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Caderno
educacional Material do professor
LÍNGUA
LÍNGUA
PORTUGUESA
Material de apoio 4º bimestre
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Caderno
educacional Material do professor
LÍNGUA
LÍNGUA
PORTUGUESA
Material de apoio 4º bimestre
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Expediente
Marconi Ferreira Perillo Júnior
Governador do Estado de Goiás
Thiago Mello Peixoto da Silveira
Secretário de Estado da Educação
Raph Gomes Alves
Superintendente de Inteligência Pedagógica e Formação
Márcia rejane Martins da Silva Brito
Chefe do Núcleo da Escola de Formação
Valéria Marques de Oliveira
Gerente de Formação Central
Elaboradores
Ana Christina de Pina Brandão
Arminda Maria de Freitas Santos
Débora Cunha Freire
Edinalva de Carvalho
Joanede Aparecida Xavier de Souza Fé
Lívia Aparecida da Silva
Marilda de Oliveira Rodovalho
Rosely Aparecida Wanderley Araújo
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Apresentação
O Governo do Estado de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da
Educação (SEDUC), criou o “Pacto pela Educação” com o objetivo de avançar
na oferta de um ensino qualitativo às crianças, jovens e adultos do nosso Estado.
Assim, busca-se adotar práticas pedagógicas de alta aprendizagem.
Dessa forma, estamos desenvolvendo, conjuntamente, várias ações, dentre
elas, a produção deste material de apoio e suporte. Ele foi concebido tendo por
finalidade contribuir com você, professor, nas suas atividades diárias e, também,
buscando melhorar o desempenho de nossos alunos. Com isso, espera-se
amenizar o impacto causado pela mudança do Ensino Fundamental para o
Médio, reduzindo assim a evasão, sobretudo na 1ª série do Ensino Médio.
Lembramos que a proposta de criação de um material de apoio e suporte
sempre foi uma reivindicação coletiva de professores da rede. Proposta esta
que não pode ser viabilizada antes em função da diversidade de Currículos que
eram utilizados. A decisão da Secretaria pela unificação do Currículo para
todo o Estado de Goiás abriu caminho para a realização de tal proposta.
Trata-se do primeiro material, deste tipo, produzido por esta Secretaria,
sendo, dessa forma, necessários alguns ajustes poste\riores. Por isso, contamos
com a sua colaboração para ampliá-lo, reforçá-lo e melhorá-lo naquilo que for
preciso. Estamos abertos às suas contribuições.
Sugerimos que este caderno seja utilizado para realização de atividades
dentro e fora da sala de aula. Esperamos, com sua ajuda, fazer deste um objeto
de estudo do aluno, levando-o ao interesse de participar ativamente das aulas.
Somando esforços, este material será o primeiro de muitos e, com certeza,
poderá ser uma importante ferramenta para fortalecer sua prática em sala de
aula. Assim, nós o convidamos para, juntos, buscarrmos o aperfeiçoamento de
ações educacionais, com vistas à melhoria dos nossos indicadores,
proporcionando uma educação mais justa e de qualidade.
A proposta de elaboração de outros materiais de apoio continua e a sua
participação é muito importante. Caso haja interesse para participar dessas
elaborações, entre em contato com o Núcleo da Escola de Formação pelo e-
mail cadernoeducacional@seduc.go.gov.br
Bom trabalho!
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Sumário
Romance
Levantamento dos conhecimentos prévios / Introdução aos estudos do gênero ......09
Aula 1 ...........................................................................................................................09
Ampliação dos conhecimentos sobre o gênero...................................................12
Aula 2 ...........................................................................................................................12
Aula 3 ...........................................................................................................................19
Aula 4 ...........................................................................................................................20
Aula 5 ...........................................................................................................................23
Aula 6 ...........................................................................................................................25
Sistematização dos conhecimentos sobre o gênero...........................................30
Aula 7 ...........................................................................................................................30
Aula 8 ...........................................................................................................................30
Aula 9 ...........................................................................................................................31
Aula 10 ........................................................................................................................34
Teatro
Levantamento dos conhecimentos prévios/Introdução aos estudo dos gênero ......39
Aula 11.........................................................................................................................39
Ampliação dos conhecimentos sobre o gênero ...................................................................41
Aula 12.........................................................................................................................41
Aula 13.........................................................................................................................45
Aula 14..................................................................................................................................51
Aula 15.........................................................................................................................53
Aula 16.........................................................................................................................55
Aula 17.........................................................................................................................61
Aula 18.........................................................................................................................62
Aula 19 .... ...................................................................................................................63
Aula 20.........................................................................................................................65
Sistematização dos conhecimentos sobre o gênero ...........................................................68
Aula 21.........................................................................................................................68
Aula 22 .... ...................................................................................................................69
Aula 23.........................................................................................................................69
Aula 24 .... ...................................................................................................................70
Aula 25.........................................................................................................................72
Referências..................................................................................................................74
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língua portuguesa
Romance
Professor(a), vamos trabalhar com o gênero Romance: gênero literário, geralmente longo, que pode
acontecer em lugares/espaços variados e organizado com mais de um conflito.
Lembre-se, professor (a), de que o seu entusiasmo e o gosto pela leitura de romances poderão motivar
seus (suas) alunos (as) a lerem esse gênero literário.
Vale ressaltar, também, que, antes de iniciar os estudos de qualquer gênero, é fundamental que você estude
e pesquise sobre suas características.
Então, vamos lá! Pesquise, estude e desenvolva um rico trabalho sobre romance com as suas turmas de 9º ano!
aula 01
Determine um momento para que os alunos leiam e comentem as diferenças de época nas letras das músicas. Mostre
aos estudantes que, como as épocas, os costumes, a linguagem e a maneira de declarar os sentimentos também mudam.
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língua portuguesa
Quando a luz dos olhos meus Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar Resolvem se encontrar
Ai, que bom que isso é meu Deus Ai, que bom que isso é meu Deus
Que frio que me dá o encontro desse olhar Que frio que me dá o encontro desse olhar
Mas se a luz dos olhos teus
Mas se a luz dos olhos teus Resiste aos olhos meus
Resiste aos olhos meus Só pra me provocar
Só pra me provocar
Meu amor juro por Deus
Meu amor juro por Deus Me sinto incendiar
Me sinto incendiar
Meu amor juro por Deus
Meu amor juro por Deus Que a luz dos olhos meus
Que a luz dos olhos meus Já não pode esperar
Já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus Na luz dos olhos teus
Sem mais la ra ra ra... Sem mais la ra ra ra...
Pela luz dos olhos teus Pela luz dos olhos teus
Eu acho meu amor que só se pode achar Eu acho meu amor e só se pode achar
Que a luz dos olhos meus precisa se casar Que a luz dos olhos meus precisa se casar
( La ra ri ra ra ra...) Que a luz dos olhos meus precisa se casar
( La ra ri ra ra ra...) Que a luz dos olhos meus precisa se casar
Precisa se casar, precisa se casar (repete até o fim)
http://letras.mus.br/tom-jobim/73343/#selecoes/49022/
Rosa
Pixinguinha
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língua portuguesa
Eduardo e Mônica
Legião Urbana
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língua portuguesa
Mas a menina tinha tinta no cabelo Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer
Eduardo e Mônica eram nada parecidos E decidiu trabalhar (não!)
Ela era de Leão e ele tinha dezesseis E ela se formou no mesmo mês
Ela fazia Medicina e falava alemão Que ele passou no vestibular
E ele ainda nas aulinhas de inglês E os dois comemoraram juntos
Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus E também brigaram juntos, muitas vezes depois
Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud E todo mundo diz que ele completa ela
E o Eduardo gostava de novela E vice-versa, que nem feijão com arroz
E jogava futebol-de-botão com seu avô Construíram uma casa há uns dois anos atrás
Ela falava coisas sobre o Planalto Central Mais ou menos quando os gêmeos vieram
Também magia e meditação Batalharam grana, seguraram legal
E o Eduardo ainda tava no esquema A barra mais pesada que tiveram
Escola, cinema, clube, televisão Eduardo e Mônica voltaram pra Brasília
E mesmo com tudo diferente, veio mesmo, de repente E a nossa amizade dá saudade no verão
Uma vontade de se ver Só que nessas férias, não vão viajar
E os dois se encontravam todo dia Porque o filhinho do Eduardo tá de recuperação
E a vontade crescia, como tinha de ser E quem um dia irá dizer
Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia Que existe razão
Teatro, artesanato, e foram viajar Nas coisas feitas pelo coração?
A Mônica explicava pro Eduardo E quem irá dizer
Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar Que não existe razão?
http://letras.mus.br/legiao-urbana/22497/
aula 02
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língua portuguesa
Prática de oralidade
Professor (a), inicie esta aula socializando as pesquisas realizadas pelos alunos. Neste momento, é fundamental
a sua mediação para a sistematização dos conceitos pesquisados. Esclareça-lhes que no século XVIII, o romance
tornou-se o porta-voz das ambições e desejos das pessoas da época, constituindo uma forma de passatempo
e de fuga do cotidiano. O escritor era pago para oferecer uma imagem otimista e leve da vida. Era o romance
romântico, que trazia história de encontros, casamentos, realização de sonhos e desilusões.
Assim, a palavra romance passou a designar um estilo literário dotado de profundo sentimentalismo,
inicialmente narrado em verso e, posteriormente, em prosa. Entretanto, isso muda no período contemporâneo,
quando várias temáticas são abordadas de diversas formas e diferentes estilos.
Apresentamos, abaixo, também, pequenos conceitos dos termos solicitados acima, que poderão somar-se às suas
pesquisas em relação ao estudo deste gênero literário e auxiliá-lo(a) no momento de sistematizar esta atividade
Conceito
ROMANCE é uma forma literária do gênero narrativo literário que transpõe para a ficção a experiência humana.
Suas características são a narrativa longa, geralmente dividida em capítulos, os personagens variados em torno das
quais acontece a história principal e também histórias paralelas a essa, pode apresentar espaço e tempo variados.
No romance, a metrificação, muito utilizada no verso, é abandonada e a prosa de tom relativamente coloquial
torna-se uma característica da linguagem narrativa.
Os personagens do romance são fictícios, vivendo acontecimentos imaginários. Os personagens centrais (heróis)
passam a ser homens comuns vivendo dramas corriqueiros como complicações sentimentais, sociais ou financeiras.
Eles são abordados por inteiro, ficando a alma fraturada entre os desejos íntimos e a realidade quase sempre hostil,
apresentando uma complexidade maior.
Com o romance nasce a análise psicológica e o conflito interior dos personagens são temas recorrentes, além
dos conflitos dos indivíduos com o mundo, sobretudo na luta contra as normas sociais e os preconceitos.
Sede de amor, de justiça e de dignidade humana que impelem ao desejo de mudança de um mundo, geralmente
insensível e injusto são comumente abordados no romance. No entanto, o resultado desse esforço é, na maioria das
vezes, o fracasso. Desamparado, o personagem ou adere à ordem opressiva ou sucumbe à desilusão, à loucura e até
à morte. Porém algumas obras do gênero o herói triunfa.
Disponível em http://obelletrista.wordpress.com/2012/10/10/conceito-e-caracteristicas-do-romance/
ROMANTISMO foi um movimento artístico, político e filosófico surgido nas últimas décadas do século XVIII
na Europa que perdurou por grande parte do século XIX.Caracterizou-se como uma visão de mundo contrária ao
racionalismo e ao iluminismo e buscou um nacionalismo que viria a consolidar os estados nacionais na Europa.
Inicialmente apenas uma atitude, um estado de espírito, o Romantismo toma mais tarde a forma de um
movimento, e o espírito romântico passa a designar toda uma visão de mundo centrada no indivíduo. Os autores
românticos voltaram-se cada vez mais para si mesmos, retratando o drama humano, amores trágicos, ideais utópicos
e desejos de escapismo.
O termo romântico refere-se ao movimento estético ou, em um sentido mais lato, à tendência idealista ou poética
de alguém que carece de sentido objetivo.
O Romantismo é a arte do sonho e fantasia. Valoriza as forças criativas do indivíduo e da imaginação popular.
Opõe-se à arte equilibrada dos clássicos e baseia-se na inspiração fugaz dos momentos fortes da vida subjetiva: na
fé, no sonho, na paixão, na intuição, na saudade, no sentimento da natureza e na força das lendas nacionais.
Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Romantismo
Acessado em 13/06/2013.
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Agora você terá oportunidade de apresentar ao (à) seu (sua) professor (a) e colegas a pesquisa que realizou.
Vamos lá: leia ou fale, espontaneamente, o que conseguiu apreender sobre romance e romantismo!
Professor(a), após esta socialização, antecipe-lhes a leitura a ser realizada, a seguir, com algumas questões norteadoras:
• Seus avós já contaram a vocês como era o namoro, antigamente? Comente.
• Atualmente, como o amor é retratado nas músicas, novelas e nos filmes?
• Qual a sua opinião sobre as diferentes formas de viver o amor?
• Você já leu uma história romântica? Qual?
• Como o amor é abordado nesta história?
Prática de leitura
Professor(a), agora proponha aos estudantes a leitura silenciosa do capítulo 21 do romance romântico “A Moreninha”,
de Joaquim Manuel de Macedo. Mas, lembre-se de que é necessário contextualizá-la. Como o capítulo escolhido é
um dos últimos do livro, é imprescindível que você os situe em relação ao enredo, o espaço e as personagens desta
narrativa. Para tanto, faça um estudo antecipado desta obra e seu autor e apresente-os a seus alunos.
