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volume 1
Universidade de Uberaba
Reitor
Marcelo Palmério
Editoração e Arte
Produção de Materiais Didáticos-Uniube
Projeto da capa
Agência Experimental Portfólio
Edição
Universidade de Uberaba
Av. Nenê Sabino, 1801 – Bairro Universitário
L647 A linguagem verbal e o contexto, volume 1 / Irene de Lima Freitas ... [et al.]. –
Uberaba : Universidade de Uberaba, 2018.
304 p. : il.
Programa de Educação a Distância – Universidade de Uberaba.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-7777-773-0
CDD 410
Sobre os autores
Apresentação.......................................................................................XI
Caro(a) aluno(a),
Aproveite!
Introdução
Caro(a) aluno(a),
Neste capítulo, você terá uma visão geral dos conteúdos a se-
rem aprofundados nas três unidades temáticas que compõem
este curso:
Objetivos
Esquema
• Semântica.
• Macrolinguística: Sociologia.
• Pragmática.
• Análise da conversação.
• Análise do discurso.
• Neurolinguística.
• Linguística textual.
• Estilística.
• Linguística histórica.
Caro(a) aluno(a),
Seriam esses dois conceitos distintos ou apenas variações de um mesmo?
Saiba que nesse curso é muito importante que essas definições estejam
claras para você, pois elas serão a base das concepções orientadoras da
sua prática pedagógica, ou seja, a metodologia que você usará para o
ensino da língua portuguesa, assim como o de uma língua estrangeira.
Com isso, vai‑se delineando para você a sua função como professor junto
à sociedade de que faz parte. Mas ainda há vários conceitos de que pre-
cisa inteirar‑se ao longo do curso para perceber a sua futura função.
Os ombros curvados dos pais descrevem uma dor maior que a da fome
provocada pela seca: a dor da perda da filha. O único do grupo que não
chora é a criança menor que, no entanto, traz uma tristeza infinita no
olhar seco. O rosto da filha morta é feio e deformado.
Nesse curso você verá também que, quando usamos a palavra falada
ou escrita, estamos utilizando a linguagem verbal em que o código é a
própria palavra.
Nele, você fica sabendo que está sendo convidado para o casamento dos
noivos Ângela e Cássio, suas filiações, os endereços, a data e o local da
cerimônia. Tudo isso só foi possível porque você conhece o código da
linguagem verbal que está sendo usado: a língua portuguesa.
Pense e responda:
Quais os meios que você utiliza para se comunicar no seu dia a dia?
Como você imagina que deve ser sua ação como mediador dos conhecimen-
tos a serem construídos pelos seus educandos?
Para se tornar esse mediador que você e seu curso almejam é necessário
que você adquira uma visão mais abrangente da ciência da linguagem
que já lhe foi apresentada – a Linguística.
Saiba que, de acordo com o que nos orienta Weedwood (2002), a ciên-
cia Linguística é relativamente nova. Como já dissemos, ela nasceu no
século XIX. O que se tinha antes dela, nessa área do conhecimento,
eram os estudos dos gramáticos gregos e romanos da Antiguidade clás-
sica, os estudiosos do Renascimento e bem próximos ao nascimento
da Linguística, havia os pesquisadores das gramáticas prescritivas do
século XVIII.
Faça uma reflexão com o exemplo que lhe demos e, com suas palavras,
defina a Linguística diacrônica.
saiba mais
Arcabouço
Linguística
do texto
Pragmática
Psicolinguística Fonética
Fonologia
Sintaxe
Morfologia
Sociolinguística Lexicologia
Semântica Análise da
conversação
Análise do discurso
Linguística
histórica
Neurolinguística
Figura 3: Esquema.
Fonte: Adaptado de Weedwood (2002, p. 11).
1.8.1 Microlinguística
(2006, p. 53), "a unidade básica não é o som, mas o fonema", visto como
unidade acústica que desempenha uma função na comunicação.
1.8.1.3 Lexicologia
1.8.1.4 Semântica
1.8.2 Macrolinguística
Como você pode perceber, esse ramo da Linguística irá atentar‑se para
aspectos mais amplos da linguagem (WEEDWOOD, 2002). E aqui você
vai encontrar as teorias da Sociolinguística, da Pragmática, da Psicolin-
guística, da Análise do Discurso, da Linguística Histórica, da Análise da
Conversação, da Neurolinguística, da Linguística do Texto, entre outras.
Você percebe a importância desses estudos para o exercício da sua função
de professor?
1.8.2.1 Sociolinguística
De posse dessa informação, você será levado a perceber que há uma "va-
riação entre os fenômenos linguísticos e os fenômenos sociais" (DUBOIS
et al., 1998). Isto é, ainda na visão de Dubois (1998), a Sociolinguística
lhe destacará as "condições sociais da comunicação". Veja, por exem-
plo, a fala de um médico com seu paciente, com um colega e com seus
familiares na intimidade do ambiente doméstico. Caracterizam‑se aqui
três grupos sociais e as variantes usadas pelo falante médico em cada
uma das três, cada uma com uma função social.
1.8.2.2 Pragmática
O emissor
O receptor
Diante de tanta informação e termos novos, cremos ser necessário que você
saiba um pouco mais sobre um dos objetos de estudo dessa disciplina, o qual
será tratado a seguir: o discurso.
Você também deverá fazer leitura crítica dos textos de seus alunos.
Qual a ideologia que você percebe nesses textos de crianças do En-
sino Fundamental listados pelos autores Aranha e Martins (1986,
p. 89‑90)?
Cremos que você pode estar alegando que alguns aspectos ideológicos
que os autores levantaram, já não sejam mais tão marcantes nos dias
de hoje. Isso é natural; lembra‑se do que dissemos do caráter histórico e
social do discurso? Discursos não são fixos. Eles mudam como mudam
a história, a sociedade, a política, a ideologia… E você vai precisar dos
conceitos de outras disciplinas – História, Sociologia, Psicologia, Psica-
nálise – para auxiliar seu aluno a analisar as condições de produção de
cada discurso avaliado. E então? Conseguiu perceber o quanto o ensino
da leitura, com o auxílio dessa teoria, pode ser prazeroso e rico?
1.8.2.5 Neurolinguística
Veja, nos exemplos a seguir, como será interessante essa parte de seu
estudo. Observe como os interlocutores dos textos construíram a refe-
renciação:
exemplificando!
Não há nenhuma dúvida de que estar exposto ao cigarro alheio mata. O debate
sobre isso, do ponto de vista científico, acabou. Não existe mais.
UNIUBE 31
exemplificando!
Considere as várias inferências que o leitor da frase a seguir deve fazer para
que ela tenha sentido: "Meu filho, a tia Sofia virá para o Natal". Uma delas é
que tia Sofia deve residir em outro local que não o dos interlocutores desse
enunciado. Outra inferência possível é que a data natalina esteja próxima.
exemplificando!
