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NAVEGAÇÃO ASTRONÔMICA

UM GUIA PARA A PROVA PARA CAPITÃO AMADOR

TOMAZ CAVALCANTE

1a EDIÇÃO
Adaptado para dispositivos Kindle
Nota de revisão: 1.05
DEDICATÓRIA

Dedicado à Débora. Até mesmo porque, se não dedicasse este livro a ela, eu
seria um homem morto neste momento (e nunca nenhum autor foi tão
sincero em sua dedicatória). E, continuando com a sinceridade, ela me deu
todo apoio para esse projeto. Agradeço!
ÍNDICE

1. O QUE É ESTE LIVRO?


2. COMO UTILIZAR ESTE LIVRO
3. O SEXTANTE
4. ENTENDENDO O BÁSICO
5. OS PROBLEMAS CLÁSSICOS DA PROVA
5.1. MEDIDA DA ALTURA DO SOL
(Essencial - EXERCÍCIO 1)
(Essencial - EXERCÍCIO 2)
(Essencial - EXERCÍCIO 3)
(Essencial - CPA II/2013)
(Essencial - CPA I/2014)
(Essencial - CPA REFENO/2014)
(Reforço - CPA EXTRA/2014)
(Reforço - CPA II/2014)
(Reforço - CPA I/2015)
(Reforço - CPA II/2015)
(Reforço - CPA I/2016)
(Reforço - CPA EXTRA/2016)
(Essencial - CPA II/2016)
(Reforço - CPA I/2017)
(Reforço - CPA II/2017)
5.2. DETERMINAÇÃO DA LONGITUDE
(Essencial - CPA II/2017)
(Essencial - CPA II/2013)
(Essencial - CPA I/2014)
(Reforço - CPA REFENO/2014)
(Reforço - CPA EXTRA/2014)
(Reforço - CPA II/2014)
(Reforço - CPA I/2015)
(Essencial - CPA II/2015)
(Reforço - CPA I/2016)
(Reforço - CPA EXTRA/2016)
(Reforço - CPA II/2016)
(Reforço - CPA I/2017)
(Essencial - EXERCÍCIO 4)
5.3. DETERMINAÇÃO DA LATITUDE
(Essencial - EXERCÍCIO 5, CPA I/2014)
(Essencial - EXERCÍCIO 6, CPA I/2014)
(Essencial - CPA I/2014)
(Essencial - CPA II/2013)
(Essencial - CPA II/2013)
(Essencial - CPA II/2014)
(Essencial - CPA II/2014)
(Essencial - CPA REFENO/2014)
(Essencial - CPA EXTRA/2014)
(Essencial - CPA I/2015)
(Reforço - CPA II/2015)
(Reforço - CPA II/2015)
(Reforço - CPA I/2016)
(Reforço - CPA EXTRA/2016)
(Reforço - CPA EXTRA/2016)
(Reforço - CPA II/2016)
(Reforço - CPA II/2016)
(Reforço - CPA II/2016)
(Essencial - CPA I/2017)
(Reforço - CPA II/2017)
(Reforço - CPA II/2017)
5.4. ESTIMATIVA DA HORA DA PASSAGEM MERIDIANA DO SOL
(Essencial - EXERCÍCIO 7)
(Essencial - EXERCÍCIO 8)
(Essencial - CPA II/2013)
(Essencial - CPA I/2014)
(Essencial - CPA EXTRA/2014)
(Essencial - CPA REFENO/2014)
(Reforço - CPA II/2014)
(Essencial - CPA I/2015)
(Essencial - CPA II/2015)
(Reforço - CPA I/2016)
(Reforço - CPA EXTRA/2016)
(Reforço - CPA II/2016)
(Reforço - CPA I/2017)
(Reforço - CPA II/2017)
(Essencial - EXERCÍCIO 9)
5.5. ESTIMATIVA DA ALTURA DO SOL
(Essencial - CPA II/2013)
(Essencial - CPA I/2014)
(Essencial - CPA II/2017)
(Essencial - CPA REFENO/2014)
(Reforço - CPA EXTRA/2014)
(Reforço - CPA II/2014)
(Reforço - CPA I/2015)
(Essencial - CPA II/2015)
(Essencial - CPA II/2015)
(Reforço - CPA I/2016)
(Reforço - CPA EXTRA/2016)
(Reforço - CPA EXTRA/2016)
(Reforço - CPA I/2017)
6. OUTROS PROBLEMAS COMUNS
6.1. FUSOS HORÁRIOS
(Essencial - CPA II/2013)
(Importante - CPA I/2014)
(Essencial - CPA REFENO/2014)
(Essencial - CPA EXTRA/2014)
(Essencial - CPA II/2014)
(Essencial - EXERCÍCIO 10)
(Importante - CPA I/2015)
(Importante - CPA I/2017)
(Reforço - CPA II/2017)
6.2. POSIÇÃO ESTIMADA POSIÇÃO DETERMINADA
(Essencial - CPA II/2013)
(Importante - CPA I/2014)
(Importante - CPA I/2015)
(Importante - CPA I/2016)
(Importante - CPA II/2016)
6.3. UM POUCO DE TEORIA APLICADA
(Essencial - CPA REFENO/2014)
(Essencial - CPA EXTRA/2014)
(Essencial - CPA EXTRA/2014)
(Essencial - CPA II/2014)
(Essencial - CPA I/2016)
(Essencial - CPA EXTRA/2016)
(Essencial - CPA I/2017)
6.4. PROBLEMAS DA PRÁTICA
(Importante - CPA I/2016)
(Importante - CPA I/2017)
6.5. TÁBUA DE PONTOS
(Essencial - CPA II/2016)
(Essencial - CPA II/2017)
6.6. DETERMINAÇÃO DO HORÁRIO DA PREAMAR
(Essencial - CPA II/2015)
1. O QUE É ESTE LIVRO?

Logo, já aviso: este livro não é um livro de navegação astronômica.


Para aprender navegação astronômica, de forma que ela possa efetivamente
ser utilizada, é necessária uma abordagem diferente daquela que
apresentamos aqui, além, é claro, de alguma vivência prática. Isto não
significa que esse livro não possa fornecer alguma base para isso. À medida
que você for entendendo o texto, os conceitos, as questões e for
acompanhando as resoluções dos exercícios, tenho certeza que você irá
firmar suas noções sobre como se consegue, através da leitura do céu,
determinar a posição na Terra. Para se tornar proficiente na navegação
astronômica, eu recomendaria ir mais fundo e consultar outras obras. Obras
estas que foram, aliás, a minha motivação para escrever este livro. Explico
essa minha última colocação em seguida.
Quando me propus a tornar Capitão Amador e tentei estudar a navegação
astronômica – matéria cobrada nesta prova –, me deparei com uma
bibliografia aparentemente pesada. Algumas dessas obras pareciam não
orientar nem para o aprendizado da navegação astronômica, nem para a
realização da prova para Capitão Amador. Estudei de forma fragmentada, e
fui pinçando pontos aqui e acolá, até que figurei como atingir meu objetivo
que era simplesmente resolver as questões de navegação astronômica na
prova. Embora sempre tenha achado bonita, clássica e elegante – e agora
acho ainda mais – não era exatamente navegação astronômica que eu queria
aprender. Eu queria era resolver as questões da prova. Neste meio tempo,
me deparei com pessoas que me recomendaram esquecer a navegação
astronômica para a prova e me concentrar nas outras partes do estudo,
tentando garantir lá os pontos mínimos para aprovação. “É muito
complicado! Não dá para entender nada!”, me disseram. Ainda bem que não
segui esta orientação, pois descobri, em verdade, que as questões de
navegação astronômica são bastante simples de serem resolvidas.
Diferente das demais questões da prova – que muitas vezes requerem muito
“decoreba” e uma boa memória – as questões de navegação astronômica
são lógicas. Uma vez entendido os conceitos necessários, a resolução sai
fácil. Notei também que alguns tipos de perguntas se repetem em todas as
provas. Você verá que alguns tipos de questões são praticamente “dadas”,
colocadas na prova para o candidato acertar, de tão fáceis que são.
Descobri, enfim, que as dificuldades alegadas pelos candidatos à Capitão
Amador não estavam, na verdade, nas questões de navegação astronômica.
A não ser que o candidato tenha apoio de um professor ou um curso
dedicado, encontrava dificuldade na falta de um bom guia, uma boa
literatura, ou uma boa explicação em que poderia se apoiar.
Foi disso que nasceu a proposta deste livro. Motivei-me a escrevê-lo porque
descobri que é um desperdício deixar de, no mínimo, tentar responder estas
questões na prova. Pontos fáceis de se ganhar seriam perdidos à toa e,
muitas vezes, esta poderia ser a diferença entre conseguir ou não a insígnia
das três estrelas douradas de Capitão Amador.
Para este livro, resolvi todas as questões de navegação astronômica das
provas para Capitão Amador desde outubro de 2013 até outubro de 2017.
Indo neste embalo, coloquei aqui todas as questões destas provas,
resolvidas passo-a-passo. Desenvolvi uma sequência de aprendizado fácil e
lógica e a transferi para este livro da forma mais didática que consegui.
Desenvolvi um meio simples para agilizar o aprendizado (você não precisa
ler o livro todo para estar preparado para a prova). E deixei àqueles que tem
mais tempo disponível a oportunidade de se aprofundar nos tipos de
questões que caem com menos frequência na prova. E porque tentei ser
didático, deixei de fora, de forma intencional, fundamentos básicos da
navegação astronômica que não são normalmente cobrados. Os mais
puristas também poderão me crucificar porque, muitas vezes, não utilizo os
melhores termos e não apresento as definições mais cartesianas de certas
coisas. Não posso condená-los, mas só posso pedir que entendam que o
objetivo deste livro não é, como disse, ensinar navegação astronômica. O
objetivo deste livro é dar ao seu leitor as chaves para acertar as questões na
prova.
2. COMO UTILIZAR ESTE LIVRO
Este livro contém a resolução de todas as questões de navegação
astronômica das provas para Capitão Amador de outubro de 2013 até
outubro de 2017. São muitas. Não é necessário estudar todas elas para estar
proficiente para prestar a prova para Capitão. Mas, estudando tudo, tenho
certeza que, na prova, você resolverá com muita agilidade e segurança
provavelmente todas as questões de navegação.
Caso queira otimizar seus estudos, este livro já apresenta o caminho das
pedras, pois está organizado de forma a atender todo tipo de público.
Todos os capítulos deste livro têm três tipos de texto: (1) teoria e textos
explicativos, (2) questões e exercícios e (3) resolução das questões e
exercícios. É fácil identificar cada uma dessas seções.
Os textos que contém a teoria, os conceitos, e a introdução dos assuntos são
identificados pela formatação que você vê aqui neste texto que você está
lendo agora. Você deverá sempre ler estas seções e entender os conceitos
que são passados nestas partes.
SOBRE OS EXERCÍCIOS E QUESTÕES
Os exercícios e as questões de provas para Capitão Amador estão
sempre formatados em negrito. Na primeira linha da questão, há um
texto que identifica a que prova para Capitão Amador a questão
pertence. Assim, ao longo do livro, fica fácil identificar onde estão as
questões.
Muitas vezes, o texto das questões não equivale diretamente ao texto que é
encontrado na prova. A prova apresenta, muitas vezes, questões que
dependem de dados ou de resultados calculados em questões anteriores.
Devido a forma que organizamos este livro, nem sempre pudemos manter a
mesma sequência. Disso, surgiu a necessidade de, às vezes, alterarmos o
texto da questão original da prova. Entretanto, a essência das questões se
manteve: a questão colocada no livro pergunta exatamente a mesma coisa
que a questão da prova, e utilizamos as mesmas alternativas que constam na
prova.
Logo em seguida, em itálico, estará a resolução da questão, em um texto
formatado exatamente como o texto que você lê agora.
Vez ou outra, a resolução será quebrada em partes pois há conceitos ou
explicações adicionais que precisam ser tratadas. O texto deixará de estar
em itálico.
Terminada as explicações adicionais, a resolução continuará a seguir,
novamente em itálico. Do jeito que está sendo mostrado aqui.
Além disso, as questões são classificas em três tipos.
Essencial - QUESTÕES ESSENCIAIS
Identificadas pela palavra “Essencial”, são questões ou exercícios que são
importantes pois introduzem, reforçam ou apresentam conceitos novos que
devem ser assimilados e exercitados pelo candidato à Capitão Amador.
Estes conceitos são essenciais para que uma boa prova seja feita. Se o seu
tempo para estudo for muito pouco, atenha-se a estas questões. Você
conseguirá obter bons pontos nas questões de navegação astronômica. Com
sorte, talvez até consiga gabaritar se nenhuma questão diferente das mais
comuns aparecer na sua prova.
Importante - QUESTÕES IMPORTANTES
Questões identificadas como “Importante” são aquelas que apresentam
conceitos que costumam aparecer na prova com médias ou baixas
frequência. Considero que são assuntos que precisam ser vistos e estudados
para a prova, mas que não precisam ser dominados com a mesma
profundidade que as questões identificadas com três estrelas.
Reforço - QUESTÕES DE REFORÇO
Porque este livro se propôs a resolver todas as questões das provas de
outubro de 2013 até outubro de 2017, muitos tipos de questões acabam se
repetindo, mudando somente os valores, mas mantendo a mesma forma,
lógica e método de resolução. Olhe as questões identificadas com "Reforço"
se quiser reforçar, exercitar ou confirmar seu aprendizado.
Cabe ressaltar que o índice deste livro também apresenta as questões e
exercícios classificados como Essenciais, Importantes e de Reforço. Estude
este livro pelo começo, sem pular capítulos, pelo menos uma vez, lendo e
entendendo, ao menos, as perguntas e questões Essenciais – que
provavelmente vão cair na sua prova – e depois as questões Importantes,
que tem alta probabilidade de aparecer também. Depois disso, fique à
vontade para voltar às seções que mais lhe interessarem e, quem sabe,
resolver as questões de Reforço.
Por estar sendo oferecido em formato digital, as páginas do Almanaque
Náutico necessárias à resolução do exercício normalmente são apresentadas
logo após a questão, embora isso não seja regra geral. Isto facilita a
navegação entre as páginas e permite, muitas vezes, que você tente fazer o
exercício sem olhar a resolução. Embora também não tenha sido regra,
demos preferência por colocar a página do Almanaque Náutico inteira, ao
invés de colocar somente a parte que interessa da página. Isso ajuda o olho
do candidato a Capitão Amador a correr para a porção certa da página do
Almanaque que, na prova, também é oferecida inteira.
Entretanto, por estar em formato digital, alguns dispositivos podem mostrar
estas páginas em uma resolução baixa. Se você tiver problemas para
visualizar as páginas do Almanaque Náutcio, você também pode baixar e
imprimir uma versão em pdf destas páginas do Almanaque Náutico. Existe
um link para este material na página do Facebook deste livro, logo no
primeiro “post”. Para acessar esta página, visite:
http://fb.me/NavAstronomica
ou
https://www.facebook.com/NavAstronomica
Imprimindo esse arquivo, além de melhorar o problema da baixa resolução,
ficará fácil você acompanhar e resolver as questões deste livro, pois terá
uma cópia física das diversas páginas do Almanaque Náutico em mãos. E
quando for baixar este pdf, aproveite e dê um “like” na nossa página!
Por fim, este livro deve ser visto como um complemento à bibliografia
recomendada pela Marinha. Deixamos de lado, por não ser o enfoque aqui,
diversos pontos e detalhes que normalmente não são cobrados em prova.
Embora eu tenha certeza que o material apresentado aqui possibilite
responder com segurança e tranquilidade as questões de navegação
astronômica da prova para Capitão Amador, não há como garantir que este
livro cubra absolutamente tudo o que o examinador da Marinha pode pedir.
Aos mais precavidos e dispostos de tempo e energia, acho que não custa
nada verificar o material da bibliografia oficial. Até mesmo porque – e aqui
também tenho certeza –, será muito mais fácil deglutir o material da
bibliografia oficial depois de passar por este livro. Mas faça isso só se tiver
tempo. Tenho certeza que aqui, neste livro, existe o essencial de tudo o que
você precisa saber sobre navegação astronômica para prestar o exame para
habilitação de Capitão Amador com sucesso.
3. O SEXTANTE
Para os que estão começando por aqui os estudos de navegação
astronômica, convém rapidamente falar sobre o sextante. E vai ser rápido
mesmo.
Não há como desvincular a navegação astronômica da imagem daquele
aparelho estranho que é levado aos olhos por um marinheiro barbudo do
século passado – o tal de sextante. Aos que ainda não são familiarizados, o
sextante nada mais que um aparelho para medir ângulos. Na navegação
astronômica, sua precisão deve ser de décimo de minuto de grau.
Seu funcionamento básico é bem simples. Ele basicamente permite que,
através de um jogo de espelhos, possa-se se ver – lado a lado - dois objetos
que estão separados por uma certa distância angular. Um dos objetos é visto
diretamente, numa visada direta. O segundo objeto é refletido e, através de
espelhos, apresentado também ao usuário do sextante, ao lado do objeto
visto na visada direta. Parte dos espelhos é móvel e, para que ambos os
objetos sejam vistos, esse espelho (ou espelhos) precisa(m) ser
movimentado(s) até que os objetos possam ser vistos lado a lado. Quando
os dois objetos visados estão parelhos lê-se, numa escala, o ângulo entre
eles. Simples assim.
4. ENTENDENDO O BÁSICO
Utilizando-se o sextante e as técnicas de navegação astronômica é possível,
à princípio, determinar-se a posição de um observador utilizando o sol, a
lua, alguns planetas ou algumas estrelas catalogadas e, estando o céu
descoberto, em praticamente qualquer hora do dia ou da noite. Basta se ter
qualquer um dos astros catalogados no Almanaque Náutico à vista e o
horizonte bem definido (algo às vezes difícil se for à noite).
Mas este não é o caso para o estudante da prova de Capitão Amador. Na
prova, só é cobrado a determinação da posição utilizando-se o Sol. Ou seja,
estamos limitados a determinar a posição somente de dia, à princípio. Que
bom, não? Afinal, isso facilita as coisas. Mas o caso fica ainda melhor.
Vejamos...
Como dito, este livro não vai te ensinar navegação astronômica. Mas vai te
ensinar tudo o que você precisa saber sobre navegação astronômica para
resolver as questões da prova para tirar sua carteira de Capitão Amador. E,
nesse ponto, há uma grande particularidade: só é cobrado determinar a
posição do barco na chamada "Passagem Meridiana do Sol". Essas poucas
palavras simplificam bastante a vida do candidato! Vejamos a seguir o que
elas significam, e porque elas facilitam tanto.
Antes, vamos falar de meridianos. Como você já deve saber, um meridiano
é uma linha imaginária que liga o polo norte ao polo sul pela superfície da
Terra. Uma metade de um círculo máximo, para ser mais exato, coisa que
você já deve saber.
A longitude é contada a partir do meridiano de Greenwich, considerado
como sendo o Meridiano Zero e, como você já deve saber, vai de zero a 180
graus para leste (E - East) e de zero a 180 graus para oeste (W - West) a
partir de Greenwich. Isto são coisas que você já deve saber, e não vamos
entrar em mais detalhes. Mas, apesar de básico, vamos fazer um pequeno
exercício, pois isto pode nos ajudar no momento que formos estudar a
determinação da longitude. Se é dito que alguém está a 223º à oeste de
Greenwich, como colocar isto na notação usual? Apesar de não haver nada
de errado em se dizer que se está em 223º à oeste de Greenwich, quando
falamos de longitude, deve-se usar valores somente até 180º. Para facilitar e
não se confundir, sempre que se defrontar com alguma conversão de
longitudes, eu recomendo fazer um pequeno esquema, como o apresentado
a seguir, em que estou vendo a terra "de cima", como se eu estivesse
pairando no espaço acima do polo norte, e onde marquei os sentidos leste
(E) e oeste (W) a partir do meridiano de Greenwich.

Como um círculo completo tem 360º, facilmente se vê da figura que 223º à


oeste de Greenwich equivale a 360 – 223 = 137º E de longitude.
A conta é básica e o exemplo é até enfadonho de tão simples, mas o recado
aqui é outro: acostume-se a fazer diagramas e figurinhas esquemáticas. Isso
evita erros bobos. Usaremos vários neste livro, e você verá que eles nos
ajudam bastante a nos situar diante de um problema ou questão da prova.
Vamos usá-los principalmente em questões de determinação de latitude e
nas questões que tratam de fusos horários. Para a prova de navegação
astronômica, recomendo que você faça diagramas e desenhos sempre que
possível. Resolva os exercícios deste livro fazendo diagramas também,
sempre que cabível.
Pois bem, uma vez lembrado o que são os meridianos e como mede-se a
longitude, passemos ao segundo ponto importante.
Imagine que o Sol está - como se diz informalmente - passando bem por
cima da cabeça do observador. No seu movimento aparente de leste para
oeste, isso acontece próximo do meio dia (algo entre 11h30 da manhã e
12h30 da tarde) e temos o que se chama no linguajar popular de "Sol a
pino".
Saiba que neste exato momento, que coincide com o Sol estando o mais alto
possível em relação ao horizonte, acontece o que se chama "Passagem
Meridiana do Sol". Neste momento, temos várias coisas interessantes
acontecendo:
a) para o observador na superfície da Terra, o Sol está o mais alto possível
no céu, ou seja, o mais distante possível da linha do horizonte.
b) o observador, o centro do Sol, o polo sul, o polo norte (e, portanto,
também o centro da Terra) podem ser colocados num mesmo plano.

c) Este plano corta a superfície da Terra em um meridiano

d) o observador está exatamente sobre este meridiano.

As figuras acima ajudam a esclarecer os pontos acima. Olhe-as com


atenção.
Agora já podemos entender o que significa a "Passagem Meridiana do Sol".
A Passagem Meridiana do Sol ocorre quando a projeção do Sol sobre a
superfície da Terra passa pelo mesmo meridiano em que o observador está
localizado. Na prova, somente este caso particular será cobrado. E, acredite,
isto facilita bastante as coisas para os candidatos! Porque? Porque agora
fica fácil determinar a longitude e a latitude do observador, que podem ser
determinadas de forma bastante direta, como veremos.
Se conseguirmos saber exatamente o horário da Passagem Meridiana do Sol
usando um horário padrão, podemos entrar em tabelas e descobrir
exatamente nossa longitude. Isso ocorre porque, considerando que o Sol dá
uma volta na Terra a cada 24 horas, essas 24 horas correspondem
diretamente aos 360 graus do círculo completo (uma volta completa), e a
cada momento o Sol está passando por uma posição específica que é
conhecida e tabelada no Almanaque Náutico. Basta utilizar o Almanaque
Náutico, com base no horário de Greenwich e a longitude sai quase que
diretamente.
Os detalhes desta determinação serão vistos mais adiante. Por enquanto, só
gostaria que você tivesse em mente este primeiro conceito que acabamos de
apresentar: que a longitude, medida à partir do meridiano de Greenwich,
pode ser determinada através da observação do horário que o Sol culmina
(isto é, que está mais alto no céu), pois este fenômeno guarda uma relação
direta com o tempo que o Sol leva para passar pelo meridiano de Greenwich
e depois pelo meridiano onde está o observador.
Para a latitude, o conceito é um pouco diferente. Veja a figura a seguir.

Na figura, temos dois observadores, ambos no hemisfério sul, mas um mais


próximo do equador e outro mais próximo do polo sul que, imaginemos,
estão no mesmo meridiano e, portanto, eles têm a mesma longitude, mas
diferentes latitudes phi1 e phi2.
No momento da passagem meridiana do Sol, ambos olham para o mesmo e
medem a altura angular dele em relação ao horizonte (onde 0 graus seria o
Sol na linha do horizonte e 90 graus seria o Sol exatamente em cima).
Dependendo da latitude que de cada observador, cada um deles verá o Sol
com diferentes alturas angulares. No caso, o observador mais próximo do
equador (com latitude menor) verá o Sol muito mais alto que o observador
que está próximo do polo sul (alta latitude).
Através do Almanaque Náutico, também é possível determinar exatamente
onde o Sol estará no dia e horário da observação.
Assim, com a posição do Sol conhecida e a altura angular do Sol medida, é
possível, com algumas contas simples, determinar a latitude.
Se você entendeu esses fundamentos básicos, agora é uma questão de fazer
exercícios e se aprofundar nos detalhes das questões de prova. E o básico é
isso que foi apresentado nestes últimos parágrafos. Lembre-se:
1. Em relação à longitude, existe uma relação direta entre o horário da
Passagem Meridiana do Sol (medido no Horário Médio de Greenwich) e o
quão distante se está do Meridiano de Greenwich, e
2. para a latitude, existe uma relação entre a altura angular do Sol em
relação ao horizonte e a distância que o observador está do equador
terrestre. Diferentes alturas angulares levam a diferentes latitudes.
5. OS PROBLEMAS CLÁSSICOS DA
PROVA
Das 40 questões que constituem a prova para Capitão Amador, 8 questões
são de navegação astronômica (ou seja, 20% da prova). Dessas 8 questões,
pelo menos 5 questões (às vezes, mais) tratam de 5 assuntos que nunca
deixam de aparecem na prova. São questões essenciais, e se você precisar
focar em alguma parte desse livro, este é o capítulo certo para isso.
Na prova, a ordem desses assuntos também não costuma variar. Seguindo a
ordem comum da prova, esses assuntos tem sido:
1. estimar o horário da passagem meridiana do Sol,
2. estimar a altura do Sol na passagem meridiana,
3. encontrar a altura verdadeira do Sol,
4. determinar a latitude e
5. determinar a longitude.
Todos esses assuntos serão tratados aqui, assim como um assunto adicional,
sobre a posição relativa do Sol em relação ao observador, que é também
bastante frequente nas provas.
Por questões didáticas, a ordem de apresentação dos assuntos neste capítulo
não é a mesma ordem daquela que costuma aparecer na prova.
Começaremos com as questões para se encontrar a altura verdade do Sol,
passaremos a determinação da longitude e latitude, e depois abordaremos as
questões para estimar o horário da passagem meridiana do Sol e, por fim,
estimar a altura do Sol na passagem meridiana.

5.1.MEDIDA DA ALTURA DO SOL


O valor medido com o sextante, chamado de altura instrumental, e
abreviada "ai", não pode ser usado diretamente. Existem correções que
precisam ser feitas.
Essas correções são num total de três:
1. correção do erro instrumental,
2. correção devido à elevação do olho do observador, chamada de
depressão, e
3. correção para efeitos da difração e transposição da altura para o centro do
Sol e da Terra.
Como apresentado, a primeira correção é a do erro instrumental, abreviado
"ei". Este erro varia de instrumento para instrumento e pode inclusive
variar com o passar do tempo para um mesmo instrumento.
Na prática, o erro instrumental é obtido alinhando-se o horizonte nos dois
lados da luneta do sextante. Se o horizonte ficar alinhado e o sextante medir
exatamente 0º 00,0', então ele não tem erro instrumental.

Mas, na prática, normalmente o sextante marcará alguns décimos de minuto


para que a imagem fique completamente alinhada, ou ficará como mostrado
na imagem à direita. Este é o erro instrumental.
Se for constatado que há um erro instrumental, deve-se alinhar o horizonte e
verificar o valor que o sextante está medindo. Este valor deve ser anotado e
utilizado nas medidas feitas com o instrumento.
Na prova, normalmente este valor é um dado do problema. Este valor pode
ser tanto negativo quanto positivo. Não se esqueça do sinal quando for
resolver os problemas.
A altura lida diretamente com o sextante é chamada altura instrumental. A
altura instrumental, após corrigida pelo erro instrumental, é chamada altura
observada.
A segunda correção que deve ser feita é a correção da altura ou elevação do
olho, chamada de depressão e abreviada "dep". A depressão só não é
necessária se o olho do observador estiver exatamente no nível da linha do
horizonte - o que não costuma ser o caso, nem na prova, nem na prática.
Para a prova, normalmente é fornecida a elevação do olho do observador e
deve-se fazer uma consulta simples ao Almaque Náutico para, assim, se
determinar a depressão. Para isso, deve-se consultar a página chamada A2
("A2 - CORREÇÃO DE ALTURA DE 10º - 90º - SOL, ESTRELAS E
PLANETAS"). Esta página é mostrada logo a seguir. Se a resolução estiver
ruim (o kindle compacta as imagens), lembre-se que você pode baixar uma
cópia das páginas do Almanaque através de um link na página do facebook
deste livro.
Estando na página correta, deve-se usar a tabela no lado direito da página,
intitulada "DEPRESSÃO". Basta entrar com a elevação do olho em metros
ou em pés, e ler o valor da correção dep a ser aplicada. Para a prova,
normalmente o valor é dado em metros, mas é possível que o valor também
seja dado em pés. Tome cuidado para não fazer confusão com as unidades!
Note também que a depressão é sempre um valor negativo.

Como é o primeiro contato com esta página e o Almanaque Náutico neste


livro, vamos fazer alguns exercícios para nos familiarizarmos com esta
tabela.
(Essencial - EXERCÍCIO 1)
Determine a dep para a elevação do olho a 2,5 m.
Basta olhar a tabela do Almanaque Náutico, conforme indicado acima.
Resposta: dep = -2,8'
(Essencial - EXERCÍCIO 2)
Considerando a observação sendo feita a 5,0 m, encontre o valor da
correção.

