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Em acordo com as diretrizes do

PSQ – PROGRAMA SETORIAL DA


QUALIDADE
Setor de Projetos e Consultoria de
Arquitetura e Engenharia

IN S T IT U T O D E A R Q U IT E T O S D O B R A S IL
D E P A R T A M E N T O D A B A H IA - IA B / B A SINDICATO NACIONAL DAS
TE L . ( 7 1 ) 2 6 6 - 4 3 4 1 F A X (7 1 )2 6 6 - 2 8 0 8
E - m a il: ia b b a @ a t a rd e . c o m . b r
EMPRESAS DE ARQUITETURA E
ENGENHARIA CONSULTIVA

Consultoria
Consultoria Técnica
Técnica

Fevereiro/2002
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO................................................................................................................................................V

INTRODUÇÃO......................................................................................................................................................1

1 ENTIDADES REPRESENTATIVAS DO SETOR............................................................................................2

2 EMPRESAS ASSOCIADAS ÀS ENTIDADES.................................................................................................2

3 DIAGNÓSTICO DA QUALIDADE DO SETOR..............................................................................................2

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA CONTRATAÇÃO DE PROJETOS POR ÓRGÃOS CONTRATANTES E TIPOS DE PROJETOS.........................3

PROJETOS CONTRATADOS DE 1997 À 2000.................................................................................................3

3.2 NATUREZA DA ATIVIDADE E CARACTERÍSTICAS ORGANIZACIONAIS DO SETOR..................................................................6


3.3 CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE PRODUÇÃO DO PROJETO......................................................................................7
SISTEMATIZAÇÃO DO PROCESSO PRODUTIVO........................................................................................................................7
INFORMÁTICA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO....................................................................................................................7

4 SISTEMATIZAÇÃO DO PROCESSO PRODUTIVO DO EMPREENDIMENTO.....................................7

5 MUDANÇAS RECENTES E PRINCIPAIS DIFICULDADES DO SETOR QUANTO À QUALIDADE..8

6 FATORES CRÍTICOS E PRINCIPAIS DIFICULDADES..............................................................................9

6.1 PRINCIPAIS DIFICULDADES ESTRUTURAIS E SISTÊMICAS................................................................................................9


6.2 PRINCIPAIS DIFICULDADES DE CARÁTER SETORIAL/EMPRESARIAIS...............................................................................14

7 NORMATIZAÇÃO TÉCNICA.........................................................................................................................17

8 PROCESSOS DE CERTIFICAÇÃO DE TERCEIRA PARTE.....................................................................17

8.1 PARA EMPRESAS...................................................................................................................................................17


8.2 PARA PROJETISTAS INDIVIDUAIS/AUTÔNOMOS.........................................................................................................17

9 SISTEMA EVOLUTIVO DA QUALIDADE SETOR DE PROJETOS........................................................18

I
9.1 QUALIFICAÇÃO DAS EMPRESAS E CRONOGRAMA.....................................................................................................18
9.2 TREINAMENTO............................................................................................................................................19

10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................................................19

11 EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DESTE DOCUMENTO........................19

ANEXOS...............................................................................................................................................................21

ANEXO 1 – SIQ SISTEMA DE QUALIFICAÇÃO DE EMPRESAS............................................................23

ITENS E REQUISITOS DO SISTEMA DE QUALIFICAÇÃO DE EMPRESAS DE PROJETO E/OU


GERENCIAMENTO............................................................................................................................................23

0 INTRODUÇÃO................................................................................................................................................23

0.1 GENERALIDADES..................................................................................................................................................23
0.2 ABORDAGEM DE PROCESSO...................................................................................................................................23
0.3 RELAÇÃO COM A SÉRIE DE NORMAS ISO 9000:2000.............................................................................................25
SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE - REQUISITOS......................................................................................................25

1. OBJETIVO.......................................................................................................................................................25

1.1 GENERALIDADES..................................................................................................................................................25
1.2 APLICAÇÃO.........................................................................................................................................................26

2 REFERÊNCIA NORMATIVA.........................................................................................................................26

3 TERMOS E DEFINIÇÕES..............................................................................................................................26

4 SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE...................................................................................................26

4.1 REQUISITOS GERAIS.............................................................................................................................................26


4.2 REQUISITOS DE DOCUMENTAÇÃO............................................................................................................................27
4.2.1 GENERALIDADES.................................................................................................................................................27
4.2.2 MANUAL DA QUALIDADE......................................................................................................................................28
4.2.3 CONTROLE DE DOCUMENTOS.................................................................................................................................28
4.2.4 CONTROLE DE REGISTROS DA QUALIDADE................................................................................................................28

5 RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO.........................................................................................29

II
5.1 COMPROMETIMENTO DA ADMINISTRAÇÃO...............................................................................................................29
5.1.1 VÍNCULO ASSOCIATIVO.........................................................................................................................................29
5.2 FOCO NO CLIENTE................................................................................................................................................29
5.3 POLÍTICA DA QUALIDADE......................................................................................................................................29
5.4 PLANEJAMENTO...................................................................................................................................................30
5.4.1 OBJETIVOS DA QUALIDADE...................................................................................................................................30
5.4.2 PLANEJAMENTO DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE............................................................................................30
5.5 RESPONSABILIDADE, AUTORIDADE E COMUNICAÇÃO.................................................................................................31
5.5.1 RESPONSABILIDADE E AUTORIDADE........................................................................................................................31
5.5.2 REPRESENTANTE DA ADMINISTRAÇÃO.....................................................................................................................31
5.5.3 COMUNICAÇÃO INTERNA......................................................................................................................................31
5.6 ANÁLISE CRÍTICA PELA ADMINISTRAÇÃO.................................................................................................................31
5.6.1 GENERALIDADES.................................................................................................................................................31
5.6.2 ENTRADAS PARA ANÁLISE CRÍTICA.........................................................................................................................32
5.6.3 SAÍDAS DA ANÁLISE CRÍTICA.................................................................................................................................32

6 GESTÃO DE RECURSOS...............................................................................................................................32

6.1 PROVISÃO DE RECURSOS.......................................................................................................................................32


6.2 RECURSOS HUMANOS............................................................................................................................................32
6.2.1 GENERALIDADES.................................................................................................................................................32
6.2.2 COMPETÊNCIA, CONSCIENTIZAÇÃO E TREINAMENTO...................................................................................................33
6.3 INFRA-ESTRUTURA...............................................................................................................................................33
6.4 AMBIENTE DE TRABALHO......................................................................................................................................33

7 REALIZAÇÃO DO PROJETO.......................................................................................................................33

7.1 PLANEJAMENTO DA REALIZAÇÃO DO PROJETO.........................................................................................................33


7.2 PROCESSOS RELACIONADOS A CLIENTES..................................................................................................................34
7.2.1 DETERMINAÇÃO DOS REQUISITOS RELACIONADOS AO PROJETO.....................................................................................34
7.2.2 ANÁLISE CRÍTICA DOS REQUISITOS RELACIONADOS AO PROJETO...................................................................................34
7.2.3 COMUNICAÇÃO COM O CLIENTE.............................................................................................................................35
7.3 PROJETO E DESENVOLVIMENTO..............................................................................................................................35
7.3.1 PLANEJAMENTO DO PROJETO.................................................................................................................................35
7.3.2 ENTRADAS DE PROJETO........................................................................................................................................35
7.3.3 SAÍDAS DE PROJETO.............................................................................................................................................36
7.3.4 ANÁLISE CRÍTICA DE PROJETO................................................................................................................................36
7.3.5 VERIFICAÇÃO DE PROJETO....................................................................................................................................36
7.3.6 VALIDAÇÃO DE PROJETO.......................................................................................................................................36
7.3.7 CONTROLE DE ALTERAÇÕES DE PROJETO..................................................................................................................36
7.4 AQUISIÇÃO..........................................................................................................................................................37
7.4.1 PROCESSO DE AQUISIÇÃO......................................................................................................................................37
7.4.2 INFORMAÇÕES DE AQUISIÇÃO................................................................................................................................37
7.4.3 VERIFICAÇÃO DO PRODUTO ADQUIRIDO...................................................................................................................37
7.5 PRODUÇÃO E FORNECIMENTO DE SERVIÇO..............................................................................................................37
7.5.1 CONTROLE DE PRODUÇÃO E FORNECIMENTO DE SERVIÇO............................................................................................37
7.5.2 VALIDAÇÃO DOS PROCESSOS DE PRODUÇÃO E FORNECIMENTO DE SERVIÇO....................................................................38
7.5.3 IDENTIFICAÇÃO E RASTREABILIDADE.......................................................................................................................38
7.5.4 PROPRIEDADE DE CLIENTE....................................................................................................................................38
7.5.5 PRESERVAÇÃO DE PROJETO....................................................................................................................................38
7.6 CONTROLE DE DISPOSITIVOS DE MEDIÇÃO E MONITORAMENTO.................................................................................39

8 MEDIÇÃO, ANÁLISE E MELHORIA..........................................................................................................39

8.1 GENERALIDADES..................................................................................................................................................39
8.2 MEDIÇÃO E MONITORAMENTO ..............................................................................................................................40
8.2.1 SATISFAÇÃO DE CLIENTES.....................................................................................................................................40

III
8.2.2 AUDITORIAS INTERNAS.........................................................................................................................................40
8.2.3 MEDIÇÃO E MONITORAMENTO DE PROCESSOS DE DESENVOLVIMENTO DE PROJETO...........................................................40
8.2.4 MEDIÇÃO E MONITORAMENTO DO PROJETO..............................................................................................................41
8.3 CONTROLE DE NÃO-CONFORMIDADE.......................................................................................................................41
8.4 ANÁLISE DE DADOS...............................................................................................................................................41
8.5 MELHORIAS........................................................................................................................................................42
8.5.1 MELHORIA CONTÍNUA..........................................................................................................................................42
8.5.2 AÇÕES CORRETIVAS.............................................................................................................................................42
8.5.3 AÇÕES PREVENTIVAS............................................................................................................................................42

NÍVEIS DE QUALIFICAÇÃO EVOLUTIVA..................................................................................................43

1 NÍVEIS DE QUALIFICAÇÃO E REQUISITOS...........................................................................................43

1.1 NÍVEL D...........................................................................................................................................................43


1.2 NÍVEL C...........................................................................................................................................................44
1.3 NÍVEL B...........................................................................................................................................................44
1.4 NÍVEL A...........................................................................................................................................................45

2 TABELA DE NÍVEIS DE QUALIFICAÇÃO E REQUISITOS EVOLUTIVOS........................................46

3 ESCOPOS...........................................................................................................................................................47

ANEXO 2 – QUALIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETISTAS INDIVIDUAIS/AUTÔNOMOS......50

ANEXO 3 – SISTEMATIZAÇÃO DO PROCESSO PRODUTIVO DO EMPREENDIMENTO................53

IV
APRESENTAÇÃO

O setor de Projetos e Consultoria de Arquitetura e Engenharia participou,


historicamente, da construção do patrimônio tecnológico do Brasil. As entidades
representativas na Bahia estão presentes, desde o início, no QUALIOP - Programa
de Qualidade das Obras Públicas da Bahia, através de Acordo Setorial assinado
com o Governo Estadual, e identificam nesta iniciativa um novo caminho para a
reestruturação do setor produtivo e contratante no Estado.

Nos últimos anos, o trabalho de projeto tem se deteriorado, com o


desmonte das grandes empresas e mesmo dos pequenos escritórios, seja pela
ausência das grandes obras seja, principalmente, pelo não reconhecimento por
parte do mercado, da importância desta atividade, indispensável para a obtenção
de resultados desde a decisão do investimento para um empreendimento.

A atual situação do setor é paradoxal: freqüentemente são apontados


defeitos em obras em processo de licitação ou construção e, especialmente, nas
já concluídas, decorrentes de falhas de projeto, e muitas vezes o projetista ficou
à margem do processo de execução desses empreendimentos.

Considerando a construção como uma cadeia produtiva, resultado de


atividades diversas, denominada "CONSTRUBUSINESS"1, a atividade de projeto
faz interface com todas as demais atividades, sejam elas "pré" ou "pós"
construção, como o SINAENCO bem define:

"O planejamento adequado de um investimento, a solução bem estudada e


projetada, o rigoroso gerenciamento do empreendimento, garantem economia de
recursos financeiros e materiais, racionalização de processos e melhor qualidade
de atendimento ao usuário final. As empresas de Arquitetura e Engenharia
Consultiva planejam, determinam a viabilidade, projetam, gerenciam e
acompanham o "start-up" de empreendimentos físicos nos mais diversos setores
da economia. Por meio da prestação de serviços técnicos especializados, este
setor agrega valor a todas as etapas da cadeia produtiva da construção, desde a
planta industrial dos fabricantes dos insumos básicos até a conservação do
empreendimento final."

O momento é de ação e de resultados: o presente PSQ - Programa Setorial


da Qualidade - Projeto, é fruto do consenso entre o SINAENCO-BA, IAB-BA e CEB,
determinando os requisitos, níveis e prazos para serem cumpridos pelas
empresas e profissionais, e ser inseridos nos editais de licitação do Governo do
Estado. Também aponta os principais fatores críticos na contratação e
recebimento destes serviços, que provocam impactos negativos para a
qualidade. Estes fatores críticos já são temas de trabalhos em desenvolvimento
no COGER-P, Comitê Gerenciador - Projetistas, e após o consenso entre
contratantes e cadeia produtiva, serão apresentados ao Governo Estadual para a
sua implementação, o que ditará melhores tempos, melhores projetos e obras,
para benefício do cidadão.

SINAENCO
4º Seminário da–Indústria
1 BA da Construção, realizado
IAB pela
– BAFIESP em Julho de 2001. CEB
V
INTRODUÇÃO
A instituição do programa QUALIOP - Programa de Qualidade das Obras
Publicas da Bahia pelo Governo do Estado, representa a oportunidade de um
salto qualitativo na construção civil como um todo.

O processo produtivo da construção civil apresenta grandes problemas


estruturais e é carregado de inúmeros vícios herdados do passado. Somente uma
ação concentrada e integrada, do conjunto dos participantes do processo da
construção civil, pode sanear e reestruturar este processo.

