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Cânone do Amor Romântico

Uma análise sobre o poder influenciador do cânone,


a partir do comentário crítico de "Cânone 4", por Miguel Tamen

Discente: Lorena Testa Anderáos

Mestrado em Sociologia | Teorias da Cultura


Docente: Prof. Cecília Vaz | Lisboa, Portugal. Junho de 2022
Abstrato:
Com o objetivo de explorar as possibilidades influenciadoras do Cânone, este ensaio se direciona para
a teoria de que a expressão artística romântica - desde a literatura até a música, o cinema e a pintura -
pode ter contribuído para a construção social moderna do relacionamento amoroso, providenciando
referências normativas e influência cultural acerca do que é o Amor por meio da formação canônica.
Será realizado, em um primeiro momento, um mergulho do texto "Cânone 4", por Miguel Tamen, a
fim de compreender e debater a perspectiva do autor, posicionando-a em relação a de Griselda Pollock
em seu capítulo “Firing the Canon”. Em seguida será explorada a possibilidade de colocação do
cânone como uma importante ferramenta influenciadora da sociedade, assim como a exemplificação
de tal teoria por meio da busca por um Cânone do Amor Romântico e suas possíveis repercussões na
modernidade.

Palavras-Chave:
Cânone, Cultura, Arte, Amor, Romantismo

Índice:
Introdução…………………………..…………………………………………..…………..…………..2
O Cânone em Tamen……………………..………………………………………….………………….2
O Cânone em Pollock………………….…………………..………………………………….………..3
O Poder Influenciador do Cânone………..………………..…………………………..………………..4
Conclusão: Em busca do Cânone do Amor Romântico.……..…………………………….………...…5
Bibliografia………………………………………………………………………………………….….7

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Cânone do Amor Romântico
Uma análise sobre o poder influenciador do cânone,
a partir do comentário crítico de "Cânone 4", por Miguel Tamen

Introdução
Peço ao leitor que reflita, por um minuto, sobre o conceito de "Amor". Caso fosse solicitado que
fizesse uma lista das maiores histórias de amor de todos os tempos, agora, somente de memória, quais
seriam as primeiras que surgiriam em sua mente?

A grande história de amor que provavelmente surgiria inicialmente para a maioria da população
ocidental a partir de tal reflexão seria "Romeu e Julieta" de William Shakespeare. Algumas outras
histórias de amor possíveis poderiam estar dentro do território dos contos de fada, como Cinderela e
Branca de Neve, de filmes como Titanic e Uma linda mulher, ou de livros como O Morro dos ventos
Uivantes, de Emily Bronte, ou O sofrimento do Jovem Werther, de Goethe. As grandes questões que
este comentário busca levantar é a seguinte: até que ponto estas referências são individualmente
construídas? E o quanto podem estas inúmeras histórias de amor, em suas repetições estruturais no
que diz respeito a heteronormatividade, relações interraciais, padrões de beleza, performances de
gênero e de sexualidade, terem um efeito direto nas escolhas relacionais que indivíduos reais tomam
ou deixam de tomar em suas vidas? Neste ensaio, portanto, será operacionalizado a teoria do cânone
como um potente influenciador social normativo, por meio da perspectiva romântica, de maneira a
compreender o cânone como apontado pelos autores Tamem e Pollock de maneira não somente
teórica, mas também prática.

O Cânone em Tamen
A definição de Tamen é, sem dúvida, de fácil compreensão. Desde o primeiro parágrafo de seu texto
torna-se evidente que seu objetivo aqui não está vinculado a alguma crítica aprofundada sobre os
efeitos ou processos de formação do cânone, focando-se, portanto, muito mais na descrição do
conceito. O autor inicia com a simples frase: “um cânone é uma lista” (Tamen, 2020, p.523). Não se
pode dizer que esta frase está errada em seu apontamento, porém, ao meu ver, ela acaba por ser
demasiado simplória para descrever algo tão socialmente profundo quanto o cânone. Ao afirmar que o
cânone é uma lista, e mais, compará-lo a uma lista de compras ou um catálogo de biblioteca, passa-se
a ideia de que o cânone é algo simples, direto e individualmente construído.