Note que os valores são desalinhados e isso pode confundir um pouco em


um primeiro momento. Na verdade, quando há este desalinhamento, a
tabela está oferecendo uma faixa de valores. Por exemplo, de 4,7m a 5,0m,
devemos utilizar o valor de dep = -3,9’, e de 5,0m a 5,2m, devemos utilizar
o valor de dep = -4,0’, e assim por diante.
Note também que, no exercício anterior, este não era o caso. Os valores da
elevação estavam alinhados com um valor de depressão, e a leitura não era
por faixa de valor.
Se for perguntado qual a depressão para um valor que consta na tabela e
este valor está nesta coluna em que é apresentado faixas de valores, como,
por exemplo, 5,0 m, podemos arredondar para o valor superior.
Assim, para este exercício, a dep a ser considerada é de -4,0'.
Resposta: dep = -4,0'
Na prova, costuma-se perguntar valores que não criem dúvida, como uma
elevação de 5,1 m o que seguramente levaria a um valor de dep = -4,0´, pois
está compreendido entre 5,0m e 5,2m.
E, caso você resolva a questão da prova e encontre uma diferença de 0,1’ ou
0,2’ entre o seu resultado e os valores das alternativas, possivelmente o erro
veio daqui. As alternativas da prova não costumam apresentar valores tão
próximos de forma que poderiam vir a causar confusão com este tipo de
aproximação.
(Essencial - EXERCÍCIO 3)
Qual a dep para uma altura de 14,3 pés?
Atenção: aqui estamos com a elevação dada em pés!

Resposta: dep = -3,7'.


O valor de 14,3 pés está entre 14,1 e 14,9 pés. Entre esses valores, a dep a
ser utilizada é, seguramente, dep = -3,7´.
Tendo passado pelas duas primeiras correções e obtido a altura aparente, é
hora de falar da última correção.
Esta terceira e última correção é feita devido a efeitos da difração dos raios
solares na atmosfera e também devido a técnica de medição, além de
corrigir a altura para como se tivesse sido realizada não na superfície da
Terra e com um dos limbos do Sol, mas a partir do centro da Terra e em
direção ao centro do Sol. Ah! Limbo, se não está claro, é a região mais
externa do disco solar. Limbo inferior é a parte debaixo do disco solar, e
limbo superior, a parte de cima.
Existem dois modos de se medir a altura do Sol com o sextante: o primeiro
alinhando o limbo inferior do sol com o horizonte e o segundo alinhando o
limbo superior do sol com o horizonte.
Todos os cálculos da navegação astronômica para o Sol são feitos
considerando o centro do mesmo e, portanto, os valores medidos pelo
sextante, seja através do limbo inferior ou superior, tem que ser corrigidos
considerando o diâmetro do disco do sol e os efeitos de difração dos raios
solares.
Esta última correção também leva em conta que a medida da altura com o
sextante é feita na superfície da Terra, enquanto os ângulos na navegação
astronômica são feitos a partir do centro da Terra.
Todas esses efeitos e características citados nestes últimos parágrafos são
corrigidos em um passo só, utilizando-se a tabela posicionada mais à
esquerda da página A2 (A2 - CORREÇÃO DE ALTURA DE 10º - 90º -
SOL, ESTRELAS E PLANETAS), conforme indicado a seguir.

Ao utilizar esta parte da página A2, preste atenção na data: as correções são
diferentes dependendo do mês do ano.
As colunas mais à esquerda devem ser utilizadas de outubro até março, e as
colunas mais à direita devem ser utilizadas de abril até setembro.
Uma vez situada a coluna referente ao mês, veja se a medida foi feita
utilizando o limbo inferior ou superior do Sol. Esta informação
normalmente é um dado da prova. Feito isso, você precisa procurar o valor
mais próximo da altura aparente do Sol, abreviada “a ap”. Como dissemos,
esta é a altura encontrada após efetuarmos as duas primeiras correções que
citamos: a do erro instrumental e a da depressão. Com estes dados, acha-se
na tabela o valor a ser aplicado nesta derradeira correção.
Vamos ver alguns exercícios logo mais, e você rapidamente fixará a forma
de se aplicar essas correções.
Antes, vamos recapitular.
1) ao valor medido diretamente pelo sextante, chamada altura instrumental,
ai, deve se corrigir o erro instrumental, ei, resultando na altura observada,
que abreviamos “a0” ou “ao”.
2) A altura observada “a0” no passo anterior deve ser corrigida pela
depressão. O valor da depressão é obtido do Almanaque Náutico, entrando
com a elevação do olho do observador. Após esta correção, obtém-se a
altura aparente, abreviada “a ap” ou “ap”.
3) A altura aparente “a ap” deve ser corrigida para efeitos de difração e da
técnica de observação. Utiliza-se o Almanaque Náutico para obter o valor
da correção. Atenção ao mês, e se foi utilizado o limbo inferior ou superior
para tomar a medida.

Agora, vamos resolver exercícios de provas anteriores. Para estes


exercícios, utilize a página A2 do Almanaque Náutico apresentada
anteriormente.
NOTA IMPORTANTE: os problemas que apresentaremos a seguir são
muito fáceis de resolver. E saiba que, desde 2013, absolutamente todas as
provas para Capitão tiveram uma questão dessas. As chances de uma
questão como essa cair no seu exame são altíssimas e, por ser de resolução
simples, as chances de você acertar também serão altas. Não desperdice
essa chance!
(Essencial - CPA II/2013)
Na HMG = 14h 06m 43s de 04 de outubro de 2014, o Capitão colimou o
limbo superior do Sol na passagem meridiana e obteve a altura
instrumental (ai) de 89° 53,5'. Considerar a altura do olho do
observador como de 3,3 metros e o erro instrumental do sextante de
+0,3’.
Ao calcular a altura verdadeira do centro do Sol obteve:
A) 89° 34,4’
B) 00° 01,3’
C) 89° 16,4’
D) 00° 06,7’
E) 88° 54,8’
Para obter a altura verdadeira, é somente necessário levar em contas as
correções à medida realizada com o equipamento.
São dados do problema: a altura instrumental (ai), o erro instrumental (ei),
e a elevação do olho.
Precisamos ainda da depressão (dep) e da correção da refração (c).
A correção devido elevação do olho (dep), vem do Almanaque Náutico:
Da tabela, vemos que, para 3,3 metros de elevação, a dep = -3,2'.
Podemos agora achar a altura aparente ap:

Para efeitos da refração, tendo sido usado o limbo superior, e sendo o mês
de outubro, e ap = 89º 50,5', consultamos novamente o Almanaque para
encontrar a correção (c).

Vemos que devemos utilizar c = -16,2'.


Agora, é só fazer continhas:

Resposta: A
O cuidado neste tipo de questão é não errar o sinal positivo ou negativo das
correções aplicadas.
(Essencial - CPA I/2014)
Às HMG = 15h 23m 49s de 22 de Abril de 2014, o Capitão observou o
limbo inferior do Sol na Passagem Meridiana e obteve a altura
instrumental (ai) de 44° 29,7' (erro instrumental igual a – 0,2’).
Sabendo que seu olho durante a observação estava com uma elevação
de 2,9 metros em relação ao nível do mar, o Capitão calculou a altura
verdadeira (av) do astro, tendo obtido:
( a ) 44° 41,5’
( b ) 47° 12,6’
( c ) 47° 56,9’
( d ) 49° 14,5’
( e ) 51° 29,3’
ei é dado no enunciado. Do Almanaque Náutico, encontra-se dep = -3,0'
(veja a página A2). Assim:

A correção, para o mês de abril, limbo inferior do Sol e altura aparente do


Sol de 44° 26,5', da página A2 do Almanaque é c = + 15,0'.

Resposta: A
DICA PARA PROVA: as correções aplicadas à altura instrumental
normalmente são de algumas dezenas de minutos. Note como somente a
alternativa A é próxima da altura instrumental de 44º 29,7' dada no
enunciado da questão; todas as outras alternativas apresentam valores de
quase 3 graus ou mais acima da altura instrumental. Sem fazer qualquer
conta, é bem possível saber de antemão que a resposta correta seria
provavelmente a alternativa A mesmo.
(Essencial - CPA REFENO/2014)
Às HMG = 14h 17m 04s de 21 de Agosto de 2014, o Capitão observou o
limbo inferior do Sol na Passagem Meridiana e obteve a altura
instrumental (ai) de 72° 31,8' (erro instrumental igual a – 0,3’).
Sabendo que seu olho durante a observação estava com uma elevação
de 2,5 metros em relação ao nível do mar, o Capitão calculou a altura
verdadeira (av) do astro, tendo obtido:
( a ) 71° 56,9’ .
( b ) 72° 08,1’.
( c ) 72° 29,3’.
( d ) 72° 31,5’.
( e ) 72° 44,3’.
A dep para 2,5 metros é -2,8' (ver página A2 do Almanaque Náutico).

A correção para abril, limbo inferior e ap de 72º 28,7' é c = +15,6' (ver


página A2 do Almanaque Náutico).

Resposta: E
(Reforço - CPA EXTRA/2014)
Às HMG=14h 32m 21,0s de 25 de outubro de 2014, o Capitão colimou o
limbo inferior do Sol na Passagem Meridiana e obteve a altura
instrumental (ai) de 76° 41,2' (erro instrumental igual a – 0,3’).
Sabendo-se que o olho do observador estava com uma elevação de 2,9
metros em relação ao nível do mar, o Capitão calculou a altura
verdadeira do astro tendo obtido.
a) 76° 41,5’
b) 76° 25,7’
c) 76° 19,4’
d) 77° 01,8’
e) 76° 53,9’
A dep para 2,9 metros é -3,0' (ver página A2 do Almanaque Náutico).

A correção para outubro, limbo inferior e ap de 76º 37,9 é c = +16,0' (ver


página A2 do Almanaque Náutico).
Resposta: E
(Reforço - CPA II/2014)
Às HMG = 14h 10m 51,0s de 12/out/2014 o Sol culminou e o capitão,
colimando o limbo inferior do astro, obteve a altura instrumental (ai)
de 79° 19,7'. De posse dessa altura fornecida por seu sextante, calculou
a altura verdadeira do Sol obtendo:
(Considere erro instrumental do sextante: - 0,8’; e elevação do olho do
observador: 3,5 m)
( a ) 79° 41,5’
( b ) 79° 31,6’
( c ) 79° 18,9’
( d ) 79° 01,4’
( e ) 79° 52,1’
A dep para 3,5 metros é -3,3 ' (ver página A2 do Almanaque Náutico).

A correção para outubro, limbo inferior e ap de 79º 15,6 é c = +16,0' (ver


página A2 do Almanaque Náutico).

Resposta: B
(Reforço - CPA I/2015)
Às HMG = 14h 28m 13,0s do dia 15/abril/2015, o Capitão colimou o
limbo inferior do Sol na passagem meridiana e obteve a altura
instrumental (ai) de 61° 46,7' (erro instrumental – 0,4’). Sabendo que
seu olho durante a observação estava com uma elevação de 2,7 metros
em relação ao nível do mar, o Capitão calculou a altura verdadeira do
astro, tendo achado:
( a ) 61° 58,8’.
( b ) 62° 00,5’.
( c ) 61° 51,6’.
( d ) 61° 46,5’.
( e ) 62° 03,1’.
A dep para 2,7 metros é -2,9 ' (ver página A2 do Almanaque Náutico).
A correção para abril, limbo inferior e ap de 61º 43,4' é c = +15,4' (ver
página A2 do Almanaque Náutico).

Resposta: A
(Reforço - CPA II/2015)
Em 22/out, o Capitão, com seu sextante na Hleg = 12h 00m 58s, colimou
o limbo inferior do Sol na passagem meridiana e obteve a altura
instrumental (ai) de 83° 07,4' (erro instrumental – 0,4’). Sabendo que
seu olho durante a observação estava com uma elevação de 2,5 metros
em relação ao nível do mar, o Capitão calculou a altura verdadeira do
astro tendo encontrado:
( a ) 82° 46,2’.
( b ) 83° 20,2’.
( c ) 83° 10,9’.
( d ) 82° 51,6’.
( e ) 83° 17,0’.
A dep para 2,5 metros é -2,8' (ver página A2 do Almanaque Náutico).

A correção para outubro, limbo inferior e ap de 83º 04,2' é c = +16,0' (ver


página A2 do Almanaque Náutico).

Resposta: B
(Reforço - CPA I/2016)
Às HMG = 15h 22m 57s, do dia 14 de março, estando seu olho a 3,7
metros do nível do mar, o Capitão observou o limbo superior do Sol na
passagem meridiana, obtendo a altura instrumental (ai) de 86° 47,3’.
Ao calcular a altura verdadeira do centro do Sol, o Capitão obteve:
(erro instrumental de – 0,4’)
( a ) 86° 16,7’
( b ) 86° 27,3’
( c ) 86° 11,1’
( d ) 86° 49,8’
( e ) 86° 47,3’

A dep para 3,7 metros é -3,4 ' (ver página A2 do Almanaque Náutico).

A correção para março, limbo superior e ap de 86º 43,5' é c = -16,2' (ver


página A2 do Almanaque Náutico).

Resposta: B
(Reforço - CPA EXTRA/2016)
Às HMG = 14h 29m 18,0s, do dia 21/Jul, o Capitão ao observar com o
sextante (erro instrumental – 2,2’) o limbo superior do Sol na passagem
meridiana, obtém a altura instrumental (ai) de 81° 09,4'. Estando seu
olho durante a observação com uma elevação de 8 metros em relação
ao nível do mar, a altura verdadeira do Sol será:
(A) 81° 18,3’
(B) 80° 46,2’
(C) 80° 51,8’
(D) 81° 34,3’
(E) 80° 25,0’
A dep para 8 metros é -5,0 ' (ver página A2 do Almanaque Náutico).

A correção para julho, limbo superior e ap de 81º 02,2' é c = -16,0' (ver


página A2 do Almanaque Náutico).

Resposta: B
(Essencial - CPA II/2016)
Ao colimar o limbo inferior do Sol durante a culminação em 30/09, o
Capitão obteve a altura instrumental (ai) de 81° 47,3’. Sabendo que o
erro instrumental (ei) de seu sextante era de + 0,8’ e que seu olho
durante a observação estava com uma elevação de 12 pés em relação ao
nível do mar, o Capitão calculou a altura verdadeira (a) do astro e
achou:
(A) 81° 58,3’
(B) 82° 00,5’
(C) 82° 03,6’
(D) 81° 47,3’
(E) 82° 01,8’
Note que aqui a elevação do olho foi dada em pés. A dep para 12 pés é -3,4
', conforme página A2 do Almanaque.

Então:

A correção para setembro, limbo inferior e ap de 81º 44,7' é c = +15,8' (ver


página A2 do Almanaque Náutico).

Resposta: B
(Reforço - CPA I/2017)
Às HMG = 17h 52m 28,0s deste dia 30/03, o Capitão colimou o limbo
inferior do Sol na passagem meridiana e obteve a altura instrumental
(ai) de 84° 16,8' (erro instrumental igual a –0,3’). Sabendo que seu olho
durante a observação estava com uma elevação de 2,5 metros em
relação ao nível do mar, o Capitão calculou a altura verdadeira do
astro, tendo achado:
( a ) 84° 58,8’.
( b ) 84° 29,8’.
( c ) 85° 21,6’.
( d ) 83° 54,2’.
( e ) 85° 23,5’.
A dep para 2,5 metros é -2,8 ' (ver página A2 do Almanaque Náutico).

A correção para março, limbo inferior e ap de 84º 13,7' é c = +16,1' (ver


página A2 do Almanaque Náutico).

Resposta: B
(Reforço - CPA II/2017)
Às HMG = 13h 24m 13s do dia 15 de setembro de 2017, o Sol culminou
e o Capitão, colimando o limbo inferior do astro, obteve a altura
instrumental (ai) de 85° 15,8’. A observação foi efetuada com uma
elevação do olho do observador de 3,7 metros acima do nível do mar. O
erro instrumental havia sido calculado no porto, pela observação direta
do Sol, sendo encontrado o valor de – 0,3’. De posse dessa altura
fornecida pelo seu sextante, calculou a altura verdadeira do centro do
Sol, tendo obtido:
( a ) 85° 27,9’.
( b ) 85° 13,4’.
( c ) 84° 58,3’.
( d ) 85° 31,6’.
( e ) 85° 49,5’.
A dep para 3,7 metros é -3,4 ' (ver página A2 do Almanaque Náutico).

A correção para setembro, limbo inferior e ap de 85º 12,1' é c = +15,8' (ver


página A2 do Almanaque Náutico).

Resposta: A
5.2.DETERMINAÇÃO DA LONGITUDE
No momento da Passagem Meridiana do Sol, o observador deve anotar o
horário com a maior precisão possível. E pronto! Isto, junto com a data, é
tudo que é necessário para calcular a longitude!
Note que para uso do Almanaque Náutico, o horário da passagem meridiana
é dado em Hora Média de Greenwich (siglas HMG ou GMT, tanto faz), ou
seja, utiliza-se a hora no fuso que contém o meridiano de Greenwich. Se o
horário da observação for dado, por exemplo, em Hora Legal (Hleg –
veremos o que é isso em breve), será necessária fazer algumas conversões
para se descobrir a HMG.
De qualquer forma, em todas as provas para Capitão Amador desde 2013
até 2017, a hora de observação do Passagem Meridiana do Sol sempre foi
fornecida em HMG, à exceção da prova de outubro de 2015. Ela está
resolvida mais adiante e, em capítulo mais à frente, daremos mais detalhes
sobre a conversão de Hleg para HMG e vice-versa.
Bem... feita a observação da passagem meridiana do Sol e tendo sido
anotado o horário, cuja precisão deve ser em segundos, são feitas duas
consultas ao Almanaque Náutico.
A primeira consulta é feita na Página Diária do Almanaque correspondente
ao dia da observação, e utiliza a hora cheia da culminação do Sol
(desprezando os minutos e sem arredondar) para descobrir a posição da
projeção do Sol em termos de longitude na hora cheia imediatamente
anterior à observação.
A segunda consulta é feita na Página de Acréscimos e Correções
correspondente ao minuto da observação (o Almanaque tem uma página
para cada minuto, de zero até 59). Na página correspondente ao minuto da
observação, entra-se com os segundos, e encontra-se um valor a ser somado
àquele encontrado na consulta feita à Página Diária.
Confuso?
Acho que sim! Mas vamos fazer um exercício passo a passo e tenho certeza
que você verá como é simples de se determinar a longitude a partir do
horário (em HMG) da observação da Passagem Meridiana do Sol. Vou
utilizar este primeiro exercício para apresentar as páginas do Almanaque
Náutico que são utilizadas.
(Essencial - CPA II/2017)
Às HMG = 13h 24m 13s do dia 15/Set/17, o Sol culminou, e tendo
encontrado a altura verdadeira do Sol de 85° 27,9’, pede-se a longitude
meridiana.
( a ) 022° 05,9’ W.
( b ) 022° 16,8’ W.
( c ) 022° 25,3’ W.
( d ) 022° 09,6’ W.
( e ) 022° 31,5’ W.
Além do horário HMG da culminação do Sol e da data, qualquer outro dado
é desnecessário para se encontrar a longitude.
Para resolver o problema, a primeira coisa a ser feita é procurar no
Almanaque Náutico de 2017 (sim! Você tem que usar o Almanaque do ano
correto!) a Página Diária do dia 15 de setembro.
O aspecto da Página Diária de 15 de setembro de 2017 pode ser visto na
figura seguinte (se a resolução estiver ruim, visite a página do facebook
deste livro e procure por um link de onde você poderá baixar o material de
apoio). Como você mesmo pode constatar, a Página Diária contém, na
verdade, dados de três dias. No caso, são mostradas tabelas referentes aos
dias 13, 14 e 15 de setembro de 2017.
Se você parar um tempo para analisar a Página Diária - e eu recomendo que
você faça isso para se familiarizar - verá que ela contém alguns dados
referentes às trajetórias do Sol e da Lua. Vamos só citar alguns deles:
Ângulo Horário do Astro (o AHG), declinação (dec), nascer e pôr do Sol e
da Lua, Passagem sobre o Meridiano de Greenwich, etc. Enfim... são dados
que nos permitem conhecer o movimento da Lua e do Sol ao longo do dia
em questão.
Nem todos esses dados nos serão úteis para a prova. Os campos que nos
interessarão estão marcados na figura. O maior campo, mais à esquerda,
será utilizado para cálculos de longitude e latitude. O pequeno campo na
parte inferior da página nos permite fazer correções úteis para o cálculo de
latitude. E o campo embaixo, mais à direita, é utilizado para prever o
horário da Passagem Meridiana do Sol. Vamos estudar todos esses campos
no momento certo.
Uma vez familiarizado com a Página Diária, vamos voltar ao nosso
problema, que consiste em encontrar a longitude, dada a hora e o dia da
Passagem Meridiana do Sol.
Estando na página Diária correta do Almanaque Náutico, procure na coluna
AHG do SOL pela hora cheia (em HMG!) em que foi observada a
culminação. Atenção para não pegar a hora certa, mas do dia errado. O dia é
sinalizado no canto mais à esquerda da página. E lembre-se sempre de
utilizar a hora média de Greenwich.
Conforme o dado do problema (culminação às HMG = 13h 24m 13s do dia
15/Set/17), devemos procurar a linhas das 13h no dia 15 de setembro, e, na
coluna AHG, temos então o valor de AHG = 16º 13,5'.
O que significa esse AHG? AHG é o Ângulo Horário em Greenwich. É a
posição da projeção do Sol, em graus, a partir de Greenwich no sentido de
leste para oeste. Veja a figura a seguir, onde vemos a Terra “de cima”,
“flutuando” acima do polo norte.

Note que o AHG, no centro da figura, é medido na direção de rotação


aparente do Sol (de leste para oeste), a partir do meridiano de Greenwich.
Como exemplo adicional e aproveitando a mesma página diária que
estamos utilizando na questão, veja que às 10 horas da manhã do dia 15 de
setembro de 2017 (horário de Greenwich), o Sol estará no AHG = 331º
12,8' (veja a Página Diária do Almanaque), o que equivale ao meridiano 28º
47,2' E.
Então, para AHGs maiores que 180º, lembre-se de converter para longitude
leste (E), se for necessário.
Voltando ao problema da prova, como interpretamos o dado que acabamos
de obter? É simples. Ele significa que, às 13 h 00m 00s (horário de
Greenwich) do dia 15 de Setembro de 2017, o Sol fará a passagem
meridiana sobre o meridiano de longitude 16º 13,5' W (ou seja, passará por
cima desse meridiano).

Entretanto, conforme o enunciado, a observação da Passagem Meridiana


não ocorreu às 13h 00m 00s, mas sim às 13h 24m 13s.
Conforme você pode ver na figura acima, o Sol, às 13h, ainda precisa de
mais algum tempo para estar sobre o observador (o pequeno barco na
figura). Para ser mais exato, ele precisa de 24m 13s ainda. Esta é a segunda
parte do problema.
Para resolver esta segunda parte, utilizamos a seção do Almanaque Náutico
que contém as páginas de "ACRÉSCIMOS E CORREÇÕES". Uma página
típica é mostrada na figura a seguir. Cada página contém informações para
dois minutos de hora (no exemplo, são mostrados os dados para 24 min e 25
min).
Vamos nos familiarizar com esta página. O retângulo destacado mais à
direita contém correções que serão aplicadas quando estivermos resolvendo
problemas de latitude. Para o problema de longitude que estamos
resolvendo agora, vamos utilizar a seção marcada mais à esquerda.
Note que o lado direito da página contém o mesmo tipo de informação, mas
para 25 minutos.
Utilizamos a tabela para 24 min e procuramos, nas linhas, o correspondente
aos 13 segundos (já que a culminação foi as 13h 24m 13s).

O valor encontrado é de 06º 03,3'.


Este valor significa o quanto a projeção do sol percorre em graus (de
longitude), no sentido de leste para oeste, no tempo consultado. Ou seja, em
24 minutos e 13 segundos o sol terá percorrido, no sentido de leste para
oeste, 06º 03,3' de longitude.
Agora, para finalizar o problema, é só questão de somar os dois resultados
encontrados.
Assim:
Valor longitude encontrado para as 13h 00m 00s (Página Diária)
+ Correção devido 24m 13s (Acréscimos e Correções)
= Longitude Meridiana
16º 13,5' + 06º 03,3' = 22º 16,8' W
Resposta: Alternativa B.
Recapitulando: para encontrar a longitude do observador, basta tomar a hora
da culminação do Sol (em HMG) e consultar as tabelas da Página Diária da
observação para a hora da observação e a página de Acréscimos e
Correções correspondente ao minuto da observação, encontrar os resultados
conforme mostrado no exercício, e somá-los.
Viu como é simples?
Resolveremos, agora, uma série de questões de prova. Usaremos, nesta
primeira questão, somente excertos das páginas do Almanaque Náutico.
Nas questões seguintes, serão apresentas as páginas inteiras.
NOTA IMPORTANTE: Assim como as questões que tratamos na sessão
anterior deste livro, este é um problema bastante simples e fácil de resolver.
E, da mesma forma, saiba que desde 2013 absolutamente todas as provas
para Capitão tiveram uma questão dessas. As chances de uma questão como
essa cair no seu exame são altíssimas e, por ser de resolução simples, as
chances de você acertar também serão altas. Não desperdice essa chance!
(Essencial - CPA II/2013)
Na HMG = 14h 06m 43s de 04 de outubro de 2013, o Capitão colimou o
limbo superior do Sol na passagem meridiana A Longitude foi:
A) 034° 25,7’ W
B) 034° 32,0’ W
C) 034° 38,2’ W
D) 034° 31,5’ W
E) 034° 22,6’ W
Para encontrar a longitude, é só questão de converter hora em graus. Isto é
feito em duas etapas: a primeira para a hora cheia e a segunda para os
minutos e segundos.
Para a hora cheia:

Do Almanaque, na página diária de 04 de outubro, para as 14 horas HMG,


vemos que o Ângulo Horário em Greenwich do Sol é 32º 50,7'.
Falta agora computador os minutos e segundos.
Dos minutos e segundos, vemos que devemos somar mais 1º 40,8' ao
resultado da hora cheia.
Assim, a longitude é 32º 50,7' + 1º 40,8' = 33º 91,5' = 34º 31,5' W.
Resposta: D
(Essencial - CPA I/2014)
Às HMG = 15h 23m 49s de 22 de Abril de 2014, o Capitão observou o
limbo inferior do Sol na Passagem Meridiana. A longitude foi de:
( a ) 051° 12,8’ W
( b ) 051° 20,2’ W
( c ) 051° 23,0´ W
( d ) 051° 25,7’ W
( e ) 051° 28,0’ W
As páginas do Almanaque Náutico necessárias para resolver esta questão
estão nas páginas seguintes. Se a resolução estiver baixa, procure pelo
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A resolução é:
Valor longitude encontrado para as 15h 00m 00s (Página Diária)+
Correção devido 23m 49s (Acréscimos e Correções)= Longitude Meridiana
45º 22,9'+ 05º 57,3'= 51º 20,2' W
Resposta: B
(Reforço - CPA REFENO/2014)
Às HMG = 14h 17m 04s de 21 de Agosto de 2014, o Capitão observou o
limbo inferior do Sol na Passagem Meridiana. A longitude calculada na
passagem meridiana no dia 21 de agosto foi de:
( a ) 033° 01,5´ W.
( b ) 033° 12,4’ W.
( c ) 033° 15,0’ W.
( d ) 033° 21,8´ W.
( e ) 033° 29,1´ W.
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A resolução é:

Resposta: E
(Reforço - CPA EXTRA/2014)
Às HMG=14h 32m 21,0s de 25 de outubro de 2014, o Capitão colimou o
limbo inferior do Sol na Passagem Meridiana A longitude na passagem
meridiana foi:
a) 042° 15,7’ W
b) 041° 53,5’ W
c) 041° 48,0’ W
d) 042° 04,1´ W
e) 041° 55,6’ W
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estão a seguir.
A resolução é:
Resposta: D
(Reforço - CPA II/2014)
Às HMG = 14h 10m 51,0s de 12/out/2014, o Sol culminou. A Longitude
meridiana na ocasião foi:
( a ) 036° 11,6’ W
( b ) 035° 48,3’ W
( c ) 035° 52,5’ W
( d ) 035° 58,9’ W
( e ) 036° 05,7’ W
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A resolução é:

Resposta: E
(Reforço - CPA I/2015)
No dia 15 de abril de 2015, às HMG = 14h 28m 13,0s, o Capitão
colimou o limbo inferior do Sol na passagem meridiana. A Longitude
Meridiana foi:
( a ) 037° 21,6’ W
( b ) 037° 05,4’ W
( c ) 037° 12,2´ W
( d ) 037° 01,9’ W
( e ) 036° 59,5’ W
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A resolução é:

Resposta: Esta questão foi anulada na prova, pois não continha a resposta
correta (37º 02,2') entre as alternativas.
(Essencial - CPA II/2015)
No dia 22 de outubro de 2015, e na hora legal Hleg = 12h 00m 58s,
sendo a longitude estimada em Long = 033° 53,0’W, houve a Passagem
Meridiana do Sol. A Longitude na passagem meridiana foi de:
( a ) 033° 56,2’ W.
( b ) 033° 51,5’ W.
( c ) 034° 06,9’ W.
( d ) 033° 49,6’ W.
( e ) 034° 01,7’ W.
Esta questão tem um detalhe! O horário da Passagem Meridiana do Sol não
é dado na Hora Média de Greenwich (HMG), mas na hora legal (Hleg). Se
não convertermos o Hleg em HMG, vamos errar.
Hora legal, de forma simplificada, é o horário que vemos no relógio. Se
vamos para a Europa ou Estados Unidos, ou qualquer outro lugar de uma
longitude um tanto diferente de onde estamos, sabemos que temos que
ajustar nossos relógios. Essa é a hora legal, e ela é determinada pelos fusos
horários.
Idealmente, a Terra seria dividida em 24 fusos, cada um tendo uma hora
legal. O fuso inicial é centrado no meridiano de Greenwich, e se estende por
7,5º de longitude para um lado e para o outro, no sentido leste e oeste (cada
fuso tem 15º de largura, pois são 360º de circunferência da Terra, dividido
por 24 horas; 360/24=15).

Relógios que estão nos Fusos à leste de Greenwich estarão ajustados para
marcar 1 hora a mais para cada mudança de fuso, e nos fusos à oeste de
Greenwich, os relógios marcarão 1 hora a menos para cada mudança de
fuso (em relação a HMG).
Na prática, a mudança de uma hora para outra pode levar em consideração
obstáculos geográficos ou divisões políticas. Para a prova de Capitão
Amador, estas divisões não são levadas em consideração. Considera-se que
cada fuso tem largura fixa de 15º, com o fuso zero centrado em torno de
Greenwich.
Nós vamos resolver esta questão de forma simplificada, e deixar os estudos
mais avançados sobre fusos e hora legal para capítulo posterior.
Para esta questão, como estamos falando de uma longitude estimada em
33º 53' W, vamos localizar essa posição em relação ao Meridiano de
Greenwich, e também em relação aos fusos horários.
Veja o esquemático a seguir.

