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Patos - PB
28/05/2021
HUFF, D. Como mentir com estatística. Rio de Janeiro, Ed Financeiras S.A, 1968.
Tradução de How to Lie with Statistics, 1964, relançado em 1993.
“Havia uns dez anos ou mais, ouvia-se falar muito do povo miúdo, do povão, o que
significava praticamente nós todos. [...] Logo isto também foi sendo esquecido, o que
provavelmente foi bom. Mas o povo miúdo, o homenzinho, continua aqui entre nós.
É o herói do gráfico. Um gráfico em que um homenzinho representa um milhão de
homens, um saco de dinheiro ou uma pilha de moedas representa um milhão (ou um
bilhão) de dólares, a silhueta de um boi representa o suprimento de carne para o
ano vindouro. São gráficos pictóricos. São um recurso útil. Têm o que, receio eu,
chama-se apelo visual. E é capaz de tornar-se um mentiroso fluente, escorregadio e
bem-sucedido.” (p.63)
“Existe ainda outra espécie de perigo quando se faz variar o tamanho de objetos
num gráfico. Parece que em 1860 havia qualquer coisa na ordem de oito milhões de
vacas leiteiras nos Estados Unidos, e que em 1936 havia mais de vinte e cinco
milhões. Mostrando tal incremento pelo desenho de duas vacas, uma três vezes a
altura da outra, a impressão dada era exagerada, como vimos expondo. Mas o efeito
sobre a pessoa que rapidamente estivesse folheando a revista seria ainda mais
estranho: poderia ela vir até mesmo a pensar que as vacas agora são maiores do
que costumavam ser! (p.68)