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FACULDADE DE RONDÔNIA – FARO

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO – PROF. ÍTALO


HARDMAN
ATIVIDADE N2 – 2020.2

NOME: MIVÂNIO XAVIER MARTINS MATRÍCULA: 100380


TURMA: DIR10NA

INFORMAÇÕES GERAIS:

● Não esqueça de colocar seu NOME e TURMA;


● A atividade pode ser resolvida no formato digital, através do Microsoft Word
(.docx) e assemelhados, ou PDF. Também pode ser resolvida no formato
manuscrito, sendo necessário o escaneamento e envio através do e-mail:
provasfaro2020@gmail.com;
● A atividade pode ser pontuada entre 0,0 e 4,0 pontos. Esta pontuação será
adicionada à nota da prova N1;
● Cada questão deve ser resolvida DENTRO DO ESPAÇO DETERMINADO,
com mínimo de 3 linhas e máximo de 10 linhas;
● Prazo de envio: 7 dias a contar da data de disponibilização no Teams;

1. A respeito dos elementos de conexão no Brasil, assinale a afirmativa


correta.
a) A lei da nacionalidade da pessoa determina as regras sobre o começo e o
fim da personalidade. xxxxxxxxxx
b) A locus regit actum é aplicável para qualificar e reger as obrigações;
c) A lex loci celebrationis é aplicável para reger o regime de bens do
casamento celebrado no estrangeiro;
e) O elemento de conexão lex rei sitae é aplicável nas relações envolvendo
bens móveis. xxxxx

JUSTIFIQUE SUA RESPOSTA:

O tratamento jurídico do regime de bens que governa o aspecto patrimonial


da sociedade conjugal, e que, após o Código Civil de 2002, tem repercussão
também no plano sucessório, não é o mesmo do casamento. Uma vez que
as regras patrimoniais não são formalidades ou elementos vinculados à
solenidade das núpcias. Constituem parte substancial do regramento jurídico
do consórcio; O tema regime de bens não vai regulado pelo principio ‘’lex loci
celebrations’’,elencado no artigo 7º “caput’’ da LINDB e que é a regra geral
quanto ao patrimônio, ele exprime regulação própria, especial, prevista no
parágrafo 4º do artigo 7º da LINDB.
2. Tendo em consideração a Cooperação Jurídica Internacional, explique
a diferença entre a Carta Rogatória e o Auxílio Direto. Em sua resposta
você deve citar ao menos um artigo da Lei de Introdução às Normas de
Direito Brasileiro (LINDB).

RESPOSTA:

A competência para a celebração de tratados internacionais pertence à


União, mas, depois de assinados, eles devem ser ratificados pelo Poder
Executivo, com a aprovação do Poder Legislativo. 
A carta rogatória é o instrumento por meio do qual um juízo estrangeiro
solicita a realização de alguma diligência processual em juízo não nacional.
Trata-se de um documento oficial que serve de veículo para um pedido de
cooperação. Por meio da carta rogatória a autoridade judicial (e somente ela)
solicita ao Estado requerido que execute ato jurisdicional já proferido, de
modo que não cabe àquele outro Estado exercer qualquer cognição de
mérito sobre a questão processual.
O artigo 109, inciso X, da Carta Magna de 1988 determina que a
competência para a execução de carta rogatória é do Juiz Federal, após a
concessão de “exequatur” por parte do STJ (base legal: artigo 105, alínea “i”,
da CF/88).

Auxílio direto é o instrumento de colaboração internacional, por meio


do qual se cumpre a solicitação de uma autoridade estrangeira. No auxílio
direto o pedido é encaminhado pela autoridade central ao órgão que deverá
realizar o ato processual solicitado, sem que para isso seja necessária a
expedição de carta rogatória; O Ministério da Justiça, para posterior
distribuição à autoridade brasileira competente que pode ser o Ministério
Público, a Polícia Federal, entre outros, conforme artigo 29 do NCPC.  

Artigo 29.  A solicitação de auxílio direto será encaminhada pelo órgão


estrangeiro interessado à autoridade central, cabendo ao Estado requerente
assegurar a autenticidade e a clareza do pedido.

3. A sociedade empresária brasileira do ramo de comunicação,


Personalidades, celebrou contrato internacional de prestação de serviços
de informática, no Brasil, com a sociedade empresária uruguaia
Sacramento. O contrato foi celebrado em Caracas, capital venezuelana,
tendo sido estabelecido pelas partes, como foro de eleição, Montevidéu.
Diante da situação exposta, à luz das regras do Direito Internacional
Privado veiculadas na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
(LINDB) e no Código de Processo Civil, assinale a afirmativa correta.
a) No tocante à regência das obrigações previstas no contrato, aplica-se a
legislação uruguaia, já que Montevidéu foi eleito o foro competente para se
dirimir eventual controvérsia.
b) Para qualificar e reger as obrigações do presente contrato, aplicar-se-á a lei
venezuelana.
c) Como a execução da obrigação avençada entre as partes se dará no Brasil,
aplica-se, obrigatoriamente, no tocante ao cumprimento do contrato, a
legislação brasileira.
d) A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro veda expressamente o
foro de eleição, razão pela qual é nula ipse jure a cláusula estabelecida pelas
partes nesse sentido.

JUSTIFIQUE SUA RESPOSTA:

A letra B descreve o artigo 9 LINDB que diz que em se tratando de


obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem.

Artigo 9º LINDB: 

Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se


constituírem. O contrato foi celebrado em Caracas, sendo assim, aplicar-se-á
a Lei para qualificação e regência das obrigações.

4. Túlio, brasileiro, é casado com Alexia, de nacionalidade sueca, estando


o casal domiciliado no Brasil. Durante um cruzeiro marítimo, na Grécia,
ela, após a ceia, veio a falecer em razão de uma intoxicação alimentar.
Alexia, quando ainda era noiva de Túlio, havia realizado um testamento
em Lisboa, dispondo sobre os seus bens, entre eles, três apartamentos
situados no Rio de Janeiro.
À luz das regras de Direito Internacional Privado, assinale afirmativa
correta.
a) Se houver discussão acerca da validade do testamento, no que diz respeito
à observância das formalidades, deverá ser aplicada a legislação brasileira,
pois Alexia encontrava se domiciliada no Brasil.
b) Se houver discussão acerca da validade do testamento, no que diz respeito
à observância das formalidades, deverá ser aplicada a legislação portuguesa,
local em que foi realizado o ato de disposição da última vontade de Alexia.
c) A autoridade judiciária brasileira não é competente para proceder ao
inventário e à partilha de bens, porquanto Alexia faleceu na Grécia, e não no
Brasil
d) Se houver discussão acerca do regime sucessório, deverá ser aplicada a
legislação sueca, em razão da nacionalidade do de cujus.

JUSTIFIQUE SUA RESPOSTA:


O dispositivo da LINDB, artigo10, o qual indica que a sucessão do de
cujus ocorre segundo a lei do país em que era domiciliado, independente da
natureza e situação do bem.

A regra do domicílio para fins de sucessão diz respeito ao domicilio do autor


da herança e não dos herdeiros.

Assim, percebe-se que o nosso ordenamento jurídico segue o princípio da


territorialidade, delimitando a competência territorial.

Aplica-se a lei do local onde houve a formalização do documento.


Aos atos, contratos ou negócios jurídicos em regra, é o local da celebração
do ato ou do negócio jurídico.

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