Para fazer este desenho, primeiro foi feita a linha horizontal, e depois foi
desenhado o Meridiano de Greenwich, e foram identificadas as direções W
e E.
Depois, em torno de Greenwich, delimitou-se o fuso zero (7,5º para cada
lado). Como queremos saber em qual fuso está a posição estimada do
barco (para assim encontrar a hora HMG da Passagem Meridiana do Sol),
continuamos desenhando mais fusos na direção W (pois o barco está a
oeste de Greenwich). Como cada fuso tem largura de 15º, os limites dos
próximos fusos são de 22,5º e 37,5º (ou seja, 7,5 + 15 e 7,5 + 15 + 15).
O fuso em torno de Greenwich tem horário legal igual a GMT+ 0 horas. O
fuso entre 7,5º W e 22,5º W tem horário legal igual a GMT - 1 hora. O fuso
entre 22,5ºW e 37,5ºW tem horário legal igual a GMT - 2 horas. Lembre-se
que fusos a oeste de Greenwich são ajustados para menos. E é nesse fuso
que está nosso barco, como se vê na figura.

Como a observação foi feita às Hleg = 12h 00m 58s e a posição estimada
do barco está no fuso referente a GMT - 2 horas, podemos colocar isso em
forma de equação, onde
Hleg = GMT +/- diferença do fuso
Pelo nosso diagrama, na posição estimada, a Hleg é:
Hleg = GMT - 2 horas
E assim:
Hleg = GMT - 2 horas
12h 00m 58s = GMT - 2h
GMT = 12h 00m 58s + 2h = 14h 00m 58s.
O mais importante desta explicação não é exatamente as continhas sobre a
hora legal, mas o diagrama. Aprenda a fazê-lo e utilizá-lo. Ele pode ser
útil.
A partir daqui, a resolução do exercício é como os anteriores. As páginas
do Almanaque Náutico necessárias para resolver esta questão estão nas
páginas seguintes. A versão Kindle deste livro pode reduzir a resolução
destas páginas. Se você tiver dificuldades, lembre-se que uma você pode
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A resolução é:

Resposta: C
(Reforço - CPA I/2016)
No dia 14 de março de 2016, às HMG = 15h 22m 57s, na posição
estimada Lat = 01° 19,1’N e Long = 048° 16,0’W, o Sol culminou.
A Longitude calculada na Passagem Meridiana foi de
( a ) 048° 25,1’ W
( b ) 048° 16,0’ W
( c ) 048° 28,8’ W
( d ) 048° 03,7’ W
( e ) 048° 36,3’ W
As páginas do Almanaque Náutico necessárias para resolver esta questão
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A resolução é:

Resposta: C
(Reforço - CPA EXTRA/2016)
Ocorrida a Passagem Meridiana do Sol no dia 21/07/2016, às HMG =
14h 29m 18,0s, a Longitude na Passagem Meridiana será:
A) 037° 32,4´ W
B) 035° 29,9´ W
C) 035° 18,4´ W
D) 035° 12,0’ W
E) 035° 43,1’ W
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A resolução é:

Resposta: E
(Reforço - CPA II/2016)
Às HMG = 14h 06m 39,0s de 30/09/2016 o Sol culminou e a longitude
calculada na Passagem Meridiana no dia 30 de setembro foi:
(a) 034° 05,4’ W
(b) 033° 52,9’ W
(c) 034° 33,8’ W
(d) 033° 59,1’ W
(e) 034° 13,0’ W
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A resolução é:

Resposta: E
(Reforço - CPA I/2017)
Às HMG = 17h 52m 28,0s do dia 30/03, o Capitão colimou o limbo
inferior do Sol na passagem meridiana. A longitude meridiana foi
( a ) 087° 22,6’ W.
( b ) 086° 59,4’ W.
( c ) 087° 12,8’ W.
( d ) 087° 29,5’ W.
( e ) 087° 02,1´ W.
As páginas do Almanaque Náutico necessárias para resolver esta questão
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resolução destas páginas. Se você tiver dificuldades, lembre-se que uma
você pode baixar um arquivo com as páginas do Almanaque Náutico. O
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A resolução é:

Resposta: E
A maioria dos problemas da prova de Capitão Amador se concentra no
Oceano Atlântico, ou seja, em torno de 30º a 40º de longitude Oeste. Vamos
resolver um exercício cuja localização está em uma longitude à Leste de
Greenwich, pois é bem possível que alguma prova possa inovar neste
sentido.
A resolução não é muito diferente. Você só deve estar atento que a posição
do Sol (AHG) é contada de 0 a 360º no sentido a oeste de Greenwich,
enquanto a longitude é contada de 0 a 180º para leste e oeste de Greenwich,
e fazer as devidas conversões. Note que o AHG (obtido na Página Diária
para a hora cheia) continua sendo somado ao acréscimo obtido na Página de
Acréscimos e Correções.
(Essencial - EXERCÍCIO 4)
Às HMG = 09h 53m 04s de 29/03/2016 o Sol culminou. Calcule a
Longitude Meridiana.
Para este exercício, você pode utilizar as páginas do Almanaque da
questão anterior (questão da prova CPA I/2017). Os trechos necessários
também estão separados a seguir.

A resolução é:

Agora precisamos converter o ângulo encontrado na longitude correta.


Veja a figura a seguir.

Note que a posição é a Leste de Greenwich e, portanto, temos que subtrair


de 360 graus o valor do AHG para obter a longitude.

Resposta: 032º 54,9' E

5.3.DETERMINAÇÃO DA LATITUDE
Para se determinara latitude, os dados necessários são:
1. o dia e o horário da Passagem Meridiana do Sol (culminação)
2. a altura verdadeira do Sol em relação ao horizonte.
3. a latitude estimada do observador.
Note que precisamos da altura verdadeira do Sol, ou seja, a altura medida
com o sextante (altura instrumental) já corrigida para (i) o erro
instrumental, (ii) a elevação do olho do observador e (iii) os efeitos de
difração considerando se a medida da altura foi feita usando o limbo
inferior ou superior do Sol.
Normalmente, na prova, a altura verdadeira não é dada. Ela geralmente é
calculada em uma das questões anteriores. Um erro ao encontrar a altura
verdadeira pode causar um erro na determinação da latitude. Por sorte,
como vimos, encontrar a altura verdadeira é uma questão bem simples. É só
ter atenção e não errar nenhum número ou nenhuma soma ou subtração. O
lado bom disso é que se você errar a questão que calcula a altura verdadeira,
você possivelmente não encontrará a alternativa correta para o cálculo da
latitude e notará seu erro. Assim, você tem a chance de voltar atrás e refazer
suas contas.
NOTA IMPORTANTE: Por questões de didática, neste capítulo daremos a
altura verdadeira diretamente no enunciado, a não ser que mencionado ao
contrário. Lembre-se que na prova, em geral, você terá calculado esta altura
em uma questão anterior.
Sobre o dia e a hora da culminação do Sol, estes são dados necessários para
encontrarmos a declinação do Sol. A declinação do Sol é o ângulo formado
entre o plano que contém o equador e a linha que liga o centro da Terra ao
centro do Sol. É como se fosse a latitude do astro, já que a latitude também
é medida da mesma forma (é o ângulo entre a linha que liga um ponto da
superfície terrestre e o plano que contém o equador).

Para encontrar a declinação, utilizamos o Almanaque Náutico, através da


Página Diária e da Página de Acréscimos e Correções, páginas essas que já
foram apresentadas anteriormente. Mas agora utilizaremos outras colunas
destas páginas.
Agora, vamos resolver dois exercícios que, em conjunto, equivalem a
resolução da questão para determinar a latitude da prova de capitão amador
CPA I/2014. À medida que formos avançando, iremos passo a passo
explicar como chegar na determinação da latitude. Vamos primeiro
encontrar a declinação do Sol em uma dada data e hora (sempre em HMG),
que é o primeiro passo para encontrar a latitude.
(Essencial - EXERCÍCIO 5, CPA I/2014)
Na HMG = 15h 23m 49s do dia 22 de abril de 2014, o Sol culminou.
Encontre a declinação do Sol neste momento.
A primeira coisa a fazer é entrar na Página Diária de 22 de abril de 2014
do Almanaque Náutico e na linha referente às 15h e na coluna "Dec",
encontrar a declinação do Sol. Note que a declinação é dada em Norte ou
Sul do equador, e o valor das linhas são os minutos de grau. O valor dos
graus da declinação, e se o Sol está ao Sul ou ao Norte do equador, talvez
precise ser lido um pouco acima.

Assim, olhando a tabela, a declinação do Sol às 15h é de 12º 18,3' NORTE.


Mas esta ainda não é a resposta, pois não queremos a declinação às 15h,
mas sim às 15h 23m 49s. Para esta correção, também utilizamos a página de
Acréscimo e Correções, mas de uma forma um pouco diferente do que
fizemos no capítulo anterior. Antes de ir para esta página, entretanto,
precisamos achar o valor do fator para correção da declinação "d", e se a
declinação é crescente ou decrescente.
Para achar "d", basta olhar no canto inferior esquerdo da página Diária.
O valor de "d" é lido diretamente. Ou seja, d = 0,8.
Precisamos também verificar se a declinação é crescente ou decrescente.
Para saber se a declinação é crescente ou decrescente, precisamos ver como
se comportam os valores da declinação com o passar do tempo no horário
próximo de quando foi feita a medida da altura do Sol.

Volte à tabela com os valores horários da declinação no dia 22 de abril e


note que, às 15h a declinação é 12º 18,3' N e às 16h a declinação é 12º
19,1' N. Ou seja, a declinação aumentou (e aqui não importa se é para o
Sul ou para o Norte, tudo o que importa é o valor absoluto). Ou seja, vemos
que a declinação é crescente com o tempo.
Feito isso, vamos agora à página de Acréscimos e Correções do
Almanaque Náutico. Você deve utilizar a página dos minutos
correspondente à observação. No caso do nosso exercício, seria a página
de 23 minutos (pois a culminação ocorreu às 15h 23m 49s).
Nesta página, devemos procurar o valor de d em uma das três colunas
marcadas com "v ou d", e encontrar o valor da correção. No nosso caso,
para d =0,8, a correção é corr = 0,3'. Esta correção pode ser positiva ou
negativa. Como a declinação é crescente, conforme vimos anteriormente, a
correção é positiva. Se a declinação fosse decrescente, a correção seria
negativa.
Assim, corr = +0,3'.
Agora podemos chegar ao valor da declinação do Sol às 15h 23m 49s.
Note que para o cálculo da declinação (e, por conseguinte, da latitude, que
será calculada em seguida) os segundos não são relevantes como são para
o cálculo da longitude.
Voltando ao exercício, o valor da declinação do Sol é calculado somando
os dois valores encontrados (atenção para o sinal da correção). Para
declinação crescente, a correção é positiva.

Resposta: Dec = 12º 18,6' N


Pronto! Terminamos este exercício, que era somente para achar a
declinação do Sol que, como você deve lembrar, é o ângulo indicado na
figura a seguir.

Achada a declinação do Sol, vamos agora encontrar a latitude do


observador. Vamos continuar isso como se fosse um novo exercício,
montado utilizando os dados calculados anteriormente.
(Essencial - EXERCÍCIO 6, CPA I/2014)
Na HMG = 15h 23m 49s do dia 22 de abril de 2014, o Sol culminou, e o
capitão encontrou que sua declinação era de 12º 18,6' N. Após o uso do
sextante e as devidas correções, o capitão encontrou que a altura
verdadeira do Sol com a linha do horizonte formava um ângulo de 44º
41,5’. Encontre a latitude meridiana, sabendo que o capitão estimava
sua posição como sendo Latitude 33° 02’,0 S e Longitude 006° 23’,0 W.
Vamos construir uma figura que vai nos ajudar. Vou fazê-la passo a passo,
pois ela será muito útil em todos os problemas que envolvem latitude.
Primeiro, estou colocando o Sol que, neste exercício, conforme vimos, está
ao norte do equador. Também fiz uma linha ligando o centro da Terra ao
centro do Sol. Não precisamos nos importar em acertar o valor do ângulo.
Basta somente representá-lo quanto a estar ao sul ou ao norte do equador.
Vamos representar, também, o ângulo de declinação, dec, que é medido
entre o equador e esta linha que acabamos de colocar entre o Sol e o centro
da Terra.

Depois disso, vamos acrescentar a posição estimada do observador. Esta


posição foi dada no exercício, e assim sabemos que o observador está em
alguma latitude ao sul do equador (latitude estimada 33° 02’,0 S).
Dizer que estamos a 33º 02,0’ S de latitude é o mesmo que dizer que, numa
seção da Terra contendo seu centro e a posição do observador, o ângulo
entre a reta que liga o observador ao centro da Terra e o plano que contém o
equador forma um ângulo de 33º 02,0’ ao Sul do equador.

Não é preciso se preocupar em acertar o valor do ângulo da latitude, basta


representá-lo se ao norte ou ao sul do equador. Veja na figura a seguir que
também fiz uma linha ligando o centro da Terra ao observador, e a estendi.
O ângulo entre o equador e esta linha é a própria latitude (símbolo , mas
escreveremos "phi" no livro para evitar problemas com a fonte no formato
digital), cujo valor não sabemos exatamente qual é, mas temos uma
estimativa que foi dada no enunciado da questão.
Ao fim da linha, marquei o ponto chamado de zênite (Z maiúsculo). Zênite
é o ponto no espaço que está exatamente acima do observador. Olhe
exatamente o ponto no céu acima da sua cabeça, e você estará olhando o
Zênite (o oposto chama-se Nadir).
Por fim, indiquei um elemento novo, mais um ângulo adicional, chamado
de altura zenital, z minúsculo. Este é o ângulo formado entre o Sol e o
zênite.
Em toda essa história, falta agora incluirmos a altura do Sol, aquela que é
medida com o sextante, e já corrigida para o erro instrumental e elevação do
olho do observador, a altura aparente “a ap” (primeiro tratarei da altura
aparente, e depois da altura verdadeira, que é efetivamente utilizada nos
cálculos de latitude; faço isso para explicar alguns conceitos importantes).
Essa altura angular “a ap” é o ângulo entre a linha do horizonte e a linha
que une o observador ao Sol. Por ser utilizada a linha do horizonte, esta
linha é tangente à superfície da Terra e forma um ângulo de 90 graus com a
linha que une o centro da Terra, o observador e o zênite.
Mas esta altura não é de muita utilidade para a navegação astronômica. É
necessário transpor este ângulo como se ele estivesse no centro da Terra.
Entre outras coisas, é isto que faz aquela última correção que é aplicada ao
valor da altura aparente “a ap”. Além disso, essa correção também leva em
conta efeitos da difração da atmosfera e a escolha do limbo inferior ou
superior do sol. Após aplicada esta correção, temos a altura verdadeira,
“av”.
A altura verdadeira do Sol, “av”, é o ângulo entre uma linha paralela ao
horizonte do observador e saindo do centro da Terra, e outra saindo do
centro da terra e indo ao centro do Sol.

Temos agora todos os elementos que precisamos para determinada a


latitude. A altura aparente não tem utilidade, e podemos removê-la da
figura. Ela só foi colocada aqui para que possamos explicar o processo
todo. A figura, limpa, fica como a seguir.

Note que:
z + av = 90°
e note também que, como temos o valor de av (altura verdadeira do Sol),
sempre podemos calcular o valor de z.
Note também que temos o valor de dec, via o uso do Almanaque Náutico
(foi isso que calculamos no exercício anterior).
Assim, a única coisa que falta é encontrar a latitude phi.
Mas antes de irmos para a determinação da latitude, certifique-se de ter
entendido a figura. Vamos rever o método de desenhá-la, simplificando. Ela
será utilizada em todos os problemas relacionados à determinação da
latitude. Recomendo fortemente que você sempre faça essa figura ao se
deparar com problemas envolvendo latitude.
Siga os passos a seguir para desenhar esse esquema que apresentamos há
pouco:
1. Faça um ponto representando o centro da Terra
2. Desenhe uma linha horizontal passando pelo centro da Terra,
representando o equador. Acima dela é o Norte, e abaixo é o Sul. Você
também pode fazer uma linha mais fraca ou pontilhada, representando a
superfície da Terra, se quiser.

3. Desenhe o Sol, em algum lugar ao norte ou ao sul do equador,


dependendo se a declinação dele é norte ou sul. Não se preocupe com o
valor do ângulo. Após ter desenhado o Sol, faça uma linha unindo o centro
da Terra ao Sol, e represente o ângulo dec. No exemplo que estamos
montando aqui, coloquei o Sol com uma declinação norte.

4. Desenhe uma linha representando a latitude estimada do observador,


se estendendo do centro da Terra até o zênite. Não sabemos o valor exato da
latitude (que é o que procuramos), mas a latitude estimada é um dos dados
do problema. Ao desenhar esta linha é importante representar se a latitude é
ao norte ou ao sul do equador e (muito importante isso), caso o sol e a
latitude estejam no mesmo hemisfério, você deve avaliar qual é maior e
desenhar de acordo. Neste exemplo que estou fazendo, coloquei a
declinação e a latitude em hemisférios diferentes, mas vamos analisar todos
os casos mais à frente. Após isso, represente o ângulo phi, entre o equador e
esta linha.
5. Marque o ângulo chamado de altura zenital z, entre o Sol e a latitude.

6. Por fim, coloque a linha do horizonte do observador, sempre partindo


do centro da Terra e indo para o lado que está o Sol, mas formando um
ângulo de 90 graus com a linha que liga o centro da Terra ao zênite. Marque
o ângulo entre esta linha e o Sol como “av”.

Pronto! A figura que precisamos está pronta. O esquema para desenhá-la é


sempre o mesmo, mas existem variações que iremos estudar um pouco mais
adiante, dependendo da posição relativa entre o Sol e a latitude do
observador.
Por ora, voltemos ao nosso problema.
A figura do nosso problema deve ficar parecida com a apresentada a
seguir.

Em todos os problemas para se encontrar a latitude, é necessário calcular


o valor do ângulo z. Como a linha do horizonte do observador e linha de
zênite são perpendiculares (ou seja, formam um ângulo de 90º), então é
bem fácil ver que:
z + a = 90º
z = 90º - a
“a” é a altura verdadeira, dada no enunciado do problema.
Calculando:
z = 90º - a =
= 90º - 44º 41,5´ =
= 89º 60,0´ - 44º 41,5´ =
= 45º 18,5’
Os problemas para determinação da latitude sempre são resolvidos
observando as relações entre os ângulos dec, z e phi. Da figura, é fácil
notar que a latitude meridiana é:
phi = z – dec = 45º 18,5’ - 12º 18,6' = 32º 59,9’ S
E esta é a resposta para a questão que foi colocada na prova CPA I/2014.
Existem três possíveis relações entre phi, z e dec. A relação encontrada no
exercício que acabamos de resolver é quando a declinação e a latitude do
observador estão em hemisférios diferentes.
Se desenharmos este caso, existem duas situações diferentes, mostradas a
seguir. Numa, o Sol tem declinação norte e em outra, o Sol está ao sul.

Para estes casos, a relação entre phi, z e dec é:


Você não precisa decorar esta fórmula. Basta saber fazer a figura
corretamente e, assim, fica fácil visualizar a relação entre phi, z e dec. Olhe
as figuras anteriores e chegue você mesmo a esta conclusão.
A segunda possibilidade é quando a declinação do Sol e a latitude do
observador estão no mesmo hemisfério, mas a declinação do Sol é maior
que a latitude. A figura, neste caso, poderá ser conforme segue, dependendo
de que hemisfério estão localizadas a declinação e a latitude.
Neste caso, mostrado na figura a anterior, a fórmula para resolver a latitude
meridiana é

Novamente: não decore! Faça o desenho e monte a relação baseado nele.


Note que ao fazer a figura é importante representar corretamente dec > phi,
desenhando corretamente a posição do Sol e do zênite/latitude estimada do
observador.
A terceira possibilidade é quando a declinação do Sol e a latitude do
observador estão no mesmo hemisfério, mas a latitude é maior que a
declinação do Sol.

E aqui teremos

Novamente chamo atenção para desenhar corretamente os ângulos dec e


phi, representando corretamente um phi > dec.
Existe ainda um caso particular e muito difícil de acontecer, tanto na prática
quanto na prova, que seria quando a declinação do Sol e a latitude do
observador são as mesmas. O sol estaria exatamente acima da cabeça do
observador, formando um ângulo de 90 graus com o horizonte. Neste caso,
é bem direto ver que
Reforçando mais uma vez, não é necessário decorar nada disso. Basta saber
montar as figuras, seguindo os passos que demos. Acostume-se a fazer esse
desenho.
Em todas as provas caem questões como a que fizemos há pouco.
Outra questão que sempre costuma cair é sobre a posição relativa do
observador e o Sol. Se você fizer o diagrama conforme ensinamos, é muito
provável que questões desse tipo saiam facilmente. As perguntas
geralmente pedem para situar o Sol em relação ao observador. Por exemplo,
é perguntado se o Sol está entre o equador e o polo norte, ou se está ao sul
do observador, ou se está entre o equador e o observador, se está no azimute
0 graus (ou seja, para o Norte) ou no azimute 180 graus (ao Sul do
observador), etc. Este tipo de questão é facilmente resolvida olhando a
figura que desenhamos. Vejamos o que foi colocado na prova CPA I/2014.
(Essencial - CPA I/2014)
Na Passagem Meridiana, sabe-se que o Sol estava na declinação 12º
18,6' N e que a latitude meridiana do barco do Capitão era de 32º 59,9’
S . Sendo assim, então o Sol estava:
( a ) entre o zênite e o equador celeste.
( b ) na direção do sul verdadeiro.
( c ) no azimute 090°.
( d ) ao norte do equador celeste.
( e ) entre o zênite e o sul verdadeiro.
Olhando o diagrama que já montamos anteriormente (já que este exercício
e o anterior são, na verdade, do mesmo problema, apresentados na prova
CPA I/2014) e reproduzido mais uma vez abaixo, vemos que o Sol está ao
norte do equador, ao sul do polo norte verdadeiro e, a partir do observador,
na direção – ou azimute – 0 graus (ou seja, o observador, ao ficar de frente
para o Sol, terá também o polo norte verdadeiro em sua frente – no rumo 0
graus verdadeiro!). Entre as alternativas da questão, a única que satisfaz é
a que diz que o sol estava “ao norte do equador celeste” (alternativa d).

Alguns termos da questão podem ainda ser desconhecidos do leitor. Por


exemplo, “equador celeste” e “azimute”.
Equador celeste é a projeção do equador terrestre em uma esfera imaginária
que circunda a Terra e que contém todas os corpos celestes. Esta é parte da
teoria que este livro não abordou ainda. Vamos falar disso no capítulo
seguinte.
O azimute, nós podemos tratar como se fosse a direção que o observador
olha em relação ao norte verdadeiro, considerando 0 graus a direção para o
norte, 180 graus o sul verdadeiro, 90 graus a direção leste, e 270 graus a
direção oeste. Nesta questão, o capitão, ao se voltar em direção ao sol,
estará mirando o norte verdadeiro. Ou seja, o sol está no azimute 000º. Note
que, em se tratando de Passagem Meridiana do Sol, o Sol só poderá estar
nos azimutes 000º (para o norte) ou 180º (para o sul) ou, em um caso muito
especial, exatamente acima da cabeça do capitão, quando então não se
consegue falar em azimute.
Vamos agora fazer questões de provas de Capitão Amador para determinar
a latitude. Vamos aproveitar o embalo e também resolver questões que
pedem para situar a posição relativa do Sol, aproveitando o diagrama que
sempre devemos fazer para resolver as questões referentes a latitude no
exame para Capitão.
(Essencial - CPA II/2013)
No dia 04 de outubro de 2013, o Capitão resolveu tirar a posição do iate
na Passagem Meridiana do Sol. Sua posição estimada era 245 milhas ao
sul do Equador na longitude 034° 32’ W. A altura verdadeira do Sol foi
de 89º 34,4'. A culminação ocorreu às HMG = 14h 06m 43s. A latitude
meridiana calculada foi:
A) 04° 13,1’ S
B) 03° 48,9’ S
C) 04° 05,0’ S
D) 03° 59,8’ S
E) 04° 07,6’ S
O primeiro passo é calcular a declinação do Sol às 14h 06m 43s do dia 04
de outubro de 2013. Se você tiver problemas com a resolução da imagem
nesta edição kindle do livro, lembre-se que você pode baixar uma cópia
destas páginas através de um link na página do facebook deste livro.
Olhando a Página Diária do Almanaque para o dia 04 de outubro, vemos
que a declinação para as 14h é dec = 4º 33,1' S. Ainda, vemos que d = 1,0
e que a declinação aumenta com o tempo (o valor às 14h é dec = 4º 33,1' e
as 15h é dec = 4º 34,0').
Falta ainda avaliar o acréscimo na declinação devido a observação ter
sido feita aos 6m e 43s das 14h. Para isso, vamos à página de Acréscimos e
Correções de 6 minutos, e vemos que para d=1,0, a correção é corr = 0,1’.
Assim, a declinação na culminação do Sol é
4º 33,1' + 0º 00,1' = 4º 33,2’ para o sul (4º 33,2’ S).
O mais comum é a latitude estimada ser dada diretamente no problema, mas
nesta prova a latitude foi dada indiretamente. Como você já deve saber,
cada milha náutica equivale a 1 minuto de grau de latitude. Assim, podemos
calcular a latitude.
Como a posição estimada é de 245 milhas náuticas ao sul do equador,
podemos calcular a latitude estimada. Como cada grau tem 60 minutos,
então:
245/60 = 4 com resto 5, ou seja, 245 NM ao sul do Equador equivale a 4º
05,0’ S.
A declinação e a posição estimada estão no mesmo hemisfério, sendo que a
declinação é (um pouco) maior que a latitude estimada. Assim, o diagrama
é:

E vemos que

O valor de dec já achamos através da consulta ao Almanaque Náutico.


Falta calcular z.
Como “z” e a altura verdadeira “a” formam um ângulo reto, e “a” foi
fornecido no enunciado do problema, então:
z + a = 90º
z = 90º - a =
= 90º - 89º 34,4' =
= 89º 60,0’ - 89º 34,4' =
= 0º 25,6'.
Lembre-se que, geralmente, a altura verdadeira do Sol na prova é obtida
resolvendo-se uma questão anterior. Aqui, nesta questão, este foi um dado
do problema.
Calculando a latitude meridiana, já que agora temos todos os dados e
também a relação entre phi, dec e z:

Resposta: E
(Essencial - CPA II/2013)
Na Passagem Meridiana, e considerando os dados da questão anterior,
o Sol está:
A) entre o zênite e o Equador celeste.
B) na direção do Sul Verdadeiro.
C) na direção 000°.
D) ao norte do Equador celeste.
E) entre o zênite e o Norte verdadeiro.
Do diagrama, repetido a seguir, vemos que a resposta é “B) na direção do
Sul Verdadeiro”.

