJ
sentam ponto de ebulição elevado. sulfito so�- HzSOJ
tiocianato SCN- HSCN
EXERCÍCIO nitrito N02 HNOz
· 2. (FEl - SP) Dar as fórmulas moleculares e os nomes dos (f)
(PUC - SP) Determine a ordem crescente de acidez de: o
a) HN02; c) HMn04;
quatro principais ácidos do enxofre. o
u
b) H4Si04; d) HzS04. Solução -�
Um dos ácidos do enxofre é hidrácido, os outros são (f)
<(
Solução oxiácidos. u
Como todos os ácidos são oxiácidos, será mais forte aquele O hidrácido é o ácido sulfidrico cuja fórmula é HzS. z
•<(
onde a diferença "número de átomos de oxigênio - número Os oxiácidos são: (!)
a:
de átomos de hidrogênio ionizável" for maior. Assim temos: ácido sulfuroso, H2S03, onde o átomo de enxofre forma uma o
HN02 2 - 1 = 1; ligação covalente dativa com o átomo de oxigênio; z
H4Si04 4 - 4=0; ácido sulfiírico, HzS04, onde o átomo de enxofre forma duas (f)
w
HMn04 4- 1 = 3; ligaçi!ies dativas com dois átomos de oxigênio; •O
HzS04 4- 2=2. ácido tiossulfúrico, HzSz03, apresenta estrutura semelhante U·
z
-
ao do ácido sulfúrico. Ocorrem ligações dativas entre o áto :::>
LL
O ácido HMn04 é o mais forte.
59
mo central de enxofre e um átomo de oxigênio e outro áto
A alternativa c é a correta. mo de enxofre.
• reagem com ácidos, formando sal e água.
Exemplos de materiais que apresentam propriedades bá
sicas são: leite de magnésia (suspensão de hidróxido de mag
BASES: nésio), soda caústica (nome comercial do hidróxido de sódio)
conceito de Arrhenius e cal hidratada (suspensão de hidróxido de cálcio).
íons "presos" dissociação íons "livres" medir a condutividade elétrica de um hidróxido que não se
no cristal iônico em solução aquosa ja de um metal alcalino.
Exemplos de equação de dissociação:
2
Mg(OHh(s) -+ Mgl;q) + 0 H (aq);
Solução
Uma solução será boa condutora de eletricidade se pos
Al(OHh(s) -+ At(;q) + 3 0H(aq). suir íons livres. Os hidróxidos dos metais alcalinos são bas
Além dos compostos iônicos formados por íons metáli tante solúveis em água, ou seja, a dissociação iônica é prati
cos e hidroxila, como os vistos anteriormente, existem subs camente total, e suas soluções aquosas apresentam grande
tâncias moleculares que também, em água, apresentam ca quantidade de íons, o que faz com que elas apresentem boa
ráter básico. O gás amônia (NHJ) é um exemplo típico des condutividade elétrica. Os hidróxidos dos outos metais, por
sas substâncias. Quando moléculas de NHJ são adicionadas possuírem baixa solubilidade em água, formam soluções on
em água ocorre a formação de íons hidroxila e amônio, con de a quantidade de íons é muito pequena, o que torna prati
CJ) forme mostra a equação: camente impossível medir a condutividade de suas soluções
w
CJ) NH3(g) + H20(f) .... NH4(aq) + OH-(aq)· aquosas.
<2::
� A solução de NHJ em água é geralmente chamada de hi
CJ)
dróxido de amônio e representada por NH.OH.
<2::
S:2 Formulação e nomenclatura das
2
bases
•<2::
(,!)
Propriedades das bases
a:
o As principais propriedades das bases são: As bases formadas por íons metálicos e hidroxila apre
•
z
apresentam sabor adstringente (aquele que sentimos quando �entam a seguinte fórmula geral:
CJ)
w comemos uma banana verde); B(OH)y
•O • modificam a cor dos indicadores ácido-base. Na presença
U·
z de uma solução básica o papel tornassol adquire coloração onde y corresponde à carga do cátion.
A nomenclatura das bases é feita da seguinte maneira:
hidróxido + de + (
:::>
u.. azul e a solução alcoólica de fenolftaleína se torna vermelha.
-
• conduzem eletricidade, pois nas soluções básicas existem
60
)
íons livres; nome do cátion
Exemplos 4 - reage com água, formando o íon hidroxõnio
São corretas somente as afirmações:
NaOH - hidróxido de sódio
a) 1, 3 e 4
Ba(OH)2 - hidróxido de bário
Fe(OHh - hidróxido de ferro li
b) 2 e 4
Fe(OHh - hidróxido de ferro III c) 2, 3 e 4
o cátion chumbo IV, Pb4•, forma a base Pb(OH)4 - hidró
1,
d) 2 e 4
e) 1, 2 e 3
xido de chumbo IV
o cátion cobre II, Cu2•, forma a base Cu(OH)2 - hidróxido
Solução
de cobre II
A afirmação 1 é correta, levando-se em consideração o
EXERCÍCIO conceito de Arrhenius.
As afirmações 2 e 3 estão corretas, pois indicam fatos ex
(MACK - SP) São feitas as seguintes afirmações em rela perimentais relativos às propriedades das bases.
ção a uma substância que pertence à função base: A afirmação 4 está errada, pois em água uma base pro
1- apresenta somente como ânion, o íon hidroxi1a duz o íon hidroxila (OH-) e não o hidroxõnio (H30•) que
2 - muda a cor da fenolftaleína de incolor para vermelho é característico dos ácidos).
3 reage com ácido, formando água e sal
- A alternativa e é a correta.
61
íons H•, provenientes do ácido. Neste caso ocorre neutrali (Pblz), sulfato de bário (BaS04) e carbonato de cálcio (CaC03 -
(SANTA CASA - SP) São solúveis na água os seguintes tions com cargas diferentes, a identificação do íon pode ser
feita de duas maneiras. A mais recomendada é colocar na fren
a) Na1S04 e SrSO.
sulfatos:
te do nome, em algarismos romanos, a carga do íon. Exem
plos: Fe'' - ferro 11 e Fe'' - ferro III; Co · - cobalto II
'
b) CuSO.e Baso.
e C o'' - cobalto III; Au • - ouro I e Au '· - ouro III. A
c) (NH.)zSO. e PbSO.
d) ZnSO. e Fel(SO.)J outra forma de identificação dos íons é colocar, após o nome
do cátion, os prefixos oso, para indicar o íon com menor
Solução carga, e ico, para indicar o íon que apresenta maior carga.
Consultando a tabela de solubilidade, verificamos que com Exemplos: Fe2+ - ferroso e Fe3• - férrico; Co2• - cobalto
exceção dos sulfatos de cálcio (CaS04), estrôncio (SrS04), so e Co3• - cobáltico; Au• - auro�o e Au3• - áurico.
bário (BaS04), chumbo 11 (PbSO.) e prata (Ag2S04), todos Nas fórmulas estão representados os íons:
os demais são solúveis em água. Com relação às substâncias
CoH - cobalto 11 ou cobaltoso
relacionadas no teste, são solúveis: sulfato de sôdio (Na2SO.), Br· - brometo
sulfato de amônio ((NH.)zSO.), sulfato de cobre (CuS04), Ca2• - cálcio
sulfato de zinco (ZnSO.) e sulfato de ferro III (Fe2(S04h). NOi - nitrito
A letra d é a alternativa correta. Au]+ - ouro III ou áurico
OH· - hidróxido
CJ)
w O que resulta nos nomes:
o
U· Formulação e nomenclatura dos sais CoBr2 - brometo de cobalto II ou brometo cobaltoso
z Ca(N01)2 - nitrito de cálcio
:::::l
LL..
Os sais apresentam a seguinte fórmula geral: Au(OHh - hidróxido de ouro III ou hidróxido áurico
-
ÓXIDOS Exemplos
ZnO + HzS04 -+ ZnS04 + H20
ZnO + 2KOH -+ K2Zn0z + H20
Óxidos indüerentes ou neutros: são aqueles que não rea
Óxidos são compostos binários, isto é, formados por dois
gem com água, ácidos ou bases. São óxidos neutros CO, NO
elementos, onde o oxigênio é o elemento mais eletronegati e N10.
do do fato do oxigênio se ligar a um metal ou a um não-metal.
vo. Os óxidos podem ser iônicos ou moleculares dependen Óxidos mistos ou duplos: são aqueles onde o mesmo ele
mento se apresenta como íons de cargas diferentes. Os óxi
São óxidos iônicos Na20, BaO e Fe20J; são óxidos molecu dos mistos podem ser considerados como uma mistura de
lares C02, NO e SOa. Quanto maior a diferença de eletro dois óxidos.
negatividade entre o oxigênio e o outro elemento ao qual ele
Exemplos
se liga, maior será o caráter iônico do óxido. A substância
OF2, fluoreto de oxigênio, não é óxido, pois, embora ela
seja um composto binário, o oxigênio está ligado a um áto Peróxidos: são compostos que apresentam dois átomos de
mo mais eletronegativo. oxigênio ligados entre si. No caso de substâncias iônicas te
mos o íon o�- que apresenta a estrutura:
W:X ••
Classificação e propriedades ( � O x o O � ]2-
:,cx ••
(f)
Exemplo Os peróxidos reagem .com a água, formando base e água o
1-
Na10 + HzO -+ 2 NaOH oxigenada, e com ácidos, formando sal e água oxigenada. w
a:
MgO + HzO -+ Mg(OH)2 Exemplos o
K20 + 2HCI -+ 2KCI + H20 Naz02 + 2Hz0 -+ 2NaOH + H202
:t:
.__
(f)
CaO + HzS04 -+ CaS04 + H20 <(
Óxidos ácidos: são aqueles que reagem com água, forman
Ca02 + 2HCI -+ CaC}z + H202 SJ
z
do ácidos, e com bases, formando sal e água. Os óxidos áci •<(
EXERCÍCIO <.9
dos são moleculares e, quanto mais à direita e acima na ta a:
o
bela períodica se encontrar o elemento que se liga ao oxigê (ACAFE - SC) Ordene o caráter básico crescente dos se z
nio, maior será o caráter ácido do óxido. guintes óxidos: FeO; MgO; K20; Cb01; SOJ. (f)
IQ
w
Exemplos Solução <>
SOa + HzO -+ HzS04 Consultando a tabela períodica podemos descobrir a fa z
mília à qual pertencem os elementos ligados ao oxigênio:
:::>
LL
COz + HzO -+ HzCOa
-
63
SOz + 2KOH -+ KzS03 + 2Hz0 elemento família
C02 + 2NaOH -+ Na2COa + H20 ferro 8B - metal de transição
magnésio 2A - metal alcalino-terroso Exemplos
potássio IA - metal alcalino CO ---> monóxido de (mono) oxigênio
cloro 7A - halogênio col ---> dióxido de (mono) oxigênio
enxofre 6A - calcogênios CI01 ---> dióxido de monocloro
São básicos os óxidos FeO, MgO e K20; os demais são CI2 0. ---> hexóxido de dicloro
ácidos. ChO, ---> heptóxido de dicloro
Apresenta maior caráter básico o óxido onde a diferença
gina o íon CI·. Este íon é uma base, pois pode receber pró
ton e se transformar novamente em HCI.
(f)
o Os termos ácido e base podem ser definidos de várias ma CI· + W ---> HCI
t:
UJ neiras. Cada uma delas corresponde a uma situação particu O NH3, ao receber H•do HCI origina o íon amônio, NH!,
(.)
z lar. Foi assim que, em 1887, Arrhenius, ao estudar as pro que pode atuar como ácido:
o priedades de soluções aquosas, classificou algumas substân
(.) NH! ---> NH3 + W
(f)
cias em ácido ou base conforme o comportamento apresen
o tado em solução. Posteriormente, verificou-se que esse com Vemos, portanto, que o ácido, HCI, origina uma base,
a:
I portamento semelhante era devido à presença de mesmas es C!", e a base, NH3, origina um ácido, o íon NR:. Os pares
::>
o pécies químicas em solução: íons H+, para as soluções áci HCIICI" e NH3/NH! são chamados pares conjugados. Uma
(;) das, e íons OH-, para as soluções básicas. reação ácido-base de Brõnsted e Lowry ocorre sempre segun
<(
(.) Com o decorrer dos tempos, outros conceitos ácido-base do o esquema:
I ácido1
z:
1
foram criados em função das necessidades práticas dos quí
<<(
(.!) micos. Dois conceitos ácido-base importantes são o de Brõns + base2 -+ base1 + ácido2
a: ted e Lowry e o de Lewis, ambos elaborados em 1 923.
o
z
onde o ácido e a base· fortes originam, espontaneamente, o
(f)
UJ ácido e a base mais fracos. Para o par HCI/NH3 temos:
•O Conceito ácido-base de Brõnsted e
(.)· HCI + NH3 -+ C!" + NH!
z Lowry
:::::> ácido1 base2 base1 ácido2
LL De acordo com Brõnsted e Lowry, ácido é toda substân
64
-
cia que, independente do meio onde se encontra, doa pró A tabela da página 96 mostra a força relativa de alguns
tons (W). Base é uma substância que aceita prótons. Ácidos ácidos e bases de Brõnsted e Lowry.
Consultando essa tabela, podemos prever se uma reação o que representam as espécies I, 11, III e IV no sistema Brõns
ácido-base ocorre ou não. A reação: ted e Lowry?
H2S04 + H20 ..,. HSO:; + Hlo•
ácido, base2 base, ácido2 Solução
ocorre porque o H2S04 é um ácido mais forte que o H30• Lendo a equação da esquerda para a direita vemos que
+
e a H10 é uma base mais forte do que o HSO:;. o H1S04 doa Üm próton para o CJ· . Portanto H2S04 é um
Por outro lado, a reação: ácido de Brõnsted e Cl-, uma base.
Lendo a equação da direita para a esquerda vemos que
Hlo• + NOi -+ H20 HNO] o HCl doa um próton para o íon HSO:;. Portanto, HCl é
ácido, base2 base, ácido2 um ácido e HSO:;, uma base.
não ocorre porque o ácido Hlo• é mais fraco que o ácido São pares conjugados: H1S04/HSO:; e HCI/Cl-.
Solução
Escrevendo a equação I utilizando fórmulas eletrônicas
[ •*: ] +
temos:
Outros exemplos de reações ácido-base de Lewis são:
H
•• ••
H"·�:
H H
H• •N•x
.
H + !O•x•H
+ W -+ H"' H • ••
H
H H
[ ] ,� � *
H Hx •Nu H H do de Brõnsted-Lowry e o NH] base;
Cu2• + 4 H lf•N·· "'H -+ H .N: u : • KH
b) o NH3 é uma base de Lewis, pois doa um par de elétrons
: para o hidrogênio da água;
H H H • •N . .. H H c) como a reação ocorre em água, com a formação do íon
•
•
OH·, NH] é uma base de Arrhenius.
H (f)
Analisando a equação II notamos que a reação não ocor o
re em água e nem ocorre transferência de prótons. Para esta l-
+
EXERCÍCIOS LU
reação, os conceitos ácido-base de Arrhenius e Brõnsted u
:z
Lowry não se aplicam. O íon Ag• é um ácido de Lewis, pois o
1 . (CESCEA - SP) Na reação química abaixo representada: recebe o par de elétrons livres do NH3, que é uma base de u
H2S04 + CI· -+ HSO:; HCl Lewis. (f)
o
I II III IV A letra d é a alternativa correta. a:
e
�
::::>
(f)
<(
S::2
:z
•<(
(.!)
a:
o
�
(f)
LU
10
u
:z
::::>
LL
-
65
ESTUDO DOS GASES
A matéria, como já vimos no livro I, pode se apresentar • a força de atração entre as partículas gasosas é praticamente
em três estados fisicos diferentes: sólido, líquido e gasoso. nula, isto é, elas são independentes umas das outras;
Como muitas das propriedades apresentadas pelas substân· • moléculas de gases, submetidos à mesma temperatura, apre·
cias estão relacionadas com o estado fisico em que se encon· sentam a mesma energia cinética média;
tram e como substâncias no mesmo estado fisico apresen· • as partículas de um gás movem-se em linha reta. A dire·
tam propriedades comuns, costuma-se estudar o comporta· ção e o sentido do movimento apenas se modificam quando
mento fisico das substâncias em conjunto e sem distinção, as partículas colidem umas com as outras ou contra as pare·
em cada estado fisico. Esta simplificação no estudo das subs· des do recipiente que as contém. Não há perda de energia
tâncias leva a generalizações que permitem prever as pro· cinética total nas colisões, embora possa haver troca de energia
priedades de uma substância em cada um dos três estados. entre as partículas que colidem;
Este capítulo estuda o estado gasoso, suas propriedades • a distância entre as partículas gasosas é muito maior do
e a teoria que explica tais propriedades. que o tamanho das partículas.
Através destes postulados podemos explicar as proprie·
dades dos gases. Assim:
Propriedades do estado gasoso • um gás ocupa todo o volume do recipiente, podendo in
clusive escapar dele, devido ao contínuo e desordenado mo
As substâncias no estado gasoso apresentam, em comum, vimento das suas partículas;
o seguinte conjunto de propriedades: • os gases são altamente compressíveis, pois a distância en
• não apresentam forma definida, isto é, adquirem a forma tre suas partículas é grande e qualquer aumento de pressão
do recipiente que os contém; provoca uma aproximação das partículas, reduzindo assim
• não apresentam volume próprio. Os gases ocupam todo o o volume ocupado;
volume do recipiente que os contém. Diz-se que possuem • a pressão exercida pelos gases é determinada pelo número
grande expansibilidade; de colisões, por unidade de tempo, entre as partículas e as
• sofrem grandes variações de volume quando as condições paredes do recipiente. Depende, portanto, da quantidade de
de pressão e temperatura nas quais estão submetidos se alte· gás presente no recipiente, pois quanto maior a quantidade
ram. Diz-se que são altamente compressíveis e que possuem de gás, maior o número de partículas, maior o número de
alta dilatabilidade; colisões e maior a pressão. A pressão exercida por um gás
• apresentam baixas densidades. Comparando-se o volume confinado num recipiente aumenta com o aumento da tem·
ocupado pela mesma massa de uma substância nos três esta· peratura, pois as partículas gasosas passam a se movimentar
dos fisicos, verifica-se que o volume ocupado pelo gás é muito com velocidade maior, provocando um maior número de co·
maior do que o volume ocupado pelo líquido e pelo sólido; lisões, por unidade de tempo, contra as paredes do recipiente.
• exercem pressão. Quanto maior a quantidade de gás pre·
sente num recipiente, maior a pressão por ele exercida. AI· EXERCÍCIO
terações efetuadas na temperatura de um gás, quando seu (FUVEST SP) São propriedades de qualquer substân·
•
66
Com o liquidificador desligado verifica-se que as esferas
for a temperatura; ficam próximas umas das outras na base do copo. Nesta si-
tuação o modelo estaria representando o estado líquido. Assim, temos:
t(O C) T (K)
Ligando-se o liquidificador, as esferas passam a movirflen·
tar·se desordenadamente, colidem entre si e contra as pare· - 73 200
des do copo e passam a ocupar todo o volume do copo. Essa o 273
situação representa o estado gasoso. 25 298
Quando o liquidificador está desligado as esferas QCUpam IOO 37.3
um pequeno volume (base do copo) mas, quando ele é liga·
67
Um manômetro de tubo aberto consiste, simplesmente,
num tubo em U que contém um liquido, normalmente o mer·
PV
cúrio. Um braço do tubo é conectado ao sistema que con mRT
=
tém o gás e o outro permanece aberto para a atmosfera. M
· É' · 300)<'
·
m · 62,3 JJURHg"'"·%·J]lel*
=
2 g ·�
1m 1
então:
= o,ol 3 g
7 = constante
Um manômetro de tubo fechado consiste em um tubo
e, para a passagem de um estado 1 para um estado 2:
ao sistema gasoso. É, geralmente, usado para medir baixas
em forma de U, c�m um braço fechado e o outro conectado
Equação geral dos gases
pressões.
P ,V, =
PzV z
T1 Tz
EXERCÍCIO
(UF - MG) Certa massa gasosa ocupa 50 litros, a 25°C
e sob pressão de 3 atm. Calcule o volume ocupado pelo mes
mo gás, quando a pressão for 1 atm, ã temperatura de 0°C.
Solução
EXERCÍCIO 1 vl = 137,4 t 1
(FEl - SP) Uma massa m de hidrogênio é recolhido so Transformação isotérmica: quando, numa transfor
bre uma coluna de mercúrio a 27°C. Sabe-se que: mação gasosa, a temperatura é mantida constante, a trans
a) a altura da coluna de mercúrio antes do recolhimento é formação é dita isotérmica e a equação geral se reduz a:
700 mm;
b) após o recolhimento, a altura da coluna de mercúrio pas PV = constante
sa a ser 100 mm. ou seja, para a passagem de um estado 1 para um estado 2:
c) o volume de gás recolhido é 200 ml. Calcule a massa m
de hidrogênio recolhida.
c/) Solução
w Graficamente, temos:
cn Como a altura da colu na de mercúrio passou de 700 mm
<( para 100 mm, a pressão exercida pelo gás é 600 mmHg.
(!) p
cn Como temos:
o
b) o volume por ele ocupado (200 ml, que equivale a 0,2 i);
a) a temperatura do gás (27°C, que equivale a 300 K);
c
o
c c) sua massa molar (que pode ser calculada a partir da mas
:::>
1- sa atômica do hidrogênio e vale 2 g/mo1);
cn
w d) a constante universal dos gases (neste caso devemos usar
-
o valor 62,3 mmHg i. mol-1 K-•, pois a pressão é dada
68
· •
transformaçio iiOtérmica
em mmHg), podemos utilizar a expressão:
Através do gráfico, percebe-se que a pressão e o volume O prolongamento da reta obtida nesse gráfico fornece a
de uma certa massa gasosa, mantida à temperatura constan temperatura, em °C, onde, teoricamente, o volume do gás
absoluto (OK).
te, são grandezas inversamente proporcionais. ,Esta relação é nulo. Esta temperatura é - 273,1 5°C e corresponde ao zero
é conhecida como lei de Boyle-Mariotte. A curva obtida
chama-se isoterma. A cada temperatura corresponde uma EXERCÍCIO
isoterma.
EXERCÍCIO (UnB - DF) 30 ml de gás metano (CH4), a 25°C, são aque
V. Vz ,
- = - e
A letra d é a alternativa correta. T1 T2 29�, K 30&,K
Transformação isobárica: Quando uma transforma 30 ml 308 .K' = 31 ml
·
V2 =
ção gasosa ocorre à pressão constante, a equação geral reduz-se 298 ..K'
a:
� = constante
Transformação isocórica: Quando uma transformação
� = constante
gasosa ocorre a volume constante, a equação geral reduz-se a:
ou seja, para uma transformação de um estado 1 para um
estado 2, temos:
ou seja, para uma transformação de um estado 1 para um
I =
estado 2 temo" p,
I
P,
T. T 2
Graficamente, temos: Graficamente, temos:
v p
T(Kl
T(K)
Verifica-se, neste gráfico, que o volume e a temperatura Observa-se, no gráfico, que a pressão e a temperatura ab
absoluta de uma determinada massa gasosa, à pressão cons soluta de um gás são grandezas diretamente proporcionais.
v
cn
w
p cn
�
(!)
cn
o
c
o
c
::>
t
cn
w
-
- 273, 1 5 - 2 73. 1 5 69
A extrapolação desse gráfico também nos fornece a tem Verifica-se, experimentalmente, que o volume molar de
peratura em °C correspondente ao zero absoluto, na qual, qualquer gás ou vapor, quando medido nas condições nor
teoricamente, a pressão do gás seria zero. mais de temperatura e pressão, é 22,4 litros.
isocóricas, temos: = 8
28%
P, P1 2,30 atm 2,53 atm
T:- = Le
300 K
=
T1
Misturas gasosas
300 K 2,53 a;a(
·
Tl = = 330 K
2,30 � Os gases sempre se misturam entre si em qualquer pro
-> que corresponde a 57 °C(330- 273). porção. Quando dois ou mais gases estão presentes num mes
A letra b é a alternativa correta. mo recipiente, eles se comportam como se estivessem sozi
X
Gás ideal gás real nhos. Assim, observa-se que a pressão exercida por cada com
ponente, antes da mistura, não se altera após a mistura, quan·
Um gás ideal é aquele cujo comportamento experimen do o volume e a temperatura são mantidos constantes.
tal obedece as equações matemá�icas até aqui vistas. Na prá Define-se pressão parcial de um gás à pressão que esse
tica o comportamento dos gases se afasta do comportamento gás exerceria se estivesse sozinho ocupando o volume (V) de
ideal. Verifica-se experimentalmente que o comportamento uma mistura gasosa e submetido à mesma temperatura (T)
de um gás se aproxima do comportamento ideal à medida da mistura. A pressão parcial de um gás numa mistura é da
que sua pressão diminui e a temperatura a que está submeti da pela expressão:
do aumenta. Pressão baixa significa pouca quantidade de gás
PA V = nA RT
e alta temperatura significa que as partículas gasosas estão onde:
em grande velocidade. Nestas condições as interações entre
PA é a pressão parcial do gás A;
as partículas praticamente inexistem. Quanto maior a pres
nA é o número de mols do gás presente na mistura;
são e menor a temperatura de um gás mais ele se afasta do V é o volume da mistura;
comportamento jdeal. T é a temperatura da mistura.
Pm = P1 + Pz + PJ + . . .
(!) mente temos:
cn léculas ou átomos) presentes em um mol de substância é sem
o pre o mesmo e iguais números de partículas gasosas ocupam
o Define-se volume parcial de um gás numa mistura ga
o
o mesmo volume (hipótese de Avogadro).
o Um conjunto de valores de pressão e temperatura padro· sosa como o volume que o gás ocuparia se estivesse sozinho,
:::>
1- nizado no estudo dos gases é: 1 atm e 0°C. Estas condições submetido às mesmas condições de pressão e temperatura
w
CJ)
experimentais são chamadas de condições normais de pres· . da mistura. O volume parcial de um gás pode ser calculado
- são e temperatura (CNTP ou TPN). Reduzir às condições pela expressão:
70 normais significa efetuar uma transformação gasosa na qual
o estado final se encontre nas CNTP.
onde: Solução
vA é o volume parcial do gás A; a) O número de mols de cada gás presente no recipiente é:
nA é o número de mols do gás presente na mistura; n H2 =
1g/2g moi·• = 0,5 moi;
= 8g/32g
·
T é a temperatura da mistura;
P é a pressão exercida pela mistura. no2 · mol"1 = 0,25 moi.
No recipiente, portanto, estão presentes O, 75 moi de mo·
ocupado por uma mistura 01m) de gases é a soma dos vo
Lei de Amagat dos volumes parciais: O volume
léculas.
O volume do recipiente, isto é, o volume ocupado pelos
lumes ocupados individualmente por cada componente
{PV = nRT).
da mistura. gases pode ser calculado através da equação de Clapeyron
lli6f •
·
0,82 Jkd'
22,5 e
A expressão:
=
1 . (MAUÁ · SP) Um recipiente contém 4 gramas de meta· Po2 = 0,25 -: 0,082 atm � · JR(Sf-• · 10 · 300.1( =
no (CH4) e 21 gramas de nitrogênio (Nz). Se, a uma dada 22,SAr
temperatura, a pressão do sistema é 800 mmHg, determine =
0,273 atm
Solução PH2
22,5.-f
A pressão parcial de um gás é proporcional ao número
= 0,547 atm
de mols da substância presente na mistura gasosa. Neste ca
so temos:
= 21 g/28 g mot·t = 0,75 moi;
= 4 g/1 6 g mot·• 0,25 moi;
nN 2
·
Densidade de um gás
=
- -
-
rn
A pressão parcial do nitrogênio (pNz)
ffi
pode ser calculada através de raciocínio semelhante, ou sim· (I)
T
PN2 = 800 ,mmHg - PcH
plesmente subtraindo a PcH4 da pressão total
(/)
�
c
nio a 0,82 atm e 27°C. pressão:
Determine: ffi
a) -o volume do recipiente; -
dA, ar =
28,9 g . moi-• Comparando-se as velocidades de efusão ou difusão de
. diversos gases, nas mesmas condições de pressão e tempera
tura, constata-se que a velocidade de difusão depende da mas
EXERCÍCIO sa molar da substância gasosa. Quanto maior a massa molar,
menor a velocidade de difusão. Baseado nesse fato, Graham
e pressão, a massa de
(FUVEST - SP) Nas condições normais de temperatura anunciou a lei da difusão ou efusão gasosa, conhecida como
22,4
litros do gás X2 (X = símbolo lei de Graham.
do elemento químico) é igual a 28,0
gramas.
a) Calcular a densidade desse gás, nessas condições.
b) Qual a massa atômica do elemento X? Lei de Graham: A velocidade de difusão de um gás
é inversamente proporcional à raiz quadrada de sua den
Solução sidade absoluta.
a) Como o problema fornece os valores da massa e do volu
me ocupado pelo gás, sua densidade pode ser calculada atra Para dois gases, nas mesmas condições de pressão e tem
vés da expressão d = mN: peratura, tem-se:
d) lO vezes;
a) 3 vezes; c) 9 vezes; e) 12
vezes.
:::>
gases difundam-se formando uma mistura. Este processo, on
l
U)
w
-
de um gás difunde-se em outro gás, é espontâneo e recebe
o nome de difusão gasosa. Na figura abaixo dois gases são Vy = 3 · Vz I
72
colocados em recipientes distintos, interligados entre si atra
vés de uma válvula. A alternativa a é a correta.
CÁLCULOS QUÍMICOS
Duas importantes tarefas que fazem parte do dia-a-dia dos dos, e produtos, que serão obtidos numa reação química.
químicos são: No primeiro caso se deseja conhecer a fórmula da subs·
• determinar a composição de uma substância, isto é, a quan· tância. No segundo, utilizando o cálculo estequiométrico, os
tidade de átomos de cada elemento presente no agregado atô químicos podem prever o quanto de substância, em massa
mico da substância; ou volume, deve ser utilizada, ou será obtida, numa reação
• calcular as quantidades de reagentes, que serão consumi- realizada em laboratório ou numa indústria química.
�
900 g 100 g 800 g ::::>
X
100 g y
Fórmula centesimal (ou percentual) indica a percen· ·<
�
tagem, em massa, de cada elemento que constitui uma cn
substância. Matematicamente temos: o
�
100 g de hidrogênio = x g de hidrogênio .�
900 g de água ::::>
o
I 00 g de água
- 100 g' . 100 g
A fórmula centesimal, em outras palavras, nos indica a
massa (em gramas) de-{:ada elemento presente em 100 gra cn
o
mas de substânda. X ...J
- 900 8' ::::>
A determinação experimental da fórmula centesimal de _ u
uma substância é feita através de reações de síntese ou de
decomposição. .
I X = 1 1,1 g I ...J
·<(
u
-
73
Reação de síntese é aquela na qual uma substância é for·
mada a partir de seus elementos. Repetindo esse procedimento para o oxigênio temos:
1 y = 88,9 g 1 Fórmula mínima ou empírica
I H 11' I o/o
- o - 88,9o/o I
Conhecendo-se quanto de cada elemento está presente nu
A fórmulà centesimal de uma substância também pode ma determinada amostra de substância, é possível calcular
ser calculada teoricamente. Para isso é necessário conhecer sua fórmula mínima. Assim, sabendo-se que 560
gramas de
a massa molecular da substância. Para o caso do ácido sulfú buteno são formadas por 480
gramas de carbono e gra 80
rico, H2S04, temos: mas de hidrogênio, o cálculo da fórmula mínima deve ser
assim realizado:
contribuição do composição • calcular o número de mols de cada tipo de átomo presente
massa
(o/o)
elemento elemento para a centesimal na amostra de substância,
atômica
massa molecular para o carbono temos:
H 1 2 X
12 1
g é a massa de moi de átomos;
480 g é a massa de x moi de átomos;
o
s
16
32
64
32
y
z ....!l_g_ = moi ; x = mols
1 40
480g X
massa molecular 98 100 para o hidrogênio temos:
1
1 g é a massa de moi de átomos;
80 g é a massa de y moi de átomos;
_j_g_ = moi =
Utilizando a lei de Proust e realizando as proporções:
2 l OOo/o = 2,0% 1 ·
80 mols
X 80 y 'y
·
para o hidrogênio = g
98
para o oxigênio y=
64 . 100% = 6 5,3% • determinar a relação entre os átomos do elemento. Neste
98
z = carbono e hidrogênio é para ( mols de carbono: mols
exemplo, verificamos que a proporção entre os átomos de
para o enxofre
32 . 100% = 32,7% 1 2 40 80
98 de hidrogênio), ou seja, em qualquer amostra de buteno o
Portanto, a fórmula centesimal do ácido sulfúrico é: número de átomos de hidrogênio presente será o dobro do
-- X
_J
424 u.m.a. -- 238
u.m.a. racterística de cada substância.
::::> l O O o/o A fórmula mínima de uma substância geralmente é ex
238 u,.m.�á. !- OOo/o
u
_J
·<( ·
_
pressa da seguinte maneira:
X 56,2%
_ _
u (fórmula mínima)n
-
424 u.m:a.
74
onde n> é um número inteiro. Para � água oxigenada temos
A alternativa a é a correta. 2
(HO)n onde n = e para a glicose·(CHzO)n onde n = 6.
Vejamos como a fórmula molecular de uma substância
EXERCÍCIOS formada exclusivamente por átomos dos elementos carbono
e hidrogênio pode ser determinada. Sobre esta substância
1 . (CESESP - PE) A análise de uma cena substância mos sabe-se que:
• sua composição centesimal é C - 8 1,8o/o H - 1 8,2o/o;
trou que . 7 g de nitrogênio combinaram-se com I g de hi
• 176 gramas dessa substância, quando colocadas num reci
drogênio. A fórmula mínima da substância deve ser:
a) N2H; d) NH,; piente de 1 O litros de capacidade e mantidas numa tempera
b) N2H4; e) N,H. tura de 27°C, exercem 9,8 atm de pressão.
c) NH 2; Para se determinar a fórmula molecular da substância de
)
Esses valores mostram que no aglomerado atômico da M =
9 8 a,Jm' l Q R-' ·
massa de hidrogênio =
a) CI5Hl4; d) CsHs;
b) C1oHJ1; e) C 10H t6 · 1 8,2o/o . 44 g -
8g
c) C1sH4o; lOOo/o
Solução (8 mols de átomos)
A fórmula molecular é um múltiplo inteiro da fórmula Portanto, um moi de molécula da substância é formado
mínima. A massa molecular de uma substância também é por 3 mols de átomos de carbono e 8 mols de átomos de hi
um múltiplo inteiro da "massa molecular" do agregado atô drogênio ou, uma molécula da substância é formada por 3
mico representado pela fórmula mínima. átomos de carbono e 8 átomos de hidrogênio. Sua fórmula
=
("massa molecular" do agregado atômico)
representado pela fórmula mínima
x
n
EXERCÍCIOS
75
massa molar pode ser calculada através da equação de esta molécula de substância.
do de um gás (equação de Clapeyron): PV = nRT. A fórmula molecular da substância é P40.0•
2. (ITA SP) Certo composto AxBy contém 9,1% em mas
· 28 g . 85,7% 24 g
m = --=---'--- =
sa de A, o resto sendo B. Se o peso atômico do elemento 100%
30
A for e do B for 100,
podemos concluir que: 28 g . 14,3%
m = --"':--::-::-=-'---
: -
b) x/y = 112;
a) x/y = 111; 100% =4g
c) x/y =
d) x/y =
2/1; As massas de carbono e hidrogênio correspondem, res
e) x/y =
113; 2 4
pectivamente, a e mols de átomos. Portanto, um moi de
3/1. 2
moléculas do composto é formado por mols de átomos de
Solução
100 g dessa substância são formados por 9, 1
g de A e
4
carbono e mols de átomos de hidrogênio. Sua fórmula é
90,9g de B. O número de mols de cada tipo de átomo pre
CzH4 . .
sente em 100
g de· substância é: 4. (FUVEST - SP) Uma substância orgânica de massa mo·
I g nA =
nA: I moi de A g 30 lecular 42 é representada pela fórmula mínima CH2•Qual
nA - 9, 0,3
moi o número de átomos de carbono em cada molécula dessa subs
g nB =
n B : moi de B
1 g - 100 tância?
nB - 90,9 0,9
moi
Solução
A relação nA/na, que é igual x/y, é 0,3/0,9
ou 1/3. A fórmula molecular de uma substância é um número
A alternativa d é a correta.
3. (MAPOFEI - SP) Um composto apresenta a seguinte
inteiro (n) de vezes maior que sua fórmula mínima. Neste
caso temos:
fórmula molecular: (
CHz;
)
composição centesimal: C - 85,7o/o H - 14,3%.
e Achar fórmula mínima:
sua fórmula molecular sabendo-se que sua molécula-grama CHz n·
é 28 g. A massa molecular do grupo CHz 14
é e, portanto, a mas·
Solução sa molecular da substância é 42/14 3 O
= vezes maior. valor
Molécula-grama é sinônimo de moi de moléculas e, por 3
de n é, portanto, e a fórmula molecular da substância é
tanto, 28 g é a massa molar do composto. C3H6.
A massa de cada elemento que contribui para a massa mo O número de átomos de carbono presente na molécula
lar do composto é: da substância é 3.
�
tricos é:
a:
• transformar a quantidade conhecida (massa ou volume) de
o
• através da equação química, relacionar o número de mols
me que se dã ao estudo das relações quantitativas (mols,
::::>
de S1 com o número de mols de Sz;
a
massa e volume) entre substâncias participantes de uma
w
• transformar o número de mols de Sz na quantidade (massa
1-
reação química.
(f)
ou volume) solicitada pelo problema.
w A seguir relacionamos as conversões mais utilizadas nos
o
...J
Os cálculos estequiométricos são baseados, fundamental cálculos estequiométricos.