Em um segundo momento, o autor vincula o canone com o conceito de “importancia”, ao afirmar que
o cânone literário direciona-se ao apontamento de livros identificados como importantes. Todavia,

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novamente Tamen não se esforça em mergulhar mais profundamente nas possíveis definições dessa
suposta importância, especialmente por conta do anonimato dos autores do cânone descrito. Todo
cânone, mesmo ao sugerir um consenso generalizado sobre seus componentes, sempre surge a partir
de opiniões de indivíduos humanos, “Todas as opiniões sempre são de alguém” (Tamen, 2020, p.525),
porém, todos os indivíduos vivem em sociedades que compartilham determinadas normas e
consequentemente acabam por compartilhar preferências, perspectivas e opiniões, portanto acaba por
ser perigoso enfatizar algum tipo de poder individual dentro da construção canônica, especialmente
por conta da perpetuação histórica e cultural que costuma envolver os cânones que sobrevivem até a
atualidade. Outro momento em que o autor me parece por demasiado mergulhado em perspectivas
individualizadas é em sua afirmação de que “O critério de todos os cânones é a memória.” (Tamen,
2020, p.526). Novamente, me parece que tal afirmação está correta, embora acabe por simplificar algo
muito mais estruturalmente complexo do que foi apontado no texto. O motivo pelo qual a associação
de Romeu e Julieta de Shakespeare como sendo a maior história de amor de todos os tempos ocorre de
maneira quase imediata para a maior parte da população ocidental tem muito mais a ver com a
repetição constante desta afirmação, a ênfase nesta história sobre outras e a consolidação de uma
norma romântica essencialista. A memória individual é pouco relevante em um contexto socialmente
construído e culturalmente reafirmado. Não associar Romeu e Julieta a ideia de uma grande história
de amor acaba por ser um componente de exclusão, no qual o indivíduo que não compartilhe dessa
associação possa ser deixado de fora de determinadas conversas por não partilhar de tal referência
cultural. Por fim, em seu parágrafo final, Tamen inicia uma ampliação positiva do conceito de cânone,
por reconhecer a necessidade de uma coletividade para que um cânone seja formado. Uma lista feita
por somente um indivíduo, a partir de suas próprias opiniões e memória, só se torna um cânone se for
comum a muitos outros indivíduos, e por vivermos em uma sociedade interconectada, muitas vezes as
listas aparentemente individuais acabam por ser muito mais coletivas do que imaginamos, tanto no
que diz respeito à "importância" quanto em alguma determinação de gosto pessoal.

Ao apontar um conceito, naturalmente fazemos associações imediatas, e por conta de uma construção
cultural conectada, muitas de nossas referências serão as mesmas. Mas qual é o verdadeiro poder que
tais referências podem ter na sociedade? Ao meu ver, torna-se necessário a compreensão do Cânone
não somente a partir de uma suposta qualidade ou importância das obras que o compõem, mas
também - e talvez principalmente - a partir de seu poder de influência. Acredito que a próxima autora
aqui analisada acaba por mergulhar de maneira mais aprofundada nessa perspectiva normativa social
que envolve a construção canônica.

O Cânone em Pollock
Embora a perspectiva de Tamen seja extremamente importante como o primeiro passo em busca da
compreensão sobre o Cânone, foi com o capítulo “Firing the Caron”, de Griselda Pollock, que pude

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mergulhar mais profundamente no enorme poder influenciador que a construção canônica tem na
sociedade moderna. A autora inicia seu argumento correlacionando o termo Cânone com sua
terminologia original, que remete a ideia de “regra” ou “padrão”, direcionando a compreensão do
cânone como“uma legitimação retrospectiva da identidade cultural e política de determinada
sociedade, carregando sua narrativa originária, organização moral e estrutura normativa. “Canonicity
refers to both the assumed quality of an included text and to the status a text acquires because it
belongs within an authoritative collection.” (Pollock, 1999, p.3). Desta maneira, explicita-se a
binariedade com que se pode analisar o Cânone, tanto a partir de uma suposta qualidade artística
quanto em sua predominância influenciadora social,