Note que como o ângulo de declinação do Sol é bem próximo da latitude


meridiana (phi = 4º 07,6’ S e dec = 4º 33,2’ S), foi por pouco que o Sol não
está localizado exatamente acima do observador.
Ao fazer o diagrama, não se importe em representar o valor dos ângulos. É
somente importante verificar os hemisférios e, caso declinação e latitude
estejam no mesmo hemisfério, representar qual deles é maior.
Você pode fazer um cheque de consistência entre as alternativas neste tipo
de questão para ver se acertou (com sorte, você pode conseguir resolver a
questão sem fazer qualquer conta ou diagrama). Veja que, sabendo a
latitude meridiana ou mesmo a latitude estimada, as alternativas A, C, D e E
todas colocam o Sol ao norte do observador e como só existe uma
alternativa correta, só sobraria a B.
(Essencial - CPA II/2014)
Dado data: 12/out/2014:
Posição estimada da embarcação na passagem meridiana: Lat = 18°
03,0’ S e Long = 035° 53,0’ W.
Altura verdadeira do Sol: 79° 31,6’.
Horário da culminação do Sol: HMG = 14h 10m 51,0s.
A latitude na passagem meridiana calculada pelo Capitão foi:
( a ) 18° 05,7’ S
( b ) 18° 01,2’ S
( c ) 17° 58,8’ S
( d ) 18° 11,7’ S
( e ) 17° 50,5’ S
Responderemos esta questão em conjunto com a próxima.
(Essencial - CPA II/2014)
Responda também: qual foi a posição relativa do Sol observada pelo
Capitão?
( a ) Azimute de 000° ao norte do Equador.
( b ) Entre o Zênite e o Equador.
( c ) Ao sul do Zênite e ao norte do Equador.
( d ) Azimute de 180° e ao sul do Equador.
( e ) Ao norte do Zênite e do Equador
As tabelas do Almanaque Náutico necessárias para resolver esta questão
estão nas páginas seguintes. Se a resolução das páginas do Almanaque
estiver ruim, lembre-se de baixar o material de apoio através do link na
página do facebook deste livro.
Comecemos pelo cálculo da declinação.
Da Página Diária para 12 de outubro:
dec(14h) = 7° 30,2’ S
d = 0,9, crescente
Da página de Acréscimos e Correções:
corr = 0,2 (para 10 minutos e d =0,9)
Assim, a declinação do Sol na culminação é dec = 7° 30,2’ + 0°00,2’ = 7°
30,4’ S.
Utilizando a latitude estimada e a declinação, a figura que representa o
problema é:

Com esta figura já podemos ver que o Sol está entre o zênite e o equador, e
resposta da pergunta sobre a posição relativa do Sol é a alternativa B.
Continuemos com o cálculo da latitude.
Calculando o valor de z:
z = 90º - a =
= 90º - 79° 31,6’ =
= 10º 28,4'.
Observando a figura, vemos que a latitude é calculada como segue:
Resposta: ALTERNATIVA C para a questão sobre latitude.
(Essencial - CPA REFENO/2014)
Dados:
Data e hora da culminação do Sol: HMG = 14h 17m 04s de 21 de agosto
de 2014;
Altura verdadeira do Sol na culminação: 72° 44,3’;
Posição estimada: Latitude 05° 13’,0 S e Longitude 033° 12’,0 W.
A latitude calculada na passagem meridiana no dia 21 de agosto foi de:
( a ) 05° 09,8’ S.
( b ) 05° 11,7’ S.
( c ) 05° 15,1’ S.
( d ) 05° 17,3’ S.
( e ) 05° 25,9’ S.
O azimute do Sol em relação à posição estimada do veleiro na
Passagem Meridiana desse dia seria:
( a ) 270°.
( b ) 180°.
( c ) 090°.
( d ) 060°.
( e ) 000°.
As páginas do Almanaque Náutico necessárias para resolver esta questão
estão nas páginas seguintes. Se a resolução estiver ruim, lembre-se do
material de apoio. Procure o link para este material na página do facebook
deste livro.
Comecemos pelo cálculo da declinação.
Da Página Diária para 21 de agosto:
dec(14h) = 12°00,8’ N
d = 0,8, decrescente
Da página de Acréscimos e Correções:
corr = 0,2 (para 17 minutos e d =0,8)
Assim, a declinação do Sol na culminação é dec = 12°00,8’ - 0°00,2’ =
12°00,6’ N.
Note que, por termos uma declinação decrescente com o tempo, a correção
foi negativa na conta acima.
A figura que representa o problema é:

Com esta figura já podemos ver que o Sol está ao norte, no azimute 000° do
observador. Para a pergunta sobre a posição relativa do Sol, a resposta
correta é a alternativa E. Continuemos com o cálculo da latitude.
Calculando o valor de z:
z = 90º - a = 90º - 72° 44,3’= 17º 15,7’.
Observando a figura, vemos que a latitude é calculada como segue:
Resposta: ALTERNATIVA C para a questão sobre latitude.
DICA: na passagem meridiana, o azimute do Sol somente poderá ser zero
graus (ou seja, ao norte do observador) ou 180 graus (ao sul do observador).
Ele também poderia estar, em uma situação especialíssima, exatamente
acima do observador, coincidindo com o zênite, quando, então, não cabe
falar em azimute.
(Essencial - CPA EXTRA/2014)
Dados:
Data e hora da culminação do Sol: HMG=14h 32m 21,0s do dia 25 de
outubro de 2014.
Altura verdadeira do Sol: 76° 53,9’.
Posição estimada: LAT = 25° 23,0’S e LONG = 041° 54,0’W.
A latitude meridiana calculada foi:
a) 25° 23,7’ S
b) 25° 42,8’ S
c) 25° 18,2’ S
d) 25° 29,9’ S
e) 25° 33,5’ S
As tabelas do Almanaque Náutico necessárias para resolver esta questão
estão nas páginas seguintes. Se a resolução estiver ruim, lembre-se do
material de apoio. Procure o link para este material na página do facebook
deste livro.
Comecemos pelo cálculo da declinação.
Da Página Diária para 25 de outubro:
dec(14h) = 12°11,6’ S
d = 0,9, crescente
Da página de Acréscimos e Correções:
corr = 0,5’ (para 32 minutos e d =0,9)
Assim, a declinação do Sol na culminação é dec = 12°11,6’ + 0°00,5’ =
12°12,1’ S.
A figura que representa o problema é:

Calculando o valor de z:
z = 90º - a = 90º - 76° 53,9’= 13º 06,1’.
Observando a figura, vemos que a latitude é calculada como segue:
Resposta: C.
(Essencial - CPA I/2015)
Dados:
Data e hora da culminação do Sol: HMG = 14h 28m 13,0s
do dia 15 de abril de 2015.
Altura verdadeira do Sol: 61° 58,8’.
Posição estimada: Lat = 18° 12,2’S e Long = 037° 20,5’W.
A Latitude na Passagem Meridiana calculada pelo Capitão foi:
( a ) 18° 08,7’ S
( b ) 18° 01,2’ S
( c ) 18° 14,0’ S
( d ) 18° 11,7’ S
( e ) 17° 59,5’ S

Observando a posição relativa entre o iate do Capitão e o Sol, o Capitão


verificou que a latitude do iate, no instante da Passagem Meridiana,
nesse dia 15 de abril, pode ser calculada pela expressão:
( a ) latitude = 90° – altura do centro do Sol + declinação.
( b ) latitude = 90° – altura do centro do Sol – declinação.
( c ) latitude = declinação do Sol + altura do centro do Sol – 90°.
( d ) latitude = altura do centro do Sol – declinação do Sol – 90°.
( e ) latitude = 90° + altura do centro do Sol – declinação.
As tabelas do Almanaque Náutico necessárias para resolver esta questão
estão nas páginas seguintes. Se a resolução estiver ruim, lembre-se do
material de apoio. Procure o link para este material na página do facebook
deste livro.
Comecemos pelo cálculo da declinação.
Da Página Diária para 15 de abril:
dec(14h) = 9°46,8’ N
d = 0,9, crescente
Da página de Acréscimos e Correções:
corr = 0,4’ (para 28 minutos e d =0,9)
Assim, a declinação do Sol na culminação é dec = 9°46,8’ + 0°00,4’ =
9°47,2’ N.
A figura que representa o problema é:

Aqui, vamos inverter um pouco a ordem que que normalmente adotamos


para resolver os problemas de latitude meridiana para poder responder a
questão sobre como calcular a latitude.
Observando a figura, vemos que a latitude é calculada como segue:

Como z = 90º - a, colocando esta expressão na anterior, encontramos:


Ou seja: “latitude = 90º - altura do centro do Sol – declinação”, o que
equivale a alternativa B da questão sobre a expressão para calcula da
latitude.
Calculando a latitude, utilizando a fórmula que desenvolvemos agora:

Resposta: C.
(Reforço - CPA II/2015)
Dados:
Data e hora da culminação do Sol: HMG = 14h 00m 58,0s
do dia 22 de outubro de 2015.
Altura verdadeira do Sol: 83° 20,2’.
Posição estimada: Lat = 04° 22,0’S e Long = 033° 53,0’W
A Latitude na passagem meridiana calculada pelo Capitão foi:
( a ) 04° 24,0’ S.
( b ) 03° 58,8’ S.
( c ) 04° 13,0’ S.
( d ) 04° 19,8’ S.
( e ) 03° 51,5’ S.
Responderemos esta questão em conjunto com a questão seguinte:
(Reforço - CPA II/2015)
Na posição para a culminação no dia 22/10, em relação ao iate, o Sol
estaria:
( a ) entre o Equador e o Zênite.
( b ) no azimute 000°.
( c ) entre o Equador e o Polo Norte.
( d ) no azimute 090°.
( e ) ao sul do Zênite.
As tabelas do Almanaque Náutico necessárias para resolver esta questão
estão nas páginas seguintes. Se a resolução estiver ruim, lembre-se do
material de apoio. Procure o link para este material na página do facebook
deste livro.
Comecemos pelo cálculo da declinação.
Da Página Diária para 22 de outubro:
dec(14h) = 11°03,8’ S
d = 0,9, crescente
Da página de Acréscimos e Correções:
corr = 0,0’ (para 0 minutos e d =0,9)
Assim, a declinação do Sol na culminação não tem correção e é dec =
11°03,8’ S.
A figura que representa o problema é:

Com esta figura já podemos ver que o Sol está ao sul do zênite, no azimute
180°. Para a pergunta sobre a posição relativa do Sol, a resposta correta é
a alternativa E. Continuemos com o cálculo da latitude.
Calculando o valor de z:
z = 90º - a = 90º - 83° 20,2’ = 6º 39,8’.
Observando a figura, vemos que a latitude é calculada como segue:
Resposta: ALTERNATIVA A.
(Reforço - CPA I/2016)
Dados:
Data e hora da culminação do Sol: HMG = 15h 22m 57s do dia 14 de
março de 2016.
Altura verdadeira do Sol: 86° 27,3’
Posição estimada: Lat = 01° 19,1’N e Long = 048° 16,0’W.
A Latitude na passagem meridiana calculada pelo Capitão foi:
( a ) 01° 21,2’ N
( b ) 01° 26,5’ N
( c ) 00° 06,9’ S
( d ) 01° 11,4’ N
( e ) 01° 09,3’ N
As tabelas do Almanaque Náutico necessárias para resolver esta questão
estão nas páginas seguintes. Se a resolução estiver ruim, lembre-se do
material de apoio. Procure o link para este material na página do facebook
deste livro.
Comecemos pelo cálculo da declinação.
Da Página Diária para 14 de março:
dec(15h) = 2°11,9’ S
d = 1,0 decrescente
Da página de Acréscimos e Correções:
corr = 0,4’ (para 22 minutos e d =1,0)
Assim, a declinação do Sol na culminação é dec = 2°11,9’ - 0°00,4’ =
2°11,5’ S
A figura que representa o problema é:

Calculando o valor de z:
z = 90º - a = 90º - 86° 27,3’= 3º 32,7’.
Observando a figura, vemos que a latitude é calculada como segue:
Resposta: ALTERNATIVA A.

(Reforço - CPA EXTRA/2016)


Dados:
Data e hora da culminação do Sol: HMG = 14h 29m 18,0s do dia
21/07/2016.
Altura verdadeira do Sol: 80° 46,2’
Posição estimada: Lat = 10° 55,0’ N e Long = 035° 26,0’ W
A Latitude Meridiana calculada será:
A) 10° 50’,7’ N
B) 11° 10,7’ N
C) 11° 04,5’ N
D) 10° 59,9’ N
E) 10° 55,0’ N
Responderemos esta questão em conjunto com a questão seguinte:
(Reforço - CPA EXTRA/2016)
O Azimute do Sol na Passagem Meridiana do dia 21/07 na latitude
estimada de 10° 55,0’ N, será:
A) 181° 23,8’
B) 090° 00,0’
C) na direção do norte verdadeiro
D) 180° 00,0
E) no Zênite do observador.
As tabelas do Almanaque Náutico necessárias para resolver esta questão
estão nas páginas seguintes. Se a resolução estiver ruim, lembre-se do
material de apoio. Procure o link para este material na página do facebook
deste livro.
Comecemos pelo cálculo da declinação.
Da Página Diária para 21 de julho:
dec(14h) = 20°18,5’ N
d = 0,5 decrescente
Da página de Acréscimos e Correções:
corr = 0,2’ (para 29 minutos e d =0,5)
Assim, a declinação do Sol na culminação é dec = 20°18,5’ - 0°00,2’ =
20°18,3’ N
A figura que representa o problema é:

Da figura, podemos resolver a questão sobre a posição relativa do Sol.


Vemos que, se o observador se posicionar de frente para o Sol, ele estará
voltado para o norte verdadeiro. Ou seja, azimute 000° ou, dizendo de
outra forma, azimute na direção do norte verdadeiro (alternativa C).
Calculando o valor de z:
z = 90º - a = 90º - 80° 46,2’= 9º 13,8’.
Observando a figura, vemos que a latitude é calculada como segue:
Resposta: C.
(Reforço - CPA II/2016)
Dados:
Posição estimada: Lat = 04° 50,0’N / Long = 034° 10,0’W
Altura verdadeira do centro do Sol: 82° 00,5’,
Às HMG = 14h 06m 39,0s do dia 30/09/2016 o Sol culminou e o Capitão
pode então calcular a declinação exata do astro neste horário, tendo
obtido
(a) 02° 57,8’ S
(b) 03° 09,4’ S
(c) 02° 27,9’ S
(d) 03° 06,5’ S
(e) 02° 59,3’ S
Responderemos em conjunto também a seguinte questão:
(Reforço - CPA II/2016)
Considerando a latitude estimada e a declinação exata calculada, a
posição do Sol em relação ao veleiro na culminação nesse dia 30/09 foi
(a) Entre o zênite e o polo sul celeste.
(b) Entre o Equador celeste e o zênite
(c) No azimute 000°
(d) Entre o Equador celeste e o polo norte celeste.
(e) No Zênite do observador.
E também responderemos mais uma questão que foi colocada na prova:
(Reforço - CPA II/2016)
A Latitude calculada na passagem meridiana no dia 30 de setembro foi
(a) 04° 50,9’ N
(b) 04° 53,0’ N
(c) 04° 49,2’ N
(d) 04° 52,7’ N
(e) 04° 48,0’ N
A prova CPA II/2016 separou a questão de determinação da latitude em
duas questões: a primeira para encontrar a declinação do Sol e a segunda
para calcular a latitude.
As tabelas do Almanaque Náutico necessárias para resolver esta questão
estão nas páginas seguintes. Se a resolução estiver ruim, lembre-se do
material de apoio. Procure o link para este material na página do facebook
deste livro.

Resolvamos a questão de declinação.


Da Página Diária para 30 de setembro:
dec(14h) = 3°06,4’ S
d = 1,0 crescente
Da página de Acréscimos e Correções:
corr = 0,1’ (para 6 minutos e d =1,0)
Assim, a declinação do Sol na culminação é dec = 3°06,4’ + 0°00,1’ =
3°06,5’ S.
RESPOSTA para a questão da declinação é a ALTERNATIVA D.
A figura que representa o problema é:

Da figura, podemos resolver a questão sobre a posição relativa do Sol. Vê-


se que o Sol está ao sul do zênite, abaixo do equador, no azimute 180°. Das
alternativas, a única que satisfaz é a A (“Entre o zênite e o polo sul
celeste”).
Lembramos que o polo sul celeste é a projeção do polo sul na esfera celeste,
a esfera imaginária que envolve a Terra e contém todos os astros do céu em
sua superfície.
Agora falta calcular a latitude.
Calculando o valor de z:
z = 90º - a = 90º - 82° 00,5’,= 7º 59,5’.
Observando a figura, vemos que a latitude é calculada como segue:
Resposta: B para a questão sobre latitude.
(Essencial - CPA I/2017)
Dados:
Posição estimada: 85 milhas náuticas ao sul do equador na longitude
087° 21,0’ W.
Data e horário da culminação do Sol: HMG = 17h 52m 28,0s de
30/03/17
Altura verdadeira do centro do Sol: 84° 29,8’.
A latitude na Passagem Meridiana calculada pelo Capitão foi
( a ) 01° 18,3’ S.
( b ) 01° 23,1’ S.
( c ) 01° 35,0’ S.
( d ) 01° 27,5’ S.
( e ) 00° 59,6’ S.
Uma vez que não temos a latitude estimada diretamente, o primeiro passo é
calcular a latitude com base nos dados fornecidos. Como cada milha
náutica é igual a um minuto de grau de latitude para latitudes médias e
baixas, e o capitão está a 85 NM ao sul do equador, então:
85/60 = 1 com resto 25
o que equivale a 1° 25,0’S de latitude estimada.
As tabelas do Almanaque Náutico necessárias para resolver esta questão
estão nas páginas seguintes. Se a resolução estiver ruim, lembre-se do
material de apoio. Procure o link para este material na página do facebook
deste livro.
Continuamos agora, pelo cálculo da declinação.
Da Página Diária para 30 de março:
dec(17h) = 4°01,8’ N
d = 1,0 crescente
Da página de Acréscimos e Correções:
corr = 0,9’ (para 52 minutos e d =1,0)
Assim, a declinação do Sol na culminação é dec = 4°01,8’ + 0°00,9’ =
4°02,7’ N
A figura que representa o problema é:

Calculando o valor de z:
z = 90º - a = 90º - 84° 29,8’= 5º 30,2’.
Observando a figura, vemos que a latitude é calculada como segue:

Resposta: D.
(Reforço - CPA II/2017)
Dados:
Posição estimada: LONG = 022° 21,0’W e LAT = 07° 15,0’N.
Data e horário da culminação do Sol: HMG = 13h 24m 13s de 15 de
setembro de 2017
Altura verdadeira do centro do Sol: 85° 27,9’.
Com a altura verdadeira e a HMG da passagem meridiana do Sol, o
capitão teve condições de calcular a posição observada do veleiro neste
horário. A latitude meridiana obtida pelo capitão foi:
( a ) 07° 34,3’ N.
( b ) 07° 56,8’ N.
( c ) 07° 10,7’ N.
( d ) 07° 16,5’ N.
( e ) 07° 21,3’ N.
Responderemos em conjunto também a questão abaixo.
(Reforço - CPA II/2017)
O capitão concluiu que o Sol sobre o seu círculo horário estaria
( a ) com azimute norte.
( b ) entre o zênite e o Polo norte celeste.
( c ) a 180° do nadir.
( d ) entre o zênite e o equador celeste.
( e ) com ângulo no zênite igual a 000°.
As tabelas do Almanaque Náutico necessárias para resolver esta questão
estão nas páginas seguintes. Se a resolução estiver ruim, utilize o material
de apoio que pode ser baixado através de um link na página do Facebook
deste livro.
Comecemos pelo cálculo da declinação.
Da Página Diária para 15 de setembro:
dec(13h) = 2°49,6’ N
d = 1,0 decrescente
Da página de Acréscimos e Correções:
corr = 0,4’ (para 24 minutos e d =1,0)
Assim, a declinação do Sol na culminação é dec = 2°49,6’ - 0°00,4’ =
2°49,2’ N
A figura que representa o problema é:

Da figura, podemos resolver a questão sobre a posição relativa do Sol.


Vemos que o Sol está ao sul do observador, com azimute 180°, mas que está
posicionado antes do equador. Das alternativas, a única que satisfaz e a D,
“entre o zênite e o equador celeste”.
Calculando o valor de z:
z = 90º - a = 90º - 85° 27,9’= 4º 32,1’.
Observando a figura, vemos que a latitude é calculada como segue:

Resposta: E.

5.4.ESTIMATIVA DA HORA DA PASSAGEM


MERIDIANA DO SOL
Como sabemos, a Passagem Meridiana do Sol acontece em um instante
bem específico, próximo ao meio dia, mais especificamente em algum
momento entre 11:30 da manhã e 12:30 da tarde (Hora legal). É fácil
imaginar que não é prático ficar esse tempo todo medindo a declinação do
Sol para se tentar acertar o instante que a culminação ocorrerá. Então, na
prática, é necessário se antecipar e, tendo em mãos a posição estimada do
barco, calcular o horário esperado quando a máxima altura do Sol poderá
ser lida com o sextante.
Outro ponto que mostra a importância de se estimar a Passagem Meridiana
do Sol é devido a própria velocidade aparente do Sol. Sabemos que a cada
24 horas aproximadamente o Sol percorre os 360° da circunferência da
Terra. Como cada hora contém 60 minutos e cada minuto contém 60
segundos, um dia tem 24 x 60 x 60 = 86.400 segundos. Cada grau também
tem 60 minutos de arco, então uma circunferência tem 360 x 60 = 21.600
minutos de arco. Colocando isso em fração e simplificando, encontramos:
21.600’ / 86.400s = 1 minuto de arco / 4 segundos.
Esta é a velocidade angular da projeção do Sol sobre a superfície da Terra.
Isso significa que a cada 4 segundos, o Sol percorre um minuto de grau de
longitude. Um erro de 4 segundos na determinação da hora de passagem
meridiana vai levar a um erro de 1 minuto de arco de longitude na posição
(que equivale a 1 milha náutica). Ou seja, é importante estar preparado para
se determinar o momento exato da culminação e, por conseguinte, a posição
do observador.
Na prova para Capitão tem sido comum as duas primeiras questões de
Navegação Astronômica tratarem das preparações para realizar a medição
da altura do Sol. Normalmente, a primeira questão é para se estimar o
horário da culminação, e a segunda questão é para se determinar a altura
esperada do Sol (para, assim, já ter o sextante ajustado para o ângulo
esperado e facilitar o trabalho). Nesta seção, focaremos na primeira questão
e a questão de estimar a altura do Sol será tratada na próxima seção.
Normalmente, neste problema de estimar a o horário da passagem
meridiana, são necessários os conhecimentos sobre Hora Legal. Como já
explicamos anteriormente, esta é a hora que olhamos no nosso relógio de
pulso ou no celular, quando ele está ajustado para o horário relacionado ao
fuso horário de onde estamos. Assim, os conhecimentos de fuso horário são
necessários.
A Terra é dividida em 24 fusos (como os gomos de uma laranja), cada qual
com largura de 15 graus de longitude (pois 360 graus divididos por 24 dá
15). Todos os fusos são referenciados e definidos em relação ao fuso
horário que contém Londres, e centrados ao redor do meridiano de
Greenwich. O horário neste local é chamado de horário UTC (Coordinated
Universal Time - Tempo Universal Coordenado) e todos os fusos são um
múltiplo inteiro de hora a partir deste fuso.
Como o Sol nasce no leste, é fácil imaginar que a leste sempre será mais
tarde.
Pense assim: se o Sol está a pino na minha posição, como é o bonequinho
que está com o Sol sobre sua cabeça na figura a seguir, à leste a noite está
chegando (Sol se pondo), e à oeste o dia está amanhecendo (Sol nascendo).
Logo, a leste de GMT teremos os fusos GMT + 1, GMT + 2, etc, pois é
cada vez mais tarde. À oeste, o pensamento é inverso. Quanto mais à oeste,
mais cedo será, e temos, partindo do fuso que contém o meridiano de
Greenwich, os fusos GMT – 1, GMT – 2, etc.
Fica fácil agora fazer um diagrama para relacionar a posição e fusos. Veja a
figura.

Nela, temos um barco A posicionado na longitude 35º W, e outro barco B


posicionado a 40º E. Para desenhar os fusos, partindo da longitude 0º
(Greenwich), marcamos 7,5º para cada lado (ou 7º 30’ – lembre-se que 0,5º
equivale a 30’). Entre essas duas marcas ou meridianos, temos o fuso GMT
+ 0, que corre segundo a hora UTC e contém Greenwich.
A partir disso, marcamos os fusos à leste que, como sabemos, tem 15º de
largura (ou seja, são delimitados pelos meridianos 7,5º E, 22,5º E, 37,5º E ,
52,5º E, etc) e à oeste (delimitados por 7,5º W, 22,5º W, 37,5º W, etc).
Depois, marcamos a diferença de horas entre os fusos. À leste, é mais tarde,
e temos os fusos GMT + 1, GMT +2 e GMT + 3. À oeste, ocorre o
contrário, é mais cedo e temos GMT – 1 e GMT – 2. Agora podemos
calcular a diferença de horas entre os barcos. Pela figura, quando o relógio
no barco A marca, por exemplo, 11 horas da manhã (em Hleg), o relógio no
barco B marcará 5 horas mais tarde (pois está à leste de A), ou seja, no
barco B será 16 horas (em Hleg). Faremos exercícios mais à frente para
firmar este entendimento.
Se você não quiser fazer o diagrama ou se o diagrama for muito trabalhoso
(em caso de muitos fusos ou valores elevados de longitude), você também
pode fazer contas.
Para encontrar o fuso do barco A, por exemplo, vamos tomar sua longitude
e dividir por 15º.
35º / 15º = 2 com resto 5.
Se o resto for maior que 7,5º, some mais um fuso (para levar em conta a
largura do fuso que contém a hora UTC). Caso contrário, despreze o resto e
fique só com a parte inteira da divisão para saber de que fuso se trata. No
caso, o fuso e GMT – 2 (barco à oeste).
Para o barco B:
40º/15º = 2 com resto 10.
Como o resto é maior que 7,5, o fuso é a parte inteira da divisão mais um,
ou seja, o barco está no fuso 2 + 1 (parte inteira da divisão + 1), ou seja,
fuso GMT + 3 (barco à leste, mais tarde, portanto).
E, por fim, existe a maneira que acho mais prática de todas.
Normalmente, em todas as provas de Capitão Amador, é fornecida a página
do Almanaque Náutico de “CONVERSÃO DE ARCO EM TEMPO”. Essa
página apresenta a proporção entre arco de grau em tempo, dado que 360º
de circunferência da Terra equivalem a 24 horas.
Vamos primeiro nos familiarizar com esta página, mostrada a seguir. Esta
página também pode ser encontrada no material de apoio que pode ser
baixado através de um link na página do facebook deste livro.

Esta tabela contém 2 campos principais. Um, mais à esquerda, para


conversão de graus, que estão listados de 1 em 1 graus até 360, e outro, à
direita, para conversão de minutos e as frações de 0, 0,25, 0,50 e 0,75
minutos de grau. Vamos fazer dois exercícios para nos acostumar com o uso
da tabela.
(Essencial - EXERCÍCIO 7)
Utilizando a página de Conversão de Arco em Tempo do Almanaque
Náutico, converta 132º de arco em tempo.

Da tabela, é direto que 132º equivale a 8h 48m.


(Essencial - EXERCÍCIO 8)
Utilizando a página de Conversão de Arco em Tempo do Almanaque
Náutico, converta 184º 10’ 30” de arco em tempo.
Separamos o problema em duas partes. Na primeira, avaliamos os graus, e
na segunda, convertemos os minutos e segundos.
Para 184º, vemos que isso equivale a 12h 16m.

Quanto aos minutos e segundos, vamos antes converter os segundos em


décimos de minutos. Como sabemos, 30” de arco equivale a 0,5’ de arco e,
logo, 10’ 30” é igual 10,5’ de arco.
Para a conversão utilizando a tabela, na parte direita da página, olhamos
na linha os minutos de grau, e nas colunas a fração de minutos de grau (as
frações existentes são zero, 0,25’ – equivalente a 15” de arco, 0,5’ –
equivalente a 30” de arco, e 0,75’ – equivalente a 45” de arco). A
interseção dará o tempo equivalente ao arco.
Vemos que 10,50’ de arco equivalem a 0m 42s.
Então, somando os dois resultados, temos que 184º 10’ 30” equivalem a
12h 16m + 0m 42s = 12h 16m 42s.
Agora que já estamos familiarizados com a conversão de arco em tempo,
vamos ver como esta tabela pode nos ajudar com os fusos. É bem simples.
Lembrando do nosso barco B, que estava na longitude 40º, vemos na tabela
de conversão de arco em tempo que 40º equivale a 2h 40m. Basta
arredondar para a hora inteira mais próxima, e teremos o fuso. No caso, a
hora inteira mais próxima de 2h 40m é 3h, e o barco está a 3 horas de
diferença para UTC. Como o barco está a leste, então ele está no fuso GMT
+ 3.

Já o barco A está a 35º W, que corresponde, segundo a tabela de conversão


de Arco em Tempo, em 2h 20m, o que arredondamos para 2h. O barco está,
portanto, a GMT – 2 (barco a oeste, portanto, mais cedo que o horário
UTC).
Com estes conhecimentos, podemos agora passar ao problema clássico da
prova de estimativa do horário da Passagem Meridiana do Sol.
Normalmente, o exame para Capitão Amador pede o horário legal da
passagem. Para este problema, é necessário:
1. a longitude estimada da embarcação
2. a data
Os passos para resolução são:
1. encontrar, no Almanaque Náutico, o horário da Passagem Meridiana do
Sol sobre o Meridiano de Greenwich. Este dado é colocado no canto
inferior direito da Página Diária do Almanaque Náutico, conforme pode ser
visto a seguir;

2. converter a longitude estimada da posição da embarcação em tempo,


através da tabela de Conversão de Arco em Tempo do Almanaque Náutico.
Com este dado, sabemos quanto tempo levará para a projeção do Sol
percorrer o arco desde o Meridiano de Greenwich até o meridiano onde
estimamos estar a embarcação;
3. soma-se, se a leste, ou subtrai-se, se a oeste, o horário da passagem do
Sol sobre Meridiano de Greenwich do tempo obtido no passo 2. Assim,
temos o horário estimado de culminação do Sol em horário UTC (HMG);
4. se a prova pedir a resposto em Hleg, converte-se o horário obtido no
passo 3 de HMG para Hleg.
Façamos um exemplo, utilizando questão da prova CPA II/2013.
(Essencial - CPA II/2013)
No dia 04 de outubro de 2013, o Capitão resolveu tirar a posição do iate
na Passagem Meridiana do Sol. Sua posição estimada era 245 milhas ao
sul do Equador na longitude 034° 32’ W. Qual foi a Hora Legal prevista
para o Sol culminar na posição estimada do iate?
A) 12h 03m.
B) 11h 07m.
C) 11h 49m.
D) 12h 35m.
E) 12h 07m.
O primeiro passo é verificar o horário da Passagem Meridiana do Sol
sobre o meridiano de Greenwich, consultando a Página Diária do
Almanaque Náutico.
Vemos que a Passagem Meridiana do Sol acontece as 11h 49m sobre
Greenwich.
Agora, convertamos a longitude em tempo, consultando a página de
Conversão de Arco em Tempo.
Com a posição estimada sendo 34° 32’ W, vemos que 34° graus
correspondem a 2h 16m e 32’ correspondem a 2m 08s. Ou seja:
34° 32’ 2h 16m + 2m 08s = 2h 18m 08s.
Para este tipo de problema, podemos arredondar os segundos e ficamos
com o valor de 2h 18m.
Como a posição estimada é a oeste (W) de Greenwich, devemos somar o
valor da conversão de arco em tempo com o valor do horário da Passagem
Meridiana do Sol sobre Greenwich. Assim, encontramos o horário estimado
da Passagem Meridiana do Sol sobre a posição estimada da embarcação,
mas em Hora Média de Greenwich (horário HMG).
Logo, a passagem se dará em
HMG = 11h 49m + 2h 18m = 14h 07m.
Finalizando, precisamos converter o horário HMG para Hleg, já que foi
isso que a pergunta pediu. Já vimos que a conversão de arco em tempo nos
mostrou que que a conversão resulta em 2h 18m 08s de Greenwich, o que
arredondando para a hora inteira mais próxima dá 2, portanto, 2 fusos
horários de diferença. Como a posição é a W, estamos a GMT – 2, e assim,
Hleg = GMT – 2h =
= 14h 07m – 2h =
= 12h 07m.
Resposta: E.
Vamos agora resolver as questões das mais provas. Para a conversão de arco
em tempo, utilize a página apresentada no início deste capítulo.
Colocaremos, em cada questão, a parte inferior esquerda da Página Diária
correspondente ao dia da questão, contendo o dado da Passagem Meridiana
do Sol sobre Greenwich.
(Essencial - CPA I/2014)
No dia 22 de abril de 2014, um Capitão Amador, navegando nas costas
do Rio Grande do Sul com destino a Buenos Aires, preparou-se para
determinar com seu sextante a posição do seu iate na Passagem
Meridiana do Sol. Para isso, ainda de manhã, calculou alguns
parâmetros aproximados do Sol no momento da culminação,
considerando estar, durante esse evento astronômico, na posição
estimada Latitude 33° 02,0’ S e Longitude 006° 23,0’ W (oeste) do
meridiano central do fuso “P” (3W).Nesse dia, a Hora Legal prevista
para ocorrer a culminação do Sol na posição estimada foi:
( a ) 11h 38m.
( b ) 11h 59m.
( c ) 12h 01m.
( d ) 12h 07m.
( e ) 12h 25m.