::::> • massa *'* número de mols: neste caso é necessário conhe
mente, na equação química que representa a reação. Assim,
�
·<t
é importante que a equação química esteja corretamente re cer a massa molar da substância e utilizar a expressão:
n = � , para transformar massa em número de mols, e
presentada, ou seja, deve:
(f)
�
o
• indicar, através de suas fórmulas, quais substâncias rea
u
gem e quais são formadas na reação; a expressão:
,::::?!
• obedecer a lei de conservação da massa, isto é, deve estar m = n · M, para transformar número de mols em massa;
::::>
a
balanceada. • volume *'* número de mols (para sólidos e líquidos): neste
(f)
Basicamente o cálculo estequiomêtrico consiste em, a par caso, é necessário conhecer a densidade da substância. Para
o
tir de uma quantidade conhecida (massa, volume ou núme realizar a conversão volume => número de mols é necessário
::::>
u
...J ro de mols) de uma substância (S.), calcular a quantidade primeiro transformar volume em massa através da expressão:
·
·<t
(massa, volume ou número de mols) de outra substância (S2) m = V d, e depois proceder como no item anterior.
u
...J
que reage com S1 ou é formada a partir dela. Para que isso Para realizar a conversão número de mols => volume é
seja possível, é necessário considerar que a reação se proces necessário, em primeiro lugar, transformar o número de mols
-
76
sa totalmente e interpretar a equação em termos de número em massa (conforme descrito no item anterior) e a seguir uti·
de mols que reagem e que são formados. Por· exemplo, a equa- lizar a expressão:
m Transformando a massa de Fe20J que reage, em número
V =
d de mols temos:
l 60 g 1 moi
•
__
volume *=> número de mols (para gases): neste caso deve
1 .600 g __ nFe,o, nFe,o, = l O mols
mos considerar duas situações. Se o gás estiver nas CNTP
valem as expressões: A equação química mostra que cada moi de Fe20J pro
v e-l e n �
duz 2 mols de Fe. Portanto, 10 mols de Fe203 produzem
= n . 22,4 moi . = 20 mols de Fe.
22,4 m l . e- 1
Transformando o número de mo1s de Fe em massa temos:
I I
para transformar número de mols em volume e volume em 1 moi __ 56 g
número de mols, respectivamente. 20 mols __ mFe mFe = 1 . 1 20 g
Se o gás não estiver nas CNTP devemos utilizar a equa
ção de Clapeyron (equação de estado de um gás), P · V =
= n · R · T. Para transformar número de mols em volume 3. (CESCEA - SP) Supondo-se conversão total de nitrogê
utiliza-se a expressão: nio em amônia, que volume de amônia será formado (nas
CNTP) a partir de 14 g de nitrogênio?
n · R · T
V =
p
Solução
e, para transformar volume em número de mols utiliza-se A conversão de nitrogênio (N2) em amônia (NHJ) é re
a expressão: presentada pela equação:
n = ---
P · V Nz + 3 H2 -+ 2 NH3
R · T
O número de mols de nitrogênio que reage é:
A resolução de problemas envolvendo cálculos estequio
1 moi N2 __ 28 g
métricos depende do domínio dos conceitos utilizados (mas
nN, __ 14 g nN, = 0,5 mol
sa molar, equação química, leis ponderais etc.), da perfeita
compreensão do enunciado e, principalmente, da organiza A equação mostra que o número de mols de NHJ forma
ção dos dados fornecidos pelo problema. Cada problema é do é o dobro do número de mols de Nz que reage. Portanto,
um caso particular e, portanto, ditar normas de resolução a partir de 14 g de N2, 1 mol de NH3 é formado.
em nada auxilia o aluno. O que faremos a seguir é, através Como o gás se encontra nas CNTP e, nestas condições,
de uma série de exercícios mostrar as técnicas que devem um moi de qualquer gás ocupa o volume de 22,4 litros, o
ser utilizadas na resolução de problemas envolvendo cálcu volume de NH3 formado na reação é 22,4 litros.
c) l O mols de água;
O gás oxigênio formado se encontra nas CNTP, condi o
b) 20 mols de água;
ções experimentais em que o volume molar é 22,4 litros. �
a:
Transformando o volume de 02 que deve ser produzido em 1-
d) 1 5 mols de água; •w
número de mols temos: �
e) 2 mols de água.
1 moi __ 22,4 f o
n0, __ 33,6 f n0, = 1,5 moi ::>
Solução w
o
O balanceamento da equação química nos mostra que os A equação mostra que para a produção de 3 mols de 02 1-
w
cn
coeficientes estequiométricos de todas as substâncias são são necessários 2 mols de KCI03• Para produzir 1,5 moi de
02 é necessário, portanto, 1 moi de KCI03• o
iguais a l . Isto nos mostra que o número de mols de todas _J
-�
u
de maior importância industrial. Calcule a massa de ferro a massa de HF produzida será de aproximadamente:
que pode ser obtida quando 1.600 g de hematita reagem com a) 0,50 g; :::::>
b) 2,00 g; o
monóxido de carbono. cn
c) 5,00 g;
_J
o
+ -+ 2Fe + 3CO) :::::>
(Fe20J 3CO d) 10,00 g;
_J
e) 40,00 g. u
Solução ·<(
As massas molares das substâncias relacionadas no pro Solução u
-
77
blema são: A equação química mostra que, para cada molécula de
Fe20J = 160 g · mot1, Fe = 56 g mol-1 • · H 2 que reage são formadas duas moléculas de HF. Como
1,5 1 023 moléculas de H2 reagem, são formadas 3,0 1023
· · O número de mols de alumínio e cloreto de alumínio que
moléculas de HF. participam da reação é o mesmo e, portanto, 113 de moi de
A massa molar do HF é 20 g mo1·•. Esta é a massa · A!Cb é formado. A massa molar do AICb é 1 33,5 g mo1·• ·
2
de um moi de moléculas ou de 6,0 1 0 3 moléculas. A mas
· e 113 de moi tem massa igual a 133,5 g/3 = 44,5 g.
sa de HF produzida na reação será: A alternativa b é a correta.
m
6,0 1023 moléculas pesa
· 20 g
3,0 1023 moléculas P� mH F
·
8. (FUVEST - SP) O nitrogênio pode ser obtido pela de
I mHF I
composição térmica do nitrito de amônio.
= Wg a) Escreva a equação de decomposição do nitrito de amônio;
b) Calcule o volume de nitrogênio obtido, nas CNTP, pela
A letra d é a alternativa correta. decomposição de 12,8 g de nitrito de amônio, supondo
que o rendimento da reação seja 80o/o (em massa).
6. (PUCC - SP) O papel sulfite é assim chamado porque
na sua clarificação emprega-se sulfito de sódio. Quando es Solução
te sal reage com ácido clorídrico tem-se a equação não ba a) A equação de decomposição do nitrito de amônio é:
lanceada:
NH4N01 � N1 + 2Hz0
Na2S03 + HCI 4 NaCI + H20 + S02
b) Algumas reações químicas não se processam totalmente
Juntamente com 2,24 f de gás sulfuroso medidos nas CNTP ou durante o processo ocorrem perdas de material. Nestas
deve-se formar, de NaCI: condições, a quantidade de produto formado é inferior ao
a) 0,585 g; c) 1 1 ,7 g; e) l l7 g. esperado teoricamente. A relação entre a quantidade de subs
b) 5,85 g; d) 58,5 g; tância obtida e quantidade teoricamente esperada é chama
da rendimento de uma reação e nos indica com que eficiên
Solução cia ela se processou. No caso deste problema, o valor 80o/o
Acertando os coeficientes estequiométricos da equação indica que de cada 100 gramas, teoricamente esperadas, so
temos: mente 80 gramas de substância foram produzidas.
Na2S03 + 2 HCl 4 2 NaCI + H20 + S01 O número de mols de N�02 (massa molar 64 g mol-') ·
0,2 moi � mNaCI nato de cálcio pesando 2,0 g, ao ser tratada com ácido clorí·
drico em excesso, produziu 1,5 10"1 moi de dióxido de car·
I I
·
+· +
:::> CaC03 + 2 HC1 4 CaClz H20 C01
u
.....J
Solução
co2 são iguais, para cada 1,5 . 10"2 moi de col produzido
·<( A equação da reação é: Como os coeficientes estequiométricos do CaCOJ e do
�
(f) 2 AI + 3 Cb 4 2 A!Ch
o. deve reagir 1,5 10"2 mol de CaC03.
-�
u Como a massa molar do alumínio é 27 g mo!·•, gra · 9 ·
2,0 $
- =
78
·
concluímos que existe cloro em excesso e que todo alumínio P = 7 5o/o
I
reage.
'
Numa reação química reagem, e são formadas, mas
sas quimicamente equivalentes das substâncias.
CÁLCULOS COM
EQUIVALENTES
As massas quimicamente equivalentes são chamadas
equivalentes-grama. Elas são representadas por E e sua uni
dade é grama/equivalente (g/eq ou g eq-'). Várias defini
·
40 g dedo
hidróxi desulfáciúridcoo
49 g
(/)
w
de sódio
1-
Equivalente-grama de uma base: é a massa de base que z
w
libera um moi de íons OH·. O equivalente-grama de uma ....1
base pode ser calculado através da expressão: <
�
dedo go
massa molecular ::::>
= d
hi d róxi de áci d
56 g 36, 5
Ebase w
número de íons OH"
de potássio clorídrico Exemplos
:E
o
u
(/)
o
....J
base massa número de ::::>
fórmula E(g/eq) u
g ddeo
....J
ácigdcoo
(hidróxido de) molecular íons OH-
hidedróxi
85,5
defosfóri
·<
32,7 u
bário sódio NaOH 40 1 40/1 = 40 U;
o
.�
=
magnésio Mg(OH)z 58 2 58/2 29 �
hi
26
d g dedo
róxi denítriácicdoo
63 9
d
(/)
de alumínio
o
....J
Equivalente-grama de um sal: é a massa de sal que libe ::::>
u
ra um mo! de cargas positivas e negativas. O equivalente ....J
massa mo�e�ular
u
Estes, e outros resultados experimentais, levaram à ela -
79
Esal = .
boração do princípio da equivalência que diz: número de cargas pos1t1vas ou negauvas
Exemplos E = o equivalente-grama da substância (em grama/eq);
e = o número de equivalentes (em eq).
número de
massa
sal fórmula carga E(g/eq)
molecular EXERCÍCIOS
( + ou - )
cloreto de NaCI
58,5 1 58,5
1 . (FEl-MAUÁ - SP) Por dissociação total de 7,8 g de uma
sódio Na+, CJ· base obtém-se 0,3 moi de íons OH-. Qual é o equivalente
grama da base?
O equivalente-grama da base é 26 g.
reage co�
sódio Na 23 Na• 23/1 = 23 4,65 g 1 ,40 f 02
cálcio Ca 40 Ca 2 • 40/2 = 20
reage co�
alumínio AI 27 AJl+ 27/3 = 9 mE 5,60 f mE =
1 8,6 g
O equivalente-grama do elemento E é 1 8,6 g.
ferro Fe 56 Fe2• 56/2 = 28
b) A massa atômica de E é 55,80 e sua massa molar é
ferro Fe 56 Fe3• 56/3 = 18,7
5 5,80 g mo]·1• O número de átomos do elemento presente
·
no equivalente-grama de E é:
I I
:::::>
w
o
massa da equivalente- número de x = 2,0 1 023 átomos
:i!:
o Substância amostra grama equivalente
u
(g) (g/eq) (e) 3. (UF-SC - SP) O número de equivalentes-grama de hidró
CJ) xido de sódio necessários para neutralizar 1 47 g de ácido sul
o
...J fúrico é:
:::::> H 2 S04 98 49 2
u
...J
a) 1 ; b) 1,5; c) 3; d) 2; e) 4.
NaOH 800 40 20
·<(
� CaC01 5 50 0, 1
Solução
�
CJ)
o . A fórmula do ácido sulfúrico é H2 S04 e seu equivalente
grama é :
.�
:::::> Para se calcular o número de equivalentes-grama de uma EH,so. = M/2 = 98/2 = 4 9 g · eq· 1
o substância presente numa amostra pode-se usar a seguinte
CJ) A massa 14 7 g corresponde a 3 equivalentes - grama de áci
o expressão:
...J do. Pelo princípio da equivalência, o número de equivalentes
:::::> m grama de base necessário para neutralizar o ácido também é 3.
u
...J e = -
·c:t E A alternativa c é a correta.
�o
onde:
m = a massa da substância (em gramas); fre foram aquecidos até a reação total. Tendo em conta que
o produto obtido é ó sulfeto de ferro li, qual dos dois rea 6. (CESGRANRIO - RJ) 0,50 equivalentes-grama de ácido
gentes foi posto em excesso? Qual a massa desse excesso? sulfúrico foram colocados num balão volumétrico adicionan
Solução
do-se, em seguida, água destilada até que se atingisse um vo
lume total de 250 ml. Desta solução, 5,0 ml foram, então,
As massas atômicas do enxofre e do ferro são, respectiva neutralizados por um certo volume de uma solução conten
mente, 5 6 e 32.- do 1,0 moi de KOH em 250 ml de solução. Qual o volume
O sulfeto de ferro 11 (FeS) é formado pelos íons Fe2• e S2-. · de solução de KOH utilizado?
Os equivalentes-grama dos elementos são: a) 1 0 ml;
EFe = 56/2 = 28 g · eq·t e Es = 32/2 = 16 g·· eq·t b) 20 ml ;
c) 5,0 ml ;
Transformando as massas de ferro e enxofre, que são co
e) 2,5 ml .
d) 1,0 ml;
locadas em contato, em equivalentes-grama temos:
eFe = 1 2/28 = 0,43 e es = 4/ 1 6 = 0,25.
Vemos que o número de equivalentes-grama do ferro é Solução
maior do que o dó enxofre e, portanto, ele se encontra em O número de equivalentes-grama de ácido sulfúrico pre
excesso. Como equivalente reage com equivalente, o núme sente em 5,0 ml de solução, e que foram neutralizados pela
ro de equivalentes-grama de ferro que reage é 0,25 e, por solução de KOH é:
tanto, 0, 1 8 g equivalentes-grama de ferro não reagem. Esta
0,5 eq presentes em 250 ml
quantidade corresponde à massa:
1 equivalente-grama Fe -- 28 g
presentes em 5
0, 1 8 equivalente-grama Fe -- mFe eH ,SO, ml
5. Que massa de carbonato de sódio reage totalmente com Portanto, o número de quivalentes-grama de KOH que
245 g de ácido sulfúrico? reage é 0,01 (princípio da· equivalência).
O equivalente-grama de KOH é igual sua massa molar,
Solução pois esta base apresenta somente um íon OH- por agregado
As fórmulas e os equivalentes-grama das substâncias são: iônico. Portanto, em 25 0 ml de solução de KOH está pre
sente 1,0 equivalente-grama de KOH.
carbonato de sódio Na2C03, ENa,co. = 5 3 g · eq- 1 ; O volume de solução de KOH que possui 0,0 1 eq de
ácido sulfúrico HzS04, EH so. = 49 g · eq· ' .
, KOH é:
presentes em
1 ,0 eq 250 ml
O número de equivalentes-grama de H2S04 presente em presentes em v
245 g dessa substância é: 0,0 l eq
e H,SO, = 24 5/49 = 5 eq
O número de equivalentes-grama de carbonato de sódio I V = 2,5 ml l
que reage também é 5 e sua massa é:
81
,..,
SOLUÇOES
As soluções encontram-se constantemente presentes na a uma temperatura específica. Uma solução como esta, que
nossa vida. O ar que respiramos, a água que bebemos, os contém a quantidade máxima de soluto dissolvido, é chama
combustíveis que utilizamos, as ligas com as quais são fabri da solução saturada.
cadas nossas jóias e utensílios domésticos são todos exem
plos de soluções. Solubilidade ou coeficiente de solubilidade de uma
Na química, as soluções também têm sido muito úteis, substância é a quantidade máxima da substância que se
especialmente as soluções líquidas, porque são meios mais dissolve numa quantidade fixa de solvente, sob determi
comuns para as reações químicas ocorrerem. nadas condições de pressão e temperatura.
J,.o VA�::'-:
Filtro comum não são retidas não são retidas são retidas
�I .p v
1 50
o
v
Ultrafiltro não são retidas são retidas são retidas
"' -
«// o c,
- P;/"'} li'"
140
N
-
Centrifugação não sedimentam não sedimentam sedimentam
...
r �'"" V,.oy'/
130 -
'<1-
o r-
.àV�
Fltracentrifugação não sedimentarr sedimentam sedimentam
�
120
à /'
.\1icroscópio invisíveis invisíveis visíveis � '--
"'
/ � �
110
o
�, /v>
Ultramicroscópio invisíveis visíveis visíveis
100
/j
j
���l
As soluções, objeto de nosso estudo neste capitulo, são,
I /,
90
,.,...
portanto, dispersões homogêneas de duas ou mais substân
1'
rc;i>,J��Jv'f.��
80
cias, onde a substância em maior quantidade recebe o nome
de solvente e a substância em menor quantidade chama-se 70
/ ., �'(1.�
�So4l I�
&o luto. 60
� I J'
Ar
/
Solubilidade 50 ..-
N · CI
...
v /L 1--t( ld
40
Quando preparamos uma solução, adicionamos, gradual
v.... v
o processo de adição de soluto não pode continuar indefini
�
o 20
��-�
U·
damente, pois, em geral, atinge-se uma situação em que o
õ
�
10
solvente não consegue mais dissolver o soluto, ou seja, o so
cn
°C
luto adicionado permanece sem se dissolver. Há, portanto,
60 70 80 90 100
-
10 20 30 40 50
82
nestes casos, um limite para a quantidade de soluto que po
tempera tura em
de ser dissolvido em determinada quantidade de solvente,
Observe que, geralmente, a solubilidade de uma substân Em relação ao estado de agregação: as soluções podem
cia aumenta com a elevação da temperatura. No entanto, para ser sólidas, como as ligas metálicas (bronze, latão, prata de
algumas substâncias, como· o cloreto de sódio (NaCl), a so lei etc.); líquidas, como os refrigerantes, o soro fisiológico,
lubilidade é praticamente a mesma à medida que a tempera os colírios etc. (as soluções líquidas onde a água é o solvente
tura se eleva. Para outras substâncias, como o sulfato de só são chamadas de soluções aquosas); e gasosas, tais como o
dio (Na2S04), a partir de certa temperatura, a solubilidade ar atmoslerico ou qualquer mistura de gases.
diminui.
Em relação à natureza do soluto: as soluções podem ser
EXERCÍCIO
moleculares, quando as partículas do soluto são molécu
(MAPOFEI SP) Misturam-se, a 20°C, 0,50 g de uma
•
las, como a solução aquosa de açúcar; e iônicas, quando as
substância A e 1 00 ml de água. Sabendo-se que a solubilida
partículas do soluto na solução são íons, como a solução aquo
de de A em água, a 20°C, é igual a 3,0 g de A por litro de
sa de cloreto de sódio.
água, pergunta-se: a mistura obtida será homogênea?
Podemos distinguir uma solução iônica de uma molecu
Solução lar através da condutividade elétrica da solução. Isto porque
Se a solubilidade da substância, a 20°C, é 3,0 g de A por as soluções moleculares, por não apresentarem íons livres,
litro de água em 100 ml de água, a máxima quantidade de não conduzem corrente elétrica enquanto as soluções iôni
A que pode ser dissolvida, a 20°C, é 0,3 g. Portanto, quan cas são condutoras de corrente elétrica.
do 0,5 g de A é adicionada em 100 ml de água somente 0,3 g
se dissolve. O restante da substância, 0,2 g, não se dissolve Em relação à saturação: saturadas, quando contêm a
e se deposita no fundo do recipiente. Temos, então, a for máxima quantidade de soluto dissolvida, ou seja, quando atin
mação de um sistema heterogêneo formado por duas fases: gem a solubilidade da substância; iosaturadas, as que con
a solução saturada de A e a substância A no estado sólido. têm soluto em quantidade menor que a solubilidade da subs
tância e supe�aturadas, quando contêm soluto dissolvido
Tipos de soluções em quantidade superior à solubilidade da substância. Estas
As soluções podem ser classificadas segundo os seguin últimas soluções são instáveis, podendo precipitar o soluto
tes critérios: em excesso.
Usando duas substâncias, por exemplo, água e sal, pode onde: C = concentração comum, em g/f;
mos preparar várias soluções diferentes umas das outras em m1 = massa do soluto, em gramas;
relação às quantidades de soluto e de solvente utilizadas em V = volume da solução, em litros.
l .f '
expressas em termos de volume sofrem alterações quando 20 g . 0,2,! Q
a temperatura se modifica. Isto porque as soluções podem mNaOH = = 4 g z
::J
10
(;)
sofrer expansão ou contração de volume conforme a tempe
w
U·
ratura aumente ou diminua. O mesmo resultado pode ser obtido utilizando-se a fór·
::J
mula da concentração comum:
mNaOH ..J
e 20 g , f·t o
Concentração comum (C) ml
C = = mN OH =
0· '2f ' 8 (f)
20 g . 'lt
V '
o,2, i . -
83
A concentração comum nos informa a massa do soluto, = = 4 g
' '
em gramas, contida em um litro de solução. Sua unidade é
Concentração molar ou Clado), íons Mg2• e C!" são formados segundo a proporção
indicada pela equação:
+
molaridade (M)
MgCI2 - Mg2• 2 CJ·
HCl -+ W + CJ·
EXERCÍCIO
Na preparação de cada litro desta solução foram utiliza
(UF-C - CE) Quantos litros de solução de NaCl 0,2 M dos 2,0 mols de moléculas HCI, dos quais apenas 90o/o se
podem ser preparados a partir de 468
g de cloreto de sódio? ionizam, ou seja, 1 ,8 mols de moléculas. São formados, por
Solução tanto, considerando a proporção dada pela equação, 1,8 mols
A massa molar do NaCl é 58,5
g mot·t e 468
g de sal
· de íons H• e 1,8 mols de íons Cl". Assim, temos:
8
correspondem a mols. A molaridade da solução nos indica
[H+] = 1,8 M
que em cada litro de solução 0,2 moi de NaCI está dissolvi
do. Portanto, podemos escrever: [Cl"] = 1,8 M
]
o soluto sofre durante a dissolução;
v v • concentração das partículas na solução:
V =
8 IJ}Ots
0,2 !Uet '· f· •
40 =
o
t
[HCI]solução 0,2 M= concentração das moléculas
[H•] = 1,8 M de HCl e dos íons H+ e CI- após
o
•<C
[Cl"] = 1,8 M a ionização do soluto.
U· Concentração das partículas presentes numa so·
<(
a:
lução: através da molaridade é possível determinar a con EXERCÍCIO
t centração das partículas, moléculas ou íons, presentes na so
z (FUVEST SP) Quantos gramas de brometo de cálcio
UJ lução. No caso de soluções moleculares, a concentração das •
moléculas é, geralmente, igual à da solução. Por exemplo, estão dissolvidos em 30 ml de solução 1,0 . 1 0"3 molar des
(.)
z
o uma solução 2,0 M de açúcar possui 2,0 mols de moléculas sa substância? Que valor é esperado para a molaridade dos
(.)
UJ de açúcar em cada litro de solução, portanto, a concentração íons brometo nessa solução? Por quê? (massa de I mol de
o de moléculas de açúcar também é 2,0 M. brometo de cálcio = 200 g)
CJ)
UJ As soluções iônicas, no entanto, resultam da ionização ou
o· Solução
<( da dissociação do soluto. O número de partículas (íons) pre
o sentes na solução é, portanto, diferente do número de partí O número de mols de CaBr2 presente na solução pode
z ser assim calculado:
culas (agregados iônicos ou moléculas) que foram dissolvi
<
CJ) das. Além disso, muitas vezes, restam na solução moléculas dissolvido em
w 0,001 moi CaBr2
'0 que não sofreram ionização. Assim, para determinar a con
dissolvido em
(.)·
centração dos íons presentes numa solução, é necessário co ncaBr, 0,03 f (30 mf)
::::>
...J
o nhecer a proporção na qual os íons são formados e a exten ncaBr, = 3 · 1 0"5 moi
(f) são com que ocorre o processo de ionização ou de dissocia
- A massa de CaBr2 presente nos 30 mf de solução é
84
ção do soluto. No caso de uma solução de cloreto de magné
sio, MgCI2, em que a dissociação iônica é total ( l OOo/o disso- m = 3 · to·•)Jl<!f· 200 g � ·
= 6 · 10·3 g
O brometo de cálcio se dissocia conforme a equação: A percentagem em massa pode ser calculada através da
CaBr2 --+ Ca 2 • + 2 Br- expressão:
I I
solução existem dissolvidos 2,0 equivalentes-grama de ácido
sulfúrico, ou seja, 98 g de H 2SO• .
A expressão que permite calcular a normalidade de uma
solução é:
I '
=
:: I ou
I N =
v ou N =
'". v
E,
'
I sempre, valores compreendidos entre O e 1 , ou seja,
0 < 1: < 1.
Algumas vezes utiliza-se também a percentagem em vo
lume, que, ao invés das massas, utiliza os volumes dos com
o n d e , N = normalidade da solução, em eq/e; ponentes da solução.
e , = número de equivalentes-grama do soluto,
em eq; EXERCÍCIO
m, = massa do soluto, em gramas; (CESCEM - SP) Que massa de solução 4o/o em massa de
E, = equivalente-grama do soluto, em g/eq; NaCI é necessária para obter 6,0 miligramas de soluto?
V = volume da solução, em litros.
Solução
De cada 1 00 partes, em massa, da solução, 4 são de clo
EXERCÍCIO reto de sódio. Assim,
(FEl - SP) Que massa de ácido hipofosforoso existe em
1 00 mg - 4 mg NaCI
50 ml de uma solução 0,5 N?
Solução m - 6 mg NaCI
A fórmula do ácido hipofosforoso é HJPOJ, mas ele apre
senta somente dois hidrogênios ionizáveis, isto é, é um diá I m = 1 50 mg I
cido. O equivalente-grama deste ácido é:
Utilizando a fórmula da percentagem em massa temos,
�
E H,PO, = 82/2 = 41 g · eq-'
m,
Utilizando a normalidade da solução podemos escrever
p = · l OOo/o e 4o/o = · l OOo/o
m m
'
a relação:
6 mg : 1 00%
dissolvido em m = ' = 1 50 mg
O' 5 eq !f 4% \
disso!vido em o
o,o5 e 1 <(
U·
eH,PO, = 0,025 eq <(
Concentração molal ou a:
1-
A massa de 0,025 equivalente-grama de H3P03 é molalidade (W) :z
LU
u
m = 0,025 eq · 41 g · eq-' = 1 ,025 g :z
Indica o número de mols do soluto dissolvido em cada o
Utilizando a fórmula da normalidade, temos: 1 kg de solvente. Sua unidade é mol/kg ou mola!. u
N -
- m,
, ' 0,5 eq . e- 1
- mH PO , , Como normalmente a massa do solvente é expressa em
LU
o
E V - 4 1 g eq-1 · 0,05 e gramas, deve-se, no cálculo da molalidade, transformá-la em U)
LU
· ·
- -
mH,Po, = 0,5 _e EJ. ';);- 1< 4 1 g _e�r 1 < 0,0?- t'= 1 ,025 g quilogramas. A expressão que permite o cálculo da molali o
<(
·
dade é: o
:z
�
Percentagem em massa (P) U)
LU
IQ
Indica a massa do soluto existente em 1 00 unidades de U·
::::>
massa da solução. Por exemplo, se uma solução apresenta -I
onde, W = molalidade da solução, em mollkg; o
U)
-
percentagem em massa do soluto igual a 20%, ela pode con n, = número de mols do soluto, em moi;
ter 20 gramas do soluto em cada 100 gramas de solução, ou m1 = massa do solvente, em kg;
20 kg do soluto em cada 100 kg de solução. M = massa molar do soluto,. em g/mol.
1 85
EXERCÍCIO Relação entre as
(UnB - DF) Considere uma solução aquosa de cloreto de unidades de concentração
alumínio formada pela dissolução de 2,67 g deste sal em 100 g
de solvente. Qual a molalidade da solução? Concentração comum e molaridade
�
Solução m
A massa molar do cloreto de alumínio (AICI3) é
C = __.
v
1 33,5 g moJ·• . Na solução está presente 0,02 moi de sal.
·
r------,
Como 0,02 moi de soluto está dissolvido em 100 g de sol
C = M. · M (I)
vente, em 1 kg de solvente estará dissolvido 0,2 moi de solu
tb. A molalidade da solução é 0,2 mollkg ou 0,2 mola!.
Utilizando a fórmula da molalidade temos:
0•02 moi
W = _§.._ e W = = 0,2 mollkg
m 0, 1 kg
Concentração comum e normalidade
�
Frações molares (x) C=�
v
(rn
Indicam a relação existente entre o número de mols do
soluto ou do solvente e o número total de mols da solução.
/
Para uma solução de apenas um soluto, as frações mola
res do soluto e do solvente podem ser determinadas pelas
expressões: N=�
• para o soluto:
E1V
Molaridade e normalidade
A partir das relações (I) e (11), temos:
M, N
M. · M = E, · N e - =
• para o solvente: E, M
Chamando M.IE, de K, ou seja, o fator que divide o mol
OU Xz = --=n..._z no cálculo do equivalente-grama da substância, temos:
I N=M . K I
n. + nz
o
1<(
X1 + Xz + Xn + ... = I.
u
<( EXERCÍCIO
a:
1- A partir da relação (III) e da expressão da densidade
z (FATEC - SP) Dissolvendo-se 36,0 g de glicose em 10,8 g
(d = mN) obtém-se a expressão:
a) 0, 1 0;
w de água, a fração molar da glicose na solução é igual a:
u
z b) 0,25; c) 0,50; d) 0,75; e) 0,90.
o
u
w
o
Solução
onde a densidade da solução é dada em gramas por litro.
(f) A fórmula molecular da glicose é C6Hu06 e sua massa
w
o molar é l80 g mot•. A massa molar da água é l 8 g moJ·• .
· ·
100 g · eq·'.
- o OI
é comum trabalhar-se com soluções diluídas. Muitos dos rea
10 g gentes de laboratório são, no entanto, adquiridos na forma
t =
1.000 g - ' concentrada e devem, portanto, ser diluídos para que pos
Os valores acima poderiam ser obtidos através da utiliza sam ser usados. A diluição consiste na adição de mais sol
ção das fórmulas de conversão de unidades. vente à solução. Neste processo, a concentração da solução
é alterada, pois a mesma quantidade de soluto passa a ocu
• concentração comum para molaridade:
par um volume maior que o inicial.
C = M, · M,
luções. É, normalmente, realizado aquecendo-se cuidadosa
O processo inverso à diluição é a concentração de so
10 g · f·' = 200 g · moi"' M ·
· j
M = 10 /· f ' /200 · moi"' = 0,05 moi f·' · mente a solução de modo que apenas o solvente seja evapo
rado. Também, neste caso, a quantidade de soluto é a mes
• concentração comum para normalidade:
ma da solução inicial porém, o volume final é menor que
C = E , · N, o inicial. Este processo não é recomendado para soluções onde
10 g f·' = 100 g · eq·' N
·
, ·
o soluto seja volátil.
N = 10j · f·1f100 f·
eq·1 = 0,1 eq · f·' Nos dois processos, diluição e concentração, a quantida
de de soluto, qualquer que seja a forma de exprimi-la, per
• concentração comum para título:
manece constante. Para determinar, por exemplo, a concen
c = t . d, tração comum de uma solução, após o processo de diluição,
10 g . f·l = t . 1 . 000 g . f·l podemos efetuar o seguinte cálculo:
t = 10 f·
V'/1 .000 I· V'
= 0,01
solução inicial solução final
A letra b é a alternativa correta.
G = ....!!!... Cr = ....!!!...
' V; Vr
2. (AMAN - RJ) Calcule a molaridade de uma solução de m = C; · V; m = Cr · mr
H2S04 com título 49% e densidade igual a 1,5 g/cm3 •
onde, C; = concentração comum inicial;
V; = volume da solução inicial;
Solução
Cr = concentração comum final;
Se o título da solução é 49% sabemos que, de cada 100
Vf = volume da solução final;
partes, em massa, da solução, 49 panes são devidas ao ácido
m = massa do soluto. (.f)
sulfúrico. Assim, a massa de ácido presente em 1 . 000 g de UJ
solução é 490 g. Como a quantidade de soluto não se altera, temos: •O
I I ::::>
U·
Sendo a densidade da solução 1,5 g/cm3 o volume ocu -I
pado por 1 . 000 g é: C; · V; = Cf · Vf o
(.f)
V = m/d = 1 .000jt1,5 / · cm·3 = 666,7 cm3 ou 0,67 f c
UJ
Expressões semelhantes são conseguidas utilizando-se ou
Portanto, 490 g de HzS04, ou seja 5 mols, ocupam 0,67 f o
tras unidades de concentração. Assim, temos: 1<(
de solução. O número de mols de ácido presente em um li para a molaridade: M; V; Mf Vr ;
· = · U·
<(
tro é: para a normalidade: N; V; = Nr · Vf ; a:
·
t
z
5 mols
dissolvidos em
0,67 f ·
para o título em massa: t; m; = tf mr . · UJ
u
dissolvido em z
1,0 f nH,so. = 7,5 moi o
EXERCÍCIOS u
A molaridade da solução é 7,5 moi/f. UJ
Poderíamos chegar ao mesmo resultado utilizando as ex o
1 . (MACK - SP) O volume de água que deve ser adiciona 1 <(
pressões (I) e (III) anteriormente vistas:
do a 300 cm3 de uma solução 0,4 N para que se torne 0,16 N �
::::>
(I) C = M, · M e (III) C = t ·d é igual a: -I
o
a) 750 cm3; b) 1 . 200 em\ c) 48 em'; ---
Igualando as duas temos: (.{)
d) 450 cm3; e) 1 . 050 cm3 • UJ
M, ·M=t ·d e M=
t �d •O
::::>
Solução U·
0,2 f �
solução inicial é:
dissolvido
--------...
/
nH,SO, ----
dissolvido em
0,4 eq 1 .000 cm3
dissolvido em
ou nH,so, = 0,2 moi
e e = 0,1 2 eq
Após a adição de água, O, 12 equivalente-grama de soluto
deverá estar presente na solução final. O volume ocupado M
v
e nH,SO, = 1,0 moi .Jt · 0,2 /
por O, 12 eq de soluto para que a solução final tenha norma
lidade 0, 1 6 N é:
A solução de ácido sulfiírico 4,0 molar apresenta 4,0 moi
dissolvido em
0,1 6 eq u de H 2S04 dissolvidos por litro de solução. O volume desta
dissolvido em
0, 1 2 eq v solução que apresenta 0,2 moi de HzS0 4 é:
1 v = o,1s f 1 dissolvidos em
�
o
4,0 moi --===:...� .:.:: 1 t
V
:�
moi
Portanto, temos:
"""''"" = V = O,OS I
0'2 JJKl!
solução inicial
/
N i = 0,4 N M= � e V =
v 4,o�- e-•
e = 0,1 2 eq
Vi = 300 cm3
Para se preparar a solução solicitada pelo problema é ne
solução final cessário transferir 0,05 e (50 ml) de solução 4,0 molar de
H 2S04 para um recipiente e a seguir adicionar água até o
N r = 0, 16 N volume de 200 ml, ou seja, adicionar 150 ml de água.
e = 0,1 2 eq
Esquematicamente temos:
Vr = 750 cm3 •
cn
O volume de água adicionado é:
w
tO
U·
�
llv = Vr - Vi = 750 cm3 - 300 cm3 = 450 cm3 �H20
_J
A alternativa d é a correta.
o
cn
w 2 . (FUVEST - SP) Explique como se pode preparar 200 ml
o de solução 2,0 normal de ácido sulfúrico, a partir de uma
o
t<( solução 4,0 molar desse ácido.
U·
<(
a: Solução
1-
z Para se comparar concentrações de solução, é necessário
w
u utilizar a mesma unidade de concentração. Neste exemplo
z trabalharemos com molaridade.
o
u A molaridade da solução 2,0 normal de H2S04 pode ser
w
calculada através da expressão:
o
t<(
5
u- N = k·M
� 2,0 = 2 · M e
e
cn M= IM
w
tO
U·
::::> Portanto, a partir de uma solução 4,0 molar de ácido sul
_J
o fúrico, temos que preparar uma outra 1,0 molar.
cn A partir do volume (200 ml) e da molaridade (1,0 moi/� ·
-
88
da solução que se deseja preparar é possível calcular o nú
mero de mols de soluto que devem estar presentes na solução:
EXERCÍCIOS
/
j-• o,'{
mr = m. + m2 + mJ + ...
M = ..!!.. e n = 3 moi ·
·
Solução 2
m2
cl =
v2
(500 + 1 .500) ml
3M · 500 ml + 0,5 M 1 .500 ml
·
m2 = C2 · V2 =
Solução final:
mr = c • . v. + cl . v2
Vr = V. + V2
portanto: 2. (CESGRANRIO) A normalidade da solução obtida pela
adição de 250 m1 de ácido sulfúrico 2,0 M a 250 ml de áci
do sulfiírico 1,0 N é:
a) 1,25; d) 2,0;
b) 2,5; e) 3,0.
c) 4,0;
89
Nr = ------
v. + V2 A letra b é a alternativa correta.