Pollock questiona as motivações por trás do Cânone, afirmando que o desenvolvimento de tais listas,
apesar de se apresentarem como vinculadas a qualidade das obras, acabam por funcionarem muito
mais como focos referenciais, por meio do que foi descrito como “a ansiedade da influência" (Bloom,
1994). O problema surge, porém, por conta da inevitável exclusão de obras e artistas, e por conta da
maneira com que tal exclusão parece ocorrer, especialmente no que diz respeito ao gênero, raça,
nacionalidade e classe social. A autora direciona sua linha de pensamento para a percepção de que o
Cânone acaba por ser uma ferramenta privilegiadora, perpetuando assim as mesmas dinâmicas de
opressão existentes na sociedade na qual existe, com foco principal nos estudos feministas de crítica a
linearidade patriarcal que parece sempre envolver a construção das listas canônicas, estrategicamente
deixando de fora as autores femininas da história e marcando na mente das gerações atuais a ideia de
que a história da arte foi realizada somente por homens, sendo o ambiente artístico um do qual as
mulheres tiveram pouca ou nenhuma ocupação, algo que estudos contemporâneos já apontam não ser
realidade. Se os livros de história da arte tem poucas mulheres, isso não reflete uma ausência de
mulheres artistas, mas sim uma desconsideração da realização artística feminina, assim como uma
constantemente perpetuada ênfase na arte masculina, tanto em sua época de criação quanto nas
gerações seguintes. A modernidade, portanto, ao tomar consciência sobre tais processos excludatórios,
tem se esforçado para revisitar contextos históricos em busca de perspectivas que não se encaixam em
tal norma padrão, e descoberto assim inúmeras artistas - assim como indivíduos de outros grupos
oprimidos, como no que diz respeito a raça e nacionalidade - que foram relevantes tanto na qualidade
de suas obras tanto na influência em seus tempos, provando assim que o cânone pode sim ser usado
como ferramenta de perpetuação normativa, assim como pode sempre ser revisitado, reconstruído e
questionado.

Entre as inúmeras reflexões geradas a partir da escrita de Pollock, a que continua a reverberar para
mim é a ideia de que expressão artística reflete, inevitavelmente, a sociabilização, formação
ideológica, sensibilidade e perspectiva histórica específica do indivíduo que a cria, mesmo que em
grande parte acaba por refletir também a sociedade na qual tal indivíduo estava inserido, não pode ser

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negada a imposição individual de uma criação artística. Porém, a exaltação de tal obra, ao ponto de
tornar-se parte recorrente em não apenas um, mas inúmeros cânones (como é o caso da obra de
Shakespeare) demonstra uma explicitação das inclinações sócio-culturais de determinada sociedade. E
a perpetuação geracional de uma obra, demonstra também uma consequente perpetuação na
valorização de tal obra como uma que deve ser conservada, estudada, revisitada e celebrada. O
Cânone, por precisar necessariamente incluir e excluir obras selecionadas, acaba por funcionar como
uma poderosa ferramenta influenciadora, ao determinar aquilo que merece atenção e que pode,
possivelmente, servir de referência tanto para futuros artistas quanto para qualquer indivíduo do
público geral que o consuma.