Desta forma teremos duas grandes tarefas em nossa frente:

Estruturação do processo produtivo da construção civil como um todo,


criando uma perfeita integração entre seus participantes:

Órgãos Contratantes;

Projetistas;

Construtores;

Produtores/Fornecedores de Materiais e Equipamentos;

Estruturação de cada setor participante que garante a qualidade e a


compatibilidade do produto de sua área com as metas do processo.

A fase de projeto e o estudo de viabilização técnica e econômica são o


momento nevrálgico do processo produtivo de um empreendimento, pois é nesta
fase, que se está concebendo toda obra, simulando-a, inclusive na sua
funcionalidade, viabilidade técnica e econômica, facilidade construtiva,
operacional e de manutenção. Só nesta fase se podem evitar ou corrigir erros
fundamentais de viabilidade e de qualidade do produto final.

Mas, na realidade atual da construção civil, especialmente de obras


públicas, a fase de projetar e de viabilizar técnica e economicamente a obra é a
fase que se menos valoriza, menos se investe e mais se cortam prazos e custos
de elaboração, sem perceber que isto gera obras caras, imprevisíveis em termos
de prazos e custos, de baixa qualidade construtiva, funcional, operacional e de
manutenção, ademais de um setor técnico mal estruturado.

O PSQ dos projetistas da arquitetura e engenharia consultiva tem como


objetivo re-qualificar um setor totalmente fragilizado, especialmente em áreas
onde o Poder Público é o único contratante de projetos e estudos (saneamento,
drenagem, rodovias, edificações públicas, urbanização, planejamento urbano,
regional, ambiental, etc.).

Para uma melhoria da construção civil é preciso redefinir a significância do


projeto no processo, a participação e a responsabilidade dos projetistas em cada
uma de suas fases produtivas.

Nos setores econômicos mais desenvolvidos, nacional e internacionalmente,


a economia gasta cada vez mais no planejamento e na viabilização técnica e
econômica dos empreendimentos para evitar gastos e obras improvisadas e

1
inviáveis, que oneram extremamente nossos orçamentos públicos, como ocorre
hoje com o setor. Chegou-se a conclusão de que obras bem planejadas são as
mais econômicas e qualificadas.

Através deste PSQ, o setor de Projetos e Consultoria de Arquitetura e


Engenharia entram na campanha do QUALIOP, junto aos demais participantes, na
intenção de requalificar seu setor e de reestruturar o processo produtivo da
construção civil de obras públicas como um todo para, conforme proposto pelo
IAB/BA em seu Informe de Maio de 2000, "garantir que estas promovam um
desenvolvimento sustentável, com um ambiente construído digno, favorável à
saúde e à sociabilidade, com o retorno ambiental esperado e o necessário
alcance social dos recursos públicos investidos".

1 ENTIDADES REPRESENTATIVAS DO SETOR


O setor de projetos é representado pelas seguintes entidades de caráter
nacional e estadual:

SINAENCO - Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia


Consultiva
IAB - Instituto dos Arquitetos do Brasil
CEB - Clube de Engenharia da Bahia

2 EMPRESAS ASSOCIADAS ÀS ENTIDADES


Entre as entidades representativas do setor pode-se citar os seguintes
dados quanto ao número de profissionais e empresas associadas e/ou filiadas, no
Estado da Bahia:

SINAENCO/BA: 13 empresas associadas e 130 filiadas


IAB-BA: 1300 profissionais de Arquitetura e Urbanismo
CEB: 3.500 profissionais de Engenharia integrantes do sistema CONFEA/CREA

3 DIAGNÓSTICO DA QUALIDADE DO SETOR


Assim como toda a cadeia produtiva da construção civil o setor de projetos
tem sido motivado nos últimos anos a dar início a um processo de modernização,
visando não só atingir melhores condições de qualidade e produtividade,
especialmente, nas empresas de desenvolvimento de projetos, mas, sobretudo,
melhorar a qualidade do projeto gerado, uma vez que este é elemento chave na
qualidade e produtividade dos bens finais.

Quanto ao Estado da Bahia são apresentados gráficos de dados do CREA-BA


quanto a número de ART’s, valor de obras por tipos de ART’s e valor de
honorários por tipo de ART’s. Estes gráficos evidenciam que o tipo de obra
Edificação é responsável pela maior contribuição em relação a número de ART’s,
valor de obras e valor de honorários em 1998 e 1999. Também foram utilizados
dados do diagnóstico realizado pelo Estado de São Paulo quando da elaboração
do PSQ daquele Estado.

2
Os principais aspectos da situação atual do setor podem ser resumidos a
seguir:

3.1 Caracterização da contratação de Projetos por Órgãos Contratantes e


tipos de projetos
A tabela abaixo refere-se a dados de contratação de consultoria, projetos e
supervisão de projetos por parte do DERBA, da SUCAB e da CONDER para os
exercícios de 1997 à 2000 que evidenciam a oscilação de valores e de número de
projetos contratados pelos órgãos.

O DERBA em 1997 contratou 12 projetos e em 1998 e 1999 praticamente


reduziu pela metade o volume de projetos contratados. No entanto, o valor gasto
com a contratação foi superior ao de 1997.

A oscilação também é evidenciada na SUCAB e na CONDER. A SUCAB em


1998 contratou 29 projetos/consultorias e em 1999 aumentou vertiginosamente
para 82, reduzindo drasticamente ao mesmo patamar de 97 e 98 em 2000 ao
contratar 37 projetos/consultorias, conforme tabela abaixo e os gráficos
apresentados nas figuras 1 e 2.

Quanto aos valores a redução praticada de 1999 para 2000 correspondeu a


um corte de mais de 1/3 dos recursos. A CONDER, por sua vez, contratou 46
projetos de infra-estrutura gastando R$ 28.060.921,00 em 1999 e em 2000
quase dobrou o número de projetos e o valor dos contratos com um total de 82
obras e R$ 50.763.671,00.

Isto reflete a falta de planejamento e de estruturação adequada para a


contratação destes serviços que acaba por se refletir na qualidade do produto e
influir na estabilidade do setor. Esta oscilação em valores e quantidade de
projetos e consultoria contratados pelos órgãos públicos foi evidenciada como um
dos pontos críticos pela cadeia produtiva.

PROJETOS CONTRATADOS DE 1997 À 2000

ÓRGÃO TIPO 1997 1998 1999 2000

CONTRAT.

QUANT. $R QUANT. $R QUANT. $R QUANT. $R


PROJ/
DERBA CONSULT 12 1.754.251 7 2.026.073 6 3.630.745

PROJ./
SUCAB CONSULT 32 421.742 29 909.026 82 1.136.167 37 302.456

CONDER PROJETOS 5 590.214 2 37.390


SUPERVISÃO 2 521.141 0 0
TOTAL
PROJ./
CONSULT. 95 5.878.267

CONDER OBRAS EDIFIC 11 5.303.554 17 3.862.213

3
OBRAS INFRA. 46 28.060.921 82 50.763.671
57 33.364.475 99 54.625.884
CONDER %PROJ/OBRA 1,769% 0,068%
CONDER %SUPERV/OBRA 1,562% 0,000%

Contratação de projetos, consultoria e supervisão - Quantidade (1999)

82
7

6
5

DERBA SUCAB CONDER/PROJETOS CONDER/SUPERVISÃO

Fig. 1

Valor gasto com contratação de projetos, consultorias, e supervisão - 1999

R$ 1.136.167
R$ 590.214

R$ 1.111.355

R$ 3.630.745
R$ 521.141

DERBA SUCAB CONDER/SUPERVISÃO CONDER/PROJETOS

Fig. 2
De acordo com dados fornecidos pelo CREA-BA, no ano de 1998, conforme
gráfico da figura 3, observa-se que a maior parte das contratações dos projetos
são do setor de Edificações, representando 36%, e em segundo lugar o setor de

4
elétrico-eletrônica com 19%. No ano de 1999 , figura 4, também prevaleceram
os setores de Edificações (45%) e eletrico-eletônico (21%).

Percentual de ART's por tipo de empreendimento - 1998

OUTRAS
27%
EDIFICACAO
36%

URBANISM O
ELETRI./ ELETRON.
1%
19%
ESTRUT./CONCR.
TELECOM UNICACAO
7%
4%
SANEAM ENTO
OBRAS DE TERRA
5%
1%

Fig. 3

Percentual de ART's por tipo de empreendimento - 1999

OUTRAS
18%

EDIFICACAO
45%

ELETRI./ ELETRON.
21%

TELECOMUNICACAO
3% ESTRUT./CONCR.
URBANISMO
7%
OBRAS DE TERRA 1%
1%

SANEAMENTO
4%

Fig. 4

5
3.2 Natureza da atividade e características organizacionais do setor
A atividade de desenvolvimento de projetos é essencialmente ligada à
formação profissional. Atuam nesse setor principalmente os profissionais das
áreas de Arquitetura, Urbanismo, Engenharia Civil, Engenharia Sanitária,
Engenharia Mecânica, Engenharia Elétrica e Geologia. Diversas especialidades
são envolvidas para o desenvolvimento de projetos tecnicamente adequados
para a realização de obras de toda natureza, tais como: projeto de arquitetura,
estruturas, fundações, sistemas prediais (hidráulicos, elétricos, ar-condicionado,
transporte vertical, acústica, etc.), geotécnico, obras rodoviárias, saneamento,
urbanismo, paisagismo, impermeabilização, vedações, e outros conforme as
características do empreendimento.

Conforme identificado no diagnóstico apresentado pelo PSQ-SP, e que


coincide com a realidade da Bahia, o setor não está organizado somente em
empresas formalmente constituídas, mas, também, em atividades desenvolvidas
por profissionais autônomos que atuam por conta própria ou como prestadores
de serviço às empresas de projeto. Isto torna difícil a quantificação do nível de
atividade do setor de acordo com o vulto do projeto, o faturamento e os
empregos gerados, não existindo levantamentos sistemáticos sobre os dados que
permitam caracterizar as empresas do setor quanto ao seu tamanho e nível de
atividades.

As informações conhecidas por parte das entidades permitem inferir que as


empresas do setor são de pequeno porte, isto é, não ultrapassam, em média, o
número de 15 (quinze) funcionários diretamente vinculados às empresas.
Destaca-se, no entanto, um reduzido número de empresas que desenvolvem
outros serviços além de projetos, como é o caso das empresas gerenciadoras de
empreendimentos e obras.

São poucos os insumos utilizados pelo setor no seu processo de produção,


no entanto, a evolução tecnológica e a redivisão do trabalho que vem ocorrendo
geram atividades para uma série de serviços como os “bureau” de plotagem,
impressão e consultoria em multimídia, por exemplo.

Devido ao grande número de profissionais formados em todo o País


anualmente e à entrada de novas empresas no mercado de desenvolvimento de
projetos a competição no setor torna-se acirrada.

A abertura econômica propiciou também a atuação de escritórios


estrangeiros de projeto, que têm se destacado pelo desenvolvimento de edifícios
comerciais e empreendimentos de grande porte.

Dada a característica de trabalho por encomenda, ligada à atividade da


construção civil e a sensibilidade dessa atividade às mudanças de ciclo
econômico, o setor atualmente utiliza-se, em grande parte, da terceirização de
serviços no que diz respeito às etapas de detalhamento de projeto, produção de
maquetes e recursos de apresentação, plotagem e desenhos diversos.

Esta estratégia visa a redução de custos fixos das empresas que, sujeitas a
grandes flutuações de demanda, têm dificuldades para dar sustentação
permanente a esses custos, especialmente, no que se refere aos encargos sociais
e tributação.

6
3.3 Características do processo de produção do Projeto
A divisão e organização do trabalho do setor de projetos apresentam
características diferentes, conforme o tipo de empreendimento e tipo de
contratante dos serviços. Em função das características do empreendimento e do
tipo de contrato estabelece-se maior ou menor grau de integração entre os
serviços técnicos e projetos a serem desenvolvidos e entre estes e os demais
agentes da cadeia produtiva.

O desenvolvimento do projeto é um processo compartilhado entre os


projetistas das várias especialidades e o Contratante, uma vez que, a exemplo do
desenvolvimento de um produto industrial, envolve a identificação das
necessidades dos clientes/usuários e a interação com a tecnologia que viabilize a
construção da obra projetada ou outro elemento do ambiente construído.

O processo de desenvolvimento do projeto como um todo envolve ainda


fatores condicionantes de ordem regulatória, legislação urbana e normas
relacionadas aos serviços públicos, e de características técnicas de interação do
bem produzido com os demais elementos do ambiente construído.

As responsabilidades pela qualidade e produtividade do processo de


desenvolvimento e do produto final gerado são assim divididas entre os vários
intervenientes do processo.

Sistematização do processo produtivo


A sistematização do processo produtivo de elaboração de um projeto
permite a organização das diversas fases do projeto, possibilitando a empresa a
identificar e gerenciar melhor as numerosas atividades interligadas e as inter-
relações entre os integrantes das equipes. Assim, pretende-se otimizar o
processo de desenvolvimento compartilhado de projetos e identificar pontos de
melhorias.

A implantação de um Sistema de Gestão da Qualidade para o setor de


projetos possibilitará uma melhoria na coordenação das equipes e a
compatibilização dos diversos projetos necessários para um empreendimento.

Informática e tecnologia da informação


O processo de desenvolvimento de projeto está atualmente em fase de
transição, para uma intensificação do uso de recursos da informática e tecnologia
da informação, fazendo com que estes aspectos também se constituam em
fatores de capacitação do setor.

Busca-se, assim, um incremento significativo na produtividade atingida


pelos profissionais, empresas e na garantia da qualidade no que diz respeito à
confiabilidade possibilitada pela padronização de etapas e automação por meio
de sistemas informatizados específicos.

4 Sistematização do processo produtivo do empreendimento


O estágio atual de interação entre os partícipes, Órgãos Contratantes,
Projetistas/Empresas de Projeto/Consultoria Técnica e Construtores, evidencia um

7
inadequado entendimento entre as partes e seus papéis ao longo do processo
produtivo que se reflete na qualidade dos projetos elaborados, na execução dos
empreendimentos e sua utilização.