A passagem Meridiana do Sol em Greenwich ocorre às 11h 59m no dia 22


de abril.
Quanto a posição estimada, ela não foi dada diretamente. Precisamos
calculá-la. Conforme o problema, o barco está a 006° 23,0’ W (oeste) do
meridiano central do fuso “P” (3W).
Cada fuso recebe uma letra para designá-lo. No caso do fuso P, este é o fuso
que equivale a GMT – 3, conforme nos mostra o parêntesis “(3W)” que
equivale a dizer “3 fusos a oeste (W) do fuso que contém o Meridiano de
Greenwich”.
Podemos calcular diretamente ou, para não errar, podemos fazer uso da
figura a seguir, relacionando a longitude e os fusos, e a qual já sabemos
fazer.

O meridiano central é aquele que está no centro do fuso, ou seja, distante


um múltiplo de 15 do meridiano de Greenwich.
Este meridiano, no caso do problema, é o meridiano 45° W (veja a figura).
Como o barco está a 006° 23,0’ a oeste desse fuso, sua posição estimada é,
então:
45° + 006° 23’,0 = 51° 23,0’ W.
Podemos agora converter essa longitude em tempo, usando a Conversão de
Arco em Tempo. Vemos que:
51° equivale a 3h 24m
23,0’ equivale a 1m 32s
Somando:
51° 23,0’ 3h 24m + 1m 32s = 3h 26m. (valor já arredondado)
O horário HMG da Passagem Meridiana do Sol na posição estimada é:
HMG = 11h 59m + 3h 26m = 15h 25m.
Como estamos no fuso GMT – 3 (o que, já foi dado no problema, mas que
também pode ser deduzido pelo valor da conversão de arco em tempo),
então a Hleg da Passagem Meridiana do Sol será:
Hleg = GMT – 3 = 15h 25m – 3h = 12h 25m
Resposta: E.
(Essencial - CPA EXTRA/2014)
No dia 25 de outubro de 2014, um Capitão, preparou-se para
determinar com seu a posição de sua embarcação na passagem
meridiana do Sol e, para isso, ainda de manhã, calculou alguns
parâmetros aproximados do Sol no momento da culminação,
considerando estar, durante este evento astronômico, na posição
estimada LAT = 25° 23,0’S e LONG = 041° 54,0’W.
Nesse dia 25 de outubro, a Hora legal prevista para o Sol culminar foi:
a) 12h 14m.
b) 11h 32m.
c) 11h 44m.
d) 11h 51m.
e) 12h 07m.
Do Almanaque Náutico, a Passagem Meridiana do Sol em Greenwich
ocorre em 25 de outubro ocorre às 11h 44m.
A conversão da longitude em tempo é:
041° 54,0’ 2h 44m + 3m 36s = 2h 48m (já arredondado para minutos)
Assim, a Passagem Meridiana do Sol na posição estimada ocorre às HMG
= 11h 44m + 2h 48m = 14h 32m.
O fuso horário da posição estimada é GMT – 3 (arredondamento da
conversão de arco em tempo, estando o barco a W de Greenwich).
Logo, o Hleg da Passagem Meridiana do Sol é:
Hleg = GMT – 3h = 14h 32m – 3h = 11h 32m
Resposta: Alternativa B.
(Essencial - CPA REFENO/2014)
No dia 21 de agosto de 2014, um Capitão Amador navegando entre
Recife e Fernando de Noronha preparou-se para determinar com seu
sextante a posição do seu veleiro na Passagem Meridiana do Sol e, para
isso, ainda de manhã, calculou alguns parâmetros aproximados do Sol
no momento da culminação, considerando estar, durante este evento
astronômico, na posição estimada Latitude 05° 13’,0 S e Longitude 033°
12’,0 W.
Nesse dia, a Hora Legal prevista para ocorrer a culminação do Sol na
posição estimada foi:
( a ) 11h 38m.
( b ) 11h 59m.
( c ) 12h 03m.
( d ) 12h 07m.
( e ) 12h 16m.
Do Almanaque Náutico, a Passagem Meridiana do Sol em Greenwich em
21 de agosto ocorre às 12h 03m.
A conversão da longitude em tempo é:
033° 12’,0 2h 12m + 0m 48s = 2h 13m (já arredondado para minutos)
Assim, a Passagem Meridiana do Sol na posição estimada ocorre às HMG
= 12h 03m + 2h 13m = 14h 16m.
O fuso horário da posição estimada é GMT – 2 (arredondamento da
conversão de arco em tempo, estando o barco a W de Greenwich).
Logo, o Hleg da Passagem Meridiana do Sol é:
Hleg = GMT – 2h = 14h 16m – 2h = 12h 16m
Resposta: E.
(Reforço - CPA II/2014)
Com base nos dados fornecidos abaixo:
Data: 12/out/2014;
Posição estimada da embarcação na passagem meridiana;
Lat = 18° 03,0’ S e Long = 035° 53,0’ W;
Responda:
Durante o planejamento da viagem, o Capitão calculou a Hora Legal
prevista para a passagem meridiana nesse dia 12 de outubro. Qual foi
essa hora calculada?
( a ) 12h 02m.
( b ) 11h 32m.
( c ) 12h 10m.
( d ) 11h 59m.
( e ) 11h 09m.

Do Almanaque Náutico, a Passagem Meridiana do Sol em Greenwich em


12 de outubro ocorre às 11h 46m.
A conversão da longitude em tempo é:
035° 53’,0 2h 20m + 3m 32s = 2h 24m (já arredondado para minutos)
Assim, a Passagem Meridiana do Sol na posição estimada ocorre às HMG
= 11h 46m + 2h 24m = 14h 10m.
O fuso horário da posição estimada é GMT – 2 (arredondamento da
conversão de arco em tempo, estando o barco a W de Greenwich).
Logo, o Hleg da Passagem Meridiana do Sol é:
Hleg = GMT – 2h = 14h 10m – 2h = 12h 10m
Resposta: Alternativa C.

(Essencial - CPA I/2015)


No dia 15 de abril de 2015, um Capitão Amador, navegando com
destino ao arquipélago dos Abrolhos, preparou-se para determinar com
o sextante a posição de seu iate na passagem meridiana do Sol e, para
isso, ainda de manhã, calculou alguns parâmetros aproximados do Sol
no momento da culminação, considerando estar, durante o evento, na
posição estimada Lat = 18° 12,2’S e Long = 037° 20,5’W. O Capitão
calculou a Hora Legal prevista para a Passagem Meridiana nesse dia
15 de abril. Qual foi essa hora calculada?
( a ) 12h 00m.
( b ) 12h 29m.
( c ) 11h 45m.
( d ) 11h 59m.
( e ) 12h 15m.

Do Almanaque Náutico, a Passagem Meridiana do Sol em Greenwich em


15 de abril ocorre às 12h 00m.
A conversão da longitude em tempo é:
037° 20,5’ 2h 28m + 1m 22s = 2h 29m (já arredondado para minutos)
Assim, a Passagem Meridiana do Sol na posição estimada ocorre às HMG
= 12h 00m + 2h 29m = 14h 29m.
O fuso horário da posição estimada é GMT – 2 (arredondamento da
conversão de arco em tempo, estando o barco a W de Greenwich).
Logo, o Hleg da Passagem Meridiana do Sol é:
Hleg = GMT – 2h = 14h 29m – 2h = 12h 29m
Resposta: B.
Note que o barco está navegando no limite de uma mudança de fuso. A
mudança de fuso ocorre na longitude 037° 30’ e ele estava em 037° 20,5’.
Outro indicativo é que a conversão de arco em grau deu 2h 28m + 1m 22s =
2h 29m 22s, quase 2h 30m. Mais alguns segundos, e o fuso mudaria, a Hleg
seria calcular por Hleg = GMT – 3h.
(Essencial - CPA II/2015)
No dia 22 de outubro de 2015, um Capitão Amador, navegando em
direção ao Atol das Rocas na costa norte do Brasil, preparou-se para
determinar com seu sextante a posição do seu iate na passagem
meridiana do Sol e, para isso, ainda pela manhã, calculou alguns
parâmetros aproximados do Sol no momento da culminação,
considerando estar, durante o evento, na posição estimada Lat = 04°
22,0’S e Long = 033° 53,0’W. Nesse dia 22/10, a Hora Média de
Greenwich (HMG) prevista para o Sol culminar na posição estimada
foi:
( a ) 11h 45m.
( b ) 14h 07m.
( c ) 14h 01m.
( d ) 12h 39m.
( e ) 12h 01m.
Atenção, pois nesta questão não foi perguntado a Hleg, mas sim a HMG
prevista da Passagem Meridiana do Sol. Ou seja, não precisamos converter
HMG em Hleg.

Do Almanaque Náutico (figura anterior), a Passagem Meridiana do Sol em


Greenwich em 22 de outubro ocorre às 11h 45m.
A conversão da longitude em tempo é:
033° 53,0’ 2h 12m + 3m 32s = 2h 16m (já arredondado para minutos)
Assim, a Passagem Meridiana do Sol na posição estimada ocorre às HMG
= 11h 45m + 2h 16m = 14h 01m.
Resposta: Alternativa C.
(Reforço - CPA I/2016)
No dia 14 de março de 2016, um Capitão Amador, navegando com seu
iate na costa do estado do Amapá (norte do Brasil), com destino à
Caiena, na Guiana Francesa, preparou-se para determinar com seu
sextante a posição do iate na passagem meridiana do Sol e, para isso,
ainda de manhã, calculou alguns parâmetros aproximados do Sol no
momento da culminação, considerando estar, durante o evento, na
posição estimada Lat = 01° 19,1’N e Long = 048° 16,0’W. Neste dia 14
de março, a Hora Legal (Hleg) prevista para o Sol culminar no fuso
correspondente à longitude estimada foi:
( a ) 12h 09m.
( b ) 11h 19m.
( c ) 12h 10m.
( d ) 12h 22m.
( e ) 11h 55m.

Do Almanaque Náutico, a Passagem Meridiana do Sol em Greenwich em


14 de março ocorre às 12h 09m.
A conversão da longitude em tempo é:
048° 16,0’ 3h 12m + 1m 04s = 3h 13m (já arredondado para minutos)
Assim, a Passagem Meridiana do Sol na posição estimada ocorre às HMG =
12h 09m + 3h 13m = 15h 22m.
O fuso horário da posição estimada é GMT – 3 (arredondamento da
conversão de arco em tempo, estando o barco a W de Greenwich).
Logo, o Hleg da Passagem Meridiana do Sol é:
Hleg = GMT – 3h = 15h 22m – 3h = 12h 22m
Resposta: Alternativa D.
(Reforço - CPA EXTRA/2016)
Durante o planejamento de um dia de navegação, um Capitão-Amador,
estimando que estará na Lat = 10° 55,0’ N e Long = 035° 26,0’ W
durante a Passagem Meridiana do Sol no dia 21/07/2016, poderá prever
a Hora Legal da culminação do astro para às
A) 12h 00m
B) 11h 31m
C) 12h 31m
D) 11h 28m
E) 12h 28m

Do Almanaque Náutico, a Passagem Meridiana do Sol em Greenwich em


21 de setembro ocorre às 12h 06m.
A conversão da longitude em tempo é:
035° 26,0’ 2h 20m + 1m 44s = 2h 22m (já arredondado para minutos)
Assim, a Passagem Meridiana do Sol na posição estimada ocorre às HMG
= 12h 06m + 2h 22m = 14h 28m.
O fuso horário da posição estimada é GMT – 2 (arredondamento da
conversão de arco em tempo, estando o barco a W de Greenwich).
Logo, o Hleg da Passagem Meridiana do Sol é:
Hleg = GMT – 2h = 14h 28m – 2h = 12h 28m
Resposta: Alternativa E.
(Reforço - CPA II/2016)
No seu preparo para a observação da passagem meridiana do Sol no
dia 30/09/2016 na posição estimada Lat = 04° 50,0’N / Long = 034°
10,0’W , o Capitão pode prever a Hora legal para ocorrer a culminação
que foi
(a)12h 00m
(b)11h 50m
(c)12h 07m
(d)12h 12m
(e)11h 56m

Do Almanaque Náutico, a Passagem Meridiana do Sol em Greenwich em


30 de setembro ocorre às 11h 50m.
A conversão da longitude em tempo é:
034° 10,0’ 2h 16m + 0m 40s = 2h 17m (já arredondado para minutos)
Assim, a Passagem Meridiana do Sol na posição estimada ocorre às HMG
= 11h 50m + 2h 17m = 14h 07m.
O fuso horário da posição estimada é GMT – 2 (arredondamento da
conversão de arco em tempo, estando o barco a W de Greenwich).
Logo, o Hleg da Passagem Meridiana do Sol é:
Hleg = GMT – 2h = 14h 07m – 2h = 12h 07m
Resposta: Alternativa C.
(Reforço - CPA I/2017)
No dia 30 de março de 2017, um Capitão Amador, navegando com
destino ao porto de Villamil, no arquipélago dos Galápagos, preparou-
se para determinar com seu sextante a posição do seu veleiro na
Passagem Meridiana do Sol. Para isso, ainda de manhã, calculou
alguns parâmetros aproximados do Sol, no momento da culminação,
considerando estar, durante esse evento astronômico, numa posição
estimada 85 milhas náuticas ao sul do equador na longitude 087° 21,0’
W. Qual é a previsão da Hora Legal calculada pelo Capitão para a
Passagem Meridiana do Sol nessedia 30 de março?
( a ) 11h 47m.
( b ) 12h 01m.
( c ) 11h 59m.
( d ) 11h 53m.
( e ) 12h 03m.

Do Almanaque Náutico, a Passagem Meridiana do Sol em Greenwich em


30 de março ocorre às 12h 04m.
A conversão da longitude em tempo é:
087° 21,0’ 5h 48m + 1m 24s = 5h 49m (já arredondado para minutos)
Assim, a Passagem Meridiana do Sol na posição estimada ocorre às HMG
= 12h 04m + 5h 49m = 17h 53m.
O fuso horário da posição estimada é GMT – 6 (arredondamento da
conversão de arco em tempo, estando o barco a W de Greenwich).
Logo, o Hleg da Passagem Meridiana do Sol é:
Hleg = GMT – 6h = 17h 53m – 6h = 11h 53m
Resposta: D.
(Reforço - CPA II/2017)
Na manhã do dia 15 de setembro de 2017, com o
céu claro e sem nuvens, o capitão preparou a observação da passagem
meridiana do Sol, estimando a posição das 12:00h em LAT = 07° 15,0’N
e LONG = 022° 21,0’W. Durante o planejamento, o capitão calculou a
hora legal prevista para a culminação do Sol no
fuso correspondente à longitude estimada às 12:00h desse dia 15/09,
tendo obtido.
( a ) 11h 55m.
( b ) 12h 24m.
( c ) 12h 08m.
( d ) 12h 00m.
( e ) 11h 24m.

Do Almanaque Náutico, a Passagem Meridiana do Sol em Greenwich em


15 de setembro ocorre às 11h 55m.
A conversão da longitude em tempo é:
022° 21,0’ 1h 28m + 1m 24s = 1h 29m (já arredondado para minutos)
Assim, a Passagem Meridiana do Sol na posição estimada ocorre às HMG
= 11h 55m + 1h 29m = 13h 24m.
O fuso horário da posição estimada é GMT – 1 (arredondamento da
conversão de arco em tempo, estando o barco a W de Greenwich).
Logo, o Hleg da Passagem Meridiana do Sol é:
Hleg = GMT – 1h = 13h 24m – 1h = 12h 24m
Resposta: B.
Os problemas das provas para Capitão Amador concentram-se bastante nas
longitudes oeste até cerca de 40° W, que equivalem ao nosso Oceano
Atlântico.
Embora você já deva saber o que fazer, vamos resolver um exercício onde a
longitude é leste para ver o qual é a diferença. Inclusive, vamos usar
também uma alta longitude leste, ou seja, com o nosso barco quase do outro
lado do mundo em relação à Greenwich.
(Essencial - EXERCÍCIO 9)
Na manhã do dia 15 de setembro de 2017, com o céu claro e sem
nuvens, o capitão preparou a observação da passagem meridiana do
Sol, estimando a posição das 12:00h em LAT = 07° 15,0’N e LONG =
161° 55,5’E. Durante o planejamento, o capitão calculou a hora legal
prevista para a culminação do Sol no fuso correspondente à longitude
estimada às 12:00h desse dia 15/09. Qual é essa hora legal?

Do Almanaque Náutico, a Passagem Meridiana do Sol em Greenwich em


15 de setembro ocorre às 11h 55m.
A conversão da longitude da posição estimada em tempo é:
161° 55,5’ 10h 44m + 3m 42s = 10h 48m (já arredondado para
minutos)
Como o minuto de arco a ser convertido é 55,5’, lembre-se de olhar a
coluna correta da tabela de conversão de arco em tempo.
Este tempo que achamos refere-se ao tempo que o Sol leva para percorrer
os 161° 55,5’ que separam nossa longitude estimada do meridiano de
Greenwich. Como o Sol vai de leste para oeste, e estamos tratando de
longitudes à leste de Greenwich, o Sol vai passar antes sobre a posição
estimada e só depois sobre Greenwich. Ou seja, devemos subtrair este
resultado da hora da Passagem sobre Greenwich para encontrarmos o
horário da Passagem Meridiana sobre a posição estimada.
Assim, a Passagem Meridiana do Sol na posição estimada ocorre às HMG
= 11h 55m - 10h 48m = 01h 07m.
O horário da Passagem Meridiana estimada é 1h 07m em HMG. Não há
porque se assustar. Este tempo é o horário de Greenwich e estamos
praticamente no outro lado do mundo. É um resultado esperado.
O fuso horário da posição estimada é GMT + 11 (arredondamento da
conversão de arco em tempo, estando o barco a E de Greenwich).
Note que estamos à leste e, em relação à Greenwich, é mais tarde na
posição estimada. Portanto, o fuso é “GMT mais algumas horas”.
Logo, o Hleg da Passagem Meridiana do Sol é:
Hleg = 01h 07 + 11h = 01h 07m + 11h = 12h 07m
Resposta: Hleg = 12 h07m.

5.5.ESTIMATIVA DA ALTURA DO SOL


Um último problema comum nas provas para Capitão Amador é aquele que
pede para se prever a altura do Sol, baseada na estimativa do horário da
Passagem Meridiana desse astro.
Assim como o problema que estudamos na seção anterior, o que
aprenderemos nesta seção é útil na prática como parte das preparações para
medir a altura do Sol no momento da culminação.
Na seção anterior, aprendemos a prever o momento aproximado da
culminação. Ao se determinar a altura esperada do Sol na Passagem
Meridiana (objetivo desta seção), poderemos deixar o sextante ajustado
para o ângulo aproximado que esperamos medir, permitindo que a medida
seja feita com tranquilidade.
Para resolver este tipo de problema, precisamos:
1. da data
2. da estimativa do horário da Passagem Meridiana do Sol, em HMG
(horário médio de Greenwich)
3. da latitude estimada
Nas provas, geralmente o horário estimado da Passagem Meridiana do Sol é
calculado na primeira questão da prova, sendo a segunda questão da prova,
normalmente, esta que estudaremos agora.
Considerando este padrão, a hora estimada calculada na primeira questão é,
portanto, necessária para responder a segunda questão. O candidato deve
estar atento, entretanto, ao fato de que geralmente a primeira questão pede a
hora legal da Passagem Meridiana, enquanto que na segunda questão,
precisaremos da hora média de Greenwich (HMG). Não há problema. A
HMG da Passagem Meridiana também é calculada na primeira questão,
antes de se calcular a hora legal. O importante é só não confundir.
Lembre-se sempre que, ao utilizar as páginas diárias do Almanaque
Náutico, as horas lá estarão em HMG.
Convém também chamar a atenção que, comumente, é pedida a altura
verdadeira do Sol, mas uma variação possível desse problema é aquela que
pede a altura instrumental do Sol.
A diferença entre um e outro é que para a altura instrumental, precisaremos
levar em conta todas as correções que fazemos na altura lida com o
sextante, o que estudamos em seção anterior, mas agora fazendo o caminho
inverso: parte-se da altura verdadeira e chega-se na altura instrumental.
Antes, era dada a altura instrumental e tínhamos que calcular a altura
verdadeira do centro do Sol. Agora, obteremos a altura verdadeira e teremos
que chegar na altura instrumental. É uma questão, como veremos, de se
alterar os sinais das correções: o que era positivo vira negativo, e o que era
negativo vira positivo.
Uma outra variação possível seria também é pedir a altura observada ou
aparente.
Façamos primeiro uma questão da prova CPA/2013 para familiarizar-nos
com o tipo de problema mais comum de estimativa da altura do Sol.
(Essencial - CPA II/2013)
Considerando:
Horário previsto da culminação do Sol: HMG = 14h 07m,
Data: 04 de outubro de 2013,
Latitude estimada: 04° 05,0’ S,
calcule a altura verdadeira do Sol prevista na culminação:
A) 88° 56,7’.
B) 89° 17,3’.
C) 89° 31,8’.
D) 88° 51,0’.
E) 89° 48,6’.
Se você já está familiarizado com o problema de se encontrar a latitude,
este problema será facilmente resolvido. O método é parecido para aquela
parte do problema onde temos que encontrar a declinação do Sol. Assim
como naquele problema, precisamos saber desenhar o diagrama
esquemático que relaciona a declinação, a latitude, e a altura do Sol. Se
você tiver dúvidas, peço para voltar no capítulo que tratamos do cálculo da
latitude e o revise.
A primeira coisa a fazer é encontrar a declinação do Sol considerando o
horário previsto. Para isto, utilizamos a Página Diária do Almanaque
Náutico do dia considerado, e a Página de Acréscimos e Correções para o
minuto da hora prevista de culminação.

Da Página Diária do Almanaque Náutico de 04 de Outubro, vemos que a


declinação para as 14h (HMG) é dec = 04° 33,1’ S, com d = 1,0,
declinação crescente.
Agora, precisamos levar em conta os acréscimos e correções devido aos
minutos.
Na página de acréscimo e correções para 7m (já que a hora prevista era
14h 07m, com d = 1,0, a correção é corr = 0,1. Como a declinação é
crescente com o passar das horas, a declinação do Sol é:
dec = dec(14h) + corr = 04° 33,1’ + 00° 00,1’ = 04° 33,2’ S.
Lembra-se daquele diagrama que tanto facilita a resolução das questões de
latitude? Pois bem, precisamos dele novamente! Mas, agora, supondo que a
latitude é dada e o que temos que achar é a altura verdadeira, av.
Considerando a latitude estimada e a declinação, o diagrama esquemático
do problema é:

Onde, conforme sabemos, z e a são perpendiculares sempre, ou seja,


formam um ângulo de 90°:
a + z = 90°
a = 90° - z
e também, da figura, vemos que:
Usando a latitude estimada:
E, portanto:
a = 90° - z = 90° - 00° 28,2’ = 89° 60’ - 00° 28,2’ = 89° 31,8’
Resposta: C.
Vamos resolver mais uma questão dessas para reforçar. Só que desta vez, o
que foi pedido foi a distância zenital, o nosso “z”.
(Essencial - CPA I/2014)
Dados:
Data: 22 de abril de 2014
Hora estimada da culminação do Sol: HMG = 15h 25m.
Posição estimada: Latitude 33° 02’,0 S e Longitude 051° 23’,0 W
Observando os dados do Almanaque Náutico para aquele dia e a
posição estimada do iate na Passagem Meridiana, o Capitão previu que
a distância zenital do Sol na culminação seria:
( a ) 12° 18,5’
( b ) 27° 10,0’
( c ) 38° 11,7’
( d ) 45° 20,6’
( e ) 48° 16,3’
Comecemos pelo cálculo de declinação do Sol.
Da Página Diária para o dia 22 de abril de 2014, vemos que a declinação,
para as 15h, é dec = 12° 18,3’ N, com d = 0,8 crescente.

A Página de Correções e Acréscimos para 25m (hora estimada da


culminação é 15h 25m), vemos que corr = 0,3’.
Assim, a declinação no horário estimado é:
dec = dec(15h) + corr = 12° 18,3’ + 00° 00,3’ = 12° 18,6’ N
Utilizando a latitude estimada, podemos construir o diagrama a seguir:

De onde podemos ver que

Resposta: D
Vejamos agora uma questão que pede para se estimar a altura instrumental
do Sol. Neste tipo de questão temos que encontrar primeiro a altura
verdadeira e depois chegar à altura instrumental, através do desconto da
correção para refração dos raios solares, depressão e erro instrumental.
Vamos utilizar uma questão que caiu na prova CPA II/2017.
(Essencial - CPA II/2017)
Um veleiro de 40 pés realizava uma travessia entre Dakar, no Senegal, e
Salvador, na Bahia. Após suspender, o veleiro navegou vários dias com
céu nublado, o que obrigou o capitão a estimar a posição, uma vez que
o receptor GPS encontrava-se avariado. Na manhã do dia 15 de
setembro de 2017, com o céu claro e sem nuvens, o capitão preparou a
observação da passagem meridiana do Sol, estimando a posição em
LAT = 07° 15,0’N e LONG = 022° 21,0’W. A observação seria efetuada
com uma elevação do olho do observador de 3,7 metros acima do nível
do mar. O erro instrumental havia sido calculado no porto, pela
observação direta do Sol, sendo encontrado o valor de – 0.3’. A
Passagem Meridiana do Sol foi estimada para as 13h 24m.
Calcule a altura instrumental estimada do limbo inferior do Sol a ser
lida no sextante por ocasião da passagem meridiana.
( a ) 84° 59,7’
( b ) 85° 34,9’
( c ) 85° 22,1’
( d ) 85° 45,0’
( e ) 84° 48,2’
A primeira parte do problema é como nos anteriores, onde temos que
determinar a altura verdadeira do Sol.
As páginas do Almanaque Náutico necessárias para resolver esta questão
estão nas páginas seguintes. Se a resolução das páginas estiver ruim,
utilize o material de apoio que pode ser baixado através de um link na
página do Facebook deste livro.
Da Página Diária do Almanaque Náutico de 15 de setembro, vemos que a
declinação para as 13h é dec = 02° 49,6’ N, com d = 1,0 decrescente.
Na página de acréscimo e correções para 24m (já que a hora prevista era
13h 24m), com d = 1,0, a correção é corr = 0,4. Como “dec” é decrescente
com o passar das horas, a declinação do Sol é:
dec = dec(13h) - corr = 02° 49,6’ - 00° 00,4’ = 02° 49,2’ N.
Considerando a latitude estimada, o diagrama esquemático do problema é:

Da figura, vemos que:


Usando a latitude estimada:

Também, conforme sabemos, z e a são perpendiculares sempre, ou seja,


formam um ângulo de 90°:
a + z = 90°
a = 90° - z
E, portanto:
a = 90° - z =
= 90° - 04° 25,8’ =
= 89° 60’ - 04° 25,8’ =
= 85° 34,2’
Agora, vamos encontrar todas as correções que normalmente fazemos ao se
ler uma altura com o sextante. Conforme vimos em capítulo anterior, são
elas: erro instrumental, depressão (devido elevação do olho do observador)
e a correção para o centro do sol e efeitos de refração da atmosfera.
O erro instrumental é dado do problema: ei = – 0,3’.
A depressão para uma elevação de 3,7 m de altura é dep = -3,4’, conforme
podemos achar na Página A2 (Correção da Altura 10° - 90° - Sol, Estrelas
e Planetas) do Almanaque Náutico.
Por fim, considerando limbo inferior do Sol, e a altura verdadeira já
encontrada e sendo o mês de setembro, podemos obter da mesma Página
A2 a correção para efeitos da atmosfera e meio utilizado para medida
(limbo inferior ou superior).

Conforme se vê, c = +15,8’.