Por ser um romance escrito no século XIX, certamente seus alunos encontrarão dificuldade na compreensão
do vocabulário utilizado. Nesse caso, solicite-lhes que, durante a leitura, registrem no caderno as palavras e
expressões que comprometerem o entendimento da história, para uma discussão posterior. Vale ressaltar,
aqui, a importância da inferência, como estratégia de leitura: mesmo não conhecendo a palavra, o(a) leitor(a)
poderá inferir-lhe um significado pelo contexto.
Caro(a) estudante, faça a leitura do capítulo 21 do romance “A Moreninha” – de Joaquim Manuel de Macedo.
Procure fazer uma leitura interpretativa dessa história romântica, registrando no seu caderno as palavras
desconhecidas, que comprometam o entendimento do texto.
A Moreninha
Joaquim Manuel de Macedo
Capítulo XXI – 2º Domingo: Brincando com bonecas
Raiou o belo dia, que seguiu a sete outros, passados entre sonhos, saudades e esperanças. Augusto está viajando, e
já não é mais aquele mancebo cheio de dúvidas e temores da semana passada; é um amante que acredita ser amado e
que vai, radiante de esperanças, levar à sua bela mestra a lição de marca que lhe foi passada.
O prognóstico de d. Carolina, na gruta encantada, vai-se verificando: Augusto está completamente esquecido da
aposta que fez e do camafeu que outrora deu à sua mulher. Um bonito rosto moreninho fez olvidar todos esses episódios
da vida do estudante. D. Carolina triunfa, e seu orgulho de despotazinha de quantos corações conhece deveria estar
altaneiro, se ela não amasse também.
Como da primeira vez, Augusto vê o dia amanhecer-lhe no mar; e, como na passada viagem, avista sobre o rochedo
o objeto branco, que vai crescendo mais e mais, à medida que seu batelão se aproxima, até que distintamente conhece
nele a elegante figura de uma mulher, bela por força; mas desta vez, não como da outra, essa figura se demora sobre o
rochedo, não desaparece como um sonho, é uma bonita realidade: é d. Carolina que só desce dele para ir receber o
feliz estudante que acaba de desembarcar.
— Minha bela mestra!
— Meu aprendiz!... Já sei que traz o nome bem marcado.
Oh! Sempre precisarei que me queira puxar as orelhas.
— Não, eu não farei tal na lição de hoje.
— E se eu merecer?
— Talvez.
— Então errarei toda a lição.
Eles se sorriam, mas Filipe acaba de chegar e todos três vão pela avenida se dirigindo à casa.
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Ter a ventura de receber o braço de uma moça bonita e a quem se ama, apreciar sobre si o doce contato de uma
bem torneada mão que tantas noites se tem sonhado beijar; roçar às vezes com o cotovelo um lugar sagrado; voluptuoso
e palpitante; sentir sob sua face o perfumado bafo que se esvaiu dentre os lábios virginais e nacarados, cujo sorrir se
considera um favor do céu; o apanhar o leque que escapa da mão que estremeceu, tudo isso... mas para que divagações?
Que mancebo há aí, de dezesseis anos por diante, que não tenha experimentado esses doces enleios, tão leves para a
reflexão e tão graves e apreciáveis para a imaginação de quem ama? Pois bem, Augusto os está gozando neste momento;
mas, porque só a ele é isto de grande intimidade e convém dizer apenas o que absolutamente se faz preciso, pode-se,
sem inconveniente, abreviar toda a história de duas boas horas, dizendo-se: almoçaram e chegou a hora da lição.
— Vamos, disse d. Carolina a Augusto, que estava já assentado a seus pés e em sua banquinha; vamos, meu aprendiz,
o senhor comprometeu-se a trazer-me um nome marcado pela sua mão; que nome marcou?
— Entendi que devia ser o nome da minha bela mestra.
Ela não esperava outra resposta.
— Vamos, pois, ver a sua obra, continuou, e creia que estou disposta a perdoar-lhe, como fiz na lição passada.
Venha a marca.
Augusto apresentou então um finíssimo lenço aos olhos da sua bela mestra, que teve de ler em cada ângulo dele o
nome Carolina e no centro o dístico Minha bela mestra. Tudo estava primorosamente trabalhado, e preciso é confessar:
o aprendiz havia marcado melhor do que nunca o tivera feito d. Carolina.
Augusto esperava com ansiedade ver brilhar nos olhos de sua bonita querida o prazer da gratidão, e fruía já de
antemão o terno agradecimento com que contava, quando viu, com espanto, que sua bela mestra ia gradualmente
corando e por fim se fez vermelha de cólera e de despeito.
Nunca a mão grosseira de um homem poderia marcar assim!... disse ela a custo.
— Mas minha bela mestra...
— Eu quero saber quem foi! exclamou com força.
— Eu não entendo...
— Foi uma mulher! Isso não carece que me diga. Uma moça lhe marcou este lenço para o senhor vir zombar e rir-
se de mim, de minha credulidade, de tudo!...
— Minha senhora...
— Vejam!... Já nem quer chamar-me sua mestra!... Agora só sabe dizer "minha senhora"!...
A interessante jovem acabava de ser inesperadamente assaltada de um acesso de ciúme. Augusto estava espantado
e a sra. d. Ana, levantando os olhos ao escutar a última exclamação de sua neta, viu-a correndo para ela.
Que é isto, menina? perguntou.
— Veja, minha querida avó: aqui está a marca que ele me traz! Eu queria um nome muito mal feito, uma barafunda
que se não entendesse, o pano suado e feio, tudo mau, tudo péssimo, e eu me riria com ele. Sabe, porém, o que fez?
Foi para a Corte tomar outra mestra, que não há de ter a minha paciência nem o meu prazer, mas que marca melhor
que eu, que é mais bonita!... Veja, minha querida avó; ele tem outra mestra, outra bela mestra!...
E dizendo isto, ocultou o rosto no seio da extremosa senhora e começou a soluçar.
— Que loucura é essa, menina? Que tem que ele tomasse outra mestra? Pois por isso choras assim?
— Mas nem me quer dizer o nome dela!... Que me importa que seja moça ou bonita? Nada tenho com isso, porém
quero saber-lhe o nome, só o nome!...
Então ela ergueu-se e, com os olhos ainda molhados, com a voz entrecortada, mas com toda a beleza da dor e
delírio do ciúme, voltou-se para Augusto e perguntou:
— Como se chama ela?
— Juro que não sei.
— Não sabe?...
— Quis trazer um lenço bem marcado para ostentar meus progressos e motivar alguns gracejos e mandei-o
encomendar a uma senhora muito idosa, que vive destes trabalhos.
— Muito idosa?
—É a verdade.
— Não lhe deram este lenço?
— Paguei-o.
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— Pois eu rasgo...
— Pode-o fazer.
— Ei-lo em tiras.
— Que fazes, Carolina? exclamou a sra. d. Ana, querendo, já tarde, impedir que sua neta rasgasse o lenço.
— Fez o que cumpria, minha senhora, acudiu Augusto: exterminou o mau gênio que acaba de fazê-la chorar.
— E que importa que eu rasgasse um lenço, minha querida avó? Peço-lhe licença para dar um dos meus ao sr.
Augusto.
A sra. d. Ana, que começava a desconfiar da natureza dos sentimentos da mestra e do aprendiz, julgou a propósito
não dar resposta alguma, mas nem com isso desnorteou a viva mocinha que, tirando da sua cesta de costura um lenço
recentemente por ela marcado, o ofereceu a Augusto, dizendo:
— Eu não admito uma só desculpa, não desejo ver a menor hesitação; quero que aceite este lenço.
Augusto olhou para a sra. d. Ana, como para ler-lhe n’alma o que ela pensava daquilo.
— Pois rejeita um presente da minha neta? perguntou a amante avó.
A resposta de Augusto foi um beijo na prenda de amor.
— Agora, que já estamos bem, disse ele, vamos à minha lição.
— Não, não, respondeu a bela mestra, basta de marcar; não me saí bem do magistério, chorei diante do meu
aprendiz, não falemos mais nisto.
— Então fui julgado incapaz de adiantamento?
— Ao contrário, pelo trabalho que trouxe, vi que o senhor estava adiantado demais; porém, sou eu quem tem
outros cuidados.
— Já tem cuidados?...
— Quem é que deles não carece?... O pai de família tem os filhos, o senhor, os seus livros e eu, que sou criança,
tenho as minhas bonecas. Quer vê-las?
— Com o maior prazer.
Um momento depois a sala estava invadida por uma enorme quantidade de bonecas, cada uma das quais tinha
seus parentes, seus vestidos, jóias e um número extraordinário de bugiarias, como qualquer moça da moda as tem no
seu toucador.
Ora, o tal bichinho chamado amor é capaz de amoldar seus escolhidos a todas as circunstâncias e de obrigá-los a
fazer quanta parvoíce há neste mundo. O amor faz o velho criança, o sábio doido, o rei humilde cativo; faz mesmo às
vezes, com que o feio pareça bonito e o grão de areia um gigante. O amor seria capaz de obrigar a um coxo a brincar
o tempo-será, a um surdo o companheiro companhão e a um cego o procura quem te deu. O amor foi O inventor das
cabeleiras, dos dentes postiços que... mas, alto lá! Que isto é bulir com muita gente; enfim, o amor está fazendo um
estudante do quinto ano de medicina passar um dia inteiro brincando com bonecas.
Com efeito, Augusto já sabe de cor e salteados todos os nomes dos membros daquela família, conhece os diversos
graus de parentesco que existem entre eles, acalenta as bonecas pequenas, despe umas e veste outras, conversa com
todas, examina o guarda-roupa, batiza, casa; em uma palavra, dobra-se aos prazeres de sua bela mestra, como uma
varinha ao vento.
No entanto a sra. d. Ana os observa cuidadosa; tem simpatizado muito com Augusto, mas nem por isso quer
entregar todo o futuro do objeto que mais ama no mundo, ao só abrigo do nobre caráter e sérias qualidades que tem
reconhecido no mancebo.
Como de costume, a tarde teve de ser empregada em passeios à borda do mar e pelo jardim. O maior inimigo do
amor é a civilidade; Augusto o sentiu, tendo de oferecer o braço à sra. d. Ana, mas esta lhe fez cair a sopa no mel,
rogando-lhe que o reservasse para sua neta.
Filipe acompanhava sua avó e na viva conversação que entretinham, o nome de Augusto foi mil vezes pronunciado.
Uma vez Augusto e Carolina, que iam adiante, ficaram distantes do par que os seguia.
A mão da bela Moreninha tremia convulsamente no braço de Augusto e este apertava às vezes contra seu peito,
como involuntariamente, essa delicada mão; alguns suspiros vinham também perturbá-los mais e havia dez minutos
eles se não tinham dito uma palavra.
Em uma das ruas do jardim duas rolinhas mariscavam; mas ao sentirem passos, voaram e pousando não longe, em
um arbusto, começaram a beijar-se com ternura; e esta cena se passava aos olhos de Augusto e Carolina!...
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Igual pensamento, talvez, brilhou em ambas aquelas almas, porque os olhares da menina e do moço se encontraram
ao mesmo tempo e os olhos da virgem modestamente se abaixaram e em suas faces se acendeu um fogo, que era o do
pejo. E o mancebo, apontando para as pombas, disse:
— Elas se amam!
E a menina murmurou apenas:
— São felizes!
— Pois acredita que em amor possa haver felicidade?
— Às vezes.
— Acaso já tem a senhora amado?
— Eu?!... E o senhor?
— Comecei a amar há poucos dias.
A virgem guardou silêncio e o mancebo, depois de alguns instantes, perguntou tremendo:
— E a senhora já ama também?
Novo silêncio; ela pareceu não ouvir, mas suspirou. Ele falou menos baixo:
— Já ama também?...
Ela baixou ainda mais os olhos e com voz quase extinta disse:
— Não sei... talvez.
— E a quem?...
— Eu não perguntei a quem o senhor amava.
—Quer que lho diga?...
—Eu não pergunto.
— Posso eu fazê-lo?
— Não... não lho impeço.
—É a senhora.
D.Carolina fez-se cor-de-rosa e só depois de alguns instantes pôde perguntar, forcejando um sorriso:
— Por quantos dias?
— Oh! Para sempre! Respondeu Augusto, apertando-lhe vivamente o braço. Depois ainda continuou:
— E a senhora não me revela o nome feliz?...
— Eu não... não posso...
— Mas por que não pode?
— Por que não devo.
— E nunca o dirá?!
— Talvez um dia.
— E quando?...
— Quando estiver certa que ele não me ilude.
— Então... ele é volúvel?...
— Ostenta sê-lo...
— Oh!... Pelo céu! ... Acabe de matar-me! ... Basta o nome pronunciado bem em segredo, bem no meu ouvido,
para que ninguém o possa ouvir, nem a brisa o leve... Pelo céu!...
— Senhor!...
— Um só nome lhe peço!...
— É impossível! ... Eu não posso!...
— Se eu perguntasse?...
— Oh!... Não!...
— Serei eu?...
A virgem tremeu toda e não pôde responder. Augusto lhe perguntou ainda, com fogo e ternura:
— Serei eu?...
A interessante Moreninha quis falar... não pôde mas, sem o pensar, levou o braço do mancebo até o peito e lhe
fez sentir como o seu coração palpitava.
— Serei eu?... perguntou uma terceira vez Augusto com requintada ternura.
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A jovenzinha murmurou uma palavra que pareceu mais um gemido do que uma resposta, porém que fez
transbordar a glória e o entusiasmo da alma do seu amante; ela tinha dito somente:
— Talvez.
MACEDO, Joaquim Manuel de, 1820-1882. A Moreninha. São Paulo, Saraiva, 1972.