Pbf;ql + 2N03(aq) + 2K(aq) + 2I(aq) -->
--> Pbl2(aq) + 2K(aq) + 2N0 3(aq)
Reação de neutralização
A mistura de duas soluções aquosas iônicas, de solutos Quando uma solução ácida é misturada a uma solução bá
diferentes, pode determinar a ocorrência de reações quími sica, os íons H+, provenientes do ácido, reagem com os íons
ças entre os íons presentes. As reações químicas em solução OH·, provenientes da base, formando moléculas de água. Esta
ocorrem quando, da combinação dos íons presentes, resul reação é chamada de neutralização.
tam compostos insolúveis ou pouco solúveis ou compostos A mistura de soluções de ácido clorídrico e hidróxido de
pouco ionizados em água. A seguir estudaremos os vários sódio, por exemplo, resulta numa reação de neutralização.
tipos de reação em solução aquosa. As equações que representam a reação são:
equação completa:
Reação de precipitação HCl(aq) + NaOH(aqJ -+ NaCl(aq) + HzO(I'J
A mistura de duas soluções iônicas pode resultar no apa equação iônica:
recimento de um sólido que recebe o nome de precipitado.
H(aq) + Cl(aq) + Na(aq) + OH(aq) -->
Este sólido é formado pelo agregado iônico de um composto
de baixa solubilidade em água. Pode ser um sal ou uma base --> Na(aq) + Cl(aqJ + HzO(I'l
iônica, ou seja, um hidróxido. equação iônica reduzida:
A mistura das soluções aquosas de cloreto de sódio e de
H(aq) + OH(aq) --> HzO(t)
nitrato de prata, por exemplo, resulta na formação de um
sólido branco de cloreto de prata, que é um sal pouco solú A neutralização de uma solução ácida por uma solução
vel em água. A reação pode ser representada pela equ"ção básica pode ser total ou parcial. Na neutralização �otal; os
íons H + e OH - encontram-se em quantidades iguais. Na
Na(aq) + Cl(aq) + Ag(aq) + N03(aq) -->
iônica:
neutralização parcial haverá excesso de um dos dois íons.
-+ AgCl(s) + Na(aq) +
N03(aq)
Deixando de representar os íons que não sofreram modi Reação com formação de
ficação, tem-se a equação iônica reduzida: ácido fraco
Ag(aqJ + Cl(;.q) --> AgCl(s)
A mistura de duas soluções iônicas pode permitir a for
Exemplos
2I(aq) +
Cl2(aq) -+ 2Cl(aq) + 2j!"! +
o
��
-+ NH3(g) + H20(f)
::::>
1 -+ 12(aq) ' a
+ 2$!!
u
'
2+
Zn(s) -+ Zn(aq) ::::>
Reação de deslocamento
Cu(;q) + �,i -+ C-úcs>
_J
+
r.n
o
�
substância simples. U·
EXERCÍCIOS
De um modo geral, para que uma substância simples A
--
a:
consiga deslocar uma outra substância simples B é necessá· r.n
rio que A seja mais reativa que B. 1 . (FUVEST) Considere soluções aquosas de nitrato de só UJ
tO
As substâncias simples podem ser não-metais ou metais. dio (NaNOa), nitrato de chumbo (Pb(NOah) e cloreto de po U·
A reatividade (decrescente) dos não-metais é a seguinte: tássio (KCl). Misturando-se essas soluções duas a duas, ob· ::::>
_J
tém-se os seguintes resultados: o
F, O, Cl, N, Br, I, S, C, Se. Cl)
NaNO] + Pb(N03 }2 -+ não há precipitação;
NaNOa + KCl -+ não há precipitação;
-
91
Quanto maior a reatividade do não-metal, maior é sua ten
dência em se tornar um ânion.
Pb(N03h + KCl --... forma-se precipitado nhecida (solução padrão) a outra cuja concentração quere
a) Escreva a equação da reação de precipitação. mos determinar (solução problema). Para se calcular a con
b) Qual substância constitui o precipitado? centração da solução problema é necessário saber quando a
Justifique sua resposta, baseando-se nas informações acima. reação se completa, isto é, seu ponto final. Isto é possível
através da adição de indicadores que mudam de coloração
Solução quando a reação termina. O ponto final da reação é chama- ·
13recipitação, tanto o
NaN03 como o Pb(N0312
são solúveis
como não ocorre
precipitação, tanto o
KN03 como o NaCI
são solúveis
o precipitado pode ser
constituído ou pelo
par K + /N032 ou pelo par
Pb + /CI-
A solução padrão é colocada na bureta e a solução pro
Os dados das duas primeiras misturas permitem garantir blema, juntamente com o indicador, no erlenmeyer. A bu
que o par K•fN03 não forma uma substância insolúvel. Por reta é dotada de graduação, o que permite conhecer o volu
tanto o precipitado é formado pelos íons Pb2 • e C!-, e sua me de solução padrão gasto na titulação. A transferência da
fórmula é PbCl2. solução problema para o erlenmeyer é feita com uma pipeta
o que permite conhecer o volume de solução que reagirá.
2. (FEl - SP) Explique o que ocorre quando um parafuso Conhecendo-se a normalidade e o volume que reage da
de níquel prendendo uma porca de zinco é colocado numa solução padrão e o volume da solução problema e utilizando
solução de sulfato de cobre, cuso4 . o princípio da equivalência é possível, através da titulação,
determinar a concentração da solução problema. Como o nú
Solução mero de equivalentes que reage é igual, temos:
A posição dos metais citados no problema na fila de rea epadrão
_ eprob _
I Npadrão · Vpadrão I
reatividade decrescente
Assim, tanto o parafuso como a porca reagem com a so = Nprob · Vprob
lução de sulfaro de cobre, pois o níquel e o zinco são mais
reativos que o cobre. As reações que ocorrem são: Esta é a equação utilizada para se determinar a composição
<( de uma solução através da titulação.
C/)
o Zn(s) + Cu(;q) --... Z n(;q) + C�s)
:::>
o Ni<sl + Cu(;q) --... Ni(;q) + C�s) EXERCÍCIO
<(
o (PUCC-SP) Considerando o princípio de equivalência,
1<(
U· Aspectos quantitativos das determine o volume de solução de hidróxido de sódio 8 g/f
:::>
_. reações em solução aquosa que seria necessário para reagir com 100 ml de solução 0, 1
o
C/) normal de ácido clorídrico.
Determinar a composição e a pureza dos materiais e subs
�
w tâncias são objetivos da análise química quantitativa.
Solução
w·
C/) São vários os métodos utilizados na análise quantitativa
O equivalente-grama do NaOH é 40g. Portanto a solu
10 de determinação da composição de um material. Alguns mé
ção 8 g/f também é 0,2 eq/f ou 0,2 N .
i1í
U·
todos importantes utilizam reações químicas em solução aquo
O volume de solução de NaOH gasto na titulação do áci
a:
--.
sa. Dentre eles encontra-se a análise volumétrica.
do clorídrico pode ser calculado através da expressão:
w
C/)
•O Análise volumétrica: análise volumétrica ou volume NHCl ' VHCl = NNaOH ' VNaOH
U·
tria é o nome que se dá ao processo de determinação da con
1 00 ml = 0,2N
:::> Substituindo os valores conhecidos temos:
__, centração de uma solução baseado nos volumes das soluções
o O, l N · ·
VNaüH
I VNaOH l
C/) reagentes.
-
92
A operação básica na análise volumétrica é a titulação. 50 mi
Esta consiste em adicionar uma solução de concentração co-
PRINCIPAIS CÁTIONS
MONOVALENTES BIVALENTES TRIVALENTES TETRAVALENTES
H• Bel• BJ•
NH :
u·
Mg2• AJ3•
Ca2• Bi3•
possuem uma só Na• Sr 2• Cr3•
valência K• Ba2•
Rb• Ral+
cs• ZnH
Ag• Cd2+
cu• I CuH I
Hg �· I Hg2+ I
Au• I AuJ• I
Fe2• I FeJ• I
possuem duas
valências principais I Co' • I Co)+
� Ni3•
Sn2+ Sn4•
I Pbl+ I Pb4•
I Mn2• I Mn4•
Pt2+ Pt4•
As3•
Sb3•
O O indica a carga mais comum.
PRINCIPAIS ÂNIONS
ÂNIONS MONOVALENTES
ÂNIONS TETRAVALENTES
1A
CLABBIFICAÇÂO PERIÓDICA DOS ELEMENTOS o
i� i He
1"0"17 ....----,---;-
Ic F
3 o o
º
. .
'; Li � Be N
,... z 14.0 � 11.0 20,2
,
·I AI Cl
, ,
.... ....
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11
Elementos de transição
� f Ar �
o o o
�
o 15 � 17 2 18
� Mg
12 13 o
9
. .
� Na
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0 34 � 35 � i 36 ,•,'
4B 58 se ?B 1B
u
i 20,1 31,0 32,1
� 26 :
.... ...
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o 20 o 21 2 o 22 � 9 2 � 25 )O :
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19 23 � 24 27 2 28 � �
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Sêrie dos lantanfdios
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atômico
<(
I-
8
Sêrie dos actinfdeos
Massa
z
!11
94
�z
-
atômica
f l • N9 dl ,_ do
ilbtCJIK) """-"-� �
SOLUBILIDADE DE ALG UNS COMPOSTOS EM ÁGUA (20°C}
hidróxidos OH- insolúveis NH.OH, hidróxidos de metais alcalinos, Ca(OH)r, Sr(OH)t, Ba(OH)r
(/)
:5
UJ
aJ
<(
1-
-
9!
FOR ÇA RELATIVA DOS ÁCIDOS
EM SOLUÇÕES AQUOSAS À TEMPERATURA AMBIENTE
cn
<(
......
w
�
co
96
PROPRTf:11ADES
COLIGATIVAS
A simples observação visual não permite distinguir uma suas propriedades. Um conjunto de propriedades que se pres
::3
atômicos ou moléculas dissolvidas multiplicado por um fa na solução. cn
tor chamado fator de Van't Hofl' e que é representado pe Em alguns casos, verifica-se que o fator de Van't Hoff ::::>
la letra i. calculado teoricamente é diferente do determinado experi .�
l
Para exemplificar como se calcula o fator de Van't Hoff, mentalmente. A explicação dada para este fato é que os ions a:
<(
consideremos uma solução de ácido clorídrico que apresen formados após a dissolução, ou as moléculas dissolvidas, se a..
tanto, quando 100 moléculas de HCl são adicionadas à água: e o grau de dissociação ou ionização do soluto aumenta. 97
EXERCÍCIO água conforme a equação:
FeC13(s) -+ Fe a r� + �
3 C ;q)
(CESGRANRIO) O valor de i (fator de Van't Hofl) para
uma solução de cloreto ferrico dissociado 75% é: Esta equação nos mostra que cada agregado iônico FeC13
3
a) 0,5; d) 2,4; produz 4 íons: 1 íon Fe + e 3 íons Cl - . Ponanto, para este
b) 1 ,0; e) 3,25. sal q = 4. O grau de dissociação é 75% ou O, 75 e, substi
c) 1,6; tuindo os valores na expressão que permite calcular o fator
de Van't Hoff, temos:
Solução
A fórmula do cloreto ferrico é FeC13 e ele se dissocia em A alternativa e é a correta.
(O C)
temperatura tetracloreto
A tonometria é o estudo do abaixamento da pressão de água álcool etílico
de carbono
vapor de um líquido quando nele está dissolvida uma subs
tância não volátil. 20 1 7,5 43,9 9 1,0
40 55,3 1 35,3 2 1 5,8
60 149,4 352,7 450,8
Pressão de vapor 80 355, 1 812,6 843
g
:z
Utilizando os valores da tabela e construindo o gráfico
98
-
da pressão máxima de vapor em função da temperatura ob
frasro aberto frasco fechado temos:
P(mmHg) O gráfico mostra que au
900 mentando-se a temperatura a
. CCI4
800 pressão de vapor também au
C,H,OH
700
menta, no entanto estas gran
dezas não são diretamente onde X é a fração molar do soluto, ou
600
proporcionais. A CJ.lrva cor
respondente ao líquido mais
I� = I
500
400
volátil (CC14) está acima Kt · W •
i (expressão da lei de Raoult),
300
das demais e a do líquido
200 menos volátil está abaixo.
1 00 onde:
• Kr é a constante tonométrica, característica de cada
• W é a molalidade da solução;
O 20 40 60 80 WCl
solvente;
: �dV
Como esta solução é molecular, o número de partículas
dispersas na solução é igual ao número de partículas dissol
vidas, ou seja, i = 1 .
Substituindo os valores na expressão da lei de Raoult, po
I demos determinar a molalidade da solução e através dela a
I
I
I massa molecular do açúcar.
I
I
k = K · W · i
t(°C) t
0,004 = 0,018 . w .
p
1
O abaixamento da pressão máxima de vapor do solvente W = 0,222 molal.
(Ap), ocasionado pela adição de um soluto não volátil, cor· A molalidade nos informa o número de mols de soluto
responde à diferença entre a pressão máxima de vapor do dissolvido em 1,0 kg de solvente. Portanto 0,222 mol de açú
solvente puro (p) e da pressão máxima de vapor do solvente car estão dissolvidos em 1,0 kg de solvente e 0,1 1 1 mol em
na solução (p'). 0,5 kg (500 g).
<(
I=
Portanto temos:
I Ap = p
-
p'
I 20,0 g -+ 0, 1 1 1 mol w
:::!!!:
m -+ 1,0 mo1 o
:z
Chama-se abaixamento relativo da pressão de vapor de
um líquido a relação entre o abaixamento da pressão máxi·
Efetuando a conta encontramos o valor 180 g para a massa
de um moi de açúcar. Como a massa molar e a massa mole
�
99
-
ma de vapor do líquido (Ap) e a pressão de vapor do solven· cular são numericamente iguais, a massa molecular do açú·
te puro (p). Verifica-se que: car é 180 .
• W é a molalidade da solução;
solvente;
substância
rior do liquido, o que permite que moliculas situadas em
qualquer parte do liquido passem para o estado gasoso. Um Ke (°C · molal)
líquido ferve, isto é, entra em ebulição quando sua pressão
mbima ele vapor se iguala à pressão atmosfêrica. Durante água 0,52
a ebulição a temperatura permanece constante porque a ener benzeno 2,61
gia cinética média das moléculas que se encontram na fase
álcool etílico 1,15
líquida não aumenta. A energia fornecida é transferida a al
gumas moléculas que passam a ter energia cinética suficien éter etílico 2,02
te para escapar do liquido.
acetona 1,67
A temperatura de ebulição de um líquido numa solução
é maior do que a do liquido puro porque a adição do soluto
não volátil faz com que a pressão de vapor do solvente dimi
nua. Conseqüentemente é necessário uma temperatura maior EXERCÍCIO
são máxima de vapor com a pressão atmosfêrica. À medida
para que mais moléculas vaporizem a fUD de igualar a pres
• t. é a temperatura de ebulição do solvente puro; conheéêr .a molalidade da solução. Esta pode ser determina
onde: Para se calcular a massa molecular do soluto é necessário
• t! é a temperatura de início da ebulição do solvente na da atrav& da exprasio da lei de Raoult para a ebuliometria:
solução. âte • Ke · W · i
(100,26 - l00,00)°C = 0,52°C · moi · kg - 1 • W · 1
A relação entre a elevação da temperatura de ebulição do
W = 0,5 moi · kg- 1
solvente numa solução e a composição da mesma é dada pe
la lei de Raoult: Portanto, 0,5 moi de soluto está dissolvido em 1,0 kg de
:::!: solvente. Em 400 g estarão dissolvidos:
�
�
0,5 moi
n
1,0 kg
0,4 kg (400 g)
o
n = 0,2 moi
• t\t. é a diferença entre a temperatura de ebulição do sol
::::;
onde:
ffi Se a massa de 0,2 moi de soluto corresponde a 9,00 g,
- .amassa de um mol corresponde a 45,0 g. A massa molecu
100
vente na solução e do solvente puro;
• Ke
lar do soluto é 45.
é a constante ebuliométrica, característica de cada A letra a é a alternativa correta.
Alguns valores de Kc são:
substâacia Kc (OC •
molal)
benzeno 5, 12
clorofórmio 4,68
Criometria é o estudo do abaixamento do ponto de soli
nitrobenzeno 7,0
dificação de um solvente quando nele está dissolvido um
soluto.
A relação entre o abaixamento do ponto de solidificação
(âtc) de um liquido, quando nele está dissol�ido um solu
EXERCÍCIO
to, e a composição da solução é dada pela le1 de Raoult:
• W é a molalidade da solução;
vente;
a expressão da lei de Raoult para a criometria.
...
álcool
.
. .
o� o o
OSMOMETRIA
água o
• 'il . \) • • \) .
in rcio num dado instante
G, G,
n
As primeiras permitem a passagem tanto do soluto como do
solvente, as segundas permitem a passagem somente do
depois de algum tempo,
após abrir-se a torneira
solvente.
v Se uma solução e o solvente utilizado na preparação des
sa solução forem colocados num recipiente separados por uma
membrana semipermeável, verifica-se que após certo tempo
o nível da solução aumenta e o nível do solvente diminui.
Embora a membrana semipermeável permita a passagem de
mistura espontânea d os gases solvente nos dois sentidos, a passagem do solvente, do sol
101
vente puro para a solução, ocorre mais intensamente fazen
Ou com dois liquidos, como água e álcool: do com que a solução fique menos concentrada.
êmbolos
I tempo r-
L
. �h
- '-_=--wor-=-"':1-�"=1 __
5oll!ção de corrente
solução de
água e osmótica
água e água pura
açúcar (água) - so lvente -
açúcar
membrana
semipermeável in feio num dado instante
Fato semelhante ocorreria se duas soluÇões, de mesmo Van't Hoff determinou experimentalmente que a pres
temperatura absoluta (T) e à molafidade da solução (•) Ma
solvente mas de concentrações diferentes, estivessem sepa são osmótica de uma solução é diretamente proporcional à
radas por uma membrana semipermeável. A passagem de sol .
vente da solução mais diluida para a mais concentrada sericl tematicamente temos:
mais intensa. Isto ocorreria até que as soluções ficassem com
a mesma concentração.
• T é a temperatura absoluta;
• i é o fator de Van't Hoff.
\esta pressão impede
que a água invada o
7T compartimento)
NÃO EXERCÍCIO
HÁ
(CESCEA-SP) A pressão osmótica de uma solução um
molar de glicose em água, na temperatura de 27°C, é de:
solução ·
. água pura -
a) 2,46 atm; b) 5,92 atm; c) 24,6 atm;
água + açúa.( d) 59,2 atm; e) 600 atm.
<(
a:
1-
w
�
o
�
VJ
o
-
102
TERMOQUÍMICA
A enegia liberada nas reações químicas estA presente em • combustão do etanol, C2H60:
MEDIDA DO CALOR I Q = m · c . ât I
DE REAÇÃO
• Q é a quantidade de calor liberada ou absorvida pela rea
onde:
sária para fazer com que 1,0 g de 4gu.a tenha sua temp:ratu
calorimetros. Estes variam em utilizada. Uma caloria (1 cal) é a quantidade de calor neces
lc(
o
;:5
detalhes e sio adaptados para o
cada tipo de reação que se quer ra aumentada de 1,0°C. Cada caloria corresponde a 4,18 J;
a:
medir o calor. Basicamente, • m é a massa, em gramas, de água presente no calorín 11etro; w
- termômetro no entanto, um calorimetro é c
• c é o calor específico do líquido presenté no caloríiiletro.
constituido de um recipiente
g
�
Para a água seu valor é 1 cal/g · °C;
com paredes adiabáticas, con
�
adi abática
água, onde se introduz um sis
tema em reação. O recipiente A rigor, deve-se considerar a capacidade térmica do' calo
c
é provido de um agitador e de rímetro que inclui, além da capacidade térmica da ág1111, as w
um termômetro que mede a capacidades térmicas dos materiais presentes no calo,rfme ::E
-
103
variação de temperatura ocor tro (agitador, câmara de reação, fios, termômetro etc.).
rida durante a reação. O calor de reação pode ser medido a volume consltante,
num calorimetro hermeticamente fechado, ou à pressão cons peratura fmal da ãgua?
EXERCÍCIO At = 20°C
Equações termoquímicas e
O calor, como sabemos, ê uma forma de energia e, se gráficos de entalpia
gundo a Lei da ConservaÇão da Energia, ela não pode ser
criada e nem destruída, pode apenas ser transformada de uma As reações, como sabemos, são representadas através de
forma para outra. Em vista disso, somos levados a concluir equações químicas. No caso da representação de uma rea
que a energia: ção que ocorre com variação de calor, é importante repre
• liberada por uma reação química não foi criada, ela jã existia sentar,. além da quantidade de calor envolvida, as condições
antes, armazenada nos reagentes, sob uma outra forma; experimentais em que a determinação dessa quantidade de
• absorvida por uma reação química não se perdeu, ela per calor foi efetuada. Isso porque o valor do calor de reação é
manece no sistema, armazenada nos produtos, sob uma ou afetado por fatores como a temperatura e a pressão em que
tra forma. se processa a reação, o estado f'lSico e as yariedades alotr6pi
cas das substâncias participantes dessa reação. A equação que
Cada substância, portanto, armazena um certo conteúdo traz todas essas informações chama-se equação termo
de calor, que ser4 alterado qqando a substância sofrer uma
química.
transformação. A liberação de calor pela reação exotérmica
Exemplos de equações termoquímicas:
• +
significa que o conteúdo total de calor dos produtos é me
nor que o dos reagentes. Inversamente, a absorção de calor H2(g) + Cl2(g) .... 2 HC�> 184,9 kJ (25°C, 1 atm)
por uma reação endotérmica significa que o conteúdo total
Segundo a equação, 1 moi de hidrogênio gasoso reage com
de calor armazenado nos produtos é maior que o dos rea
1 moi de cloro gasoso formando 2 mols de cloreto de hidro
• U., =
onde: Graficamente, a variação de entalpia que acompanha a
l L::.H
H, ,,, + pode-se prever que a variação de entalpia associada à reação
de dimerização do N02 será igual:
2HCI191
= - 1 84, 9 KJ a) - 58,0 k]; b) + 58 kJ; c) - 77,2 k];
d) + 77,2 kJ; e) + 648 k].
1-------=--'----
Solução
Dimerização é um tipo de reação onde duas moléculas
se associam formando uma molécula maior. Neste exemplo
• H2(g) + + 5 1, 8 kJ -+ 2 Hl(g) (25°C, 1 atm)
12(g) a reação de dimerização corresponde ao processo:
Segundo a equação, quando, a 25°C e 1 atm, 1 mol de 2 N02(g) -+N204(g)
1
hidrogênio gasoso reage com moi de iodo gasoso, forman
do 2 mols de iodeto de hidrogênio gasoso, são absorvidos Neste exercício determinaremos graficamente a variação
51,8 kJ de calor. de entalpia da reação de dimerização.
A equação também pode ser escrita utilizando a notação A primeira etapa da resolução do exercício consiste em
AH: construir um diagrama de entalpia com os dados da primei
ra reação. Observe que precisamos conhecer somente a va
H2(g) +I2(g) -+ 2 HI(g) AH = + 5 1,8 kJ (25° C, 1 atm) riação de entalpia da reação e não as entalpias dos reagentes
O valor numérico de AH é positivo, pois a reação é en e dos produtos. No gráfico, a linha correspondente à ental
dotérmica. pia dos produtos está acima da linha correspondente à en
Graficamente a variação de entalpia dessa reação pode ser talpia dos reagentes porque a reação é endotérmica.
H
assim representada:
H 2NO,,"
tl::. H -
I -
+ 6 7 , 6 KJ
Solução
A combustão é uma reação exotérmica onde um dos rea
gentes é o gás oxigênio. Quando a substância é formada pe Localizando no gráfico as substâncias N02 e N204 veri
los elementos carbono, hidrogênio e oxigênio, os produtos ficamos que a entalpia de 2 mols de N02 é maior do que
da combustão são dióxido de carbono e água. a de 1 moi de N204. Portanto a transformaÇão:
Para se escrever a equação termoquímica é necessário sa <(
2 N02(g) -+ N204(g)
ocorre com diminuição de entalpia (A H < O) e o valor nu �
-J
c:
ber a quantidade de calor liberado por moi de sacarose. Co
mo a massa molar da sacarose é 342 g/mol e, de acordo com
:z
o enunciado do problema� são liberadas 4,00 kca1 por grama mérico da variação de entalpia pode ser obtido diretamente w
H
o
ij
·
o
1<(
u
a) a equação química da combustão da sacarose é: <(
a:
C 1 2H220 11(sl + 12 02(g) -+ 1 2 C02(g) + 1 1 H20(t) <(
>
L::. H =
w
- 5 8 , 0 KJ
b) a variação de entalpia da reação é: L::. H = + 67 , 6 KJ
N , O .Igl <(
c:
I AH I �
= - 1368 kcallmol -J
:z
2. (FUVEST-SP) Com base nas variações de entalpia asso LU
-
= + 67,6 kJ 105
ciadas às reações abaixo:
N2(g) + 2 02(g) -+ 2 N02(g) AH A alternativa a é a correta.
DETERMINAÇÃO àH�(grafita) = O
àH�02(gl = O
como
INDffiETA DO CALOR
DE REAÇÃO temos que âH�,co2(g) = - 393 kJ, ou seja, a entalpia pa
drão do C02 é - 393 kJ. Observe que a entalpia padrão
é igual a entalpia de formação da substância.
A tabela a seguir traz as entalpias padrão de algumas subc;
Vimos anteriormente que a variação de entalpia de uma
tâncias.
reação é determinada experimentalmente no calorímetro.
Existem, no entanto, maneiras indiretas de determinação da
variação de entalpia de uma reação. A seguir, discutiremos
Entalpia padrão (âll?) em kcal/mol
as mais importantes.
c2(gJH2(gJ + 54,2
C2H4(gJ + 12,5
Determinação através da
definição de L\H
C2H6(g) - 20,2
C3H8(gJ - 24,8
Já vimos que a variação de entalpia àH de uma reação CC14(t) - 33,3
é a diferença entre as entalpias dos produtos e reagentes de CH4(gl - 17,9
uma reação. CHC13(t) - 31,5
àH = HP - Hr CH30�t> - 57,0
Portanto, se conhecêssemos as entalpias absolutas das CO(g) - 26,4
substâncias, poderíamos calcular, facilmente, a variação de C02(gJ - 94, 1
entalpia associada a qualquer reação. Como isto é impossí NH3(gJ - 1 1,0
vel, pois apenas a diferença das entalpias dos produtos e rea
NH4C�sl - 75,4
gentes pode ser medida, os químicos resolveram atribuir, ar
bitrariamente, a um grupo de substâncias um determinado
NH4N03(s) - 87,3
valor de entalpia e, a partir disso, construir uma escala rela NO(g) + 2 1,6
tiva de entalpias das demais substâncias. N02(gJ + 8, 1
Assim, atribuiu-se às variedades alotrópicas mais estáveis HBr(gJ - 8,7
das substâncias simples, a 25°C e 1 atm, entalpias iguais a
HCl(gJ - 22,1
zero. Essas condições experimentais são chamadas de con·
HF(g) - 64,2
dições padrão ou estado padrão, e a entalpia, determi
H�gl
drão é representada por UO.
nada nessas condições, é a entalpia padrão. A entalpia pa + 6,2
HN03(t) - 41,4
Por exemplo, têm entalpias padrão zero as substâncias: H20(g) - 57,8
02 gasoso, H2 gasoso, 12 sólido, C grafite, S8 rômbico etc., H20(t) - 68,3
e têm entalpias padrão diferentes de zero as substâncias:-02
H202(t) - 44,8
líquido, 03 gasoso, H2 líquido, .12 gasoso, C diamante, S8
monoclínico etc.
H2S(g) - 4,8
o A entalpia padrão de uma substância qualquer pode ser H2S04(t) - 1 93,9
�
1<(
u- calculada tomando-se como referência a variação de ental so2(g) - 71,0
c:: pia da reação de formação, também chamada de entalpia de so3(g> - 24,5
w formação, dessa substância a partir de seus elementos, no
o ZnO(s) - 83,2
estado padrão.
c::
o ZnS(s) - 48,5
_J
NaBr(s) - 86,0
Naqs)
<(
u Calor de formação ou entalpia de formação é
o - 98,2
;!
o o nome dado à variação de entalpia associada à formação
NaF(s) - 1 36,0
de um mol de uma substância a partir de seus elementos
w constituintes, na forma de substâncias simples mais está Na�s) - 68,8
C::·
vel e no estado padrão. NaO�s) - 102,0
z
o
o
ãU:.
1<(
u A entalpia de formação é representada por
Conhecendo-se as entalpias padrão das substâncias, a va
<(
z Exemplo riação de entalpia de uma reação pode ser determinada com
::::2!! facilidade.
c:: H2(gJ + 1/2 02(gJ -+ H20(t)
âHr
w
1-
l� _�c_ _s
ro
íc_
=
u
w - 285,5 kJ/mol (25°C, 1 atm)
o
- �
Acompanhe a seguir a determinação da entalpia padrão . __________ __ __________
kJ
11.
dições físicas, o L\H da reação:
111. CH4(g) + 202(g) -+ C02(g) + 2H20<t> L\H = - 889,5
3 H2(g) + 03(g) -+ 3 H20(t)
é possível determinar a variação de entalpia da reação de for
é, em kcal:
a) + 283; b) + 79; c) - 79; d) - 102; e) - 238. mação do metano, CH4,
reação essa que não permite medi
das calorimétricas precisas de seu calor de reação por ser lenta
Solução e apresentar reações secundãrias.
AH =
A soma algébrica das reações dadas deve, portanto, re
HH2o<1 > )
H P - Hr
sultar na reação de formação do metano, cujo AH queremos
=
(3
(O
AH (3 · - HH2(g) + H g )
·
03( ) determinar:
AH = 3 · ( - 68) - + 34) AH = ?
AH = - 204 - 34
No entanto, para obtermos essa equação devemos efetuar
I L\H = - 238 kcallmol I as seguintes operações:
• multiplicar a reação II por 2, para que o número de mols
A alternativa e é a correta. de H2(g) 2,
seja igual a conseqüentemente o L\H também se
2.
rã multiplicado por 2;
(EE MAUÁ-SP) CalcU.le a enta1pia de formação do • inverter a reação 111, para que o CH4(g) passe para o se
C02(g) considerando que: gundo membro da equação. Em vista disso, o L\H também
a) a entalpia de formação de 56,0 g de é 220 kJ; co(g) terã seu sinal invertido, isto é, se a reação é exotérmica, in
b) na produção de C02(g)
a partir de 14,0 g de CO(g) vertendo-se o seu sentido, passarã a ser endotérmica e vi·
liberam-se 142 kJ. ce-versa;
• somar algebricamente as equações e os AH.
Solução Assim temos:
A massa molar do monóxido de carbono é 28 g mol - 1 . ·
�
Solução U•
A vaporização do carbono grafítico é representada pela
a:
equação: w
Lei de Hess C(grafita) -+ C(g)
c
a:
o
-I
Em 1849, o químico Germain Henri Hess, efetuando inú
5
A determinação do L\H dessa transformação pode ser cal
meras medidas dos calores de reação, verificou que: culada pela lei de Hess:
� �
o
AH CH4
�
c
C(gralita) + -+ = - 18 kcal/mo1
O calor liberado ou absorvido numa reação química � C(g) + � AH
-+ = + 190 kcal/mo1 CH4 w
a:
depende apenas dos estados inicial e final da reação, não
------- ( + 1------ õ
dependendo dos estados intermediãrios pelos quais a rea �
c(grafita) AH = + 172 kcallmol
ção passa. -+ Cig) 1<(
o
u-
Como cada moi de carbono corresponde a 1 2 g, temos:
1 72 kcal
�
Esta é a lei da aditividade dos calores de reação ou lei
g 12 �
120 g X a:
w
de Hess. �
w
De acordo com essa lei é possível calcular a variação de
entalpia de uma reação através da soma algébrica de equa
I x = 1 720 kcal I c
-
1 07
ções químicas que possuam L\H
conhecidos. Por exemplo,
a partir das equações: 2. (UF-CE) Considere as seguintes equações termoquímicas:
2 S(s) + 2 02(g) � 2 S02(g) + 142,0 kcal Para se determinar o .!\H de uma reação a partir dos va
lores de energia de ligação devemos considerar:
2 S02(g) + 02(g) � 2 S03(g) + 46,0 kcal
• que todas as ligações dos reagentes são rompidas e deter·
Calcule o calor de formação de um mol de S03 gasoso, minar a quantidade de energia consumida nesse processo;
em kcal/mol. • que as ligações existentes nos produtos foram todas for
madas a partir de átomos isolados e determinar a quantida·
Solução de de energia liberada nesse processo.
A equação que representa a formação de um moi de trió O AH será correspondente à soma algébrica das energias
so2(g> + 112 02(g> � so3(g) + 23,0 kcal 1 . (PUC-SP) Conhecendo-se as seguintes energias de liga
----- ( +) ---- ção no estado gasoso:
S(s) + 3/2 02(g) � S03(g) + 94,0 kcal H - H: AH 104 kcal/mol;
==
C! - C!: AH == 58 kcal/mol;
I
Portanto: AH = - 94,0 kcal/mol I H - C!: .!\H == 1 03 kcal!mol.
Calcule o AH da reação:
Energia de ligação H2(gJ + Cl2(gJ -+ 2 HC�gJ
Solução
Energia de liqação é a energia fornecida para rom Utilizando fórmulas estruturais para escrever a equação
per 1 moi de ligações entre dois átomos em um sistema temos:
gasoso, a 25°C e 1 atm.
H - H + Cl - CI � 2 H - Cl
Para que a reação ocorra é necessário romper 1 moi de
ligações H - H e 1 moi de ligações Cl - Cl e formar 2 mols
A energia de ligação pode ser . - Cl.
AH + 162 - 206
N-N 39 C - 0 85,5
I AH = - 44 kcal I
U·
N=N 100 C = O (no C02) 192,0
cn
2. (FUVEST-SP) Dadas as seguintes energias de ligação,
I.U
•O
�
N = N (no N2) 225,8 C-S 65
em kJ/mol de ligação:
a:
=
cn C - C 82,6 C=S 128 N N 950 H - H 430 N - H 390
<
c calcular o valor da energia térmica (em kJ/mol de NH3) en
I.U
c C = C 145,8 N-H 93,4 volvida na reação representada por:
<
c N2 + 3 H2 � 2 NH3
w
z
�
C = C 199,6 P - H 76
z
Solução
o
o... C -N 72,8 C - H 98,8
cn
I.U • energia envolvida no rompimento de ligações
w ·
f3
C =N 147 O - H 1 10,6 I moi N = N 950 kcal/mol = 950 kcal
·
a:
3 moi H - H 430 kcal/mol = 1290 kcal
·
=
......
§
Hg 1 8, 1 7
AH�eut. - 57,2 kJ/eq
.......
Metanol, CH30H 30,3
....:I Etanol, C2H50H 38,4
Espontaneidade das reações Ácido acético, CH3COOH 38,2
He 30, 13 (/)
w
Muitos dos processos que ocorrem à sua volta são espon
�
•O
Ne 34,95 c.>
tâneos, isto é, uma vez inciados prosseguem sem a necessi
dade de ajuda externa. A dissolução do sal em água, a quei Ar 36,98 a:
ma do carvão são exemplos de processos espontâneos. Kr 39, 1 9 (/)
<(
Os processos não espontâneos são aqueles que apenas são Xe 40,53 o
w
possíveis através do fornecimento contínuo de energia do H2 31,21 o
<(
meio ambiente. O cozimento de alimentos, a obtenção de me F2 48,6 o
tais, são exemplos de processos não espontâneos. ü:i
�
Cl2 53,3 z
A constatação de que a maioria dos processos espontâ Cl) Br2 58,6
� z
neos ocorrem com liberação de energia, levou à idéia de que Cl)
<
co 47,3 o
apenas processos exotérmicos, que ocorriam com diminui a..
c:J NO 50,3 (/)
w
ção de energia do sistema, eram espontâneos. De fato, isto w
N2 45,7
é verdade para muitas reações; existem, no entanto, proces (/)
sos espontâneos que absorvem calor. Portanto, além do fa 02 49,0 w
a:
H20 o
__.
tor energia, existe um outro que influencia a espontaneida 45, 1
<(
de de um processo. Este fator chama-se entropia, e é repre c02 5 1, 1 CJ
so2 59,4 w
sentado pela letra S. o
A entropia está associada à ordem ou à desordem de um H2S 49, 1 (/)
o
sistema. Quanto mais desorganizado o sistema, maior será Metano, CH4 44,5 a..
t-
sua entropia. Exemplos de processos que ocorrem com au Etano, C2H6 54,8 -
1 09
mento de entropia: Propano, C3Hs 64,5
• a evaporação de um líquido - no estado gasoso as molé-
A espontaneidade de um processo é determinada pelos à temperatura de 100°C. Dado:
fatores entalpia e entropia. São espontâneos os processos que AHc2H2 = 54,2 kcallmol
ocorrem com diminuição de entalpia e aumento de entro AHc2H6 = - 20,2 kcal/mol
pia. Não são espontâneos os processos que ocorrem com au ASH2 = 31,2 cal/K moi·
cesso ocorre com aumento ou diminuição simultânea de en ASc2H6 54,8 cal/K moi
"" ·
I AG = AH - T • Cãlculo de AH:
o de AS de maneira semelhante.
. AS I
onde: AH = Hc2H6 - (Hc2H2 + 2 · H H2)
• AG é a variação de energia livre do sistema, dada em AH = - 20,2 - (54,2 + O)
AH = - 74,4 kcal
• Cãlculo de AS:
kcal/mol;
• AH é a variação de entalpia, dada em kcallmol;
=
54,8 - (48 + 2 · 31,2)
AS Sc2H6 - (Sc2H2 + 2 · SH)
•T é a temperatura absoluta (K);
AS ==
CJ)
w
115
IQ
(..)
a:
CJ)
<(
c
w
c
<(
g
w
�
:::z
:::z
f3
o
a...
w
CJ)
w
a:
o
...J
5
w
c
CJ)
o
a...
i=
-
1 10
,
CINETICA ,
Q UIMICA
Através de estudos termodinâmicos é possível determi A velocidade média de uma reação pode, portanto, ser
nar se uma reação é ou não espontânea, ou se é exotérmica expressa por moi/i min, moi/i s, moi/i hora etc.