O setor de projetos e seus representantes entendem ser de fundamental


importância a elaboração e a implementação de um processo produtivo do
empreendimento, em todos os seus níveis, que esclareça as funções e
responsabilidades de cada agente - Contratantes, Projetistas/Consultoria Técnica
e Construtores - para a obtenção da melhoria da qualidade do processo produtivo
na Construção Civil e suas áreas correlatas, notadamente o setor de projetos.

Para que se atinja uma melhoria de qualidade no setor é necessário


melhorar a contratação e a gestão do processo produtivo do empreendimento
como forma de evitar a elaboração e a execução de projeto não compatibilizado,
baseado em um “Projeto Básico”, que normalmente não considera
adequadamente a viabilidade técnica e financeira do empreendimento e acabam
por aumentar os custos na fase de construção e de manutenção.

A definição desta sistematização do processo produtivo do empreendimento


é de grande relevância para o equacionamento de alguns pontos críticos
relacionados no item 6, Fatores Críticos e Principais Dificuldades.

O COGER – Projetistas apresenta as sugestões para a sistematização e


discutí-las no âmbito do QUALIOP de modo a efetivar e homogeneizar a sua
prática em todos os níveis de contratação e execução de projetos pertinentes a
este Programa. Esta proposta está contida no ANEXO 3 do PSQ – Projetista.

5 Mudanças recentes e principais dificuldades do setor quanto à


qualidade
As mudanças pelas quais vem passando o ambiente econômico e a
tecnologia de produção do ambiente construído tem introduzido novas
necessidades quanto às características do processo de desenvolvimento dos
projetos.

A introdução de novas tecnologias construtivas, de novos produtos de


construção, novas tendências na ocupação do solo e no processo de urbanização,
bem como mudanças de comportamento dos usuários quanto ao uso dos bens
construídos vêm introduzindo a necessidade de novos conhecimentos no
processo de desenvolvimento de projeto.

Por outro lado, avanços na tecnologia da informação, com a possibilidade de


compartilhamento de dados e informações de projeto em tempo real, alteram a
estrutura de desenvolvimento de projeto, delineando-se como tendência a
simultaneidade de desenvolvimento entre todos os agentes.

No entanto, existem dificuldades relativas ao processo do setor de projetos


no que diz respeito à qualidade que podem ser resumidas a seguir no item 6,
Fatores Críticos e Principais Dificuldades.

8
6 FATORES CRÍTICOS E PRINCIPAIS DIFICULDADES

6.1 Principais dificuldades estruturais e sistêmicas


Neste âmbito as dificuldades do setor estão fora do alcance da unidade
produtiva, da empresa, ou do profissional de forma individual. Constitui-se em
aspectos que derivam ou interagem com o sistema econômico, social e político
do País.

A tabela a seguir correlaciona os Fatores Críticos, as Principais Dificuldades


e sugestões para a discussão durante todo o processo do acordo setorial.

9
Principais Dificuldades Estruturais e Sistêmicas
1.Falta de cultura de planejamento Preparar sugestões de atualização dos
no âmbito da formação dos programas de formação profissional e abrir
profissionais do setor da construção frentes de negociação com as IES – Instituições
civil incluindo o poder público e os de Ensino Superior, para implementação
demais contratantes, predominando destes programas.
o improviso de soluções;
Intensificar e dar prosseguimento à
interação gerada com a elaboração do PSQ –
Projetistas no sentido de buscar soluções
através de planos e metas a longo prazo.

2.Não cumprimento das metas As mudanças são atribuições do Poder


previstas dos planos e Público, que deve ser sensibilizado por um
planejamentos plurianuais, posicionamento adequado das entidades.
estratégicos ou no nível macro pelos Necessário preparar sugestões, inclusive
contratantes relacionando dados e informações
fundamentais requeridas de modo a garantir a
demanda prevista, a implementação e
planejamento a longo prazo.

3.Desvinculação da fase de projeto Sugerir a participação do projetista ao


da demais fase das obras, o que longo do processo executivo da obra dentro de
elimina a retroalimentação dos um processo de sistematização do
projetistas com experiências de empreendimento público.
obras executadas

4.Falta de definição e cumprimento Sugerir implantação da sistematização do


dos papéis dos distintos processo produtivo do empreendimento, onde:
participantes do processo produtivo
Órgãos: contratar projetos, estudos,
planos, fiscalização, supervisão e obras;

Projetistas: projetar, planejar, analisar,


fiscalizar, supervisionar, etc.;

Construtores: executar obras;

5.Falta de avaliação real da Os Poderes Públicos e demais


viabilidade técnica e econômica de contratantes deverão ser sensibilizados pelas
empreendimentos na fase de entidades para investir e criar mecanismos de
projeto planejamento e contratação de estudos de
viabilidades técnicas dos empreendimentos.

6.Omissão do contratante na A contratante exigirá a contratação do


fiscalização das equipes técnicas profissional indicado na proposta, dentro do
indicadas nas propostas para a prazo previsto no Edital (prazo de validade da
realização do empreendimento proposta).
(setorial);

10
7.Insuficiência de ação normativa e As mudanças são atribuições do Poder
fiscalizadora por parte das Público e de entidades representativas do setor
entidades do setor sobre as relações (CREA), que devem ser sensibilizados por um
de trabalho de seus profissionais e posicionamento. É necessário elaborar
empresas; sugestões, por exemplo, apresentação de
contratos, vínculos, inclusive relacionando
dados e informações fundamentais requeridas.

8.Legislação de contratação de Dependem de mudança na legislação (em


serviços de projeto no setor público andamento) que poderá incorporar sugestões
inadequada do ponto de vista da a serem encaminhadas pelas entidades
garantia de qualidade; nacionais. No âmbito estadual, quando
oportuno, as sugestões poderão ser
encaminhadas através COGER. Necessário
preparar sugestões.

9.Insuficiência do sistema de controle Dependem de mudança na legislação (em


de qualidade andamento) que poderá incorporar sugestões
a serem encaminhadas pelas entidades
nacionais. No âmbito estadual, quando
oportuno, as sugestões poderão ser
encaminhadas através COGER. Necessário
preparar sugestões.

10.Heterogeneidade, inadequação e Dependem de mudança na legislação (em


conflitos na legislação de caráter andamento) que poderá incorporar sugestões
federal, estadual e municipal nos a serem encaminhadas pelas entidades
aspectos que afetam projeto: meio nacionais. No âmbito estadual, quando
ambiente, legislação urbana (Planos oportuno, as sugestões poderão ser
Diretores e códigos de obras), leis e encaminhadas através COGER. Necessário
normas específicas; preparar sugestões.

11.Alta incidência de encargos As entidades do setor deverão promover


trabalhistas sobre as empresas na ações junto ao poder público no sentido de se
medida em que são intensivas no efetivarem reformas na legislação trabalhista,
uso do trabalho tornando-a mais flexível e menos onerosa,
especializado/qualificado. compatibilizando-a com as características e
dinâmica do Setor.

12.Alta incidência de tributos, tanto As entidades do setor deverão promover


no âmbito municipal quanto federal; ações junto ao poder público, especialmente
através do poder legislativo, no sentido de se
efetivar a reforma fiscal e tributária. Enquanto
esta não acontece, adotar medidas que
estabeleçam uma tributação compatível com a
realidade econômica do Setor.

11
13.Deficiências graves na forma de Deverão ser elaborados estudos, através
remuneração pelos serviços de consultoria especializada, para a revisão
executados; dos parâmetros de remuneração e o
estabelecimento de novas bases de cálculo
para o custo dos serviços prestados pelo Setor.

14.Desvirtuamento da atuação dos O Setor, através das representações de


CREAs; concentrado sua atividade suas entidades, deverá dialogar com o seu
basicamente em ações de natureza Conselho de classe para que se promova uma
cartorial/burocrática e punitiva. revisão nos procedimentos adotados por este,
visando uma ação mais efetiva em prol da
qualidade do trabalho desenvolvido pelos
profissionais e empresas vinculadas ao
Sistema.

15.Inexistência de planos diretores e O poder público deverá ser sensibilizado


planos setoriais; para a necessidade de investir no seu
Planejamento Global, de médio e longo prazo,
e obedecer rigorosamente às metas neste
estabelecidas. Somente assim propiciará
condições de confiabilidade para poder contar
com um Setor de projetos estruturado.

A criação de um estoque de projetos, com


base no referido planejamento, poderá ser um
mecanismo de extrema utilidade para a
captação de recursos e atendimento das
demandas com mais eficiência.

16.Flutuações acentuadas de As mudanças são atribuições do Poder


demanda tendo em vista a Público, que deve ser sensibilizado por um
descontinuidade das políticas posicionamento adequado das entidades.
públicas. Necessário preparar sugestões, inclusive
relacionando dados e informações
fundamentais requeridas.

17.Ocorrências de cópia de projeto Exigir atuação mais efetiva do Conselho


com descaracterização de de Classe (CREA) para coibir esta prática ilegal.
responsabilidade técnica.

18.Falta de contextualização e Desenvolver e/ou adotar metodologias de


integração do projeto ao ambiente base científica adequadas para a análise das
em que se insere, desde as fases de variáveis que determinam o projeto. Isto tanto
concepção e desenvolvimento. por parte dos projetistas como por parte dos
contratantes que recebem e analisam o
projeto.

19.Defasagem conceitual, que por Promoção de mecanismos de atualização


acomodação do contratante, profissional e reciclagem, que estimulem o
impede e desestimula o emprego de contratante e os usuários finais a avaliar os
novos conceitos, com foco no projetos sob o ponto de vista da relação custo-
desempenho final do benefício e do valor agregado pelo projeto ao
empreendimento (grau de empreendimento, considerando o seu retorno

12
satisfação do usuário, adequação sócio-ambiental.
ambiental, vida útil, custos de
manutenção e operação, etc.).

13
20.Número reduzido de empresas e Realizar eventos e intensificar a
profissionais do setor associadas às divulgação da importância da entidade de
entidades de classe (SINAENCO, IAB, classe para a discussão e elaboração de
CEB); soluções de questões de interesse de seus
integrantes, evidenciando as atividades
realizadas e os resultados obtidos como o PSQ
- Projetistas.

As mudanças que vêm ocorrendo neste âmbito estão situadas


predominantemente no lado do mercado com maior interferência do consumidor
final nas características do produto, pela exigência junto ao construtor e ao dono
da obra. Altera-se também a exigência dos contratantes privados quanto às
características solicitadas do projeto e dos contratantes públicos exercendo seu
poder de compra por meio de critérios ligados à qualidade.

São lentos os movimentos no sentido de mudanças na legislação de toda


natureza.

6.2 Principais dificuldades de caráter setorial/empresariais


Tendo em vista a estrutura de setor extremamente pulverizada, com grande
número de profissionais atuantes, diferentes especialidades e fragmentação do
processo de elaboração do projeto entre vários agentes, o setor é desprovido de
mecanismos que permitam a articulação e integração adequada ao seu próprio
desenvolvimento;

Inexistência de metodologias de acompanhamento da demanda por projeto


e projeções que permitam desenvolver um planejamento adequado da
mobilização dos profissionais do setor em todos os níveis;

O processo de trabalho do setor é altamente dependente do processo de


produção e da cadeia produtiva da construção civil como um todo, gerando
fatores condicionantes da qualidade do projeto como:

Principais Dificuldades de Caráter Setorial


21.Ausência de levantamento Deverão ser adotadas metodologias e padrões
das necessidades dos clientes de pesquisas junto aos usuários para os diferentes
finais/usuários em projetos; tipos de empreendimentos que subsidiem o
desenvolvimento dos projetos.

22.Carência de dados e As mudanças são atribuições do Poder Público,


informações técnicas; que deve ser sensibilizado por um posicionamento
adequado das entidades. Necessário preparar
sugestões, inclusive relacionando dados e
informações fundamentais requeridas. Dados,
levantamentos, cadastros, cartografia, imagens
aérea, são públicos e devem ser disponibilizados
para copia de qualquer prestador de serviço

23.Dificuldade financeira das Requerem solução das próprias empresas que,

14
empresas para investir em através de suas entidades representativas, poderão
programas de qualidade; conseguir junto ao Poder Público, linhas de
financiamento e programas específicos;

24.Falta de projetos Todo empreendimento deverá ser contratado


compatibilizados (entre si e na forma integral, com a definição das atribuições
com os levantamentos/ estudos de cada um dos participantes (Contratantes e
básicos/complementares) e Contratados), que englobe todos os levantamentos
viabilizados técnica e e projetos complementares necessários para o
economicamente projeto executivo do empreendimento, conforme o
proposto na Sistematização do Processo Produtivo
do Empreendimento Público.

25.Falta de coordenação técnica Elaborar, através do COGER, uma


do processo produtivo desde o sistematização desde a idealização até a execução
projeto ate a entrega de obra do empreendimento que defina as
pelo mesmo técnico responsabilidades dos participantes e a quem
compete a coordenação e fiscalização do
empreendimento nas diferentes etapas do processo
produtivo (Sistematização do Processo Produtivo do
Empreendimento Público);

26. Falta de aplicação Devem ser implementadas através de


sistemática de mecanismos padronização dos editais de licitação, e outros
correntes de retroalimentação procedimentos, a ser conseguida através do
do projeto a partir da obra COGER que viabilizem a criação de um banco de
executada e experiências de dados para a retroalimentação de projetos.
uso e operação dos
empreendimentos, como
análise pós-uso;
27.Baixo grau de compromisso Implementar novos procedimentos para
dos profissionais e empresas de contratação de empresas que atendam aos
projeto com a estratégia e requisitos do QUALIOP;
metas dos contratantes (custos,
prazos, atendimento ao usuário
final, etc);
28.Falta de padronização na Requerem atuação das entidades junto aos
fabricação e especificação de órgãos envolvidos (Contratantes e ABNT) para
materiais e componentes, viabilizar um acordo entre os participantes da
resultados de ensaios, cadeia produtiva (PSQ – Fornecedores) que deverá
desempenho, ciclo de vida do apresentar estudos e certificação técnica de seus
produto, bem como outras produtos. De imediato, o Poder Público assumirá o
informações que subsidiem a compromisso de só especificar e aceitar materiais e
seleção das tecnologias e componentes de Qualidade comprovada através de
especificações a serem laboratórios credenciados.
adotadas;
29.Concorrência predatória entre Serão implementadas ações de qualificação
e empresas; em grupos de empresas para que as mesmas
possam melhorar a gestão, o nível de
competitividade e a concorrência entre elas.