Como, conforme estudamos anteriormente,
ai +/- ei = a0 (altura instrumental +/- erro instrumental = altura
observada) e
a0 +/- dep = ap (altura observada +/- depressão = altura aparente) e
ap +/- c = av (altura aparente +/- correção = altura verdadeira).
Basta agora fazer o caminho inverso, partindo da altura verdadeira e
chegando na altura instrumental. O único cuidado, é com os sinais
(positivo ou negativo) da altura instrumental, da depressão e da correção.
Escrevendo as fórmulas, evita-se errar.
Assim, de altura verdadeira para altura aparente:
ap +/- c = av
ap +15,8’ = 85° 34,2’
ap = 85° 34,2’ - 15,8’
ap = 85° 18,4’
De altura aparente para altura observada:
a0 +/- dep = ap
a0 – 3,4’ = 85° 18,4’
a0 = 85° 18,4’ + 3,4’
a0 = 85° 21,8’
e, por fim, de “a0” para altura instrumental:
ai +/- ei = a0
ai – 0,3’= 85° 21,8’
ai = 85° 21,8’ + 0,3’
ai = 85° 22,1’
Resposta: C.
Note que se fosse pedida a altura observada ou altura aparente, estas
também foram encontradas no meio do caminho para encontrar a altura
instrumental.
(Essencial - CPA REFENO/2014)
Dados:
Data: 21 de agosto de 2014.
Posição estimada: Latitude 05° 13’,0 S e Longitude 033° 12’,0 W.
Hora estimada da culminação: HMG = 14h 16m.
Observando os dados do Almanaque Náutico para aquele dia e a
posição estimada do veleiro na Passagem Meridiana, o Capitão previu
que a declinação estimada do Sol na culminação seria:
( a ) 09° 11,7’ N.
( b ) 11° 30,8’ N.
( c ) 11° 51,0’ N.
( d ) 12° 00,6’ N.
( e ) 12° 16,4’ N.
Da Página Diária para o dia 21 de agosto, vemos que a declinação, para
as 14h, é dec = 12° 00,8’ N, com d = 0,8 decrescente.
Na Página de Correções e Acréscimos para 16m (hora estimada da
culminação é 14h 16m), com d =0,8 , vemos que corr = 0,2’.
Assim, a declinação no horário estimado, com declinação decrescente, é:
dec = dec(14h) - corr = 12° 00,8’ + 00° 00,2’ = 12° 00,6’
Resposta: D.
(Reforço - CPA EXTRA/2014)
No dia 25 de outubro de 2014, um Capitão, preparou-se para
determinar com seu sextante a posição de sua embarcação na passagem
meridiana do Sol e, para isso, ainda de manhã, calculou alguns
parâmetros aproximados do Sol no momento da culminação,
considerando estar, durante este evento astronômico, na posição
estimada LAT = 25° 23,0’S e LONG = 041° 54,0’W.
Observando os dados do Almanaque Náutico para aquele dia e a
posição estimada da embarcação na passagem meridiana, o Capitão
previu que a hora da culminação era estimada em HMG = 14h 32m, e
que a declinação estimada do Sol na culminação seria:
a) 12° 12,1’ S
b) 12° 14,7’ S
c) 12° 25,0’ S
d) 12° 01,6’ S
e) 12° 58,7’ S

Da Página Diária para o dia 25 de outubro, vemos que a declinação, para


as 14h, é dec = 12° 11,6’ S, com d = 0,9 crescente.
Na Página de Correções e Acréscimos para 32m (hora estimada da
culminação é 14h 32m), com d =0,9 , vemos que corr = 0,5’.
Assim, a declinação no horário estimado, com declinação crescente, é:
dec = dec(13h) + corr = 12° 11,6’ + 00° 00,5’ = 12° 12,1’ S
Resposta: A.
(Reforço - CPA II/2014)
Com base nos dados fornecidos abaixo, assinale a opção CORRETA.
Data: 12/out/2014;
Posição estimada da embarcação na passagem meridiana: Lat = 18°
03,0’ S e Long = 035° 53,0’ W;
Horário estimado da culminação: HMG = 14h 10m.
O Capitão calculou qual seria a altura verdadeira estimada do centro
do Sol na passagem meridiana nesse dia 12 de outubro. Qual foi essa
altura estimada?
( a ) 80° 01,1’
( b ) 79° 15,7’
( c ) 79° 43,0’
( d ) 79° 51,6’
( e ) 79° 27,4’
Da Página Diária para o dia 12 de outubro, vemos que a declinação, para
as 14h, é dec = 07° 30,2’ S, com d = 0,9 crescente.
Na Página de Correções e Acréscimos para 10m (hora estimada da
culminação é 14h 10m), com d =0,9 , vemos que corr = 0,2’.
Assim, a declinação no horário estimado, com d crescente, é:
dec = dec(14h) + corr = 07° 30,2’ + 00° 00,2’ = 07° 30,4’ S
Considerando a latitude estimada e a declinação do Sol no horário previsto
da culminação, a figura que representa a situação é mostrada a seguir.

Como vemos da figura, a relação entre phi, dec e z é:

Como z + a = 90°, então:


a = 90° - z =
= 90° - 10° 32,6’ =
= 89° 60,0’ - 10° 32,6’ =
= 79° 27,4’
Resposta: Alternativa E.
(Reforço - CPA I/2015)
No dia 15 de abril de 2015, um Capitão Amador, navegando com
destino ao arquipélago dos Abrolhos, preparou-se para determinar com
o sextante a posição de seu iate na passagem meridiana do Sol e, para
isso, ainda de manhã, calculou alguns parâmetros aproximados do Sol
no momento da culminação, considerando estar, durante o evento, na
posição estimada Lat = 18° 12,2’S e Long = 037° 20,5’W. O Capitão
estimou que a culminação ocorreria às HMG = 14h 29m. Ele calculou
também qual seria a distância zenital estimada do centro do Sol na
Passagem Meridiana, nesse dia 15 de abril. Qual foi essa distância
zenital estimada?
( a ) 24° 04,9’
( b ) 26° 15,7’
( c ) 28° 43,0’
( d ) 27° 59,4’
( e ) 29° 51,6’

Da Página Diária para o dia 15 de abril, vemos que a declinação, para as


14h, é dec = 9° 46,8’ N, com d = 0,9 crescente.

Na Página de Correções e Acréscimos para 29m (hora estimada da


culminação é 14h 29m), com d =0,9 , vemos que corr = 0,4’.
Assim, a declinação no horário estimado, com declinação crescente, é:
dec = dec(14h) + corr = 9° 46,8’ + 00° 00,4’ = 9° 47,2’ N.
Considerando a latitude estimada, o diagrama esquemático do problema é:

Da figura, vemos que:


Usando a latitude estimada:
Resposta: D.
(Essencial - CPA II/2015)
No dia 22 de outubro de 2015, um Capitão Amador, navegando em
direção ao Atol das Rocas na costa norte do Brasil, preparou-se para
determinar com seu sextante a posição do seu iate na passagem
meridiana do Sol e, para isso, ainda pela manhã, calculou alguns
parâmetros aproximados do Sol no momento da culminação,
considerando estar, durante o evento, na posição estimada Lat = 04°
22,0’S e Long = 033° 53,0’W. O horário estimado para a culminação foi
HMG = 14h 01m.
Observando os dados do Almanaque Náutico para o dia 22/10 e a
posição estimada do iate na passagem meridiana, o Capitão previu que
a declinação do Sol na culminação seria:
( a ) 11° 21,0’ S.
( b ) 10° 58,9’ S.
( c ) 11° 42,7’ S.
( d ) 10° 51,1’ S.
( e ) 11° 03,8’ S.
Vamos resolver junto também a questão seguinte.
(Essencial - CPA II/2015)
Na posição estimada para a culminação, a distância zenital prevista do
Sol para o dia 22/10 seria:
( a ) 07° 23,0’
( b ) 06° 26,2’
( c ) 08° 09,5’
( d ) 06° 41,8’
( e ) 07° 51,7’

Da Página Diária para o dia 22 de outubro, vemos que a declinação, para


as 14h, é dec = 11° 03,8’ S, com d = 0,9 crescente.
Na Página de Correções e Acréscimos para 01m (hora estimada da
culminação é 14h 01m), com d =0,9 , vemos que corr = 0,0’.
Assim, a declinação do Sol permanece sendo 11° 03,8’ S
E a pergunta sobre o valor da declinação tem como alternativa correta a
alternativa E.
Continuemos para a segunda questão.
Considerando a latitude estimada, o diagrama esquemático do problema é:

Da figura, vemos que:


Usando a latitude estimada:

Resposta: Alternativa D para a pergunta sobre distância zenital.


(Reforço - CPA I/2016)
No dia 14 de março de 2016, um Capitão Amador, navegando com seu
iate na costa do estado do Amapá (norte do Brasil), com destino à
Caiena, na Guiana Francesa, preparou-se para determinar com seu
sextante a posição do iate na passagem meridiana do Sol e, para isso,
ainda de manhã, calculou alguns parâmetros aproximados do Sol no
momento da culminação, considerando estar, durante o evento, na
posição estimada Lat = 01° 19,1’N e Long = 048° 16,0’W. Verificando os
dados do Almanaque Náutico e a posição estimada do iate na passagem
meridiana, o Capitão previu que a culminação ocorreria às HMG = 15h
22m, e que a maior altura verdadeira estimada do Sol neste dia 14 de
março seria:
( a ) 86° 21,7’
( b ) 84° 45,8’
( c ) 86° 46,1’
( d ) 89° 34,4,
( e ) 86° 29,4’

Da Página Diária para o dia 14 de março, vemos que a declinação, para


as 15h, é dec = 2° 11,9’ S, com d = 1,0 decrescente.
Na Página de Correções e Acréscimos para 22m (hora estimada da
culminação é 15h 22m), com d =1,0 , vemos que corr = 0,4’.
Assim, a declinação do Sol, sendo a declinação decrescente, é:
dec = dec(15h) – corr = 2° 11,9’ - 0° 00,4’ = 2° 11,5’ S.
Considerando a latitude estimada, o diagrama esquemático do problema é:

Da figura, vemos que:


Usando a latitude estimada:
Como z e a são perpendiculares, então:
z + a = 90°
a = 90° - z = 90° - 3° 30,6’ = 89° 60,0’ - 3° 30,6’ = 86° 29,4’.
Resposta: Alternativa E.
(Reforço - CPA EXTRA/2016)
Durante o planejamento de um dia de navegação, um Capitão-Amador,
estimando que estará na Lat = 10° 55,0’ N e Long = 035° 26,0’ W
durante a Passagem Meridiana do Sol no dia 21/07/2016, previu a Hora
da culminação do astro para às HMG = 14h 28m. A declinação prevista
do Sol no horário da culminação, de acordo com o Almanaque Náutico
será de
A) 20° 18,3’ N
B) 21° 13,8’ N
C) 20° 45,7’ N
D) 21° 56,4’ N
E) 20° 19,5’ N
Vamos também resolver a questão seguinte.
(Reforço - CPA EXTRA/2016)
Considerando a latitude e a distância zenital estimadas, o Capitão pode
também calcular a altura verdadeira prevista do centro do Sol durante
a culminação naquele dia 21/07 e achar:
A) 80° 23,1’
B) 80° 56,3’
C) 81° 08,5’
D) 80° 36,7’
E) 81° 00,2’
Da Página Diária para o dia 21 de julho, vemos que a declinação, para as
14h, é dec = 20° 18,5’ N, com d = 0,5 decrescente.
Na Página de Correções e Acréscimos para 28m (hora estimada da
culminação é 14h 28m), com d =0,5 , vemos que corr = 0,2’.
Assim, a declinação do Sol, sendo a mesma decrescente com o tempo, é:
dec = dec(14h) – corr = 20° 18,5’ - 0° 00,2’ = 20° 18,3’ N.
Assim, a alternativa correta para a pergunta sobre a declinação é a
alternativa A.
Continuando para a segunda questão, e considerando a latitude estimada,
o diagrama esquemático do problema é:

Da figura, vemos que:

Usando a latitude estimada:

Como z e a são perpendiculares, então:


z + a = 90°
a = 90° - z = 90° - 9° 23,3’= 89° 60,0’ - 9° 23,5’ = 80° 36,7’.
Resposta: D.
(Reforço - CPA I/2017)
No dia 30 de março de 2017, um Capitão Amador, navegando com
destino ao porto de Villamil, no arquipélago dos Galápagos, preparou-
se para determinar com seu a posição do seu veleiro na Passagem
Meridiana do Sol. Para isso, ainda de manhã, calculou alguns
parâmetros aproximados do Sol, no momento da culminação,
considerando estar, durante esse evento astronômico, numa posição
estimada 85 milhas náuticas ao sul do equador na longitude 087° 21,0’
W. O horário estimado da culminação foi HMG = 17h 53m. Prevendo
que o Sol na culminação deste dia 30 de março estaria próximo de seu
zênite, o Capitão resolveu também determinar qual a distância angular
prevista entre o zênite e o Sol, tendo achado
( a ) 01° 10,3’.
( b ) 05° 27,7’.
( c ) 04° 02,7’.
( d ) 02° 53,8’.
( e ) 00° 18,5’.
Da Página Diária para o dia 30 de março, vemos que a declinação, para
as 17h, é dec = 4° 01,8’ N, com d = 1,0 crescente.

Na Página de Correções e Acréscimos para 53m (hora estimada da


culminação é 17h 53m), com d = 1,0 , vemos que corr = 0,9’.
Assim, a declinação do Sol, sendo declinação crescente, é:
dec = dec(17h) + corr = 4° 01,8’ + 0° 00,9’ = 4° 02,7’ N.
A latitude não foi dada diretamente, mas foi informado que se estima que o
barco esteja a 85 NM ao Sul do Equador. Isto equivale a latitude 1° 25,0’ S,
já que 1 NM equivale a 1’ de arco de latitude.
Considerando a latitude assim encontrada, o diagrama esquemático do
problema é:

Da figura, vemos que:


Usando a latitude estimada:

Resposta: B.
6. OUTROS PROBLEMAS COMUNS
No capítulo anterior estudamos problemas essenciais para o exame para
Capitão Amador. São problemas que - ouso dizer sem muito receio - tem
100% de chance de aparecerem na prova.
Neste capítulo, estudaremos problemas que costumam cair com uma
frequência menor. Alguns deles tem alta probabilidade de aparecerem,
outros nem tanto. São problemas diversos e encontraremos desde assuntos
novos (como a determinação do horário da preamar), como assuntos que se
baseiam em conhecimentos básicos ou adquiridos no capítulo anterior deste
livro (como as questões sobre fusos horários).
Neste capítulo, montado unicamente em questões que apareceram nos
exames para Capitão Amador de outubro de 2013 a outubro de 2017,
resolveremos questões sobre:
1. fusos horário, que deverão ser bastantes simples para o estudante que
entendeu os aspectos de conversão de hora legal que apresentamos no
capítulo anterior;
2. sobre posição estimada versus a posição determinada que,
essencialmente, não tem relação direta com navegação astronômica (mas
que aparecem na prova), e sim com a plotagem de coordenadas geográficas;
3. sobre problemas teóricos, envolvendo conceitos básicos de navegação
astronômica que ainda não foram abordados no capítulo anterior e,
portanto, importantes de serem assimilados;
4. os problemas práticos, que foi como chamei questões que envolvem o
uso do sextante;
5. o uso da Tábua de Pontos, um método simplificado de se calcular a
posição estimada de uma embarcação, assunto que pode cair também em
outras partes do exame para Capitão e que pode ser subsídio para calcular a
posição estimada;
6. por fim, sobre a determinação do horário da preamar utilizando a
passagem meridiana da lua, conceito pouco abordado nas provas e,
portanto, muitas vezes não estudado pelos candidatos.
Passemos a esses problemas.

6.1.FUSOS HORÁRIOS
Os problemas envolvendo fusos horários são mais ou menos comuns nas
provas para Capitão Amador. A probabilidade de alguma questão como
essas que vamos resolver neste capítulo é relativamente alta.
Se você entendeu bem como transformar hora legal em hora média de
Greenwich quando estudamos as questões para previsão da hora legal de
culminação do Sol, você não terá muitos problemas em resolver as questões
envolvendo fusos horários.
Nós partiremos logo para a resolução de questões de prova, já que as
explicações necessárias foram dadas anteriormente. Caso você tenha
dúvidas, sugiro voltar no capítulo anterior e estudar novamente as questões
de previsão da hora legal da Passagem Meridiana do Sol.
Em resumo, este tipo de questão se resume a encontrar o fuso de duas ou
mais posições com diferentes longitudes, e verificar a diferença de horas
entre eles.

(Essencial - CPA II/2013)


No dia 05 de outubro foi transmitido pela TV o jogo Brasil x Coréia do
Sul na cidade de Ulsan (Lat. = 35° 33’ N e Long. = 129° 19’ E) com
início às 18 horas legal (Hleg) de Ulsan. Sabendo-se que, nesta ocasião,
o iate estava na posição lat. 04° 01,8’ S e long. 033° 21,0’ W, a que horas
legal (Hleg) esse jogo teve início na TV de bordo?
A) 10h 00m
B) 09h 00m
C) 07h 00m
D) 15h 00m
E) 12h 00m
Para a conversão de longitude em tempo, sempre nos utilizamos da página
de Conversão de Arco em Tempo do Almanaque Náutico. É também
através dela que determinamos o fuso horário com bastante rapidez,
conforme explicamos no capítulo que trata da previsão da hora legal de
culminação do Sol.
O primeiro passo é converter as longitudes que nos interessam em tempo, e
assim encontrar o fuso horário de cada posição.
Ulsan está na longitude 129° 19´ E, o que equivale à 8h 36m + 1m 16s =
8h 37m. Arredondando para a hora cheia mais próxima, descobrimos que
Ulsan está no fuso GMT + 9h (positivo, pois está à leste de Greenwich, e
portanto, é mais tarde que em Greenwich).
O iate está na longitude 033° 21,0’ W, o que equivale à 2h 12m + 1m 24s =
2h 13m. Arredondando para a hora cheia mais próxima, descobrimos que o
iate está no fuso GMT - 2h (negativo, pois está à oeste de Greenwich, e
portanto, é mais cedo que em Greenwich).
Eu recomendo fazer um pequeno diagrama para ajudar a não errar:
E recomendo também resolver o problema em partes, sempre utilizando o
horário GMT como ponto de partida ou de chegada das suas contas. Siga o
exemplo a seguir, e veja como.
Dado que serão 18h em Ulsan no início do jogo, então:
Hleg (Ulsan) = GMT + 9h
18h = GMT + 9h
GMT = 9h
Ou seja, serão 9h em Greenwich.
Agora, calculemos a hora legal no iate. Se serão 9h em Greenwich, então,
no iate...:
Hleg(iate) = GMT – 2h
Hleg(iate) = 9h – 2h
Hleg(iate) = 7h
... serão 7 horas!
Fazendo com calma, e em partes, não se erra.
Note, nas continhas, que eu “saí” de Ulsan e “cheguei” em Greenwich, e
depois “saí” de Greenwich e “cheguei” no iate. Use sempre o fuso de
Greenwich como um porto seguro neste tipo de problema.
Resposta: C
(Importante - CPA I/2014)
Qual foi a hora legal (aproximada ao minuto) no porto de Buenos Aires
(lat = 34° 36,0’S e long = 058° 25,0’W) no momento em que o Sol
culminou na posição do iate no dia 22 de abril? Sabe-se que a longitude
do iate era 051° 20,2’ W, e que a hora que o Sol culminou foi HMG =
15h 23m 49s.
( a ) 12h 23m
( b ) 12h 00m
( c ) 11h 24m
( d ) 10h 48m
( e ) 10h 36m
O importante neste tipo de questão é verificar se o horário está sendo dado
em hora média de Greenwich (HMG) ou no horário legal. Lembre-se
também que
Hleg = GMT +/- Hora(fuso)
É esta a fórmula que converte de hora legal para HMG e vice-versa (se você
não notou ainda, HMG e GMT é a mesma coisa; a primeira é em português
e a segunda é em inglês).
Vamos converter as longitudes em tempo.
Buenos Aires está na longitude 058° 25,0’W, o que equivale à 3h 52m +
1m 40s = 3h 54m. Arredondando para a hora cheia mais próxima,
descobrimos que Buenos Aires está no fuso GMT - 4h (negativo, pois está à
oeste de Greenwich, e portanto, é mais cedo que em Greenwich).
O iate estava longitude 051° 20,2’ W, o que equivale à 3h 20m + 1m 21s =
3h 21m. (nota: a tabela de conversão de arco em tempo só permite ler
diretamente a conversão para 20,25’. É suficientemente próximo).
Arredondando para a hora cheia mais próxima, descobrimos que o iate
está no fuso GMT - 3h (negativo, pois está à oeste de Greenwich, e
portanto, é mais cedo que em Greenwich).
Assim, tendo o horário de culminação em HMG, podemos encontrar a Hleg
em Buenos Aires neste momento:
Hleg(Buenos Aires) = GMT – 4h =
= 15h 23m 49s – 4h =
= 11h 23m 49s o que, aproximando ao minuto, dá 11h 24m.
Resposta: Alternativa C.
Note que nem precisávamos ter verificado o fuso em que estava o iate, uma
vez que o horário da culminação do Sol já foi dado em HMG. Fizemos isso
somente como uma forma de exercitar o conhecimento.
Note também que, como estamos tratando somente de horas cheias nas
conversões de fuso, os minuto e segundos não irão se alterar.
Se a culminação do Sol ocorreu em GMT = 15h 24m (aproximando ao
minuto), este mesmo horário em qualquer outro fuso, terminará também em
24m. Como só a alternativa C contém 24m em sua resposta, essa é a única
alternativa que caberia como correta, e poderíamos saber a alternativa
correta sem fazer qualquer conta.
(Essencial - CPA REFENO/2014)
Qual foi a Hleg em Fernando de Noronha (Latitude 03° 51,2`S e
Longitude 032° 25,6`W - fuso “O”), no exato momento da Passagem
Meridiana do Sol pela longitude do veleiro no dia 21 de agosto? A
culminação ocorreu às HMG = 14h 17m 04s.
( a ) 11h 16m 43s.
( b ) 11h 35m 13s.
( c ) 12h 16m 00s.
( d ) 12h 17m 04s.
( e ) 12h 19m 34s.
Para esta questão, nem precisaríamos fazer contas. Como dito há pouco, as
mudanças de fuso entre horas legais não modificam os minutos ou os
segundos, somente as horas cheias. A única alternativa que apresenta os
mesmos minutos e segundos da culminação colocada no enunciado é a
alternativa D. Entretanto, para exercitar, vamos fazer as contas que nos
permitem concluir isso.
Outro ponto: em um primeiro momento pode parecer que seria necessário a
longitude do veleiro. Mas, como vemos, isso não é verdade porque a hora
da culminação já foi dada em HMG, que equivale ao horário legal no fuso
que contém Greenwich. A longitude do veleiro só seria necessária se a
culminação tivesse sido dada na hora legal da posição onde está o veleiro.
Convertendo a longitude de Fernando de Noronha (032° 25,6`W) em
tempo, este arco de grau equivale a 2h 12m + 1m 42s = 2h 14m
(lembrando que a tabela de conversão de arco em graus só contém o valor
de 25,50’ para conversão, o que é próximo o suficiente). Ou seja, Fernando
de Noronha está no fuso GMT – 2h (oeste e, portanto, negativo).
Assim:
Hleg(F.deN.) = GMT – 2h
Hleg(F.deN.) = 14h 17m 04s – 2h = 12h 17m 04s.
Resposta: D.

(Essencial - CPA EXTRA/2014)


Qual foi a hora média local (HML) no porto de São Sebastião (LAT =
23° 45,6’S e LONG = 045° 24,5’W) no momento da Passagem
Meridiana do Sol na posição da embarcação nesse dia 25 de outubro? A
culminação do Sol ocorreu às HMG = 14h 32m 21,0s.
a) 11h 53m 10s
b) 11h 30m 43s
c) 11h 48m 05s
d) 11h 38m 25s
e) 11h 33m 13s
Aqui sim temos um conceito novo, e que não foi apresentado
anteriormente: o conceito de Hora Média Local (HML).
Como sabemos, os fusos são utilizados para ajustar os relógios das pessoas
em uma faixa de 15° de largura em torno de um meridiano médio. É uma
forma prática encontrada para que as pessoas, o comércio, e os governos
possam se organizar. Assim, todo um grupo de pessoas que estão
relativamente próximas estarão sujeitas ao mesmo horário. A hora
determinada pelos fusos é a chamada Hora Legal. Como sabemos, a cada
mudança de fuso, deve-se ajustar o relógio em mais ou menos uma hora.
Quanto mais fusos ou, dizendo de outra forma, quanto mais distante de
Greenwich se estiver, maior a diferença entre a hora legal e a hora média de
Greenwich.
A hora média local é um conceito que também supõe a mudança das horas à
medida que os meridianos se distanciam de Greenwich, mas não leva em
conta os fusos. É como se cada ponto da Terra no sentido leste ou oeste
tivesse a sua própria hora. Assim, à medida que formos nos afastando de
Greenwich para oeste ou leste, a diferença de hora iria crescendo na mesma
proporção que a distância aumentasse. As variações seriam, nesse caso, de
segundos, minutos ou horas, dependendo da distância.
Não é um conceito prático pois, se fosse levado em consideração, a cada 1
milha náutica de distância na direção leste ou a oeste, o relógio da pessoa
presente neste local teria que marcar 4 segundos de diferença. Cidades ou
locais separados por algumas dezenas de milhas à oeste ou à leste teriam
vários minutos de diferença entre si. Neste conceito e, por definição,
sempre que houvesse a passagem meridiana do Sol, o horário da pessoa
presente neste meridiano teria que marcar exatamente 12h 00m 00s (em
HML).
Entretanto esse conceito (HML) é cobrado em prova e esta questão é um
exemplo disso. Se você já está familiarizado com as questões envolvendo a
conversão de Hora Média de Greenwich em hora legal, você não terá
problemas. É só não arredondar o resultado da conversão da longitude em
tempo para a hora cheia, buscando o fuso horário do local em questão, que
podemos facilmente calcular a HML. Vamos ver a resolução dessa questão
e você entenderá.
Convertendo a longitude de São Sebastião (045° 24,5’ W) em tempo,
encontramos 3h 00m + 1m 38s = 3h 1m 38s. Para HML, não interessa o
fuso. A fórmula é a mesma, mas não arredondaremos e assim obteremos a
HML, e não a Hleg. Ou seja:
HML= GMT +/- conversão de arco em tempo
HML(São Sebastião) = GMT - 3h 1m 38s (negativo, pois está a W).
Como a culminação foi às HMG = 14h 32m 21,0s, então:
HML(São Sebastião) = 14h 32m 21s - 3h 1m 38s = 11h 30m 43s.
Resposta: Alternativa B.
Lembre-se:
1 . Conversão entre HMG e Hleg:
Hleg = GMT +/- (longitude convertida em tempo e arredondada
para a hora cheia mais próxima)
2. Conversão entre HMG e HML:
HML = GMT +/- (longitude convertida em tempo)
(Essencial - CPA II/2014)
No dia 12 de outubro o Sol culminou às HMG = 14h 10m 51,0s no
meridiano correspondente à longitude determinada pelo Capitão (036°
05,7’ W). Qual era a Hora Legal do Rio de Janeiro, cuja posição
geográfica é (Lat. = 22° 54,0’ S e Long. = 043° 12,4’ W) aproximada ao
minuto neste instante?
OBS: O horário de verão no Rio de Janeiro começará somente no dia
19 de outubro de 2014.
( a ) 11h 11m.
( b ) 11h 33m.
( c ) 12h 11m.
( d ) 14h 38m.
( e ) 12h 10m.
Convertendo a longitude do Rio de Janeiro (043° 12,4’ W) em tempo, este
arco de grau equivale a 2h 52m + 0m 50s = 2h 53m (lembrando que a
tabela de conversão de arco em graus só contém o valor de 12,50’ para
conversão, o que é próximo o suficiente). Ou seja, Rio de Janeiro está no
fuso GMT – 3h (oeste e, portanto, negativo).
Assim:
Hleg(Rio) = GMT – 3h
Hleg(F.deN.) = 14h 10m 51,0s – 3h = 11h 11m.
Resposta: Alternativa A.
Conforme enunciado, os efeitos do horário de verão não precisam ser
levados em consideração nesta questão. Mas... e se precisássemos levar em
conta esse efeito? Precisamos estar preparados para isto.
Para efeitos de prova, sempre que certa região estiver sobre horário de
verão, os efeitos serão sentidos na Hora Legal somente: deve-se adicionar-
se mais uma hora à Hleg que é calculada sem considerar o horário de verão.
Em termos de fórmula, será:
Hleg(em horário de verão) = GMT +/- fuso (da conversão da longitude
arredondado para hora cheia) + 1h.
Vamos fazer o mesmo problema anterior, mas fazendo de conta que o
horário de verão está vigorando.
(Essencial - EXERCÍCIO 10)
Considerando os dados da questão anterior, qual a hora legal da
culminação no Rio de Janeiro se o horário de verão estivesse em vigor
(arredondar para minutos)?
Conforme discutimos há pouco, e já sabendo que o Rio de Janeiro está no
fuso GMT - 3h, precisaremos utilizar a fórmula:
Hleg(horário de verão, Rio) = GMT – 3h + 1h
Considerando os dados da questão anterior:
Hleg(horário de verão, Rio) = 14h 10m 51,0s – 3h + 1h
Hleg(horário de verão, Rio) = 12h 11m
(Importante - CPA I/2015)
Na posição estimada para a culminação (Lat = 18° 12,2’S e Long = 037°
20,5’W), o fuso horário em relação ao meridiano de GW seria:
( a ) menos 1 hora.
( b ) mais 1 hora.
( c ) menos 2 horas.
( d ) mais 2 horas.
( e ) menos 3 horas.
Convertendo a longitude estimada em tempo, temos que 037° 20,5’
equivale a 2h 28m + 1m 22s = 2h 29m 22s. Arredondando para a hora
cheia mais próxima, encontramos o fuso, que é GMT – 2h (negativo, pois é
à oeste). Logo, a resposta seria a alternativa C.
Esta última questão foi anulada na prova, possivelmente porque foi
imprecisa na pergunta. O correto, possivelmente, teria sido perguntar o
“fuso horário da posição do observador em relação ao fuso que contém o
meridiano de Greenwich seria...”.
(Importante - CPA I/2017)
No dia 28 de março, foi transmitido pela TV o jogo Brasil x Paraguai,
realizado na Arena Corinthians, em São Paulo (Lat. = 23° 33,0’ S e
Long. = 046° 30,0 W), com início às 21 horas legal (Hleg) de São Paulo.
Sabendo se que, naquela ocasião, um veleiro estava na posição Lat. 03°
22,5’ S e Long. 081° 45,0’ W, a que horas legal (Hleg) esse jogo teve
início na TV de bordo?
( a ) 17h 00m.
( b ) 23h 00m.
( c ) 19h 00m.
( d ) 15h 00m.
( e ) 12h 00m.
Convertendo a longitude da Arena (046° 30,0 W) em tempo, este arco de
grau equivale a 3h 04m + 2m 00s = 3h 06m. Ou seja, a Arena está no fuso
GMT – 3h (oeste e, portanto, negativo).
Convertendo a longitude do veleiro (081° 45,0’ W) em tempo, este arco de
grau equivale a 5h 24m + 3m 00s = 5h 27m. Ou seja, o veleiro está no fuso
GMT – 5h (oeste e, portanto, negativo).
Assim, na Arena:
Hleg(Arena) = GMT – 3h
21h = GMT – 3h
GMT = 24h
e temos agora o horário legal do jogo no fuso que contém o meridiano de
Greenwich. Sendo, então, 24h em Greenwich, podemos encontrar o horário
legal no veleiro:
No veleiro:
Hleg(veleiro) = GMT – 5h
Hleg(veleiro) = 24h – 5h
Hleg(veleiro) = 19h
Note que, novamente, utilizamos o horário GMT como nosso ponto de
partida e parada para as contas.
Resposta: Alternativa C.
(Reforço - CPA II/2017)
Quando o Sol culminou nesse dia 15 de setembro às HMG = 13h 24m
13s, no meridiano correspondente à longitude onde estava o barco, qual
era a hora legal em Salvador (Lat = 12° 58,0’ S e Long = 038° 30,0’ W)
aproximada ao minuto?
( a ) 12h 32m.
( b ) 14h 56m.
( c ) 10h 24m.
( d ) 11h 45m.
( e ) 13h 10m.
Note que, uma vez que já temos a hora média de Greenwich do evento, não
precisamos utilizar a longitude do barco.
Convertendo a longitude de Salvador (038° 30,0’ W) em tempo, este arco
de grau equivale a 2h 32m + 2m 00s = 2h 34m. Ou seja, Salvador está no
fuso GMT – 3h (oeste e, portanto, negativo).
Assim:
Hleg(Salvador) = GMT – 3h
Hleg(Salvador) = 13h 24m – 3h
Hleg(Salvador) = 10h 24m
Resposta: Alternativa C.