· · ·
ou endotérmica. Esses estudos, no entanto, nada nos infor Como o símbolo L\ corresponde sempre à diferença en
mam acerca da velocidade com que a reação ocorre nem acer tre o estado final e inicial, quando a substância tomada co
ca das condições particulares necessárias para uma velocida mo referência, no cálculo da velocidade média, for consumi
de razoável de formação do produto. Muitas vezes uma rea da durante a reação (reagente), essa variação terá valores ne
ção termodinamicamente favorável pode não ocorrer em cer gativos. Para evitar, no entanto, o aparecimento de veloci
tas condições experimentais. Por exemplo, cálculos termo dades negativas, costuma-se multiplicá-las por - 1, temos as
dinâmicos indicam que uma mistura dos gases hidrogênio sim que:
e cloro deve reagir espontâneamente. No entanto, se a mis
Vm = - �
tura encontrar-se no escuro e à temperatura ambiente, a rea L\[X]
ção não ocorre de forma perceptível. A exposição da mistu
ra à luz ou à faísca elétrica pode, entretanto, produzir uma Considerando que a proporção entre o número de mols
reação explosiva da mistura com formação de gás clorídrico. das substâncias participantes de uma reação nem sempre é
A cinética química tem como objeto de estudo a velocidade de 1 : 1, as velocidades de modificação das concentrações das
de reação, os fatores que interferem na velocidade de reação substâncias podem variar de acordo com o coeficiente este
e os mecanismos de reação, isto é, a seqüência de etapas pe quiométrico da substância na reação. Em vista disso, a velo
las quais uma reação se processa. cidade média da reação, como um todo, é fornecida pela ra
zão entre as velocidades médias de consumo ou produção de
substâncias e o correspondente coeficiente da equação quí
mica. Assim, para a reação genérica:
aA + bB -+ cC + dD
VELOCIDADE MÉDIA DE temos:
REAÇÃO
Para calcularmos a velocidade média de uma reação, de Por exemplo, para a reação:
vemos tomar uma substância que participa da reação como C2H50H + 3 02 -+ 2 C02 + 3 H20
referência e determinarmos a quantidade dessa substância onde 1 mol de álcool etílico (C2H50H) consome 3 mo1s de
que foi consumida ou produzida num certo intervalo de tem
(.)·
oxigênio e produz 2 mols de dióxido de carbono e 3 mols
po. A velocidade média é normalmente calculada pela rela de água e que, em determinadas condições experimentais, o
ção entre a variação da concentração molar da substância to se processa com o consumo de 0,6 mol de C2H50H por mi I<(
;:5
mada como referência e o intervalo de tempo considerado. nuto, temos:
Matematicamente temos: a:
Vm c2H50H = 0,6 mol/min LU
o
= 1,8 mol/min <(
� Vm o2
o
•W
� Vm co2 = 1,2 mol/min �
LU
Vm H�O 1,8 mol/min
<(
o
onde:
g
e, a velocidade média da reação será: o
• Vm = velocidade média;
Vm C2H50H _V_m_ o2_ _V
_m_C_
0:..
2 Vm C02
• L\[X] = variação da concentração molar da substância to Vm = = = = u::l
o
diminuindo com o tempo, sendo máxima no início da rea
1 ,0 ção e tendendo a zero à medida que a reação se aproxima
do final.
10 0,66
EXERCÍCIO
20 0,50
(OSEC-SP) A velocidade média da reação:
30 0,40
N2 + 3 H2 -+ 2 N H3
40 0,34 vale 2 mols/minuto.
A velocidade média em função do hidrogênio vale:
50 0,28 a) 6 mols/minuto; b) 3 mols/minuto; c) 2 mols/minuto;
d) 0,5 moi/minuto; e) 5 mols/minuto.
A velocidade média de consumo de CO será, no interva·
<0•66 - l,OO)
Solução
de O a lO s Vm = - = O'034 mol/l · s
lo de tempo:
(10 O) -
A velocidade média de uma reação é dada pela relação
entre a velocidade média e consumo ou produção de uma
de 10 a 20 s Vm = - (
O,SO 0'66) - = O'016 moi/i · s
substância e seu coeficiente estequiométrico na equação. As
sim, para o hidrogênio, temos:
(20 - 10)
(O- (!� = ��O) I
de 20 a 30 s Vm = � 0,01 mol/t · s Vm =
V
�H2 I
e Vm H2 = 6 mols/minuto
O gráfico que representa a variação da velocidade média
da reação com tempo tem o seguinte aspecto: A alternativa a é a correta.
i1í
A VELOCIDADE reação rápida:
5 Fe[a� + Mn04(aq) + 8 H(:q) -+
U·
DE REAÇÃO
5 Fe(a� + Mofa� + 4 HzO(t)
a:
<{
o
w
o
<{
o
Observa-se que estas reações apesar de bastante semelhan
u tes, a única alteração se deve à substituição do íon oxalato,
o
-1
w
A modificação das condições expenmentais sob as quais C2o�- pelo íon ferro 11, Fe2 +, apresentam grande diferen
> uma reação se processa pode provocar alteração na sua velo· ça nas velocidades de reação.
<{ cidade. A seguir, discutiremos os principais fatores capazes A explicação para essa diferença encontra-se na quanti·
::!: de modificar a velocidade de uma reação.
<{ dade de ligações que são rompidas e formadas durante a rea
�
a: ção. Em geral, reações que envolvem a quebra de muitas li
w
Natuieza dos reagentes gações são lentas à temperatura ambiente. Ao contrário, rea
<{ Quando uma reação química ocorre, ligações químicas ções que não exigem o rompimento e a formação de ligações
w
::I dos reagentes são rompidas e novas ligações são formadas são, em geral, rápidas.
o
r.n
nos produtos. A velocidade de reação deve, portanto, depen
w der da natureza e da quantidade das ligações envolvidas.
a: Concentração dos reagentes
o Comparando-se, por exemplo, a velocidade das reações, que
-�
1- As reações químicas podem ser homogêneas ou hetero
ocorrem em solução aquosa e à mesma temperatura: . gêneas. As reações homogêneas são aquelas que ocorrem em
• reação lenta:
1 12
uma única fase,como as reações entre gases.As reações hete
5 C20�;q) + 2 Mn04(aq) + 16 H(:q) -+ rogêneas envolvem mais de uma fase como, por exemplo,
a queima de madeira que envolve uma fase sólida, a madei As potências que aparecem na expressão são chamadas
ra, e uma fase gasosa, o oxigênio. ordens da reação. Assim, dizemos que essa reação é de pri
Verifica-se experimentalmente que a velocidade de uma meira ordem em relação ao H2 e de segunda ordem em re
reação heterogênea depende da área de contato entre as fa lação ao NO. A ordem global da reação é dada pela soma
ses. Quanto maior a área de contato, maior será a velocidade das ordens de reação dos reagentes. Portanto, essa reação é
de reação. Assim, serragem queima mais rapidamente que de terceira ordem.
um pedaço equiyalente de madeira, uma vez que o fraciona Genericamente, a expressão da lei de velocidade é
mento da madeira aumentou a sua superficie de contato com dada por:
I J
o ar.
V = k[A)D · [B]m . . .
onde:
• [A], [B], .. . = concentrações molares dos reagentes;
• n, m, . .. = ordens de reação dos reagentes;
• k = constante específica da velocidade.
sól ido sól i do fracionado
É importante observar que a lei de velocidade é determi
nada experimentalmente. Supor que os coeficientes de uma
A velocidade de uma reação homogênea depende da con equação balanceada sejam os expoentes na lei da velocidade
centração dos reagentes. Esta pode ser alterada pela remo· é um erro, pois isso, em geral, não é verdade.
ção ou adição de reagentes, ou pela variação de volume do
sistema no caso de gases. A determinação quantitativa da in
fluência da concentração sobre a velocidade apenas pode ser
determinada experimentalmente. Não é possível a partir da Temperatura
equação de uma reação prever como a velocidade será afeta Verifica-se experimentalmente que, independente da rea
da por uma variação na concentração dos reagentes. ção ser exotérmica ou endotérmica, um aumento na tempe
A seguir, discutiremos como podemos determinar quan· ratura da reação sempre provoca um aumento, de velocida
titativamente a maneira pela qual a concentração dos reagen de, enquanto que urna diminução na temperatura geralmen
tes afeta a velocidade de uma reação. Para tanto estudare te diminui a velocidade.
mos a reação:
2 H2(g) + 2 NO(g) -+ 2 H20(g) + N2(g) Regra de Van't Hoff: O aumento de l0°C na tempe
cujos dados experimentais estão relacionados na tabela se ratura de uma reação, que se processa em solução, faz
guinte: com que sua velocidade aproximadamente duplique.
molaridade inicial velocidade inicial Essa regra deve ser utilizada com cautela, pois apenas ex
experiência
(atm/min) perimentalmente podemos determinar o efeito quantitativo
NO(g) H2(g) causado por um aumento de temperatura.
I 0,006 0,001 0,025 Na expressão da lei de velocidade, o aumento de veloci
dade com a temperatura é traduzido por um aumento na cons
11 0,006 0,002 0,050 tante específica da velocidade.
o
III 0,001 0,009 0,0063
�
•<
U·
IV 0,002 0,009 0,0252 a:
Catalisadores
temperatura das reações: 800°C c
<
UJ
Chama-se catalisador a substância que, adicionada à c
c
<
reação, aumenta sua velocidade, permanecendo inaltera
g
Analisando a tabela de dados, verificamos que:
• os dados relativos às experiências I e 11 mostram que, du da após o término da reação.
...J
plicando-se a concentração de H2, a velocidade da reação UJ
>
também duplica. Portanto, a velocidade da reação é direta <
mente proporcional à concentração de H2; O catalisador é específico para cada reação particular sen :::?!
• os dados relativos às experiências III e IV mostram que, <
do, normalmente, utilizado em pequenas quantidades. a:
w
duplicando-se a concentração de NO, a velocidade de rea Há dois tipos de catálise: a homogênea e a heterogênea. 1-
....J
ção quadruplica. Portanto, a velocidade de reação é direta Na catálise homogênea os reagentes e o catalisador encontram <
w
mente proporcional ao quadrado da concentração de NO. se numa única fase. Na heterogênea, o catalisador e os rea ::::>
Matematicamente, temos: o
gentes formam fases distintas.
ffi
= Exemplos de catalisadores:
�
v k [H2J [NOf a:
�
Esta equação é conhecida como le.i de velocidade para a • a platina é um catalisador para reação de hidrogenação de
reação, sendo k uma constante de proporcionalidade que re óleos que fornecem a margarina;
-
1 13
cebe o nome de constante específica da velocidade, caracte • as enzimas são substâncias que atuam como catalisadores
rística de cada reação e variável com a temperatura. em processos bioquímicos.
k = 10 moles • f- I · min - I
EXERCÍCIOS 4 moles . e- 2
k = 2,5 f · min - 1
1 . (MEDICINA ABC-SP) Uma certa reação representada
pela equação quimica: Portanto, a expressão da lei da velocidade se toma igual a:
substância A + substância B --.. produtos v = 2,5 f · min- 1 [A]2
possui velocidade inicial dada por:
Quando a concentração de A for igual a 1 mol · e- 1 a
v = constante · [Ar · [B)Y velocidade da reação será:
v = 2,5 f · min - 1 • ( 1 moi · e- 1 )2
Com a finalidade de se encontrar os valores de x e y
realizaram-se três experiências com a mesma reação, cujos
dados encontram-se na tabela seguinte:
I v = 2,5 mol . e- I . min - I I
ou seja, a diminuição da concentração pela metade reduz de
concentração
velocidade iniciai 1/4 a velocidade da reação, pois ela é de segunda ordem.
(molllitro)
(moi/litro · segundo) A alternativa d é a correta.
3. (SANTA CASA-SP) Os fatores relacionados abaixo têm
experiência
[A) [B]
1 1,0 1,0 1,0 influência na velocidade de uma reação quimica. Escolha
aqueles que justificam a afirmação:
Solução Solução
Levando-se em consideração os dados das experiências O p6 de carvão apresenta grande superficie de contato,
1 e 2 vemos que, para a mesma concentração de B, a dupli o que favorece sua combustão.
cação da concentração de A faz com que a velocidade inicial Uma faisca ou chama produz a energia necessária para
da reação quadruplique. A ordem da reação em relação a A que a combustão do carvão ocorra. Como ele se encontra fi
é 2. namente dividido, a reação será muito rápida a ponto de ser
Levando-se em consideração as experiências 1 e 3 vemos explosiva.
que, para a mesma concentração de A, duplicando-se a con A alternativa c é a correta.
o
I<(
I v = constante · [A]2 •
[B] 1 I I - mais uniforme for a distribuição de energia das parti
cuias reagentes;
�
U·
o Utilizando os dados do enunciado podemos calcular o va complexo ativado, quanto maior for a energia das particulas
......
<( lor da constante da velocidade da reação: reagentes maior quantidade de particulas estará apta a ven
u..
cer a barreira energética que separa reagentes de produtos
- v = k [A]2
. 14
·
• para que urna reação química ocorra é necessário que haja H2(g) + l2(g) -+ 2 HI(g)
colisão entre as partículas reagentes (átomos, íons, molécu
a colisão efetiva poderia ser representada por:
las). Durante esta colisão as ligações dos reagentes são des
feitas, ocorre rearranjo dos átomos e novas ligações são for
colisão efetiva
madas, o que leva à formação de outras espécies, os produtos;
'
• nem todas as colisões resultam em reação. As colisões que .\ . ..• "\ '
resultam em reação, chamadas colisões efetivas, devem en
volver determinada quantidade de energia e ocorrer segun
do uma orientação apropriada;
�
-
I +
H H ---- I H I
I
. I
I
I
• a velocidade de uma reação é proporcional ao número de
colisões efetivas por segundo entre as partículas reagentes. H H H - - -- H - 1
ooricompl
entaçãoexoinatiadequada
vado não formado é
complexo ativado
téria existem partículas com as mais variadas energias ciné
ticas. A urna determinada temperatura, poucas partículas têm
energias cinéticas muito baixas ou muito altas; a maioria de
·5,
las têm energias cinéticas intermediárias.
A região hachurada corresponde às partículas que pos
�
produtos
- --- - - - - - - -
o
1<(
CJ)
::i
suem energias cinéticas maiores que a energia de ativação
c:
LlJ o
(.)
da reação.
As colisões efetivas resultam de choques entre partículas
que apresentam energia cinética igual ou maior que a ener - - - -- - -- - - - -
reagentes
- --- - - - - --
<C
c
<C
�
-
gia de ativação.
O aumento de temperatura altera a distribuição das ener
caminho da reação LU
1-
energiaa deabsorvi
ativação
gias cinéticas das partículas. A curva é deslocada pará ener
-
llE
A + B
energi da
gias mais' altas. A quantidade de colisões efetivas, à tempe =
re ag entes
Natureza dos reagentes: a velocidade de reação depende
da natureza dos reagentes porque energias de ativação de rea
ções diferentes são diferentes;
- - - -- - - -- - - - -- - - - - - "
- ---- - - - - - - - - - -
produtos
Concentração dos reagentes: a velocidade de reação de
pende do número de colisões e este depende da concentra
ção dos reagentes. Quanto maior a concentração dos reagen
c a m i n h o da reação
tes, maior será o número de colisões;
e n e r g i a de ativação = A
e n e r g i a l i bertada = B Temperatura: o aumento da temperatura aumenta a velo
Observe que, independente do tipo de reação, a aproxi cidade de reação porque numa temperatura maior as ener
mação dos reagentes aumenta a energia do sistema. A ener gias cinéticas das moléculas aumentam, provocando maior
gia atinge o valor máximo quando o complexo ativado é for número de colisões e, principalmente, colisões mais energé
mado. Quando este se transforma nos produtos a energia do ticas, portanto mais aptas a provocarem reações;
sistema diminui.
Catalisadores: a adição de um catalisador à reação fornece
Mecanismo de reação um novo caminho para essa reação, com uma energia de ati
vação menor. O novo caminho corresponde a um novo me
Segundo a teoria da colisão, as reações químicas ocorrem canismo, envolvendo um complexo ativado diferente. Como
através de colisões entre as partículas reagentes. Se conside a barreira energética é mais baixa, é maior o número de par
rarmos que na reação: tículas que conseguem superá-las a uma certa temperatura
4 HB r(g) +02(g) -+ 2 H 20(g) + 2 B r2(g) e concentração, e, conseqüentemente, a velocidade de rea
ção é aumentada. Nos diagramas a seguir estão representa
seria necessária a colisão simultânea de 5 partículas, diría
dos, genericamente, o efeito de um catalisador sobre uma
mos que essa reação seria extremamente lenta pois a proba reação endotérmica:
bilidade de ocorrência de tal colisão é muito pequena. No
entanto, essa reação ocorre rapidamente à temperatura am c
biente. Isso levou à idéia de que essa reação não ocorreria
em uma única etapa, mas em uma seqüência de etapas mais
simples que recebeu o nome de mecanismo de reação. "'
- - - - - _ 1 _ -- - - - - - - - - - - - - - -
mações obtidas experimentalmente. Muitas vezes uma mes a bsorvida
=
energia d e ativação sem c a t a l i s a d o r
energ i a d e a t i v a ç ã o c o m catal is a d o r
a lei da velocidade obtida experimentalmente, é:
v = k [H2] [NOf e sobre uma reação exotérmica:
H2(g) + �)
u
-+ N2(g)
<(
+ H20(g) etapa rápida
(+)
Cl c a m i n h o d a reação
s AC
2 H2(g) + 2 NO(g)
------- = energ i a d e a t i vação sem catalisador
AB com catalisador
c::
o = energia d e ativação
w
1-
1 16
- A etapa lenta é que determina a velocidade de reação e, Observe que a variação de entalpia da reação independe
conseqüentemente, a lei de velocidade. da presença ou não do catalisador. O ilH depende somente
dos estados inicial (reagentes) e final (produtos) e não do ca (CESCEM-SP) Os exercícios 2 e 3 referem-se ao enunciado:
·
minho (mecanismo) pelo qual a reação ocorri:. Éter dimetílico, quando aquecido em recipiente fechado,
à temperatura T, constante, se decompõe lentamente, de acor
do com a reação de primeira ordem:
EXERCÍCIOS
CH30CH3(g) -+ H2(g) + CH4(g) + CO(g)
1 . (UF-MG) Analise o gráfico, a seguir, referente à reação: 2. Se:
M + N -+ P + Q (temperatura e pressão constantes) v1 = velocidade de decomposição do CH30CH3
.
v2 = velocidade de formação do H2
+ 1 00 V3 = velocidade de formação do C�4
v4 = velocidade de formação do CO
então,
ro
a) v 1 = v2 + V3 + v4;
"ü b) v1 = 3v2;
c:
Q)
õ
c) v2 constante [H2];
= ·
c. d) v2 = constante [CH30CH3];
·
co
Cl e) v2 = v3 = v4 > v •
a; 1
c: z
UJ
Solução
p + Q
A equação química nos mostra que participam da reação
- 1 00 o mesmo número de mols de reagente e de produtos. Desta
(reagentes)
forma, o consumo de reagente ou a produção de produtos
ocorre com a mesma velocidade, ou seja, v = v2 v3 = v4 .
=
o
1<(
C/)
::::i
o
u
<(
Cl
<(
a:
o
w
......
-
111
I I
EQUIUBRIO QUIMICO
xX + yY -+ aA + bB
tempo
Como, à medida que o tempo passa, as concentrações de
º No entanto, se o aquecimento do carbonato de cálcio ocor
a: X e Y aumentam, a velocidade dessa reação também aumenta.
co
';;;;j rer num sistema fechado, verificaremos que após certo tem Chega-se, portanto, a um instante onde as velocidades das
:::::>
o
po a reação "pãra", ou seja, a massa de CaC03 diminui até duas reações, a direta, V 1 (formação de 'X e Y) e a inversa,
LU certo valor a partir do qual não mais se altera. O mesmo ocor· V 2 (regeneração de A e B) se igualam. Este é o instante no
::2
LU re com as massas de CaO e C02 : elas aumentam até certo qual a reação química atinge o equilíbrio.
<X: valor e a partir de então não mais se alteram. Neste ponto
::2
LU a reação atingiu uma situação chamada equilíbrio quími
1-
� co. Nesta situação coexistem, no mesmo sistema, o reagente
(f)
(CaC03) e os produtos (CaO e C02). As quantidades das
:::::>
::2
substâncias presentes no sistema permanecerão inalteradas
LU • indefinidamente, a não ser, como veremos adiante, que al "'
Cl "O
(f) gum fator externo interfira no sistema. �
<X: ·u
n(moll
u o
i= Q)
-�
>
a:
LU
l-
u t = instante em q u e o sistem�
<X: atinge o equilíbrio
a:
<X:
u te tt·mpo
-
.18
te = i nstante e m que o equ i l íbrio
tempo é ati ngido
pensada por uma transformação de moléculas çle produtos
em reagentes. Em vista disso, a equação que representa uma
aA + bB � xX + yY reação química em equilíbrio é escrita com uma dupla seta,
[AJ
indicando, desta maneira, que os processos direto e inverso
lã
õ estão ocorrendo. Para a equação vista anteriormente temos:
(sj
E
o
'"' aA + bB � xX + yY
[v]
(.)-
�
....
[x]
c: Basicamente um sistema em equihôrio é caracterizado por:
"'
ll
c: • ser fechado ou se comportar como tal;
o
ll • apresentar reagentes e produtos, pois a reação não se pro
cessa totalmente;
• apresentar propriedades macroscópicas, isto é, aquelas que
tempo podem ser medidas (temperatura, pressão, concentração etc.)
constantes;
Aparentemente, no estado. de equilíbrio, o sistema está • apresentar os processos microscópicos, isto é, as reações
"parado", isto é, não ocorre mais nenhuma modificação ob direta. e inversa, ocorrendo simultaneamente e com a mes
servável. No entanto, verifica-se que tanto a reação direta ma velocidade. É por isso que o equilíbrio químico é cha
como a reação inversa continuam a oeorrer, mas com veloci mado equilíbrio dinâmico;
dades iguais. Este fato explica porque ao atingir o equilíbrio, • apresentar concentração de reagentes e produtos de forma
A CONSTANTE
Kc
_ . 0....:2�
....:.[C (g)!:.
] ..
DE EQUILÍBRIO _
- [02(g)]
Kc =
reação .se
=
·
:::;)
[Aja . [B]b .. . N2(g) + 02(g) +=t 2 NO(g) 1,0 . 1 0 -
30
(250C) d
w
12(g) p 2 l(g) . 5
3,8 1 0 - (727°C) w
Cl
que é a relação matemática da lei de Guldberg-Waage apli N204(g) +=t 2 N02(g) 0,87 (55°C) w
1-
i5
cada ao equilíbrio químico. Os valores entre colchetes cor 3,3 . 1081 (25°C) :z
H2(g) + 1 12 02(g) +=t H20(g)
respondem às concentrações molares das substâncias presen
cn
tes no equilíbrio e os expoentes aos coeficientes estequiomé :z
o
tricos das substâncias na equação química. Como a concentração molar de uma substância é dada CJ
A expressão da constante de equilíbrio para a reação de em mol/litro, o valor numérico de Kc deveria ser acompa <
formação de amônia e para a reação de formação de gás car nhado de unidades, no entanto, ele é, geralmente, expresso -
Kc = (0,60)2
(0,20) . (0,20)3
4. (CESCEM-SP) A constante de equilíbrio da reação:
I K = 225 (mol/1)- 2 a 1000°C. I
C02(g) + H2(g) � H20(g)
2. (MEDJUNDIAÍ-SP) À temperatura de 700°C, a reação:
+ co(g)
pode ser calculada a partir das constantes de equilíbrio K 1
e K2 das seguintes reações:
H2(g) + C02(gl � CO(gl +
H20(g)
apresenta constante de equilíbrio igual a 1,0. Nesta tempe C(s) + H20(g) � CO(g} + H2(g); K 1
ratura, quando as concentrações de equilíbrio do H2, C02 C(s) + C02(g) � 2 CO(g� K2
e CO forem respectivamente 0,2 M, 0,1 M e 0,2 M, a con O seu valor será:
centração de equilíbrio de H20 será:
a) 0,2 M; b) 0,1 M; c) 0,05 M; d) 0,02 M; e) 0,01 M. a) K2/K1; b) K1/K2;
d) YKi/KI ; e) YK1/YK2•
Solução
A constante de equilíbrio da reação é dada pela expressão: Solução
[CO( )] [H20(g)] As expressões da constante de equilíbrio das reações são:
Kc = [H2 g)] [C02 ]
·
(g (g) ·
[H20l [CO] ·
K = [C02] [H2l ·
Como são conhecidos os valores da constante de equilí
brio e das concentrações de equilíbrio de H2> C02 e CO, _ [CO] [H2]
substituindo-os na expressão da constante podemos determi KI - (H20]
nar a concentração de equilíbrio da água. [C0]2
_ 0,2 [H20(g}]
·
K2 = [C02]
l ,O -
0,2 . 0,1
Dividindo-se a expressão de K2 pela expressão de K 11 temos
[CO(
K2 [C02] [H20] · [CO]
A alternativa b é a correta. =
K 1 [reJ [H2J · [C02] [H2]
·
o [H20l
a: 3. (CESCEM-SP) Um mol de um composto AB reage com
.lll Portanto:
um mol de um composto CD, conforme a equação:
:::!
� AB(gás) + CD(gás) � AD(gás) + CB(gás) K2
-=K
UJ
UJ Quando se estabelece o equilíbrio, verifica-se que 3/4 de mol
K1
o
UJ de cada um dos reagentes AB e CD foram transformados em A alternativa a é a correta.
�
�
z AD e CB. Não há variação de volume. Determinar a cons
tante de equilíbrio.
(/)
z
Constante de equilíbrio em
o
u Solução termos c!e pressão parcial
<( Para determinarmos o valor da constante de equilíbrio
.20
- devemos, primeiramente, conhecer as concentrações de equi Quando gases participam de uma reação em equilíbrio
líbrio das substâncias envolvidas e substituí-las na expres- a constante de equilíbrio pode ser expressa em termos das
pressões parciais dos gases presentes. Considerando a rea Sabendo-se que a pressão total de um sistema gasoso é
ção hipotética, representada pela equação: · igual à soma das pressões parciais de cada gás, é possível de
aA + bB t=t xX + yY terminar a pressão do NH3, no equilíbrio:
a expressão da constante de equilíbrio em termos de pressão PNH3 = Ptota1 - (PH2 + PN2)
parciai será: PNH3 = 2,80 - (0,400 + 0,800)
PNH3 = 1,60 atm
Substituindo os valores das pressões parciais na expres
são de equilíbrio, determina-se o valor de � ·
=
(1,60)2
onde p corresponde à pressão parcial da substância e o ex Kp
(0,400)3 . (0,800)
poente de p é numericamente igual ao coeficiente estequio
métrico da substância na equação.
A expressão de � para a reação de formação de amônia I Kp = 50,0 I
é:
2 É correta a alternativa d.
PNH3
KP =
----;
3 ;-
_ _;:__
PH2 • PN2 2. (PUC-SP) No equihôrio químico:
e para a formação do gás carbônico: N2(g) + 3 H2(g) t=t 2 NH3(g)
2
� Pcoz = verifica-se que Kc = 2,4 · 10- 3 (mol/1)- a 727°C. Calcu
Po2 le o valor de KP nas mesmas condições.
A constante de equilíbrio em termos de concentração mo
I EXERCÍCIOS
a = n? de mols que reage
1 . (CESESP-PE) Para a reação: n? de mols inicial
3 H2(g) + N2(g) +i 2 NH (g) o
3 a:
as pressões parciais de H2 e N2 são, respectivamente, 0,400 Se por exemplo numa reação partimos de 2 mols da subs .!E
:::::!
e 0,800 atmosferas. A pressão total do sistema é 2,80 atmos tância A e, ao atingir o equilíbrio, verificamos a existência :::>
a
feras. Qual é o valor de � quando as concentrações são da de 0,2 moi de A, o grau de equilíbrio dessa reação é: w
a =
w
das em atmosferas? 2,0 - 0,2 =
o
0' 9 UJ
a) 1,00; b) 3, 1 3; c) 5,00; d) 50,0; e) 1 53,0.
2,0
j5
1-
z
a
n� de mols de PC15 que reage 0,1 1
=
o se desloca, isto ê, as concentrações dos reagentes e pro - t 1 � o sistema reage atê atingir o equilíbrio;
ã:
_!;g
dutos se alteram, no sentido de atenuar a perturbação t 1 - t2 � o sistema está em equilíbrio;
:::::! impost«. t2 - t3 � adição de reagente ao sistema;
:::>
o t3 - t4 � o equilíbrio se desloca: consumo do reagente adi-
LLl
o Entende-se por perturbação externa qualquer modifica cionado e formação dos produtos;
c
• se após atingido o equilíbrio adicionarmos ao sistema mais
ção nas condições de pressão e temperatura do sistema ou t4 - . . . � novo estado de equilíbrio ê alcançado.
o
a:i
1- a adição ou retirada de uma ou mais substâncias presentes
no equilíbrio. X ou Y verifica-se que o equilíbrio se comporta no sentido
::!!:
Influência da concentração de consumir essas substâncias. O equilíbrio se desloca para
g Considerando a reação em equilíbrio: a esquerda, ou seja, ocorre aumento na concentração dos rea
. 22
-
verifica-se que: reagente, A ou B, o sistema se comportará no sentido de re
• se após atingido o equilíbrio, adicionarmos ao sistema mais por a substância retirada. Isto ocorre graças à reação entre
X e Y. Conseqüentemente a concentração dos produtos di Solução
minui e a dos reagentes volta a aumentar. Neste caso o equi Para um rendimento máximo em NO(gp é necessário que
líbrio se desloca no sentido de formação dos reagentes (para o equiliôrio considerado favoreça a formação do produto, ou
a esquerda); seja, encontre-se deslocado para a direita. Analisando-se a
• se após atingido o equilíbrio retirarmos do sistema algum equação da reação podemos verificar que:
produto X ou Y, o sistema tenderá a repor estas substâncias • a reação é endotérmica no sentido considerado, sendo, por
através da reação entre A e B. O equilíbrio, neste caso, se tanto' favorecida a temperaturas elevadas;
desloca no sentido dos produtos (para a direita). • a reação ocorre sem expansão ou redução de volume, pois
Influência da temperatura o número de mols dos gases reagentes é igual ao número de
Se a temperatura de um sistema em equilíbrio é alterada mols do produto gasoso. O equilíbrio, portanto, não será afe
o sistema tenderá a: tado por variações de pressão.
• absorver energia, no caso de aumento de temperatura; A alternativa d é a corretra.
1 2�
tendo íons em contato com moléculas ou agregados iônicos. mas em equilíbrio são válidos para os equiliôrios iônicos que
Uma substância que, ao ser adicionada à água, produz veremos a seguir.
Constante de ionização base equilíbrio K,
de ácidos (Ka)
OH -
hidróxido de
NH40H "' NH; + 1,8 . 10- 5
amônio
Quando um ácido é adicionado à água ele se ioniza. Se
o ácido for fraco, como, por exemplo, o ácido hipotético HA, 5,0
hidróxido de
CH3NH30H "' CH3NH; + OH- ' 10-4
metilamônio
ele se ioniza conforme a equação: hidróxido de
C6H5NH30H "' C6H5NH; + OH- 4,6 . 10- 10
HA � H + + A - fenilamônio
BA
áddo equllibrio K.
As concentrações molares das espécies presentes em equi
líbrio são:
[BA] = (n - na) I V; [B + ] = [A - ] = na./V
2
ácido sulfuroso H2S03 "' H+ + HSO; 1,7 • 10-
3
ácido fosfórico H3P04 "' H + + H,Po,- 7,1 • 10-
ácido nitroso HN02 "' H + + No; 5,1 •10-4 Substituindo estes valores na expressão da constante de
5 ionização temos:
ácido acético CH3COOH "' H+ + CH3COO- 1,75 . 10-
ácido carbônico H2C03 "' H+ + HCO; 4,4 •10-7
ácido sulfidrico H2S "' H+ + HS- 1,0 •10-7
=
ácido cianídrico HCN "' H+ + CN- 4,0 •10- 10
n - na.
-v....
No caso de poliácidos a ionização ocorre em etapas e por
= V(nn -a na.) = -=-:---:-:-- =
2 2
tanto o ácido apresenta várias constantes de ionização, cada n2 a.2 na.2
---:- -::-:::--
:c --:-
uma correspondente a uma etapa de ionização. A primeira Vn(l - a.) V(l - a.)
constante de ionização é maior q•1e a segunda e esta, por sua
na.2
vez, é maior do que a terceira. É o que ocorre, por exemplo, Ki =
com o ácido fosfórico: V(l - a.)
3
H3P04 � H + + H 2P04 Ka = 7' 5 X l0-
i mas, como n/V = ""'' temos
s
H2P04 � H + + HPO�- K82 "' 6'2 x w -
HPO� - � H + + Po� - K83 "' 1 'o x w - 1 2
.24
quanto menor o valor de Kb menor a força da base. Alguns no sistema.
valores de Kb são: Consideremos, por exemplo, o equilíbrio existente nu-
ma solução de ácido acético:
CH COOH "" H + + CH COO - início w -2
3 3 o o
Se a este sistema adicionarmos acetato de sódio, que em água
ionizam-se 0.00043 formando 0,00043 0,00043
se dissocia de acordo com a equação:
NaCH COO "" CH Coo - + Na + equilíbrio 0,01957 0,00043 0,00043
3 3
verificaremos que a adição de acetato de sódio provoca au
mento na concentração de íons acetato presentes no equilí A alternativa b é a correta.
brio. Conseqüentemente, de acordo com o princípio de Le
3. (PUC-SP) Juntamos uma pequena quantidade de clore
Chatelier,o sistema tentará consumir os íons CH Coo
3 to de amônio a uma solução diluída de hidróxido de amô
adicionados, fazendo-os reagir com os íons H + e formando
nio, mantendo-se a temperatura constante. Como decorrên
mais moléculas de ácido acético. Em decorrência, a concen
cia dessa adição, o grau de dissociação e a constante de ioni
tração de íons H + diminui.
zação do hidróxido de amônio irão, respectivamente:
Raciocínio semelhante pode ser feito para as soluções bá
sicas: a adição de um sal contendo o mesmo cátion que a a) aumentar; aumentar;
base desloca o equilíbrio no sentido de formação da base. b) aumentar; diminuir;
c) diminuir; aumentar;
d) diminuir; permanecer. constante;
e) permanecer constante; diminuir.
EXERCÍCIOS
Solução
A solução diluída de hidróxido de amônio apresenta o se
1 . (CESCEM-SP) Em uma solução 0,02 M de ácido nitro guinte equilíbrio:
so, a porcentagem de moléculas ionizadas é 1 5% . A cons
NH40H .,o NHt + OH -
tante de dissociação do ácido nitroso terá o seguinte valor:
a) 5,3 w - 4;
· d) 0,30; A adição de cloreto de amônio a essa solução provoca um
b) 1,5 . w - 3; e) 0,1 5. aumento da concentração do íon NHt devido à dissocia
c) 2,0 . w - 2; ção do sal, segundo a equação:
NH4Cl -+ NHt + Cl -
Solução
A concentração inicial do ácido nitroso é 0,02 molll. Das Em conseqüência do aumento da concentração do íon
moléculas inicialmente presentes apenas 1 5% sofrem ioniza NH4 haverá um deslocamento do equilíbrio no sentido de
ção, o que corresponde a O,l5X0,02, ou seja, 3 . w - 3 moue formação de NH40H. O grau de ionização é dado pela re
125
quiometria do processo de ionização. A equação que repre·
senta a ionização da amônia é: Mas, como a [H2 0] é constante (vale aproximadamente
nova constante. Esta constante, representada por Kw é cha
55,5 M) podemos incorporá-la ao valor de K e obter uma uma cor e em meio básico de outra. Isto porque em solução
ácida o equilíbrio está deslocado para o lado esquerdo e, por
mada produto iônico da água. tanto, a espécie Hin predomina. Em solução básica o equilí
brio está deslocado para a direita e os íons In predominam.
Exemplos de indicadores ácido-base:
A 25°C Kw vale 1,0 10 - 14 •·
indicador
Numa amostra de água pura temos que
[H + ] == [OH - ] == 1 0 - 7 mols/litro
Quando um ácido é adicionado à água, íons H + são in
troduzidos no sistema e o equilíbrio iônico da água é afeta
do. A [H + ] aumenta (se toma maior que 1 0 - 7 M), a de tornassol
[OH - ] diminui (se torna menor que 10 - 7 M) mas o pro
duto [H + ] [OH - ] continua igual a Kw.
·
l26
As moléculas Hin e os íons In - são espécies que apre
sentam cores diferentes. Em meio ácido há o predomínio de
A relação [H + I inicial / [H + ] fmal é, portanto, igual a Como [OH - ] = 0,01 mol/t, tem-se que 2x = 0,01 moi
1 02 • e, portanto, x = 0,005 mol. Para determinarmos o valor de
pH = - log[H �
O pH da solução é calculado por: • ânions provenientes de ácido fraco e cátions provenientes
de base forte, como o acetato de sódio NaCH3COO. Neste
pH = - log10 J caso os ânions reagem com os íons H + presentes na água
pH = 4 formando o ácido fraco CH3COOH. Em conseqüência des
Esta solução apresentará, portanto, cor amarela tanto na sa reação a [H + ] diminui e a [OH -] aumenta: a solução toma
presença de alaranjado de metila como na presença de azul se básica.
de bromotimol. CH3COO - + H20 � CH3COOH + OH -
4. (UF UBERLÂNDIA-MG) O grau de dissociação do • cátions provenientes de base fraca e ânions provenientes
Mg(OHh é 1,25%. A concentração molar de uma solução de ácido forte, como o acetato de amônio, NH4Cl. Neste ca
desta base que possui pH = 12 deve ser: so os cátions reagem com os íons OH - presentes na água
a) 1,0 M; b) 0,8 M; c) 0,4 M; d) 0,5 M; e) 0,2 M. fo�mando a base fraca NH40H. Como conseqüência a
[OH - ] diminui e a (H + ] aumenta e a solução toma-se ácida.
