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Relato da noite: De certo, o que me deixou oprimida e acuada hoje era o fato de
ficar com a minha Avó cuidando dela, tendo que defender meu pensamento sem sucesso.
Também, pode ter sido pelo fato de ter que sair de casa para ir ao Supermercado, mas, os
ventos se mostraram em diferentes direções, e acabamos por ficar em casa, no entanto, a
minha vitória com minha Vó em casa, e minha mãe indo à Padaria, me deixou em casa mais
uma vez de maneira a ter uma vitória pela metade (talvez, eu quisesse ter saído, mas, vendo
o cansaço da minha mãe, recuei). Meu maior medo que foi de minha mãe não comprar as
malas que gostaria se mostrou infundada.
VI de Ouros- Na cena há um homem dando algumas moedas para uma das pessoas
ajoelhadas e, em uma das mãos, há uma balança que mede os merecimentos. Me parece
estar acontecendo uma ajuda em dinheiro/material de maneira subjetiva, com o homem em
pé, mais rico, ajudando ao mais jovem e de melhor aparência. Seriam dois pesos, duas
medidas? (Dois pesos e duas medidas é uma expressão popular utilizada para indicar um ato
injusto e desonesto, algo feito de forma parcial. Normalmente, está relacionada com
situações similares que são tratadas de formas completamente diferentes, seguindo
critérios diferentes e a mercê da vontade das pessoas que as executam).
Essa carta fornece para mim uma sensação de injustiça e de não haver justiça para ambas as
pessoas que precisam de forma igualitária. Lembro de situações como as de eu ajudar
alguém que não reconheceu os esforços (péssimo julgamento meu, devendo, talvez, ter
ajudado outra pessoa) e, também, neste momento, quando pedi ajuda à Zenith, uma pessoa
sábia que acreditei que fosse me auxiliar. Talvez, ela julgue que eu não seja merecedora de
receber ajuda, mesmo precisando.
Observação: Tarô Mitológico – Parece que neste caso, de acordo com a Mitologia de
Minotauro e de Dédalo e Ícaro, que necessariamente, o Rei Minos é um homem justo e que
sabe perdoar, como aconteceu com o caso de sua esposa que concebeu um filho da relação
do touro dado pelo Deus Poseidon. Os Atenienses já haviam fornecido o julgamento dos
homens, e o Rei de Creta, cabia ser generoso mesmo porque a vida já havia punido Dédalo,
assim como a ele próprio por Poseidon, sendo assim, demonstra que mesmo com reveses
da vida, podemos ser generosos. Portanto, Dédalo e seu filho, Ícaro, foram generosamente
acolhidos em Creta pelo Rei Minos que, talvez, esperasse uma recompensa dos Deuses e de
Dédalos.
OBS GERAL: Observados o livro Tarô Mitológico e o Tarô Universal de Waite, fala
justamente, de que quando saímos da escuridão, das dificuldades da vida, podemos ajudar
aos outros que não são tão afortunados. Pode ser um abrigo, dinheiro, tempo ou até
sabedoria. No entanto, não podemos dar generosidade sem limites ou deixar a pessoa
dependente da ajuda. Mas, terá alguns momentos em que dependeremos da amabilidade
de alguém, mas, que desejará auxiliá-lo, sendo o esforço de quem se mostra generoso
recompensado.
OBS. Tarô Mitológico: Dédalo aparece recebendo os primeiros dividendos de três pessoas
abastadas. São os primeiros benefícios recebidos onde podemos ver claramente que,
apenas parte da construção foi desenvolvida de fato. Temos Uvas para indicar renovação,
fartura e plenitude de Dédalo que tem a fama como bom artesão e construtor. Com o
sucesso, fatalmente, ele necessitaria de ajuda mais cedo ou mais tarde, como demonstrado
no Arcano seguinte. O sucesso completo de sua carreira não ocorreu, como vimos no VI de
Ouros, quando teve que pedir abrigo ao Rei de Creta, Minos por estar sendo julgado pela
morte de um ateniense. Portanto, pode haver muito trabalho, risco e dificuldade antes de
nos considerarmos materialmente seguros. Com isso, vemos que mais do que trabalhar com
afinco, o caráter é importante. E, não reconhecendo os limites e as consequências da vida,
Dédalo, teve seu colapso nos Arcanos posteriores.
OBS. Tarô Universal de Waite: É para ser um trabalho prazeroso na teoria, onde temos um
trabalho em equipe, seguindo as regras e, podendo ter liberdade de expressar-se e de
desenvolver habilidades, ter crescimento profissional sem, contudo desrespeitar
regulamentos. Representa também estabilidade. Diferente da Bíblia do Tarô que aponta até
mesmo a possibilidade de sair deste lugar de regras e poder ser autônomo para fazer o que
também rege seu coração.