Caro(a), estudante, antes de trabalharmos o significado das palavras desconhecidas, responda às questões abaixo,
de acordo com a sua compreensão em relação ao texto:
1 Conforme o (a) seu (sua) professor (a) já lhes deve ter informado, este é um dos últimos capítulos do livro A Moreninha.
De que se trata esse capítulo?
Trata-se de um diálogo entre Augusto e Carolina (A Moreninha), que estão enamorados, ou seja, estão apaixonados, mas ainda
não estão namorando. O presente de Augusto a Carolina (o lenço com o seu nome, muito bem bordado por uma senhora) e a crise
de ciúme de Carolina são os elementos que contribuem para que os dois declarem este amor, ao final do capítulo.
2 Quem são as personagens que participam deste capítulo?
Augusto, Carolina, Filipe e Dona Ana, irmão e avó de Carolina, respectivamente.
3 O amor entre Augusto e Carolina é revelado por meio das atitudes e diálogos entre os dois, no decorrer do capítulo.
Releia o texto, procurando localizá-los.
No início do Capítulo, Carolina desce do rochedo para ir receber Augusto, que acaba de desembarcar na Ilha, muito feliz por poder
reencontrá-la. Lá pela metade do capítulo, Carolina tem uma crise de ciúmes, a ponto de rasgar o lenço que Augusto lhe levara, por
desconfiar que ele tivesse sido bordado por uma mulher. Logo em seguida, presenteia-o com um lenço seu e o convida a brincar de
boneca com ela. Ao final do capítulo, num passeio pelo jardim, à beira do mar, os dois, encorajados pelo cenário romântico que a
natureza lhes proporciona, experimentam a intimidade de um diálogo inocente para se declararem apaixonados.
4 Estas atitudes ainda são comuns entre os casais de namorados atuais? Como agem, atualmente, os jovens de 15 a 20
anos para se declararem apaixonados ou iniciarem um namoro?
Resposta pessoal.
5 Qual(is) das canções estudadas na aula 1 canta(m) o amor semelhante ao de Carolina e Augusto, de A Moreninha?
6 Considerando as canções ouvidas, este capítulo de A Moreninha e o seu conhecimento de mundo, como você avalia
o comportamento dos namorados do século XIX e os do século XXI ?
Resposta pessoal.
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língua portuguesa
aula 03
Prática de oralidade
Professor(a), socialize o desafio proposto na aula anterior, fazendo as intervenções necessárias.
Apresente ao (à) professor (a) e aos colegas o resultado da pesquisa proposta no desafio da aula anterior. Participe
da atividade, verbalizando as suas respostas, mas também escutando o que os (as) seus colegas responderam.
Prática de leitura
Professor(a), solicite aos alunos que releiam o texto em estudo, procurando ampliar a exploração de estratégias
de leitura como: inferência, seleção e checagem.
Releia o texto em estudo para responder às questões abaixo:
Não. A frase que inicia este capítulo: “Raiou o belo dia, que seguiu a sete outros, passados entre sonhos, saudades e esperanças;”
confirma que há uma semana haviam estado juntos. Além disso, o lenço bordado que ele lhe entrega, e que lhe causa tanto ciúme,
também é um elemento que comprova um encontro anterior.
2 Que informações há neste capítulo que comprovam que Augusto é mais velho que Carolina?
Pode-se perceber a diferença de idade entre os dois, quando Carolina diz: “O pai de família tem os filhos, o senhor, os seus livros
e eu, que sou criança, tenho as minhas bonecas. Quer vê-las?”
E, ainda, neste trecho, quando o narrador fala do que o amor é capaz: “O amor está fazendo um estudante do quinto ano de
medicina passar um dia inteiro brincando com bonecas.”
3 O que significa a expressão “cair a sopa no mel”, que aparece no trecho: “O maior inimigo do amor é a civilidade; Au-
gusto o sentiu, tendo de oferecer o braço à sra. d. Ana, mas esta lhe fez cair a sopa no mel, rogando-lhe que o
reservasse para sua neta.”
Significa que alguma coisa cai ou calha bem, isto é, vem muito a propósito, no momento preciso. No texto em questão, a expressão se
refere à atitude de Dona Ana, que pede a Augusto para acompanhar sua neta.
4 Qual o significado da palavra “virgem” no texto em estudo? Atualmente, esta palavra assume este mesmo significado?
Antigamente, e no texto em estudo, a palavra “virgem” era sinônimo de moça, de uma mulher jovem que ainda não se casara e, que
portanto, conservava sua virgindade. Atualmente, a palavra “virgem” é sinônimo de qualquer mulher que preserva sua virgindade,
independente da faixa etária.
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língua portuguesa
aula 04
Professor(a), neste caderno, estamos propondo uma retomada dos conteúdos/gêneros estudados ao longo do ano.
Para isso, sugerimos, aqui, alguns itens que exploram os gêneros trabalhados até o momento..
Assim, as aulas 04 e 05; 09 e 10; 14 e 15; 19 e 20, 24 e 25 devem ser dedicadas à resolução dos itens propostos
e para uma reflexão acerca dos gabaritos e dos distratores de cada um deles.
Para tanto, reserve um tempo para que os estudantes os resolvam e, em seguida, faça um comentário
aprofundado de cada item deste, justificando seu gabarito e seus distratores.
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língua portuguesa
2 A palavra QUE no trecho “que pairava sobre a cidade como uma má notícia” refere-se
Alternativa A
D2- Estabelecer relações entre partes de um texto, Identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto.
Leia o texto abaixo e responda ao item 3:
3
A ironia do texto está
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língua portuguesa
Eu acho trilegais as histórias que acontecem no Parque. Eu sempre leio as histórias duas vezes. Uma para mim
e outra par o meu irmão caçula Jonas. Eu adoro as confusões que vocês aprontam, acho engraçadas as coisas que
vocês falam. Depois que leio as histórias, o Jonas pega o gibi e fica olhando os brinquedos com cara de sonhador.
Foi ele que pediu para eu escrever esta carta. O sonho dele era poder ir nos brinquedos que ele mais gosta, mas
como isso não é possível, ele se diverte com as historinhas do gibi e usa a imaginação para brincar no Parque.
O Jonas é cadeirante e nossos pais não têm como nos levar até aí.
Continuem sempre nos divertindo.
Abraços, João
(A) padrão.
(B) coloquial.
(C) formal.
(D) regional.
Alternativa B
D13- Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
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língua portuguesa
aula 05
1 No trecho “ao ouvir esta palavra o príncipe sentiu estremeção”, a expressão destacada significa que o príncipe
(A) tremeu.
(B) desmaiou.
(C) assustou-se.
(D) confundiu-se.
Alternativa A
D3- Inferir o sentido de uma palavra ou expressão
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língua portuguesa
2 No trecho “Se não vai casar comigo não vai se casar com ninguém mais.” O termo destacado estabelece uma ideia de:
(A) contradição
(B) conclusão
(C ) condição
(D) explicação.
Alternativa C
D15 - Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunção, advérbios etc.
(A) O combate ao “vírus” da droga que afeta toda e qualquer pessoa independentemente de classe social.
(B) A vida infernal dos usuários que, na maioria das vezes, não possuem boas condições financeiras.
(C) O julgamento superficial das sociedades por não saberem das intimidades e histórias de vida dos usuários.
(D) O aumento do consumo de drogas em decorrência da intensificação do tráfico e da circulação de drogas nas últimas décadas.
Alternativa D
D9- Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto.
(A) “O consumo de drogas está cada vez mais presente em nosso dia a dia”
(B) “a circulação e o tráfico desse entorpecente se intensificaram enormemente nas últimas décadas”
(C) “Infelizmente, as sociedades em geral julgam superficialmente os drogados sem saberem das suas intimidades e história de vida”
(D) Os usuários de drogas pertencem às várias classe sociais.
Alternativa C
D14- Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
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língua portuguesa
aula 06
Prática de oralidade
Professor (a), dando continuidade ao estudo do Romance, sugerimos para esta aula os capítulo 11 e 13 do livro
“Crepúsculo”, de Stephenie Meyer que, provavelmente, alguns estudantes já conhecem porque já leram o livro,
ou porque assistiram ao filme.
Assim como fez com “A Moreninha”, contextualize a obra, de forma que os alunos compreendam os capítulos
em estudo inseridos na história como um todo. Informe-lhes que este é um romance contemporâneo, publicado
em 2008, mas que, como “A Moreninha”, aborda a temática do amor.
Apresentamos, abaixo, uma pequena síntese do enredo dessa história, que poderá somar-se às suas leituras e
também à resenha do filme, publicada no Caderno 7 de Língua Portuguesa da Reorientação Curricular: com
base nas suas leituras.
Crepúsculo é a história: de uma jovem, chamada Bella, que se muda para uma pequena cidade nos EUA e na
nova escola em que vai estudar conhece um rapaz muito excêntrico, Edward. Bella se sente irresistivelmente
atraída por ele. E a atração é perfeitamente correspondida. Tudo seria normal, não fosse o rapaz um vampiro,
contudo, quando ela descobre isto, já não consegue mais viver longe dele.
Prática de leitura
Depois dessa conversa, solicite aos alunos que façam a leitura silenciosa do texto abaixo, procurando relacioná-
lo ao capítulo de “A Moreninha”, estudado anteriormente. Motive--os a localizar diferenças e semelhanças em
relação à temática abordada e à linguagem utilizada nos dois textos.
Caro estudante, leia o texto abaixo, que é parte dos capítulos 11 e 13 do livro Crepúsculo, de Stephenie Meyer,
procurando relacioná-lo ao capítulo 21 do livro “A Moreninha”. Em seguida, responda às questões que se seguem:
Crepúsculo
Stephenie Meyer
Capítulo 11
Complicações
Todo mundo nos viu andando juntos para nosso lugar do laboratório. Percebi que ele não virou mais a cadeira
para se sentar o mais distante possível de mim. Em vez disso, sentou-se bem ao meu lado, nossos braços quase se
tocando. O Sr. Banner entrou na sala naquele momento — que senso de oportunidade soberbo tinha aquele homem
— empurrando um rack alto de metal, sobre rodas, que sustentava uma TV pesadona e obsoleta e um videocassete.
Dia de filme — a melhora do astral da sala era quase tangível. O Sr. Banner enfiou a fita no relutante videocassete
e foi até a parede para apagar a luz. E então, assim que a sala escureceu, de repente fiquei hiperconsciente de que
Edward estava sentado a menos de três centímetros de mim. Fiquei pasma com a eletricidade inesperada que fluía
por meu corpo, maravilhada que fosse possível ter mais consciência dele do que eu já tinha. Quase fui dominada
por um impulso louco de estender a mão e tocá-lo, afagar seu rosto perfeito pelo menos uma vez no escuro. Cruzei
os braços bem firmes no peito, os punhos bem apertados. Eu estava perdendo o juízo. Começaram os créditos de
abertura, iluminando a sala um pouquinho. Meus olhos, por vontade própria, vagaram para ele. Sorri timidamente
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língua portuguesa
ao notar que sua postura era idêntica à minha, os punhos cerrados sob os braços, olhando-me de lado. Ele também
sorriu, os olhos de certo modo conseguindo arder, mesmo no escuro. Virei o rosto antes que começasse a ofegar.
Era absolutamente ridículo que eu ficasse tonta. A hora pareceu muito comprida. Eu não conseguia me concentrar
no filme — nem sabia qual era o tema. Tentei sem sucesso relaxar, mas a corrente elétrica que parecia se originar
de algum lugar no corpo dele não se atenuou. De vez em quando eu me permitia uma olhada rápida na direção
dele, que também não parecia relaxar. O intenso desejo de tocá-lo também se recusava a diminuir, e eu apertei os
punhos nas costelas até que meus dedos doeram do esforço. Soltei um suspiro de alívio quando o Sr. Banner
acendeu a luz no fundo da sala e estiquei os braços diante de mim flexionando os dedos enrijecidos. Edward riu ao
meu lado.
— Bom, isso foi interessante — murmurou ele. Sua voz era sombria e os olhos, cautelosos.
— Hmmm — foi só o que consegui responder.
— Vamos? — perguntou ele, levantando-se facilmente. Eu quase gemi. Hora da educação física. Levantei-me
com cuidado, preocupada que meu equilíbrio pudesse ter sido afetado pela nova e estranha intensidade entre nós.
Ele me acompanhou em silêncio até minha aula seguinte e parou na porta. Virei-me para me despedir. Seu rosto
me assustou — a expressão era dilacerada, quase de dor, e tão terrivelmente linda que o desejo de tocá-lo voltou a
cintilar com a mesma força. Minha despedida ficou presa na garganta. Ele ergueu a mão, hesitante, o conflito
assolando seu olhar, e afagou rapidamente meu rosto com a ponta dos dedos. Sua pele estava gelada, como sempre,
mas o rastro de seus dedos em minha pele era alarmantemente quente — como se eu tivesse queimado, mas sem
sentir a dor. Ele se virou sem dizer nada e se afastou depressa de mim.
Capítulo 13
Confissões
(...)
— Isabella. — Ele pronunciou meu nome inteiro cuidadosamente, depois brincou com meu cabelo com a mão
livre. Um choque percorreu meu corpo com seu toque despreocupado. — Bella, eu não poderia conviver comigo
mesmo se a ferisse. Você não sabe como isso me torturou. — Ele baixou os olhos, novamente envergonhado. —
Pensar em você, imóvel, lívida, fria... Nunca mais vê-la corar de novo, nunca mais ver esse lampejo de intuição em
seus olhos quando você vê através de meus pretextos... Seria insuportável. — Ele ergueu os gloriosos olhos
angustiados para os meus. — Você é, agora, a coisa mais importante do mundo para mim. A mais importante de
toda a minha vida. Minha cabeça girava com a mudança rápida de direção em nossa conversa. A partir do tema
alegre de meu falecimento iminente, de repente estávamos nos declarando. Ele esperou, e embora eu olhasse para
baixo para examinar nossas mãos entre nós, eu sabia que seus olhos dourados estavam nos meus.