30.Falta de critérios objetivos de Os Anexos 1 e 2 deste PSQ estabelecem


qualificação de profissionais e critérios objetivos de qualificação de empresas e

15
empresas por tipo de serviços; profissionais;

31.Indefinição das Elaborar, através do COGER, uma


responsabilidades das partes sistematização desde a idealização até a execução
contratantes e contratadas; do empreendimento que determine a elaboração
de projetos executivos com a eliminação da figura
do projeto básico;

32.Carência de uma normativa Requerem atuação das entidades junto aos


sistematizada, atualizada e órgãos envolvidos (Contratantes e ABNT) de modo
acessível que estimule o a facilitar o acesso, o conhecimento e a revisão das
conhecimento e cultura da Normas;
consulta às Normas Técnicas;
33.Falta de compatibilidade de Requerem solução das próprias empresas que,
formatação, facilidade de através de suas entidades representativas, poderão
manuseio de dados de conseguir junto ao Poder Público, linhas de
pranchas digitais e financiamento e programas específicos.
nomenclatura de níveis de
informação;
34.Inadequação de preços e falta Sugerir através do COGER que proponham a
de remuneração justa e valorização da proposta técnica com preços
adequada; adequados ao serviços, bem como a elaboração do
PSQ do Contratante;

35.Inadequação de prazos para Devem ser implementadas através de


execução dos projetos; padronização dos editais de licitação, e outros
procedimentos, a ser conseguida através do
COGER.

36.Falta de definição de padrões Contemplado no item 30 exposto acima;


de qualidade de projetos
técnicos;
37.Falta de gerenciamento e Requerem solução das próprias empresas que,
transparência do negócio: através de suas entidades representativas, poderão
planejamento, controle de custo conseguir junto ao Poder Público, linhas de
do escritório, custos de financiamento e programas específicos.
projetos;
38.Falta de capacidade de Requerem solução das próprias empresas que,
investimento no através de suas entidades representativas, poderão
aperfeiçoamento do processo conseguir junto ao Poder Público, linhas de
de produção: capacitação e financiamento e programas específicos.
aperfeiçoamento dos recursos
humanos; informatização;
desenvolvimento de
metodologias próprias de
desenvolvimento do projeto.
39.Dificuldades de manutenção As mudanças são atribuições do Poder Público,
de equipes dadas as que deve ser sensibilizado para a consolidação e a
características de flutuação de efetivação dos planejamentos a médios e longo
demanda de projetos /planos

16
nas áreas monopolizados pelos prazo.
órgãos públicos;
40.Falta de padronização de Requerem solução das próprias empresas que,
procedimentos entre os através de suas entidades representativas, poderão
diferentes órgãos contratantes, conseguir junto ao Poder Público, linhas de
demandando um alto grau de financiamento e programas específicos.
adaptação aos padrões de cada
um.
41.Contratação da obra com a A licitação de obras só deverá ser realizada
vinculação da elaboração do após a elaboração de projeto executivo.
projeto executivo
42.Ausência de estoques de Sensibilizar o Poder Público através das
projetos; entidades de modo a evidenciar as vantagens de
se realizar um estoque de projetos;

7 Normatização técnica
A normatização técnica de projeto não se refere somente às normas da
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, mas também às normas
de entidades e instituições públicas e privadas, bem como às normas das
concessionárias de serviços públicos de cada localidade. Sendo assim, a
elaboração de projetos e o gerencimanto de projetos e obras contempla o
uso de normas e orientações técnicas de diversas áreas do conhecimento.

8 PROCESSOS DE CERTIFICAÇÃO DE TERCEIRA PARTE

8.1 Para empresas


Tendo em vista a natureza do produto “projeto” e/ou “gerenciamento de
obras” entende-se que a certificação de terceira parte cabível neste setor é a
certificação de um sistema da qualidade baseado nas normas ISO 9000:2000,
implementado de forma evolutiva, conforme apresentado no ANEXO 1. O
sistema da qualidade não assegura, no entanto, a qualidade do produto
resultante no que se refere aos aspectos de desempenho estético e funcional,
porém melhora a gestão da empresa e conseqüentemente a qualidade do
produto oferecido.

A certificação do sistema está voltada ao processo de desenvolvimento,


pressupondo-se a existência de conhecimento técnico adequado por parte dos
profissionais de projeto e gerenciamento envolvidos, por parte dos profissionais
do contratante e a adequação de fatores condicionantes, como as normas
técnicas e regulamentadoras existentes.

8.2 Para Projetistas Individuais/Autônomos


O setor propõe que os projetistas (profissionais liberais), também participem
de um processo de qualificação através de um treinamento que os habilitem e
capacitem a integrar equipes de desenvolvimento e gerenciamento de projetos
com as empresas certificadas e em processo de certificação, considerando que
esta é a modalidade existente para a participação destes profissionais em
17
licitações e como fornecedores de projetos das empresas de projeto ou por
empresas construtoras.

O treinamento e a capacitação serão realizados através de um curso


baseado em princípios de formação e participação de equipes e na norma ISO
9000:2000, sendo exigido um certificado de conclusão ao final do curso que
contemple pelo menos os requisitos apresentados no ANEXO 2.

9 SISTEMA EVOLUTIVO DA QUALIDADE SETOR DE PROJETOS

9.1 Qualificação das Empresas e Cronograma


Com base nos requisitos do Sistema Evolutivo da Qualidade de
Construtoras, definido no projeto 01.02.04 e na Norma ISO 9001:2000 o Setor de
Projetos e Consultoria de Arquitetura e Engenharia elaborou os requisitos do
Sistema Evolutivo para o Setor de Projetos no Estado da Bahia e que será levado
para discussão nacional no âmbito do PBQP-H.

A Coordenação Nacional do PBQP-H poderá criar um projeto especifico para


o setor que poderá denominar-se SIQ – Sistema de Qualificação de Empresas de
Projeto, conforme proposta apresentada no ANEXO 1.

O SIQ – Empresas de Projetos e Gerenciamento deste documento define o


Sistema Evolutivo de Gestão da Qualidade voltado para qualificação de empresas
do Setor de Projetos e Consultoria de Arquitetura e Engenharia e é parte
integrante deste Programa Setorial da Qualidade.

As empresas para participarem de Licitações Públicas deverão atender os


requisitos do Sistema Evolutivo nos seguintes prazos.

NÍVEIS DE QUALIFICAÇÃO EMPRESAS

NÍVEIS PARA IMPLANTAÇÃO NAS LICITAÇÕES


D Abril 2002 Maio 2002
C Novembro 2002 Dezembro 2002
B Junho 2003 Julho 2003
A Janeiro 2004 Fevereiro 2004
Para garantia da qualidade dos projetos além da exigência de qualificação
nos respectivos níveis os órgãos contratantes deverão exigir atestados de
capacidade técnica operacional da empresa (atestado de realização de projetos),
pois estes é que comprovam a experiência da empresa.
Nota: As empresas que desejarem participar do programa e das capacitações técnicas
promovidas pelas entidades de classe deverão comprovar que estão associadas e em dia com
suas obrigações perante as mesmas, sendo que as pessoas jurídicas são representadas neste
acordo pelo SINAENCO.

18
9.2 TREINAMENTO
Os profissionais autônomos e projetistas individuais, exceto os consultores
especialistas, que desejarem participar de equipes para licitações ou prestação
de serviços decorrentes destas, além da comprovação de experiência através de
atestados e certificados, deverão ainda se qualificar através treinamento
efetuado por instituição devidamente capacitada de acordo com a ementa
apresentada no ANEXO 2, promovido pelas entidades de classe, IAB – Instituto
dos Arquitetos do Brasil ou CEB – Clube de Engenharia da Bahia.

Este treinamento tem por finalidade treinar e capacitar projetistas


autônomos que participam de equipes para concorrência em obras públicas em
conceitos e itens específicos para a compreensão do novo contexto definido por
este PSQ e da consequente qualificação das empresas segundo os requisitos do
SIQ definido no Anexo 1 deste documento.

10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NBR ISO 9001:2000. Sistema de gestão da qualidade – Requisitos. ABNT.
dez. 2000.

NBR ISO 9004:2000. Sistemas de gestão da qualidade – Diretrizes para a


melhoria de desempenho. ABNT. dez. 2000.

Souza, Roberto de, Mekbekian, G., Covelo, Maria A., Tavares, Ana C., Menezes, M.
Sistemas de gestão da qualidade para empresas construtoras. PINI. São
Paulo.

ABECE – Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural.


Definições de serviços de consultoria segundo a ABCE.

Programa Setorial da Qualidade. PSQ Setor de Projetos. São Paulo

11 EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DESTE


DOCUMENTO
Coordenação Geral pelas entidades:
Eng. João Coelho da Costa - SINAENCO

Grupo de Trabalho - representantes do governo:


Eng. Cley Andrade - SUCAB

Eng. Daniel Nogueira Amoedo – DERBA

Eng. Jorge Humberto Lima da Silva – CONDER

Eng. José Barbosa Neto – EMBASA

Eng. Marcelo Souza – IPRAJ

Eng. Robério Bezerra – CERB

Grupo de Trabalho - representantes das entidades:

19
Eng. Anésio Miranda Fernandes - CEB

Eng. Aroldo Vieira Rocha – SINAENCO

Arq. Carl von Hauenschild – IAB

Arq. Floriano Freaza Amoedo - IAB

Eng. Marco Aurélio Paixão de Araújo - SINAENCO

Eng. Neuziton Torres Rapadura - CEB

Eng. Roberto de Oliveira Facchinetti - SINAENCO

Consultoria Técnica especializada:


Eng. Maria Lívia da Silva Costa – Cristal Desenvolvimento Organizacional

Dr. Roberto de Souza – CTE – Centro de Tecnologia de Edificações (SIQ)

Eng. Josaphat Baía – CTE – Centro de Tecnologia de Edificações (SIQ)

Eng. Igor Hage Fialho Pugliesi – CTE – Centro de Tecnologia de Edificações

20
ANEXOS

21
Itens e requisitos do
Sistema de Qualificação
Setor de Projetos e Consultoria de
Arquitetura e Engenharia
ANEXO 1

IN S T IT U T O D E A R Q U IT E T O S D O B R A S IL SINDICATO NACIONAL DAS


D E P A R T A M E N T O D A B A H IA - IA B / B A
TE L . ( 7 1 ) 2 6 6 - 4 3 4 1 F A X ( 7 1 ) 2 6 6 - 2 8 0 8
EMPRESAS DE ARQUITETURA E
E - m a il: ia b b a @ a t a r d e . c o m . b r
ENGENHARIA CONSULTIVA

Consultoria Técnica Consultoria Técnica

Fevereiro/2002

22
ANEXO 1 – SIQ Sistema de Qualificação de Empresas
Itens e requisitos do Sistema de Qualificação de Empresas
de Projeto e/ou Gerenciamento

0 Introdução

0.1 Generalidades
Convém que a adoção de um sistema de gestão da qualidade seja uma decisão
estratégica da empresa de projeto e/ou gerenciamento. O projeto e a implementação
de um sistema de gestão da qualidade de uma empresa de projeto e/ou
gerenciamento é influenciado por várias necessidades, objetivos específicos,
produtos fornecidos, o processo empregado e o tamanho e estrutura da empresa de
projeto e/ou gerenciamento. Não é intenção deste documento normativo impor
uniformidade na estrutura de sistemas de gestão da qualidade ou uniformidade da
documentação.
Os requisitos do sistema de gestão da qualidade especificados neste documento
normativo são complementares aos requisitos para projetos, estabelecidos em
normas técnicas e legislações pertinentes. Informação marcada "NOTA" é para
orientar o entendimento ou esclarecimento dos requisitos associados.
Este documento normativo pode ser usado pelas partes interna ou externa a
empresa, incluindo organismos de certificação, para avaliar a capacidade da
empresa de projeto e/ou gerenciamento de alcançar os requisitos do cliente,
regulamentares e da própria empresa de projeto e/ou gerenciamento.
Os princípios de gestão da qualidade declarados na NBR ISO 9004 foram levados
em consideração durante o desenvolvimento deste documento normativo.

0.2 Abordagem de Processo


Este documento normativo incentiva a adoção de uma abordagem de processo para
o desenvolvimento, implementação e melhoria da eficácia de um sistema de gestão
da qualidade para aumentar a satisfação do cliente por meio do atendimento aos
destas.
Para uma empresa de projeto e/ou gerenciamento funcionar de maneira eficaz, ela
tem que identificar e gerir numerosas atividades interligadas. Uma atividade que usa
recursos e que é a gerida de forma a possibilitar transformação de entradas em
saídas pode ser considerada um processo. Freqüentemente a saída de um processo
é a entrada para o próximo.
A aplicação de um sistema de processos em uma empresa de projeto e/ou
gerenciamento, junto com a identificação, interações desses processos, e sua
gestão, pode ser considerada como a “abordagem de processo”.
Uma vantagem da abordagem de processo é o controle contínuo que ela permite
sobre a ligação entre os processos individuais dentro do sistema de processos, bem
como sua combinação e interação.
23
Quando usado em um sistema de gestão da qualidade, esta abordagem enfatiza a
importância de:
a) entendimento dos requisitos e seu atendimento;
b) necessidade de considerar os processos em termos de valor agregado;
c) obtenção de resultados de desempenho e eficácia de processos, e;
d) melhoria contínua de processos baseada em medições objetivas.
A figura 1 ilustra o conceito das ligações dos processos apresentadas nas seções 4
a 8. Esta ilustração mostra que os clientes desempenham um papel significativo na
definição dos requisitos como entradas. O monitoramento da satisfação dos clientes
requer a avaliação de informações relativas à percepção pelos clientes de como a
empresa de projeto e/ou gerenciamento tem atendido aos requisitos do cliente.
O processo denominado de realização do projeto pode ser entendido como o
conjunto de processos necessários para o desenvolvimento do projeto. A figura 2
apresenta tais processos.
NOTA: Adicionalmente, pode ser aplicado a metodologia conhecida como "Plan-Do-Check-Act" (PDCA)
para todos os processos. O modelo PDCA pode ser descrito resumidamente como segue:
• Plan (planejar): estabelecer os objetivos e processos necessários para entregar resultados de
acordo com os requisitos e políticas da organização;
• Do (fazer): implementar os processos;
• Check (checar): monitorizar e medir processos e produtos contra as políticas, objetivos e
requisitos para o produto e relatar os resultados;
• Act (agir): tomar ações para promover continuamente a melhoria do desempenho do processo.