Solução
Como o pH da solução é 12, o pOH é 2, pois, a 25°C, NHt + H20 �NH40H + H +
pH + pOH = 14. Assim temos que a [OH - ] = w - 2 M.
(f)
• cátions provenientes de base fraca e ânions provenientes
o
u
Para determinarmos a concentração molar da solução de de ácido fraco, como o acetato de amônio, NH4CH3COO. :z
Mg(OHh é necessário conhecer o número de mols de cQ
Neste caso tanto o cátion como o ânion reagem com os íons
Mg(OHh que foram dissolvidos. Para isso acompanhe a ta (f)
presentes na água.Aacidez,basicidade ou neutralidade da so o
bela a seguir. lução, dependerá da força do ácido e base formados. ã:
,m
NHt + CH3COO - + H2 0 � NH40H + CH3COOH
Mg(OHh :::!
:::>
LU
o
início n o o Constante de hidrólise
-
121
Par,a os casos de hidrólise ácida, isto é, a que ocorre pela
dissociaram-se X formando X 2x dissolução de um sal BA onde o cátion é proveniente de uma
2. (OSEC-SP) Sendo a constante de ionização do ácido ni
4 · 10-4,
base fraca e ânion de um áéido forte, temos:
B+ + HOH .= BOH + H+
troso, a 25°C,
da ordem de podemos afirmar que
a constante de hidrôlise do nitrito de sódio é:
a constante de equilíbrio para esta reação é: a) 2,5 . 10- 11 ; b) 0,25 . w - 1 1 ;
c) 25 . 10- 10;
Kh = Kh = constante de hidróhse.
[BOH] · [H + ] . .
d) 2,5 . 10- 1 4; e) 0,025 . 10- 1 •
, onde
[B + ]
Solução
Multiplicando o numerador e o denominador por [OH - ]:
A constante de hidrólise do nitrito de sódio (NaN02) é
_ [BOH] · [H + ] · [OH - ] obtida diretamente da expressão:
Kh -
4 · 10 4 = 2,5 · 10-
Kh = - =
[B + ] · [OH - ]
Kw 10- 14
A constante de ionização da base, Kb é: 11
Ka
Kb =
[B + ] · [OH - ] . . _
[BOH]
, subsunundo na expressao de K� A alternativa a é a correta.
3. (ITA-SP)
temos:
Adicionando-se 20
ml de solução 0,4 M de
[H + ] · [OH - ] NaOH a 30
ml de solução 0,3
M de HCl:
Kh =
Kb
= Kw,
a) a solução final terá pH < 7;
Como [H + ] · [OH - ] temos: b) a solução final terá pH > 7;
c) a solução final terá pH = 7;
d) a solução final por hidrólise ficará ácida;
e) a solução final por hidrólise ficará básica.
Solução
Repetindo o raciocínio anterior para sais que dão hidró Tanto o ácido clorídrico como o hidróxido d� sódio são
lise básica, isto é, os formados por ânions provenientes de eletrólitos fortes e, portanto, seus íons não se hidrolizam.
ácido fraco e cátions de base forte, temos: Para sabermos o caráter ácido, básico ou neutro da solu
ção final é necessário comparar o número de mols de íons
=
1000 ml
EXERCÍCIOS 30 ml nH + 9 ' 10-3 mol
Como os íons H + e OH - reagem segundo a equação
1 . (FUVEST-SP) Para se obter uma solução aquosa de pH
H+ + OH - +t H20
maior que 7, deve-se dissolver em água pura:
a) ácido clorídrico; d) álcool etílico; e como nH > noH - haverá excesso de íons H + e a solu
+
Solução
_ Soluções que apresentam pH maior que sete são básicas. Equilíbrio de solubilidade
,-uma solução básica é obtida pela dissolução em água de uma
base ou Um. sal formado por um ânion que sofra hidrólise. Quando um sólido é adicionado a um líquido ele se dis
Das substâncias relacionadas, três são sais, uma é ácido solve até que seu coeficiente de solubilidade se�a atingido.
(HCI) e a outra, o álcool etílico, ao ser adicionado em água A partir de então ele não mais se dissolve, permanecendo
(/)
o simplesmente se dissolve, isto é, não se ioniza. como sólido no fundo do recipiente e formando o chamado
u
z Os ânions presentes nos sais são: bicarbonato (HC03)e corpo de fundo. Considerando, por exemplo, o carbonato de
o cloreto (Cl - ). O íon cloreto é proveniente de um ácido for cálcio, que se dissolve, dissociando-se segundo a equação:
t� + �
(/) te e, portanto, não sofre hidrólise. O bicarbonato é prove
o
a: niente de um ácido fraco e, portanto, em água sofre hidróli CaC03(s) .: Ca a CO �q)
.m
se originando uma solução básica. A equação que represen· Verifica-se experimentalmente que um sistema como deste
ffi
::::d
::;1 ta este fato é: tipo está em equilíbrio. A velocidade do processo de disso
ciação, representado pela equação:
t� + CO��q)
HC03 + H20 .: H2C03 + OH
l28
-
CaC03(s) -+ Ca a
A alternativa b é a correta.
e a velocidade do processo de precipitação, representado pe Kps = [Ag + ]2 · [SO� -]
la equação: �= (4, o 10-2)2 2,0 w - 2
· • ·
Solução
O ácido sulfúrico se ioniza conforme a equação:
A expressão da constante de equilíbrio para este sistema é:
H2S04 -+ 2 H + + So�
K =
[Ca2 +J [Co�- ]
-"----:....:...
[CaC03]
.._
·
....:._
...., .:...
portanto, a [SO� -] é igual a 0,001 M.
O nitrato de chumbo se dissocia conforme a equação:
Mas a [CaC03] é constante e pode ser incorporada no Pb(N03}2 -+ Pb2 + + 2 N03
solubilidade é representado por Kp. é dado pela expressão:
valor de K. O produto K · [CaC03}, chamado produto de
portanto o nPb(N0312 dissociado é 0,002. Como o problema
�= [Ca2 +1 [Co�-1 ·
considera que o volume final é um litro, a [Pb2 +] é 0,002
mol/litro.
Para uma substância genérica, BxAy que se dissocia con Para saber se haverá precipitação ou não de sulfato de
forme a equação:
Bx�s) .= X B�� + y �;q}
chumbo é necessário comparar o produto das concentrações
· dos íons Pb2 + e Soi - (produto iônico) com o Kps do sal:
a expressão do Kp. é: • equação de dissociação do PbS04:
I � = [B+Yj . [A-X]Y I
PbS04 -+ Pb2 + + Soi
=
• expressão do Kps:
Quanto maior o valor de Kps mais solúvel será a subs Kps [Pb2 +] [Soi-1 1, 3 · w - s
· =
tância; inversamente quanto menor o valor de Kps menos • produto iônico:
solúvel ou mais insolú\tel ela será.
Chamando produto iônico ao produto das concentrações
[Pb2 +1 · [soi-1 = o,oo1 xo,oo2 2 · 10 - 6 =
dos íons de uma substância elevada a expoentes numerica Como o produto iônico é menor do que o Kps não ocor
mente iguais aos coeficientes estequiométricos da equação rerá precipitação de PbS04.
UJ
solução saturada é igual a 4,0 · 10- 2 molnitro e 2,0 10 - 2 · Como a solubilidade de uma substância depende da tem
-
129
molnitro, respectivamente. Substituindo esses valores na ex peratura o valor de Kps também depende.
pressão do KP" temos: A alternativa d é a correta.
I
ELETROQUIMICA
Nesta unidade estudaremos a relação entre energia elé As expressões (I) e (li) são chamadas semi-equações. A
trica e reação química, ou seja, estudaremos como substân primeira representa a semi-reação de ganho de elétrons, ou
cias reagem gerando corrente elétrica e como através da ener seja, a redução. A segunda representa a semi-reação de per
Somando-se as semi-equações (I) e (11), temos a equação
gia elétrica transformamos substâncias. da de elétrons, ou seja, a oxidação.
química que representa o processo global:
REAÇÕES DE �
Cll(�� + h_"" Cll(a)
Zll(s) -+ Zll(� + k
OXI-REDUÇÃO
+
------- (+) --
• o aparecimento de um sólido castanho avermelhado; Os processos, oxidação e redução, são simultâneos, isto
• que a intensidade da coloração azul da solução diminui;
é, não há oxidação sem redução e vice-versa e o número de
• o desgaste da placa de zinco.
elétrons perdidos é igual ao número de elétrons ganhos.
Análises químicas mostram que o sólido castanho é co Dá-se o nome de agente redutor à espécie que cede elé
bre metálico e que na solução existem íons Zn2+. trons e agente oxidante à espécie que recebe elétrons. Neste
Para explicar o desaparecimento de íons Cu2+ (diminui exemplo o agente redutor é o zinco metálico e o agente oxi
ção da intensidade da cor azul) e o aparecimento de átomos dante íons Cu2+.
de cobre (sólido castanho) temos que admitir que íons cobre Outro exemplo de reação de oxi-redução é a que ocorre
transformam-se em átomos. Para que isto ocorra é necessá entre metal cobre e solução aquosa de nitrato de prata. Nes
rio que os íons Cu2+ ganhem elétrons. Este processo é·re te caso os átomos de cobre perdem elétrons e se transfor
presentado pela equação:
Cufa� + 2 e- Cll(a)
mam em íons Cu2+ :
� (I) Cll(a) Cll(�� + 2 e -
�
2 A�aq) + h- -+ 2 A�s) ( ) -
1<(
o
t>
5 +
que é lida da seguinte maneira:
2 A�!q) + Cll(s) -+ Cufa� + 2 A�!q)
w
átomos de zinco perdem dois elétrons e transformam-se em
r::ç: íons Zn2+; ou um moi de átomos de zinco perde dois mols
� de elétrons e transformam-se em um moi de íons zinco.
w
o
Observe que elétrons estão envolvidos nestas transforma Neste caso o agente oxidante são os [ons Ag + e o agente
ções: átomos de zinco perdem elétrons e íons cobre recebem redutor, os átomos de cobre.
1<(
o
�
t>
elétrons. Observe que nos dois exemplos vistos o agente redutor
Reações de o:xi-redução, óxido-redução ou re tem sua carga positiva aumentada, isto se explica porque ele
a:
dox são aquelas que ocorrem através da transferência de perde elétrons, isto é, ele se oxida; enquanto o agente oxi
-
130 elétrons. dante tem sua carga positiva diminuída, ou seja, ele se re
duz, ganha elétrons.
Número de oxidação terminar o número de oxidação de átomos de elementos não
citi!dos nas regras anteriores. Os exemplos a seguir mostram
Muitas vezes uma reação de oxi-redução não pode ser re como isto pode ser feito.
conhecida facilmente por envolver espécies mais complexas,
como a reação entre ácido nítrico e fósforo, representada pe 1! Determinar o Nox do nitrogenio no ácido nítrico.
la equação:
1! passo: escrever a fórmula da substância e sobre o símbo
20 HN03 + 3 P4 + 8 H20 -+ 12 H3P04 + 20 NO lo dos elementos escrever os números de oxidação conhecidos:
Nesta situação, para podermos saber se trata-se ou não @ @
de uma reação de oxi-redução, utilizamos o conceito de nú H N 03
mero de oxidação (N0J.
2! passo: multiplicar o número de oxidação de cada átomo
Número de oxidação é um número que representa pelo número de átomos representados na fórmula. Escrever
@ @
a carga real de um ion simples ou parcial de um átomo o resultado abaixo do simbolo do elemento:
num agregado atômico.
H N 03
+I -6
Para determinarmos o número de oxidação de um átomo
devemos considerar a natureza e o número de ligações que 3! passo: como o HN03 é uma substância, a soma dos N0x
esse átomo realiza. O No• de um átomo pode ser deter
o @
deve ser igual a zero. Portanto:
minado:
• pela transferência de elétrons ao realizar ligações iônicas.
H N 03
Neste caso a carga é real, sendo o N0x igual a carga do ion + l + x -6 • 0
formado.
Exemplos Resolvendo a equação encontramos o N0x do nitrogênio:
NaCI, composto iônico formado pelos ions Na+ e Cl - . + 5.
s @o�-
N0x do K é + 1 e do S, - 2. 1! passo: semelhante ao do exemplo anterior:
• pelo deslocamento de elétrons devido à diferença de ele
tronegati:vidades dos átomos que efetuam uma ligação cova
lente . Neste caso, a carga é parcial.
Exemplos 2! passo: semelhante ao do exemplo anterior:
s �-
H - Cl: o átomo de cloro, sendo mais eletronegativo,
atrai para si os elétrons da ligação. Atribui-se, portanto, ao
-s
Cl, Nox - 1 e ao H, Nox + L
H - O - Cl: o átomo de oxigênio é o mais eletrone
gativo, atraindo para si os elétrons das duas ligações que efe 3! passo: como neste caso a espécie em questão é u m ion,
tua. Seu N0x é, portanto, - 2, o Nox do H é + 1 e do Cl
a soma dos números de oxidação deve ser igual à carga do
íon. Portanto:
s õi -
é + 1.
Cl - Cl: como não existe diferença de eletronegativi
-2
dades, o N0x do Cl, nesta substância, é zero. x - 8•
As regras práticas, a seguir, auxiliam na determinação do
Exemplos ::>
2 o
Nox = + 1, HCl e H20; Nox = - 1 , NaH e MgH2; Observe que o N0x do agente oxidante (Cu +) diminui w
• o N0x do oxigênio, quando forma substâncias compostas, e o Nox do agente redutor (Zn) aumenta. 'f
x
é - 2, exceto nos per6xidos onde apresenta N0x - 1. A reação: o
w
Exemplos o
�
c(
131
-
mico é igual à carga do íon. gênio de zero para - 2. O oxigênio é o agente oxidante e
O conhecimento destas duas últimas regras permite de- o enxofre o agente redutor.
eletronegativo. Conseqüentemente, o carbono apresentará
EXERCÍCIOS carga parcial negativa. Supondo o "ganho" desses elétrons,
atribui-se ao carbono 2 número de oxidação - 3.
1. (PUCC-SP) Uma forma de poluição comum no litoral
H O H
"' 11 "?'
brasileiro é determinada pela presença de metais pesados co
C · 1H
mo zinco, mercúrio e cobre, que entram na cadeia alimentar
/
N-C-
causando problemas ao homem. O número de oxidação de 0.
cada um deles nos sais: ZnS, HgCl2 e CuN03 é, respecti- �
H H
vamente:
a) +4, + I, +2; b) +2, + 1, +3;
c) + 1, +2, +2; A alternativa a é a correta.
d) + 1, + 3, + 1; e) +2, +2, + 1 .
3. (FUVEST-SP) Considere as transformações químicas
Solução abaixo:
Sais são substâncias formadas por íons. Portanto para se I. 3 N02 + ... 2 HN03 + NO;
H20
determinar o número de oxidação desses metais, basta de
11. 2 AgN03 + 2 NaOH Ag20 + 2 NaN03 + H20; ->
terminar a carga que eles apresentam ao formarem esses sais.
Para determinar essa carga é necessário colocar previamen III. CaC03 ...,. CaO + C02.
te a carga de alguns íons comuns. Ocorre óxido-redução apenas em:
2
• ZnS: o íon sulfeto (S - ) apresenta carga Como é um - 2. a) I; b) 11; c) III; d) I e III; e) 11 e III.
íon monoatômico, seu N0x também será igual a A car - 2.
ga do íon zinco deve ser igual a +2
para que a substância Solução
tenha carga zero. Port:�.nto, o N0x do zinco, nesse sal, é + 2; Para se saber se uma determinada reação é ou não de oxi
• HgCl2: o íon cloreto apresenta carga portanto seu - 1, redução, basta compararmos os números de oxidação dos áto
N0x é - 1 Como neste sal a proporção entre o íon mercú
.
mos das substâncias reagentes e dos produtos. Isto porque
rio e o íon cloreto é de 1:2,
a carga do íon mercúrio e, por apenas reações de oxi-redução apresentam variação dos nú
tanto, seu N0x deve ser igual a +2
para que a substância te meros de oxidação dos átomos. Para tanto é necessário assi
nha carga zero; nalar o número de oxidação de cada átomo nas substâncias
• CuN03: neste caso o sal é formado pelo íon nitrato, N03 , reagentes e nos produtos. O número de oxidação de cada áto
que possui carga -
1. Portanto, para que o composto seja mo é determinado através da utilização das regras práticas
neutro, é necessário. que a carga e, conseqüentemente, o Nox anteriormente vistas.
H
I
O H
'\. 11
+l +4-2 +2 -2 +4-2
/ CD ® I
N-C-C -H
A reação que apresenta variação nos números de oxida
H H ção é a reação I. Nesta reação o nitrogênio sofre uma oxida
Os números de oxidação dos átomos de carbono 1 e 2 são, ção, quando passa de N0� "' (NOz) para Nox "'+4 +5
respectivamente: (HN03) e uma redução, quando passa de Nox = (N02) +4
a) + 3 e 3;
- b) - 3 e +3; c) + 1 e - 3; para Nox = + 2 (NO).
d) - 1 e +3; e) +3 e +3. A alternativa a é a correta.
Solução
Analisando cada átomo de carbono separadamente temos: Balanceamento de equações
• Carbono 1: este átomo de carbono encontra-se ligado a um de oxi-redução
átomo de oxigênio, através de dupla ligação, a um átomo de
nitrogênio, através de ligação simples, e a um outro átomo
Efetuamos o balanceamento de uma equação para que ela
de carbono. Como os átomos de oxigênio e nitrogênio são
exprima corretamente, além da transformação das substân
o mais eietronegativos que o carbono, atraem os elétrons das
•<( cias, as leis de conservação da massa e da carga elétrica. Nu
a
u- 1
ligações para si, deixando o carbono com carga parcial po
ma reação química não hâ destruição nem produção de áto
sitiva. Atribui-se ao carbono 1 número de oxidação igual a
w mos e de carga elétrica, portanto, a soma do número de áto
a;: + 3, supondo a "perda" de 3 elétrons. mos e .de cargas que aparecem nos reagentes deve ser igual
X
o H O H à dos produtos.
w
'\. Ü I
N>< � C · · C - H
Cl O acerto dos coeficientes de uma equação de oxi-redução
o pode ser realizado através dos números de oxidação. Acom·
/
•<(
u 0 I panhe, a seguir cada etapa do balanceamento da equação:
<(
w
6> ® ® a
do balanceamento. Assim, temos:
3� passo: determinar a proporção entre o doador (agente re 2. (FEP-PA) Balanceando acertadamente a equação de oxi
dutor) e receptor (agente oxidante) de elétrons que garanta redução a seguir, o coeficiente para H20 é:
o mesmo número de elétrons doados e recebidos. Simplifi
Bi3 + + Sno� - + OH - -+ Sno� - + Bi + H20
�� � �· �� �� � 2
car, se possivel. Neste exemplo, temos:
• 2 Cr20� - recebem um total de 12
• 6 c2o� - doam total de 1 2 e - .
e-;
Solução
A proporção é 2:6 e, simplificando, temos 1 :3. Seguindo os passos propostos para o balanceamento des
14 14
átomos
hidrogêni( Bi e Sn, chegando-se à seguinte situação:
�
<..>
redutor como a massa de substância que, ao participar
de uma reação quimica, movimenta um mol de elétron�. a:
-
@ @)
mula da substância considerada:
H2S +
permanganato de potássio, KMn04. Dependendo das con
H2S04 + 8 HI __.. 4 12 + 4 HO
dições experimentais o permanganato de potássio pode pro
2 recebeu 8 elétrons
duzir o íon manganês Mn +, o dióxido de manganês, Mn02
ou manganês metálico, Mn. áN = 8
No. primeiro caso o Nox do Mn passa de +7 para +2 .
Equivalente-grama de um oxidante ou de um redutor é
Cada moi de KMn04 ganha cinco mols de elétrons. A mas
a massa de substância que, na reação, movimenta um mol
sa de KMn04 que coloca em jogo um moi de elétrons é:
de elétrons. O H2S04 atua nessa reação como agente oxi
EKMno4 = S = -5- = 3 1 ,6 g
M 158 dante, a massa de H2S04 que movimenta um mol de elé
trons é:
2. (UF-UBERLÂNDIA-MG) O equivalente-grama do
de KMn04 que coloca em jogo um mol de elétrons é:
EKMn04 = 3 = -
158 =
3-
M
52,7 g HN03, como oxidante, na reação
3 Cu + 8 HN03 __.. 3 Cu(N03)2 + 2 NO + 4 H20
No último caso o N0x do Mn passa de + 7 para zero. A
massa de KMn04 que coloca em jogo um moi de elétrons é: é:
EKMn04 = 7 =
a) 10,5; b) 1 5,75 c) 21; d) 3 1,5; e) 63.
M 158-
- = 22,6 g
7 Solução
O equivalente-grama do HN03, como oxidante, será a
Basicamente temos:
É necessãrio, portanto, para determinar o equivalente-grama,
massa dessa substância que movimenta um mol de elétrons.
Eoxidante ou = vari
M
ação do número de oxidação conhecer o número de elétrons que cada mol da substância
redutor
recebe. Isso pode ser conseguido através da variação do nú
@ @
mero de oxidação dos átomos nas substâncias.
3 Cu 3 Cu(N03)2
EXERCÍCIOS
+ 8 HN03 __.. + 2 NO + 4 H20
recebeu elêtrons
L\N = 3
1 . (UF-MG) Na reação: 3
a)
o equivalente-grama de H2S04 é o moi dividido por:
8; d) 2; to, a massa que recebe um moi de elétrons é:
b) 1; e) 4 . EHN03 = M/3
EHNo3 = 63 g mol - 1/3 mols
c) 6; ·
Solução EHN03 = 21 g
A partir da variação do número de oxidação do enxofre, A alternativa c é a correta.
:5
ch Pilhas ou células eletroquímicas são dispositivos através
dos quais os elétrons envolvidos numa reação de oxi-redução ·
::::>
-I
•W são utilizados para produzir corrente elétrica.
u A reação de oxi-redução:
::::>
o
CJ) Z�s) + Cufa� __.. Znfa� + C�s)
<(
:c
--1 quando realizada num dos dois dispositivos ilustrados pode
õ:
ser utilizada para produzir corrente elétrica.
placa
-
134
Os dois dispositivos são formados por duas semipilhas
ou semicélulas. A diferença entre eles encontra-se no modo porosa
I EXERCÍCIOS
ZD(s) -+ ZD(�� + 2 e -
zinco, que passam para a solução.
Na semipilha ou eletrodo Zn2 + /Zn ocorre o processo de processo, chamado oxidação, é representado pela equação:
oxidação, enquanto na semipilha ou eletrodo de Cu2 + /Cu
desenvolve-se o processo de redução. O eletrodo em que ocor ZD(s) -+ Znfa� + 2 e -
re a redução é chamado catodo; o eletrodo em que se reali
za a oxidação recebe o nome de anodo. Por convenção o O espessamento da barra de chumbo deve-se à deposição
catodo é o pólo positivo da pilha e o anodo, o ·pólo negativo. de átomos de chumbo. Para que esse processo ocorra é ne·
A reação que ocorre na pilha pode ser representada por: cessário que íons de chumbo, presentes na solução, recebam
elétrons, transformando-se em átomos. Esse processo, cha·
Zn/Zn2+ //Cu2 + /Cu mado redução, é representado pela equação:
Pb�a�) + 2 e - -+ Pb(s)
Esta representação deve trazer os símbolos ou fórmulas das
espécies que reagem e que são formadas, de tal forma que
após o sinal 11 deve ser representada a semi-reação que ocor
re no catodo (pólo positivo), isto é, a redução. Durante a reação, os elétrons deixam o metal zinco e, atra
vés do fio metálico, se dirigem para a placa de chumbo.
Tanto a placa porosa como a ponte salina das pilhas têm
2. (PUC-SP) Na célula eletroquímica
por finalidade propiciar o movimento de íons, de maneira CJ)
�
de elétrica. Os cátions movimentam-se para o catodo (Cu) d) há desgaste do eletrodo de ferro; CJ)
e os ânions, para o anodo (Zn). Um voltímetro intercalado e) a solução de AI + + + irá se diluindo. :::>
entre os eletrodos acusará, no início da reação, uma diferen· _.
•W
u
ça de potencial entre os eletrodos de 1,10 V, quando as con· Solução
:::>
centrações molares dos íons Zn2 + e Cu2 • forem iguais a
1,0 M, à temperatura de 25 ° C . À medida que a reação pros·
o
Esta forma de representação de uma célula eletroquími cn
ca nos informa que à direita do sinal 11 está representada a <(
segue a diferença de potencial vai diminuindo até tornar-se :I:
_.
semi-reação que ocorre no c-.atodo, ou seja, a redução. As a:
igual a zero. A partir desse momento, não mais se verifica
sim, temos:
qualquer modificação no sistema. Diz-se então que o siste -
ma atingiu o equilíbrio.
catodo: Fe2 + + 2 e - -+ Fe redução 135
anodo: AI -t Al3+ + 3 e- oxidação
Nesta célula, ponanto:
• o alumínio sofre oxidação;
• os
• o ferro é o catodo;
elétrons fluem do alumínio para o ferro;
Jt
• há desgaste do eletrodo de alumínio;
• a solução de Al3+ irá se concentrando, devido à dissolu
ção do eletrodo de alumínio. Q)
A alternativa c é a correta.
uma delas.
Esse problema é contornado escolhendo-se um eletrodo
padrão, ao qual atribui-se um valor de potencial arbitrário
0,76 v
A diferença de potencial acusada pelo voltímetro é de
e, em relação a ele, determinam-se os potenciais dos outros
e corresponde à diferença de potenc�l entre o ele
eletrodos. Os químicos escolheram como padrão o eletrodo 2
trodo Zn + /Zn e o eletrodo padrão de hidrogênio. Como a
constituído por uma placa de platina mergulhada numa so
este último atribui-se o valor zero, a diferença de potencial
lução 1 M de H + , sobre o qual borbulha gás hidrogênio,
H2, à pressão de 1 atm e a 25°C. Esse eletrodo recebeu o
encontrada, O, 76 V, corresponde ao potencial de oxidação
do eletrodo de zinco.
nome de eletrodo padrão de hidrogênio, sendo-lhe atri
· Da mesma forma, determina-se o potencial do eletrodo
buído potencial zero. Ele é representado por: H + /H2> Pt.
de cobre, montando-se uma pilha com uma semipilha
2
Cu + /Cu e o eletrodo padrão de hidrogênio.
------ ( + )
Hl'•'' ---·--
H2(g) + Cufa� -t 2 H (aq) + Cll(s>
A diferença de potencial dessa pilha, 0, 3 V, correspon
1 atm
4
2
de ao potencial de redução do eletrodo Cu + /Cu.
Pilhas montadas de forma que um dos eletrodos é o ele
trodo padrão de hidrogênio, ou um eletrodo de potencial co
nhecido, permitem determinar os potenciais de vários ele
trodos.
Os potenciais dos eletrodos são chamados de potenciais
normais de oxi-redução, representados por E0, quando
Ul as condições experimentais são as condições padrão, isto é,
< concentração das soluções iguais a l M, temperatura de 25°C
�
e pressão de l atm. Os potenciais mais utilizados são os de
-�
:::> redução, ou seja, os potenciais associados aos processos de
o
�
o Utiliza-se a placa de platina na semipilha padrão porque redução.
o hidrogênio, sendo gasoso, não pode ser conectado direta A tabela seguinte mostra várias semi-reações de redução,
w
......
w mente ao circuito e a platina possui a capacidade de reter onde o agente oxidante mostrado à esquerda é reduzido, e
s
Ul o gás em sua superficie, não participando da reação, além seus respectivos potenciais de redução. Para a transforma
de ser bom condutor elétrico. ção inversa, o sinal associado à voltagem deve ser mudado.
:::> 2
......
•W Uma pilha construída com as semipilhas Zn + /Zn e Os potenciais dessa tabela indicam as tendências relati
u H + /H2, Pt, nas condições padrão, isto é, com soluções de vas de redução, ou seja, as tendências das semi-reações ocor
:::> 2
o Zn + e H + l M e á 25°C,
apresentaria a seguinte reação: rerem da esquerda para a direita, diminuem de cima para
Ul baixo. Assim, o F2 é o que possui maior tendência de rece
<
:I:
...... 2 f\�q) + '2-c..- -t Hz(g) ber elétrons, sendo, ponanto, o melhor agente oxidante; o
o: íon Li + é o que possui menor tendência, sendo o pior agen
-
Zfi(s) -t ZD(2aq+) + "--
"'�- te oxidante. Inversamente, o ânion F - é o pior agente redu
�- ( + ) -
1 36
----- .
2 H(�q) + ZD(s) -t
H2(g) + ZD(�� tor e o metal Li, o melhor.
POTENCIAIS NORMAIS DE REDUÇÃO PARA ALGUMAS SEMI-REAÇÕES:
CONCENTRAÇÕES IÔNICAS 1 M EM ÁGUA A 25°C. TODOS OS ÍONS ESTÃO HIDRATADOS
� 2 a-
�� Au3+ + 3 e - � Au (s) + 1,50
CP2 (g) + 2 e - + 1,36
Cr2o� - + 14 H + + 6 e - � 2 Cr3+ + 7 H20 + 1,33
2
Mn02 (s) + 4 H + + 2 e - � Mn + + 2 H20 + 1,28
1/2 02 (g) + 2 H + + 2 e - � H20 + 1,23
Br2 (� + 2 e - � 2 Br - + 1,06
AuCPi + 3 e - � Au (s) + 4 ce- + 1,00
N0 - + 4 H + + 3 e - � NO (g) + 2 H20 + 0,96
3 �,
1/2 02 (g) + 2 H + (10- 1 M) + 2 e - � H20 + 0,82
-
1 /z Hg�+ + e -
Aumento do poder Ag + + e � Ag (s) + 0,80 Aumento do poder
oxidante � Hg (� + 0,79 redutor
2
o
N0 - + 2 H + + e -
Hg + + 2 e - � Hg (� + 0,78
� N02 (g) + H zO + 0,78
3 2
Fe3+ + e - � Fe + + 0, 77
Oz (g) + 2 H + + 2 e - � HzOz + 0,68
Iz (s) + 2 e - � 2 1- + 0,53
,,
cu + + e - � Cu (s) + 0,52
2
Cu + + 2 e - � Cu (s) + 0,34
Atração por SO�- + 4 H + + 2 e - � SOz (g) + 2 H20 + 0, 1 7 Atração por
2
elétrons Cu + + e - � cu + + 0, 1 5 elétrons
2
crescente Sn4+ + 2 e - � sn + + 0, 1 5 decrescente
...�
S + 2 H+ + 2 e- � H2S (g) + 0, 14
2 H+ + 2 e- -+ Hz (g) 0,00
2
Pb + + 2 e - � Pb (a) - 0,13
2
Sn + + 2 e - -+ Sn (s) - 0,14
2
Ni + + 2 e - � Ni (s) - 0,25
2
Co + + 2 e - � Co (s) - 0,28
,,
Se + 2 H + + 2 e - � H2Se (g) - 0,40
-
Agentes c�+ + e � c�+ - 0,41 Agentes
oxidantes 2 H + (1 O - 7 M) + 2 e - � Hz (g) - 0,41 redutores
2
fracos Fe + + 2 e - � Fe (s) - 0,44 fortes
z
Ag2S + 2 e - � 2 Ag (s) + s - - 0,69
... �
Te + 2 H + + 2 e - � H2 Te (g) - 0,72
<n
Cr3+ + 3 e - � Cr (s) - 0,74 <
2 u
Zn + + 2 e - � Zn (s) - 0,76
-�
Mn + + 2 e -
2 H20 + 2 e - � 2 OH - + H2 (g) - 0,83 ::::>
2 o
� Mn (s) - 1,18 o
a:
Mi+ + 2 e -
Al3+ + 3 e - � Al (s) - 1,66 1-
w
.....I
� Mg (s) - 2,37 w
<n
Ca + + 2 e -
Na + + e - � Na (s) - 2,71 <
.....I
2
� Ca (s) - 2,87 ::::>
.....I
2 •W
Sr + + 2 e - � Sr (s) - 2,89 u
2 ::::>
Ba + + 2 e - � Ba (s) - 2,90
�
o
cs + + e - � Cs (s) - 2,92 ,,
Agentes oxidantes K+ + e- � K (s) - 2,92 Agentes redutores :I:
.....I
ii:
u+ +
muito fracos RbA + e- � Rb (s) - 2,92 muito fortes
-
-+ Li (s)
137
e- - 3,00
Um potencial de redução positivo significa que o eletro
do ligado ao eletrodo padrão de hidrogênio sofre redução. EXERCÍCIOS
Quando ocorre o inverso, ou seja, quando é o eletrodo pa
drão de hidrogênio que sofre redução, o potencial de redu 1 . (SANTA CASA-SP) Considerando os seguintes poten
ção do outro eletrodo é negativo. ciais padrão de eletrodo:
É importante ressaltar que os valores de E 0 das semipi semi-reação E0 (volt)
lhas não dependem do número de mols, mas da concentra 2
1 e - -+ Cu +
Cu + + 2 e - -+ Cu + 0,36
ção dos íons em solução. Assim, por exemplo, o eletrodo 2
Ag+ IAg apresentará sempre E0 = + 0,80 V mesmo que a
Cu + + + 0, 1 5
reação envolva 2 ou 3 mols de íons Ag + . Sn4+ + 2 e - -+ Sn2 + + 0, 1 5
H+ + l e - -+ 112 H2 0,00
2
Previsão de reações Sn + + 2 e - -+ Sn - 0,14
pode-se explicar porque a adição de uma mistura dos metais
Com o auxílio da tabela de potenciais normais de redu Cu e Sn ao ácido clorídrico provoca o desprendimento de
ção podemos prever o comportamento de diferentes pilhas hidrogênio. Nessa solução, os íons H + são substituídos pe
eletroquímicas, mesmo quando não é possível realizar me los íons:
2 2
didas experimentais. a) Cu + ; b) Cu +; c) Sn +; d) Sn4+ ; e) Cu2 + e Sn4 + .
Como vimos, uma reação de oxi-redução envolve uma es
Solução
pécie química na forma oxidada (na tabela, à esquerda das
Para que haja desprendimento de H2 é necessário que
equações) e a outra na forma reduzida (na tabela, à direita
íons H + , provenientes da ionização do ácido clorídrico, re
das equações). Assim, para representar a reação total previs
cebam elétrons, reduzindo-se, segundo a semi-reação:
ta para uma pilha, devemos:
• escrever a semi-reação de redução considerada, mantendo H+ + 1e - -+ 112 H2
se o sinal do E0;
Para saber qual dos metais, Cu ou Sn, sofreu oxidação,
• inverter a outra semi-reação para se conseguir a semi-reação
determina-se o E0 da pilha formada pelo metal e o hidrogênio.
de oxidação considerada, invertendo-se também o sinal de E0;
Pilha formada com o cobre:
• somar as equações e os valores de E0•
+ K E0 = - 0, 1 5 V
2 H + + ...2-€- -+ H2
E0 = 0,00 V
reação se processa espontaneamente no sentido indicado. Se 2
Cu -+ Cu +
o valor for negativo, a reação será espontânea no sentido ----- ( + ) ---
inverso.
+ Cu2 + E0 = - 0,15 V
Os exemplos a seguir ilustram o procedimento para a pre
visão de reações: Pilha formada com o estanho:
1� Zn I Zn2 + 11 Ni2 + I Ni
la� + /C = 2 H + + ).--("- -+ H2 = 0,00 V
Jr'ê P
Ni -+ N �s) + E0 - 0,25 V E0
Zll(s) -+ Zn la� + = + 0,76 V
------- ( + ) ---
Sn -+ Sn2 + + }-C E0 = + 0,14 V
--- ( + ) --�
a ofa� = + 0,51 V
--
.2 + Sn2 + E0 = + 0,14 V
N1 ( +q) + Zll(s) -+ N'�s) + Z E0
Apenas a r.eação que apresenta E0 > O ocorre esponta
Essa reação ocorre espontaneamente no sentido indica
neamente no sentido indicado. Portanto, é o estanho que se
do, pois E0 > O. 2
oxida, formando íons Sn +, reduzindo o íon H + .
A alternativa c é a correta.
---- (
+ ) -----
Mg ta� + H2(g) -+ M�s)
semi-reação (em solução aquosa) potencial (volt)
cn + 2 H�q) E0 = - 2,37 V Ce4+ + 1 e - -+ Ce3+ + 1,61
<(
(...)
Como E 0 < O, essa reação não ocorre no sentido indi Sn4+ + 2 e - -+ Sn2 + + 0, 1 5
.::::!!
:::> cado. Ocorre espontaneamente no sentido inverso: a) representar a reação que ocorre numa solução aquosa que
o
o De um modo geral, as espécies químicas que se encon contenha essas espécies químicas, no estado padrão;
a:
1- tram à esquerda nas semi"reações de redução tendem a rea
w b) na reação representada, indicar a espécie que age como
....J
w gir espontaneamente com qualquer outra localizada à sua di oxidante e como redutor.