O Poder Influenciador do Cânone


Ao discutir influências socializadoras, é necessário compreender o conceito de Normatividade.
Definir "Normatividade" é uma tarefa árdua, por conta de suas concepções ambíguas,
multidisciplinares e, por vezes, contraditórias. De acordo com a categorização realizada por Finlay
(2019), é necessário desmembrar o conceito de Normatividade para compreendê-lo profundamente,
dividindo-o em: (1) Normatividade Conceitual, vinculada a linguagem e as entidades mentais, como
palavras, conceitos, crenças, afirmações e julgamentos, e (2) Normatividade Factual, controle sobre os
fatos, propriedades, características e relações, vinculada a manutenção de um "status quo", as
definições sobre o que é "certo" ou "bom" e a validação de motivações. O ponto de encontro entre
ambos os tipos de normatividade citadas acima é o vínculo com algum tipo de "Norma" que faz com
que se definam certos indivíduos, obras, grupos, ações, pensamentos, comportamentos e crenças como
estando "dentro" de uma norma social ou "fora" desta, caracterizando-os de maneira binária entre
"bons" ou "ruins", "certos" ou "errados", "normais" ou "anormais". Tais normas sociais tendem a
funcionar de maneira implícita, onde as percepções dos comportamentos normativos dos indivíduos
são usadas para orientar padrões e intenções comportamentais.

O conceito de normatividade pode ser conectado com facilidade ao processo de formação do cânone.
Ambos dividem o mundo entre aquilo que está “dentro” (da norma, ou da lista canônica) e aquilo que
está ”fora”. Ambos são formados de maneira estrutural, por meio de uma perpetuação sistêmica,
passada de geração em geração, reinforçada de maneira institucional ao ponto de adentrar até mesmo
o universo interior dos indivíduos, tornando-se algo que não é somente seguido, mas também se
transforma em uma crença consolidada. Da mesma maneira que o estabelecimento de uma
Normatividade implica a exclusão daquilo que está fora da norma, o estabelecimento de um cânone
acaba por, inevitavelmente, selecionar as obras que serão incluídas e aquelas que não serão. E ao
transpassar esta afirmação com o fato de que o cânone tem historicamente se apresentado como um
território masculino, branco, eurocêntrico e heterosexual, chega-se à realização de que qualquer
cânone será afetado pelas estruturas sociais normativas da sociedade na qual existe. Muitos autores já

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chegaram a esta mesma conclusão, e a utilizaram para debater questões como gênero, como faz
Pollock em seu capítulo. Ao que diz respeito a este comentário crítico, me interessa explorar de que
maneira a formação canônica pode ter influenciado a construção social do conceito de “Amor
Romântico” e como esta pode também, de alguma maneira, ser reconstruída na modernidade.

Conclusão: Em busca do Cânone do Amor Romântico


Pode parecer estranho pensar no conceito de Amor como algo socialmente construído, por tratar-se de
um sentimento humano. A discussão não deve ser sobre se o Amor é sentimento ou construção, mas
sim sobre quais as construções realizadas sobre tal sentimento, por exemplo no que se estuda acerca
do Amor Romântico e das normas que giram em torno da formação amorosa. Algumas das normas
sociais desenvolvidas acerca dos relacionamentos afetivos são, por exemplo, a ênfase nas relações
heterossexuais monogâmicas, assim como a ênfase em determinados padrões de beleza que ditam por
quem um indivíduo deve sentir atração sexual e desenvolver sentimentos amorosos. Similarmente ao
que foi dito anteriormente sobre o cânone, a ideia de um suposto “gosto pessoal” em relação a
determinada obra ou determinado indivíduo deve ser considerado como algo muito mais amplo do que
na esfera individualista. Somos ensinados a gostar, assim como somos ensinados amar, a quem amar e
como demonstrar este amor.