Há, ainda, um último processo que você deve estar familiarizado e levar
ao conhecimento do seu aluno para fazer parte de seu repertório ne-
cessário à interpretação e compreensão de um texto: é o processo da
construção da macroestrutura. Acredito que, pelo seu conhecimento
de mundo, quando depara com um texto que inicia por "Era uma vez um
rei de um país muito distante…" você sabe tratar‑se de uma história ou
conto de fadas. Ou, quando vê um texto em versos que se distribuem
em quadras ou estrofes, sabe tratar‑se de poesia.
• Todo esse estudo estará inserido em qual das funções da língua estudadas
pela macrolinguística: social, estética, literária ou comunicativa?
Esperamos que sua reflexão o(a) tenha levado a perceber que, ao en-
fatizar a produção/compreensão/interpretação de textos, a Linguística
textual destaca, entre outras coisas, a função comunicativa da língua.
1.8.2.7 Estilística
Acreditamos que, se lhe fosse solicitado, nessa altura dos estudos, que
fizesse uma análise gramatical de um enunciado, você certamente daria
conta dessa incumbência. Mas, e se no propósito de levá‑lo a perceber
a função estética da língua, fosse‑lhe dada a tarefa de fazer a análise
estilística desse enunciado? Já estudou ou leu algo a esse respeito? Não
estamos falando de uma análise, que, inclusive, é outra função da língua:
a literária. Lembra‑se de quando elencamos anteriormente as cinco fun-
ções da língua com as quais a Macrolinguística se preocuparia?
Para que todo esse embasamento teórico chegasse até você, foram feitas
muitas pesquisas e análises; teorias foram aceitas, depois abandonadas
e substituídas por outras.
Desses dois campos da Linguística (Macrolinguística e Microlinguística), qual
você imagina tenha constituído o campo de estudo mais antigo e tradicional
da língua?
1.9 Conclusão
Neste capítulo, pudemos ter uma visão ampla do que você verá no seu
curso de Letras, no ramo da Linguística e que será estudado em duas
grandes áreas: a Micro e a Macrolinguística. Tal estudo lhe trará uma com-
preensão maior da língua materna, facilitando o seu trabalho docente.
Resumo
Caro(a) aluno(a),
Sucesso.
UNIUBE 41
Atividades
Após a leitura do capítulo e após ter discutido e esclarecido suas dúvidas com
o preceptor, resolva os estudo dirigido proposto nas atividades a seguir.
Atividade 1
Atividade 2
Você deve ter observado que, quando falamos, não nos preocupamos
em fazer a distinção entre os conceitos língua e linguagem. Empregamos
tanto um quanto outro termo, às vezes, em uma mesma situação. Mas,
para os linguistas, cada uma tem um significado distinto. Explique o que
você entendeu de cada um.
Atividade 3
Atividade 4
Referências
DUBOIS, Jean et al. Dicionário de linguística. 10. ed. São Paulo: Cultrix, 1998. 653 p.
NASCIMENTO, Edmundo Dantés. Linguagem forense. 11. ed. São Paulo: Saraiva,
2007.
44 UNIUBE
PROJETO POLÍTICO E PEDAGÓGICO. Curso de licenciatura em Letras
Português-Inglês. Uberaba: Universidade de Uberaba, 2006.
Introdução
Caro(a) aluno(a),
Objetivos
Esquema
Concepções de
linguagem
explicando melhor
Como se caracteriza, então, cada prática pedagógica determinada por cada
uma dessas maneiras de compreender o fenômeno da linguagem? A adoção
50 UNIUBE
Essas são algumas das questões que se colocam hoje, para todos nós,
educadores. Tentar respondê‑las é um desafio que devemos enfrentar.
explicando melhor
explicando melhor
Resumo
Atividades
Atividade 1
Concepção de linguagem:___________________________________
Referências
Introdução
Caro(a) aluno(a),
Objetivos
Esquema
Você notou algo diferente nesse trecho? Releia‑o e anote o que você
percebeu de diferente.
Já nos séculos XIII e XIV, por exemplo, Dante Alighieri, além de ser um
importante poeta italiano, realizou importantes estudos comparativistas,
os quais estão descritos em sua obra De vulgari eloquentia (1304‑06).
Segundo Robins (2004, p. 133), "Dante tinha profundo conhecimento das
diferenças dialetais existentes dentro de cada área linguística. Em alguns
capítulos de sua obra, faz pormenorizado e bem documentado estudo
dos dialetos italianos". Lyons (1987) afirma que a consciência de que a
mudança linguística existia era consenso entre diversos estudiosos do
passado, no entanto, não havia ainda a ideia de que a mudança linguís-
tica constituía um fato universal, comum a todas as línguas, ideia que se
desenvolveria posteriormente, a partir do movimento neogramático.
saiba mais
Dante Alighieri foi um importante poeta italiano. Nascido em 1265, Dante foi
o autor do poema épico A divina comédia, que representou um marco da
língua italiana, em uma época em que apenas os textos escritos em latim
eram valorizados.
Grupo de linguistas
mudanças ao longo do tempo se deu no campo da
que, no século XIX,
tentava estabelecer
evolução dos fonemas, tanto que a teoria dos neo-
regras universais para
a evolução dos sons
gramáticos foi fundamentada a partir da mudança
das línguas.
fonética, chegando a estabelecer leis universais
que regulavam essa mudança.
saiba mais
Lesbos é uma ilha grega situada no lado nordeste do mar Egeu, onde nasceu
a poetisa Safo, cujos poemas faziam referência ao amor entre ela e outras
mulheres. Daí o termo "lésbica" para designar uma mulher homossexual.
UNIUBE 65
exemplificando!
1. fatores condicionantes;
2. transição;
3. encaixamento;
4. avaliação;
5. implementação.
66 UNIUBE
pesquisando na web
<http://www.algumapoesia.com.br/drummond/drummond07.htm>.
explicando melhor
Mollica e Braga (2003, p. 12) comentam que uma língua está sujeita a
pressões tanto no sentido de variação e mudança quanto no sentido
da unidade. Isto é, se por um lado há um sistema que precisa de certa
UNIUBE 71
explicando melhor
ocorrência na ilha. Nem seria suficiente que tal explicação fosse buscada
no interior do sistema da língua. Era preciso, sim, que Labov fosse em
busca de fatores sociais, externos ao sistema linguístico, que realmente
explicassem o motivo pelo qual os jovens apresentavam maior índice de
variação dos ditongos [ay] e [aw]. Foi a partir desse problema que Labov
pesquisou a história da ilha e sua formação antropológica.
Bairro da cidade
realizada com jovens negros do Harlem, os quais
de Nova Iorque,
conhecido pela possuíam grandes dificuldades de aprendizagem
grande influência de
afrodescendentes. de leitura na escola. Vale dizer que a língua desses
jovens era uma variante falada exclusivamente
pelos negros, uma espécie de subsistema distinto do inglês, chamado
por Labov de BEV (Black English Vernacular). Labov observou que, na
verdade, o fracasso escolar era fruto do conflito cultural enfrentado pe-
los jovens, os quais eram rejeitados pela própria escola exatamente por
falarem uma variante que apresentava formas bem diferentes do inglês
padrão, e que eram estigmatizadas socialmente.