�
cn reita e abaixo na tabela de potenciais de redução. Esta gene
Solução
ralização nos permite, rapidamente, realizar previsões de ocor
::::> a) a reação que ocorre numa solução aquosa que contenha
....J rência de reações. Podemos, por exemplo, afirmar que to
•W
(...) essas espécies é a que apresenta E0 > O. Isso é conse
dos os metais que se situam abaixo do hidrogênio na tabela
::::> guido através da redução do íon Ce4 + e da oxidação do
o de potenciais de redução, como o Li, Na, Al, Zn, Fe e Ni, 2
íon Sn + .
cn
� K = + 1,61 v
dissolvem-se em soluções ácidas (1 M), pois conseguem doar
elétrons para que o H + se reduza a H2 . Ao contrário, os me 2 cé+ + -+ 2 Ce3+ E0
....J
------- ( + ) -----
ã:
2 -+ Sn4+ + }/é" E0 = - 0, 1 5 V
tais situados acima do hidrogênio, como o Hg, Ag, Pt e Au, Sn +
P
-
1 38 =
não são dissolvidos por soluções ácidas, sendo, por isso, cha
2
mados de metais nobres ou inertes. Sn + -+ 2 Ce3+ + Sn4+ + 1,46 V
b) o agente oxidante é o Ce4 +' que durante a reação provo de corrosão superficial.
ca a oxidação do Sn2 + e sofre redução. O agente redutor a) formule alguma das equações químicas representaúvas das
é o Sn2 +, que provoca a redução do Ce4+ e sofre oxida transformações ocorridas na superficie do prego.
ção. b) com base nos valores dos potenciais de redução relacio
® @
Pb (N03),, 1 M
@) (o)
<
u
Potenciais-padrão: ,::E
Zn + 2 KOH + HgO --+ K2 Z"n02 + H20 + llg :::>
Ag + + e - --+ Ag0 E0 = + 0,80 volt o
Assim, temos que, nessa reação, o zinco (Zn) se oxida e
Pb2 + + 2 e - --+ Pb0
o
E0 = - 0, 1 3 volt a:
o mercúrio presente no HgO se reduz. Utilizando as semi t
Sobre esta célula, levando-se em conta os potenciais padrão
w
reações e os potenciais fornecidos, pode-se determinar a di
-I
w
ferença de potencial dessa pilha: dados acima, são feitas as seguintes afirmações: cn
I - Ao se fechar o circuito haverá um fluxo de elétrons <
-I
Zn ·--+ Zn2 + + 2 e E0 = + 0,76 V do eletrodo de prata para o de chumbe;
::::>
-I
2
Hg + + 2 e - --+ Hg E0 = + 0,80 V li - O eletrodo de prata será o catodo nesta célula;
•W
u
--
(+) -- _____
III - Quando 0,0 1 moi de elétrons circular através do cir :::>
o
Hg2 + + + Zn2 + E0 = + 1,56 V cuito, haverá uma diminuição de 1,036 g no eletrodo
de chumbo (Pb = 207 ,2);
Zn --+ Hg cn
<
ç
:J:
A alternativa é a correta. -I
----- ( + ) ---
Pb0 -+ Pb2+ E0 = +0,13 volt 2 2
Mn04- + 8 H+ + 5 e- -+ Mn2+ + 4 H 0 1,55
2
pode-se afirmar que, utilizando-se concentrações unitãrias:
2 Ag+ + Pb0 -+ 2 At + Pb2+ E0 = + 0,93 volt 3+
a) Mn2+ oxidarã Cr3+; b) Cr oxidarã Mn2+;
Isto porque esta reação apresenta E0 > O. As afirmações c) Mn04- oxidarã Cr3+; d) Cr o� - oxidarã Mn2;
realizadas são, a seguir, analisadas: 2
e) não haverã oxidação, pois os E0 são próximos.
I. Quando o circuito é fechado, elétrons fluem do eletrodo
Solução
de chumbo, que sofre oxidação transformando-se em íons
O potencial de redução mede a capacidade que uma es
Pb2+, para o eletrodo de prata, onde ocorre a redução
pécie química tem de atrair elétrons, isto é, se reduzir. Ana
11. O catodo é o eletrodo onde ocorre a redução. Nesta cé
dos íons Ag + . A afirmação I é, ponanto, incorreta;
lisando as duas semi-reações vemos que o íon Mn04- é o
que apresenta maior capacidade em atrair elétrons (melhor
lula, a redução ocorre no eletrodo de prata, ponanto, é
agente oxidante), pois apresenta maior E0•
correta a afmnação 11;
O íon "Mn2+ apresenta, em relação ao íon Cr3+ menor
III. Considerando a semi-reação de oxidação do chumbo:
capacidade de doar elétrons, isto é, ele é melhor agente
Pb -+ Pb2+ + 2 e - redutor.
verifica-se que hã a oxidação de 1 moi de Pb (207,2 g) A reação ocorrerã entre o melhor agente oxidante
quando 2 mols de elétrons são doados. Ponanto, quan Mn04 e o melhor agente redutor Cr3+.
do 0,01 mol de elétrons são doados, temos: A alternativa c é a correta.
Eletrólise ígnea
eletrodo
negativo
ou ou
Na eletrólise ígnea o meio eletrolitico é constituído pela
w catodo anodo substância iônica fundida. Nestas condições, seus íons po
cn
:::::; dem movimentar-se livremente. Vejamos, a seguir, como
-o
a: ocorre a eletrólise ígnea do cloreto de sódio.
1-
w
....J
O cloreto de sódio, NaCl, funde aproximadamente a
célula
w
ou
800°C. Nesta situação, seus íons, Na + e Cl - , ganham mo
-
140
cuba vimento sendo atraídos pelos pólos da cuba eletrolitica, on
eletrolftica de se transformam:
anodo ( +)
-
catodo ( ) 2 Na + + ..z..é'" --+ Na0 +
-
2 Cl --+ Cl2 + )e"'
de água e dos íons Cl - .
Verifica-se, experimentalmente que nesta eletrólise ocorre
-
---------1( + ) -·- a seguinte reação:
2 Na + + 2 Cl - --+ 2 Na0 + Cl2
catodo ( ) 2 H20 + 2 e - --+ H2 + 2 OH -
O sódio metálico formado, Na, deposita-se no catodo anodo( + ) 2 Cl - --+ Cl2 + 2 e -
enquanto no anodo há liberação de gás cloro, Cl2 • (+)
Através da tabela de potenciais de redução (pg 41), 2 Cl - + 2 H20 --+ H2 + Clz + 2 0H -
verifica-se que esta reação não ocorre espontaneamente, pois
sua voltagem é de - 4,07 V. Para que essa reação ocorra é
necessário fornecer-lhe, no mínimo, uma voltagem igual a Durante a eletrólise formam-se H2 e Cl2 gasosos, a con
4,07 V. Verifica-se, na prática, que a voltagem necessária para centração de Cl - diminui e a de OH - aumenta. Há, por
uma reação eletrolítica é, muitas vezes, maior que a calcula tanto, a formação gradativa de solução de hidróxido de só
da teoricamente. dio. Na competição pela descarga, os íons Na + perdem pa
ra as moléculas de água e os íons Cl - ganham das molécu
las de água.
Eletrólise em solução aquosa
Nesta eletrólise os íons Na + e Soi - competem com mo
Eletrólise de solução aquosa de Na2S04
Na eletrólise aquosa o meio rletrolítico é uma solução
aquosa de um eletrólito. Nesta eletrólise devemos conside léculas de água. Segundo as ordens de descarga, ambos per
rar, além dos íons provenientes da dissociação ou ionização dem para as moléculas de água, ocorrendo a seguinte reação:
------
do eletrólito, pequenas quantidades de íons H + e OH - pro catodo ( - ) 4 H20 + � -+ 2 H2 + 4 OH +
venientes da ionização da água e as próprias moléculas de anodo ( + ) 2 H20 -+ 02 + 4 H + + �
água. Estas, por serem polares e se encontrarem envolvendo (+)
os eletrodos, podem sofrer redução ou oxidação. São as se 6 H20 --+ 2 H2 + 0 2 + 4 H + + 4 0H -
-
guintes as semi-reações de oxidação e de redução da água:
Os íons H + e OH - formados, após a mistura, se neutra
lizam formando água. Somando-se a equação de neutraliza
oxidação: 2 H20 --+ 02 + 4 H + + 4 e - E0 = 1 ,23 V ção à equação global, temos:
redução: 2 H20 + 2 e - --+ H2 + 2 OH - E0 = - 0,83 V
� + .4-etl --+ �
2
Quando o eletrólito for um ácido ou uma base, as con 6 H20 -+ 2 H2 + 02 + � + ..4()fr"'
centrações dos íons H + e OH - são bem maiores do que na (+)
água pura, podendo sofrer os seguintes processos: 2 H2 0 -+ 2 H2 + 02
Como se pode constatar, nesta eletrólise, ocorre apenas
oxidação: 2 OH - --+ H20 + 11202 + 2 e - E0 = - 0,40 V a transformação da água. Os íons provenientes da dissocia
redução: 2 H + + 2 e - -+ H2 E0 = 0,00 V
ção do sulfato de sódio não se transformam. Eles, no entan
to, são necessários para tomar o meio condutor de eletricidade.
A previsão de quais reações ocorrerão, preferencialmen
te, no catodo e no anodo, muitas vezes, não é uma tarefa fa
Eletrólise de solução de HCl diluído
cil. Isto porque nem sempre o oxidante mais forte é o mais
No catodo ocorre a descarga do íon H + . No anodo há
rapidamente reduzido. Além disso, diferentes concentrações
a competição entre íons Cl - e moléculas de água, ocorren
dos reagentes podem produzir diferentes resultados. do a descarga dos íons Cl - .
catodo ( - ) 2 H + + K -+ H2
A série de potenciais, no entanto, pode nos dar uma boa
------- --
indicação dos íons que sofrerão, preferencialmente, descar
ga numa determinada eletrólise. De um modo geral, temos: anodo (+) 2 Cl - -+ Cl2 + Y
,( +)
�
8
IL_______L
pr� rid�a�
io�
ãnions não
de�d�
e�d_ ca�
es_
(;J
a ------
rg�
oxigenados: C! - , Br · , S2� .. .
�
ou
H-
·
ãnions oxigenados: SO� - , CO��, NO} ...
ânions orgânicos: CH3COo -
Eletrólise de solução aquosa diluída de NaOH
Nesta eletrólise verifica-se que no catodo moléculas de
água descarregam antes dos íons Na + e que no anodo ocorre
-
(exceto F " ) fluoreto: F-
� CIJ
o H0
2
a descarga preferencial de íons OH - .
2
� H20 + K 2 H2 + _4-0ff""'
J..eff - 02 + 2-HíQ+ �
metais metais catodo ( ) --+
+ metais
de
ou lon AI
•
J+
alcalinos
alcalinos: anodo ( +) --+
transição: terrosos:
H20 i + , + ...
Ba2+ , Ca2 +, Mg2+ .. . Na + , L K
(+)
.......
Fel+, Cu2+, Zn2+ .. .
UJ
sa
....-...
EXERCÍCIO ·O
Eletrólise de solução aquosa de NaCl a:
1-
No catodo ocorre a competição entre íons Na + e molé (PUC-SP) Considere os seguintes sistemas: UJ
UJ
I� I
E.i .t
=
Leis da eletrólise 96 500
Em 1834, o inglês Michael Faraday estabeleceu as leis
da eletrólise que são conhecidas como leis de Faraday.
E
maneira:
carga elétrica (Q) que atravessa a solução:
E -----+ 96 500 C
lC
IE - � I
Matematicamente, temos:
m = k1 • Q (I)
onde: 96 00
• m é a massa da substância eletrolisada, dada em gramas;
2 H+ + 2 e-
L.I.J onde: do ocorre a redução do íon H + :
.......
• E é o equivalente-grama da substância, dado em eq/g.
L.I.J
Como a massa de substância eletrolisada é proporcional . to metálico sabendo-se que, ao passar por um solução de seu
-
1 42
tanto à carga que atravessa o sistema, como ao equivalente sal uma corrente de 9,65 A durante 5 minutos, depositou-se
grama da substância eletrolisada, podemos reunir as expi:es- 0,88 g do metal num dos eletrodos?
Solução para eletro-deposição. Terminada a niquelação, verificou-se
Os dados do problema permitem calcular a carga elétrica que haviam passado pelo circuito 1,0 · 10 - 3 moles de elé-
que passou pela solução. Para que isto seja possível é neces . trons. Conclui-se, então, que a quantidade de níquel deposi
sário transformar o tempo em segundo e a seguir multipli tada sobre a eça de cobre é:
p
car pela corrente elétrica que atravessou a solução: a) 5,0 · 1 0 - moles, isto é, 29,35 10 - 3 g; ·
Q = 9,65 A 5 60 s = 2 895 C 3
c) 2,0 · 10 - 3 moles, isto é, 117,42 10 - g;
· ·
·
Como o equivalente-grama de uma substância é a massa d) 2,5 . 10-4 moles, isto é, 14,67 . 10 - 3 g;
3. (FCC) Duas células eletrolíticas, uma contendo CrC1 58,7 g . 5,0 . w - 4 mol
3 mN·' =
(célula I) e a outra CrC12 (célula 11), foram ligadas em série 1 moi
e por elas passou corrente elétrica durante certo tempo. mNi "' 293,5 • 10 - 4 g = 29,35X 10 - 3g
A relação das massas do metal depositado nos catodos das
células I e 11 é: A alternativa a é a correta.
a) 1/1; b) 1/2; c) l/3; d) 2/3; e) 2/5.
Solução 5. (PUC-SP) Um sal de um metal de massa atômica 55 li
Células eletrolíticas ligadas em série são atravessadas pe· berou 1,375 grama do metal quando submetido à eletrólise,
la mesma quantidade de eletricidade. Neste exercício a quan por uma corrente de 10 amperes, durante 16 minutos e
tidade de elétrons que atravessa as células I e 11 é a mesma. 5 segundos. Conseqüentemente concluímos que a valência
A equação de redução do crômio na célula I é: do metal no sal considerado é:
Cr3+ + 3 e -
a) 1; d) 4;
--+ Cr b) 2; e) 5.
e na célula 11 é: c) 3;
Cr2 + + 2 e- --+ Cr Solução
Os dados do problema permitem calcular a quantidade
Supondo que pelas células I e 11 passem x elétrons, as
de carga elétrica que atravessou o cirê:uito. Para isto basta mul
massas de crômio depositadas são:
célula I : 3 mol e - -- 1 mol Cr - 52 g
tiplicar o tempo, em segundo, pela corrente.
Q = i. t
x mol é - mr
Q = 10 . 965 = 9.650 c
52 • X Como a carga associada a um mol de elétrons é 96.500 C,
mr = -- (I)
3 o número de mols de elétrons que atravessou o circuito elé"
trico foi 0,1 mol.
célula II: 2 mol é- __ 1 mol Cr - 52 g O número de mols de metal depositado foi:
x mol é - mrr
1 375
(li)
n = > = O'025 mol
52 • X 55
mn = -- Podemos calcular a relação entre o número de mols de
2
elétrons que atravessou o circuito e o número de mols de áto
Dividindo a expressão (I) pela (11) temos:
Pl-
mos do metal depositado.
= __QJ_ = 4
mr = n � de mols elétrons
� w
e n � de mols de átomos 0,025
r.n
mu = Este dado nos mostra que são necessários 4 mols de elé ::i
-o
trons para depositar um m<>l de átomos. Isto só é possível a:
1-
A alternativa d é a correta. w
se a valência, isto é, a carga elétrica do íon for +4. ....J
w
A4+ + 4 e- --+ A -
4. (ITA-SP) Para niquelar uma peça de cobre, usou-se uma
solução de sulfato de níquel 11, e aparelhagem conveniente A alternativa d é a correta. 143
1A
CLASSIFICAÇAD PERIÓDICA DDS ELEMENTOS
�
jH
i 1,DGII 2A
Com massas atômicas referidas ao isótopo 1 2 do carbono
3A 4 A 5A BA ?A
·� F
3 10
� Be
o
�N
c
o � c
§ Li B c � o
x
� Ne
.... 0.01 z 14.0 19,0
º Si
10.0 12.0 18,0 20,2
13 15 2 16
� Cl
11 c 12 16 17
jMg ' p
1
E lementos de transição 14
z
c c
� Na � AI � s � Ar
4B 5B BB 7B 1B < li
23,0 � 24,3 27,0 28,1 31,0 32,1 35,5 30,9
Se Ti V ' !� Mn � Fe �8 Cu ·�
o
� Co : ; Ni
27 32 36
Kr
19 " 28
. .
� G .:
23 "' 25 1 26 29 '
'1 .�
o c
o
� K s ca � e 4
i2 �
•
Rb �� � Sr E:::' Tc :� � Ru :� � Sb .: :o T '"
� �
� Zr :� In � Sn :: ·� e e ·�
58,7 72�
'
56,8
'
45,0 79,9
�
:8,1 13,5 74,9
1 ' 46 49 53 2
13,8
� Mo :�
37 38 39 44 � 45 so 52
� Rh :�
_:;: 4Q 42 �
l cd :�
o 51
1:�
o
8
A �
�
43
§ .
v � 2 I
� �
1
� 115,1 ., § 87.1 • .... ;::::; 11,.2 .... 95,9 98.1 0: 101,1 102,9 114,8 111,7 <t 121,8 127,6
I Pb
�·
TI
1 1 2,4 12e,9 131,3
' � 84
� Pt �� Po ��'
85
� Ir
56 72 79 80 81 82
Rn li
86
�
: �
73 74 78 83 2
8
55 57-71 76
;;
� R <( g o 2 o
� Hf . ;�
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��RI f.
]2 113,1 � ' 18
o "' ; z
'
137,3
l DOS
LANTANIOIOS 178.5 118,2 :;: :ZOO,I ..... 12101 12101 7 12221
:� � R a H iá? Ku �i'0 � Ha �
BB � � �
132,9 180,9 100,2 112,2 195,1 1&7,0 207,2
'
201,0
§ �
N ú mero
� Símbolo
atômico �
::l
�
o
o
� Série dos actinldeos
Massa �
�
z
�
atômica
l i = NOde mas5a do
osOtopo maos "tável �
UJ
(f)
_J
·O
a:
1-
UJ
_J
UJ
-
144
QUÍMICA ORGÂNICA
A química orgânica é o ramo da química que estuda os tância com a fórmula CH3Cl. Se as quatro valências não fos
compostos do elemento carbono, principal componente de sem iguais deveriam existir quatro substâncias diferentes for
todos seres vivos. O nome química orgânica teve origem na madas pela mesma quantidade e tipos de átomos, mas com
idéia de que as substâncias presentes nos seres vivos somen arranjo espacial diferente:
te podiam ser sintetizadas por estes organismos devido ao H H H C!
I
fato de possuírem a "força vital".
Em 1828, o alemão Wõhler produziu em laboratório a I I I
H - C - C! H - C - H C! - C - H H - C -H
I I
substância uréia (composto orgânico) a partir de cianato de
amônio (composto inorgânico). I I
H C! H H
NH2
calor / As fórmulas estruturais acima são no entanto idênticas
NH4CNO -+ O = C
cianato " e representam igualmente o composto cloro-metano.
· de uréia
NH2 • os átomos de carbono podem ligar-se entre si formando
amônio cadeias carbônicas. As ligações entre os átomos de carbono
podem ser:
I
A partir de então, ocorre o declínio da teoria da força vi
tal e os químicos iniciam pesquisas no sentido de estudar I
I
e sintetizar compostos de carbono. Isto fez com que a quan simples: c c
tidade de substâncias orgânicas conhecidas superasse em apro I
ximadamente dez vezes o número de substâncias inorgâni
cas conhecidas.
dupla:
A química orgânica é hoje um campo fértil e inesgotá
vel. Detergentes, inseticidas, aditivos alimentares, medica·
mentos, plásticos, borrachas etc. são alguns exemplos de onde tripla:
os compostos orgânicos se encontram presentes. Em 1 874, Van't Hoff e Le Bel propuseram a Teoria da
Configuração Tetraédrica do Atomo de Carbono. De
acordo com essa t.eoria, o átomo de carbono situa-se no cen
tro de um tetraedro imaginário e cada uma de suas valências
estaria dirigida para um dos vértices do tetraedro.
H
O CARBONO
H
145
• as quatro valências do carbono são equivalentes.
H H
Exemplo
I I I
- C - C - C - OH
I I I
que corresponde ao composto:
H3C - CH2 - CH2 - OH ou
Carbonos ligados por dupla ligação: sofrem hibridi
zação sp2 que determina uma estrutura triangular plan� e
ângulos de 120°. O átomo de carbono na cadeia
Um átomo de carbono, numa cadeia carbônica, é classi
ficado em:
I � G:J
@CH3
CD @ ® f' o
I
H3C - C - C H 2 - C H - C H3
H3C - CH - CH 2 - C
I
I "
oH
Ú) C H 3 ®CH3
CH3
carbonos primários: 1 , 5, 6, 7, 8;
H3C - C - CH2 - CH3
carbono secundário: 3;
11
carbono terciário: 4;
o
carbono quaternário: 2.
Insaturadas
Apresentam duplas ou triplas ligações entre os átomos
Classificação das cadeias de carbono:
carbônicas
H3C - CH = CH - CH3
Os átomos de carbono podem formar diferentes tipos de H3C - C = cH
cadeia, fato �ste que determina as propriedades das substân
cias. As cadeias carbônicas podem ser classificadas basica
mente em:
Heterogêneas
Quanto à disposição dos átomos na cadeia, as cadeias aber
Apresentam, alêm do carbono, átomos de outros elemen
tas podem ser:
tos no meio da cadeia:
Normais ou retas
H3C - CH2 -�:Q.:- CH2 - CH3
-t:N :-
Apresentam apenas carbonos primários e secundários:
. -�- ,
H3C - CH2 CH3
CH3
Cadeias fechadas ou cíclicas, quando os átomos de car·
bono formam anêis ou ciclos:
CH2
/ '\
Ramificadas H2 C CH2
Apresentam carbonos terciários ou quaternários: I I
H2 C / CH2
'\
CH 2
Normais
Quando o anel não apresenta ramificações:
/ CH
'\2 o
H2C CH 2 z
o
I I a:l
�
a:
H2C -- CH2
o
-
14 7
Quanto à saturação dos átomos de carbono as cadeias car Ramificadas ou mistas
bônicas podem ser: Quando o anel apresenta ramificações:
H2C-- CH - CH2 - CH3 Dependendo do número de núcleos benzênicos as cadeias
I
homocíclicas aromáticas podem ser:
I • mononucleares: quando apresentam apenas um anel ben-
Óc' oH
H2C , / CH2 zênico.
CH2 -.:::" 0
Quanto à saturação dos átomos de carbono as cadeias fe
chadas podem ser:
�
Saturadas
Quando os átomos de carbono do anel apresentam ape
�
aas ligações simples: • polinucleares: qu!lndo apresentam dois ou mais anéis ben
H2C -- CH2 zênicos.
I I
H2C , / CH2
o
Insaturadas
Quando existem duplas ligações no anel:
núcleos isolados núcleos condensados
HC = OI H H
/ '
H2C CH2 / C = c, Alicíclicas ou não-aromáticas: quando a cadeia não apre
� CH2
/ H2C , / CH2 senta anel benzênico.
c =c
H H
Quanto à natureza dos átomos constituintes, as cadeias
fechadas podem ser:
Homogêneas ou homo<:íclicas
Quando apenas átomos de carbono constituem o anel:
CH2
EXERCÍCIOS
/ '
I
H2C CH2
I
H2C -- CH2
1 . (PUC-SP) Na fórmula abaixo, há quantos átomos de car
Heterogêneas ou heterocíclicas bono primário, quantos secundários e quantos terciários?
Quando átomos de outros elementos encontram-se pre
H H H H
I
sentes no anel:
I I I
HC -- CH H3C - C - C - C - C - CH3
11 11 I I I I
HC '@/ CH CH3 CH3 H CH3
I Solução
H Numerando-se os átomos de carbono presentes na molé
cula da substância temos:
As cadeias homocíclicas podem ser de dois tipos:
<D I ® I ® I ® 1 0 ®
H H H H
Aromáticas: quando apresentam o núcleo ou anel ben
a> l
zênico na sua estrutura. Este anel encontra-se presente na H3C - C - C - C - C - CH3
substância benzeno que possui uma estrutura cíclica forma � I I®
da por um anel hexagonal insaturado: CH3 CH3 H CH3
Verificamos que se encontram ligados a somente um áto
H
mo de carbono os átomos de números I, 2, 5, 8 e 9. O áto
I mo número 6 encontra-se ligado a dois outros átomos de car
o .t e , bono. Os átomos número 3, 4 e 7 estão ligados a três átomos
:z
o
H - C C - H de carbono.
CC
a: I 11 O composto apresenta 5 átomos de carbono primário, 1
H - C� /C - H . átomo de carbono secundário e 3 átomos terciários.
c:s:
u
�
2. (CESESP-PE) Assinale a alternativa que contém a clas
o c
- I
l48 H sificação da cadeia abaixo:
a) aciclica, saturada; cadeia homogênea, normal e saturada;
b)
c)
cíclica, insaturada e ramificada;
aciclica, insaturada e ramificada;
l
c) H2C = CH - O - CH2 - CH2 - CH3 j
d) cíclica, saturada, sem ramificação; cadeia heterogênea, insaturada e normal;
e) heterocíclica, insaturada e ramificada.
d) H3C - CH = CH - CH2-CH 2 - CH2
I
Solução
A fórmula estrutural da substância nos mostra que a ca
deia carbônica é normal (não há formação de ciclo}, ramifi CH3
cada (existe um átomo de carbono terciãrio) e insaturada (exis Cadeia homogênea insaturada e normal;
te uma dupla ligação).
mificada é:
cadeia homogênea, saturada e ramificada.
c,
a) ,o
=
A alternativa a é a correta.
I
H3C - CH2 - C CH -
�
primário, secundário e terciário presentes no composto
,o
H3C - CH2 - CH2 - CH2 - C CH3
, ,
CH - CH - CH2 - CH - CH3
I I
H /
CH3
c) H 2C = CH - O - CH2 - CH2 - CH3
CH3 CH3
d) H3C - CH = CH - CH 2 - CH2 - CH2
são, respectivamente:
I a) 5, 1, 3; c) 3, 3, 3; e) 5, 2, 2 ..
CH3 b) 2, 3, 4; d) 2, 4, 3;
e) H3C - CH2 - CH2 - CH2 - CH 2 - CH - CH3
I Solução
CH3 Identificando os tipos de átomos de carbono presentes na
molécula temos:
®
Solução
0 0 €)
Identificando e classificando a cadeia carbônica princi
�
pal de cada substância temos: CH3 0
,
®
( ® / CH - CH - CH2 - CH - CH3
,o
IH3C - CHz - c = CH - c CH3 I I
I H CH3 CH3
CH3 ® ®
cadeia homogênea, insaturada e ramificada; A alternativa a é a correta.
I
Noções básicas de nomenclatura
O conhecimento de grande número de compostos de car CJ)
bono fez com que os químicos estabelecessem regras de no <(
u
FUNÇÕES ORGÂNICAS menclatura que permitissem relacionar o nome da substância :z
•<(
com sua estrutura atômica. Isto foi feito em reuniões inter (!)
a:
nacionais patrocinadas pela União Internacional de Quí o
mica Pura e Aplicada (IUPAC). As regras de nomencla LU
CJ)
149
turais das principais funções orgânicas bem como as regras • associar um prefixo ao número de átomos de carbono da
de nomenclatura dos compostos orgânicos. molécula da substância. Os prefixos para 1, 2, 3 e 4 átomos
de carbono possuem nomes especiais. Para 5 ou mais áto
mos de carbono utilizam-se os prefiXos gregos. Radicais são átomos, ou grupo de átomos, que apre
sentam uma ou mais valências livres. Os radicais de
rivados dos hidrocarbonetos são chamados radicais al·
nllmcro de
quita e são, genericamente, representados pela letra R.
6tomo• de I 2 � 4 5 6 7 8 9 lO
carbono
Assim temos:
preflllo met et prop but pent hex hept oct non deca
hidrocarboneto radical
tripla ( • )
dupla ( = ) en (CH3 - CH2 - CH3) CH3 - CH2 - CH2 - ou C3H7 -
Hidrocarbonetos
• identificar os radicais alquila ligados à cadeia principal;
• numerar a cadeia carbônica principal, c;le modo que os ra
dicais recebam os menores números, ou seja, começar a nu
�meti
cad.eia carbônica principal e radicais ligados a esta cadeia. • identificação dos radicais alquila:
A cadeia catbônica principal é aquela formada pela maior I
quantidade de ãtomos de carbono.
Exemplos · H3C - CH2 - CH2 - CH - CH3
• numeração da cadeia carbônica:
\c - c � c - c ... c\ CH3
c
I I
- H3C - CH2 - CH2 - CH - CH3
150 ® @ ® @ CD
e não CH3 de carbono. A nomenclatura dos alcenos de cadeia normal
H3C - CH2 - CH2 - CH - CH3 ment-e sub�tituir o infixo an por en. Quando for necessário,
<D ® G) @ ®
numerar a cadeià carbônica principal para indicar a locali
zação da dupla ligação. A numeração começa sempre a par
tir da extremidade mais próxima da dupla ligação.
• nome do composto:
2-metil- pentano
fórmula nome
2. Dar o nome do composto: CH2 = CH2 (C2H4)
CH3 C2Hs
eteno (*etileno)
CH2 = CH - CH3 (C3H6) propeno
I I
IH3C - CH - CH - CH2 - CH31
Quando um alceno apresentar ramificação, a cadeia car
bônica principal deve conter a dupla ligação.
• identificação dos radicais alquila:
--�H3j �
I I
meti! etil
I I � �
H3C - CH - CH - CH2 -CH3 I I
meti! -- metil
temos:
CH3 CH3
I I I I I I I I I I
c c c c c c c c CH3 - CH - CH2 - CH - CH = CH2
1 I I I I I I I
- - - - - - - - -
Q) ® ® @) ®. ®
CD ® ® ® Cil ® ® ®
Alcenos
• na molêcula estão presentes 3 radicais alquila (dois metil
e um etil);
-
151
Os alcenos são compostos formados por cadeias abertas • desenhando a cadeia carbônica principal e numerando-a
e insaturadas, contendo uma dupla ligação entre átomos temos:
I I I I I I Exemplos
- C .= C - C - C - C - C -
I I I I
CD Q) ® ® ® ®
• colocando-se os radicais na cadeia carbônica principal, ob·
e não
temos a fórmula estrutural do composto:
C2 Hs CH3
I I
H2C = CH - CH2 - CH - C - CH3
I
CH3
1 -metil-3-etil-ciclopentano
(hidrocarboneto clclico saturado e ramificado)
Alcinos
Os alcinos são compostos formados por cadeias abertas
e insaturadas, contendo uma tripla ligação entre átomos
de carbono. Tanto para compostos de cadeia normal como
ramificada a nomenclatura dos alcinos é semelhante à dos
alcenos, bastando somente trocar o infixo en por in.
fórmula nome
I
CH3
• Hidrocarbonetos aromáticos
I
HC = C - C - CH2 - CH2 - CH3 3,3-dimetil·hexina. l
Estes compostos apresentam um ou mais anéis ou nú·
CH3
cleos benzênicos. O benzeno é o hidrocarboneto aromáti
co mais simples. Sua molécula é um hexa anel formado por
duplas e simples ligações intercaladas.
Hidrocarbonetos cíclicos
Os hidrocarbonetos cíclicos são compostos formados por H
cadeias carbônicas fechadas. Estas cadeias podem ser sa I
turadas ou insaturadas e ramificadas ou não. A nomenclatu· c
11 \
© o;
ra destes compostos é feita colocanda.se o prefixo ciclo an·
? �
tes do nome do alcano correspondente. H - - H
ou ou
fórmula nome H - C C - H
�c /
"' ""
/� I
ciclopropano
CH2 - CH2
H
CH2 - CH2
I
O nome oficial do benzeno é ciclohexatrieno-1,3,5. No
I ciclobutano entanto, para efeito de nomenclatura, os compostos aromá
CH2 - CH2 ticos são considerados como derivados do benzeno.
/CH2
Exemplos
(/)
<(
CH
�
� CH2 /
ciclopenteno meti l-benzeno
� CH - CH2 ( *tolueno)
z
•<(
(.!:) etil-benzeno
a::
o No caso de hidrocarbonetos cíclicos ramificados, deve-se
(/)
w numerar o anel partindo-se da ramificação mais simples e
10
seguir o sentido horário ou anti-horário de modo que os ou Quando o composto aromático apresentar um único anel
ir
U·
z
tros radicais recebam os menores números. Quando o anel benzênico e várias ramificações, valem as regras discutidas
for insaturado, a numeração da cadeia deve começar pelo car· para os hidrocarbonetos cíclicos: numerar a cadeia a partir
-
152
bono que contém a insaturação e os radicais devem receber do radical mais simples e prosseguir a numeração de modo
. ós menores números possíveis. que os outros radicais fiquem com os menores números.
Exemplos Alguns hidrocarbonetos aromáticos polinucleares impor·
tantes são:
Compostos oxigenados
1 , 2,3- tri meti l-benzeno 1 , 2-dimetil-3-etil-benzeno
Os compostos orgânicos oxigenados são formados
Quando o hidrocarboneto aromático apresentar um úni pelos elementos hidrogênio, carbono e oxigênio.
co anel benzênico e somente duas ramificações, os números
que indicam a localização dos radicais podem ser substitui
As principais funções oxigenadas são: álcool, fenol, al·
dos por palavras.
deído, cetona, éter, ácido carboxílico e éster.
Álcoois
posição palavra
São compostos que apresentam um ou mais grupos hi·
meta (m)
c 1 - c 2 orto (o) droxila ou oxidrila ( - OH) ligados a átomos de carbono sa
c 1 - c3 turados. O grupo OH é o grupo funcional dos álcoois e é
c 1 - c4 para (p) responsável pelas propriedades comuns que eles apresentam.
A fórmula geral dos álcoois é R - OH.
A nomenclatura IUPAC dos álcoois é feita segundo as
Exemplos regras anteriormente vistas com as seguintes modificações:
a terminação O dos hidrocarbonetos é substituída por OL
e a numeração da cadeia carbônica, quando for necessária,
deve começar a partir da extremidade mais próxima da hi·
droxila.
Além da nomenclatura IUPAC utiliza-se a nomenclatu
ra usual onde um álcool é identificado da seguinte maneira:
orto-dimetil -benzeno ou o-dimetil-benzeno
álcool ico
( * orto-xileno ou o- x i leno )
(nome do radical ligado ao grupo OH)
Exemplos
meta-dimetil-benzeno ou m-dimetil-benzeno
propanol-1 ou álcool n-propilico
(* meta-xileno ou m-xileno)
H3C - CH2 - CH2 - OH
3-metil-pentanol-1
!
CH3
para-dimetil-benzeno ou p-dimetil-benzeno
(* p-xileno ou para-xileno)
H3C - CH2 - CH - CH2 - CH2 - OH
@-
Fenóis são compostos que apresentam um ou mais gru·
pos OH ligados diretamente ao anel benzênico. Apresentam -
fórmula geral Ar - OH. 1 5�
Exemplos OH Cetonas
(* feno!)
@ como grupo fundamental. O grupo carbonila pode estar
11
o
1-hidróxi-2-metil-benzeno
ligado a dois radicais alquila (R - C - R'), dois radicais
( * ono-cresol)
(orto-hidróxi-tolueno)
11
o
arila (Ar - C - Ar') ou um radical alquila e um arila
11
1 -hidróxi-3-metil-benzeno
o
( * meta-cresol)
(meta-hidróxi-tolueno)
(R - C - Ar').
11
o
A nomenclatura IUPAC das cetonas é feita trocando-se
a terminação O dos hidrocarbonetos por ONA. A numera
1-hidróxi-3-metil-benzeno
ção da cadeia carbônica é feita a partir da extremidade mais
( * para cresol)
(para-hidróxi-tolueno)
próxima do grupo carbonila.
A nomenclatura usual das cetonas é feita da seguinte
maneira:
_____ cetona
(radical menor) (radical maior)
• Ácidos carboxílicos
Exemplos
São compostos que apresentam o grupo carboxila
.f o
(- C ou - COOU) como grupo funcional. Ao propanona
"
( * acetona)
OH (dimetil-cetona)
grupo carboxila pode estar ligado um radical alquila
o
.f
(R - C ou RCOOH) ou um rad'1caI an'Ia butanona CH3 - C - CH2 - CH3
" ou (metil-etil-cetona) 11
o o
.f
(Ar - C , ou ArCOOH)
CH3
I
OH
A nomenclatura IUPAC é feita substituindo-se a termi 2-metil-pentanona-3 CH 3 - CH - C - CH2 - CH3
nação O dos hidrocarbonetos pela terminação ÓICO. A nu (etil-isopropril-cetona) 11
meração da cadeia é feita a partir da extremidade que con o
tém o grupo carboxila.
Aldeídos
Exemplos São compostos ·que apresentam o grupo aldoxila
(* ácido fórmico)
ácido metanóico ,j� o o
H - c" .f
(- C ou - CHO) como grupo funcional. Ao grupo ai·
oH "u
.f o
(* ácido acético)
ácido etanóico .f o doxila pode estar ligado um radical alquila (R - C '\
CH3 - C H
'\
.f o
� ou RCHO) ou um radical arila (Ar - C '\
OH
©
� .f o ou ArCHO).
ácido benzóico H
z
•<
C "
(.!)
a:
OH A nomenclatura lUPAC dos aldeídos é feita trocando-se
o a terminação O dos hidrocarbonetos por AL. A cadeia car
cn
w bônica principal é aquela que contém o grupo aldoxila e a
o ácido 3-metil-pentanóico numeração da cadeia é feita a partir deste grupo. A nomen
u
z CH3 clatura usual é feita a partir dos nomes dos ácidos carboxíli
LL
::::>
I o cos correspondentes.
- .f
.54
CH 3 - CH 2 - CH - CH2 . - c ,
OH Exemplos
metanal A nomenclatura IUPAC dos éteres é feita da seguinte
(* formo!)