Melhoria contínua do sistema


de gestão da qualidade

Responsabilidade
CLIENTE
da administração CLIENTE

Medição
Satisfação

Gestão de
análise e
recursos
melhoria
Requisitos

Entrada Realização Saída


do projeto Produto

Legenda:
agregação de valor
informação

24
Figura 1 - Modelo de um sistema de gestão da qualidade baseado em processo
PLANEJAMENTO
DE PROJETO
QUALIFICAÇÃO, CONTRATAÇÃO E AVALIAÇÃO
DE FORNECEDORES DE SERVIÇO IDENTIFICAÇÃO E
RASTREABILIDADE
DETERMINAÇÃO E ANÁLISE CRÍTICA
DOS REQUISITOS DO PROJETO ENTRADAS
DE PROJETO
Início
IDENTIFICAÇÃO DAS
NECESSIDADES DO CLIENTE DESENVOLVIMENTO SAÍDAS
DE PROJ ETO DE PROJETO
VALIDAÇÃO DE PROJETO
VERIFICAÇÃO
SERVIÇOS PÓS-ENTREGA DE PROJETO

PRESERVAÇÃO DE PROJETO
ANÁLISE CRÍTICA DE PROJETO
ENTREGA DE PROJETO
CONTROLE DE
ALTERAÇÕES

Figura 2 - Processos de desenvolvimento de projeto

0.3 Relação com a série de normas ISO 9000:2000


Este documento normativo foi elaborado com base nas atuais edições das normas
NBR ISO 9000, NBR ISO 9001 e NBR ISO 9004, considerando os processos
específicos das empresas de projeto.

Sistemas de gestão da qualidade - Requisitos

1. Objetivo

1.1 Generalidades
Este documento normativo especifica requisitos para um sistema de gestão da
qualidade quando uma empresa de projeto e/ou gerenciamento:
a) necessita demonstrar sua capacidade para fornecer de forma consistente
produtos que atendam aos requisitos do cliente e requisitos regulamentares
aplicáveis, e
b) pretende aumentar a satisfação do cliente por meio da efetiva aplicação do
sistema, incluindo processos para melhoria contínua do sistema e a garantia
da conformidade com requisitos do cliente e requisitos regulamentares
aplicáveis

25
1.2 Aplicação
Todos os requisitos deste documento normativo são genéricos e se pretende que
sejam aplicáveis para todas as empresas de projeto, sem levar em consideração o
tipo, tamanho e produto fornecido.
Quando algum requisito(s) deste documento normativo não puder ser aplicado
devido à natureza de uma empresa de projeto e/ou gerenciamento e seus produtos,
isso pode ser considerado para exclusão.
Quando são efetuadas exclusões, reivindicação de conformidade com este
documento normativo não são aceitáveis, a não ser que as exclusões fiquem
limitadas aos requisitos contidos na seção 7 e que tais exclusões não afetem a
capacidade ou responsabilidade da empresa de projeto e/ou gerenciamento para
fornecer produtos que atendam aos requisitos dos clientes e requisitos
regulamentares aplicáveis.

2 Referência Normativa
NBR ISO 9000:2000, Sistemas de Gestão da Qualidade – Fundamentos e
Vocabulário.
NBR ISO 9001:2000, Sistemas de Gestão da Qualidade - Requisitos.

3 Termos e definições
Para os propósitos deste documento normativo, aplicam-se os termos e definições
apresentadas na NBR ISO 9000:2000.
Os seguintes termos são usados neste documento normativo para descrever a
cadeia de fornecimento:
Fornecedor empresa de projeto e/ou gerenciamento cliente

Ao longo do texto deste documento normativo, onde aparecer o termo “produto”,


este também pode significar “serviço” ou “projeto”

4 Sistema de gestão da qualidade

4.1 Requisitos gerais


A empresa de projeto e/ou gerenciamento deve instituir, documentar, implementar,
manter e melhorar continuamente a eficácia de um sistema de gestão da qualidade
de acordo com os requisitos deste documento normativo e com os níveis de
qualificação evolutiva (D, C, B e A) estabelecidos na tabela do Anexo e de acordo
com as especificações abaixo.
A empresa de projeto e/ou gerenciamento deve:
Nível D:

26
a) identificar os processos necessários para o sistema de gestão da qualidade e
sua aplicação por toda a empresa (ver 1.2 e os níveis de qualificação
evolutiva - Anexo);
b) determinar a seqüência e interação desses processos;
c) assegurar a disponibilidade de recursos e informações necessárias para
apoiar a operação e o monitoramento desses processos;
Níveis C, B e A:
d) determinar critérios e métodos necessários para assegurar que a operação e
o controle desses processos sejam eficazes;
e) monitorar, medir e analisar esses processos, e
f) implementar ações necessárias para atingir os resultados planejados e a
melhoria contínua desses processos.
Esses processos devem ser geridos pela empresa de projeto e/ou gerenciamento de
acordo com os requisitos deste documento normativo.
NOTA: Convém que os processos necessários para o sistema de gestão da qualidade acima
referenciados incluam processos para atividades de gestão, provisão de recursos, realização do projeto
e medição.

Quando uma empresa de projeto e/ou gerenciamento optar por terceirizar algum
processo que afete a conformidade do projeto em relação aos requisitos, a empresa
deve assegurar o controle desse processo. O controle de tais processos deve ser
identificado no sistema de gestão da qualidade.

4.2 Requisitos de documentação

4.2.1 Generalidades
A documentação do sistema de gestão da qualidade deve incluir, evolutivamente:
a) declarações documentadas da política da qualidade e dos objetivos da
qualidade;
a) manual da qualidade;
b) procedimentos documentados requeridos por este documento normativo;
c) documentos necessários à empresa de projeto e/ou gerenciamento para
assegurar o planejamento, a operação e o controle eficazes de seus
processos, e
d) registros da qualidade requeridos por este documento normativo (ver 4.2.4).
NOTA 1 Onde o termo “procedimento documentado“ aparecer neste documento normativo, significa que
o procedimento é instituído, documentado, implementado e mantido.
NOTA 2 A abrangência da documentação do sistema de gestão da qualidade de uma empresa de projeto
e/ou gerenciamento pode diferir da outra devido:
a) ao tamanho da empresa e ao tipo de atividades;
b) à complexidade dos processos e suas interações, e
c) à competência do pessoal.
NOTA 3 A documentação pode estar em qualquer forma ou tipo de mídia.

27
4.2.2 Manual da qualidade
A empresa de projeto e/ou gerenciamento deve instituir e manter um manual da
qualidade que inclua o seguinte:
a) o escopo do sistema de gestão da qualidade, incluindo detalhes e
justificativas para qualquer exclusão;
b) os procedimentos documentados instituídos para o sistema de gestão da
qualidade, ou referência a eles, e
c) a descrição da interação entre os processos do sistema de gestão da
qualidade.

4.2.3 Controle de documentos


Os documentos requeridos pelo sistema de gestão da qualidade devem ser
controlados. Registros da qualidade são um tipo especial de documento e devem ser
controlados de acordo com os requisitos apresentados em 4.2.4.
Um procedimento documentado deve ser instituído para definir os controles
necessários para:
a) aprovar documentos quanto a sua adequação, antes da sua emissão;
b) analisar criticamente e atualizar quando necessário, e reaprovar documentos;
c) assegurar que alterações e a situação da revisão atual dos documentos
sejam identificadas;
d) assegurar que as versões pertinentes de documentos aplicáveis estejam
disponíveis nos locais de uso;
e) assegurar que os documentos permaneçam legíveis e prontamente
identificáveis;
f) assegurar que documentos de origem externa (tais como: normas, legislação
urbana, catálogos de matérias e equipamentos) sejam identificados e que sua
distribuição seja controlada, e
g) prevenir o uso não intencional de documentos obsoletos, e aplicar
identificação adequada nos casos em que forem retidos por qualquer
propósito.

4.2.4 Controle de registros da qualidade


Registros da qualidade devem ser instituídos e mantidos para prover evidências da
conformidade com requisitos e da operação eficaz do sistema de gestão da
qualidade. Registros da qualidade devem ser mantidos legíveis, prontamente
identificáveis e recuperáveis. Um procedimento documentado deve ser instituído
para definir os controles necessários para identificação, armazenamento, proteção,
recuperação, tempo de retenção e descarte dos registros da qualidade.

28
5 Responsabilidade da administração

5.1 Comprometimento da administração


A alta administração deve fornecer evidência do seu comprometimento com o
desenvolvimento e com a implementação do sistema de gestão da qualidade e com
a melhoria contínua de sua eficácia mediante:
Nível D
a) a comunicação à empresa da importância em atender aos requisitos dos
clientes como também aos requisitos regulamentares e estatutários;
b) a instituição da política da qualidade;
c) a garantia de que os objetivos da qualidade são instituídos;
d) a garantia da disponibilidade de recursos;
Nível A:
e) a condução de análises críticas pela administração.

5.1.1 Vínculo associativo


Nível D, C, B e A
A organização deve comprovar que está associada ao sindicato de classe deste
PSQ – Setor de Projetos e Consultoria de Arquitetura e Engenharia.
Nota: Estar associada implica estar em dia com suas obrigações perante a entidade.

5.2 Foco no cliente


A alta administração deve assegurar, de modo evolutivo, conforme implantação do
programa de acordo com o anexo de Níveis de Qualificação Evolutiva, que os
requisitos do cliente são determinados e atendidos com o propósito de aumentar a
satisfação do cliente.
Nível D
Analisar a partir da Política da Qualidade
Nível C e B
Requisito 7.2.1 – determinação dos requisitos relacionados ao produto
Nível A
Requisito 8.2.1– satisfação do cliente

5.3 Política da qualidade


A alta administração deve assegurar que a política da qualidade:
Nível D:
a) é apropriada ao propósito da empresa de projeto e/ou gerenciamento;
b) inclui um comprometimento com o atendimento aos requisitos e com a
melhoria contínua da eficácia do sistema de gestão da qualidade;

29
c) proporcione uma estrutura para instituição e análise critica dos objetivos da
qualidade;
d) é comunicada e entendida por toda a empresa;
Nível A:
e) é analisada criticamente para manutenção de sua adequação.

5.4 Planejamento

5.4.1 Objetivos da qualidade


A alta administração deve assegurar que os objetivos da qualidade, incluindo
aqueles necessários para satisfazer aos requisitos do projeto (ver 7.1 a), são
instituídos nas funções e níveis pertinentes da empresa de projeto e/ou
gerenciamento. Os objetivos da qualidade devem ser mensuráveis e consistentes
com a política da qualidade.
NOTA:
Funções e níveis pertinentes significam,
Nível D:
Planejar indicadores que atendam a Política da Qualidade da empresa;
Nível C:
Desdobramento dos indicadores aos requisitos definidos neste nível;
Nível B e A:
Desdobramento dos indicadores aos requisitos definidos neste nível e monitoramento dos já definidos
anteriormente, quando aplicável;

5.4.2 Planejamento do sistema de gestão da qualidade


A alta administração deve assegurar que:
Nível D
a) seja realizado um diagnóstico da situação da empresa, em relação aos
presentes itens e requisitos, no início do desenvolvimento do Sistema da
Qualidade. Deve ser estabelecido claramente o escopo deste Sistema (tipo
de projeto ao qual o Sistema se aplica).
A partir deste diagnóstico, a empresa de projeto e/ou gerenciamento deve
estabelecer um planejamento para desenvolvimento e implantação do
Sistema da Qualidade, estabelecendo responsáveis e prazos para
atendimento de cada item e requisito e obtenção dos diferentes níveis de
certificação.
Este planejamento deve ser acompanhado pelo Representante da
Administração, sendo gerados registros das etapas realizadas e das
eventuais necessidades de reprogramação.
Nível A
b) o planejamento do sistema de gestão da qualidade é realizado de forma a
satisfazer aos requisitos citados em 4.1, bem como aos objetivos da qualidade, e;

30
c) a integridade do sistema de gestão da qualidade é mantida quando mudanças no
sistema de gestão da qualidade são planejadas e implementadas.

5.5 Responsabilidade, autoridade e comunicação

5.5.1 Responsabilidade e autoridade


A alta administração deve assegurar que as responsabilidades, autoridades e suas
inter-relações são definidas e comunicadas por toda a empresa de projeto e/ou
gerenciamento.

5.5.2 Representante da administração


A alta administração deve indicar um membro da administração que, independente
de outras responsabilidades, deve ter responsabilidade e autoridade para:
a) assegurar que os processos necessários para o sistema de gestão da
qualidade sejam instituídos, implementados e mantidos;
b) relatar à alta administração o desempenho do sistema de gestão da qualidade
e qualquer necessidade de melhoria; e
c) assegurar que a conscientização dos requisitos do cliente seja promovida em
todos os níveis da empresa de projeto e/ou gerenciamento.
NOTA: A responsabilidade de um representante da administração pode incluir a ligação com partes
externas em assuntos relativos ao sistema de gestão da qualidade.

5.5.3 Comunicação interna


Nível D:
A alta administração deve assegurar que canais de comunicação apropriados são
instituídos na empresa de projeto e/ou gerenciamento e,
Nível A:
que seja efetuada comunicação com relação à eficácia do sistema de gestão da
qualidade.