— Já sabe como me sinto, é claro — eu disse por fim. — Eu estou aqui... O que, numa tradução grosseira,
significa que eu preferiria estar morta a ficar longe de você. — Franzi o cenho. — Sou uma idiota.
— Você é mesmo uma idiota — concordou ele com uma risada. Nossos olhos se encontraram e eu ri também.
Rimos juntos da idiotice e da mera impossibilidade de um momento desses.
— E então o leão se apaixonou pelo cordeiro... — murmurou ele.
Virei a cara, escondendo os olhos enquanto me arrepiava com a palavra.
— Que cordeiro imbecil — suspirei.
— Que leão masoquista e doentio. — Ele olhou a floresta sombreada por um longo momento e eu me perguntei
aonde seus pensamentos o levavam.
— Por quê...? — comecei e depois parei, sem ter certeza de como continuar.
Ele olhou para mim e sorriu; o sol reluzia em seu rosto, em seus dentes.
— Sim?
— Diga por que fugiu de mim antes.
O sorriso dele desapareceu.
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1 Analisando estes trechos dos capítulos 11 e 13 de “Crepúsculo”, pode-se afirmar que esta obra, mesmo sendo escrita
no século XXI, é um romance romântico? Justifique.
Sim. Porque é uma narrativa longa que retrata o irresistível amor entre dois adolescentes, Bella e Edward.
2 Descreva as sensações dos dois casais apaixonados, quando se encontram sozinhos e bem próximos um do outro.
Ao caminhar de braços dados com Augusto, Carolina treme convulsivamente, em suas faces se acende um fogo, o
seu coração palpita, a ponto de não conseguir falar. Isabella fica com a despedida presa na garganta, fica imóvel,
sente tremores, arrepios, palpitações e choques percorrendo o seu corpo, quando Edward a toca.
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3 Na sua opinião, as sensações vividas pelas personagens dos dois romances são semelhantes? Em caso positivo, a que
você atribui tal semelhança, mesmo se tratando de amores vividos em épocas tão distintas?
Sim. Os dois casais são jovens experimentando uma grande paixão e, nesse caso, sentem-se atraídos, cheios de
desejos, sensações que experimenta todo jovem casal apaixonado, em qualquer época.
4 Mesmo utilizando a linguagem padrão, os dois textos apresentam diferenças quanto ao emprego dessa variedade lin-
guística. Identifique-as!
Professor(a), oriente os alunos a procurarem, nos dois textos, trechos do mesmo campo semântico ou linguístico. Ex.:
a)Trecho de “A Moreninha”
A virgem guardou silêncio e o mancebo, depois de alguns instantes, perguntou tremendo:
— E a senhora já ama também?
a)Trecho de “Crepúsculo”
Ele sorriu de novo.
— Você não fez nada de errado, Bella. A culpa foi minha.
b)Trecho de “A Moreninha”
—Eu não pergunto.
—Posso eu fazê-lo?”
b)Trecho de “Crepúsculo”
— Diga por que fugiu de mim antes.
— Você não sabe por quê?
Romance urbano: nele a vida social das grandes cidades era retratada, e o motivo das tramas
eram, principalmente, as comuns intrigas amorosas, as traições, os ambientes urbanos e
outras situações comuns da vida das pessoas que vivem neles.
Romance Regionalista: Aborda questões sociais a respeito de determinadas regiões do
Brasil, destacando características de cada região, linguajar típico da região muitas vezes é
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utilizado no Romance e as personagens são pessoas que vivem longe das cidades.
Romance Indianista: Ocorrido principalmente no Romantismo, traz à tona a vida e os cos-
tumes indígenas. Algumas vezes, no Romantismo, trazem uma idealização do índio que vira
um herói convivendo com o homem branco.
Romance Histórico: como o próprio o nome diz, é um Romance que destaca vida e costumes
de certa época e lugar da história. Faz uma mesclagem entre fatos realmente ocorridos e
fatos fictícios.
Quanto à época ou escola literária:
Romance Romântico: Nesse tipo de Romance se destacavam os ideais cavalheirescos, a idea-
lização da mulher e o heroísmo, dignidade e amor à pátria nas personagens masculinas. As
narrativas traziam uma constante luta entre o bem e o mal, sempre com a vitória do bem.
Narravam sempre histórias de amor, onde era certo o conhecido “Final Feliz”.
Romance Realista: Tem características temáticas influenciadas pelo cientificismo da época.
É carregado de críticas sociais e traz à tona defeitos dos homens que até então não eram re-
velados, como o materialismo, a traição, além de defeitos de caráter e personalidade expli-
cados pelo determinismo. Personagens tipo são muito cultivadas nessas obras, ainda com o
objetivo de criticar a sociedade. A linguagem é correta e a narrativa é lenta, com pausas para
minuciosas descrições.
Romance Naturalista: em muitos casos não se separa das narrativas realistas. Tem basica-
mente as mesmas características e foram produzidos no mesmo período. A diferença básica
entre as duas tendências é que enquanto os Romances Realistas trazem personagens com
características comuns à natureza humana, o Romance Naturalista tende aos aspectos pato-
lógicos, dando margem a características animalescas. A análise social é feita a partir de per-
sonagens marginalizadas.
Romance Modernista: Caracteriza-se pelo seu caráter revolucionário e pelo protesto a qual-
quer tipo de convenção social. Como o movimento modernista teve várias tendências, às
vezes até individuais, não podemos destacar muitas características em comum entre as obras.
Traziam consigo forte crítica social e novas abordagens e visões do mundo.
Conforme você viu, na aula 2, o romance romântico é apenas uma das abordagens dos vários tipos de
romances da literatura brasileira. O seu desafio, desta vez, é pesquisar sobre os outros tipos de romances
existentes. Bom trabalho!
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aula 08
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Solicite-lhes que usem um marcador de texto ou lápis de outra cor para assinalar o que pretendem modificar,
com base nas questões abaixo.
Fique atento(a), pois alguns estudantes vão precisar de uma atenção especial. Nesse caso, é importante que
você dedique-lhes um acompanhamento individual: sente-se com eles(as), faça-lhes algumas perguntas e leia
o texto em voz alta para que percebam o que não ficou claro, onde estão os problemas.
Retome o seu texto e reescreva-o com base nas questões abaixo. Capriche neste aprimoramento, deixando-
o no ponto de ser publicado. Parabéns e até a próxima!
• O romance cumpre o objetivo a que se propõe: emocionar, divertir, provocar reflexão, enredar o leitor?
• Organiza a narrativa em primeira ou terceira pessoa?
• As marcas de tempo e lugar estão presentes?
• As personagens estão bem caracterizadas?
• O enredo está bem desenvolvido, coerente? Há uma unidade de ação?
• Os diálogos das personagens são pontuados corretamente?
• Faz uso de verbos de dizer?
• Há alguma palavra que não está escrita corretamente, frases incompletas, erros gramaticais, ortográficos?
E a pontuação está correta?
• Criou um título para o romance e/ou para o capítulo produzido?
• O título mobiliza o leitor para a leitura?
Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro/Caderno do Professor - Orientações para produção de textos , Cenpec: 2010
aula 09
u Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi
produzido e daquelas em que será recebido.
u Identificar o tema de um texto.
Preço: R$800
Aparelho zerado, sem arranhões, com capa e película...OBS...aceito troca por celular de menor valor
Disponível em http://www.bomnegocio.com/goias/grande_goiania_e_anapolis/razr_i_18017624.htm?
Acesso em 24/06/2013
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Texto 1
http://www.culturamix.com/meio-ambiente/poluicao/problemas-com-poluicao-ambiental
Texto 2
Preservando o ambiente aquático
A preservação do meio ambiente é importante tanto para os animais (espécies) quanto para o homem.
Os mangues no Brasil, por exemplo, são ecossistemas de transição entre a terra e o mar. Suas águas são ricas em
sais minerais e matéria orgânica. Porém a poluição vem destruindo nossos manguezais.
Esta poluição é causada por esgotos jogados nos mangues, navios e
indústrias petroquímicas etc. Devemos ter consciência que a relação entre os seres vivos entre si e com o
ambiente permite a sobrevivência das espécies e que os ecossistemas precisam estar em equilíbrio dinâmico para
que possam oferecer boas condições ao desenvolvimento da vida.
Uma das causas da depredação do meio ambiente é o derramamento de petróleo no mar. O petróleo
flutua na água porque é menos denso que a água, formando uma camada que impede a penetração de gás
oxigênio e de luz do Sol. Sem oxigênio, os peixes morrem e, sem luz solar, as plantas não realizam a fotossíntese.
E animais também não conseguem se alimentar de algas flutuantes (maiores fornecedoras de oxigênio para o
nosso planeta).
O petróleo também gruda nas brânquias dos peixes, matando-os por asfixia (falta de oxigênio) e ainda gruda
nas penas das aves que se alimentam de peixes, impedindo que possam voar. Então o petróleo derramado no
mar compromete a cadeia alimentar da vida aquática e a oxigenação da água.
O óleo também é jogado ao mar por barcos, assim como o petróleo.
Outro agente causador da poluição são os detergentes, que formam uma espuma branca sobre as águas.
È comum ouvirmos chamar essa espuma de “cisne de espumas”.
[...]
http://www.soq.com.br/conteudos/ef/meioambiente/
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(A) contrários.
(B) divergentes.
(C) semelhantes.
(D) complementares
Alternativa D
D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema,
em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido
aula 10
O tempo parece parar por aqui. Natal é lugar de ares paradisíacos. Entre o mar e dunas o nosso céu amplo de
celebrar. Há um mar festivo, límpido em azuis dos mais variados. E nuvens azuladas. Natal abriga esse almejado
encontro: alunos e seus professores vindos das mais diversas cidades com suas crônicas vencedoras. É lugar de
estarmos juntos, de convívio intenso, de criar laços amigos, de rever o aprendido, de aprumar pequenas esperanças,
nossa primordial lição: apurar o olhar cronista.
Quem diria que através de palavras nascidas de ideias e sonhos viríamos a nos adentrar em viveres, ficaríamos
íntimos de tantos lugares, muitos desconhecidos.
Tantos olhares de sentir o mundo com o enfoque sutil, minucioso e particular de cada aluno-cronista presente
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de corpo e palavra! As palavras dos jovens, ranhuras dos olhares desenhadas na tela, no papel, encompridam a
esperança. Atravessam o tempo. Foi um encontro maravilhoso, para não deixar por menos.
Agora que a festa se acaba nos relógios e calendários, continua a vibrar em nossas lembranças, bem na
armazenagem das alegrias. Revivo flashes do que foi esse viver com educadores lutadores e alunos inesquecíveis.
Revejo a chegança. Os olhares em esperto cansaço, a emoção vibrando nas perguntas, nos gestos. Todos brilharam
mais uma vez com a medalha de bronze ao peito de puro merecimento. Repenso: quanto vale um sinal de
reconhecimento!
Depois cada grupo em ofício de estudar ainda um pouco mais sobre as artimanhas da nossa língua mãe
bordariam os dias de outras aprendizagens.
De começar Paulo Riscal, o fotógrafo convidado, abre boa conversa sobre o olhar. O que é objeto especial na
arte de escrever uma crônica, gênero tão particular nessas minúcias. O olhar para a fotografia que resgata a vida.
O olhar fino, meticuloso e certeiro que faz o cotidiano aflorar em palavras de encantar, inquietar e surpreender
inesperadamente cada leitor que passa. E como podemos pegá-lo pela palavra! E nessa intimidade tantas revelações
se desvelam em cada um de nós. Sobreviventes de pó e sonhos. E o que brota das palavras germinadas da emoção
de fisgar o sutil de cada lugar com lente de morador cronista! Assim nos irmanamos: habitantes transitórios de
tantas cidades! Conjugamos verbos essenciais, o subir e o descer, do sudeste montanhoso; manejamos covos em
pescarias imaginadas de uma região do nordeste; partilhamos de uma prosa rasteira com Dona Perpétua, real
cidadã e personagem inspiradora do ato criador; brincamos de imitar os zurros dos jumentos que despertam os
moradores ao invés dos galos numa cidadezinha que emoldurou uma das crônicas admiradas.
O que é fotografar? O que será cronicar? O que um tem um a ver com o outro? Tanta coisa a se revelar pelo
prazer de descobrir, descobrir-se! Dito foi certeiro que uma imagem revela infinitas palavras. Na fotografia o
escrever com a luz. Na crônica o fotografar com palavras. Isso vale? Valeu e valerá. Eis a precisão do escrever com
a luz. A composição, o enquadramento, a atenção, a composição criativa. O quanto isso vale para um cronista que
observa atento a vida que se entrega a clics reveladores. Inaugurava-se na conversa algo como misgalhadinhos de
borboletas: será que os cegos fotografam? E os analfabetos escrevem?
Dali e daqui alguns dias de solidário cenário: de conhecer o sotaque musical do outro, de viver conjugado em
hotel à beira mar, de molhar os pés na espera das ondas do mar, de desvelar o olhar a dois em fotografias, de ficar
debaixo de um cajueiro floresta, de brincar nos primórdios do Descobrimento e ser abençoado, abraçado pelo
vento, pelas batidas das ondas nas pedras escuras, pelo por do sol enfeitando nossa visita ao forte dos Reis Magos,
quase na esquina do mundo.