UNIUBE 77
relembrando
Antes de continuarmos nosso estudo, deve ficar claro para você os seguintes
pontos:
exemplificando!
a) Maria obteve boas notas no exame, por isso ela conseguiu ocupar o
cargo.
Isso significa afirmar que o sujeito constitui uma variável, cujas varian-
tes são o preenchimento do sujeito, chamado de "forma plena", e o
não preenchimento do sujeito, chamado de "forma nula". No português
arcaico, quase não se usava a forma plena do sujeito, porque as desi-
nências verbais davam conta de possibilitar que os falantes compreen-
dessem a qual pessoa estava‑se fazendo referência. Assim, se alguém
dizia "comeu muito", era possível identificar que quem comeu muito foi
ou ele ou ela. Porém, no atual estágio do português brasileiro, cada vez
mais os falantes sentem necessidade de preencher o sujeito, porque a
sentença "comeu muito" poderá se referir tanto a ele/ela quanto a eles/
elas e a você/vocês ou, ainda, tu, no caso de algumas variantes das re-
giões Norte, como o Maranhão, e Sul, como é o caso do Paraná. Temos,
então, as seguintes possibilidades, conforme a Tabela 3, a seguir:
ele
ela
eles
elas comeu muito
tu
você
vocês
UNIUBE 83
importante!
É bom que fique claro que estamos tratando aqui de situações de fala, e não
da forma escrita da língua. As diferenças entre fala e escrita você estudará
mais adiante.
explicando melhor
saiba mais
exemplificando!
Pelo contrário, o papel da escola é mostrar a esse aluno que tanto a va-
riante que ele trouxe de casa quanto a variante culta estão certas. Mas
cada uma delas será adequada em determinadas situações de comuni-
cação, isto é, quando a ocasião exigir uma variante formal, então deve‑se
UNIUBE 91
usar a norma culta. Quando a ocasião exigir uma variante informal, então
pode‑se usar a variante aprendida em casa.
Quando o aluno diz ou escreve algo que foge à norma culta, o papel do
professor é mostrar a ele, sem, contudo, puni‑lo, que o que ele disse ou
escreveu é adequado em determinadas situações de comunicação, e não
em outras. Vejamos um exemplo: suponhamos que na sala de aula, em
determinado momento, a professora anuncie aos alunos que irá olhar
quem fez a tarefa de casa. De repente, um aluno diz a frase a seguir:
E agora? Qual deve ser a atitude da professora diante da sentença proferida
pelo aluno? Reflita e anote o que você faria.
92 UNIUBE
claro aos alunos que todas as línguas sofrem variação, e que não se
deve discriminar alguém por conta da maneira como esse alguém fala.
Mas o professor deve também explicar aos alunos que na escola eles
aprenderão a variante culta da língua para poderem utilizá‑la quando
uma situação formal de comunicação se fizer presente.
exemplificando!
Causo mineiro
ponto‑chave
Resumo
• Quando o aluno diz algo que foge à norma culta, o professor deve ex-
plicar a ele que, em situações informais, o que ele disse está adequado,
mas em situações formais há variantes mais adequadas.
Atividades
(1)
– Não se diz "nóis mudemo", menino! A gente deve dizer: nós mudamos,
tá?
–Tá, fessora!
No recreio, as chacotas dos colegas: Oi, nóis mudemo! Até amanhã, nóis mu-
demo! No dia seguinte, a mesma coisa: risadinhas, cochichos, gozações.
(2)
Hoje tenho raiva da gramática. Eu mudo, tu mudas, ele muda, nós muda-
mos, mudamos, mudaamoos, mudaaamooos… Superusada, mal usada,
abusada, ela é uma guilhotina dentro da escola. A gramática faz gato e
sapato da língua materna – a língua que a criança aprendeu com seus pais
e irmãos e colegas – e se torna o terror dos alunos. Em vez de estimular e
fazer crescer, comunicando, ela reprime e oprime, cobrando centenas de
regrinhas estúpidas para aquela idade.
Atividade 1
Depois de ler o fragmento (1) do texto "Nóis mudemo", diga qual de-
veria ser a atitude da professora em relação ao aluno, o qual chegou à
escola conhecendo apenas uma variante da língua portuguesa, que era
estigmatizada socialmente. Fundamente sua resposta a partir do texto
da unidade.
Atividade 2
Referências
BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. 47. ed. São Paulo:
Edições Loyola, 2006. 186 p.
GNERRE, Maurizio. Linguagem, escrita e poder. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes,
1998. 115 p.
ROBINS, R.H. Pequena história da Linguística. Trad. de Luiz Martins Monteiro. Rio
de Janeiro: Ao Livro Técnico, 2004. 203 p.
Introdução
Caro(a) aluno(a),
Objetivos
Esquema
Contexto Contexto
Int
e
ad
erte
lid
tua
xtu
tex
alid
er
ad
Int
e TEXTO
Contexto
exemplificando!
Texto verbal
O arco‑íris
Observe que o autor utilizou apenas palavras para falar sobre uma imagem
que tem uma "aparição", forma "curva", "colorida" em "sete cores". Com o
texto verbal ele resgata a figura do arco‑íris e os sentimentos e emoções que
esse fenômeno da natureza lhe provoca.
UNIUBE 107
Existem textos que são, ao mesmo tempo, verbais e não verbais, como é o
caso das histórias em quadrinhos. São textos que trazem imagens e palavras,
como na tirinha abaixo, de autoria do jornalista e professor André Azevedo
da Fonseca.
Tem toda
razão.
4.3 Contexto
Sabe‑se que todos nós, usuários da língua, ao criarmos textos para nos
comunicarmos e interagirmos com nossos interlocutores, não o fazemos a
partir do nada. Sempre aproveitamos outros textos que já foram produzi-
dos anteriormente, seja aderindo, seja renegando‑os, e os transformamos
para apresentá‑los de outra forma. Há, então, uma pluralidade de vozes,
um diálogo entre textos. Em outras palavras, essas relações intertextuais
não ocorrem sempre da mesma maneira: o diálogo pode ou não ser fruto
da intenção do autor e pode não coincidir com as ideias contidas no texto
original, assim como a intertextualidade pode ou não estar evidente. Além
disso, a produção de sentido ao texto/intertexto dependerá das relações
que nossa experiência como leitores e de nosso conhecimento de mundo
nos permitirão estabelecer. Segundo Bakhtin (1995), um texto pode ter
existência apenas se estiver em contato com outro texto. Explicitar essa
relação ao se fazer uma análise textual é tarefa importante do educador
comprometido em ampliar a competência discursiva de seu aluno.
4.4.1 Alusão
• a um trecho de música;
• a um título de filme;
• a um título de música;
• a um título de jornal;
• a um slogan publicitário;
• a um personagem.
UNIUBE 111
exemplificando!
Saiu.
Agora olhe o batom que não sai! (Propaganda de batom. Alusão à parlenda
folclórica "Cadê o toucinho que estava aqui? O gato comeu…".)
4.4.2 Citação
exemplificando!
