Você está na página 1de 4

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 1º VARA


FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.

LUCAS CONTI, Brasileiro, estado solteiro, técnico em Edificação, Carteira de


Identidade nº9900.20708-45 CPF nº 111.443.543-67, residente na Rua dos salvos, bairro
Alvorada, cidade Macaé, endereço eletrônico l.conti@gmail.com, por seu advogado
infra-assinado José Marcos do Nascimento Guilhen, com endereço profissional na rua
Lins de Vasconcelos, 96. bairro Aeroporto, cidade Macaé, devidamente constituído,
conforme procuração em anexo, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com
fulcro no artigo 5º, LXIX, da CRFB/88, impetrar pelo rito especial da Lei nº 12.016/2009,
apontando como autoridade coatora o REITOR DA UNIVERSIDADE ESTADUAL
DO RIO DE JANEIRO, está sendo autarquia, pessoa jurídica de Direito Público, pelos
fatos e fundamentos abaixo aduzidos:

1. DO CABIMENTO E DA TEMPESTIVIDADE DO MANDAMUS


O mandado de segurança é o remédio constitucional cabível para proteger direito
líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sendo claro o ato ilegal
praticado pela autoridade coatora, o Reitor da Universidade Federal.

O impetrante Srº Lucas Conti, tem direito líquido e certo ao devido processo
administrativo disciplinar, que, conforme se verá ao longo da presente exordial, padece
de graves vícios de legalidade.

Saliente-se que o prazo decadencial previsto está observado, visto que entre a
publicação da demissão e a impetração do presente há menos de 120 dias.
2. DOS FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS

O impetrante através dos fatos aqui narrados, relata e comprova por meio de
documentos que no último exame nacional do ensino médio (ENEM), alcançando nota
9.0 alcançou pontuação suficiente para o curso de Engenharia Civil. Sendo classificado
em 12º lugar não foi convocado. O impetrante traz como prova documental que houve
através da publicação do Diário Oficial a convocação do candidato classificado em 13º
lugar, porém o Impetrante não foi convocado

Diante do ocorrido, o impetrante pede através dos autos que seja convocado pela
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO para que possa apresentar
documentação para a matrícula no período vigente.

3. DA CONCESSÃO DA LIMINAR

Devemos nos ater que o pedido de concessão de medida liminar em mandado de


segurança está amparada no art. 7º, III, da Lei 12.016/2009, que assim decorre:

Art. 7º Ao despachar a inicial, o juiz ordenará:


III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver
fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da
medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do
impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o
ressarcimento à pessoa jurídica.

O caso concreto apresentado, não deixa margem de duvidas mediante o direito


líquido e certo do impetrante, ora violado, pela não convocação para a realização da
matrícula.

Ressalte-se que, conforme prova nos autos, outros candidatos receberam em data
e hora para a convocação de matricula. Realizando assim a entidade coatora o não
cumprimento do Direito Liquido e certo solicitado pelo impetrante.

4. DOS PEDIDOS

Assim, presentes os requisitos para a concessão da liminar, requer-se, seja determinada a


a convocação imediata do Impetrante para que este realiza sua matricula pela
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO.
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência:

1) A concessão da liminar para os quadros da UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO


DE JANEIRO e efetivação da matricula do Impetrante no curso de ENGENHARIA
CIVIL;

2) Notificação da autoridade responsável pelo ato ilegal, para prestar informações, no


prazo de 10 dias;

3) A ciência do ajuizamento da ação ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica


interessada, devendo-lhe ser enviada cópia da petição inicial, para que, querendo, ingresse
no feito.

4) Intimação do Ministério Público;

5) A procedência do pedido, para, concedendo a segurança, determinar a matricula do


impetrante.

6) Condenação dos impetrados nas custas judiciais.

7. DAS PROVAS

Segue em anexo as provas do impetrante.

(espaço de duas linhas)

8. DO VALOR DA CAUSA

Dá-se à causa o valor de R$ 1.500.00 (HUM MIL E QUINHENTOS REAIS), para


fins de distribuição.

Nestes termos, pede deferimento.

Local: Macaé, 17/04/2002

José Marcos N. Guilhen

OAB/RJ n.º 1703-77

Você também pode gostar