Relato da noite: De manhã, tive a possibilidade de continuar sendo guiada pelo coração para
estudar de acordo com meu novo planejamento que se mostrou entusiasmante e eficaz,
neste início. Recebi, também pela manhã, um reconhecimento do meu trabalho, sendo
chamada a fazer uma leitura de Tarot para a minha Mestra de Reiki, Kari. À tarde, trabalhei
em equipe ficando em casa enquanto a minha mãe foi a Farmácia e isso, de maneira
tradicional, bordando meu tapete com tema de coelhos.
OBS. Tarô Mitológico – Athena retira a maldição com as 3 Fúrias realizada de maneira
imparcial sobre Orestes, porém este está caído no chão quase morto de desespero e
exaustão e não percebe que a liberdade bate à sua porta. Vemos as coisas como elas são e
apesar da derrota, o sol anuncia um novo começo. Athena desarma as Fúrias com
percepção e clareza, e na história isso acontece por meio da assistência de um Júri Humano.
Isso demonstra que a solução dos problemas vem da mente humana, de sua reflexão
imparcial e não de algo vindo dos céus ou golpes de sorte. Essa definição, da imparcialidade,
já traz alguns pontos-chave no conceito de imparcialidade: o apartidarismo e a busca da
justiça. Ou seja, quando alguém se propõe a ser imparcial, suas preferências devem ser
deixadas de lado na hora da tomada de decisão. Deve observar os fatos e as informações
disponíveis e, com base nelas, e não em suas preferências, tomar a decisão.
Normalmente, estes conflitos internos são oriundos de nossos avós e pais, que não
conseguiram enfrentar questões, que agora, os filhos, assim como mostra no mito de
Orestes, precisam enfrentar. Uma ideia inicial originou um problema e, enraizado, deve
imergir para ser enfrentado mesmo que de maneira amarga, no entanto, o sol demonstra
que somos capazes de superar porque o sofrimento nos liberta. Embora, dolorosa uma
situação, uma vez enfrentada, um novo futuro menos conflituoso se anuncia.
OBS. A Bíblia do Tarô – É uma nova jornada que você embarca e, portanto, uma
oportunidade de mudar o “velho eu”, se libertar de padrões de comportamento. É colocar a
vida em ordem.
Relato da noite: Acredito ter somatizado todo o estresse da viagem, a relação com a Vó e as
decisões sobre os meus estudos, por isso, a sensação de angústia, que me impediu de
relaxar e de perceber que não havia perigo no dia de hoje. Pode ser que eu consiga resolver
minhas questões e que o sofrimento tenha tido um fim.
A Estrela – Esta cena descreve uma moça olhando para o lago, enquanto segura dois jarros,
sendo um apontado e vertendo água no lago, e o outro, na terra firme. A sensação que
tenho é a de não estar tendo clareza, pois, estou olhando para o lago, ainda cabisbaixa. As
estrelas parecem me tocar e iluminar minha mente e também, o braço do jarro que fertiliza
a terra. Será que há um grande desequilíbrio que eu precise ver? Será que está tudo fértil, e
eu, não percebi a mensagem do Universo?
OBS. O Tarô Universal de Waite – Não perdemos nada salvo, talvez, o discernimento (temos
ilusão). A estrela é um brilho que aquece e conforta, de modo suave, diferentemente da
energia do raio de A Torre. A luz da Estrela nos guiará até o caminho correto, depois que as
ilusões e falsos caminhos foram destruídos pela Torre {de fato a realidade, a construção da
Torre é questionada}. Quando não souber o que fazer, olhe para os céus em busca de guia,
olhe para sua essência ou divindade interior. Há em nós um pedaço da Estrela esperando
para iluminar o caminho, esse é o significado das palavras de Crowley que diz que: Todo
homem e toda mulher são uma estrela. O pé não rompe a água para mostrar que uma vez
que a fé toma o poder, as águas do inconsciente são capazes de apoiar a mente consciente,
trazendo a mensagem, portanto, da confiança no mundo espiritual e em si mesmo. Quando
se consegue ter confiança, qualquer coisa é possível. É um farol de esperança, inspiração, a
nossa luz no fim do túnel. Não devemos, portanto, nos preocupar porque a liberdade e a luz
estão próximas. Deixe que a energia infinita da Estrela o aqueça e rejuvenesça a alma,
proporcionando a força e a claridade de objetivos necessários para continuar seu caminho,
ou seja, foque na realidade. Sem esperança não podemos começar nada, pois, ela é o
começo de tudo. Agora, inspirado, resta muito trabalho para que sua visão se manifeste.