"Eu não tenho mensagem. Minha mensagem é minha vida" (GANDHI. In:
O pensamento vivo de Gandhi. Rio de Janeiro: Ediouro, 1993).
4.4.3 Paródia
exemplificando!
4.4.4 Paráfrase
exemplificando!
Texto original 1:
(Para escrever bem) "[…] parece que, além do 1% de inspiração que está
no DNA de qualquer aspirante a Shakespeare, o que é determinante são os
99% de transpiração". (Gustavo Ioschpe. Folha de S.Paulo, 1o de março de
1999. Folhateen, p. 5)
Paráfrase:
Para escrever bem, tendo como modelo Shakespeare, não basta o talento
natural com que cada pessoa nasce. O mais importante é o esforço, a dedi-
cação, o trabalho, a busca e a leitura incessante.
Texto original 2:
Falando‑se de hábito de leitura: "Não adianta dar caviar para quem nunca
comeu lambari".
Paráfrase:
De nada vale dar uma obra complexa para alguém ler, se esse alguém nunca
leu obras mais simples e de fácil compreensão.
UNIUBE 115
4.4.5 Apropriação
exemplificando!
4.5.1 Coesão
exemplificando!
4.5.2 Coerência
exemplificando!
A roça
Madrugada
Fogão
Café
Partida
Beijo
Sereno
Caminho
Passos
Passos
Sol
Suor
Tarefa
Enxada
Capim
Capina
Sede
Sombra
Água
Trabalho
Enxada
Labuta
120 UNIUBE
Pensamento
Fome
Sede
Sombra
Feijão
Cochilo
Enxada
Capim
Sol a pino
Destino
Suor
Enxada
Dia findo
Caminho
Arrebol
Beijo
Banho
Feijão
Lua
Sono
Sonho
Outro caminho
Outro destino
Nova missão
Resumo
Atividades
Atividade 1
Atividade 2
Elaboração de paródias:
Referências
FIORIN, J. L.; SAVIOLI, F. P. Lição 24. Coesão Textual. Lição 25. Coerência e
Progressão Textual. In: ______. Lições de texto: leitura e redação. 2. ed. São Paulo:
Ática, 1997.
GONÇALVES, Newton Garcia. Poemas para você. Uberaba: Aline Editora e Artes
Gráficas Ltda., 1999.
PAULINO, G.; WALTY, I.; CURY, M.Z. Intertextualidades: teoria e prática. Belo
Horizonte: Editora Lê, 1998, p. 1‑64.
Introdução
Caro(a) aluno(a),
Objetivos
Esquema
Níveis
-Semântico (sentido) Coerência
-Sintático (construções linguísticas)
-Estilístico (estilo)
-Pragmático (atos de fala)
Fatores
-Conhecimentos linguísticos Produtor
-Conhecimento de mundo
-Conhecimento partilhado
-Inferências
-Fatores pragmáticos
-Situacionalidade Texto Coerência
-Informatividade
-Focalização
-Intertextualidade
-Intencionalidade e aceitabilidade
-Consistência e relevância Receptor
UNIUBE 125
Inadequado
O correto é
Inadequado
O correto é
Inadequado
Percebe‑se claramente que ele quis utilizar o "onde" para referir‑se aos
anos 1970 e, portanto, a relação estabelecida não é de lugar, e sim de
tempo. Para que houvesse uma coerência sintática dever‑se‑ia usar um
operador de localização temporal adequado aos fatos a que se refere
no enunciado:
O correto é
Inadequado
Diz respeito aos atos de fala que devem satisfazer às mesmas condições
presentes em dada situação comunicativa. Se isso não ocorrer, teremos
uma incoerência. Exemplo: se alguém faz um pedido a outra pessoa,
espera‑se uma resposta que seja um atendimento, ou recusa, e não algo
que nada tenha a ver com o conteúdo do pedido.
• linguísticos;
• discursivos;
• cognitivos;
• culturais, e
• interacionais.
UNIUBE 131
exemplificando!
DORIANA
Exemplo:
5.3.4 Inferências
5.3.6 Situacionalidade
5.3.7 Informatividade
5.3.8 Focalização
5.3.9 Intertextualidade
exemplificando!
Exemplo de intencionalidade
5.4 Conclusão
Com este pequeno estudo, pudemos perceber que a coerência não é sim-
plesmente um traço ou uma propriedade do texto em si, mas que ela se
constrói na interação entre o texto e seus usuários, numa situação comu-
nicativa concreta, em decorrência de todos os fatores aqui explicitados.
140 UNIUBE
Atividades
Atividade 1
Querida Gabriela,
Aqui estou eu, seu velho amigo Marcelo, para lhe falar
diretamente do Hawai. Vivo momentos de puro encan-
tamento: as águas mais azuis que existem na face da
terra! A capital Honolulu é um paraíso! Fica na ilha de
Oahu. Nosso hotel localiza‑se na região chamada Wai-
kiki. Já fomos ver o vulcão Diamond Head e estivemos
em Kailua e em Lanikai. Ainda iremos à Ilha de Maui
para chegar bem pertinho de outro vulcão. Tudo aqui é
preservado, limpo, colorido e bonito! Ir a um verdadeiro
luau é privilégio para poucos! Um verdadeiro sonho!
Aprendemos a fazer colares com as autênticas flores
do Hawai. E o casamento havaiano de verdade? Fan-
tástico! Estamos vivendo uma experiência sem igual!
Ah! Ontem estivemos em Pearl Harbor! Eu já havia
assistido ao filme, mas ver "ao vivo" não tem explica-
ções! Impossível lhe contar tudo! Só mesmo estando
aqui para acreditar!
Marcelo
UNIUBE 141
Referências
FIORIN. J. l.; SAVIOLI, F. P. Lições de texto: leitura e redação. 2. ed. São Paulo:
Ática,1997.
Introdução
Caro(a) aluno(a),
Objetivos
Esquema
CENA ENUNCIATIVA
TEXTOS
Materialidade Componentes
linguística extralinguísticos
Cotexto
Coesão
Contexto
textual
Coerência
146 UNIUBE
Para responder a essas perguntas, temos de ter claro que a palavra texto
refere‑se necessariamente à possibilidade de construção de sentido. Isso
implica dizer que independente do tipo de linguagem (verbal, não verbal
ou mista), da formalidade ou informalidade do registro e do suporte no
qual o texto foi veiculado (uma partitura, um livro, um papel, uma placa
metálica etc.), se o leitor consegue produzir uma unidade de sentido para
o que lê ou vê, ele está diante de um texto.
a)
148 UNIUBE
b)
c) Sorvete de azeitona
d) Ai se sêsse
explicando melhor
1. C
onhecimento de mundo: conhecimento que recebemos pronto por
intermédio da convivência social.
importante!
Ficou em dúvida? Basta pensar: fez sentido para você ou não? Se fez
sentido, você está diante de um texto!