Quem aplicou a regra dos três terços? Pudemos verificar isso como dança coletiva num painel da mostra das
imagens clicadas pelo fôlego de experimentar e preservar o olhar reconhecido. E doamos todos os sentidos para
os escritos e os sentimentos. Viajamos pelo emaranhado das composições fisgadas em mistérios escondidos em
cada recanto potiguar. Gestos paisagem. De particular brasilidade. Vislumbramos palavras capazes de conceber
alguma verdade em rascunho.
Ainda sobrou tempo para todos se lançarem de novo olhar para se adentrar nas fotografias e delas retirar o
fruto secreto: a palavra a se revelar em crônica. E de experimentar a vida do outro pelas palavras corporificadas.
Como um abrir da pedra em musgo fresco.
Fomos nos adentrando em ler por encanto os textos inaugurados. Deliciamo-nos nos entremeios salpicados
pelo imaginar a miúdas e genuínas cotidianices entre olhares companheiros. Ah, o leitor e seu privilégio de ser
cúmplice de cada olhar cronista!
E veio uma bonita festa! Mais que bonita posso dizer. Uma festa de reencontrar. De recontar o vivido, o
estudado. Experimentar novo diálogo com o professor, parceiro do ofício do saber. Ver o avesso da reescrita e
saber de algumas possibilidades de aprimorar palavras antes de lançá-las ao mundo. Cada um pode ver de mais
perto, em minúscula fotografia, o sabor do seu estilo. O toque humorístico particular, o viés crítico incomodador,
uma pitada de ares filosóficos ou irônicos, o efeito lírico imperando nas armadilhas de envolver o leitor, de fazê-
lo viver a vida de outros cenários.
A ansiedade e uma tristezinha passarinha deu seus ares. Mas, bem maior, gigantesca e desfrutada, uma alegria
bailarina, de comemorar, de se estar plenamente, de abraçar e abraçar-se no reconhecimento sem fim. Uns seguirão
para Brasília levando a aventura do vivido, essas emoções dadivosas como cajus amarelados que se oferecem à sede.
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língua portuguesa
Todos seguiram com seus dizeres em direção ao futuro. O que nos fará possíveis de letras e amor maior. Somos
renascidos de tanto esperançar. Somos uma eterna crônica de aprender um com os outros pelo madrugar das
palavras que nos fazem um só. Quantas crônicas o futuro guardará?
http://www.escrevendo.cenpec.org.br/index.php?option=com_content&
Disponível em http://chargesbruno.blogspot.com.br/
Acesso em 24/06/2013
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língua portuguesa
3 A fila dos que não precisam esperar mais é formada por quem
(A) já morreu.
(B) está doente.
(C) recebeu alta.
(D) recuperou a saúde.
Alternativa A
D5- Interpretar texto com o auxílio de material gráfico diverso (propagandas,quadrinhos, fotos, etc.).
Leia os textos abaixo e responda ao item 4:
Texto 1
Depois de tudo o que tenho visto, ouvido e, principalmente lido, acerca dos últimos acontecimentos na vida dos
brasileiros sou obrigado a concluir que esse movimento/bagunça nada tem de popular. [...]
Essa bagunça é um reflexo da fracassada classe média inconformada com a perda de mão de obra barata para suas
áreas de serviço doméstico. Com o inevitável convívio com gente simples nos espaços onde antes só eles podiam estar
(shoppings, universidades, aeroportos...). Há um outro importantíssimo motivo para "massa cheirosa" que usa griffes
quase sempre falsificadas protestar: como admitir que o governo reserve grande número de vagas nas universidades
públicas para negros, índios e outras minorias? Essas vagas historicamente sempre foram para seu benefício uma vez
que sempre estudaram nos melhores colégios particulares, desde o maternal. [...]
Texto 2
[...] é gratificante verificar que as pessoas voltaram a sentir indignação, a sentir vontade de expressar a sua
discordância com as escolhas políticas atuais e, enfim, decidiram botar "a cara à tapa", dispostas a suportar as
consequências de seu posicionamento. [...] para mim, o mais importante é a sinalização de uma nova era para o Brasil...
uma era em que o respeito aos direitos do povo - qualquer direito - será exigido nas ruas e todos os inescrupulosos
repugnantes que hoje tripudiam sobre o cidadão comum pensarão duas vezes antes de seguirem adiante com sua
podridão. Uma era em que o "jeitinho brasileiro" não mais será nosso lema, uma era em que o "pão e circo" não mais
será a solução ideal para nossos problemas... uma era em que a educação básica será pública e gratuita de novo, uma
era em que todos terão transporte público decente, uma era em que os hospitais funcionarão, os professores darão
aulas satisfeitos, uma era em que todos lutarão em pé de igualdade por seus empregos, uma era em que ninguém
mais viverá de esmola (e se contentará com isso), uma era em que cisternas, irrigação por gotejamento, captação de
água da chuva e tantas outras soluções simples acabarão com o estigma da seca que destrói o sertão, uma era em que
Natureza será reverenciada, em que os recursos naturais serão usados com sabedoria, uma era em que os drogados
serão poucos porque as famílias serão unidas.... uma era em que, mais adiante, todos se respeitarão sem necessitar da
Polícia e do Poder Judiciário.
Chegou a hora, é agora. Nós estamos vivendo a história.... esses são os primeiros passos para a formação moral e
social de um novo povo brasileiro.
Disponível em http://www.ozildoalves.com.br/internas/read/?id=16673
Acesso em 24/06/2013
(A) “...é gratificante verificar que as pessoas voltaram a sentir indignação, a sentir vontade de expressar a sua discordância
com as escolhas políticas..”
(B) “...uma era em que o "pão e circo" não mais será a solução ideal para nossos problemas...”
(C) para mim, o mais importante é a sinalização de uma nova era para o Brasil...”
(D) “Nós estamos vivendo a história...esses são os primeiros passos para a formação moral e social de um novo povo brasileiro.”
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língua portuguesa
Alternativa A
D21- Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema.
disponível em http://www.propagandasantigas.blogger.com.br/
Acesso em 24/06/2013
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língua portuguesa
(A) dúvida.
(B) pausa.
(C) interrupção.
(D) continuidade.
Alternativa A
D17 - Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações.
Teatro
Professor (a),seja bem vindo (a) ao estudo do texto dramático ou texto para representação teatral, um
gênero de grande relevância social e cultural.
Do ponto de vista do estudo dos gêneros textuais, o texto dramático nos remete a aspectos da narrativa,
sobretudo à questão do diálogo, sob um novo olhar, tendo como perspectiva a encenação. Assim, nosso trabalho
tem como foco a exploração das características e elementos desse gênero, por meio das práticas linguísticas,
em especial, a leitura dramática.
Caso a unidade escolar em que leciona tenha professores (as) com formação em artes cênicas, dialogue
com eles(as), peça-lhes ajuda, tire dúvidas, pois esta parceria, certamente, contribuirá para o alcance de bons
resultados no trabalho com este gênero. Porém, a ausência desse profissional não deverá ser um empecilho
para o desenvolvimento do trabalho, pois essa poderá ser compensada por sua vivência e experiência como
leitor(a) ou espectador(a) de peças teatrais.
No mais desejamos um excelente trabalho e muito sucesso!
aula 11
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língua portuguesa
Prática de oralidade
Caro estudante, iremos iniciar nossos estudos sobre o teatro: um texto dramático ou texto destinado à
representação teatral. Para tanto, discuta com seus colegas e seu (sua) professor (a) as questões a seguir.
• O que é teatro?
Professor (a), é importante que os estudantes entendam que o teatro é uma linguagem artística, assim como a
dança, as artes visuais e a música. Uma peça teatral nasce primeiramente de um texto (o texto dramático) e é
concretizado com os atores em cena. No entanto, a peça, para ser apresentada ao público, necessita de produção
e muito ensaio. O diretor de teatro é a pessoa responsável por esta concepção (cenografia, sonoplastia, iluminação,
preparação dos atores etc.) e pela produção do espetáculo.
• Você já teve a oportunidade de assistir a uma peça de teatro? Sobre o que era a peça?
Resposta pessoal
• Você acha que o palco é o único espaço cênico possível para a apresentação de uma peça?
Não. O palco, possivelmente, é o espaço cênico mais explorado pelos dramaturgos, atores e diretores. No entanto, diferentes espaços podem
ser usados para a apresentação de uma peça como é o caso de grupos de teatro que trabalham nas ruas como o chamado “teatro de rua”.
Professor (a), para ilustrar a possibilidade de diferentes espaços cênicos para uma apresentação teatral, sugerimos
que exiba um trecho da peça “Romeo e Julieta” do grupo Galpão, de Belo Horizonte, disponível no endereço:
http://www.youtube.com/watch?v=b3N_QcBSQ8Q
Caso não seja possível exibir esse vídeo, sugerimos que você providencie imagens de atores em cena em diferentes
espaços cênicos para exibi-las aos estudantes.
Comente que a praça central de qualquer cidade, o porão de uma casa antiga, o pátio de uma escola etc podem se
transformar num grande palco para uma apresentação teatral. Comente também que o teatro é dinâmico, o que
significa que um espetáculo pode envolver a dança, o circo, a música, as artes plásticas e até mesmo o cinema.
Em seguida, peça para que os estudantes observem a imagem a seguir.
A imagem do duo de máscaras, a seguir, compõe o símbolo do teatro. Observe-a para discutir as questões abaixo.
http://www.sindinoticias.com/files/conteudo/noticias/015256.jpg
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língua portuguesa
aula 12
u Ler texto dramático, utilizando as estratégias de leitura como mecanismos de interpretação dos textos:
• Formulação de hipóteses (antecipação e inferência).
• Verificação de hipóteses (seleção e checagem).
u Refletir sobre os elementos do texto dramático (rubrica, cenário, fala, diálogo e ação dos personagens).
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língua portuguesa
Prática de oralidade
Caro estudante, compartilhe com seus colegas e seu (sua) professor (a) a pesquisa realizada.
Professor (a), para sua informação, disponibilizamos no quadro a seguir um texto retirado do Ensinar e Aprender
3 de língua portuguesa, uma publicação do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação e Cultura- CENPEC-, sobre
a origem do teatro.
Entretanto, faz-se necessário que você também realize sua pesquisa para intervenções e/ou ampliações necessárias
na pesquisa realizada pelos estudantes.
A origem do teatro
A origem do teatro perde-se em tempos remotos, quando o ser humano começou a esboçar os primeiros
movimentos tentando expressar e comunicar sentimentos e sensações. Não havia então rígidas fronteiras
entre arte e religião: a arte ainda era magia. A partir do momento em que foi capaz de se expressar através
da linguagem oral e gestual, o homem tornou-se apto a dramatizar os fatos e fenômenos do cotidiano,
apresentando-os a seu grupo de forma mais vibrante, envolvendo assim, emocionalmente, seus espectadores.
Para nós ocidentais, é na Grécia Antiga que o teatro consegue atingir pela primeira vez sua plenitude
enquanto expressão e realização. Originária dos rituais dionisíacos, a tragédia grega nasceu da combinação de
cantos corais e danças rituais. Grandes autores como Ésquilo, Sófocles e Eurípedes, gênio criador de comédias,
escreveram obras primas ainda hoje encenadas e que continuam a fundamentar a criação de novos textos.
É também a partir da Grécia que se estabelece um vínculo entre o teatro e a educação. Ao longo dos
séculos, nos jogos de expressão ou jogos dramáticos, filósofos, pedagogos e, posteriormente, psicólogos viram
uma nova forma de auxiliar o crescimento da criança e do jovem nos planos cognitivo, afetivo e psicomotor.
TEATRO. Ensinar e Aprender 3 – Língua Portuguesa, p 16. Programa de Aceleração da Aprendizagem. Secretaria de Estado da Educação de Goiás, 2001.
Você, provavelmente, já deve ter assistido ao filme “O auto da compadecida”, com os atores Selton Melo, Matheus
Nachtergaele, Marco Nanini, entre outros. Mas você sabia que “ Auto da compadecida”, de Ariano Suassuna é um
texto escrito, originalmente, para o teatro?
Leia, abaixo, um trecho dessa peça teatral para responder as questões propostas:
Auto da compadecida
Ariano Suassuna
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língua portuguesa
Cenário
O cenário pode apresentar uma entrada de igreja à direita, com uma pequena balaustrada ao fundo, uma vez
que o centro do palco representa um desses pátios comuns nas igrejas das vilas do interior. A saída para a cidade
é à esquerda e pode ser feita através de um arco. Nesse caso, seria conveniente que a igreja, na cena do
julgamento, passasse a ser entrada do céu e do purgatório. O trono de Manuel, ou seja, Nosso Senhor Jesus
Cristo, poderia ser colocado na balaustrada, erguida sobre um praticável servido por escadarias. Mas tudo isso
fica a critério do ensaiador e do cenógrafo, que podem montar a peça com dois cenários, sendo um para o
começo e outro para a cena do julgamento, ou somente com cortinas, caso em que se imaginará a igreja fora do
palco, à direita, e a saída para a cidade à esquerda, organizando-se a cena para o julgamento através de simples
cadeiras de espaldar alto, com saída para o inferno à esquerda e saída para o purgatório e para o céu à direita.
[...]
Palhaço: (entrando). Peço desculpas ao distinto público que teve de assistir a essa pequena carnificina, mas
ela era necessária ao desenrolar da história. Agora a cena vai mudar um pouco. João, levante-se e ajude a mudar
o cenário. Chicó! Chame os outros.
Chicó: Os defuntos também?
Palhaço: Também.
Chicó: Senhor Bispo, Senhor Padre, Senhor Padeiro!