6.2.POSIÇÃO ESTIMADA vs POSIÇÃO


DETERMINADA
Outro problema comum que costuma aparecer na prova para Capitão
Amador é aquele que compara a posição estimada com a posição
determinada na Passagem Meridiana do Sol. Nem podemos dizer que este
seja um problema de navegação astronômica, já que os conhecimentos aqui
são mais ligados à saber plotar as posições e interpretar os dados. Ainda
assim, vamos incluir neste livro as questões a esse respeito que apareceram
em exames recentes.
Alguns dessas questões contêm informações valiosas como conhecimentos
gerais e que podem, a qualquer momento, serem cobradas em questões de
navegação astronômica. Analisaremos alternativa por alternativa para,
assim, aproveitarmos ao máximo o que podemos aprender.
(Essencial - CPA II/2013)
Tendo determinado as coordenadas geográficas corretas do iate na
culminação do Sol (LAT = 04° 07,6’ S e LONG = 034° 31,5’ W), o
Capitão, na ocasião, tirou várias conclusões em função da posição que
ele estimou que seu barco estaria (LAT = 004° 05’ S e LONG = 034° 32’
W). Sabe-se que a declinação do Sol no momento da passagem
meridiana, ocorrida às HMG = 14h 06m 43s de 04 de outubro de 2013,
foi de 4º 33,2’ S. Dentre as conclusões abaixo, indique qual está correta,
considerando que o capitão esteve nas últimas horas navegando com
rumo na superfície 090°.
A) A posição correta do iate indicava que o Sol naquela latitude iria
culminar cada vez mais alto nos próximos dias.
B) O Capitão precisaria aumentar a velocidade para chegar ao destino
na hora prevista.
C) O iate desenvolveu uma SOG inferior à velocidade estimada.
D) O iate estava mais perto da linha do Equador do que o planejado.
E) O rumo na superfície precisaria ser compensado para bombordo,
para seguir no COG planejado.
A maneira mais fácil de se responder esta questão é fazendo um diagrama,
plotando a posição estimada e a determinada no momento da culminação.
Junto da plotagem das posições, colocamos uma representação do rumo na
superfície da embarcação com o barco na posição determinada, que é onde
ele efetivamente está. Indicamos, também, a deriva do barco, uma vez que o
Capitão esperava que o barco estivesse na posição estimada mas acabou
por encontrar o barco em outra posição.

Analisemos as alternativas. Vou começar pela alternativa B, e volto depois


para a alternativa A.
“B) O Capitão precisaria aumentar a velocidade para chegar ao destino na
hora prevista”: como se vê, a deriva indica não só um caimento para
boreste, como também um avanço. Seguindo o rumo, o barco está à frente
da posição estimada, ou seja, está indo mais rápido que o previsto. Para
manter a hora prevista de chegada, o Capitão teria que reduzir a
velocidade. Alternativa errada.
“C) O iate desenvolveu uma SOG inferior à velocidade estimada.” SOG é
Speed Over Ground, velocidade em relação ao fundo. Como se vê na
figura, a velocidade foi maior que a estimada. Alternativa errada.
“D) O iate estava mais perto da linha do Equador do que o planejado.”.
Na figura, vê-se que o iate se afastou do equador, pois sua latitude
aumentou, em direção ao sul. Alternativa errada.
“E) O rumo na superfície precisaria ser compensado para bombordo, para
seguir no COG planejado.”. Uma vez que o iate desenvolveu um
abatimento para estibordo, a correção deve ser para bombordo. Alternativa
correta.
Falta analisar a alternativa A para confirmar se realmente encontramos a
alternativa correta. Esta alternativa afirma que "...o Sol naquela latitude
iria culminar cada vez mais alto nos próximos dias".
Para analisar isso, temos que checar como varia a declinação do Sol com o
passar dos dias para, mantida a latitude, verificar o que acontece com a
altura do Sol.
Como a latitude determinada (04° 07,6’ S) é um pouco menor que a
declinação do Sol (4º 33,2’ S), a figura que representa o problema pode ser
montada.

Se consultarmos o ângulo de declinação do Sol na Página Diária que


acompanhou a prova e que está reproduzida a seguir, vemos que com o
passar dos dias e das horas, a declinação do Sol está aumentando (veja a
coluna "Dec"). Por exemplo, no dia 04 de outubro, às HMG = 14h, a
declinação é 4º 33,1’ S; no dia 05 de outubro, às 14h, a declinação passou
a ser 4º 56,1’ S e, no dia 06 de outubro, a declinação aumentou para 5º
19,2’ S também às mesmas 14 horas HMG.
Voltando para a figura, note que, se a latitude é mantida no mesmo
valor e a declinação dec aumenta, a altura do Sol av será cada vez menor.
Veja a próxima figura, onde representamos o efeito da declinação
aumentando.

Portanto, a alternativa A (“A posição correta do iate indicava que o Sol


naquela latitude iria culminar cada vez mais alto nos próximos dias”) está
errada. A declinação do Sol vai aumentar, mas a altura do Sol irá diminuir
nos próximos dias.
Resposta: E.
(Importante - CPA I/2014)
No dia 22 de abril de 2014, um Capitão Amador, navegando nas costas
do Rio Grande do Sul com destino a Buenos Aires, preparou-se para
determinar com seu sextante a posição do seu iate na Passagem
Meridiana do Sol. Para isso, ainda de manhã, calculou alguns
parâmetros aproximados do Sol no momento da culminação,
considerando estar, durante esse evento astronômico, na posição
estimada Latitude 33° 02’,0 S e Longitude 051° 23’,0 W. Tendo
determinado as coordenadas geográficas corretas do iate na Passagem
Meridiana do Sol (LAT = 32° 59,9’ S e LONG = 051° 20,2’ W ), o
Capitão, na ocasião, tirou várias conclusões em função da posição que
ele estimou que seu barco estaria. Dentre as conclusões abaixo, indique
qual está correta, considerando que o Capitão esteve nas últimas horas
navegando com rumo na superfície de 180°.
( a ) O iate desenvolveu uma SOG superior à velocidade estimada.
( b ) O rumo na superfície precisaria ser compensado para bombordo,
para seguir no COG planejado.
( c ) O Capitão precisaria diminuir a velocidade para chegar a Buenos
Aires na hora prevista.
( d ) A corrente das Malvinas, comum nessa época do ano nas costas do
Rio Grande, estava influenciando na velocidade estimada do iate.
( e ) O iate estava com um caimento para terra.
No caso, foi dado que o rumo foi exatamente de norte para sul (180°).
Assim, plotando as posições estimadas e determinadas, podemos analisar
as alternativas.

“( a ) O iate desenvolveu uma SOG superior à velocidade estimada.”.


Comparando a posição estimada com a determinada e verificando a deriva
em relação ao rumo, é fácil ver na figura que o iate desenvolveu uma
velocidade de fundo (SOG – speed over ground) menor que a estimada.
Alternativa errada.
“( b ) O rumo na superfície precisaria ser compensado para bombordo,
para seguir no COG planejado.”. O abatimento foi para bombordo e a
correção deveria ser para estibordo. Alternativa errada.
“( c ) O Capitão precisaria diminuir a velocidade para chegar a Buenos
Aires na hora prevista.”. Alternativa errada. Veja a explicação da
alternativa (a).
Vamos pular a alternativa (d) por enquanto e analisar a alternativa (e).
“( e ) O iate estava com um caimento para terra.” O caimento foi em
direção ao alto mar. Aqui, é necessário algum conhecimento sobre a costa
do Rio Grande do Sul. Temos que saber que uma navegação por esta costa
em direção à Buenos Aires ocorre num rumo aproximadamente de norte
para sul ou nordeste para sudoeste (especificamente, o rumo era sul,
conforme dado do problema), e que a terra fica a boreste da embarcação.
Alternativa errada.
Por exclusão, restou a alternativa "d" como correta.
“( d ) A corrente das Malvinas, comum nessa época do ano nas costas do
Rio Grande, estava influenciando na velocidade estimada do iate”. De fato,
a corrente das Malvinas pode subir pela costa do Rio Grande do Sul e
encontrar a corrente do Brasil (que desce), e como as posições estimada e
determinada são diferentes, podemos inferir que esta alternativa está
correta muito embora diversos fatores pudessem ter influenciado esta
diferença. Embora questionável, esta foi a alternativa dada como correta.
(Importante - CPA I/2015)
Considerando que a posição estimada do barco era LAT = 18° 12,2’S e
LONG = 037° 20,5’W e já tendo determinado as coordenadas
geográficas corretas da embarcação na culminação do Sol (LAT = 18°
14,0’ S e LONG = 37º 02,2' W, o Capitão, na ocasião, tirou várias
conclusões em função da posição que ele estimou onde seu barco
estaria. Dentre as conclusões abaixo, indique qual é a que está correta,
considerando que o Capitão esteve nas últimas horas navegando com
rumo na superfície de 000°.
( a ) Considerando a costa do Brasil, a embarcação estava com um
caimento para terra.
( b ) O rumo na superfície precisaria ser compensado para boreste,
para seguir no COG planejado.
( c ) A embarcação estava com uma velocidade na superfície menor que
a SOG.
( d ) A embarcação estava sofrendo influência da corrente do Brasil.
( e ) O Capitão precisaria diminuir a velocidade se quisesse chegar a
Abrolhos na hora prevista.
A plotagem dos pontos da posição estimada e determinada é:
Analisemos as alternativas:
“( a ) Considerando a costa do Brasil, a embarcação estava com um
caimento para terra.” É necessário saber que a costa está a bomboraaado
da embarcação. E, da plotagem dos pontos, vê-se que há caimento para o
alto mar. Alternativa errada.
“( b ) O rumo na superfície precisaria ser compensado para boreste, para
seguir no COG planejado”. O caimento, comparando a posição estimada
com a determinada, é para boreste, e deve-se compensar para bombordo.
Alternativa errada.
“( c ) A embarcação estava com uma velocidade na superfície menor que a
SOG.”. Olhando a figura, é fácil ver que a SOG (speed over ground) foi
menor que a velocidade na superfície, que é a velocidade normalmente
utilizada para estimar a posição. Alternativa errada.
“( d ) A embarcação estava sofrendo influência da corrente do Brasil.”.
Aqui é necessário saber que a corrente do Brasil corre ao longo da costa
brasileira, e do norte para o sul (contra o rumo da embarcação). É possível
que esta corrente tenha causado a diferença entre a posição estimada e a
determinada.
“( e ) O Capitão precisaria diminuir a velocidade se quisesse chegar a
Abrolhos na hora prevista.”. A velocidade desenvolvida pela embarcação
está aquém da esperada e, assim, para se manter a hora prevista, precisar-
se-ia aumentar a velocidade.
Por exclusão, a alternativa correta é a D. Novamente, outros fatores
poderiam ter causado a diferença entre a posição estimada e determinada,
mas o exame não apresentou outra alternativa melhor.
(Importante - CPA I/2016)
Tendo determinado as coordenadas geográficas corretas na culminação
do Sol (Lat = 01° 21,2’ N e Long = 048° 28,8’ W), o Capitão, na
ocasião, verificou que seu iate estava sofrendo forte influência da
corrente das Guianas, o que ocasionou uma considerável diferença da
posição observada em relação à estimada (que era Lat = 01° 19,1’N e
Long = 048° 16,0’W). Essa diferença na direção norte/sul foi de
( a ) 1,5 milha náuticas ao sul.
( b ) 3,5 milhas náuticas ao norte.
( c ) 10 milhas náuticas ao norte.
( d ) 5,3 milhas náuticas ao sul.
( e ) 2,1 milhas náuticas ao norte.
Na direção norte/sul, basta compararmos as latitudes, subtraindo uma da
outra para verificar a diferença (como sabemos, uma milha náutica é igual
a um minuto de arco de latitude). Assim:
Lat(determinada) – Lat(estimada) = 01° 21,2’ - 01° 19,1’ = 2,1’
Sendo que a latitude determinada estava mais ao norte da latitude estimada
(em 2,1 milhas náuticas).
Resposta: E.
(Importante - CPA II/2016)
Um Capitão Amador comandando seu veleiro de 65 pés realizava uma
travessia oceânica entre Las Palmas no arquipélago das Canárias e
Fernando de Noronha. Tendo determinado as coordenadas geográficas
corretas do veleiro na culminação do Sol no dia 30/set/2016 (Lat = 04°
53,0’ N e Long = 034° 13,0’ W), o Capitão, na ocasião, tirou várias
conclusões em função da posição que ele estimou que seu barco estaria
(que era Lat = 04° 50,0’N / Long = 034° 10,0’W). Dentre as conclusões
abaixo, indique qual está correta, considerando que o Capitão esteve
nas últimas horas navegando com rumo na superfície 240° e velocidade
indicada pelo odômetro foi de 8 nós.
(a) o veleiro já se encontrava ao sul da Zona de Convergência
Intertropical (ZCIT), sofrendo influência do vento SE e da corrente Sul
Equatorial, com abatimento para boreste.
(b) O rumo na superfície precisaria ser compensado para boreste, para
seguir no COG 240°.
(c ) O veleiro estava 4 milhas ao sul da posição estimada.
(d) ) O veleiro estava ao norte da Zona de Convergência Intertropical
(ZCIT), sofrendo influência do vento NE e da corrente Norte
Equatorial com caimento para bombordo.
(e) O veleiro estava 2 milhas a leste da posição estimada e o Capitão
precisaria diminuir a velocidade se quisesse chegar a Fernando de
Noronha na hora prevista.
Analisemos as alternativas, já feita a figura que representa a situação:

Vamos analisar a alternativa (a) por último.


“(b) O rumo na superfície precisaria ser compensado para boreste, para
seguir no COG 240°.” O veleiro teve caimento para boreste e precisaria
ser compensando para bombordo. Alternativa errada.
“(c) O veleiro estava 4 milhas ao sul da posição estimada.” O veleiro
estava 3 milhas ao norte da posição estimada. Alternativa errada.
“(d) O veleiro estava ao norte da Zona de Convergência Intertropical
(ZCIT), sofrendo influência do vento NE e da corrente Norte Equatorial
com caimento para bombordo.” O caimento foi para boreste e, mesmo que
não saibamos nada sobre o restante da afirmação feita, já sabemos que
esta alternativa está errada.
“(e) O veleiro estava 2 milhas a leste da posição estimada e o Capitão
precisaria diminuir a velocidade se quisesse chegar a Fernando de
Noronha na hora prevista.” Vemos da figura que, entre a posição estimada
e a determinada, o veleiro está com 3 milhas náuticas de diferença na
latitude e também 3 milhas náuticas na longitude. Logo, a primeira parte
da afirmação já está errada.
“(a) o veleiro já se encontrava ao sul da Zona de Convergência
Intertropical (ZCIT), sofrendo influência do vento SE e da corrente Sul
Equatorial, com abatimento para boreste.” Se não tivermos conhecimento
sobre a ZCIT a os ventos e correntes, nada conseguimos afirmar. Mas, de
fato, o abatimento está para boreste. Por exclusão, esta parece ser a única
alternativa correta.
De fato, a ZCIT, dependendo da época do ano, pode estar no hemisfério
norte, próximo do equador. Os limites não são muito rígidos, divergindo
entre diferentes literaturas. Existe, na região onde está o barco da questão,
os ventos de SE e a corrente sul equatorial, que podem de fato ter causado
o abatimento para boreste.
6.3.UM POUCO DE TEORIA APLICADA
Outro tipo de questão que ás vezes aparece no exame aborda conceitos
básicos de navegação astronômica. Nós já passamos por muitos desses
conceitos ao longo do livro, mas alguns, por não serem diretamente
necessários à resolução dos problemas apresentados até agora, ficaram de
lado. É tempo de abordá-los.
Toda a navegação astronômica é desenvolvida supondo uma esfera maior,
envolvendo a Terra. Supõe-se que a superfície dessa esfera, localizada no
espaço e com o mesmo centro que a Terra, contenha todos os astros que
vemos no céu. Essa esfera chama-se Esfera Celeste, e a representamos na
figura a seguir com alguns poucos astros.

Assim como a Terra tem o equador e os polos, também se supõe que esta
esfera tenha o Equador Celeste e os Polos Celestes. É só prolongar o eixo
da Terra em direção à esfera celeste e encontraremos, ali, o polo norte
celeste e o polo sul celeste. O equador celeste é o círculo formado pela
interseção do plano que contém o equador terrestre com a esfera celeste.

Vez ou outra, a prova para Capitão fala em polo elevado. Polo elevado nada
mais é que o polo celeste norte ou sul que está no mesmo hemisfério do
observador. Assim, se o observador estiver ao norte do equador, o polo
elevado será o polo celeste norte.
O contrário do polo elevado é o polo abaixado, que é aquele polo da esfera
celeste que está no hemisfério contrário ao do observador. No caso do nosso
exemplo, estando o observador no hemisfério norte, o polo abaixado seria o
polo celeste sul.
E se a esfera celeste tem polos e tem o equador, nada mais natural que tenha
meridianos. Assim como os meridianos da Terra, os Meridianos Celestes
são círculos máximos que passam pelos polos. Igualzinho aos meridianos
da Terra.
Alguns meridianos celestes especiais precisam ser conhecidos. O primeiro
deles é o Meridiano Superior. Este não é um círculo máximo, mas só
metade dele, indo de um polo a outro.
O nome especial é porque o Meridiano Superior contém o zênite do
observador. Acho que zênite você já deve saber o que é. Considerando um
observador na Terra, o zênite é o ponto na esfera celeste que está
exatamente acima do observador. Olhe para cima, e você estará olhando
para o zênite. O ponto oposto ao zênite chama-se nadir.
Pois bem, una o zênite com os polos celestes, e o meio círculo que se forma
na superfície da esfera celeste é o Meridiano Superior da sua posição.

O meridiano oposto é chamado de Meridiano Inferior. É o meridiano do


outro lado da esfera celeste. Este meridiano contém o nadir, o ponto oposto
ao zênite.
Um outro círculo máximo especial é o Círculo Horário. Ele é um círculo,
que passa pelos polos. Sua característica especial é que ele é solidário a um
astro, movimentando-se junto com ele.
Assim, temos o Círculo Horário do Sol, o Círculo Horário da Lua, ou o
Círculo Horário de qualquer outro planeta ou estrela.
À medida que estes astros, no seu movimento aparente, giram em torno da
Terra, o Círculo Horário os acompanha, girando em torno da Terra, tendo os
eixos nos polos. Note que, nesse modelo com a esfera celeste, a Terra está
parada e é o céu – ou seja, a própria esfera celeste – que gira.
Por fim, falemos do Triângulo de Posição. Este é um triângulo projetado na
superfície da esfera celeste e utilizado na navegação astronômica que
contém (1) o polo elevado, (que é o polo celeste norte ou sul, dependendo
do hemisfério onde está o observador), (2) o zênite do observador e (3) o
astro em questão.
Para os exames para Capitão Amador, costumam ser frequentes perguntas
sobre este triângulo, e este talvez seja o conceito mais importante a ser
assimilado nesta seção.
Vamos considerar um observador numa latitude um pouco ao norte do
equador, no período da manhã. O sol está vindo pelo lado leste desse
observador, e o triângulo de posição será algo como o que mostra a figura a
seguir.

À medida que o Sol se movimenta no céu (em seu movimento aparente de


leste para oeste), o triângulo irá se deformar até que todos os vértices do
triângulo de posição (o zênite do observador, o polo elevado e o Sol)
estejam alinhados. Isto ocorre, como você pode imaginar, no momento da
Passagem Meridiana do Sol.
Podemos dizer, assim, que a passagem meridiana do Sol se caracteriza
quando o triângulo de posição se transforma em uma linha. Outra maneira
de dizer isso é que o Círculo Horário do Sol está coincidindo com o
meridiano onde está o observador.
Por fim, convém falar de AH. De certa forma, esse assunto já foi abordado
aqui, quando falamos de AHL e AHG.
AH é o termo genérico para Ângulo Horário, e AHG (Ângulo Horário em
Greenwich) e AHL (Ângulo Horário Local) são casos especiais do Ângulo
Horário.
AH é uma medida de ângulo, mas medido em horas, e não em graus. Ao
invés de se falar que um círculo tem 360 graus, usa-se a velocidade dos
astros em questão em relação a uma referência para medir o ângulo.
Como sabemos, o Sol e a maioria dos astros dá uma volta completa na Terra
em um tempo da ordem de 24 horas, o que significa que a cada 1 hora eles
“andam” 15 graus. Assim, se dissermos que o Sol passou por cima de nós e
já está com Ângulo Horário de 2 horas em relação à nossa posição, sabemos
que ele já está 30 graus (2 x 30) à oeste de longitude de nós, e que ele
passou por cima de nós 2 hora atrás.
Quando o ângulo horário é medido a partir da posição do observador, ele é
chamado de AHL, Ângulo Horário Local. Quando este ângulo é medido a
partir de Greenwich, ele é chamado de Ângulo Horário em Greenwich
(AHG), sigla essa que usamos muito para resolver os problemas de
longitude.
Note que, na passagem meridiana, o Sol está sobre o meridiano do
observador e, portanto, o AHL é zero.
Nesta mesma condição, se o Ângulo Horário for medido a partir de
Greenwich, vamos ter um AHG coincidindo com a longitude se for uma
longitude W.
Para a longitude leste, o AHG terá que ser subtraído de 360 graus para
indicar a longitude, já que esta é medida em 180 graus para cada lado do
meridiano de Greenwich, e o AH é medido continuamente para o leste,
conforme mostra a figura anterior, onde vemos a Terra a partir de um ponto
no espaço acima do polo norte.
Passemos agora a algumas perguntas de prova para nos familiarizamos
sobre como isso é cobrado.
(Essencial - CPA REFENO/2014)
Na Passagem Meridiana do Sol, os três vértices do triângulo de posição
(Polo elevado, Zênite e Astro) encontram-se sobre o meridiano do
observador, o que equivale a dizer que:
( a ) o circulo horário do astro, a vertical do astro e o meridiano do
observador encontram- se superpostos.
( b ) a longitude é igual ao Ângulo Horário Local.
( c ) o vertical do astro encontra-se num plano paralelo ao Equador.
( d ) a distância zenital é máxima.
( e ) o círculo horário do Sol coincide com o meridiano de Greenwich.
Analisemos as alternativas na ordem inversa.
Interpretando o texto da pergunta, vemos que a questão pede para
caracterizar a Passagem Meridiana do Sol em um ponto qualquer onde
está o observador.
“( e ) o círculo horário do Sol coincide com o meridiano de Greenwich.”
Quando o círculo horário do Sol passa por Greenwich, significa que o Sol
está cruzando este Meridiano. É a passagem meridiana do Sol lá - e
somente lá -, mas isto não satisfaz a pergunta que pede para caracterizar a
Passagem Meridiana do Sol de uma forma geral.
“( d ) a distância zenital é máxima.” Distância zenital é a distância
angular entre o zênite e o astro, que tanto trabalhamos nas questões. Ela
varia de acordo com a altura do astro na latitude do observador. Isto não
caracteriza a Passagem Meridiana do Sol. Errada.
“( c ) o vertical do astro encontra-se num plano paralelo ao Equador.” A
vertical do astro sempre estará num plano paralelo ao equador. Isto é a
declinação, que pode ser qualquer valor possível no momento da Passagem
Meridiana do Sol. Resposta errada.
“( b ) a longitude é igual ao Ângulo Horário Local.” Ângulo horário local
seria o ângulo medido em horas a partir do local onde está o observador.
Esta afirmação não faz sentido. Esta alternativa estaria correta se
afirmasse que “a longitude é igual ao Ângulo Horário do Sol em relação a
Greenwich” pois, neste caso, estaríamos dizendo que o Sol está no mesmo
meridiano do observador – o que de fato ocorre na Passagem Meridiana do
Sol. Ou, poderia se dizer que o Ângulo Horário Local é zero, o que também
caracterizaria a passagem meridiana do Sol.
“( a ) o circulo horário do astro, a vertical do astro e o meridiano do
observador encontram- se superpostos.”. Sim! Isto ocorre na Passagem
Meridiana do Sol. Alternativa correta.
(Essencial - CPA EXTRA/2014)
Na passagem meridiana do Sol podemos afirmar que:
a) o ângulo horário em Greenwich (AHG) do astro é igual a zero.
b) a declinação do astro é máxima.
c) o ângulo horário em Greenwich (AHG) é igual ao ângulo horário
local (AHL).
d) o ângulo horário local (AHL) do astro é igual a zero.
e) a distância zenital do astro é máxima
Analisemos as alternativas.
“a) o ângulo horário em Greenwich (AHG) do astro é igual a zero.”.
Ângulo Horário em Greenwich é o ângulo horário do astro em relação ao
meridiano de Greenwich. A alternativa está errada. O AHG do Sol na
passagem meridiana é igual à longitude (se W) ou igual a 360° menos o
AHG (se E).
“b) a declinação do astro é máxima.”. Errado. A declinação é só a medida
da vertical do astro em relação à Terra. A declinação é função da data e
hora.
“c) o ângulo horário em Greenwich (AHG) é igual ao ângulo horário local
(AHL).”O ângulo horário local é o ângulo de um astro a partir do
meridiano onde está o observador. Já ângulo horário em Greenwich é o
ângulo horário de um astro a partir de Greenwich. Esta afirmação não faz
sentido. Alternativa errada.
“d) o ângulo horário local (AHL) do astro é igual a zero.”. Ângulo horário
local é o ângulo do astro a partir do meridiano onde está o observador. Se
este valor é zero, então o astro e o observador estão no mesmo meridiano,
que é o que ocorre na Passagem Meridiana. Alternativa correta.
“e) a distância zenital do astro é máxima.” A distância zenital é função da
latitude do observador e da declinação do astro, não tendo relação com a
passagem meridiana.
(Essencial - CPA EXTRA/2014)
O círculo máximo da esfera celeste que contém os polos celestes e o
centro do Sol é chamado de:
a) círculo horário.
b) círculo de declinação.
c) círculo diurno.
d) equador celeste.
e) meridiano celeste.
Esta é direta. A pergunta pede exatamente a definição de Círculo Horário
do Sol. Alternativa A.
Círculo de declinação não existe ou, pelo menos, não é um termo comum à
navegação astronômica.
Círculo diurno é como se chamam os círculos equivalentes aos paralelos da
Terra na esfera celeste, paralelos ao equador celeste.
Os demais termos são diretos e já abordamos seus significados.
(Essencial - CPA II/2014)
A determinação mais precisa possível do horário da culminação do Sol
é um fator importantíssimo no cálculo da posição da embarcação por
ocasião da passagem meridiana, pois um erro de apenas 4 segundos de
tempo pode acarretar um deslocamento de 1 milha na longitude da
posição astronômica. A causa principal e de grande importância do
tempo na determinação da posição da embarcação é a
( a ) variação diurna do instante da passagem meridiana.
( b ) grande variação da altura do Sol no instante da culminação.
( c ) variação horária da declinação do Sol da ordem de 1°.
( d ) variação horária do Ângulo Horário em Greenwich (AHG) da
ordem de 15°.
( e ) variação da distância zenital do Sol da ordem de 10° durante a
culminação.
O enunciado da questão está perguntando, de forma diferente, porque é tão
importante acertar o exato momento da Passagem Meridiana do Sol para
se determinar a longitude.
Ora, a resposta é simples: porque o Sol passa relativamente rápido! O
próprio enunciado nos diz que na Passagem Meridiana do Sol, a cada 4
segundos de erro na determinação da culminação, erra-se por 1 milha a
longitude determinada.
Vamos, portanto, procurar qual das alternativas está nos falando da
velocidade do Sol.
“( a ) variação diurna do instante da passagem meridiana.” Esta frase não
tem sentido. Estando-se numa longitude dada e sabendo-se a data, o
instante da passagem meridiana é bem determinado. Alternativa errada.
“( b ) grande variação da altura do Sol no instante da culminação.” A
altura do Sol varia muito pouco nos momentos próximos da culminação.
Alternativa errada. Além disso e, mais importante, a altura do Sol não tem
relação com cálculo da longitude, só com latitude.
“( c ) variação horária da declinação do Sol da ordem de 1°.” A variação
horário da declinação não trata da “velocidade” do Sol. E esta variação
depende da época do ano. Ela pode ser de décimos de grau. Alternativa
errada. Além disso e, mais importante, a declinação do Sol não tem relação
com cálculo da longitude, só com latitude.
“( d ) variação horária do Ângulo Horário em Greenwich (AHG) da ordem
de 15°.” Esta trata da velocidade dos astros, que variam cerca de 15 graus
por hora em longitude. Alternativa correta. O Sol, assim como todos os
astros, que estão bem distantes da Terra, apresentam esta variação
aparente devido a rotação da Terra, que completa 360 graus em
aproximadamente 24 horas.
“( e ) variação da distância zenital do Sol da ordem de 10° durante a
culminação.” Isto é o mesmo que dizer que há variação de altura do Sol da
ordem de 10 graus na culminação, já que a altura do sol e a distância
zenital são complementares (formam um ângulo de 90º). Não faz sentido.
Próximo da culminação, a variação da altura do Sol é da ordem de
décimos de graus. Mais importante, a distância zenital não tem relação
com a determinação da longitude, só da latitude.
(Essencial - CPA I/2016)
No momento da Passagem Meridiana do Sol, o Ângulo Horário Local
(AHL) do astro era
( a ) longitude do local.
( b ) zero.
( c ) ângulo Horário em Greenwich mais Longitude.
( d ) 360° menos Longitude.
( e ) 180° mais Ângulo Horário Civil.
O ângulo horário local AHL é o ângulo de um astro em relação
ao meridiano local. Na passagem meridiana, o astro está
passando por cima do meridiano do observador e, portanto, este
ângulo é zero. Alternativa B.
(Essencial - CPA EXTRA/2016)
Na Passagem Meridiana do Sol, os três vértices do triângulo de posição
(Polo elevado, Zênite e Astro) encontram-se sobre o meridiano do
observador, o que equivale a dizer que:
A) o circulo horário do astro, o vertical do astro e o meridiano do
observador encontram-se superpostos.
B) a longitude é igual ao Ângulo Horário Local.
C) o vertical do astro encontra-se num plano paralelo ao Equador.
D) o círculo horário do astro é máximo.
E) o Zênite e o astro encontram-se superpostos e o Polo elevado
defasado 90° em relação ao horizonte.
Uma questão quase idêntica a esta foi respondida anteriormente. Veja a
questão da prova CPA REFENO/2014 algumas páginas atrás. A alternativa
correta é a A.
Vamos comentar as alternativas D e E, que são diferentes da questão da
prova CPA REFENO/2014.
“D) o círculo horário do astro é máximo.”. A afirmativa não tem sentido. O
círculo horário é o círculo que passa pelos polos e contém o astro.
“E) o Zênite e o astro encontram-se superpostos e o Polo elevado defasado
90° em relação ao horizonte.” O zênite e o astro estarem superpostos
equivalem a dizer que o astro está exatamente acima da cabeça do
observador. Seria um caso especialíssimo de Passagem Meridiana do Sol.
O restante da questão não faz sentido. O polo elevado tem uma posição
bem definida na esfera celeste, e ficará ao norte ou ao sul do observador,
nos azimutes zero ou 180º.
(Essencial - CPA I/2017)
Na Passagem Meridiana do Sol, podemos dizer que:
(a) por estar o Sol próximo do equinócio, a variação horária da
declinação seria máxima.
(b) o Ângulo Horário em Greenwich (AHG) do Sol seria igual a zero.
(c) a Distância Zenital do Sol seria máxima.
(d) o Ângulo Horário em Greenwich (AHG) seria igual ao Ângulo
Horário Local (AHL).
(e) o Ângulo Horário Local (AHL) do Sol seria igual a 180°.
Esta questão pode difícil se não for feita por exclusão, a não ser que se
tenha lido previamente sobre a variação da declinação do Sol ao longo do
ano.
A alternativa correta é a A.
Vamos analisar as alternativas restantes, para concluir que a A é a correta
por exclusão das demais, e depois vamos tecer alguns comentários de
forma a poder embasar a resposta.
“( b ) o Ângulo Horário em Greenwich (AHG) do Sol seria igual a zero.”
Ângulo Horário em Greenwich (AHG) do Sol, na passagem meridiana, é
igual à longitude local. Errada.
“( c ) a Distância Zenital do Sol seria máxima.” A distância zenital, ângulo
entre o zênite e o Sol, depende da posição do observador e da declinação
do Sol. Ela não caracteriza a passagem meridiana. Errada.
“( d ) o Ângulo Horário em Greenwich (AHG) seria igual ao Ângulo
Horário Local (AHL).” Na passagem meridiana, o AHG é igual a longitude
do observador e o AHL (ângulo horário a partir do observador) é zero,
pois o Sol está no mesmo meridiano que o observador. Errado.
“( e ) o Ângulo Horário Local (AHL) do Sol seria igual a 180°.” Na
passagem meridiana, o AHL é zero. Veja parágrafo anterior.
Restou a alternativa A como correta. Vamos estudá-la um pouco.
Sabemos que o eixo em torno do qual a Terra gira é inclinado em relação ao
plano onde a Terra gira em torno do Sol. É por isso que existem as estações
do ano, já que em determinados meses do ano um hemisfério recebe mais
energia solar que outros, causando dias maiores em um hemisfério e
menores em outro. Quando este ângulo propicia dias maiores que as noites
no hemisfério sul, temos o verão neste hemisfério, e inverno no hemisfério
contrário.
No dia 21 de dezembro (ponto A da figura anterior) ocorre o solstício de
inverno, que é quando os menores dias ocorrem no hemisfério norte e os
maiores dias ocorrem no hemisfério sul. O Sol atinge, nesta data, a maior
declinação possível no Sul (23° 27’ S) e, a partir daí, começa a ter
declinações menores até cruzar o equador, quando ocorre o equinócio em
alguma data em torno de 20 de março (ponto B na figura anterior).
Obviamente, ao cruzar o equador, a declinação do Sol será zero.
Depois disso, a declinação do Sol continua a aumentar em direção ao norte,
até atingir o solstício de verão, em 21 de junho (ponto C). Neste dia o
hemisfério norte tem os maiores dias do ano, e o hemisfério sul, tem as
maiores noites. A partir daí a declinação do Sol passa a diminuir,
caminhando em direção ao equador até atingir novo solstício (em torno do
dia 22 de setembro) – veja ponto D na figura – até chegar, novamente, ao
ponto de maior declinação sul, em novo solstício de inverno (ponto A).
Se plotarmos em um gráfico a declinação do Sol ao longo do ano, iniciando
no solstício de inverno, teremos algo como a figura a seguir.