UNIUBE 153
Gerativismo
Exemplos como esse demonstraram que o co-
nhecimento do contexto e a consideração das
Foi criado por
Noam Chomsky e vivências deveriam adquirir importância nas inves-
configura‑se como um
campo de investigação tigações, que já não se sustentavam pela análise
da Linguística que tem
por objetivo propor
simplista de frases isoladas. Assim, sob influência
uma explicação sobre
o funcionamento
da língua dentro da
do gerativismo, o foco de pesquisa recai na cons-
mente/cérebro do
falante.
trução de gramáticas textuais, cujo objetivo era a
descrição da competência textual do falante. Isso
se justificava pela premissa de que todo falante de uma língua tem a
capacidade de distinguir um texto coerente de um aglomerado incoerente
de enunciados. Nessa linha, o texto era visto como a unidade linguística
hierarquicamente mais elevada. A análise era do texto para seus cons-
tituintes, a fim de determinar as estruturas textuais, por meio de regras
de uma gramática textual.
Querida Marta,
Tudo bem? Gostaria de saber como está a nova vida. Qual a sensação de ser mãe
de um menino? E a Sofia? O que tem achado da ideia? Tenho certeza de que Carlos
está animadíssimo com o filho. Deve até estar pensando em como tornar Márcio o
mais novo santista. Ah, como deve ser bom ver a família crescendo…
E você? Já voltou às aulas de balé? Espero que sim, afinal de contas o balé é sua
distração, né?
Estou esperando a sua visita por aqui. Valdete não aguenta mais de saudades da
família Sousa. Mande um abraço a todos por aí.
Um forte abraço,
Elisângela.
158 UNIUBE
Podemos também, por meio do cotexto, inferir que: i) já faz algum tempo
que as amigas não se veem; ii) Marta é casada com Carlos e o casal
tem dois filhos: Sofia e o recém‑nascido, Márcio; iii) Carlos torce para o
Santos; iv) Marta faz ballet; v) Valdete tem algum parentesco ou amizade
com Elisângela, embora não seja possível determinar.
Figura 2: Ilustração.
Fonte: Acervo EAD – Uniube.
A história conta que a cidade de Hamelin foi atacada por ratos que se
apossaram de tudo, inclusive os gatos estavam tão assustados com o
acontecido que deixavam, junto com os moradores, o local. Eram incal-
culáveis os prejuízos provocados pelos ratos. Então, alguns moradores
de Hamelin se reuniram e decidiram pagar cem moedas de ouro a quem
conseguisse tirar os ratos da cidade. Um flautista se apresentou e to-
cando sua flauta hipnotizou os ratos que o seguiram para bem longe da
cidade. O flautista matou os ratos ao fazer com que eles, hipnotizados,
passassem por um rio.
160 UNIUBE
Assim, ninguém mais da cidade viu qualquer rato ou criança, que foram
levados pelo flautista.
Por séculos, travam‑se combates por uma vida justa, igualitária e livre, em
um mundo contraditório, que nega esses princípios e corrói o padrão liberal,
hoje batizado "neo".
[…]
Isso pode ser visto quando recorremos a outro(s) texto(s) para produzir o
nosso ou quando, durante a leitura de um texto, necessitamos do conhe-
cimento de outro(s). Esses textos anteriormente produzidos são reapro-
veitados para corroborarmos com eles, refutá‑los, transformá‑los etc.
[…]
Vai para a França o café, pois é
Para o Japão o algodão, pois não
Pro mundo inteiro, homem ou mulher
Bananas para quem quiser
Fonte: BRAGUINHA; RIBEIRO, Alberto. Yes, nós temos bananas. In: Álbum
Serie Documento. Disponível em: <http://www.vagalume.com.br/braguinha/yes-
nos‑temos‑bananas.html>. Acesso em: 9 jun. 2010.
164 UNIUBE
pesquisando na web
Fonte: ABREU, Casimiro de. Meus oito anos. Disponível em: <http://www.
dominiopublico.gov.br/download/texto/wk000472.pdf>. Acesso em: 21 maio 2010.
UNIUBE 165
[…]
Que os anos não trazem mais
Naquele quintal de terra
Da rua São Antonio
Debaixo da bananeira
Sem nenhum laranjais!
Fonte: ANDRADE, Oswald de. Meus oito anos Disponível em: <http://www.jayrus.
art.br/Apostilas/LiteraturaBrasileira/Modernismo22/OSWALD_DE_ANDRADE_
poesia.htm>. Acesso em: 21 maio 2010.
pesquisando na web
Veja no site uma propaganda que utiliza uma imagem parecidíssima com a
da figura a seguir:
e)
f)
g)
Por mais que não pareça, esses textos são convites de casamento.
Para produzi‑los, os noivos utilizaram‑se da intertextualidade de forma
e conteúdo. Mas o que significa isso?
Figura 6: Elos.
Fonte: Acervo EAD – Uniube.
170 UNIUBE
O elo que une partes, que conecta, que liga de maneira harmônica, sem
prejudicar a lógica.
6. Abel e Maria foram testemunhar sobre o caso. O juiz disse, porém, que
tal testemunho não era válido por serem parentes do homicida.
12. "Meu lado mulher incomoda‑se de receber homenagem num dia do ano –
8 de março – enquanto meu lado homem se farta com 364 dias. Talvez se
faça necessária esta efeméride, dor recente de uma cicatriz antiga. Porque
vive‑se numa sociedade machista: matrimônio e cuidado do lar; patrimônio
e domínio dos bens." A frase é de Frei Betto, mas poderia ser bem dita e
mal dita por qualquer mulher (DUARTE, 2007).
1. Termo:
Aquarela do Brasil
[…]
2. Estrutura:
[…]
3. Conteúdo:
4. Recursos fonológicos:
[…]
Vozes veladas veludosas vozes
Volúpia dos vilões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas
[…]
"Era uma vez, uma linda princesa chamada Judite. Vivia com os avós num
reino encantado, no qual passarinhos falavam e pedras sorriam."
A progressão, parte da coesão sequencial, por sua vez, é feita por meio
de: 1. manutenção temática; 2. encadeamento por justaposição; ou
3. encadeamento por conexão.
A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta quinta‑feira Ricardo Barollo, 34,
acusado de ser o mandante do assassinato de um casal de universitários
de Curitiba. Barollo foi preso na rua Canário, no bairro de Moema, zona sul
de São Paulo, por policiais que participavam da Operação Gênese."
a. "Lucas é um menino bom. Sabe jogar bola como ninguém. Conquistou
uma vaga na escolinha de futebol da cidade. Sua mãe está desempregada:
não tem dinheiro para comprar o uniforme. Ela precisa de um emprego,
permanecer no trabalho por um mês. Assim, a mãe de Lucas poderá ajudar
o filho a ser um grande esportista. Esperamos que você, empresário, possa
ajudar Lucas a tornar‑se o mais promissor talento de Jundiaí.