5.6 Análise crítica pela administração


Nível A:

5.6.1 Generalidades
A alta administração deve analisar criticamente o sistema de gestão da qualidade da
empresa de projeto e/ou gerenciamento, a intervalos planejados, para assegurar sua
continua pertinência, adequação e eficácia. Essa análise crítica deve incluir a
avaliação de oportunidades para melhoria e necessidades de mudança no sistema
de gestão da qualidade, incluindo a política da qualidade e os objetivos da
qualidade.
Devem ser mantidos registros das análises críticas pela administração (ver 4.2.4).

31
5.6.2 Entradas para análise crítica
As entradas para a análise crítica pela administração devem incluir informações
sobre:
a) resultados de auditorias;
b) realimentação do cliente;
c) desempenho de processo e conformidade de projeto;
d) situação das ações preventivas e corretivas;
e) acompanhamento das ações das análises críticas anteriores da
administração;
f) mudanças planejadas que possam afetar o sistema de gestão da qualidade,
e;
g) recomendações para melhoria.

5.6.3 Saídas da análise crítica


As saídas da análise crítica pela administração devem incluir quaisquer decisões e
ações relacionadas a:
a) melhoria da eficácia do sistema de gestão da qualidade e de seus processos;
b) melhoria do projeto em relação aos requisitos do cliente, e;
c) necessidades de recursos.

6 Gestão de recursos

6.1 Provisão de recursos


A empresa de projeto e/ou gerenciamento deve determinar e prover recursos
necessários para:
a) implementar e manter o sistema de gestão da qualidade e melhorar
continuamente sua eficácia, e;
b) aumentar a satisfação dos clientes mediante o atendimento aos seus
requisitos.

6.2 Recursos humanos


Nível C

6.2.1 Generalidades
O pessoal que executa atividades que afetam a qualidade do projeto deve ser
competente com base em educação, treinamento, habilidades e experiência
apropriada.

32
6.2.2 Competência, conscientização e treinamento
A empresa de projeto e/ou gerenciamento deve:
a) determinar as competências necessárias para o pessoal que executa
trabalhos que afetam a qualidade do projeto;
b) fornecer treinamento ou tomar outras ações para satisfazer essas
necessidades de competência;
c) avaliar a eficácia das ações tomadas;
d) assegurar que o seu pessoal está consciente quanto à pertinência e
importância de suas atividades e de como elas contribuem para a
consecução dos objetivos da qualidade, e
e) manter registros apropriados da educação, treinamento, habilidades e
experiência (ver 4.2.4).

6.3 Infra-estrutura
A empresa de projeto e/ou gerenciamento deve determinar, prover e manter a infra-
estrutura necessária para alcançar a conformidade com os requisitos do projeto. A
infra-estrutura inclui, por exemplo:
Nível D:
a) edifícios, espaço de trabalho e instalações associadas;
b) serviços de apoio tais como transporte ou comunicação;
Nível C:
c) equipamentos de processo, tanto “hardware” quanto “software”.

6.4 Ambiente de trabalho


A empresa de projeto e/ou gerenciamento deve determinar e gerir as condições do
ambiente de trabalho necessárias para alcançar a conformidade com os requisitos
do projeto.

7 Realização do projeto

7.1 Planejamento da realização do projeto


A empresa de projeto e/ou gerenciamento deve planejar e desenvolver os processos
necessários para a realização do projeto. O planejamento da realização do projeto
deve ser consistente com os requisitos de outros processos do sistema de gestão da
qualidade (ver 4.1 e os níveis de qualificação evolutiva - Anexo).
Ao planejar a realização do projeto, a empresa de projeto e/ou gerenciamento deve
determinar o seguinte, quando apropriado:
a) objetivos da qualidade e requisitos para o projeto;
b) a necessidade para instituir processos e documentos e prover recursos
específicos para o projeto;

33
c) verificação, validação, monitoramento, inspeção e atividades de ensaio
requeridos, específicos para o projeto, bem como critério para a aceitação do
projeto;
d) registros necessários para fornecer evidência de que o processo de
realização e o projeto resultante atendem aos requisitos (ver 4.2.4).
A saída deste planejamento deve ser de forma adequada ao método de operação da
empresa de projeto e/ou gerenciamento.
NOTA 1 Um documento que especifica os processos do sistema de gestão da qualidade (incluindo os
processos de realização do projeto) e os recursos a serem aplicados a um projeto específico pode ser
referenciado como um plano da qualidade.

7.2 Processos relacionados a clientes

7.2.1 Determinação dos requisitos relacionados ao projeto


A empresa de projeto e/ou gerenciamento deve determinar:
a) os requisitos especificados pelo cliente, incluindo os requisitos para entrega e
para atividades de pós-entrega;
b) os requisitos não declarados pelo cliente, mas necessários para o uso
especificado ou para uso pretendido conhecido ;
c) requisitos estatutários e regulamentares relacionados ao projeto, e;
d) qualquer requisito adicional determinado pela própria empresa.

7.2.2 Análise crítica dos requisitos relacionados ao projeto


A empresa de projeto e/ou gerenciamento deve analisar criticamente os requisitos
relacionados ao projeto. Esta análise crítica deve ser realizada antes da empresa
assumir o compromisso de fornecer um projeto para o cliente (por exemplo,
submissão de ofertas, aceitação de contratos ou pedidos, aceitação de alterações
em contratos ou pedidos) e devem assegurar que:
a) os requisitos do projeto estão definidos;
b) os requisitos de contrato ou de pedido que difiram daqueles previamente
manifestados estão resolvidos, e;
c) a empresa tem a capacidade para atender aos requisitos definidos.
Devem ser mantidos registros dos resultados da análise crítica e das ações
resultantes dessa análise (ver 4.2.4).
Quando o cliente não fornecer uma declaração documentada dos requisitos, a
empresa de projeto e/ou gerenciamento deve confirmar os requisitos do cliente
antes da aceitação.
Quando os requisitos de projeto forem alterados, a empresa deve assegurar que os
documentos pertinentes são complementados e que o pessoal pertinente é alertado
sobre os requisitos alterados.

34
7.2.3 Comunicação com o cliente
A empresa de projeto e/ou gerenciamento deve determinar e implementar
providências eficazes para se comunicar com os clientes em relação a:
Nível C:
a) informações do projeto;
Nível B:
b)tratamento de indagações, contratos ou pedidos, incluindo
complementos, e;
Nível A:
c) realimentação do cliente, incluindo reclamações do cliente.

7.3 Projeto e desenvolvimento

7.3.1 Planejamento do projeto


A empresa de projeto e/ou gerenciamento deve planejar e controlar o processo de
projeto.
Durante o planejamento do projeto, a empresa de projeto e/ou gerenciamento deve
determinar:
a) os estágios do projeto;
b) a análise crítica, verificação e validação que sejam apropriadas para cada
fase do projeto, e;
c) as responsabilidades e autoridades para projeto.
A empresa de projeto e/ou gerenciamento deve gerir as interfaces entre grupos
diferentes envolvidos no projeto para assegurar a comunicação eficaz e a
designação clara de responsabilidades.
As saídas do planejamento devem ser atualizadas apropriadamente, na medida que
o projeto progridem.

7.3.2 Entradas de projeto


Entradas relativas a requisitos de projeto devem ser determinadas e registros devem
ser mantidos (ver 4.2.4). Estas devem incluir:
a) requisitos de funcionamento e de desempenho;
b) requisitos estatutários e regulamentares pertinentes;
c) onde pertinente, informações originadas de projetos anteriores semelhantes,
e;
d) outros requisitos essenciais para projeto.
Essas entradas devem ser analisadas criticamente quanto à adequação. Requisitos
devem ser completos, sem ambigüidades e não conflitantes entre si.

35
7.3.3 Saídas de projeto
As saídas de projeto devem ser apresentadas de uma forma que possibilite a
verificação contra as entradas de projeto e devem ser aprovadas antes de serem
liberadas.
Saídas de projeto devem:
a) atender aos requisitos de entrada para projeto;
b) fornecer informações apropriadas para aquisição, produção e para
fornecimento de serviço;
c) conter ou referenciar critérios de aceitação do projeto, e;
d) especificar as características do projeto que são essenciais para seu uso
seguro e adequado.

7.3.4 Análise crítica de projeto


Devem ser realizadas, em fases apropriadas, análises críticas sistemáticas de
projeto para:
a) avaliar a capacidade dos resultados do projeto em atender aos requisitos, e;
b) identificar qualquer problema e propor as ações necessárias.
Entre os participantes em tais análises críticas devem estar incluídos representantes
de funções envolvidas com o(s) estágio(s) do projeto sendo analisado(s). Devem ser
mantidos registros dos resultados das análises críticas e de quaisquer ações
necessárias (ver 4.2.4).

7.3.5 Verificação de projeto


A verificação deve ser executada para assegurar que as saídas do projeto
atenderam aos requisitos de entrada do projeto. Devem ser mantidos registros dos
resultados da verificação e de quaisquer ações necessárias (ver 4.2.4).

7.3.6 Validação de projeto


A validação do projeto deve ser executada conforme preparativos planejados (ver
7.3.1) para assegurar que o projeto resultante é capaz de atender aos requisitos
para o uso ou aplicação especificados ou pretendidos conhecidos. Onde for
praticável, a validação deve ser concluída antes da entrega ou implementação do
projeto. Devem ser mantidos registros dos resultados de validação e de quaisquer
ações necessárias.

7.3.7 Controle de alterações de projeto


As alterações de projeto devem ser identificadas e registros devem ser mantidos. As
alterações devem ser analisadas criticamente, verificadas e validadas, como
apropriado, e aprovadas antes da sua implementação. A análise crítica das
alterações de projeto deve incluir a avaliação do efeito das alterações em partes
componentes e no projeto entregue.

36
Devem ser mantidos registros dos resultados da análise crítica de alterações e de
quaisquer ações necessárias (ver 4.2.4).

7.4 Aquisição

7.4.1 Processo de aquisição


A empresa de projeto e/ou gerenciamento deve assegurar que o produto adquirido
(por exemplo: materiais, equipamentos ou serviços) está conforme aos requisitos
especificados de aquisição. O tipo e extensão do controle aplicado ao fornecedor e
ao produto adquirido devem depender do efeito do produto adquirido na realização
subseqüente do projeto ou no projeto final.
A empresa de projeto e/ou gerenciamento deve avaliar e selecionar fornecedores
com base na sua capacidade em fornecer produtos de acordo com os requisitos da
própria empresa. Critérios para seleção, avaliação e reavaliação devem ser
instituídos. Devem ser mantidos registros dos resultados das avaliações e de
quaisquer ações necessárias, oriundas da avaliação (ver 4.2.4).

7.4.2 Informações de aquisição


As informações de aquisição devem descrever o produto a ser adquirido e incluir,
onde apropriado, requisitos para:
a) aprovação de produto, procedimentos, processos e equipamento;
b) qualificação de pessoal, e;
c) sistema de gestão da qualidade.
A empresa de projeto e/ou gerenciamento deve assegurar a adequação dos
requisitos de aquisição especificados antes da sua comunicação ao fornecedor.

7.4.3 Verificação do produto adquirido


A empresa de projeto e/ou gerenciamento deve instituir e implementar inspeção ou
outras atividades necessárias para assegurar que o produto adquirido (por exemplo:
materiais, equipamentos ou serviços) atende aos requisitos de aquisição
especificados.
Quando a empresa de projeto e/ou gerenciamento ou seu cliente pretender executar
a verificação nas instalações do fornecedor, a empresa de projeto e/ou
gerenciamento deve declarar nas informações de aquisição, as providências de
verificação pretendidas e o método de liberação de produto.

7.5 Produção e fornecimento de serviço

7.5.1 Controle de produção e fornecimento de serviço


A empresa de projeto e/ou gerenciamento deve planejar e realizar a produção e o
fornecimento de serviço sob condições controladas. Condições controladas devem
incluir, como aplicável:
Nível C:

37
a) a disponibilidade de informações que descrevam as características do projeto;
b) a disponibilidade de instruções de trabalho, quando necessário;
c) o uso de equipamento adequado;
Nível B:
d) a implementação de monitoramento e medição;
Nível A:
e) a implementação da liberação, entrega e atividades pós-entrega;
f) a disponibilidade e uso de dispositivos para monitoramento e medição;

7.5.2 Validação dos processos de produção e fornecimento de serviço


Não aplicável.

7.5.3 Identificação e rastreabilidade


Nível C:
Onde apropriado, a empresa de projeto e/ou gerenciamento deve identificar o
projeto por meios adequados ao longo da realização do projeto.
Quando a rastreabilidade é um requisito, a empresa de projeto e/ou gerenciamento
deve controlar e registrar a identificação única do projeto (ver 4.2.4).
Nível B:
A empresa de projeto e/ou gerenciamento deve identificar a situação do projeto
referente aos requisitos de monitoramento e de medição.
NOTA: Em alguns setores de atividade, a gestão de configuração é um meio pelo qual a identificação e
rastreabilidade são mantidas.

7.5.4 Propriedade de cliente


A empresa de projeto e/ou gerenciamento deve ter cuidado com a propriedade de
cliente (por exemplo: informações sobre o produto, especificações de materiais,
plantas e desenhos do produto, etc.) enquanto estiver sob o controle da empresa de
projeto e/ou gerenciamento ou sendo usada por ela. A empresa deve identificar,
verificar, proteger e salvaguardar a propriedade do cliente fornecida para uso ou
incorporação no projeto. Se qualquer propriedade do cliente for perdida, danificada
ou considerada inadequada para uso, isso deve ser informado ao cliente e devem
ser mantidos registros (ver 4.2.4).
NOTA: Propriedade do cliente pode incluir propriedade intelectual

7.5.5 Preservação de projeto


A empresa de projeto e/ou gerenciamento deve preservar a conformidade do projeto
durante processo interno e entrega no destino pretendido. Esta preservação deve
incluir:
Nível C:
Identificação;

38
Nível B:
manuseio, embalagem, armazenamento e proteção. A preservação também deve
ser aplicada às partes constituintes de um projeto.