(aldeído fórmico ou forrnaldeído) maneira:
______ ÓXI ___________
H - C "H
(radical menor)
-f o
(radical maior)
e a nomenclatura usual:
éter ______ ______ ílico
(radical menor) (radical maior)
etanal Exemplos
(aldeído acético ou acetaldeído)
CH3 - CH3
rnetoxi-rnetano (éter dirnetílico)
O -
CH3 - CH - CH2 - C
I f' o
@- o - CHJ
rnétoxi-benzeno
"H
benzaldeído Compostos nitrogenados
(aldeído benzóico)
São compostos que apresentam átomos do elemento
nitrogênio além de hidrogênio, carbono e ou oxigênio.
Ésteres Aminas
o- (Ar - NH2).
A nomenclatura IUPAC é feita da seguinte maneira:
- COO - ). Ao grupo funcional podem estar ligados radi
cais alquila ou arila. No caso de radicais alquila ternos ______ arnina
R - C " .
.f
(nome do radical)
o
0 - R Exemplos
Exemplos
(* forrniat? de metila)
rnetanoato de rnetila
dimetiletilarnina
etanoato de rnetila
(* acetato de rnetila)
CJ)
<(
fenilarnina
@-NH2 �
z
•<(
(* acetato de etila)
(!)
etanoato de etila (* anilina)
a:
o
Amidas CJ)
w
Éteres >O
U·
São compostos derivados dos ácidos carboxílicos. Apre z
::::>
-
LL
a dois radicais alquila (R - O R'), arila (Ar- O - Ar') sentam fórmula geral R - C "
São compostos que apresentam o átomo de oxigênio ligado f' O -
o Exemplos
�
metanamida H - C'
(formamida) NH2 cloreto de etila �H5 - Cl
CH3 - c ,
brometo de metila
�o
etanamida
(acetamida) NH2
Séries orgânicas
Nitrilas
Série homóloga é um conjunto de compostos or
São compostos que podem ser considerados derivados do gânicos, pertencentes à mesma função química, for
(Ar -
tuído por um radical alquila (R - C • N) ou arila
gás cianidrico (H- C • N).O átomo de hidrogênio é substi mados por moléculas que diferem umas das outras em
um ou mais grupos CH2•
C • N).
A nomenclatura das nitrilas é feita dando-se o nome do
Exemplos
hidrocarboneto acrescido da terminação NITRILA.
Nitrocompostos
propano butanol C4H9 - OH
butano pentanol CsH11 - OH
São compostos que podem ser considerados derivados do
�
o Série isóloga é um conjunto de compostos orgâni
ácido nitrico H - O - N \o cos, pertencentes a diferentes fiirições, fórmados por
o moléculas que diferem umas das outras em um ou mais
O grupo OH é substituído por um radical alquila pares de átomos de hidrogênio.
etano C2H6
A nomenclatura dos nitrocompostos é feita colocando-se
o prefixo NITRO antes do nome do hidrocarboneto que ori eteno C2H4
gina o nitrocomposto.
etino C2H2
,, Exemplos
@NO,
nitro-etano CH3 - CH2 - N02 Série heteróloga é um conjunto de compostos or
gânicos, pertencentes a diferentes funções, formados
por moléculas derivadas do mesmo hidrocarboneto
nitro-benzeno (mesmo número de átomos de carbono por molécula).
1
H
logênio. o
A nomenclatura IUPAC considera os átomos de halogê �
I
etanal H - C - C'
nios como sendo ramificações da cadeia carbônica principal.
H
Exemplos H
H
I
cloro metano CH3 - Cl
�o
1
Cl Cl
I I
ácido etan6ico H - C - C '
-
56
oH
1 ,2-dicloro-propano CH2 - CH - CH3 H
3. (FUVEST-SP) Pentanal, conhecido também como vale
EXERCÍCIOS raldeído, apresenta a seguinte fórmula molecular:
a) C3H60;
1 . (FES.]. CAMPOS-SP) Das substâncias abaixo, a que con· b) C4H80;
tém maior número de átomos de carbono por molécula é: c) C4H802;
a) metil-ciclobutano; d) pentanóico; d) C5H 1 00;
b) 2-pentino; e) benzeno. e) CsH 1002.
c) 1-pentanol;
Solução
Solução Pentanal é o nome da substância pertencente à função
As fórmulas estruturais e moleculares das substâncias são: aldeído e cuja molécula é formada por cinco átomos de car
metil-ciclobutano bono. Sua fórmula estrutural é:
CH3
I
I I
CH - CH2 C5H 1 0
CH2 - CH2
e, portanto, sua fórmula molecular é C5H1 00.
A alternativa d é a correta.
4. (FM POUSO ALEGRE-MG) A nomenclatura para a es
2-pentino
H3C - C = C - CH2 - CH3 C sH s
trutura seguinte:
CH3
I
1-pentanol
CH3 - CH2 - CH2 - CH2 - CH20H
CH3 - CH2 - CH2 - CH2 - CH2 - CH - C - CH2 CH,
I I
-
pentanóico
CH3 CH2 - CH2 - CH3
I
c
CH3 CH2 -CH2 -CH3
0 <D 0
H
A alternativa e é a correta. Vemos que a cadeia carbônica principal é formada por
F Br
I I
•O
Solução U·
2
Escrevendo as fórmulas estruturais das substâncias e iden
LL
::::>
I I
F - C - C - C! tificando os grupos funcionais temos:
-
©
o
CH3 -@ amma
T A N u
Portanto, a substância deveria chamar TANUS.
s
A alternativa c é a correta. ·
A alternativa c é a correta.
6. (UC-MG) Com relação aos compostos abaixo: 8. (MEDICINA POUSO ALEGRE-MG) A nomenclatura
correta para o composto abaixo é:
(CH3h CCH = C(CH3h
a) 2,2,4-trimetil penteno-3;
b) 2,4,4-trimetil penteno-2;
é correto afirmar que os horizontais e verticais representam, c) 2,2,4-trimetil penteno-2;
respectivamente, séries: d) 2,4,4-trimetil penteno-3;
a) heterólogas, isólogas;
e) 2,2,4,4-tetrametil buteno-2.
Solução
b) heterólogas, homólogas;
c) homólogas, isólogas; A fórmula estrutural do composto é:
d) isólogas, heterólogas; CH3
I
CH3
e) isólogas, homólogas. I
Solução CH3 - C - CH = C - CH3
As moléculas dos compostos da horizontal diferem entre I
si de um número par de átomos de hidrogênio, portanto, per CH3
tencem a uma série isólogà. As moléculas dos compostos da
vertical diferem entre si de um ou mais grupos CH2, per Identificando a cadeia carbônica principal e os radicais
tencem a uma série homóloga. presentes nas moléculas temos:
A alternativa e é a correta. radical meti!
®-
- CH2 - CH3 : S
- CH2 - CH2 : N
I
- C = O:A radical meti!
O nome oficial do composto é 2,4,4-trimetil penteno-2.
I
- CH - : U A alternativa b é a correta.
li
•O
U·
z mos de carbono;
u..
=> o • 2-metil heptano: composto formado por um radical meti!
-
158
Identificando os grupos relacionados no enunciado do tes (um átomo de carbono) e cadeia carbônica principal conten·
te temos: do sete átomos;
(um átomo de carbono) e cadeia carbônica principal conten
• 3-metil heptano:·composto formado por um radical metil 3. ciclo-butano buteno-1
H '\ /H
do sete átomos. H H H H
Levando-se em consideraçã(}o mesmo número de átomos /c - c
" I I I I
por molécula, apresenta maior cadeia carbônica o composto
não ramificado, no caso o n-octano. �" I I � /
c-e"
H-C =C- C - C -H
I I
A alternativa b é a correta. / H H
H H
Isomeria de posição
lsômeros de posição são aqueles que diferem entre si pe
la posição de duplas ou triplas ligações e de radicais funcio
ISOMERIA nais. Os isômeros de posição pertencem à mesma função
química.
Exemplos
1. buteno-1 buteno-2
lsomeria é o fenômeno pelo Qual substâncias apresentam
a mesma fórmula molecular, isto é, seus agregados atômicos
são formados pelo mesmo tipo e quantidade de átomos, mas
possuem fórmulas estruturais diferentes, ou seja, o ar 2. propanol-1 propanol-2
ranjo dos átomos na molécula é diferente.
H H H H H H
I
As substâncias que apresentam o fenômeno de isomeria
são chamadas isômeras e apresentam propriedades fisicas I I I I I
H - C - C - C - H H- C - C - C -H
I I I
e químicas diferentes. Existem dois tipos de isomeria: a iso
roeria plana e a espacial. I I I
OH H H H OH H
Isomeria de compensação
Os tipos mais comuns de isomeria plana são: isomeria de
Isômeros de compensação diferem entre si pela posição
cadeia, isomeria de posição, isomeria de compensação, iso
de um átomo, diferente do carbono (heteroátomo), na cadeia
roeria de função e tautomeria.
carbônica. A isomeria de compensação também é chamada
metameria e ocorre entre compostos de mesma função
lsomeria de cadeia
química.
Os isômeros de cadeia pertencem à mesma função quí
mica e diferem entre si quanto à disposição dos átomos na Exemplos
cadeia carbônica. 1. éter dietílico (C4HwO) éter metil-propílico
H H H H H H H H
I
Exemplos
I I I I I I I
H-C-C-0-C-C-H H - C - 0- C - C - C - H
1 : propeno ciclopropano
I I I I I I I I
H H H H H H H H H H H
I I I
H- C = C - C -H 2. metil-n-propril-amina (C4H 1 1N) dietil-amina
I H H H H H
H
I I I I I
I 1 '\ 1 '\
H- C - C - C H - C - C
I I
/
2 . o-butano (C4H 10) metil-propano H H H H H
N - H N - H
I/
H H H H H
H H
I I I I I H-C H - C - C
I I
H-C-C-C-C-H H- C -H
H
I
H
I I
H
I
H
H
I
I H
I
I
H H
I
H
I
159
Isômeros de função diferem entre si por pertencerem a
I I I
H
funções químicas diferentes.
H H
Exemplos: mas, no espaço os átomos de hidrogênio podem ficar no mes
1. etano! (álcool) (C2H60) éter dimetílico (éter) mo plano ou em planos diferentes.. No primeiro caso o com
posto é chamado cis-buteno-2:
CH3 - CH2 - OH CH3 - O - CH3
2. propanal (aldeído) (C3H60) propanona (cetona)
I I
H H
0
1'
I I
H - C - C - C CH3 - C - CH3
li
" H H
H
H H o
Tautomeria
Isômeros tautômeros são aqueles que ficam em equilíbrio
dinâmico. Os casos mais comuns de tautomeria ocorrem en
tre acetona e enol e aldeído e enol. A função enol apresenta
um grupo OH ligado a carbono com dupla ligação. H,C H
• tautomeria aldo-enólica: Os prefixos eis e trans significam, respectivamente, do
mesmo lado e em lados opostos.
1
H '·--
1.-�; o Observe que o buteno-1 não apresenta isomeria cis-trans,
I
H - C - C H - pois um átomo de carbono não está ligado a dois grupos di
" ferentes.
H
H H H
aldeído acético, eteno! I I
� I I
• tautomeria ceto-enólica: H C - C - H
c = c (
I I
H H
H H H H
""' �
I I I
H --=- C - C - C - H H3C - C = CH2
Outros exemplos de isomeria cis-trans são:
11
H O H OH 1. penteno -2
propanona propenol-2 H H CH3
" / CH3 " /
Isomeria espacial c c
11 11
A;?r<ip
formado pelos átomos de carbono divide o espaço em dois
planos. Grupos de átomos iguais, ligados em carbonos dife
exemplo, no buteno-2.
<(
A fórmula estrutural do buteno-2 é:
a:
LU
I I I I
H H H H
�
o
SQ
I I
H - C - C = C - C - H
-
160 H H
O át�mo de cloro e o radical metil podem estar no mesmo Exemplo
plano formando o cis-1 -cloro-2-metil-ciclo-hexano:
CI
t
!!
t
OH OH
luz natural prisma de Nicol luz polarizada ácido d-lático ( + a} ácido 1-láctico (- a)
espelho plano
Substâncias opticamente ativas são aquelas capazes
de desviar o plano de oscilação da luz polarizada, na forma Observe que estas duas formas não se sobrepõem uma
de cristal ou em solução. É o caso, por exemplo, da sacaro à outra.
se. Uma solução aquosa de sacarose desvia o plano de osci Os antípodas ópticos apresentam as mesmas proprieda
I
lação da luz polarizada conforme mostra o desenho a seguir: des fisicas e químicas. Eles diferem no entanto em relação
ao sentido do desvio do plano da luz polarizada e na ação
- ·�r
em organismos vivos.
1·-+-t! ----+-8�
·)KJS--r---
a Uma mistura, formada por partes iguais dos antípodas
d e f, não desvia o plano da luz polarizada. A mistura que
'---
. apresenta estas características é chamada mistura racêmica.
Misturas formadas por partes diferentes de d e f, desviam
prisma de N icol
S o plano da luz polarizada.
O número de isômeros opticamente ativos que uma subs
O ângulo. de desvio que uma substância opticamente ati· tância pode apresentar é dado pela relação:
va confere à luz polarizada é medido num aparelho chamado
polarímetro.
Geralmente, as substâncias opticamente ativas apresentam
um ou mais átomos de carbono assimétricos. Carbono assi onde:
161
métrico é aquele ligado a quatro radicais diferentes entre si. N é o número de isômeros;
Representa-se um átomo de carbono assimétrico por C*. n é o número de C* presentes na molécula
Para o ácido 2-cloro-3-hidróxi-butanidióico, que apresenta d) isomeria óptica, cis-trans e de cadeia;
dois átomos de carbono assimétrico: e) apenas isomeria cis-trans.
H H
I I
Solução
o� -f o A fórmula estrutural do 3-metil-penteno-1 é:
C = C* - C* - C
I I
/ "
HO oH
C! OH
Í :t
existem 4 isômeros optipamente ativos:
O composto:
H CI o
Cl H • apresenta um isômero de cadeia: o metil-ciclopentano
c;
..
o'f\ I
CH3
coo'f\
ã.
�
o
.c; c;
ãi CH
a.
ll
/ "'-
H OH HO H
dl (+ ai Ql ( -ai �
\ I
CH2 CH2
ti k"
CI CI
CH2 -CH2
�
• não apresenta isomeria cis-trans, pois os átomos de car
d2 (+/31 Q2 H3l
HO H H OH bono da dupla ligação não estão ligados a dois radicais dife
rentes;
• apresenta isomeria óptica, pois o terceiro átomo de car
bono da cadeia carbônica é assimétrico; ele está ligado a
quatro radicais diferentes entre si ou seja: os radicais
EXERCÍCIOS - CH3, H2C = CH - , CH3 - CH2 - e um átomo de hi
drogênio.
A alternativa a é a correta.
1 . (CESGRANRIO) O ciclo-pentano é isômero do:
3. (CESCEA-SP) Apresenta isomeria óptica:
b) 3-metil-1-butino;
a) 1-penteno;
a) 3-metil-hexano; b) 1, 1-dimetil-ciclobutano;
c) dimetil-propano;
c) I, 2, 3-tri·hidroxipropano; d) I, 2-butadieno.
d) 2-pentino;
e) nenhum deles. Solução
Isômeros ópticos apresentam um ou mais átomos de car
Solução bono assimétrico. Somente através da análise das fórmulas
Para descobrirmos qual das substâncias é isômera do ci estruturais das substâncias é que poderemos saber qual de
clopentano, é necessário conhecer suas fórmulas molecula
las apresenta átomo de carbono assimétrico.
res. Isto pode ser feito a partir das fórmulas estruturais.
3-metil-hexano
estrutural molecular
I
substâacia fórm. fórm. CH3
CH2
/ '\. H3C - CH2 - CH - CH2 - CH2 � CH3
ciclopentano CH2 CH2 C5H IO
\ I 1, 1-dimetil-Qi.clobutano
CH2 - CH 2
CH3
l·penteno H2C = CH - CH2 - CH2 - CH3 C5H IO
I
I I
3-nletil·l·butino HC • C - CH - CH3 C5Hs H3C - C - CH2
I
CH 3
H2C - CH2
CH3
I I, 2, 3-tri-hidroxipropano
dimetil-propano H3 C - C - CH3 C5H 1 2
I I I
I H2C - CH - CH2
CH3
162
b) apenas isomeria de cadeia; cais diferemes: : . , �·ri! : ·
c) apenas isomeria cis-trans e de cadeia; CH3CH2 - , CH�'!"; H,.- •e CH3- CH2 - CH2 - .
4. (ITA-SP) No total, quantas estruturas isômeras (isôme CH3
ros geométricos contados separadamente) podem ser escri I
tas para uma molécula constituída de três átomos de carbo CH3 - CH - CH2 - CH2 - OH
� � � � � � �� � �
no, cinco átomos de hidrogênio e um átomo de cloro?
A alternativa d é a correta.
H
I
2-cloro-propeno
c) somente I, li e III;
b) somente I e li; e) todos.
5. (CESCEM-SP) O álcool primário, de menor peso mole
cular, que apresenta isomeria óptica é o: Solução
a) butano!; d) 2-metil-1 -butanol; As fórmulas estruturais dos compostos formados após a
b) 2-metil-1-propanol; e) 3-metil-1 -butanol. hidrogenação são:
c) 1-metil-1-etanol;
-<t-
H
Solução
As fórmulas estruturais dos compostos são: I. H1C CH2 - CH2 - CH3
a) butano! - não apresenta átomo de carbono assimétrico:
f �-
CH3 H H
I
CH3 - CH - OH III. H,C - - CH2 - CH2 - CH3
d) 2-metil- 1-butanol - apresenta átomo de carbono assi
H CH3
métrico:
CH3
I
H H
163
e) 3-metil-1-butanol - não apresenta átomo de carbono as H H
simétrico: A alternativa c é a correta.
• reação do etanal com ácido cianídrico:
H
�o I
REAÇÕES ORGÂNICAS H3C - C
"
H
+ HCN --. H3C - C - OH
I
CN
I I L I
H H H H Reação de oxi-redução é aquela que ocorre com variação
+ NaOH H - C - C - H + NaBr
do número de oxidação dos átomos de carbono.
I I I I
H- C - C-H -+ Na oxidação da substância orgânica ocorre, normalmen
te, um aumento do número de átomos de oxigênio ou uma
H Br H OH eliminação de átomos de hidrogênio da molécula. Na redu
ção, ao contrário, ocorre uma diminuição de átomos de oxi
gênio ou um aumento de átomos de hidrogênio.
Reações de adição
Exemplos
Reação de adição é aquela onde duas moléculas se com
binam para formar uma única molécula resultante, ou seja, • combustão de álcoois: nesta reação ocorre a queima da subs
o reagente é adicionado à molécula orgânica. tância na presença de oxigênio.
A adição ocorre apenas em compostos que contêm dupla combustão do metanol:
(/)
<(
ou tripla ligação.
u
:z
•<( Exemplos
a: • oxidação de aldeídos: nesta reação o aldeído, reagindo com
(!)
o
f:3
• cloração do eteno: oxidantes como permanganato de potássio em meio ácido,
o H H é .convertido em ácido carboxílico.
� I I
u- oxidação de metanal :
H H
'\ /
a: =
C C + Cl2 � H - C - C - H o �o
I I
KMn04
"H
- / " /
l 64
H H H _C H -C
"
Cl Cl H+ oH
• redução de aldeidos: esta reação pode ser realizada com hi H H
drogênio na presença de catalisador. O aldeido é reduzido .I 6+ I 6+ 6-
a álcool. c -+ Cl
I
H - C -+
redução do metanal:
I
H H
.f o
+
catalisador
H - c, H2 O efeito indutivo pode ser transmitido através da cadeia
H carbônica, no entanto, à medida que a distância aumenta,
o efeito diminui. Normalmente o efeito toma-se bastante pe·
queno para ser notado a partir do segundo carbono.
Reações de polimerização
I I I I
Reação de polimerização é aquela em que moléculas maio - C - C - C -+ C -+Cl
res são formadas a partir da reunião de moléculas menores.
Os compostos macromoleculares são chamados políme
I I I ® I <D
ros e as unidades que os constituem, monômeros. Tornando como referência o efeito do ligante mais comum
da cadeia carbônica - o hidrogênio, o efeito indutivo pro
Exemplos vocado por outros ligantes pode ser classificado em dois tipos:
• trimerização do acetileno formando o benzeno: • efeito indutivo 1: ocorre quando o átomo, ou radical,
-
@
mais eletronegativo que o hidrogênio atrai o par eletrônico
3 HC = CH para si, diminuindo a densidade eletrônica do átomo de
carbono.
• polimerização do etileno
Exemplo
formando o polietileno:
H
1 6+ 1\
H - C -+ Cl
H f' o f' o
1 �o
5
- c R - C
� 1 55 x 1 O -
"
1
=
\.
ácido cloro-acético Cl � C � C K. oR
o� H éster acila
H
Efeito - 1 f' o
-C=N -N
'��
Como se pode constatar pelos valores da constante de io o
nização (Ka ), o ácido fórmico ê mais forte que o ácido acéti ci ano nitro
co. Isto porque o ácido acético possui o radical - CH3 que
"empurra" elétrons (efeito + I) para o carbono. Este efeito •efeito mesomérico + M: quando um átomo ou radical
propaga-se através das ligações e cQmo conseqüência a liga "doa" um par de elétrons para a cadeia carbônica.
ção O - H torna-se menos polarizada, dificultando a ioni
zação do ácido. Exemplo
H, n
A substituição de um átomo de hidrogênio por um áto e
. .
mo de cloro é responsável pela maior acidez do ácido cloro
H e
�-+ "
C = C C = N H2
acético em relação ao ácido acético. O átomo de cloro atrai / / c
elétrons (efeito - I) para si. O efeito propaga-se através das H I H I
ligações e como conseqüência .a ligação O - H toma-se mais H H
polarizada, facilitando a ionização do ácido.
Exercem efeito + M os seguintes radicais:
Efeito mesomérico
O efeito mesomérico caracteriza-se pela redistribuição dos - NH2 - OH
elétrons, através de orbitais 1t, em compostos insaturados. amino hidroxi
0
I I
H H � 8
.-.
\. � . \. \ti
H H
I
/ C = C - C = O +-+ /C - C = C - 0
H H I I Cl - Cl - 2 Cl ·
H H H H
cn.
<( • cisão heterolítica: um dos átomos "apossa-se" do par ele
�
z O efeito mesomérico pode ser de dois tipos: trônico da ligação. Formam-se íons: um positivo e um ne
•<(
(!) gativo.
a:: efeito mesomérico - M: quando o átomo, ou radical,
o
f3
•
Exemplo
atrai os elétrons da ligação para si.
•O
� 10
(..)-
H H
Exemplo
E)
Ji -
I
a::
� �o C - Cl - H - C + :Cl
- =
I
L66
H2C CH - c I
,
OH H H
Uma molêcula orgânica, ao sofrer cisão heterolítica pode Mecanismo com a formação de radicais livres
formar dois tipos de íons: o íon carbônio, quando o carbo· Este tipo de mecanismo caracteriza-se por formar, inter
no transporta carga positiva, e o íon carbânio, quando o mediariamente, radicais livres, altamente reativos. Vejamos
carbono transporta carga negativa. como exemplo a cloração do metano.
Os radicais livres ou os íons são formados transitoriamente • etapa iniciadora (fase lenta) - consiste na cisão homolíti
em um grande número de reações orgânicas. ca do cloro, com formação de radicais livres:
Cl · + Cl ·
Exemplo
t_:tJ
-+ Cl2
H,c - �
I I
H H
Exemplo
v I
H3C - C -CH3 - H3C - C - CH3 + Cl - cisão
-
H3 1 O�
� +_ � +A)i0 - H3C - OH + cp·
CI
� heterolftica
Cl - , CN - , OH -, NH3 etc.
ffi
produtos ou subprodutos formados, bem como a utilização ataque eletrófilo o
de isotópos radiativos têm contribuído muito para solucio
I()
�
nar uma série de problemas sobre os mecanismos das reações. fon carbônio <..>
O estudo dos mecanismos das reações possibilita a previ
são de alterações de velocidade das reações e dos produtos H2��-+ H2 ? - CH3 ataque nucléofilo
a:
-
16�
formados quando as condições experimentais em que a rea
ção se processa são alteradas. Cl
EXERCÍCIOS
Podemos notar o aparecimento de:
a) homólise/radicais livres/reações em cadeia;
b) fotólise/reagente nucleófilo/reações de eliminação;
1. (FESP) A reação entre 1,2-dicloro-etano e zinco em pó c) heterólise/reagente eletrófilo/reações de adição;
corresponde a uma reação de: d) homólise/íons/reações de halogenação;
a) adição; e) heterólise/radicais livres/reações de adição.
b) substituição;
c) rearranjo; Solução
d) eliminação; Na primeira etapa da reação, as moléculas de cloro, atra
e) síntese. vés da energia da luz, se decompõem em dois átomos. Esta
etapa é exemplo de fotólise, decomposição pela luz, e homó
Solução lise, decomposição em partes iguais.
A reação de 1,2-dicloro-etano e zinco produz eteno e clo Na segunda etapa da reação, estão presentes os átomos
reto de zinco: de cloro produzidos na primeira etapa. Estes, por terem va
lência livre, são radicais livres.
Na terceira etapa da reação, o radical metil, produzido
na segunda etapa, reage com uma molécula de cloro origi
nando outro átomo de cloro que repetirá a segunda etapa da
reação, formando assim, uma reação em cadeia.
Verifica-se que átomos de cloro deixam a molécula do A alternativa a é a correta.
�
•O
u-
o::
l 68
ESTUDO DE FUNÇAO ORGÂNICA
Exemplos
• estrutura do metano:
HIDROCARBONETOS
Ale anos
O fato dos alcanos não apresentarem duplas ou triplas
Os alcanos são hidrocarbonetos que apresentam apenas ligações entre átomos de carbono confere livre rotação às suas
ligações simples, isto é, são saturados em cadeias abertas. ligações.
Apresentam fórmula geral C 0H20 + 2 onde n corresponde
ao número de átomos de carbono da cadeia. Propriedades físicas
Os alcanos apresentam pontos de fusão e de ebulição bai
Exemplos xos, que aumentam à medida que aumenta o número de áto
mos de carbono na cadeia.
Os pontos de fusão e ebulição das substâncias são deter·
minados pelas forças que mantêm as moléculas unidas nos
estados sólidos e líquidos: as forças intermoleculares. Os ai
I
H
canos, sendo formados por moléculas apoiares, apresentam
forças intermoleculares fracas, chamadas forças de Van der
I
metano CH4 H - C - H n = I Waals. Estas, por atuarem apenas entre as superficies de con
tato das moléculas, aumentam de intensidade à medida que
H o tamanho das moléculas aumenta.
etano C2 H6 H3C - CH3 n = 2 Exemplos
1 69
no centro de um tetraedro, pois o carbono sofre hibridiza· tro ligações simples, extremamente estáveis e dificeis de se
ção sp3. O ângulo entre as ligações do carbono é de 109°28'. rem rompidas.
As reações típicas dos alcanos são as reações de substi· grandes de frações do pettóleo em moléculas menores. O cra
tuição. As principais são: que produz alcanos menores e vários alcenos.
Exemplo
Halogenação: C H + H2
/ s 16
·i ----- ---
H C8H 18 --.;;;:::: C4H 10 + C4H8
C4H 1 0 + CH4 + C2H4 + C
temperatura de 250 a 400 ° C
n-octano
H - C -l'--------'
H + CH - Cl
o u luz ultravioleta
I
H Alcenos
metano cloro Os alcenos são hidrocarbonetos de cadeia aberta que con
H têm uma dupla ligação. Sua fórmula geral é CnHzn .
I Exemplos
H - C - Cl + HCl
I eteno C2H4 H2C = CH2 n=2
H
propeno C3H6 H2C = CH - CH3 n=3
cloro metano
buteno-1 C4Hs H:iC = CH - CH2 - CH3 n=4
- - - -...
H H
I --- -
�
I
H - C -l, H + HO:_. - N02 --+ H - C - N02 + H20 Os alcenos são obtidos em escala industrial, principalmente,
I
___ _____
Estrutura
H H
I - - - ----- ·
�
I
H - C -:'-H + HO: - S03H --+ H - C - S03H + H20
- - - - ---· Os alcenos possuem estrutura plana na porção da molécu
I I la que contém a dupla ligação. Isto porque para formar a du
H H pla ligação, os átomos de carbono sofrem hibridização sp2,
metano ácido sulfúrico ácido metano-sulfônico
resultando três orbitais híbridos situados no mesmo plano e
separados por ângulos de 1 20°.
Uma �as mais importantes reações dos alcanos é a'com·
bustão. E através da combustão do gâs engarrafado, formado
principalmente por C3H8 e C4H 10, que obtemos a enetgia ne
cessária para cozer nossos alimentos; e é através da combus
tão da gasolina, formada principalmente por;C7HH; e C8H 18,
que conseguimos movimentar nossos veícrilos automotivos.
A combustão pode ser total ou incompleta. No primeiro
caso os átomos de carbono atingem seu Nox máximo, isto é,
+ 4 e no segundo, N0x inferiores, O e + 2. H, H
Exemplos /
molécula de eteno: /C = C,
• combustão total: H H
. CH4 + 202 -- C02 + H20
! ! A dupla ligação é formada por uma ligação sigma, forte,
U) N ox = -4 Nox = +4 resultante da interpenetração dos orbitais híbridos sp2 dos
o
L.U
1- átomos carbonos, e por uma ligação pi, mais fraca, resultante
-@ +®
z • combustão incompleta: da interação de orbitais p puros dos átomos de carbono.
o
a:l
a:. Dois importantes aspectos do comportamento dos alcenos,
<( CH4 + 3!20z -- CO + 2 H20 a sua peculiar reatividade e o isomerismo, são conseqüências
- @) @
u
o
a:.
da presença da insaturação na cadeia.
Propriedades físicas
c
:E CH4 + 02 -- C + 2 H20
-
Outra reação de grande importância industrial é õ craquea· As propriedades fisicas dos alcenos são bastante semelhantes
170 mento. Esta reação consiste na fragmentação de moléculas à dos alcanos. Eles são insolúveis em água, mas solúveis em
solventes apoiares como o benzeno, éter, clorofórmio. Possuem Oxidação energética:
pontos de fusão e ebulição relativamente baixos, mas que, co R
'-. MnOJH•
mo nos alcanos, aumentam à medida que o número de átomo• �
/ C = CH2
de carbono, ou a ramificação da cadeia, aumenta. R
" / I I
" /
/ C = C " + AB --+ - C - C - =
/C O + O = C,
I I
aldefdos e/ou cetonas
A B
Alguns reagentes que são capazes de se adicionar às molé Na ozonólise ocorre a ruptura da dupla ligação formando
culas de alcenos são: se duas moléculas menores que, dependendo da estrutura do
alceno, podem pertencer à função aldeído, cetona ou a ambas.
Hidrogênio:
Combustão:
Halogênios:
H2C = CH2 + Cl2 -- H2C - CH2
Aleinos
I I Os alcinos são hidrocarbonetos de cadeia aberta que con
Cl Cl têm uma tripla ligação. Obedecem à fórmula geral CnHzn 2 • _
Exemplos
Haletos de hidrogênio:
H2C = CH2 + HCI -- H2C - CH2 etino C 2H 2 HC :!: CH n = 2
I I propino C3H4 HC :!: C - CH3 n = 3
H C!
butino-1 C4H6 HC :!: C - CH2 - CH3 n = 4
Água:
butino-2 C4H6 H3C - C :!: C - CH3 n = 4
H2C = CH2 + HOH -- H2C - CH2
I I Estrutura
H OH
Os alcinos apresentam uma estrutura linear na porção da
molécula que contém a tripla ligação. Isto se deve à hibridiza
Ácido sulfúrico:
ção sp dos átomos de carbono, que promove a formação de
H2C = CH2 + H2S04 -- H2C - CH2 dois orbitais híbridos sp, separados por um ângulo de 1 80° .
I I
«>c �:e;::.� c 3
1 80 °
H OS03H
1 71
I I lição relativamente baixos e que aumentam ã medida que o
OH OH número de átomos de carbono por molécula aumenta.
• Reações Uma vez que os dienos apresentam duplas ligações, suas
Os alcinos, assim como os alcenos, têm sua reatividade propriedades são essencialmente as mesmas que as dos alce
acentuada em função da presença da tripla ligação na cadeia. nos. Sofrem reações de adição de hidrogênio, halogênios
Sofrem, assim, as mesmas reações de adição dos alcenos. etc. e reações de oxidação por KMn04 etc.
Genericamente, temos: Os dienos com duplas acumuladas e isoladas comportam
se, na adição, da mesma forma que os alcenos. Os dienos
A B
I I
com duplas conjugadas, além da adição 1,2, apresentam uma
odiçao-t,2
adição diferente, chamada adição 1,4. Observe o exemplo a
- C = C - + 2AB -- - C - C -
I I
seguir:
A B f - fH - CH = CH2
C
H2
onde AB podem ser: hidrogênio, halogênio, haleto de hidro H2C � CH - CH = CH2 + Br Br Br
gênio, água etc.
3,4-dibromo-buteno-1
Os alcinos também apresentam reações de oxidação: H2C - CK = CH - CH2
(
t I
Oxidação branda:
\
Br Br
1 .4-dibromo-buteno-2
f-f-
OH OH
polibutadieno
o (borracha sintétical
Oxidação energética:
o o Ciclanos ou cicloalcanos
KMn04 .f
R - C = C - R' R- C + R' - C .f
H +) Au " " Ciclanos, ou cicloalcanos, são hid,rocarbonetos cíclicos que
OH OH
contêm apenas ligações simples. Obedecem à fórmula geral:
Combustão: CnHZn·
Exemplos
3n - l
/ rn\
CnH2n - 2 + -- 02 -- nC02 + (n - l )H20
2
ciclopropano C3H6 ou i). n = 3
H2C - CH2
Dienos e alcadienos
ciclobutano C4Hs H2C - CH2
Os alcadienos são hidrocarbonetos de cadeia aberta que
apresentam duas duplas ligações. Obedecem à fórmula ge
I I ou O n = 4
H2C - CH2
ral C..Hzn-Z·
Exemplos OI2
g pentadieno-1 , 3 •
<(
Reações
a: O comp<;�rtamento químico dos ciclanos também deveria
• dienos com duplas isoladas: as duplas estão separadas
o ser semelhalllte ao dos alcanos, uma vez que apresentam ape
:I: por mais de uma ligação simples.
nas ligações.Simples. Observa-se, no entanto, que além das r.ea
-
1 72
H2C = CH - CH2 - CH = CH2 ções de substituição, características dos alcanos, os cicia
pentadieno-1 . 4 nos, espeéialmente o ciclopropano e o ciclobutano, apresen-
tam reações de adição. Nestas reações, a estrutura anelar cia em participar, preferencialmente, de reações de substi·
das moléculas é destruída, originando produtos de cadeia tuição.
aberta. O ciclohexano apresenta ângulos maiores que o tetraêdri·
Exemplos co. Baeyer considerou, neste caso erradamente, que esse anel
também deveria apresentar tensio. Segundo Baeyer, anéis com
seis ou mais átomos de carbono deveriam apresentar tensões
que aumentavam com o número de átomos na cadeia) pois
o desvio angular tomava-se progressivamente maior.
ciclopropano n-propano Com esta teoria Baeyer procurou explicar a grande ten·
dência dos anéis peq)lenos em sofrer reações com abertura
do anel e a grande dificuldade que existia em sintetizar ci·
danos com mais de seis ãtomos de carbono no anel.
CH2
/ '\
H2 � �H2 + H2 :i muito dificil
é o benzeno, CJ{6•
cheiro agradável. O hidrocarboneto aromático mais simples
H
I
c,
�
H - C� C-H
H-c
I
�
11
/c - H
ou
o
c
I
O ciclopropano apresenta estrutura triangular, com ân·
H ê
gulos de 60� e o ciclobutano apresenta estrutura quad..rangu·
lar, com ângulos de 90°. O ciclopropano apresenta, portanto, 1.1.1
em relação ao ângulo tetraêdrico de 109°28� um desvio maior
z
CH3 CH CH2
o
e, conseqüentemente, uma tensio maior que a do ciclobuta· Outros exemplos de hidrocarbonetos aromáticos: al
a:
=
no. Dessa forma justifica-se a maior reatividade do ciclopro
pano em rela_ção ao ciclobutano. g
6 ó co
a:
O ciclopentano apresenta estrutura semelhante a um pen º
::::1:
tágono regular, com ângulos de 108°. O desvio em relação
-
1 73
ao ângulo tetraêdrico é muito pequeno e o anel praticamente
não apresenta tensio. Isso explica sua estabilidade e tendên· tolueno estireno naftaleno
Estrutura do benzeno
O benzeno foi descoberto em 1925. No entanto, apenas
CzH5 CH3 NHz
@ @ @
em 1965 foi proposta, por Kekulé, uma fórmula estrutural
mais coerente com suas propriedades. Segundo Kekulé, o ben
zeno poderia ser representado por duas estruturas cíclicas:
O� .&- o....
...... ...
...... l
OH
etil-benzeno tolueno anilina
e possuem comprimento intermediário entre uma ligação sim • polinudeares - apresentam dois ou mais anéis benzênicos:
c§@ @:§@
ples e uma ligação dupla: Atualmente, o benzeno é conside
rado um híbrido de ressonância, cujas formas canônicas
CH3
correspondem às duas estruturas de Kekulé.
[0 OJ 00"-CH,
naftaleno antraceno
ção pi, formada por duas nuvens eletrônicas contínuas, _uma ocorre quando o grupo, ou radical, torna o composto aro
situada acima' e outra abaixo do plano do anel. Esta deslo mático mais reativo que o benzeno. Diz-se que são grupos
calização dos elétrOJ:?.S pi, que caracteriza a ressonância, cOII ou radicais ativantes do anel ou orto-para dirigentes.