A história acima narrada constitui um dos muitos dramas que muitas mães
desprevenidas financeiramente sofrem no Brasil. Colabore."
b. "Lucas é um menino bom e sabe jogar bola como ninguém. Conquistou
uma vaga na escolinha de futebol da cidade, mas sua mãe está desem-
prega e, por isso, não tem dinheiro para comprar o uniforme. Primeiro, ela
precisa arrumar um emprego, depois conseguir permanecer no trabalho
pelo menos um mês. Assim, a mãe de Lucas poderá ajudar o filho a ser um
grande esportista. A propósito, esperamos que você, empresário, possa
ajudar Lucas a tornar‑se o mais promissor talento de Jundiaí.
178 UNIUBE
A história acima narrada constitui um dos muitos dramas que muitas mães
desprevenidas financeiramente sofrem no Brasil. Colabore."
Relação temporal
Relação de disjunção
Relação de condição
Relação de conformidade
Relação de modo
Relação de conjunção
Relação de contrajunção
• Aquela senhora tinha tudo para ser feliz. Todavia, viveu sempre
triste.
Relação de explicação
Relação de comprovação
Relação de comparação
Relação de conclusão
Relação de extensão
Relação de exemplificação
Relação de contraste
Relação de correção
a)
Achei que estava Espere aí,
gorda, mas depois que por que você
te vi, mudei de ideia. mudou de
ideia?
Figura 7: Ilustração.
Fonte: Acervo EAD – Uniube.
b)
"Ficando"
Encontro, conversa.
Lembranças.
experimentando
Acesse os sites indicados a seguir e veja mais dois exemplos de textos que
serão trabalhados:
Na tira, texto A, a garota mais magra diz estar se sentido gorda até en-
contrar a outra. “Gorda”, neste contexto, é um adjetivo pejorativo, pois
insulta outro indivíduo, significa pessoa obesa, acima do peso. O fato da
garota mais gorda pedir explicações sobre a afirmação da mais magra
propicia sentido e humor à tira, pois confirma a fala da primeira. Todavia,
se indicássemos a leitura dessa tira a um outro alguém, de uma outra
cultura ou época, que valorizasse a mulher mais corpulenta, essa pessoa
poderia não conseguir perceber o humor.
UNIUBE 185
Resumo
Atividades
As atividades a seguir têm por objetivo levá‑lo a refletir diante dos com-
ponentes do mundo textual trabalhados neste roteiro. Para tanto, se
houver dúvidas, retorne ao texto imediatamente, pois dessa forma você
terá condições de reconstruir conceitos e reestruturar análises.
Atividade 1
a) Eu amo Maria.
b) Que pena!
c) Você é um baixo.
UNIUBE 189
Atividade 2
1.
2.
Atividade 3
Leia:
b) E
sta produção é coerente? Como estabeleceu o sentido? Indique as
pistas linguísticas.
Referências
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. 2. ed. Trad. Paulo Bezerra. São Paulo:
Martins Fontes, 1997.
____. Estética de criação verbal. 4. ed. Trad. Paulo Bezerra. São Paulo: Martins
Fontes, 2003.
KOCH, Ingedore Villaça. A coesão textual. 17 ed. São Paulo: Contexto, 2002.
VERÍSSIMO, Luiz Fernando. Como pedir uma pizza em 2020. Disponível em:
<http://naweb.wordpress.com/2009/03/25/como‑pedir‑uma‑pizza‑em‑2020/>. Acesso
em: 25 out. 2009.
Capítulo
Tipos de texto
7
Introdução
Caro(a) aluno(a),
Objetivos
Esquema
• Visão, tato, audição olfato +
imaginação criadora
Descrição de pessoa
• Descrição objetiva • Ordens
• Descrição subjetiva Texto
Texto Descrição de objetivo
• Orientações
injuntivo • Conselhos
descritivo Descrição de ambiente
• Ambiente interno
• Verbos no imperativo
• Ambiente externo
• Paisagem
• Cena
Descrição de relatórios
Você já deve ter percebido que nós vivemos entre palavras e, como disse
Carlos Drummond de Andrade, "entre palavras circulamos". Certamente
é impossível uma sociedade humana se organizar sem linguagem.
Mas existem também os silêncios, os não ditos, pois, por mais que qui-
séssemos, não conseguiríamos dizer tudo. Em muitos momentos lutamos
com as palavras para organizar as nossas ideias e para fazer a travessia
da comunicação com o outro – para que o outro nos reconheça e para
que nós o reconheçamos; para que a nossa voz e outras vozes ecoem
em algum lugar, dando sentido à nossa existência.
Para aprender a escrever bem, ter algo a dizer, ter ideias para expor, é
preciso criar meios que façam as ideias aflorarem. Um bom exercício é
praticar a observação (despindo‑nos das insensibilidades que o convívio
diário com o mundo nos impõe), bem como refletir sobre as impressões
que o ambiente nos causa, sobre os fatos que provocam a nossa admi-
ração, os motivos que nos levam à satisfação ou ao descontentamento.
A observação pode ser direta, no próprio local, ou indireta, por meio da
leitura, que é uma fonte inesgotável para despertar a sensibilidade e a
imaginação, para ampliar o vocabulário e dar consistência às ideias.
Pense num lugar sereno, árvores altas, o vento batendo em seu rosto, o cheiro
das flores, o barulho das folhas das árvores e, bem baixinho, distante, uma
música tocando suavemente. Você continua ouvindo essa música, então,
alguém de quem você gosta muito toca sua mão e o(a) convida para olhar
para cima. Nesse momento, você olha e vê entre as folhas das árvores um
céu muito azul e tem um profundo sentimento de paz e liberdade!
exemplificando!
exemplificando!
Autorretrato
Uma boa norma para esse tipo de descrição é não acumular muitos
elementos em um só parágrafo, nem apresentá‑los de forma desorga-
nizada. Deve‑se descrever seguindo uma ordem, por exemplo, de fora
para dentro, da direita para a esquerda, percebendo o que há de mais
característico no objeto descrito.
Uma descrição bem elaborada não é aquela que se percebe somente por
meio dos sentidos. Ela precisa ser mais do que uma fotografia: precisa
estimular e despertar emoções. Veja o exemplo a seguir.
UNIUBE 203
exemplificando!
exemplificando!
Tudo isso, tinha o mesmo ar de velhice dos móveis da sala, era como
aqueles cuidadosamente limpos e espanejados, respirando o mais
escrupuloso asseio. Não se via uma teia de aranha na parede, nem
sinal de poeira nos trastes. O soalho mostrava aqui e ali fendas na
madeira; mas uma nódoa sequer não manchava tábuas areadas.
exemplificando!
exemplificando!
exemplificando!
exemplificando!
Estrelinha
A estrelinha apareceu
Faceira, risonha.
A menininha apagou‑lhe o brilho
Deu‑lhe moldura, destaque, admiração.
Vãos cuidados, vãs considerações!
A estrelinha não mais iluminou
E sua existência na terra encerrou.
Para o céu a estrela voltou
E renovou todo o seu fulgor.
A narração envolve:
• Quem? – Personagens.
7.3.2.1 Personagens
7.3.2.2 Tempo
exemplificando!
exemplificando!
