Você está na página 1de 4

PORTARIA SMSA/SUS-BH Nº 0551/2021

Dispõe sobre protocolos gerais de vigilância em saúde para as atividades autorizadas a


funcionar nos termos do Decreto nº 17.361, de 22 de maio de 2020.

O Secretário Municipal de Saúde e Gestor do Sistema Único de Saúde/SUS-BH, no exercício de


suas atribuições legais e considerando o disposto no art. 5º do Decreto nº 17.361, de 22 de maio de 2020,
RESOLVE:

Art. 1º – Os setores autorizados a funcionar nos termos do Decreto nº 17.361, de 22 de maio de


2020, deverão observar, além dos protocolos específicos para cada atividade, o protocolo geral de
vigilância em saúde disposto no Anexo.

Art. 2º – Fica revogada a Portaria SMSA/SUS-BH nº 312/2020.

Art. 3º – Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 8 de outubro de 2021.

Jackson Machado Pinto


Secretário Municipal de Saúde

ANEXO
(a que se refere o art. 1º da Portaria SMSA/SUS-BH nº 0551/2021)

PROTOCOLO GERAL DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

1. Capacidade e distanciamento
1.1. Admitir, no interior dos estabelecimentos, no máximo uma pessoa a cada 4m2 (quatro metros
quadrados) de área total, incluindo colaboradores e clientes.
1.2. Sinalizar fluxos e distanciamento de 1m (um metro) entre pessoas e, quando possível, implantar
corredores de uma só via para coordenar o fluxo de pessoas nos estabelecimentos.
1.3. Afixar cartazes:
1.3.1. Informando a lotação máxima e as medidas recomendadas para a higienização das mãos, etiqueta
da tosse e do espirro.
1.3.2. Orientando a restrição do número de acompanhantes, principalmente aqueles que sejam do grupo
de risco.
1.3.3. Sinalizando áreas comuns com informações sobre distanciamento de pessoas, orientações de
segurança e medidas de prevenção da covid-19.
1.4. Impedir a entrada e permanência de pessoas sem máscara ou que não estejam utilizando a máscara de
forma adequada.
1.5. Controlar o fluxo de entrada e saída de pessoas no estabelecimento e organizar filas internas e
externas, observando o distanciamento de mínimo de 1m (um metro) entre as pessoas.
1.6. Restringir o uso de elevadores para 50% (cinquenta por cento) da capacidade, com demarcação no
piso.
1.7. Orientar o público a permanecer de máscara durante todo o tempo, exceto no momento reservado ao
consumo de bebidas e alimentos.
1.8. Sempre que possível, adotar entradas e saídas distintas.
1.9. Demarcar posições para gerenciamento de filas internas e externas, com sinalização no piso ou
barreiras, respeitando o distanciamento mínimo de 1m (um metro) entre as pessoas.

2. Funcionários
2.1. Capacitar vigilantes, técnicos de segurança, recepcionistas e demais colaboradores para fiscalização
das medidas de prevenção e combate à covid-19, bem como com relação ao fluxo de visitação e lotação
dos espaços.
2.2. Funcionários devem ser afastados em casos de constatação ou suspeita de ter contraído a covid-19,
devendo ser encaminhados para atendimento em unidades de saúde.
2.3. Verificar a situação vacinal contra covid-19 dos funcionários e colaboradores.
2.3.1. Orientar os funcionários e colaboradores que não tiverem iniciado o esquema vacinal a se
vacinarem.
2.4. Disponibilizar para os colaboradores e clientes meios para higienização das mãos com álcool 70%
(setenta por cento).
2.5. Instruir os funcionários sobre a obrigatoriedade do uso e da correta utilização da máscara e seu
manuseio para guarda ou descarte, recomendando a troca no máximo a cada quatro horas de trabalho, ou
sempre que necessário.
2.6. Instalar barreira física, por meio de anteparo de vidro, acrílico ou outro material eficiente, separando
colaboradores que atuam nos caixas dos clientes.
2.7. Providenciar área apropriada ou vestiário para que os trabalhadores troquem suas roupas ao chegarem
e ao saírem do estabelecimento.
2.8. Funcionários devem vestir uniforme somente no local de trabalho.
2.9. Uniformes, equipamentos de proteção e máscaras não devem ser compartilhados.
2.10. Recomenda-se estabelecer regras e o uso escalonado dos espaços compartilhados, como refeitórios,
copas, cozinhas, elevadores, vestiários, salas de reuniões e outros espaços de convivência.