7.6 Controle de dispositivos de medição e monitoramento


Quando aplicável, a empresa de projeto e/ou gerenciamento deve determinar as
medições e monitoramentos a serem realizados e os dispositivos de medição e
monitoramento necessários para evidenciar a conformidade do produto com os
requisitos determinados (ver 7.2.1).
A empresa de projeto e/ou gerenciamento deve estabelecer processos para
assegurar que medição e monitoramento podem ser realizados e são executados de
uma maneira coerente com os requisitos de medição e monitoramento.
Quando for necessário assegurar resultados válidos, o dispositivo de medição deve
ser:
a) calibrado ou verificado a intervalos especificados ou antes do uso, contra
padrões de medição rastreáveis a padrões de medição internacionais ou
nacionais; quando esse padrão não existir, a base usada para calibração ou
verificação deve ser registrada,
b) ajustado ou reajustado, quando necessário,
c) identificado para possibilitar que a situação da calibração seja determinada,
d) protegido contra ajustes que possam invalidar o resultado da medição, e
e) protegido de dano e deterioração durante o manuseio, manutenção e
armazenamento.
Adicionalmente, a empresa de projeto e/ou gerenciamento deve avaliar e registrar a
validade dos resultados de medições anteriores quando constatar que o dispositivo
não está conforme com os requisitos. A empresa de projeto e/ou gerenciamento
deve tomar ação apropriada do dispositivo e em qualquer produto afetado. Registros
dos resultados de calibração e verificação devem ser mantidos (ver 4.2.4).
Quando usado na medição e monitoramento de requisitos especificados, deve ser
confirmada a capacidade do software de computador para satisfazer a aplicação
pretendida. Isso deve ser feito antes do uso inicial e reconfirmado se necessário.
NOTA: Ver NBR ISO 10012-1 e NBR ISO 10012-2 para orientação.

8 Medição, análise e melhoria

8.1 Generalidades
A empresa de projeto e/ou gerenciamento deve planejar e implementar os processos
necessários de monitoramento, medição, análise e melhoria para:
a) demonstrar a conformidade do projeto;
b) assegurar a conformidade do sistema de gestão da qualidade, e;
c) melhorar continuamente a eficácia do sistema de gestão da qualidade.

39
Isso deve incluir a determinação dos métodos aplicáveis, incluindo técnicas
estatísticas, e a extensão de seu uso.

8.2 Medição e monitoramento

8.2.1 Satisfação de clientes


Como uma das medições do desempenho do sistema de gestão da qualidade, a
empresa de projeto e/ou gerenciamento deve monitorar informações relativas à
percepção dos clientes sobre se a empresa atendeu aos requisitos dos clientes. Os
métodos para obtenção e uso dessas informações devem ser determinados.

8.2.2 Auditorias internas


A empresa de projeto e/ou gerenciamento deve executar auditorias internas a
intervalos planejados para determinar se o sistema de gestão da qualidade:
a) está conforme com as disposições planejadas (ver 7.1), com os requisitos
deste documento normativo e com os requisitos do sistema de gestão da
qualidade instituídos pela empresa de projeto e/ou gerenciamento, e;
b) está mantido e implementado eficazmente.
Um programa de auditoria deve ser planejado, levando em consideração a situação
e a importância dos processos e áreas a serem auditadas, bem como os resultados
de auditorias anteriores. Os critérios da auditoria, escopo, freqüência e métodos
devem ser definidos. A seleção dos auditores e a execução das auditorias devem
assegurar objetividade e imparcialidade do processo de auditoria. Os auditores não
devem auditar o seu próprio trabalho.
As responsabilidades e os requisitos para planejamento e para execução de
auditorias e para relatar os resultados e manutenção dos registros (ver 4.2.4) devem
ser definidos em um procedimento documentado.
A administração responsável pela área a ser auditada deve assegurar que as ações
para eliminar não-conformidades e suas causas sejam tomadas sem demora
indevida. As atividades de acompanhamento devem incluir a verificação das ações
tomadas e o relato dos resultados de verificação (ver 8.5.2).
NOTA: Ver NBR ISO 10011-1, NBR ISO 10011-2 e NBR ISO 10011-3 para orientação

8.2.3 Medição e monitoramento de processos de desenvolvimento de projeto


Nível B:
A empresa de projeto e/ou gerenciamento deve aplicar métodos adequados para
monitoramento e, quando aplicável, a medição dos processos do sistema de gestão
da qualidade (por exemplo: prazo, custos, produtividade, etc.). Esses métodos
devem demonstrar a capacidade dos processos em alcançar os resultados
planejados.
Nível A:
Quando os resultados planejados não são alcançados, devem ser tomadas
correções e ações corretivas, como apropriado, para assegurar a conformidade do
projeto.
40
8.2.4 Medição e monitoramento do projeto
Nível B:
A empresa de projeto e/ou gerenciamento deve medir e monitorar as características
do projeto para verificar que os requisitos do projeto são atendidos. Isso deve ser
realizado em estágios apropriados do processo de realização do projeto de acordo
com as providências planejadas (ver 7.1 e 7.3).
Nível A:
A evidência de conformidade com os critérios de aceitação deve ser mantida. Os
registros devem indicar a(s) pessoa(s) autorizada(s) a liberar o projeto (ver 4.2.4).
A liberação do projeto e a entrega do serviço não devem prosseguir até que todas as
providências planejadas (ver 7.1) tenham sido satisfatoriamente concluídas, a
menos que aprovado de outra maneira por uma autoridade pertinente e, quando
aplicável, pelo cliente.

8.3 Controle de não-conformidade


A empresa de projeto e/ou gerenciamento deve assegurar que não-conformidade
com os requisitos do projeto seja identificada e controlada para evitar seu uso não
intencional ou entrega. Os controles e as responsabilidades e autoridades
relacionadas para lidar com não-conformidades devem ser definidas em um
procedimento documentado.
A empresa de projeto e/ou gerenciamento deve tratar não-conformidades por uma
ou mais das seguintes formas:
a) tomada de ações para eliminar a não-conformidade detectada;
b) autorização do seu uso, liberação ou aceitação sob concessão por uma
autoridade pertinente e, onde aplicável, pelo cliente;
c) tomada de ação para impedir a intenção original de seu uso ou aplicação.
Devem ser mantidos registros sobre a natureza das não-conformidades e qualquer
ação subsequente tomada, incluindo concessões obtidas (ver 4.2.4).
Quando a não-conformidade for corrigida, deve ser feita reverificação para
demonstrar a conformidade com os requisitos.
Quando a não-conformidade do projeto for detectada após a entrega ou início de
seu uso, a empresa de projeto e/ou gerenciamento deve tomar as ações apropriadas
em relação aos efeitos, ou potenciais efeitos, da não-conformidade.

8.4 Análise de dados


A empresa de projeto e/ou gerenciamento deve determinar, coletar e analisar dados
apropriados para demonstrar a adequação e eficácia do sistema de gestão da
qualidade e para avaliar onde melhorias contínuas do sistema de gestão da
qualidade podem ser realizadas. Isso deve incluir dados gerados como resultado do
monitoramento e das medições e de outras fontes pertinentes.
A análise de dados deve fornecer informações relativas a:
a) satisfação dos clientes (ver 8.2.1);

41
b) conformidade com os requisitos do projeto (ver 7.2.1);
c) características e tendências dos processos e projetos, incluindo
oportunidades para ações preventivas, e;
d) fornecedores.

8.5 Melhorias

8.5.1 Melhoria contínua


A empresa de projeto e/ou gerenciamento deve continuamente melhorar a eficácia
do sistema de gestão da qualidade por meio do uso da política da qualidade,
objetivos da qualidade, resultados de auditorias, análise de dados, ações corretivas
e preventivas e análise crítica pela administração.

8.5.2 Ações corretivas


A empresa de projeto e/ou gerenciamento deve executar ações corretivas para
eliminar as causas de não-conformidades de forma a prevenir sua repetição. As
ações corretivas devem ser apropriadas aos efeitos das não-conformidades
encontradas.
Um procedimento documentado deve instituir, definindo os requisitos para:
a) análise crítica das não-conformidades (incluindo reclamações de clientes);
b) determinação das causas das não-conformidades;
c) avaliação da necessidade de ações para assegurar que aquelas não-
conformidades não ocorrerão novamente;
d) determinação e implementação de ações necessárias;
e) registro dos resultados de ações executadas (ver 4.2.4) e;
f) análise crítica de ações corretivas executadas.

8.5.3 Ações preventivas


A empresa de projeto e/ou gerenciamento deve definir ações para eliminar as
causas de não-conformidades potenciais de forma a prevenir sua ocorrência. As
ações preventivas devem ser apropriadas aos efeitos dos problemas potenciais.
Um procedimento documentado deve ser instituído para definir os requisitos para:
a) definição de não-conformidades potenciais e de suas causas;
b) avaliação da necessidade de ações para prevenir a ocorrência de não-
conformidades;
c) definição e implementação de ações necessárias;
d) registros de resultados de ações executadas (ver 4.2.4), e;
e) análise crítica de ações preventivas executadas.

42
Níveis de Qualificação Evolutiva

SISTEMA DE QUALIFICAÇÃO DE
EMPRESAS DE PROJETO E GERENCIAMENTO

1 Níveis de qualificação e requisitos

1.1 NÍVEL D
Os requisitos da qualidade deste nível são apresentados a seguir:

4 SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

4.1 Requisitos gerais


4.2 Requisitos da documentação
4.2.1 generalidades
4.2.2 manual da qualidade
4.2.3 controle de documentos
4.2.4 controle de registros da qualidade

5 RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO
5.1 Comprometimento da administração
5.1.1 Vínculo associativo
5.2 Foco no cliente
5.3 Política da qualidade
5.4 Planejamento
5.4.1 objetivos da qualidade
5.4.2 planejamento do sistema de gestão da qualidade
5.5 Responsabilidade, autoridade e comunicação
5.5.1 responsabilidade e autoridade
5.5.2 representante da administração
5.5.3 comunicação interna

6 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS

6.1 Provisão de recursos


6.3 Infra-estrutura
6.4 Ambiente de trabalho

43
1.2 NÍVEL C

Todos os requisitos do nível D, mais os requisitos apresentados a seguir:

6 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS

6.2 Recursos humanos


6.2.1 generalidades
6.2.2 competência, conscientização e treinamento

7 REALIZAÇÃO DO PROJETO
7.2 Processos relacionados ao cliente
7.2.1 determinação de requisitos relacionados ao produto
7.2.2 análise crítica dos requisitos relacionados ao produto
7.2.3 comunicação com o cliente
7.4 Aquisição
7.4.1 processo de aquisição
7.4.2 informações para aquisição
7.4.3 verificação do produto adquirido
7.5 Produção e provisão de serviço
7.5.1 controle de produção e provisão de serviço
7.5.3 identificação e rastreabilidade
7.5.4 propriedade do cliente
7.5.5 preservação de produto

1.3 NÍVEL B
Todos os requisitos dos níveis D e C , mais os requisitos da qualidade apresentados
a seguir:

7 REALIZAÇÃO DO PROJETO
7.1 Planejamento de realização do produto
7.3 Projeto e desenvolvimento
7.3.1 planejamento de projeto
7.3.2 entradas de projeto
7.3.3 saídas de projeto
7.3.4 análise crítica de projeto
7.3.5 verificação de projeto
7.3.6 validação de projeto
7.3.7 controle de alterações de projeto

8 MEDIÇÃO, ANÁLISE E MELHORIA

8.2 Monitoramento e medição


8.2.3 monitoramento e medição de processos de desenvolvimento de
projeto
8.2.4 monitoramento e medição do projeto

44
1.4 NÍVEL A
Todos os requisitos dos níveis D, C e B, mais os requisitos apresentados a seguir:

5 RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO
5.6 Análise crítica pela administração
5.6.1 generalidades
5.6.2 entrada da análise crítica
5.6.3 saída da análise crítica

7 REALIZAÇÃO DO PROJETO
7.6 Controle de dispositivos de medição e monitoramento

8 MEDIÇÃO, ANÁLISE E MELHORIA


8.1 Generalidades
8.2 Medição e monitoramento
8.2.1 satisfação do cliente
8.2.2 auditoria interna
8.3 Controle de produto não-conforme
8.4 Análise de dados
8.5 Melhoria
8.5.1 melhoria contínua
8.5.2 ação corretiva
8.5.3 ação preventiva

45
2 Tabela de níveis de qualificação e requisitos evolutivos
NÍVEL
REQUISITO
D C B A
4 Sistema de gestão da qualidade
4.1 Requisitos gerais I II III IIII
4.2 Requisitos da documentação I I I I
4.2.1 generalidades I II III IIII
4.2.2 manual da qualidade I II III IIII
4.2.3 controle de documentos I I I I
4.2.4 controle de registros da qualidade I I I I
5 Responsabilidade da administração
5.1 Comprometimento da administração I I I II
5.1.1 Vínculo associativo I I I i
5.2 Foco no cliente I II II III
5.3 Política da qualidade I I I II
5.4 Planejamento
5.4.1 objetivos da qualidade I II III IIII
5.4.2 planejamento do sistema de gestão da
I I I II
qualidade
5.5 Responsabilidade, autoridade e comunicação
5.5.1. responsabilidade e autoridade I I I I
5.5.2 representante da administração I I I I
5.5.3 comunicação interna I I I II
5.6 Análise crítica pela administração I
6 Administração de recursos
6.1 Provisão de recursos I I I I
6.2 Recursos humanos
6.2.1 generalidades I I I
6.2.2 competência, conscientização e treinamento I I I
6.3 Infra-estrutura I II II II
6.4 Ambiente de trabalho I I I I
7 Realização do projeto
7.1 Planejamento de realização do produto I I
7.2 Processos relacionados ao cliente
7.2.1 determinação de requisitos relacionados ao
I I I
produto
7.2.2 análise crítica dos requisitos relacionados ao
I I I
produto
7.2.3 comunicação com cliente I II III
7.3 Projeto e desenvolvimento
7.3.1 planejamento de projeto e desenvolvimento I I
7.3.2 entradas de projeto e desenvolvimento I I
7.3.3 saídas de projeto e desenvolvimento I I
7.3.4 análise crítica de projeto e desenvolvimento I I

46
7.3.5 verificação de projeto e desenvolvimento I I
7.3.6 validação de projeto e desenvolvimento I I
7.3.7 controle de alterações de projeto e
I I
desenvolvimento

NÍVEL
REQUISITO
D C B A
7.4 Aquisição
7.4.1 processo de aquisição I I I
7.4.2 informações para aquisição I I I
7.4.3 verificação do produto adquirido I I I
7.5 Produção e provisão de serviço
7.5.1 controle de produção e provisão de serviço I II III
7.5.2 validação de processos para produção e
NA NA NA NA
provisão de serviço
7.5.3 identificação e rastreabilidade I II II
7.5.4 propriedade do cliente I I I
7.5.5 preservação do produto I I I
7.6 Controle de dispositivos de medição e monitoramento I
8 Medição, análise e melhoria
8.1 Generalidades I
8.2 Monitoramento e medição
8.2.1 satisfação do cliente I
8.2.2 auditoria interna I
8.2.3 monitoramento e medição de processos I II
8.2.4 monitoramento e medição do produto I II
8.3 Controle de não-conformidade I
8.4 Análise de dados I
8.5 Melhoria
8.5.1 melhoria contínua I
8.5.2 ação corretiva I
8.5.3 ação preventiva I

Nota : as indicações "II", “III” ou "IIII" significam que o item ou requisito exige o desenvolvimento de
novos procedimentos entre diferentes níveis de certificação. No texto dos requisitos, encontra-se
indicado o que deve ser estabelecido em cada nível, entendendo-se como evolutivo (o nível mais
avançado inclui as exigências de todos os níveis anteriores).