7.3.2.3 Enredo
7.3.2.4 Espaço
7.3.2.5 Narrador
Exemplo: "Ela subiu sem pressa a tortuosa ladeira. À medida que avan-
çava, as casas iram rareando, modestas casas espalhadas pelas sime-
trias ilhadas em terrenos baldios."
exemplificando!
exemplificando!
exemplificando!
Discurso direto
vez que se tem a impressão de que são colocados diante dos nossos
olhos do modo como estão acontecendo. E isso nos envolve mais na
história. Todavia, esse tipo de discurso exige certos cuidados quanto à
propriedade da linguagem do falante, ou seja, quanto à norma linguística
exigida pelo contexto, para que se consigam os efeitos desejados.
exemplificando!
Discurso indireto
exemplificando!
exemplificando!
Você deve ter percebido que são muitos os fatores e elementos que
fazem parte de um texto narrativo. No esquema a seguir apresentamos
uma síntese desses elementos para facilitar a compreensão.
UNIUBE 219
Linear
Enredo Cortes
Não linear
Flashback Desfecho
Cronológico
Tempo
Psicológico
Físico
Espaço
Psicológico
A história
Apresentação Física e/ou psicológica
direta
Personagens
Fala/comportamento
Apresentação
(discurso direto/
indireta
indireto/indireto livre)
Narrador – personagem
Narrador onisciente
Descrição Narração
• R
etrato verbal de pessoas, objetos, • Relato de um fato, de um
ambientes. acontecimento.
• Predomínio de frases nominais. • P
ode apresentar os seguintes
• V
alorização dos verbos de ligação elementos: narrador, personagens,
e dos adjetivos. enredo, cenário, tempo.
• A
imagem física ou psicológica é a • C
entra‑se sempre num conflito (a
"alma" da descrição. "alma" da narração).
• Predomínio de frases verbais.
• P
ode apresentar passagens
descritivas.
Quando se pede a alguém que faça uma dissertação, por escrito, sobre
determinado tema, espera‑se um texto em que sejam expostos e anali-
sados, de forma coerente e coesa, alguns dos aspectos e argumentos
envolvidos na questão tematizada. Reiteramos que não há escrita sem
leitura, sem reflexão, sem a adoção de um ponto de vista, e, pode‑se
dizer, sem um desejo, por parte de quem escreve, de se manifestar a
respeito de determinado tema. Assim, é especialmente importante que,
em uma dissertação, sejam apresentados e discutidos fatos, dados,
pontos de vista acerca da questão proposta, uma vez que escrever
um texto dissertativo não é apenas tecer comentários impessoais so-
bre determinado assunto, tampouco limitar‑se a apresentar aspectos
favoráveis e contrários e/ou positivos e negativos da questão.
7.4.3.1 Fato
7.4.3.2 Opinião
7.4.3.3 Argumentação
O texto dissertativo organiza‑se em três partes, cada uma das quais com
funções bem específicas que, em conjunto, oferecem ao leitor uma visão
de totalidade. Vejamos cada uma dessas três partes.
7.4.4.1 Introdução
7.4.4.2 Desenvolvimento
7.4.4.3 Conclusão
c) conclusão.
UNIUBE 229
• Prevalece a denotação.
• Linguagem objetiva.
exemplificando!
Jean‑François Lyotard diz que calar‑se por decisão livre não é falha.
Mas "impor silêncio ao outro" é introjetar‑lhe o "terror íntimo". O
"quem cala consente" tem sido manipulado para domesticar a so-
ciedade, para submeter divergentes e apagar o descontentamento
popular. "Quem cala consente" é utilizado para projetar a imagem
de que todos os calados, mesmo os discordantes, estão aceitando
situações abomináveis.
Segundo Travaglia (2002, p. 34), texto injuntivo é aquele que "tem por
objetivo incitar à realização de uma situação (ação, fato, fenômeno,
estado, evento etc.), requerendo‑a ou desejando‑a, ensinando ou não
UNIUBE 231
1. "Uma frase injuntiva é uma frase que exprime uma ordem, dada ao
locutor, para executar (ou não executar) tal ou tal ação. As formas verbais
específicas destas frases estão no modo injuntivo e o imperativo é uma
das formas do injuntivo."
• Infinitivo:
exemplificando!
Resumo
Atividades
Atividade 1
d) Quem é o narrador?
Atividade 2
Borboleta
Borboleta
amarela
calada
pensativa
de voos leves.
Senhora das cores
dos ares
translúcidos
diáfanos.
Borboleta cor de ouro
que voa
sobre flores
e paira em minha janela.
Leveza
beleza
num quadro singular.
Me espreita
me seduz
me conduz.
Lá fora
o azul do céu
UNIUBE 235
o dourado do sol
as cores da mensageira
Iluminam o meu dia.
• elementos sonoros;
• elementos táteis.
Atividade 3
(1) fato
(2) opinião
( ) normas de etiqueta
( ) é um ponto de vista
( ) visa à persuasão
( ) apresenta informações
( ) processo demonstrativo
( ) conselho, orientação
Atividade 4
Atividade 5
Atividade 6
Atividade 7
Estão corretas:
b) III, IV e V, apenas.
c) I, III e V, apenas.
d) II, IV e V, apenas.
e) I e II, apenas.
UNIUBE 239
Atividade 8
Referências
______. Língua portuguesa: Noções básicas para cursos superiores. São Paulo:
Editora Atlas, 1996.
ARDUINI, Juvenal. Quem cala consente? In: Antropologia: ousar para reinventar a
humanidade. São Paulo: Paulus, 2002. p. 61‑ 62.
BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. Rio de Janeiro: Record, 1977. p. 260.
CORTÁZAR, Julio. Instruções para dar corda ao relógio. In: ______. Histórias de
cronópios e de fama. Disponível em: <http://pracadapoesia.blogspot.com/2009/05/
instrucoes‑para‑dar‑corda‑ao‑relogio.html>. Acesso em: 7 jul. 2010.
DUBOIS, Jean et al. Dicionário de Linguística. São Paulo: Editora Cultrix, 1973.
FIORIN, J. L.; SAVIOLI, F. P. Lição 15. Narração. Lição 16. Descrição. Lição 17.
Dissertação. In: ______. Lições de texto: leitura e redação. 2. ed. São Paulo: Ática, 1997.
PALMÉRIO, Mário. Chapadão do Bugre. Rio de Janeiro: José Olympio, 1971. p. 96.
PRIORE, Mary Del. Histórias do cotidiano. São Paulo: Contexto, 2001. p. 113.
ROSA, João Guimarães. Sagarana. 31. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.
TELLES, Lygia Fagundes. Venha ver o pôr do sol. In: ______. Antes do baile
verde. Disponível em: <http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/resumos_
comentarios/v/venha_ver_o_por_do_sol_conto_lygia>. Acesso em: 7 jul. 2010.
Introdução
Caro(a) aluno(a),
Objetivos
Esquema
ESFERA DISCURSIVA
(Rotinas comunicativas institucionalizadas)
GÊNERO TEXTUAL
Conhecer os tipos
(Tipos relativamente estáveis de enunciado) de texto e seu
funcionamento
linguístico-discursivo
TIPOS DE TEXTO permite práticas de
leitura e escrita mais
(Sequências linguísticas) eficientes.