(Aparecem todos.)
Palhaço: É preciso mudar o cenário, para a cena do julgamento de vocês. Tragam o trono de Nosso Senhor!
Agora a igreja vai servir de entrada para o céu e para o purgatório. O distinto público não se espante ao ver, nas
cenas seguintes, dois demônios vestidos de vaqueiro, pois isso decorre de uma crença comum no sertão do Nordeste.
(É claro que essas falas serão cortadas ou adaptadas pelo encenador, de acordo com a montagem que se fizer.)
Palhaço: Agora os mortos. Quem estava morto?
Bispo: Eu.
Palhaço: Deite-se ali.
Padre: Eu também.
Palhaço: Deite-se junto dele. Quem mais?
João Grilo: Eu, o padeiro, a mulher, o sacristão, Severino e o cabra.
Palhaço: Deitem-se todos e morram.
João Grilo: Um momento.
Palhaço: Homem, morra que o espetáculo precisa continuar!
João Grilo: Espere, quer mandar no meu morredor?
Palhaço: O que é que você quer?
João Grilo: Já que tenho de ficar aqui morto, quero pelo menos ficar longe do sacristão.
Palhaço: Pois fique. Deite-se ali. E você, Chicó?
Chicó: Eu escapei. Estava na igreja, rezando pela alma de João Grilo.
Palhaço: Que bem precisada anda disso. Saia e vá rezar lá fora. Muito bem, com toda essa gente morta, o
espetáculo continua e terão oportunidade de assistir seu julgamento. Espero que todos os presentes aproveitem
os ensinamentos desta peça e reformem suas vidas, se bem que eu tenha certeza de que todos os que estão aqui
são uns verdadeiros santos, praticantes da virtude, do amor a Deus e ao próximo, sem maldade, sem mesquinhez,
incapazes de julgar e de falar mal dos outros, generosos, sem avareza, ótimos patrões, excelentes empregados,
sóbrios, castos e pacientes. E basta, se bem que seja pouco. Música.
(Música de circo. O Palhaço sai dançando. Se montar a peça em três atos ou houver mudança de cenário,
começará aqui a cena do julgamento, com o pano abrindo e os mortos despertando.)
João Grilo: (para o Cangaceiro). Mas me diga uma coisa, havia necessidade de você me matar?
Cangaceiro: E você me matou?
João Grilo: Pois é por isso mesmo que eu reclamei. Você já estava desgraçado, podia ter-me deixado em paz.
Severino: Eu, por mim, agora que já morri, estou achando até bom. Pelo menos estou descansando daquelas
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língua portuguesa
1 No texto dramático, os textos em parênteses, são chamados de rubricas. Em sua opinião, para que servem esses textos?
No texto dramático o espaço recebe o nome de cenário. No texto em questão, a ação acontece em uma pequena vila no interior.
3 Em que o texto lido se assemelha aos contos e às crônicas estudadas por você nos bimestres anteriores?
Há muitas semelhanças entre esse gênero e os gêneros como o conto e a crônica. Tanto o texto dramático quanto o conto, o
romance e a crônica possuem ação, espaço, época/tempo e personagens.
4 4Algumas palavras e expressões utilizadas pelo autor são típicas de uma região brasileira. Você sabe que região é
essa? Destaque algumas dessas palavras e expressões.
Algumas palavras e expressões como morredor, Chicó, Severino do Aracaju, encourado são típicas do sertão nordestino.
5 O autor do texto utilizou-se da palavra ensaiador para se referir à pessoa responsável por montar o espetáculo e ensaiar
os atores. Você acha que esse é, de fato, o nome atribuído a esse profissional? Por que você acha que Suassuna preferiu
utilizar o termo ensaiador?
Não. Diretor é o nome atribuído a esse profissional. Suassuna deve ter utilizado a palavra ensaiador por ser essa a palavra utilizada
na região em que vive para se referir ao diretor de teatro. Suassuna é um dos maiores escritores contemporâneos que retrata com
singularidade a cultura popular nordestina. Em seus textos estão presentes o linguajar, as crendices, as tristezas, as riquezas e as
misérias do povo nordestino.
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língua portuguesa
DESAFIO
Pesquise quem são alguns dos mais famosos autores de textos dramáticos no Brasil e no mundo.
Destaque pelo menos dois autores: um nacional e um estrangeiro.
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_____________________________________________________________________________________
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aula 13
u Socializar a pesquisa sobre alguns dos principais autores de teatro do Brasil e do mundo.
u Refletir sobre os elementos do texto dramático (rubrica, cenário, fala, diálogo e ação dos personagens).
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língua portuguesa
Práticas de oralidade
Professor (a), retome o desafio da aula anterior e instigue os alunos a falarem sobre a pesquisa que fizeram.
Caro estudante, compartilhe com seus colegas e seu(sua) professor (a) a pesquisa feita sobre alguns dos
principais autores de texto dramático no Brasil e no mundo
Professor (a), no quadro a seguir, selecionamos alguns dos mais famosos autores estrangeiros e brasileiros de textos
dramáticos, no entanto, sugerimos que você também faça sua própria pesquisa para fazer as intervenções e/ou
ampliações necessárias das informações trazidas pelos estudantes.
Molière
Jean-Baptiste Poquelin, conhecido artisticamente como Molière, foi um importante escritor, ator e dramaturgo
francês do século XVII. Nasceu em 15 de janeiro de 1622 na cidade de Paris e faleceu na mesma cidade em 17 de
fevereiro de 1673. Ganhou grande destaque no mundo teatral com suas excelentes comédias de tom satírico.
Molière é considerado o pai da Comédia Francesa. Em suas peças de teatro, Molière retratou temas
do cotidiano com um olhar crítico e satírico. Mostrou o pedantismo dos falsos sábios, a pretensão dos
burgueses enriquecidos, a corrupção em diversos setores sociais e as mentiras dos médicos ignorantes.
Molière também retratou de forma extraordinária os grandes defeitos e virtudes da alma humana.
Comportamentos e sentimentos como inveja, cobiça, orgulho, avareza e arrogância são objetos
importantes para a composição de suas obras.
Em função do realismo e do tom cômico de suas obras, Molière recebeu, durante grande parte de sua vida
artística, protestos, perseguições e até ameaças. Esta oposição vinha, principalmente, dos setores mais
conservadores da sociedade (alta sociedade, Igreja, políticos) incomodados com as temáticas das obras de Molière.
Principais obras Médico a força (1666)
As preciosas ridículas (1659) O Avarento (1668)
A Escola de Mulheres (1662) Anfitrião (1668)
Tartufo (1664) O burguês fidalgo (1670)
O Misantropo (1665) As sabichonas (1672)
Shakespeare
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língua portuguesa
Nelson Rodrigues
Nelson Rodrigues é sem dúvida um dos grandes nomes do teatro brasileiro. Autor de 17 peças,
suas obras despertaram e despertam as mais variadas reações. Classificado por ele mesmo como
desagradável, seu teatro chocou plateias, provocando não apenas admiração, mas também repugnância
e ódio. Nelson Rodrigues nasceu no Recife em 1912 e faleceu no Rio de Janeiro em 1980.
Disponível em: http://www.funarte.gov.br/brasilmemoriadasartes/acervo/nelson-rodrigues/biografia-de-nelson-rodrigues/Acesso em 23/05/2013
Principais obras:
Vestido de noiva (1943); A falecida (1953); Os sete gatinhos (1958); Boca de ouro (1959); Beijo
no asfalto (1960); Toda nudez será castigada (1965).
Ariano Suassuna
Vida: Ver aula 01
Principais obras:
Uma mulher vestida de Sol, (1947); Cantam as harpas de Sião ou O desertor de Princesa, (1948);
Os homens de barro, (1949); Auto de João da Cruz, (1950); Torturas de um coração, (1951); O arco
desolado, (1952);O castigo da soberba, (1953); O Rico Avarento, (1954); Auto da Compadecida,
(1955); O casamento suspeitoso, (1957); O santo e a porca, (1957); O homem da vaca e o poder da
fortuna, (1958); A pena e a lei, (1959); Farsa da boa preguiça, (1960); A Caseira e a Catarina, (1962);As
conchambranças de Quaderna, (1987); Fernando e Isaura, (1956)"inédito até 1994".
Professor (a), pesquise também por: Samuel Beckett, Anton Tchekhov, Frederico García Lorca,
Oscar Wilde, Marcos Caruso, entre outros.
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língua portuguesa
O marido: (silêncio)
A mulher: E logo, logo, o esmalte fica ressequido e as unhas descascam.
O marido: (sem desviar os olhos do jornal) Esses jornais de hoje publicam de tudo. Há uma liberdade que
chega às raias da licenciosidade.
A mulher: A enceradeira que comprei no mês passado já pifou.
O marido: (olha para o chão, depois para a mulher) Então é por isso que o parque está fosco, sem brilho nenhum?
A mulher: Não. É que a empregada fugiu. Era ela quem lustrava o chão com dois trapos de flanela enrolados nos pés.
Marido: Pois compra uma nova enceradeira. De outra marca.
A mulher: Prefiro uma empregada.
O marido: Mas uma empregada custa mais.
A mulher: Em compensação, trabalha o dobro.
O marido: (volta a ler o jornal; depois de um tempo baixa-o) As notícias de hoje são feitas do mais baixo
escândalo. Veja: um homem tirou a roupa na rodoviária, ficou nu em pelo, pegou um ônibus para Torres e se
jogou no mar. Deixou uma carta acusando o governador.
A mulher: Pobre governador.
Marido: Pobre. (volta à leitura)
A mulher: O meu fusca está com um problema na mudança. Um problema gravíssimo.
O marido: Manda pra oficina
A mulher: Vou mudar de oficina, isso sim.
O marido: Os escândalos se acumulam: um ministro de governo fugiu para a Suíça. Por amor ao chocolate.
O governo, minimizando o problema, ofereceu-lhe a embaixada naquele país europeu.
A mulher: Minha lavadora automática se engasgou com aquele teu colete de astracã.
O marido: (deixa a leitura; apreensivo) Isto é grave. Como é que vai ser no inverno?
A mulher: Faço um colete de lã pra você.
O marido: Ah. (retoma a leitura) Aqui diz que o juiz absolveu aquele senhor que matou uma vizinha
entrevada e aquele seu cachorro dinamarquês.
A mulher: Um cachorro dinamarquês?
O marido: Um cachorro dinamarquês. O homem foi absolvido porque ficou provada a legítima defesa.
A mulher: A justiça tem razões que nós mesmos ignoramos.
O marido: (após um silêncio e tendo folheado o jornal) Aqui tem uma página em branco.
A mulher: Interessante. Deve ter sido um problema com a impressão.
O marido: Ou então, é a prova de outro sabão em pó. Aquela história que lava mais branco etcétera e tal.
A mulher: Não é de duvidar
O marido: (após outro silêncio) Que coisa! Imagine que na Baixada Fluminense apareceram trinta
corpos crivados de bala.
A mulher: Que limpa, hein?
O marido: (tendo folheado o jornal) outra página em branco.
A mulher: Não falei? É problema do jornal. Alguma coisa deu errado.
O marido: Nada disso. É a propaganda de detergente.
A mulher: Enfim, problema do jornal ou de sabão em pó, dá tudo na mesma. Uma página em branco.
O marido: Duas, faz favor?
A mulher: Ah, é. Duas. (pausa) já está na hora da novela?
O marido: (consultando o relógio) Quase.
A mulher: (fecha o vidro de esmalte) Então vamos pro quarto.
O marido: O televisor do quarto está sem som.
A mulher: E o aparelho do quarto do Betinho está sem imagem.
O marido: Então só resta o do banheiro.
A mulher: E dai? Não quero perder minha novela.
O marido: Nem eu. Só que no banheiro a imagem não é lá essas coisas.
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língua portuguesa
A mulher: Pois vamos duma vez, mas quem senta no vaso sou eu. O bidê fica pra ti.
O marido: Não senhora, o vaso é meu.
A mulher: Eu escolhi primeiro.
O marido: Pra você, tem o bidê.
A mulher: Que vergonha! Me mandando pro bidê!
O marido: E tu, me negando o vaso!
A mulher: O vaso é meu!
O marido: Fui eu quem comprou o televisor.
A mulher: Mas a ideia de botar ele no banheiro foi minha.
O marido: Não me interessa.
A mulher: Prepotente!
O marido: Quem canta aqui sou eu!
A mulher: Chamando esta de galinheiro! (chama) Betinho, vem cá.
O marido: Não chamei nada de coisa nenhuma, meu Deus!
A mulher: (chama mais alto) Betinho, meu filho!
O marido: Não se tem mais sossego nem no recesso do lar!
A mulher: Que lar, que lar? Só me diz: que lar? Isto aqui é lar? (chama) Betinho.
O filho: (entra lento) Qual é?
A mulher: Dá um jeito no teu pai.
O filho: Seguinte, ó: eu tava numa boa, na minha baia, curtindo um som legal. Pô, que corta barato que são vocês.
O marido: Corta o quê?
O filho: Barato.
O marido: (para a mulher) Se ele continuar com essa linguagem, juro que bato nele.
A mulher: Duvido você bater num homem, duvido.
O filho: (avançando para o pai) Quer me bater quer?Tudo bem. Tou mesmo a fim de ser batido.
O marido: Mas ele desafia o próprio pai!
O filho: Desafio, mas numa boa.
O marido: (indo para a mulher) Me segura que eu avanço nele.
A mulher: Te seguro, te seguro. (abraçando-o por trás)
O filho: Quer se avançar em mim é velho? Tou mesmo a fim de ser avançado.
O marido: Me larga, que eu vou dar nele!