Deve combinar a solidez da sua existência material com as águas de suas emoções e a luz de
seu espírito.
OBS. O Tarô Mitológico – A carta retrata uma jovem de cabelos claros e compridos diante de
uma arca aberta de onde saem criaturas voadoras. Mas, o olhar da jovem está fixo na
estrela brilhante, em que pode ser vista uma figura feminina de finas vestes brancas. Tal
como Eva, Pandora é uma mulher, o lado feminino da natureza humana – sentimento,
instinto, imaginação e intuição que deve nortear a verdade a qualquer custo. Já as criaturas
estão distantes da consciência e do relacionamento e embora, não possamos nos comunicar
com eles, somos atormentados e incentivados por eles. A Arca de Zeus é como a árvore da
maçã do Paraíso. Ela contém o conhecimento da realidade da vida humana, o que significa a
morte da ingenuidade e da fantasia infantil. Mas, contém o atributo mais preciso da vida
humana.
Zeus envia a arca maliciosamente liberando todos os males para a humanidade. Depois que
Prometeu roubou o fogo sagrado dos Deuses, o Rei dos Deuses, resolveu punir severamente
a raça humana, o que culminou em uma grande inundação, como a aparece na carta do
Enforcado. Feita de argila e água por Hefesto, e com dons especiais dados pelos demais
Deuses, criou-se Pandora, mas, Hermes colocou traição e mentiras em sua boca. Zeus
enviou essa mulher para Epimeteu, irmão de Prometeu juntamente com uma grande arca.
Avisado de que não poderia aceitar o presente de Zeus, mesmo assim, aceitou se casar com
Pandora, porque se lembrou da ira do Rei dos Deuses sobre seu irmão.
Antes de ser preso em pico solitário, Prometeu avisou de que não deveriam abrir a arca e
por sua vez, Pandora foi avisada. No entanto, ela era preguiçosa, perversa e ignorante e
então, a arca foi aberta {será que é por causa da ignorância de Pandora que temos a
inocência velada nesta carta?}. Assim, todos os males da humanidade foram liberados para
a Terra, exceto, a esperança que ficou na arca. A Estrela não representa uma convicção
plena para os planos futuros ou uma solução para os problemas, ou ainda um guia para a
ação. Tal como as cartas do Eremita e Enforcado, a carta da Estrela recomenda espera, pois,
o sentido da esperança é uma tênue luz, que guia e brilha, mas, não dissipa toda a
escuridão. Portanto, a Estrela representa com uma figura feminina o nosso lado irracional –
a intuição – que percebe a Estrela em meio a um enxame indesejável. A esperança não
afugenta os males ou desfaz a vingança causada por Zeus, no entanto, oferece fé e, sendo
assim, Pandora olha para o irracional e inexplicável sentido de que o Sol está prestes a
surgir.
Essa qualidade da esperança nada tem a ver com expectativas planejadas. Ela é ligada com
algo bem fundo dentro de nós, que em algumas vezes, foi chamado de vontade de viver e
que muitas vezes mesmo sendo uma experiência subjetiva, pode representar a diferença
entre a vida e a morte, como por exemplo, quando um paciente ganha forças e sobrevive
graças a essa vontade de viver. Pandora está misteriosamente presa à arca, com todos os
males, e caso o indivíduo possa vislumbrar seu brilho delicado, a resposta das dificuldades
pode ser radicalmente alterada. Embora, O Louco, não saiba o que reconstruir e nem como,
no meio dessa confusão e do colapso de velhas atitudes e estruturas, A Torre, surge a
potente Estrela da Esperança.
OBS. A Bíblia do Tarô – A Proposta é ter esperança e crença no futuro por se sentir em
contanto com a Energia Universal. Se a pessoa acredita e confia em si mesmo, conseguirá
criar suas próprias oportunidades e, portanto, terá sucesso. Pode significar no futuro, a
recuperação da motivação, paz de espírito e o saber para onde está indo. A Estrela dá
permissão para navegar onde quiser ir, mas, lembre-se de que essa carta é de inspiração,
ela não traz soluções práticas, por isso, você deve ver as outras cartas para que lhe deem
mais instrução. Cuidado apenas com esperança cega (obstáculos).