• Narrativo
• Descritivo
• Dissertativo/expositivo/explicativo
• Argumentativo
• Injuntivo
• Dialogal
É nesse sentido que se faz necessário pensar a leitura como uma prática
social que envolve sujeitos sócio‑historicamente situados. Isso implica que
ela não pode ser tratada como mera decodificação, tampouco apenas como
uma operação cognitiva. Ler é levar em consideração as variáveis sociais,
culturais e situacionais envolvidas na e para a produção de sentidos.
Analise quais fatores você mobiliza para compreender o texto. Uma dica:
sabendo que se trata de uma crônica, você mentalmente cria algumas ex-
pectativas, como: será um texto curto, com poucos personagens, com um
único conflito, apresentando um tema do cotidiano e linguagem informal.
UNIUBE 249
indicação de leitura
Então, para entender melhor a noção de tipo de texto, tema deste ca-
pítulo, apresentaremos primeiro as noções de gênero textual e esfera
comunicativa.
a)
É, realmente é igual às
atividades escolares do
tempo de criança...
ERRO!!!
Você pintou o galho com a cor errada!!!
b)
c)
d)
Arroz
Feijão
Extrato de tomate
252 UNIUBE
Margarina
Leite
Bolacha
Iogurte
Sabão em pó
Amaciante de roupa
Papel higiênico
e)
f)
b) Gênero: criptograma.
Objetivo: servir como passatempo ou como atividade para ampliar
vocabulário.
c) Gênero: cartum.
Objetivo: criticar por meio de humor uma situação, ou uma pessoa,
ou um evento etc.
e) Gênero: resenha.
Objetivo: resumir um objeto cultural e fazer uma avaliação sobre ele.
f) Gênero: oração.
Objetivo: agradecer, pedir (a), elevar (a) ou venerar uma força supe-
rior, para a maioria, Deus.
importante!
GÊNEROS TEXTUAIS
Desse modo, as esferas devem ser pensadas não como algo concreto,
estanque e estável, mas em função de seu aspecto discursivo‑ideológico
e suas variações. Daí a responsabilidade das esferas na criação dos
gêneros.
Esfera acadêmica:_____________________________________________
Esfera digital:_________________________________________________
Esfera literária:________________________________________________
Esfera médica:________________________________________________
• "Após perceber que, por dois anos, havia sido uma falha amarga, o
pote falou para o homem um dia, à beira do poço:
Disparada
• E a resolução dele?
• Há relações lógicas?
SITUAÇÃO INICIAL
⇓
COMPLICAÇÂO
⇓
(RE)AÇÕES
⇓
SITUAÇÃO FINAL
(MORAL)
A)
B)
Era alto, magro, vestido todo de preto, com o pescoço entalado num colari-
nho direito. O rosto aguçado no queixo ia‑se alargando até a calva, vasta e
polida, um pouco amolgado no alto; tingia os cabelos que de uma orelha à
outra lhe faziam colar por trás da nuca – e aquele preto lustroso dava, pelo
contraste, mais brilho à calva; mas não tingia o bigode; tinha‑o grisalho, farto,
caído aos cantos da boca. Era muito pálido; nunca tirava as lunetas escuras.
Tinha uma covinha no queixo, e as orelhas grandes muito despegadas do
crânio (QUEIROZ, 2009).
C)
" Descrição:
D)
Walleska Bernardino
Agora, responda:
Checando respostas
Vejamos:
Premiação na educação
Premiar os bons alunos é uma questão que tem gerado bastante discussão.
Enquanto algumas pessoas abominam a ideia, certas escolas já adotaram
o método que, por sinal, está funcionando.
Sabe‑se muito bem que a educação brasileira, no geral, vai de mal a pior e
que melhorar esse quadro sempre foi uma das principais e mais frustrantes
metas do governo. Nesse âmbito, já se tentou quase tudo, e a premiação
aos bons alunos pode ser uma "saída de emergência".
Além disso, muitos são os bons alunos vistos como alienados e que, por
isso, servem de "chacota" para os colegas. Se houvesse um sistema
premiando‑os, eles passariam a ser vistos como alunos exemplares e to-
dos gostariam de ser como eles. Consequentemente, os outros alunos
UNIUBE 273
E tem mais: muitas pessoas deixam a escola para trabalhar e poder então
ajudar nas despesas de sua família. E muitas dessas pessoas são bons
alunos. A premiação, para eles, além de ser um meio motivador, serviria
como renda e eles não teriam de deixar a escola.
d) ajuda financeira aos alunos bons que não podem estudar em função
de um trabalho, o que impede a evasão escolar.
INTRODUÇÃO
[…]
CONCLUSÃO
Com este trabalho, concluí que para praticar este desporto é es-
sencial flexibilidade. Foi criado por um senhor (Joseph Pilates), que
sofria de uma doença, e este ganhara interesse em estudar anatomia
e fisiologia. Desde então criou esta modalidade.
Ana Margarida
Complexo → →
• conectores lógicos;
Leia:
Ingredientes
2 xícaras de açúcar
1 xícara de leite
6 ovos
Modo de preparo
6. Saboreie.
Ótimo. Isso mesmo: é uma receita culinária. Como bem sabemos, esse
gênero circula na esfera comunicativa de atividades alimentícias. Mas
qual é a sequência que predomina nesse gênero?
Suponha que você seja um(a) nutricionista e, junto com um ginecologista, foi
encarregado(a) de escrever orientações sobre como curtir de modo saudável
o Carnaval. Essas indicações serão publicadas em um panfleto que circulará
na época da "folia". Produza o texto em seu caderno.
• adjetivação objetiva;
• tendência à impessoalidade;
3. apresentação de contra‑argumentos;
Aqui, você tem tudo o que uma cidade pode oferecer mais o prazer
da praia. Com suítes completas e agradáveis, todas oferecendo bela
vista para o mar.
Agora, analise:
• Qual a tese?
• Qual a conclusão?
– Bom dia!
– Bom dia!
– Ok. Obrigada.
• Divide‑se em turnos;
explicando melhor
Maria
Uberaba, MG
Resumo
Atividades
Atividade 1
‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑
Oi!
‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑
UNIUBE 287
‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑
‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑
‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑
[…]
Agora, responda:
Atividade 2
1. Conversa telefônica:
a) narrativo
b) injuntivo
c) expositivo‑explicativo
d) descritivo
e) dialogal
f) argumentativo
a) argumentativo
b) descritivo
c) dialogal
d) expositivo‑explicativo
e) narrativo
UNIUBE 289
f) injuntivo
a) descritivo
b) dialogal
c) argumentativo
d) expositivo‑explicativo
e) narrativo
f) injuntivo
4. Discurso político:
a) narrativo
b) descritivo
c) argumentativo
d) dialogal
e) injuntivo
f) expositivo‑explicativo
a) argumentativo
290 UNIUBE
b) descritivo
c) narrativo
d) injuntivo
e) expositivo‑explicativo
f) dialogal
Atividade 3
Referências
Anotações
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