A mulher: Não largo, não largo! Vamos duma vez que a novela já começou. (vão para a saída: o filho vai em
direção oposta; ele pára e volta-se)
O filho: Ei, esperem aí. Pra onde vão vocês?
A mulher: Pro banheiro.
O filho: Os dois?
A mulher: Pra ver a novela.
O filho: Mas não tem aparelho nenhum no banheiro.
A mulher: Como não?
O marido: como é que é?
O filho: Passei o televisor nos cobres. Tava precisando duma grana.
A mulher: (para o marido) Mas como é que ele teve a coragem!
O marido: (para o filho) Mas como é que você teve a coragem!
O filho: A mesada andava curta. Só isso. (sai)
A mulher: (sentando) Não consegue acreditar.
O marido: Aí está à maravilha que você botou no mundo, roubado feito ladrão de galinha. Um fedelho
perebento manchando o sagrado nome da família!
A mulher: E agora, querido?
O marido: Eu é que te pergunto.
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Pode-se afirmar que os personagens são de classe média alta, já que podem manter uma empegada doméstica, possuem mais de
um aparelho de TV e o filho ganha mesada. Pode-se afirmar também que vivem discutindo frivolidades. Apesar de comentarem
sobre as notícias, dão pouco ou nenhuma atenção aos problemas sociais noticiados.
Revelam que a família possui um relacionamento que, de certa forma, é conflituoso e superficial. Os pais não conseguem entender
o filho que parece fazer o quiser. A mulher e o marido demonstram certo desespero quando percebem que não irão assistir à
novela, a única distração em casa, segundo a mulher. Ou seja, o convívio entre os personagens não basta, não há harmonia ou
distração. O melhor momento é quando assistem televisão.
4 No único momento em que o marido e a mulher têm um objetivo comum, ocorre um conflito. Qual é esse objetivo comum?
E o conflito? Como ele se resolve?
O objetivo comum é assistir à novela e o conflito é que o banheiro seria o lugar possível de assisti-la e os dois passam a brigar para
se sentar no vaso. O conflito se resolve quando o filho diz que vendeu o aparelho de TV do banheiro: nesse momento o marido
decide voltar a ler o jornal e a mulher a fazer as unhas
5 Você conseguiu imaginar o cenário de Casinha Pequenina? E os personagens? De que forma você os imagina?
Resposta pessoal.
Professor (a), após a discussão das questões, proponha uma leitura dialogada. Três estudantes lerão em voz alta,
respectivamente, as falas dos três personagens do texto; um outro estudante lerá as indicações sobre os personagens,
o cenário e a primeira rubrica que antecede o texto. As demais rubricas não precisarão ser lidas em voz alta, nem os
nomes dos personagens anunciados antes das falas.
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DESAFIO
Em Hamlet, Shakespeare nos diz o que deve ser o teatro para a sociedade:
“O teatro deve ser um espelho colocado diante da natureza, que mostra sua verdadeira imagem; nos quer
fazer tomar consciência das coisas que se vivem no mundo, como a corrupção, contra o abuso do poder, a
libertinagem. Nos mostra a natureza humana, o mundo em que vivemos; nos diz que façamos tudo, até o
impossível para que se acabem as cosas ruins do mundo, que tentemos de todas as formas fazer com que
as pessoas sejam iluminadas e não continuem nas trevas do mal."
Hamlet – Ato III Cena II
Entreviste pelo menos três pessoas para saber o que elas pensam sobre o teatro. Apresentamos, abaixo,
duas questões que poderão ser utilizadas na sua entrevista, mas se preferir, elabore outras. Anote as
respostas em seu caderno para uma pequena discussão na próxima aula.
• Para você, o que é teatro?
• O teatro reflete a vida?
aula 14
O que devo aprender nesta aula
u Identificar o tema de um texto.
u Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em
que eles foram produzidos e daqueles em que serão recebidos.
u Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.
Professor(a), neste caderno, estamos propondo uma retomada dos conteúdos/gêneros estudados ao longo do ano.
Para isso, sugerimos, aqui, alguns itens que exploram os gêneros trabalhados nesse período.
Dessa forma, as aulas 14 e 15; 19 e 20; 24 e 25 devem ser dedicadas à resolução dos itens propostos e para uma
reflexão acerca dos gabaritos e dos distratores de cada um deles.
Portanto, reserve parte dessas aulas para que os estudantes os resolvam e, em seguida, faça um comentário
aprofundado de cada item deste, justificando seu gabarito e seus distratores.
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A capital goiana, aliás, quando o assunto é violência na escola (brigas, confusões com armas brancas e armas de fogo
presentes e relatos de humilhações), sempre aparece entre as dez primeiras capitais no ranking nacional. Ainda que não
exista uma explicação clara, pura e simples para isso, o fato preocupa pessoas ligadas ao setor educacional.
[...]
(disponível em http://www.mp.go.gov.br/portalweb/1/noticia/7b5b5a5101642c283519e8f0c4e2c931.html,
acessado em 14/05/2013)
Texto 2
Violência nas escolas
Hoje o assunto que mais se discute é a violência nas escolas. Vemos este tema ser retratado em filmes, novelas, e o
que é pior, na vida real. Temos alunos violentos e alunos violentados, professores sem controles ou sendo controlados,
um caos só. E de onde vem tanta violência? Será da educação liberal que os pais dão aos seus filhos? Ou a falta de
tempo que eles já não têm?
Não sabemos, o que sabemos é que já não temos mais a segurança que tínhamos em ir para a escola, pois voltamos
para casa machucados exteriormente ou interiormente, sofremos violências físicas ou psicológicas, um lugar que antes
era somente para a educação, hoje se tornou um lugar cheio de histórias, agressões e preconceitos.
Sabemos que os professores sofrem, carregando o sentimento de incapacidade de transformar estes jovens alunos
em cidadãos do nosso País.
Autora: Isabella Pardim (Aluna da 6ª série do Colégio Anjos Custódios, 2009) Disponível em
http://6seriecac2009.blogspot.com.br/search?q=Viol%C3%AAncia+na+escola, acesso: 14/05/2013
2 A finalidade do texto 1 é
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(A) “ ... já não temos mais a segurança que tínhamos em ir para a escola.”
(B) “Uma parcela significativa dos estudantes de 9º ano já estiveram envolvidos em brigas.”
(C) “A violência está a rondar as escolas.”
(D) “Quando o assunto é violência na escola, a capital goiana sempre aparece entre as dez primeiras capitais no ranking nacional.”
Alternativa A
D 14- Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
5 Na frase “Hoje o assunto que mais se discute é a violência nas escolas.”, a palavra sublinhada dá ideia de
(A) causa.
(B) Intensidade.
(C) tempo.
(D) lugar.
Alternativa C
D15– Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.
aula 15
u IEstabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.
Foi na França, durante a Segunda Grande guerra: um jovem tinha um cachorro que todos os dias,
pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho. Postava-se na esquina, um pouco antes das seis da tarde. Assim
que via o dono, ia correndo ao seu encontro e na maior alegria acompanhava-o com seu passinho saltitante de
volta à casa. A vila inteira já conhecia o cachorro e as pessoas que passavam faziam-lhe festinhas e ele correspondia,
chegava até a correr todo animado atrás dos mais íntimos. Para logo voltar atento ao seu posto e ali ficar sentado
até o momento em que seu dono apontava lá longe. Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi
convocado. Pensa que o cachorro deixou de esperá-lo? Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o olhar
naquele único ponto, a orelha em pé, atenta ao menor ruído que pudesse indicar a presença do dono bem-amado.
Assim que anoitecia, ele voltava para casa e levava sua vida normal de cachorro, até chegar o dia seguinte. Então,
disciplinadamente, como se tivesse um relógio preso à pata, voltava ao posto de espera. O jovem morreu num
bombardeio, mas no pequeno coração do cachorro não morreu a esperança. Quiseram prendê-lo, distraí-lo. Tudo
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em vão. Quando ia chegando aquela hora ele disparava para o compromisso assumido, todos os dias.
Todos os dias, com o passar dos anos (a memória dos homens!) as pessoas foram se esquecendo do jovem
soldado que não voltou. Casou-se a noiva com um primo. Os familiares voltaram-se para outros familiares. Os
amigos para outros amigos. Só o cachorro já velhíssimo (era jovem quando o jovem partiu) continuou a esperá-
lo na sua esquina. As pessoas estranhavam, mas quem esse cachorro está esperando?…Uma tarde (era inverno)
ele lá ficou, o focinho voltado para aquela direção.
TELLES, Lygia Fagundes. 'A Disciplina do Amor'. 4ª edição. Editora Nova Fronteira. 1980
2 A frase “O jovem morreu num bombardeio, mas no pequeno coração do cachorro não morreu a esperança.” revela um narrador que
3 Em “Todos os dias, com o passar dos anos (a memória dos homens!) as pessoas foram se esquecendo do jovem soldado
que não voltou.” O trecho entre parênteses indica:
Companheiro fiel
Ferreira Gullar
Se estou trabalhando
– seja a que hora for –
Gatinho se deita ao lado
do meu computador.
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Se vou para a sala
E deito no sofá,
Ele logo vai pra lá.
(A) carinho.
(B) tamanho.
(C) ironia.
(D) descaso
Alternativa A
D19- Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos.
5 Nos versos “Se estou trabalhando/seja a que hora for/Gatinho se deita ao lado”, o termo sublinhado dá ideia de
(A) condição.
(B) concessão.
(C) causa.
(D) explicação.
Alternativa A
D15 - Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.
aula 16
O que devo aprender nesta aula
u Socializar a entrevista realizada;
u Ler romance e teatro, utilizando as estratégias de leitura como mecanismos de interpretação dos textos:
• Formulação de hipóteses (antecipação e inferência).
• Verificação de hipóteses (seleção e checagem).
u Ler, associar e comparar os gêneros em estudo, observando forma, conteúdo, estilo e função social.
u Refletir sobre os elementos do texto dramático (rubrica, cenário, fala, diálogo e ação dos personagens).
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Práticas de oralidade
Caro estudante, socialize com seus colegas e seu (sua) professor (a) a entrevista proposta no desafio da última aula.
Professor (a), solicite aos estudantes a socialização da entrevista. É importante que todos tenham oportunidade de
ler o que as pessoas responderam. Questione-os se eles concordam com as resposta e o que têm a dizer sobre o teatro.
Para discutir a segunda questão, se o teatro reflete a vida, peça para que os estudantes retomem o texto “Casinha
pequenina” para perceber se Ivo Bender, autor do texto, faz uma crítica quando retrata uma família de classe média
alta cuja maior distração é uma novela.
Assim, o teatro, além de entreter e divertir tem também a grande função social de questionar, de refletir, de incomodar,
de refletir as melhores e as piores qualidades da humanidade.
Práticas de leitura e análise da língua
Antes de propor a leitura do texto, explore o seu título verificando com os estudantes se eles sabem o significado da
palavra moratória. Motive-os a levantar hipóteses e, se possível, leve dicionários para a sala de aula para que eles
confiram o significado.
Leia, atentamente, o texto, a seguir.
A moratória
Jorge Andrade
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Segundo ato
Cenário – O mesmo do primeiro ato. Cobrindo a máquina de costura, uma toalha mais ou menos vistosa; sobre a má-
quina, um vaso com flores. A ação no segundo plano se passa algum tempo depois e a do primeiro plano na mesma semana.
Cena – Ao abrir-se o pano, as duas salas estão vazias. Joaquim entra pelo corredor, primeiro plano, carregando
um latãozinho de leite e um pacote; quando vai entrar na cozinha, encontra-se com Lucília.
ANDRADE, Jorge. A moratória. Livraria Agir Editora, 1989.
A história se passa em dois anos diferentes: 1929 e, mais ou menos, três anos adiante. Esses dois anos são representados em dois planos: o plano
da esquerda representa a situação da família no ano de 1929, época em que vivia numa fazenda de café; já o plano da direita representa os três
anos posteriores a 1929, época em que a família vivia numa pequena casa de uma cidadezinha próxima à fazenda.
2 Pelas falas da personagem e o título do texto, o que se pode concluir sobre a situação financeira dos personagens?
Conclui-se que os personagens em 1929 possuiam uma boa situação financeira, no entanto perderam a fazenda de café,
provavelmente por dívidas, e três anos depois eram praticamente sustentados por Lucília que costurava para ganhar dinheiro.
3 Você pode notar nos três textos lidos que há uma predominância de diálogos nos textos dramáticos. Com base nas
leituras e nas discussões feitas até o momento, por que você acha que há essa predominância?
A predominância de diálogos ocorre pelo fato de esses serem fundamentais para que o leitor e o expectador (quando o texto é levado à
encenação) compreendam a história, façam inferências sobre características da personalidade dos personagens que não são revelados apenas
com suas ações. Obviamente que muitos dramaturgos já propuseram e vêm propondo novas formas de fazer teatro, no entanto, a predominância
de diálogos nos textos dramáticos ainda é uma realidade.
4 De que forma o narrador é evidenciado no texto em estudo, bem como nos outros textos dramáticos lidos?
Via de regra, o narrador é evidenciado nos textos dramáticos por meio das rubricas. O narrador não se mantém no texto dramático,
ao contrário dos demais gêneros do tipo narrativo. O ponto chave dos textos dramáticos são os diálogos e as ações dos personagens.
Discuta oralmente as duas questões a seguir com seu (sua) professor(a) e seus colegas.
• Você conseguiu imaginar o cenário descrito pelo autor no primeiro ato? Se você fosse o cenógrafo da peça
de que forma o montaria?
Resposta pessoal.