OBS. A Arte de ler Tarô para si mesmo – O Louco teria todos os motivos para desistir, mas,
as nuvens se abrem e a luz penetra em seu caminho. Ele volta a se lembrar de sua missão
inicial, encontrar seu propósito. Embora sozinho, as vozes do passado o impelem a
continuar o caminho e, logo, a promessa da conclusão e da conquista se avizinha. Em
momentos em que tudo parece ruim, A Estrela nos lembra de que mesmo em tempos
sombrios, a esperança não se perde. Lembra-nos também, que o destino e as circunstâncias
e o tempo, podem nos despojar de muitas coisas, mas nunca da esperança. A esta, só se
pode renunciar voluntariamente. De modo geral, a acarta não pressagia nenhum evento
específico, antes indica a escolha da esperança, da fé. Escolhemos andar em direção a algo
incerto mesmo quando todos os sinais lógicos insistiam em parar.
No negativo, A Estrela esbanja em vez de doar, ela dilapida sua energia em relação ao
passado, assombrada pelas neuroses da criança interior, sendo um ser mal-amado,
vampírico que permanece na constante reivindicação afetiva, sexual e energética.
Leitura: Em uma leitura, A Estrela representa a etapa em que encontramos nosso lugar para
agir no mundo, para embelezá-lo e nutri-lo, a partir de um lugar que transformamos em
nosso. Ela incita às vezes a não escolher entre duas opções aparentemente inconciliáveis,
mas a conciliá-las. É tradicionalmente vista como um sinal de sorte, prosperidade e
fertilidade. Simboliza também a ação generosa.
Relato da noite: A mensagem é clara. Não se trata de ter expectativas planejadas, senão tão
somente à esperança, a escolha de tê-la. Purificada recebo a luz que anuncia tempos
melhores. Acreditar em dias melhores como na canção de Jota Quest, Dias Melhores, é
transpor barreiras, porque se há fé, assim como, autoconfiança conseguirei criar as próprias
oportunidades. A Estrela hoje significou a lição da “vontade de viver” que fez e deve
permanecer dentro de mim.
Rainha de Ouros – Esta cena descreve uma Rainha, mulher madura que olha para uma
moeda de maneira focada. Suas vestes vermelhas mostram comando e o amarelo, a
criatividade. Também seus pés aparecem para fora do vestido denotando transparência. A
Natureza ao redor é bela. Sendo símbolo de Vênus, a Deusa do Amor, as rosas vermelhas
trazem consigo a paixão, a beleza e o amor, sendo também associadas à alma e ao coração,
devido à sua cor ser associada ao elemento fogo. Também, pode simbolizar as chagas de
Cristo e seu sangue, assim como, de mesma forma o sangue do profeta Maomé e de seus
filhos no Islamismo. A sensação que me passa ao ver seu trono de madeira sem nenhum
conforto e de suas roupas, é a de que não é muito vaidosa e que leva a cabo seus deveres
que muitas vezes podem exigir ações para demonstrar seu amor, mais do que, por sentir
prazer em dar esse amor. Ela cuida de suas obrigações de maneira dedicada.
OBS. O Tarô Universal de Waite – A Rainha de Ouros possui a energia de um Arcano Maior,
ainda que em um nível mais acessível. É como a imagem da Imperatriz, enquanto Rainha da
fertilidade e da colheita, porém, com uma diferença: A Imperatriz possui a capacidade de
criar a vida, enquanto a Rainha de Ouros ocupa-se em manter e cuidar de todas as formas
de vida já existentes. A riqueza supera a sua amabilidade.
A Rainha de Ouros pode expressar seu amor sem ter filhos próprios. O fato de pertencer aos
Ouros dá certa solidez nos assuntos e negócios materiais. Suas ambições estão centradas na
família e suas metas são uma vida material e emocionalmente feliz. Ainda que nem seja rica
em termos econômicos, detém a riqueza do coração, que compartilha com todos que dela
necessitam. Seu único ponto frágil é a sua obsessão por segurança e proteção, algo
inevitável que pertence ao Ouros. Quando se manifestar, a generosidade será o principal,
assim como o ser digno de confiança. Terá sabedoria com relação aos aspectos materiais e
sentimentais, e, portanto, conquistará também a mesma na categoria espiritual. Em muitos
aspectos, é uma ponte entre o mundo material e espiritual.
OBS. O Tarô Mitológico – Esta cena retrata uma linda mulher sensual, portanto, em suas
mãos direita e esquerda, respectivamente, um Pentáculo e um cacho de uvas. Em seu trono,
cujos braços há touros adornando. Ao fundo, temos pastagens verdes e douradas, bem
como, touros pastando. A Rainha de Ouros é representada pela figura mitológica da Rainha
Ônfale que comprou o herói Héracles, outrora representado na carta A Força dos Arcanos
Maiores, para que pudesse servi-la como amante. Tiveram três filhos.