3 Escopos
ESCOPOS ADMITIDOS NESTE PROGRAMA:

1. Elaboração de Projetos de Engenharia e/ou Arquitetura


2. Gerenciamento de Obras

47
3. Elaboração de Projetos de Engenharia e/ou Arquitetura e Gerenciamento de
Obras

48
Qualificação de Projetistas
Individuais/Autônomos

ANEXO 2

Consultoria Técnica

Fevereiro/2002

49
ANEXO 2 – Qualificação e Avaliação de Projetistas
Individuais/Autônomos
1. OBJETIVO

Qualificar e atualizar projetistas individuais/autônomos em novas práticas


de elaboração de projetos e gerenciamento de serviços e obras tendo em vista a
implantação da ISO 9001:2000 e o atendimento aos requisitos do Qualiop – PSQ
Setor de Projetos e Consultoria de Arquitetura e Engenharia.

2. ESCOPO DO TREINAMENTO, EMENTA E CARGA HORÁRIA

O escopo mínimo de treinamento contempla conceitos de trabalho e


participação em equipes que deverá ser comprovada pelo participante através de
um certificado de conclusão do curso.

O treinamento será realizado em módulos, deverá totalizar um mínimo de


45 horas e ser ministrado por instituição devidamente credenciada. O conteúdo
mínimo do treinamento está detalhado abaixo.

3. OBTENÇÃO DO CERTIFICADO E PRAZO

O COGER-P credenciará instituições para qualificação e treinamento dos


autônomos. Os grupos serão formados pelas entidades de classe (SINAENCO, IAB
e CEB).

O prazo para obtenção do certificado dos treinamentos será a partir de maio


de 2002, isto é, a partir desta data aquele autônomo que desejar integrar as
equipes das empresas nos diferentes níveis precisam comprovar que já
participaram do treinamento.

4. TREINAMENTO E QUALIFICAÇÃO DE AUTÔNOMOS PARA A FORMAÇÃO


DE EQUIPES

Carga horária: 45 horas

Módulo 1 – Trabalho em Equipes – 15 horas

O trabalho em equipe;

As relações entre integrantes de uma equipe;

A Liderança e a Coordenação dos trabalhos;

Motivação, Responsabilidade e Comprometimento;

A sinergia e sua influência nos resultados e desempenhos finais de uma


equipe;

Módulo 2 – ISO 9000:2000 – 15 horas

50
O que é a ISO 9000:2000;

O que muda nas empresas com a implantação de SGQ;

o A avaliação de fornecedores;

o A aquisição;

o O controle de projetos;

o A verificação de projetos;

Módulo 3 – Desenvolvimento de projetos – 15 horas

Identificação do projeto;

Como identificar e registrar os dados de entrada;

Como identificar e armazenar projetos em meio físico e eletrônico;

Critérios de verificação e de análise crítica de projeto;

Alterações de projetos;

Melhoria contínua

o Qualificação pessoal (atualização de currículo)

o Participação em cursos, treinamentos, congressos, palestras,


etc;

o Infra-estrutura (Física e Operacional)

51
Sistematização do Processo Produtivo
do Empreendimento

ANEXO 3

Consultoria Técnica

Fevereiro/2002

52
ANEXO 3 – Sistematização do Processo Produtivo do
Empreendimento
1. OBJETIVO

Definir, sistematizar conceitos, responsabilidades e papéis dos participantes


e integrantes do processo produtivo de contratação de projetos e consultorias
para desenvolvimento e realização de um empreendimento.

2. INTEGRANTES

São partícipes e agentes do processo produtivo os:

ÓRGÃOS CONTRATANTES

PROJETISTAS / CONSULTORIA TÉCNICA

CONSTRUTORES

3. RESPONSABILIDADES

As responsabilidades de cada um dos partícipes e integrantes do processo


são:

Órgãos Contratantes (adm. direta, indireta, autarquia e empr. públicas):

o Gerir e viabilizar os empreendimentos de maneira a:

 Gerar planos de médio e longo prazo em função das


demandas existentes e previsíveis;

 Gerar e aplicar o Plano Plurianual de Investimentos;

 Idealizar os empreendimentos necessários para sua


execução;

 Gerar um estoque de projetos dos empreendimentos


idealizados;

o Licitar os elementos necessários para sua perfeita execução na


forma de:

 Levantamentos, planos, estudos, projetos etc... ;

 Execução de obras e serviços;

 Fiscalização e supervisão técnica de obras e serviços


executivos;

 Acompanhar os serviços licitados de planificação e


execução;

53
 Receber os empreendimentos executados;

 Entregá-los em perfeito estado de operação ao usuário


final;

 Garantir a qualidade do empreendimento;

 Garantir sua viabilidade orçamentária;

Projetistas / Consultoria Técnica:

o Gerir a planificação e assessoria técnica de empreendimentos


na forma de:

 Assessorar os Contratantes em todas as questões


técnicas especializadas;

 Planejar a execução dos serviços de elaboração


integrada e compatibilizada de estudos/planos/projetos;

o Definir e planificar todas as soluções técnicas para permitir a


perfeita execução dos empreendimentos através de:

 Levantamento de dados básicos, diagnósticos, análises,


etc... ;

 Elaboração de estudos técnicos e de viabilidade, planos,


etc... ;

 Elaboração de projetos desde o estudo de concepção


técnica básica até o executivo compatibilizado;

 Acompanhamento de obras;

 Fiscalização e supervisão técnica de obras e serviços;

 Garantir a qualidade do projeto na forma da lei;

Construtores:

o Gerir a execução das obras dos empreendimentos na forma de:

o Planejar a execução dos serviços de obra;

o Executar as obras em plena conformidade com os projetos


executivos integrados e compatibilizados entre todas áreas
técnicas, fornecidas pelo órgão contratante;

o Entregar as obras em perfeito estado ao órgão contratante no


prazo e preço pactuado;

o Garantir a qualidade da obra na forma da lei;

4. PROCESSO PRODUTIVO

54
Entende-se como processo produtivo da construção civil de um
empreendimento necessariamente as seguintes fases:

1. Idealização do empreendimento e confecção do Termo de Referência da


licitação de sua planificação (Órgão Contratante);
2. Gerenciamento geral do empreendimento (Órgão Contratante);
3. Elaboração do Estudo Básico Compatibilizado e de Viabilidade Técnica e
Econômica (Projetistas/Consultores);
4. Elaboração do Projeto Executivo Compatibilizado e Viabilizado Técnico e
Financeiramente (Projetistas/Consultores);
5. Previsão orçamentária do investimento e custo operacional do
empreendimento (Órgão Contratante);
6. Confecção do Termo de Referência da sua execução, supervisão e
fiscalização como a licitação destes serviços (Órgão Contratante);
7. Execução das Obras (Construtor);
8. Supervisão e Fiscalização das obras (Projetistas/Consultores);
9. Confecção do “As-built” e Plano de Operação e Manutenção (Construtor
e Projetistas/Consultores);
10.Pré-operação do empreendimento (Construtor e Órgão Contratante)
11.Entrega final ao usuário (Construtor, Projetistas/Consultores e Órgão
Contratante);
12.Avaliação técnica e econômica pós-uso do empreendimento
(Projetistas/Consultores, Construtores e Órgão Contratante).

5. DEFINIÇÕES

Serão adotadas as seguintes definições para os principais serviços de


consultoria, baseados no texto da ABCE, conforme discriminado abaixo:

• Estudos de pré-investimento;
• Projeto;
• Assistência técnica à implantação;
• Gerenciamento da implantação;
• Assessorias;
• Outros serviços.

5.1. ESTUDOS DE PRÉ-INVESTIMENTO1

Destinam-se a fundamentar políticas de investimento e gestão e/ou a


determinar a viabilidade de projetos individuais. Incluem:

• Planos diretores e setoriais; planos de desenvolvimento urbano, rural e


regional e outras atividades de planejamento;

55
• Estudos de mercado (demandas, oferta, preços, etc) e de localização,
viabilidade técnica, econômica e financeira, estudos de impactos ambientais
e sociais, estudos institucionais e atividades assemelhadas.
As atividades de concepção e pormenorização de projetos físicos, em todos
os campos de aplicação e disciplinas técnicas de engenharia, podem ser
divididas em três fases principais, a saber, projeto conceitual, projeto básico e
projeto executivo. O conjunto das três fases constitui o projeto completo.

Cada uma das fases corresponde a um estágio de criação ou


pormenorização do projeto completo. As fronteiras entre elas podem ser
demarcadas com razoável precisão, não obstante existam algumas
superposições caracterizadas pela presença do mesmo tipo de atividade em mais
de uma fase.

1. A elaboração desses estudos freqüentemente implica no preparo do projeto


conceitual, que faz parte da categoria subseqüente.
São os seguintes os conteúdos principais de cada fase:

5.2.PROJETO CONCEITUAL

Inclui o estudo de soluções alternativas, a racionalização do programa, a


definição dos partidos tecnológicos, o dimensionamento funcional do objeto e de
suas partes, o preparo de arranjo geral esquemático, a listagem das autorizações
legais requeridas para a implantação das obras.

5.3.PROJETO EXECUTIVO

De acordo com a lei 8.666/93 o projeto executivo é “o conjunto de


elementos necessários e suficientes à execução completa da obra, de acordo
com as normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT”.
Quando não existirem normas nacionais para uma determinada disciplina técnica
ou projeto aplicam-se as normas internacionais.

Compreende o arranjo geral, a especificação e execução ou supervisão dos


serviços de campo e de laboratório2, a confecção dos desenhos detalhados e das
especificações técnicas de serviços e materiais, a indicação dos métodos
construtivos, o preparo do orçamento, as normas e critérios para medição e
pagamento dos serviços e o cronograma de implantação das obras.

2. Inclui prospecções topográficas, geotécnicas, geológicas, hidrológicas,


modelos, pesquisas de tráfego e de demanda, análises químicas e físicas,
ensaios tecnológicos e outras atividades semelhantes.
As atividades que figuram em mais de uma fase de projeto distinguem-se
umas das outras pelo nível de detalhamento, o que não vem sendo considerado
nos “Projetos Básicos” atualmente praticados.

5.4.ASSISTÊNCIA TÉCNICA
5.4.1.IMPLANTAÇÃO
Abrange as seguintes atividades, de caráter essencialmente técnico:

56
• Verificação de desenhos de fabricação, envolvendo o exame e aprovação
de documentos técnicos preparados pelos fornecedores de equipamentos,
estruturas metálicas e outros insumos de conteúdo técnico importante
para o projeto;
• Acompanhamento técnico da construção, montagem, testes, assistência à
partida, examinando a observância das especificações técnicas pelo
construtor;
• Preparo de desenhos “como construído” em seguida à implantação;

5.4.2.OPERAÇÃO

• Treinamento do pessoal de operação e de manutenção;


• Orientação ao usuário;

5.5.GERENCIAMENTO DA IMPLANTAÇÃO

O gerenciamento inclui as atividades de acompanhamento técnico da


construção e de treinamento descritas no tópico anterior, envolvendo
principalmente as tarefas de coordenação e administração, abrangendo:

• Elaboração de planos gerenciais, estabelecendo a estratégia de


implantação, a organização geral dos trabalhos e a especificação das
instalações provisórias;
• Planejamento, programação e controle físico-financeiro do
empreendimento;
• Coordenação técnica e administrativa de serviços de projeto de
engenharia, inclusive do plano de gestão ambiental;
• Execução direta ou assistência às compras e/ou contratações de bens e
serviços, diligenciamento e inspeção dos contratos de fornecimento de
bens;
• Supervisão administrativa de construção, montagem, testes e partida;
• Coordenação das interfaces executivas, técnicas e administrativas.

5.6.ASSESSORIA

Envolve assessorias técnicas em assuntos especializados, bem como


arbitragem, avaliações e estudos organizacionais relacionados com
empreendimentos de engenharia.

5.7.OUTROS SERVIÇOS

Compreendem trabalhos não cobertos pelas definições anteriores, tais


como:

• Inventários de recursos hídricos, vegetais e minerais;


• Pré-operação, operação e manutenção de unidades inclusive preparo dos
respectivos manuais;

57
• Estudos para a implantação de sistemas de gestão e controle de
qualidade;
• Especificação e detalhamento de sistemas computadorizados, inclusive
desenvolvimento de software especializado;
• Estudos de otimização e modernização de processos industriais;
• Estudos ambientais e de segurança.

58

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