Seguindo esta linha de raciocínio, pode ser argumentado que a melhor maneira para que se ensine
alguém “como” amar é por meio de referências. A busca por um Cânone do Amor Romântico,
portanto, seria a busca pelos principais pontos referenciais que estabeleceram historicamente as
narrativas amorosas, assim como os personagens normativos presentes nelas. Para operacionalizar
esta teoria, podemos escolher algumas das grandes histórias de amor que podem ter servido como
importantes referências influenciadoras para a maneira com que amamos no mundo moderno. O
grande exemplo deste ensaio, Romeu e Julieta, é um caso especialmente interessante. Temos aqui um
casal branco, rico, europeu, heterossexual, monogamico e jovem. Seu amor é, desde o princípio, um
amor impossível, proibido, e esta proibição parece movimentar a trama de maneira a gerar um maior
interesse. O amor deste casal ocorre "à primeira vista”, eles têm pouca, senão nenhuma, interação
antes de decidirem que se amam e que querem se casar. Sua história de amor é transpassada por muito
sofrimento e acaba em uma grande tragédia, com ambos cometendo suicídio em nome de seu amor.
Qual mensagem tal narrativa pode passar para todos aqueles que escutam tal história? Especialmente
ao considerar todos os consequentes filmes, espetáculos e livros escritos a partir da obra de
Shakespeare? Além da consideração de que esta obra é caracterizada por muitos como a “Maior
história de Amor de Todos os Tempos”? Amor aqui é sentimento vinculado ao sofrer, ao impulso, à
proibição, algo que pode gerar repercussões catastróficas se colocado como referência moderna.

O poder canônico referencial aqui não diz respeito somente a identidade dos indivíduos envolvidos

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em determinada dinâmica amorosa, ele acaba por ditar também a narrativa que é seguida por eles. As
repercussões disso, portanto, são a exclusão de determinados indivíduos, por exemplo
relacionamentos não heterossexuais ou não monogâmicos sendo caracterizados como anormais e não
tendo os mesmos privilégios de relações normativas. Ou ainda a ideia de que certos comportamentos
violentos ou abusivos são algo comum dentro da esfera amorosa, afinal se amor é sofrer, se a maior
história de amor de todos os tempos acaba em suicídio, quem somos nós para buscar uma relação
amorosa baseada em serenidade e estabilidade?
As histórias românticas são constantes no mundo à nossa volta, especialmente no que diz respeito à
expressão artística. Muitos de nós crescemos assistindo as Princesas da Disney esperando por seus
príncipes encantados, escutamos músicas sobre amores sofridos, choramos com as comédias
românticas, com a grande literatura romântica, com as fotografias de beijos espetaculares, e acima de
tudo vivemos ansiando pela promessa de que ao encontrar a sua alma gêmea, encontraremos também
a felicidade eterna. O universo do Amor Romântico, assim como tudo culturalmente imposto na vida
em sociedade, segue perspectivas normativas que ditam o que é amor e o que é felicidade, assim como
a identidade, aparência e comportamento desta suposta alma gêmea. O cânone não pode, obviamente,
receber toda a responsabilidade por tais construções, porém acredito que existe sim um enorme poder
influenciador que reside na criação canônica, especialmente na modernidade, que deveria ser levado
em consideração por todos os artistas, assim como por todo o público consumidor.

Bibliografia:
Bloom, H. (1996). The western canon : the books and school of the ages. Papermac.
‌Brontë E., & Octavio Mendes Cajado. (1958). O morro dos ventos uivantes. Saraiva.
Finlay, S. (2019) Defining normativity. Em Plunkett, D., Shapiro, S., & Toh, K. Dimensions of
normativity: new essays on metaethics and jurisprudence. Oxford University Press.
Grimm, J., & Grimm, W. (1996). Cinderela e outros contos de Grimm. Editora Lé.
Griselda Pollock (1999). «Firing the canon» in: Differencing the Canon: Feminist Desire and the
Writing of Art's Histories. Londres: Routledge, pp. 1-38:
Goethe, W. (2001). Os Sofrimentos do Jovem Werther. L&Pm Editores.
Shakespeare, W., José Francisco Botelho, & Poole, A. (2016). Romeu e Julieta. A Companhia Das
Letras In Association With Penguin Group (Usa) Inc.
Tamen, Miguel. (2020). Cânone 4 em O Cânone. por António M. Feijó, João R. Figueiredo e Miguel
Tamen (eds.) Lisboa: Fundação Cupertino de Miranda e Edições Tinta-da-China.

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