@
fere grande estabilidade à molécula. Exemplos
- NH2 - OH - OR
- R -F - Cl - Br - I
1 74
ser classificados quanto ao número de anéis benzênicos: Halogenação: a halogenação com cloro ou bromo ocorre
• mononucleares - apresentam apenas um anel benzênico: na presença de catalisadores como Fe, FeCl3 etc.
&em;Jo OH OH
H C1 �SOM
© + 02 FeCJ}
©
+ HCl
© � + HP
benzeno
fenoI ácido o-hidroxi-benzeno
cloro benzeno sulfônico
Condições mais energéticas promovem a substituição de AlquDação e �o de Fricclcl-Crafts: esta reação per
mais de um átomo de hidrogênio: mite introduzir radicais alquila e acila em "aDéis benzêoico5..
&emplos
© + Ha
o-di cloro
cloreto de metila
p-dicloro
benzeno metil-benzeno
C - CH3
© © + HO
nitro-benzeno
��NOz
benzeno
benzeno cloreto de acetil'! metil-fenil-cetona
CH.1
Devido à grande estabilidade do anel benzênico, as oD
CH.�
o-nitro-tolueno
� l,�
daçõcs ocorrem, normalmente, na cadeia lateral.
l8J
HN03(CODC)
HzS04(CODC) CHl
·� �NOz p-nitro-tolueno
@
metil-benzeno ãcido benzóico
O prosseguimento da substituição fornece o derivado tri
substituído 2,4,6 trinitro-tolueno, conhecido por T.N.T.:
@- o
a:
o
:i:
17�
-
I I
akoólicas de hidróxidos alcalinos, formando alcenos.
álcool '\ /
KX
I I
/ '\
- C - C - + KOH C=C + + H20
IH XI
alceno
HALETOS ORGÂNICOS
haleto de alqUIIa
I I
Exemplos H2C - CH2
I I
H2 C - CH2 - CH2 - CH2 + Zn -+ + ZnBr2
H2C - CH2
Br Br cadeia cfclica
�
©
alceno
u
:z
•<(
(!)
a:
o
Propriedades físicas COMPOSTOS
U) Os haletos mais simples são gases. Conforme a massa mo
w
o
1- lecular aumenta os haletos passam a ser líquidos e, em se
OXIGENADOS
-'
<( guida, sólidos. Os pontos de ebulição aumentam com o au
:I:
mento da massa molecular.
-
l 76
Os haletos líquidos são incolores, de odor característico, A grande maioria dos compostos orgânicos conhecidos
insolúveis em água, mas solúveis em solventes orgânicos. co11tém, além de carbono e hidrogênio, o elemento oxigê-
nio. Estes compostos, ditos oxigenados, podem ser conside na estrutura dos radicais alquila podem, no entanto, interfe
rados como produtos intermediários da oxidação de um hi rir na velocidade da reação ou na natureza da reação.
drocarboneto até dióxido de carbono e água. Na seqüência
a seguir, os compostos encontram-se dispostos em ordem cres c '"
cente de oxidação:
H Nox = -3 H N0x = - 1
li li A alta polaridade do grupo - OH confere aos álcoois pro
R- C - H --+ R - C - OH --+
priedades bem diferentes dos hidrocarbonetos. Os álcoois
I I apresentam pontos de ebulição mais altos que os dos hidro
H H carbonetos de mesmo número de carbonos. No entanto, tal
hidroca rboneto álcool aldefdo como as outras funções, à medida que a cadeia carbônica au
+4
menta, os pontos de fusão e ebulição também aumentam.
?ox = Álcoois de baixa massa molecular são extremamente solú
veis em água. A solubilidade, porém, diminui com o aumento
..... O = C = O +
da cadeia carbônica.
Os altos pontos de ebulição e a solubilidade em água dos
ácido· carboxnico dióxido de carbono água álcoois deve-se à sua capacidade de formar pontes de hidro
A seguir estudaremos as características estruturais, as pro gênio. No primeiro caso, as pontes de hidrogênio ocorrem
priedades e as reações químicas dos compostos oxigenados entre moléculas de álcoois e, no segundo caso, entre molé
mais importantes. culas de álcool e moléculas de água.
·... õ - õ-
/
R
Álcoois / o '' Õ+ .
•• o ' õ+
'
Os álcoois, como já vimos, são compostos orgânicos que R H· H ..
•,
contêm um ou mais grupos hidroxilas ligados a carbonos sa ponte de hidrogênio álcool-álcool
turados. Õ+
Os álcoois podem ser classificados quanto: H /
õ-
·. Õ- /
• ao tipo de cadeia carbônica em: alifáticos, cicloalifáti
;o"
@CH,-OH
cos e aromáticos: ,... o "
R H H. •.•
õ+ Õ+
H3C - CH2 - OH
ponte de hidrogênio álcool-água
alifático
Reações
cicloalifático aromático
As reações dos álcoois são determinadas pelo grupo hi
droxila, que polariza a molécula. As principais reações são:
I
C H3 o álcool possui um caráter ácido fraco.
Exemplos
I
H 3C - C - CH 3
OH
f' o
álcool primário álcool secundário álcool terciário
I
H3C - C H - CH3 H2C - CH - CH3 A ordem de reatividade do álcool nessas reações é a se
I I guinte: álcool primário > secundário > terciário.
OH OH OH
C/)
1 77
A presença do grupo funcional - OH nos álcoois deter com álcoois primários, podendo ser intramolecular ou inter
mina as propriedades que caracterizam a função. Alteraç_ões molecular.
• desidratação intramoleculan das moléculas através de pontes de hidrogênio.
O tenol de maior importância industrial, o fenol comum,
- c - c -
1 I
é relativamente solúvel em água, os outros são praticamente
IH OHI
insolúveis.
alceno
Reações
• desidratação intermolecular:
Os fenóis são compostos que apresentam caráter ácido fra
co, pois se ionizam segundo a equação:
@ @
éter OH 08
Reações de oxidação: os álcoois podem ser oxidados por
soluçt>es aquosas de KMn04 ou K2Cr20 7 . Dependendo da , H• K. "' w - "
natureza estrutural do álcool obtemos diferentes produtos.
Estas reações podem, portanto, ser utilizadas para diferen·
ciar álco01s primários de secundários e de terciários. Assim íon fenóxi
R
ácido carboxnico
- L$r � - -
dratar-se em meio ácido, formando alcenos que são facilmente de condensação dos fenóis:
@ :
oxidados: OH OH OH
CH3
1 oxi-
I
CH3
< CH,
� H3C
+ H, -
H 3C - C - CH3 - C = CH2 + H20 -
I
OH alceno
CH2
-� -
álcool CH3
I
--. H3C - C = O + C02
cetona OH
Combustão: os álcoois queimam-se produzindo gás carbô· Aldeídos e Cetonas
nico e água. Quanto menor a cadeia carbônica, com maior
facilidade ocorre a combustão. Os aldeídos e as cetonas são compostos que contêm o gru
po carbonilo C = O, sendo, por isso, freqüentemente de
C2H50H + 302 --+ 2C02 + 3H20
sign'ados por compostos carbonilicos.
etano I
>-""õ".t,
(!J
X OH R 1 20• R )..- - � 1 2o•
õ- I Ô �\ Õ -
�
o
,..
1 2o•l C ::b O 1 20 0 � c ;- o
t
cn
a..
o
:::i!!
o Propriedades físicas
@ H --- 1 20•
;'
aldeído
y
cetona
I
L 78
Os fenóis são sólidos incolores de baixo ponto de fusão, sença do grupo carbonila. No entanto, a diferença estrutu
porém com pontos de ebulição elevados devido à associação ral entre eles é responsável por diferenças nas suas proprie-
dades. Os aldeídos, por exemplo, oxidam-se com facilidade facilmente, formando ácidos carboxílicos, enquanto as ceto-
e as cetonas não; os aldeídos sofrem reação de adição nucleó · nas não.
fila com mais facilidade que as cetonas. ó� o oxidante
ó� o
2 R - c" R - c"
O carbono da carbonila apresenta hibridização sp , que
origina uma molécula plana na região do grupo funcional. H oH
As ligações sigma, separadas por ângulos de 120°, encontram aldeído ácido carboxflico
se no plano e a ligação pi encontra-se acima e abaixo do plano. o .
Como o oxigênio e o carbono têm eletronegatividades bas .f OXIdante
R -c não reage
tante.- diferentes, a carbonila encontra-se permanentemente "R
polarizada. Devido a essa polaridade, os aldeídos e cetonas cetona
apresentam pontos de fusão e ebulição mais altos que com
postos apoiares de massa molecular próxima. No entanto, A diferença de comportamento entre aldeídos e cetonas
como não são capazes de formar pontes de hidrogênio, pos perante oxidantes é utilizada para distinguir um aldeído de
suem pontos de ebulição mais baixos que os álcoois de mas uma cetona isômera. Para isso, utiliza-se, normalmente, um
sa molecular semelhante. oxidante fraco, como, por exemplo, o reagente de Tollens.
Os aldeídos e cetonas são solúveis em solventes orgâni Este � constituído de uma solução de nitrato de prata amo
cos usuais e, na sua maioria, insolúveis em água. Os aldeí niacal, que contém íons complexos de Ag + . Estes íons, na
dos e cetonas com até cinco átomos de carbono são solúveis presença de aldeídos, são reduzidos a prata metálica, Ag.
em água, provavelmente, devido à formação de pontes de o
hidrogênio de suas moléculas com moléculas de água. .f
R - C + 2 [Ag(NH3)2j + + 30H - �
Os aldeídos têm cheiro agradável, sendo encontrados, com "
H
freqüência, em essências vegetais.
.f o
Reações � R-C " + 2Ag + 4NH3 + 2H20
o-
Os aldeídos e cetonas são compostos multo reativos, sen A reação de aldeídos com reagente de Tollens também
do, no entanto, de maneira geral, os aldeídos mais reativos é utilizada na obtenção de espelho de prata.
que as cetonas.
A reação característica dos aldeídos e cetonas é a adição Ácidos carboxílicos
ao grupo carbonila, com quebra da ligação pi, ou seja, a adi Os ácidos carboxílicos apresentam o grupo funcional car
ção nucleófila. O
.f
boxila - C " , que se encontra apenas na extremidade
Reações de adição à carbonlla: OH
da cadeia.
�
R - MgX " /R Estrutura e propriedades físicas
c
.------7 "
OMgX O grupo carboxila confere às moléculas dos ácidos car
boxílicos uma grande polaridade. A presença de um átomo
" /R de hidrogênio altamente polarizado permite aos ácidos car
-/ c + Mg(OH)X boxílicos a formação de pontes de hidrogênio entre si, ou
'-
OH com moléculas de outras substâncias. Devido às pontes de
álcool hidrogênio, os ácidos carboxílicos apresentam pontos de ebu
lição mais altos que os álcoois correspondentes. Possuem tam
I bém solubilidade semelhante à dos álcoois, ou seja, até qua
HCN/H + C - CN
tro átomos de carbono são solúveis em água, os superiores
I
ô+ ô_
são praticamente insolúveis.
OH
IL
cianidrina
"
c o-
/ = OH & o . . . H - o " ô+
+ .f
I R - C .f C - R
ô_ ô_
"
ô+
C - S03Na + o - H ... O cn
o
I pontes de hidrogênio
c
ô+
<(
ácido carboxílico-ácido carboxílico :z
w
ô_ õ+ õ_ / H
I t!)
C - NH - OH � X
o
I
&_ t;
& .f o . . . H - o cn
OH + o
R - c"
o_
"
õ+
o
0 - H . . . O - H õ+ o..
� /C = N - OH + H20 :i!:
I
o+
o
oxima
H u
-
1 79
Reações de oxidação, como já foi dito, devido à diferença pontes d e hidrogênio
estrutural entre os aldeídos e as cetonas, os aldeídos oxidam-se ácido carboxflico-água
Reações • - Cl fornece o cloreto de ácido. Os reagentes mais em
pregados na preparação dos cloretos de ácidos, são: SOC12,
Dentre as substâncias orgânicas, os ácidos carboxílicos
PCI3, PCI5•
possuem caráter ácido mais pronunciado.
@- e -f' o
Exemplos
;.:: o
� R - C� + H+
o .f o
R - C�
H3C - c ,
o - H o- C! \. CI
os ácidos carboxílicos são, no entanto, considerados co cloreto de etanóila cloreto de
mo ácidos fracos em relação à acidez de ácidos minerais. Ob benzóila
serve a ordem relativa de acidez: ácidos minerais > ácidos • - NH3 fornece a amida. Esta é preparada aquecendo
carboxílicos > ácido carbônico > feno! > água > álcool se o ácido na presença de amoníaco.
> alcinos verdadeiros > amônia > hidrocarbonetos. Exemplos
•' A força do ácido carboxílico diminui com o aumento da
.f o
cadeia carbônica. No entanto, a introdução de radicais ele H3C - c ,
tronegativos nos carbonos próximos à carboxila provocará NH2
um aumento na força do ácido. etanamida benzamida
As principais reações dos ácidos carboxílicos são:
• - OR fornece o éster que, como vimos anteriormente,
Reação com bases Assim como os ácidos inorgânicos, os é preparado através da reação de esterificação, isto é, da rea·
ácidos carboxílicos reagem com bases, formando sais e água. ção de ácidos com álcoois, na presença de ácido sulfúrico con
O sal formado tem características semelhantes aos sais inor centrado.
gânicos.
�c�o
Exemplos
#o
+ NaOH � H - C
' ocH3
� O - CH3
ácido carboxílico sal orgânico
metanoato de metila benzoato de metila
Reação de esterificação Os ácidos carboxílicos reagem com • - OOCR fornece o anidrido. Este é obtido aquecendo
álcoois na presença de ácido sulfúrico concentrado ou ácido se um ácido carboxílico na presença de P20s.
clorídrico seco, formando ésteres e água: Exemplo
o o
/j � .f o
R - C + H - O - R' R - C + H20
" �
-+
0 - H O - R'
H3C C
\.
ácido carboxflico álcool éster o
/
Reação de desidratação Sob a ação de desidratantes, co H3C - C �
mo o pentóxido de fósforo, P 205; os ácidos carboxílicos for o
mam anidridos: anidrido etanóico
.f o
H3C - c , Estrutura e propriedades físicas
OH Pp5 Os derivados funcionais dos ácidos carboxílicos possuem
à caráter polar devido à presença do grupo C = O . Den
tre eles, as amidas são as que apresentam maiores pontos de
/ OH
H3C - C � ebulição. Isto porque suas moléculas podem se associar atra
o vés de pontes de hidrogênio.
ãcido etanóico anidrido etanóico Reações
Apenas o ácido fórmico não forma anidrido. Cada função derivada de ácido possui um conjunto de
H - C :7
;.:: o
� CO + H20
reações características. No entanto, em virtude de todas
essas funções apresentarem na sua estrutura ·o grupo
' oH à C = O, muitas propriedades lhes são comuns. Observa
se, por exemplo, que todos sofrem facilmente substituição
Reação com haletos de fósforo Esta reação produz clo nucleófila, na qual o grupo - OH, - NH2, - OR, - C! ou
retos de ácidos, também denominados cloretos de acila. - OOCR é substituído por outro grupo que apresente cará·
rJ)
o
o
#o #o ter básico. Todos os derivados podem também se converter
<( 3R - C + PC13 � 3 R - C + P(OHh novamente no ácido carboxílico de origem através da hi
:z
w
C)
" OH \. C! drólise.
X cloreto de ácido Exemplos
o
H+ .f o
rJ) o
o
1- Derivados funcionais R .- C
.f
+ H20 ---+ R -C + R'OH
rJ)
c...
o dos ácidos carboxílicos ' oR' ' oH
::2:
o Chamamos de derivados dos ácidos carboxílicos a compos
(.) tos resultantes da substituição do grupo - OH da carboxi- ·
180
la por outros grupos. + + HX
A substituição do grupo - OH por:
Éteres são líquidas e cheiram "a peixe"; as aminas com mais de 12
carbonos são sólidas e não apresentam cheiro.
Éteres são compostos que contêm um átomo de oxigênio
As aminas são compostos polares capazes de formar pon
ligado a dois radicais orgânicos.
tes de hidrogênio. Apresentam, portanto, pontos de ebuli
Propriedades físicas ção mais altos que compostos apoiares de massa molecular
Os éteres são compostos incolores, de odor agradável e próxima.
característico. Têm pontos de ebulição baixos, ligeiramente As aminas são solúveis em solventes pouco polares como
superiores aos dos alcanos de massa molecular semelhante, o éter, o álcool, o benzeno etc. As aminas formadas por mo
porém bastante inferiores aos pontos de ebulição dos álcoois léculas pequenas são solúveis em água, pois formam pontes
isômeros. Isto porque os éteres não são capazes de formar de hidrogênio com as moléculas de água.
pontes de hidrogênio. Reações
Os éteres são pouco solúveis em água. Os éteres de baixa
massa molecular, no entanto, possuem solubilidade semelhan As aminas apresentam caráter básico fraco pois, como a
te à dos álcoois. Acredita-se que isso se deva à formação de amônia, contêm nitrogênio com um par de elétrons não com
pontes de hidrogênio entre moléculas de água e moléculas partilhados. Assim como a amônia, as aminas transformam
de éteres. se nos respectivos sais ao reagirem com ácidos minerais.
Exemplo
Reações
Os éteres são compostos muito pouco reativos. São, de
vido a isso, utilizados freqüentemente como solventes iner metil-amina cloridrato de metil-amina
tes em reações orgânicas; os éteres são, no entanto, altamen (sal)
te inflamáveis. Os tipos de reações mais comuns são:
Reação com ácido sulfúrico: Os sais formados na reação das aminas com ácido são de
H compostos por bases fortes.
R - O - R' + H2S0r-+ [R - � - R] HS09 Exemplo
[H3C - NH3t Cl -
NaOH
([H3C - NH3t OH -) -+
éter sal de oxônio
instável
Formação de peróxidos:
R - O - R + - 02
1 lm
---+ R-O- O- R A ordem decrescente de basicidade das aminas é:
2
éter peróxido
R - O - R + HI -+ R - OH + R - I
Cisão na presença de ácidos:
Reação com ácido nitroso Esta reação das aminas permi
éter álcool haleto de alquila te distinguir suas diferentes classes. As aminas primárias pro
duzem álcoois e liberam nitrogênio gasoso:
181
As metilaminas e etilaminas são gasosas e têm cheiro se
melhante ao do amoníaco; as aminas com 3 a 12 carbonos nitrila amida
f' o 2-cloro-2-metil-butano
R - c, + NH3 CH3
OH I
ácido carboxllico H3C - C - CH2 - CH3
I
e se reduzem formando aminas: C!
Ni l-cloro-3-metil-butano
R - C a N + 2 H2 - R - CH2 - NH2
nitrila amina CH3 Cl
I I
Nitrocompostos H3C - CH - CH2 - CH2
I
H2C CH2
tro orbitais p puros.
A alternativa c é a correta. I + H2 -+ não reage cn
H2C CH2 o
" / ,U
7 . (FFLCHUSP) Na reação pentadieno-1,3 com bromo, CH2 u
a:
LU
183
b) 1 ,4-dibromo-penteno-2; mativas, designadas por I, II e III. Responda-a, obedecendo
c) 3,4-dibromo-penteno-1 ; ao seguinte código:
a) somente a afirmativa I é correta; no, mas a todos os átomos do anel. A nuvem eletrônica está
b) somente a afirmativa II é correta; deslocalizada (ressonância), fato que confere grande estabi
c) somente a afirmativa III é correta; lidade ao anel. O benzeno pode ser representado pelas es
d) somente as afirmativas II e III são corretas; truturas de ressonância:
e) as afirmativas I, II e III são corretas.
A nitração do benzeno:
I) Produz, principalmente, compostos ortosubstituídos.
II) Representa um processo de substituição aromática.
III) Ocorre com cisão homolítica das ligaçêes C - H.
[ O � O]
Analisando estas estruturas vemos que a molécula é forma
da por três ligações pi (entre átomos de carbono) e 12 liga
Solução
ções sigma (6 entre átomos de carbono e seis entre átomos
A nitração do benzeno é feita utilizando-se ácidos nítrico
de carbono e hidrogênio).
e sulfúrico concentrados. Neste processo um átomo de hi
A alternativa a é a correta.
drogênio do benzeno é substituído por um grupo - N02•
A equacão que representa o processo é: 12. (CESGRANRIO-RJ) A reação de sódio metálico com
N02 uma mistura de 2-cloro-propano e cloroetano produz:
@ + HN02 H ,SO,
A alternativa b é a correta.
© + H20
a) 2-propilato de sódio, etilato de sódio e cloreto de sódio;
b) cloreto de sódio, butano, 2-metil-butano e 2,3-dimetil
butano;
c) hidróxido de sódio, cloreto de hidrogênio, propino e etino;
d) propanoato de sódio, cloreto de hidrogênio, propino e
10. (MAPOFEI-SP) A vanilina é um composto constituí etino;
do por um núcleo benzênico, ao qual se ligam, apenas, um e) cloreto de sódio e 2-metil-butano.
grupo hidroxila, um grupo aldeído e um grupo metoxila (me Solução
tóxi). O primeiro grupo está em posição para, com relação A reação de haletos de alquila com sódio metálico pro
ao segundo, e em posição orto, com relação ao terceiro. Es duz alcanos e cloreto de sódio. Os alcanos formados são re
creva sua fórmula estrutural. sultado da união dos radicais aos quais estão unidos os áto
@
Solução mos de halogênio. Assim, neste exercício temos:
A vanilina é formada por: H3C
\.
• anel bemênico' 2-cloro-propano H3C - CH - CH3 radical: / CH - (A)
I H3C
C!
• grupo hidroxila: - OH
cloroetano H3C - CH2 - C! radical: H3C - CH2 - (B)
,f o
• grupo aldeído: - C \. Fazendo as combinações possíveis temos:
H
I
A + A H3C - CH - CH - CH3 2,3-dimetii-butano
• grupo metóxi: - OCH3
I
O grupo hidrmdla e aldeído estão em posição para e o CH3 CH3
�0-CH,
grupo hidroxila e metóxi em posição orto. A fórmula do com-
B + B H3C - CH2 - CH2 - CH3 butano
posto é: OH
A + B H3C - CH - CH2 - CH3 2-metil-butano
I
H
CH3
,{/ o A alternativa b é a correta.
c "
13. (UF-PA) Podemos prever que o glicerol,
I I
1 1 . (UMC-SP) Assinale a alternativa incorreta com relação CH2 - CH - CH2, deve ser um composto:
ao benzeno: I
a) a distância entre 2 carbonos vizinhos não -é constante; OH OH OH
2
b) a hibridização dos átomos de carbono é do tipo sp ; a) insolúvel em água, por apresentar pouca afinidade com
c) no benzeno, temos 3 ligações 1t e 12 ligações o; esta;
d) a ressonância das ligações 1t traz uma grande estabilidade b) de alto ponto de ebulição, devido à facilidade em formar
ao composto; pontes de hidrogênio;
e) o benzeno corresponde a um híbrido de duas estruturas c) de baixo ponto de ebulição, pelo fato de possuir baixo peso
de ressonância. molecular;
cn
o Solução d) solúvel em hexano, por apresentar grande afinidade com
.u No benzeno, os átomos de carbono apresentam hibridi este;
u e) de alta volatilidade, por apresentar interações intermole
a: zação sp? Isto faz com que tanto os átomos de carbono como
w
>< os de hidrogênio se situem no mesmo plano. No entanto, culares fracas.
w
as ligações pi são formadas por duas nuvens eletrônicas si- · Solução
L 84
-
tuadas acima e abaixo do pl'ano do anel. Os elétrons pi não A molécula de glicerol é formada por três grupos hidro
pertencem exclusivamente a dois únicos átomos de carbo- xila altamente polares. Conseqüentemente o glicerol é solú-
vel em solventes polares e possui elevado ponto de ebulição 16. (FUVEST-SP) O desinfetante fenol e o veneno de tra
por apresentar ligações intermoleculares fones. ças para-dicloro-benzeno têm as seguintes fórmulas estru
@-oH c1-@-c1
A alternativa b é a correta. turais:
h) 1,2-dibromo-propano;
a) 1 -bromo-propano; d) 1 ,3-dibromo-propano; tratado com solução de hidróxido de sódio.
e) bromo-etano. Solução
c) 2-bromo-propano; a) somente o para-dicloro-benzeno apresenta isômeros de
Solução posição. Estes são o meta-dicloro-benzeno e o ono-dicloro-
A adição de um álcool com ácido sulfúrico concentrado benzeno: Cl Cl
produz uma reação de desidratação. Esta pode ser intramo
©c, @a
lecular originando um alceno ou intermolecular originando
um éter:
meta-dicloro-benzeno orto-dicloro-benzeno
b) a equação da reação entre fenol e solução de hidróxido
@ @
de sódio é: OH O Na
+ NaOH � + H20
185
cool existem dois mols de grupos OH. do radical carboxila.
A alternativa b é a correta. A alternariva a é a correta.
""
QUIMICA DESCRITIVA
O conhecimento das leis que regem as transformações quí é separado do nitrogênio graças à diferença de temperatura
micas permite prever quais reações ocorrerão em um siste de ebulição que esses dois elementos apresentam. As partí
ma e ainda explicá-las e controlá-las no sentido de obter os culas sólidas em suspensão no ar atmosférico são separadas
188
biente. No entanto, ele é muito higroscópico (propriedade
eletrólise
de absorver umidade do ar) e solúvel e, se não forem toma- 2 NaCl + 2 H20 •
O hidróxido de sódio é utilizado na fabricação de sabão O petróleo cru passa por um forno aquecido a tempera
e agentes de limpeza; nas indUstrial! de algodão; de. seda ar turas que variam de 350°C a 400°C. A seguir é enviado pa
tificial; de plásticos e na fabricação de outros produtos quí ra a torre de fracionamento que é formada por pratos dis
micos. postos uns sobre os outros e que estão a temperatura s dife
rentes.
O petróleo aquecido entra na torre em um ponto situado
pouco acima de sua base. Os componentes que apresentam
menores pontos de ebulição ascendem pela torre e os menos
voláteis descem pela mesma. Os vapores que ascendem pela
coluna encontram na base da torre os pratos com as maiores
PETRÓLEO temperaturas e no alto os que possuem as temperaturas mais
baixas. Os componentes mais voláteis são condensados na
parte superior da torre de fracionamento e retirados; os me
nos voláteis são retirados na parte inferior da torre e transfe
ridos para outras torres de fracionamento, onde são separa
Supõe-se que o petróleo existe na natureza há 50 milhões
dos em misturas mais simples.
de anos. Ele começou a ser formado quando restos de ani
A primeira torre de fracionamento (destilação primária)
mais e vegetais, juntamente com lama e pedaços de rochas
apresenta na sua base temperatura de aproximadamente
trazidos pelos rios, se depositaram no fundo dos oceanos for
300°C, enquanto na parte superior a temperatura está em
torno de 30°C. É ela quem faz a primeira separação entre
mando grandes camadas de lodo. Com o passar do tempo
outros tipos de sedimentos se acumularam no fundo dos ocea
nos, recobrindo o antigo lodo e comprimindo-o com seu pe gás, gasolina, óleo diesel e a parte menos volátil do petróleo.
so. Os restos de animais e vegetais ficaram, então, submeti Esta última vai para a base da torre pois necessita de tempe
ratura superior a 300°C para vaporizar.
dos a grande pressão. Este fato, aliado à alta temperatura lo
cal e à ausência de oxigênio, permitiu que bactérias, lenta O quadro seguinte mostra as principais frações obtidas
mente, transformassem os restos desses organismos em pe na destilação do petróleo e sua utilização.
tróleo.
O petróleo é encontrado tanto na forma líquida quanto
como consistência semelhante a graxas. O petróleo é uma Peb átomos de carbono
sicas e químicas semelhantes. Devido à grande quantidade gás < 20 I a4 gás de aquecimento
de substâncias presentes no petróleo é dificil, tecnicamente, éter de petróleo 20.60 5·6 solvente industrial
isolar todos seus constituintes. Na prática esta separação é nafta leve 60-100 6·7 solvente industrial
. feita através da destilação fracionada, processo através do qual gasolina 40-200 5 a 10 combustível
misturas mais simples, isto é, contendo substâncias com pon querosene 175-325 4 a 18 combustível de jato
tos de ebulição próximos, são obtidas. A figura a seguir mostra gasól� 275·500 15 a 40 combustível diesel
o esquema de um destilador de petróleo. óleo lubrificante > 400 15 a 40 lubrificante
coletor de
'-----,--..../ condensados
Gasolina
-
+-+-------- PETRÓLEO CRU mo se fosse constituída por 70 partes de 2,2,4-trimetil pen
18�
....-----------''-
.
recuperador de calor tano e 30 partes de n-heptano.
+
3 Fe203 + CO -+ 2 Fe304 + C02 + calor
Fe304 CO -+ 3Fe0 + C02 + calor
FeO + CO -+ Fe + C02 + calor
Alumínio
A obtenção do alumínio é feita através do método eletro
litico. Por este método, o alunúnio é formado a partir do óxido
de alumfnio (Al203), cuja matéria-prima principal é o mi
nério bauxita.
Como o lon alunúnio não sofre eletrólise em solução aquo
sa, pois o íon H + apresenta maior capacidade de ganhar elé O minério de ferro é misturado com o coque e o calcâreo
3
trons do que o Al +, toma-se necessãrio fundir o óxido de e a mistura é colocada no alto-fomo. Este recebe um jato con
3
alumínio para que a reação de redução do Al + ocorra. Co tinuo de metano que ao queimar produz âgua e dióxido de
mo o ponto de fusão do A1203 é elevado (2050°C), é feita carbono, que reage com o coque produzindo uma quantida
uma mistura dessa substância com criolita (Na3AlF6), pois de extra de monóxido de carbono.
+ 2 Al -+ 2 Cr +
que contém 4% de carbono e é quebradiço, não resistindo
Cr203 Al203 a altas temperaturas.
O ferro-gusa pode ser transformado em aço através da eli
Ferro minação do carbono e outras impurezas como Mn, S, P e
Na produção de ferro e de muitos metais não-ferrosos, Si. Esta eliminação é feita através da oxidação desses elemen
como o zinco, chumbo, cobre etc., trata-se o minério do me tos com o oxigênio, em altas temperaturas.
tal com carvão e monóxido de carbono. O aço comum contém, em média, 0,5% a 1,5% de carbo
190
é o monóxido de carbono. As equações das reações que ocor vel pela perda anual de milhões de toneladas de materiais
rem são: metâlicos.
O processo de corrosão envolve reações de oxi-redução, mínio com cobre, manganês e magnésio resultam no dura·
que são lentas, porém continuas; e o metal ê o agente redu· lumínio que apresenta grande dureza. O mesmo acontece
tor do processo. como o ouro que é muito mole, deformando-se com faci
Existem várias maneiras de proteger um metal contra a lidade. Em joalheria são utilizadas ligas de ouro e cobre
corrosão; o uso de graxas anti-corrosivas e a pintura das su· para aumentar a dureza do material.
perficies metálicas são algumas delas. Uni método impor· A maleabilidade e a dureza das ligas metálicas estão rela
tante de proteção consiste em depositar eletroliticamente so· cionadas com o tamanho dos átomos dos componentes da
bre a superficie do metal a ser protegido um outro metal me· mesma. Quanto maior for a diferença entre o tamanho dos
nos reativo. O ferro, por exemplo, pode ser recoberto por átomos formadores da liga, maior a dureza e menor a plasti·
crômio, estanho, cobre, níquel, zinco, cãdmio e chumbo. Este cidade da mesma.
método de proteção de metais ê chamado galvanoplastia. A seguir estão relacionadas algumas ligas metálicas, sua
Na galvanoplastia sã;> utilizados banhos eletroliticos, nos composição e utilização.
quais o Il),etal a ser recoberto ê ligado ao catodo e o metal
protetor ao anodo. A corrente aplicada durante o processo Liga Principal
é importante na formação da película metálica protetora; se componente . Compoaiçlo ('KI) ApHcaç6ea
a corrente ê muito intensa a película fica porosa, o que pre· 94,6 AI; 4 Cu;
0,8 Mg; 0,6 Mn
duralumlnio alumlnio aeronavês e foguetes
judica a proteção contra a corrosão.
estrutura de
Muitas vezes a película protetora não adere bem ao me· aço ferro 99,9 Fe; 0,1 C construções,
tal, como por exemplo na aplicação do crômio sobre o ferro. ferr$mentas.
Nestes casos utiliza-se uma camada intermediária que adere 92 Fe; 3,3 C;
blocos c freios de
ferro-gusa ferro 2,2 Si; 0,8 Mn;
muito bem aos dois metais. 0,3 Cr; O,7 Ni
automóveis
zinco e o cádmio, embora não conferindo aparência bonita bronze cobre 90 Cu; 10 Sn armas
à peça, também são muito utilizados: têm boa capacidade
latão cobre 67 Cu; 33 Zn inst�entos
de proteção e são mais baratos.
musicais,
ornamentos
ouro 75 Au; 12,5 Ag;
ouro joalheria
Ligas metálicas 18 quilates 12,5 Cu
As ligas metálicas, devido às propriedades que apresen·
tam, são mais utilizadas que os metais puros. Por exemplo, . As ligas metálicas são fabricadas por simples fusão de se11s
o aluminio é um metal de baixa densidade, mas que não apre· componentes ou submetendo-se os metais à alta pressão, se·
senta grande dureza e resistência. No entanto, ligas de alu· guida de aquecimento da· mistura.
�
mem desenvolveu a técnica de destilação fracionada.
A fermentação do açúcar é causa,da por um fermento, se· todo é rentável quando a indústria dispõe de grande quanti·
gundo a equação: dade de etileno a bom preço.
O álcool etílico também pode ser obtido pela redução do :E
C6H l206 -+ 2 H3C - CH2 - OH + 2 C02 o
acetaldeído com hidrogênio: u
O álcool etilico pode ser obtido ainda pela fermentação �
f=
�o
do amido, que tambêm é um hidrato de carbono como o açú·
-+
5
CH3 - C '\ + H2 CH3 - CH2. - OH
car, só que formado por macromoléculas. Neste caso, é ne·
cessário que o amido seja primeiro transformado em açúcar
H
-
191
através de um fermento existente nos cereais em germina A mistura reativa é aquecida a 180°C e catalisada por ní·
ção, a diastase. O açúcar obtido é então usado para fabricar quel à pressão normal.
Benzeno CaO + 3 C --+ CaC2 + CO
O benzeno, C6H6> é um líquido incolor de ponto de ebu·
lição 80°C e densidade 0,87 g/ml a 20°C. Misturado à ga·
cal viva coque carbeto de cálcio
(carbureto)
solina é usado como combus�ível; na indústria é usado co
CaC2 + 2 H2 0 --+ Ca(OHh + C2H2
mo solvente e também como matéria-prima na fabrição de
medicamentos, explosivos e corantes. acetileno
A maior parte do benzeno é obtida do gás dos fomos de
Etileno
coque e do alcatrão da hulha.
Atualmente, os hidrocarbonetos que apresentam uma du
O benzeno é utilizado:
pla ligação têm grande importância comercial; são utiliza
• para fabricar anilina (produto básico da indústria de co
dos como matéria-prima para obtenção de polímeros como
@NO,
rantes sintéticos):
plásticos e borrachas. O etileno que possui fórmula molecu
lar C2H4 e estrutural
@ H�SO�
HN03
I
H
/
K,
/H
'
C = C
H
@NO,
benzeno
redução
@NH,
n itrobenzeno pode ser produzido pela hidrogenação seletiva do acetileno.
Esse método consiste em injetar num forno acetileno e hi
drogênio em excesso. A reação ocorre na presença de um ca
talisador seletivo que contém níquel. Este catalisador pro
move a hidrogenação do acetileno a etileno impedindo, no
anilina entanto, a transformação do etileno em etano (C2H6), ape
sar do hidrogênio em excesso:
• para fabricar o BHC, poderoso inseticida: Ni
C2H2 + H2 ---+ C2H4
C6H6 + 3 Cl2 --+ C6H6C16 Neste processo todo acetileno é praticamente convertido
hexaclorobenzeno
em etileno, que é matéria-prima na fabricação do plástico
polietlleno. A polimerização do etileno pode ser explicada
admitindo a quebra de uma ligação da dupla ligação de sua
Acetileno molécula. Esta quebra permite que diversas moléculas se
O acetileno era utilizado antigamente apenas como gás unam para formar as macromoléculas do plástico polietileno.
H, /H H, /H H, /H
1'
de iluminação. Mais tarde passou a ser utilizado em soldas,
' + /C
pois sua chama alcança altas temperaturas. A partir de 19 1 7
C = C = C + C = C +
H H H H H H
/ / '
o acetileno passa a ser utilizado como matéria-prima n a ob +
tenção de ácido acético e acetaldeído.
H, /H H, /H H, /H
O método utilizado na obtenção de acetileno é o carbeto
-/ C -/ C - -/ C
' ' '
carbotérmico. Em um forno de aço revestido de material re
- C - +
t1
C - + - C -
H H
+
H H H H
fratário coloca-se cal viva. Ao redor da cal é colocada grande
quantidade de coque. Na parte inferior do forno o ar enri
H H H H H H
quecido com oxigênio é injetado por tubos. O coque quei
I I I I I I
ma na presença do ar, alcançando temperaturas superiores
1 I I I I I
que e a cal, formando carbeto de cálcio. O carbeto de cálcio
H H H H H H
formado reage com água, formando acetileno. As equações
destas reações são:
cn
o
�
I-
CL.
::::ãi!
o
(.)
cn
�
o
:::1
o
-
1 92
r:fJ CURSOS PRÁTICOS
� NOVA CULTUML I VESTIBULAR I