Este gráfico é uma senóide.


O Sol, tendo atingido o solstício de inverno (ponto A no gráfico), começa a
“acelerar”, indo da sua máxima declinação sul em direção ao norte.
Ganha “velocidade” até passar pelo equador (ponto B) quando, então,
parece ter que ir como “desacelerando” para que possa inverter o sentido do
movimento no solstício de verão (ponto C).
Invertido o movimento, a declinação novamente começa a “acelerar” em
direção ao sul até passar o equador (ponto D), quando, novamente, terá que
novamente começar a “desacelerar” o seu movimento para inverter o
sentido e começar a ir para o norte (novo ponto A).
Olhando o gráfico, parece claro que as maiores variações de declinação
ocorrem nos equinócios (pontos B e D), e as menores variações de
declinação ocorrem nos solstícios (pontos A e C). Ressaltamos isso
mostrando dois triângulos em cinza, que mostram como a declinação varia
bastante no ponto B para um certo tempo, em oposição ao ponto C, onde
ocorre pouca variação na declinação para um certo tempo (veja a figura a
seguir).

É disto que a alternativa A fala. E é por isso que a alternativa A está correta.
A única diferença é que a alternativa fala em variação horário da
declinação, enquanto o gráfico aqui está numa escala de meses. Mas isso é
só uma questão de mudança de escala, as conclusões são as mesmas.

6.4.PROBLEMAS DA PRÁTICA
Questões de ordem prática na prova de navegação astronômico são raras,
mas podem aparecer. Estes são aqueles problemas ligados ao uso do
sextante e o modo de utilizá-lo. Vamos abordar duas questões que já caíram
em provas passadas.
(Importante - CPA I/2016)
O sextante é um instrumento de reflexão destinado à medida de
ângulos que, a bordo, é utilizado, principalmente, na Navegação
Astronômica para a determinação das alturas dos astros. Na figura
abaixo, que mostra as partes do sextante que possibilitam a leitura
dessas alturas instrumentais (ai), o valor total do ângulo medido é:
( a ) 44° 16,5’
( b ) 45° 15,0’
( c ) 46° 00,5’
( d ) 45° 16,4’
( e ) 46° 21,3’
Para os que são familiarizados com o uso de paquímetros e micrômetros,
esta questão não deverá apresentar muita dificuldade.
No arco do sextante, lê-se os graus, e no vernier, lê-se os minutos e décimos
de minutos. O vernier, o tambor do micrômetro e o arco do sextante estão
indicados na figura.

Para se ler os graus, basta olhar onde está o índice da alidade sobre o
arco. Na figura, é fácil ver que ele está logo após os 45°. O ângulo medido
será algo como 45° XX,X’. E isso já restringe a resposta correta às
alternativas B ou D.
No vernier, utilizado para medir os minutos de arco, devemos ver onde o
“0” do vernier está apontando no tambor do micrômetro. E vemos que o
“0” está logo após os 16’. Assim, já sabemos que o ângulo medido será
algo como 45° 16,X’. A partir daqui, já podemos dizer que a alternativa
correta é a D.
De qualquer forma, para se ler o décimo de minuto, deve-se procurar qual
risco da escala do vernier está mais alinhado com um dos riscos da escala
do tambor do micrômetro, e ler na escala do vernier.

Lendo no venier, no lado direito, podemos ver que é o segundo risco é o


mais alinhado. A escala do vernier é de 0,2’ em 0,2’ (5 riscos dão 1,00’) e,
portanto, o valor é de 0,4’.
Assim, o ângulo medido é 45° 16,4’, confirmando a alternativa D como
sendo a correta
(Importante - CPA I/2017)
Ao observar o Sol na Passagem Meridiana, o Capitão teve o cuidado de
balançar o sextante, girando-o em torno de seu eixo ótico. Esse
procedimento tem por finalidade:
(a) compensar o erro instrumental (ei) do sextante.
(b) reduzir a influência de uma leitura errada do “Vernier” do
micrômetro.
(c) compensar o erro proveniente da flexão do arco do sextante.
(d) minimizar os erros provenientes do prismatismo dos espelhos.
(e) determinar a altura instrumental (ai) exatamente no plano vertical
do astro.
Este procedimento tem por finalidade certificar o observador de que a
altura que está sendo lida é exatamente a altura vertical. Se o sextante
estiver um pouco inclinado, será feita uma leitura errada, maior que a real.
Quando se balança o sextante, girando-o um pouco para cada lado, o
observador tem a oportunidade de ver como o astro se movimenta no
sistema de espelhos e, visualmente, julgar se o astro está sendo medido
perfeitamente na vertical.
Resposta: alternativa E.
Vale a pena aproveitar e falar sobre como é medido o erro instrumental.
Este procedimento deve ser feito periodicamente, pois o erro instrumental
pode mudar de tempos em tempos. Para se determinar o erro instrumental,
deve-se colocar o sextante para medir o ângulo de 0° 00,0’ (o índice da
alidade sobre o arco e o tambor do micrômetro devem indicar zero – veja as
figuras da questão anterior) e visar o horizonte. Se o horizonte estiver
alinhado, não há erro instrumental. Se ele estiver desalinhado, deve-se girar
o tambor do micrômetro até que o horizonte se alinhe.

O erro instrumental poderá agora ser lido nas escalas do vernier e do tambor
do micrômetro. Para se saber se o valor é positivo ou negativo, deve-se
olhar no índice da alidade sobre o arco (veja figura na questão anterior). Se
a alidade estiver à esquerda do zero, o valor do erro é negativo. Se estiver à
direita, o erro é positivo.

6.5.TÁBUA DE PONTOS
Algumas provas tem cobrado a Tábua de Pontos. É um método simples de
se estimar uma posição, desde que se tenha um ponto inicial, e se saiba o
rumo e a distância navegada.
Apesar de não ter relação direta com a navegação astronômica, alguns
exames cobram a Tábua para que se estime a posição inicial da embarcação
para, daí então, fazer as perguntas clássicas de navegação astronômica. Se o
candidato não souber utilizar a Tábua de Pontos, pode comprometer toda as
demais questões de navegação astronômica. Além disso, a Tábua de Pontos
pode aparecer na parte da prova de sobrevivência no mar, pois é
considerado um método rápido de se estimar, por exemplo, a posição de
uma balsa salva-vidas.
A Tábua de Pontos constitui-se de duas tabelas. A primeira tabela está
mostrada a seguir.
Esta primeira tabela decompõe o rumo em uma variação de latitude ( ) e
uma variação de longitude, que na tabela é chamada de “apartamento”,
abreviado "ap".
A segunda tabela é utilizada para correção da longitude porque, em altas
latitudes, ocorrem distorções. Por exemplo, uma distância de 60 milhas
náuticas (111,12 km) no sentido leste-oeste no equador equivale a um grau
de longitude mas essa mesma distância na latitude de 70°, mais próximo aos
polos, equivalerá a 2,92° de longitude.

Usaremos uma questão de prova para vermos como utilizar estas tabelas.
(Essencial - CPA II/2016)
Um Capitão Amador comandando seu veleiro de 65 pés realizava uma
travessia oceânica entre Las Palmas no arquipélago das Canárias e
Fernando de Noronha, quando às 7 horas da manhã (hora do fuso) do
dia 30 de setembro de 2016, estando no rumo 240° velocidade 8 nós,
verificou por comparação com a estimada (latitude = 05° 10’N e
longitude = 033° 35,2’W) para aquele horário (7 horas), que a posição
fornecida pelo receptor GPS não inspirava confiança. Resolveu então o
Capitão preparar a observação da passagem meridiana do Sol naquele
dia, estimando a posição que o iate estaria às 12 horas (hora do fuso)
mantendo o rumo e a velocidade e utilizando para o cálculo da
estimada a “Tábua do Ponto”.
Qual a posição estimada para as 12 horas calculada pelo Capitão
utilizando a “Tábua do Ponto”?
(a) Lat = 02° 05,0’N / Long = 033° 50,0’W
(b) Lat = 05° 10,0’N / Long = 034° 02,0’W
(c) Lat = 04° 45,0’N / Long = 034° 04,0’W
(d) Lat = 03° 16,5’N / Long = 033° 30,0’W
(e) Lat = 04° 50,0’N / Long = 034° 10,0’W
O enunciado nos dá a posição inicial (latitude = 05° 10’N e longitude =
033° 35,2’W) e sabemos que o veleiro navegou das 7 horas até as 12 horas
numa velocidade de 8 nós (ou seja, navegou por 5 horas). É fácil
determinar a distância navegada:
Distância navegada = 5h x 8 nós = 40 milhas náuticas.
A partir da posição inicial, temos que aplicar a variação de latitude e a
variação de longitude, que são calculadas a partir da tabela de pontos.
Primeiro, avalia-se a variação de latitude.
O primeiro passo é na primeira tabela, onde procuramos, entre as 4
primeiras colunas, o rumo navegado (ou o valor mais próximo do rumo
navegado). O rumo foi 240° e, para este valor, achamos os valores dos
fatores Delta-phi ( ) e ap.

No caso, Delta-phi = 0,5 e ap = 0,87. Estes são os fatores que temos que
multiplicar pela distância navegada para achar a variação em latitude e
longitude em minutos, respectivamente (por apartamento, pode-se entender
como o fator para a “variação de longitude, ainda não corrigida para
efeitos de deformação em altas latitudes”). Assim:

A latitude final é calculada diretamente, somando ou subtraindo a variação


de latitude, Delta-phi(total), ao valor da latitude inicial, phi(inicial):
O sinal será positivo ou negativo dependendo do rumo. Como o rumo é
240°, e se está no hemisfério norte, o veleiro está rumando em direção ao
equador e, portanto, a latitude está diminuindo. Veja a figura:
Assim:

(e, daqui, já vemos que a alternativa correta da questão é a E).


Agora falta calcular a longitude final, (chamaremos essa letra
grega de lambda – o kindle não lida bem com letras gregas).
Para isso, ao ap(total) calculado, precisamos corrigir os efeitos de
distorção na longitude, o que ocorre quando se está em altas latitudes. Um
grau de longitude mede 111,12 km no equador, mas no polo, esse valor é
zero. Para levar em conta esse fato, usamos a segunda tabela, onde
devemos nos valer da latitude média onde está o barco. Então, antes da
tabela, vejamos qual a latitude inicial e final.
A latitude inicial já temos, e foi dada no enunciado: latitude = 05° 10’N. A
latitude final foi calculado e encontramos 04° 50’ N.
Precisamos encontrar o m, que é a latitude médio do trajeto. Basta fazer
a média entre a latitude inicial é a final:

Procuremos o fator de correção na segunda tabela da tábua de pontos,


usando a latitude média phi-m.

O fator é 1,00.
Agora, é só multiplicar o apartamento pelo fator para achar a variação de
longitude.

A longitude final é:

Na fórmula acima, se usará o sinal positivo ou negativo dependendo do


rumo. Sempre faça o diagrama para saber se você deve somar ou subtrair.
No nosso caso – conforme figura anterior – deve-se somar:
Assim, a posição estimada às 12h será lat = 04° 50’ N e long = 034° 10’ W.
Resposta: E.
(Essencial - CPA II/2017)
Tendo obtido a posição observada do veleiro na culminação do Sol
desse dia 15 de setembro (lat = 07° 21,3’ N, long = 022° 16,8’ W), o
capitão novamente teve de estimar a posição de seu barco nos dias
seguintes, pois o céu voltou a ficar com nuvens bastante carregadas.
Após navegar por 46 horas a 6 nós, no rumo 210°, a partir da posição
do veleiro na culminação do Sol do dia 15, o capitão estimou as novas
coordenadas geográficas da posição do barco, utilizando para o cálculo
a “Tábua do Ponto”, apresentada abaixo. As coordenadas obtidas pelo
capitão foram:
( a ) Lat = 02° 56,0’N / Long = 025° 06,0’W.
( b ) Lat = 05° 11,0’N / Long = 024° 02,3’W.
( c ) Lat = 03° 47,2’N / Long = 022° 58,9’W.
( d ) Lat = 04° 10,5’N / Long = 023° 45,0’W.
( e ) Lat = 03° 21,2’N / Long = 024° 34,8’W.
Comecemos pela distância navegada.
Distância navegada = 46 x 6 = 276 milhas náuticas.
Para nos situarmos, é importante fazer a figura a seguir.

Da primeira tabela da tábua de pontos, vemos que Delta-phi = 0,87 e ap =


0,5.
Assim,

A latitude final será:

Da figura, a latitude final é menor que a inicial. Logo, deve-se subtrair


Delta-phi.
A latitude média entre phi(final) e phi(inicial) é aproximadamente 5°.
Calculemos então, a longitude.
Da segunda tábua de pontos, para a latitude média de 5 graus, vê-se que
FATOR = 1,00.
E:
Pela figura que montamos, vê-se que a longitude final é maior que a inicial,
logo, deve-se somar Delta-lambda.
Resposta: E.

6.6.DETERMINAÇÃO DO HORÁRIO DA
PREAMAR
Estamos colocando este capítulo aqui porque uma questão como essa caiu
uma vez. Trata-se de se determinar o horário da preamar, utilizando dados
da maré do porto e a passagem meridiana da lua.
Este é o tipo de questão que pode surpreender o candidato, por ser
inesperada. Não é um assunto pedido frequentemente e é bem possível que
o candidato à Capitão nunca tenha estudado o assunto, apesar de estar
coberto pela literatura recomendada pela Marinha. O que fazer neste caso,
supondo que o candidato não tenha estudado este tipo de questão? Minha
sugestão é deixar este tipo de questão como última a ser respondida e, se
houver tempo, tentar decifrá-la, usando os conhecimentos adquiridos ao
longo dos estudos. À medida que formos decifrando a questão,
eventualmente algumas das alternativas apresentadas na prova podem
começar a fazer sentido e outras, poderão ser descartadas. Assim, aumenta-
se a chance de um acerto e de se ganhar mais alguns pontos que podem
assegurar a carteira de Capitão Amador.
(Essencial - CPA II/2015)
Já aterrando no Atol das Rocas, o Capitão verificou que as
profundidades fornecidas pelo ecobatímetro nas proximidades do atol
estavam bastante baixas para o calado do iate, pois era baixa-mar em
dia de sizígia (lua cheia). Verificou também que a publicação “Tábua
das Marés” não contempla o Atol, razão pela qual, para determinar o
melhor horário de demanda para o fundeio (preamar), seria necessário
consultar o Almanaque Náutico e o quadro “Informações sobre a
Maré” constante da carta de maior escala da região.
Considerando o quadro abaixo e os dados do Almanaque Náutico
constantes dos anexos, determine a Hora legal (Hleg) da preamar
diurna na região no dia 22/10/2015.

( a ) 11h 45m
( b ) 12h 14m
( c ) 07h 40m
( d ) 15h 11m
( e ) 09h 02m
Um dado que chama a atenção é o HWF&C, que é dado em horas. Isto é o
“estabelecimento do porto”. É o tempo que leva entre a passagem
meridiana da lua e o estabelecimento da maré alta na localização em
questão. Como você deve saber, existe um atraso entre esses eventos. Se
você já estudou sobre as marés, deve se lembrar que não é no momento que
a lua passa por cima que a maré alta se estabelece no porto. Este atraso,
para o caso de Atol das Rocas, é de 7h 40m.
Se você já estudou meteorologia para o exame de Capitão, é provável que
se lembre que a maré alta se estabelece tanto em função da passagem
meridiana da Lua sobre o meridiano superior, ou seja, a lua passando por
cima do porto, ou pela passagem no meridiano inferior, ou seja, pelo
meridiano oposto, quando a lua passa exatamente do outro lado do mundo.
Os outros dados da tabela (MHWS, MHWN, MLWN, MLWS e MSL) são
dados de altura de maré de sizígia e de quadratura, e nível médio do mar.
Como aqui se trata de uma questão para se determinar o momento da
preamar, e não sua altura, esses dados não são necessários.
Parece que já sabemos o que fazer, não? Precisamos:
1. encontrar o horário da passagem meridiana da lua sobre o Atol das
Rocas, e
2. somar com o estabelecimento do porto para, assim, descobrir o horário
da preamar e, por fim,
3. converter esse horário em Hleg, pois foi o que pediu a questão.
Temos que analisar tanto a passagem meridiana da Lua pelo meridiano
superior quanto pelo inferior, pois ambos causam maré alta.
A prova nos deu duas páginas do Almanaque Náutico que são relevantes. A
primeira é a Página Diária de 22 de outubro, e a outra página contém duas
tabelas chamadas Tábuas para Interpolação das Horas do Nascer do Sol,
do Nascer da Lua, etc. Estas páginas estão reproduzidas a seguir. Se a
resolução das páginas estiver ruim, você pode baixar o material de apoio
através de um link informado na página do facebook deste livro, que
contém estas páginas. Vamos analisá-las.
Vamos nos concentrar primeiro na Página Diária, e ver o que podemos
obter. Olhando no canto inferior direito da Página Diária temos o horário
das Passagem Meridiana da Lua que, por analogia com o mesmo dado
dessa tabela para o Sol, é a Passagem Meridiana da Lua sobre o meridiano
de Greenwich.

Veja que no dia 22 de outubro, ocorre a passagem meridiana em Greenwich


às 19h 38m (no meridiano superior) e 07h 12m (no meridiano inferior).
Agora, seguindo o que normalmente faríamos para o Sol, vamos encontrar
qual seria o horário da passagem meridiana da Lua no Atol das Rocas.
Para isso, temos que fazer a conversão de arco em tempo, como
normalmente faríamos para achar o horário da passagem meridiana do
Sol.
A longitude de Atol das Rocas é 033° 49’W o que, convertido em tempo, dá
2h 12m + 3m 16s = 2h 15m (veja a página de conversão de arco em tempo
a seguir). Desse dado já sabemos também que Atol das Rocas está no fuso
GMT – 2h, o que vai nos ajudar a encontrar a hora legal da preamar,
conforme pede a questão.

Somando o horário da passagem meridiana da Lua sobre Greenwich com a


conversão de arco em tempo da longitude do Atol, temos:
Passagem Meridiana Superior em Atol = Passagem Meridiana Superior em
Greenwich + Longitude do Atol em tempo
= 19h 38m + 2h 15m =
= 21h 53m (HMG)
Passagem Meridiana Inferior em Atol = Passagem Meridiana Inferior em
Greenwich + Longitude do Atol em tempo
= 7h 12m + 2h 15m =
= 9h 27m (HMG)
Entretanto, a página de conversão de arco em tempo pressupõe um astro
que dá a volta na Terra no tempo de cerca de 24 horas. Não é o caso da
Lua.
É aqui que entra a outra página do Almanaque Náutico. Há duas tabelas
nela. Lemos, logo abaixo da primeira tabela que ela “serve para fazer a
interpolação em latitude da HML do nascer do Sol e da Lua, do crepúsculo,
etc.”. Estamos procurando a horário da passagem meridiana da Lua. Esta
tabela parece não nos interessar.
Abaixo da segunda tabela, lemos que esta “serve para fazer interpolação
em longitude da HML do nascer e do pôr da Lua e da HML da passagem
meridiana da Lua.”. É exatamente o que procuramos!
Lendo as instruções que se seguem abaixo da tabela que foi fornecida na
prova, está escrito que "Entra-se na tábua com a longitude e com a
diferença entre o instante correspondente ao dia dado e o correspondente
ao dia anterior ou ao dia seguinte, conforme a longitude seja E ou W."
Temos a longitude do Atol e podemos obter a diferença entre o momento da
passagem meridiana de um dia para o outro consultando a Página Diária
do Almanaque Náutico. Perfeito. Podemos obter os dados para uso dessa
tabela.
Olhando a página Diária de 22 de outubro, conseguimos encontrar o
horário da passagem meridiana também no dia 23. Precisamos calcular a
diferença de horário entre um dia e outro para utilizar esta tabela.

Considerando a passagem meridiana superior:


Diferença_sup = 20h 32m – 19h 38m = 0h 54m
E a passagem meridiana inferior:
Diferença_inf = 08h 05m – 07h 12m = 0h 53m
Estamos calculando tanto para a passagem inferior quanto a superior
porque não sabemos, à priori, qual delas causará a preamar esperada pelo
Capitão do barco da questão.
Agora podemos entrar com estes dados na tabela dada na prova.

Não encontramos, na tabela, exatamente o valor de 53 ou 54 minutos, e


também não encontramos exatamente o valor da longitude do Atol (033°
49’ W), mas por aproximação, podemos usar 50 min e 30 graus. É uma
aproximação satisfatória.
As explicações adicionais existentes abaixo da tabela na página do
Almanaque Náutico nos indicam que devemos somar o valor encontrado (4
minutos) ao valor do evento que, no caso, é a Passagem Meridiana da Lua
(na tabela está escrito que a "... correção assim obtida [utilizando a tábua]
é, em geral, aditiva para longitudes W e subtrativa para longitudes E,
exceto se, como às vezes acontece, no dia seguinte ao dia dado o fenômeno
ocorre mais cedo e não mais tarde").
Assim, teremos que:
Passagem Meridiana Superior em Atol corrigida =
= Passagem Meridiana Superior em Atol + 4 minutos =
= 21h 53m + 4m =
= 21h 57m.
Passagem Meridiana Inferior em Atol corrigida =
= Passagem Meridiana Inferior em Atol + 4 minutos =
= 9h 27m + 4m =
= 9h 31m
Pronto! Temos o horário das passagens da lua pelo Atol.
Agora só falta corrigir pelo estabelecimento do porto (HWF&C = 7h 40m)
para obter o horário da preamar e para a hora legal (Atol está em GMT –
2h).
Vamos calcular o horário da preamar para as passagens da lua pelo
meridiano inferior e superior.
Horário da preamar devido passagem meridiana superior =
= Passagem Meridiana Superior em Atol corrigida + HWF&C =
= 21h 57m + 7h 40m =
= 29h 37m =
= 1dia 5h 37m.
Horário da preamar devido passagem meridiana inferior =
= Passagem Meridiana Inferior em Atol corrigida + HWF&C =
=9h 31m + 7h 40m =
= 17h 11m.
Como vemos, a passagem meridiana superior causa uma preamar no dia
seguinte ao dia 22, e como estamos querendo a preamar no dia 22, esta
preamar não nos interessa.
Então tomando a preamar que ocorre as HMG = 17h 11m (e aqui, até
agora, só tratamos de horário médio de Greenwich, HMG), basta agora
transformar em hora legal.
Como já descobrimos que o Atol está no fuso GMT -2, então:
Hleg(Atol) = GMT – 2h =
= 17h 11m – 2h =
= 15h 11m.
Resposta: Alternativa D.
Recapitulando: os passos para resolver esta questão foram
1. encontrar o horário da passagem meridiana da lua,
2. fazer a correção para a longitude do local,
3. fazer a correção pela tábua II fornecida (usando longitude e diferença
de tempo do evento de duas datas subsequentes),
4. somar o estabelecimento do porto e
5. transformar em hora legal.
A correção adicional que fizemos é devido ao que se chama "atraso diário"
da passagem meridiana da lua. Sem entrar em muitos detalhes, podemos
dizer que este atraso se deve aos movimentos relativos e aparentes entre a
Terra e a Lua, de forma que, a cada dia, a Lua tem sua passagem meridiana
atrasada em cerca de 50 minutos em relação ao dia anterior. Veja a página
diária que utilizamos no exercício, copiada a seguir.

Note que nos dias 22, 23 e 24 de outubro, a passagem meridiana do Sol


ocorreu às 11h 45m, 11h 44m e novamente 11h 44m (resultado bastante
regular), enquanto a Lua tinha passagens meridianas superiores ocorrendo
às 19h 38m, depois 20h 32m e finalmente 21h 27m. Foi devido a esta
irregularidade que a correção adicional foi necessária.

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