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• O texto dramático “A moratória” foi encenado pela primeira vez, no dia 06 de maio de 1955, no Teatro
Maria Della Costa, São Paulo, com direção e cenografia de Gianni Ratto. A imagem a seguir é uma foto tirada
do cenário da peça. Retome o texto, verifique a descrição do cenário do primeiro ato e avalie se Gianni foi
totalmente fiel à descrição feita pelo autor ou se ele fez alterações e implementações.
Aluísio Jorge Andrade Franco (Barretos SP 1922 - São Paulo SP 1984). Autor. Um dos mais
expressivos dramaturgos paulistas e brasileiros retrata com fundo de verdade e grande poesia cênica
diversos panoramas da vida ligada à herança cafeeira; dedicando-se, posteriormente, a temas
contemporâneos a sua época e ligados à vida metropolitana.
[...]
Considerado um clássico da dramaturgia moderna, Jorge Andrade é objeto de diversas teses
acadêmicas e ensaios que investigam aspectos inovadores de sua grande e diversificada obra. [...]
Disponível em: http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_teatro/index.cfm?fuseaction=personalidades_biografia&cd_verbete=393/
Acesso em 03/06/2013
Giovanni Ratto – nascido na cidade de Milão, Itália, em 27 de agosto de 1916 – demonstrou interesse
por atividades artísticas desde cedo. [...]
[...]
Cansado pelo excesso de trabalho e pela concorrência enfrentada em sua terra natal, ele veio para o
Brasil, em 1954, a convite da atriz Maria Della Costa e do produtor Sandro Polônio, fundadores do Teatro
Popular de Arte (TPA). Em São Paulo, realizou a sua primeira experiência como diretor, ao encenar a
peça O Canto da Cotovia, de Jean Anouilh, espetáculo de inauguração do Teatro Maria Della Costa, sede
da companhia da atriz. A montagem arrebatou público e crítica e conquistou o Prêmio Saci de melhor es-
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petáculo, direção, cenografia e atriz. Em 1955, trabalhou como diretor e cenógrafo das seguintes monta-
gens do TPA: Com a Pulga Atrás da Orelha, de Georges Feydeau; A Moratória, de Jorge Andrade; e A
Ilha dos Papagaios, de Sergio Tofano.
[...]
Premiadíssimo e dono de um extenso currículo, recebeu o Prêmio Shell, em 2003, por sua contribuição
ao Teatro Brasileiro. [...]
Disponível em: http://www.funarte.gov.br/brasilmemoriadasartes/acervo/cenario-e-figurino/biografia-de-gianni-ratto/
Acesso em: 03/06/2013
aula 17
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Em seguida, solicite aos estudantes que formem duplas para realizar a leitura mais uma vez. Circule pela sala para
ouvi-los. Auxilie os estudantes que demonstrarem maior dificuldade e escolha aqueles que demonstrarem maior
desenvoltura e fluência na leitura para auxiliar os demais estudantes a realizar a leitura dramática de outro texto
na próxima aula.
Caros(as) estudantes, nesta aula vocês deverão se dedicar à leitura dramática do fragmento de “A moratória”
estudado na aula anterior. O objetivo é que você possa ler o texto de forma mais interpretativa, seguindo as
orientações das rubricas. Dessa forma, você terá a oportunidade de trabalhar a entonação e a dicção, além de
começar a se preparar para o desafio de fazer uma leitura dramática de um texto escolhido por você e seus colegas.
Preste atenção às orientações de seu (sua) professor (a) e boa leitura.
aula 18
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Após todos os grupos terem realizado a leitura, peça aos alunos que façam uma avaliação da atividade e apontem
suas percepções sobre as apresentações realizadas. Faça você, também, comentários gerais sobre o desempenho
dos estudantes dando ênfase ao que foi avanço, mas também pontuando as dificuldades e o que pode ser feito para
vencê-las, como realizar leituras em voz alta com mais frequência.
Para finalizar, fale-lhes sobre a importância da leitura dramática para o desenvolvimento da oralidade, da atenção
e da expressão corporal. Comente que nas próximas atividades, os estudantes se dedicarão à criação de um pequeno
texto dramático para ser encenado, posteriormente.
Caro estudante, nesta aula você deverá realizar a leitura dramática do texto que escolheu. Sabemos que
apesar do pouco tempo para se preparar adequadamente para tal leitura, acreditamos que se empenhará para
realizar um bom trabalho.
Sucesso!
aula 19
u Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto.
u Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos de uma determinada palavra ou expressão.
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4 No trecho “Tô louco pra te ver chegar”, a palavra sublinhada é marca de uma linguagem
(A) regional
(B) formal.
(C) coloquial.
(D) padrão.
Alternativa C
D13– Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto
(A) Modo
(B) Afirmação
(C) Causa
(D) Tempo
Alternativa D
D15– Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.
aula 20
u Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para sua continuidade.
u Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema.
u Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.
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1 Na frase “Antes, alguns povos escreviam com ideogramas ...”, a palavra sublinhada significa:
(A) Ideologias
(B) Ideias
(C) Símbolos
(D) Escrituras
Alternativa C
D3- Inferir o significado de uma palavra ou expressão.
2 Na frase “Sua vantagem é a facilidade com que se alfabetiza”, a palavra sublinhada refere-se
(A) ao defeito.
(B) ao escrita.
(C) à língua.
(D) à leitura.
Alternativa B
D2- Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para sua continuidade.
3 No trecho: “Dizem que a primeira e maior invenção foi o fogo... Outros querem que a primeira invenção seja a roda. (...) Para mim,
invenção importante mesmo foi o alfabeto.” As opiniões relativas à primeira invenção são
(A) diferentes.
(B) semelhantes.
(C) complementares.
(D) confusas.
Alternativa A
D21-Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema.
Leia o texto abaixo e responda às questões 4 e 5.
Quem envelhece melhor?
Na minha pesquisa sobre corpo, envelhecimento e felicidade, 38% das mulheres e 25% dos homens
entrevistados disseram ter medo de envelhecer.
Ambos os sexos temem as mesmas coisas em relação ao envelhecimento: doenças, limitações físicas, dependência,
necessidade de dar trabalho aos outros, perda de memória, solidão, abandono, desrespeito, falta de dinheiro e morte.
Só os homens, no entanto, mencionaram o medo de ficar sem emprego na velhice, de ter arrependimentos,
de frustrações, ficar inútil, chato ou deprimido.
Quando perguntei: "Quem envelhece melhor: o homem ou a mulher?", os pesquisados de todas as faixas
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(A) “...os pesquisados de todas as faixas etárias afirmaram que os homens envelhecem melhor do que as mulheres. “
(B) “Um único grupo afirmou que as mulheres envelhecem melhor do que os homens.”
(C) “Só os homens...mencionaram o medo de ficar sem emprego na velhice,...”
(D) “os pesquisados de todas as faixas etárias afirmaram que os homens envelhecem melhor do que as mulheres.”
Alternativa A
D9-Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto.
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aula 21
Prática de oralidade
Caro (a) aluno (a), junte-se a mais quatro colegas para produzir um texto dramático. Mas, antes disso, realize
a atividade abaixo, mediada pelo/pela seu/sua professor (a). Ela será essencial para a produção e encenação do
seu texto dramático.
Professor (a), antes de propor a escrita de um pequeno texto dramático, faça um pequeno exercício oral com
os estudantes com o intuito de auxiliá-los a pensarem no próprio texto.
Primeiramente peça para que pensem em um tema interessante para uma peça de teatro. Dê sugestões como:
uma filha que quer namorar, mas o pai não permite; um aluno que sofre bullying por ser gordo; uma mulher
que sofre violência doméstica. Instigue-os a pensarem em outros temas e anote, na lousa, o que sugerirem.
Em seguida, para cada tema, solicite que deem sugestões de personagens, atribuindo a eles algumas
características. Se o tema for a filha que quer namorar, mas o pai não permite, pergunte-lhes, como seria este
pai: Autoritário? Nervoso? E a filha, como seria: Tímida? Mal criada?
Continue o exercício, com os outros temas propostos e a caracterização dos demais elementos do texto
dramático: cenário, a época em que se passa a história, como se inicia a ação, como o conflito será resolvido,
de acordo com o quadro, a seguir:
Tema Cenário Personagens Época Como se inicia a ação Como o conflito se resolve
Uma filha quer Sala de TV. Sofá Filha: tímida Atual Pai e mãe sentados na Pai diz que a filha pode
namorar, mas o simples, rack Pai: sala assistindo novela. A namorar, mas é necessário que
pai não permite. vermelho com autoritário filha entra e diz que ela o faça em casa
um aparelho Mãe: precisa conversar.
de televisão compreensiva
Após esta atividade, oriente os estudantes a se reunirem em grupos de 05 (cinco) pessoas para a produção
do texto dramático.
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aula 22
aula 23
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Prática de oralidade
Professor (a), as aulas destinadas à produção, reescrita e encenação dos textos poderão exceder as aulas
previstas neste caderno. Portanto, para que os estudantes façam uma boa apresentação, eles deverão ensaiá-
lo pelo menos por uma semana ou mais. Assim, esta e, possivelmente, outra aulas, devem ser dedicadas à
preparação dos alunos para a encenação do texto produzido.
É importante que você acompanhe os ensaios que poderão acontecer no período das aulas, caso seja possível.
Caro(a) aluno(a), nesta aula e, possivelmente, em outras, você e seus colegas deverão ensaiar o texto a ser
encenado: capriche na memorização e encenação do texto produzido!
Depois dos ensaios, desempenhe bem o seu papel, seja atuando, ou assistindo à peça. Nesse caso, quando
seus colegas estiverem apresentando, escute-os atentamente. Lembre-se de que não é fácil falar em público,
muito menos encenar um texto. Assim, você poderá ajudar os(as) seus(suas) colegas, demonstrando que aprendeu
bem como se comportar em uma apresentação teatral.
No mais desejamos que você tenha sucesso nesta atividade e em seus estudos.
aula 24
1 No trecho “Há umas plantas que nascem e crescem depressa; outras são tardias e pecas. O nosso amor era daquelas;” A palavra
sublinhada refere-se às
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(A) às flores.
(B) às plantas.
(C) à seiva.
(D) à noite.
Alternativa B
D1- Localizar informações explícitas em um texto.
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língua portuguesa
aula 25
(A) desapontamento.
(B) tristeza.
(C) pena.
(D) indignação.
: Alternativa A
D17 - Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações.
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O ouro da biotecnologia
Até os bebês sabem que o patrimônio natural do Brasil é imenso. Regiões como a Amazônia, o Pantanal e
a Mata Atlântica – ou o que restou dela – são invejadas no mundo todo por sua biodiversidade. Até mesmo
ecossistemas como o do cerrado e o da caatinga têm mais riqueza de fauna e flora do que se costuma pensar.
A quantidade de água doce, madeira, minérios e outros bens naturais é amplamente citada nas escolas, nos
jornais e nas conversas. O problema é que tal exaltação ufanista ("Abençoado por Deus e bonito por natureza”)
é diretamente proporcional à desatenção e ao desconhecimento que ainda vigoram sobre essas riquezas.
Estamos entrando numa era em que, muito mais do que nos tempos coloniais (quando pau-brasil, ouro,
borracha etc. eram levados em estado bruto para a Europa), a exploração comercial da natureza deu um salto
de intensidade e refinamento. Essa revolução tem um nome: biotecnologia. Com ela, a Amazônia, por exemplo,
deixará em breve de ser uma enorme fonte “potencial" de alimentos, cosméticos, remédios e outros
subprodutos: ela o será de fato – e de forma sustentável. Outro exemplo: os créditos de carbono, que terão de
ser comprados do Brasil por países que poluem mais do que podem, poderão significar forte entrada de divisas.
Com sua pesquisa científica carente, indefinição quanto à legislação e dificuldades nas questões de
patenteamento, o Brasil não consegue transformar essa riqueza natural em riqueza financeira. Diversos
produtos autóctones, como o cupuaçu, já foram registrados por estrangeiros – que nos obrigarão a pagar pelo
uso de um bem original daqui, caso queiramos (e saibamos) produzir algo em escala com ele. Além disso, a
biopirataria segue crescente. Até mesmo os índios deixam que plantas e animais sejam levados ilegalmente
para o exterior, onde provavelmente serão vendidos a peso de ouro. Resumo da questão: ou o Brasil acorda
onde provavelmente serão vendidos a peso de ouro. Resumo da questão: ou o Brasil acorda para a nova
realidade econômica global, ou continuará perdendo dinheiro como fruta no chão.
Daniel Piza. O Estado de S. Paulo.
(A) “Com sua pesquisa científica carente, indefinição quanto à legislação e dificuldades nas questões de patenteamento, o Brasil não
consegue transformar essa riqueza natural em riqueza financeira.
(B)“Regiões como a Amazônia,o Pantanal e a Mata Atlântica – ou o que restou dela – são invejadas no mundo todo por sua biodiversidade.”
(C) “Até mesmo ecossistemas como o do cerrado e o da caatinga têm mais riqueza de fauna e flora do que se costuma pensar.”
(D)“A quantidade de água doce, madeira, minérios e outros bens naturais é amplamente citada nas escolas, nos jornais e nas conversas.”
Alternativa A
D8 – Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la
5 No trecho “poderão significar forte entrada de divisas.”, qual o significado da palavra “divisas”?
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língua portuguesa
(A) Fronteiras.
(B) Dinheiro.
(C) Matéria prima.
(D) Pesquisas.
Alternativa B
D3- Inferir o sentido de uma palavra ou expressão
Referências
GOIÁS. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Ensino Fundamental. Ensinar e Aprender:
Volume 3 - língua portuguesa. Acelera Goiás. Programa de Aceleração da Aprendizagem. Goiás, 2001.
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