3. Ambiente e higienização
3.1. Disponibilizar dispensadores com álcool 70% (setenta por cento) em locais visíveis e de fácil acesso.
3.2. Privilegiar a ventilação natural do ambiente, mantendo portas e janelas abertas. O uso de ventilador é
permitido no modo exaustor.
3.3. Caso os ambientes sejam climatizados, deve-se observar e praticar as medidas dispostas no item 5
deste Anexo.
3.4. Manter disponíveis para a fiscalização protocolos e rotinas de higienização de mobiliários e
superfícies.
3.5. Higienizar sistematicamente:
3.5.1. As áreas, os objetos e as superfícies comuns, como pisos, banheiros, balcões, bancadas, corrimãos,
esteiras, caixas registradoras, calculadoras, com produtos sanitizantes regularizados no órgão competente,
seguindo as orientações do fabricante, conforme Quadro 2 deste Anexo;
3.5.2. Telefones fixos e móveis de uso coletivo e máquinas de cartões de débito e crédito, que deverão
estar cobertas com filme plástico.
3.6. As lixeiras devem ser providas de dispositivos que dispensem acionamento manual.
3.7. Separar lixo com potencial de contaminação para descarte, como luvas, máscaras e equipamentos de
proteção individual – EPIs.
3.8. Os produtos de limpeza e desinfecção devem estar registrados ou autorizados pelo órgão competente
e conforme Nota Técnica nº 26/2020/SEI/COSAN/GHCOS/DIRE3/ANVISA, disponível no endereço
eletrônico www.anvisa.gov.br.
3.9. Limitar a utilização de bebedouros somente à coleta de água em recipientes individuais ou copos
descartáveis, sendo vedado o uso de bebedouros de jato inclinado.

4. Banheiros
4.1. Manter as saboneteiras e os toalheiros dos lavatórios dos clientes e colaboradores abastecidos de
sabonete líquido, papel toalha descartável e álcool 70% (setenta por cento).
4.2. Adotar mecanismos para assegurar o distanciamento mínimo de 1m (um metro) entre pessoas que se
deslocam e aguardam para acessar os banheiros.
4.3. Limitar o acesso aos banheiros à sua capacidade de uso.
4.4. Manter os banheiros limpos e sanitizados, ajustando a frequência de acordo com a necessidade.

5. Cuidados com equipamentos de ar-condicionado


5.1. A manutenção de instalações e equipamentos de sistemas de climatização de ambiente deve observar
o disposto na Lei Federal nº 13.589, de 4 de janeiro de 2018.
5.2. Antes de ligar o sistema, realizar a troca imediata de todos os filtros, optando, preferencialmente, por
filtros de maior eficiência de filtragem.
5.3. Realizar a limpeza geral dos dutos.
5.4. Após as etapas descritas nos itens 5.2 e 5.3, deixar o sistema operando por pelo menos vinte e quatro
horas, promovendo maior renovação do ar, deixando janelas e portas abertas, quando possível.
5.5. Após a troca dos filtros, realizar medições instantâneas de dióxido de carbono, temperatura,
velocidade do ar e de umidade, ao menos uma vez por semana, durante dois meses, anotando em planilha
de controle.
5.5.1. Após este período, medições semestrais.
5.6. Realizar pesquisa, monitoramento e controle ambiental da possível colonização, multiplicação e
disseminação de fungos em ar ambiental interior, ao menos uma vez por semana, durante dois meses,
anotando em planilha de controle.
5.7. Realizar pesquisa, monitoramento e controle de aerodispersóides totais em ambientes interiores
climatizados ao menos uma vez por semana, durante dois meses, anotando em planilha de controle.
5.7.1. Após esse período, medições semestrais.
5.8. As empresas com mais de cinquenta empregados deverão informar a vigilância sanitária municipal
sobre a presença de ar-condicionado.
5.9. Nas empresas onde haja a circulação de mais de duzentas pessoas por dia, a vigilância sanitária
municipal deverá ser informada sobre a presença de ar-condicionado.

6. Protocolo específico para estabelecimentos religiosos

Além das medidas sanitárias e restrições gerais para prevenção à epidemia da covid-19, os
estabelecimentos religiosos deverão:

6.1. Utilizar máscara durante todo o período da cerimônia, inclusive os celebrantes e assistentes.
6.2. Respeitar o distanciamento de 1m (um metro) entre as pessoas dentro do local, exceto pessoas do
mesmo convívio residencial.
6.3. Disponibilizar álcool 70% em locais visíveis e de fácil acesso para o público.
6.4. Higienizar os espaços de celebração, assentos e superfícies de contato do público e celebrantes antes
e depois de cada celebração e demais atividades.
6.5. Orientar o público participante que evite sair dos assentos designados e se locomover durante a
celebração.
6.6. Assegurar a ventilação adequada do local de realização da celebração religiosa, preferencialmente
com ventilação natural, mantendo-se as portas e janelas abertas;
6.7. Observar e praticar as medidas dispostas no protocolo geral de vigilância em saúde, em caso do uso
de ar-condicionado.
6.8. Manter horários espaçados entre as celebrações para evitar aglomeração na entrada e saída;
6.9. Sempre que possível, eliminar rituais que envolvam toques e compartilhamento de objetos;
6.10. Afixar cartazes:
6.10.1. Informando a lotação máxima e as medidas recomendadas para a higienização das mãos, uso
correto das máscaras e etiqueta da tosse e do espirro.
6.10.2. Sinalizando áreas comuns com informações sobre distanciamento de pessoas, orientações de
segurança e medidas de prevenção da covid-19.

Quadro 2

Você também pode gostar