Na leitura é importante saber do corpo, bem como, da própria beleza e da importância dos
prazeres que enriquecem a vida. Também, pode ser que o indivíduo seja chamado a
preservar e sustentar recursos materiais acumulando dinheiro e energia. É, muita vezes, a
Rainha autossuficiente, trabalhadora e generosa, se isso, fizer parte de seus propósitos.
Relato da noite: A Rainha de Ouros me lembrou de seguir meus propósitos e cuidar de mim.
IX de Ouros – É uma carta cuja cena demonstra uma mulher, uma pessoa em meio à sua
riqueza, seus vinhedos. A impressão que tive foi de estar com tudo o que preciso para a
minha prosperidade. Já tive a sensação desta carta quando conquistei meus diplomas ou
viajei para o exterior, Ottawa, Canadá.
OBS. O Tarô Universal de Waite – Uma vida de trabalho, disciplina e esforço não gera
somente ganhos materiais, mas também, sabedoria e satisfação. A abundância de bens
material gera uma abundância emocional e a uma possível abundância espiritual. É o sentir-
se orgulhosa pelo que conquistou, ter autoestima, cuidar bem dos bens materiais com
consciência e ser reconhecida pelos demais, mas, sabendo que a felicidade não depende
dos outros, se não tão somente de você, pois, foi você que conquistou, e você que irá
desfrutar. A pessoa é afortunada material e espiritualmente. Parece que seus desejos de
êxito já lhe foram concedidos.
Relato da noite: Me senti plena ontem porque continuei a arrumação das minhas malas.
Finalmente, estou na reta final desta organização. É a realização material que tocou a minha
alma.
O Mundo – A cena da carta retrará uma figura andrógina envolta em um manto roxo e
ladeada por uma coroa de louro. À sua volta há os quatro elementos da Natureza. Esta carta
me lembra amplitude, completude de sentimentos, uma sensação de harmonia interna e
externa e porque não, de tanto alívio diante das batalhas que enfrentamos, minha mãe e
eu, nos últimos anos. Vivi este Arcano quando estava em Ottawa, onde era segura de minha
vida e das minhas decisões, pois aquele era o meu Mundo.
OBS. O Tarô Universal de Waite – Depois de ter enfrentado e superado todos os obstáculos,
após percorrer e planejar todos os caminhos fica somente o único passo até o seguinte nível
da existência: O Mundo – a Porta Final. Depois te ter se entregado no Julgamento, a união
do consciente com o inconsciente, da mente com o corpo, tudo o que pode permanecer é a
União com a Divindade. A viagem terminou e a seguinte apenas começa. Por fim, encerrou-
se um ciclo com a reivindicação do viajante e a imortalidade ganha com o
autodesenvolvimento. Os quatro elementos e o quinto elemento, o éter, no caso a figura
andrógina representam a criação unificada e o controle sobre todas as coisas do Mundo. A
vareta segurada pela figura é a mesma do Mago, mas, multiplicada. A necessidade de
fortalecer seu poder mágico já desvaneceu porque chegou a ser alguém com sua própria
fonte de poder. Foram postas em prática, todas as lições aprendidas. Todas as tarefas
terminadas deram frutos e trouxeram prosperidade. Agora, é o momento de desfrutar desta
sabedoria, saborear esta prosperidade e admirar a obra de arte pessoal que você criou.
Dentro de pouco tempo, tudo começa outra vez. A viagem da alma nunca termina. Em todo
fim, encontra-se um novo começo. As peças estão em seu lugar para que inicie outra
viagem, e quando estiver concluída, começará outra. Após o encontro com a divindade,
você voltará à manifestação. O ciclo é infinito semelhante à coroa que o rodeia.
A carta O Mundo marca um momento da sua vida em que acabou um ciclo e o seguinte
começa. Esta carta é a confirmação do êxito e a recompensa de todos os seus esforços.
Representa o ganho final de todas as suas expectativas e a iminente proximidade de novos
desejos a seguir e de novas metas a alcançar. Às vezes, se manifesta como promoção ou
ascensão a uma postura mais elevada ou ao início a outro nível de conhecimento do qual
antes apenas sonhara, no entanto, o instante de felicidade mostrará também a próxima
montanha no horizonte. O início e o fim, não são o final de uma linha reta, mas pontos
coincidentes na circunferência no ciclo que encerra a vida de uma pessoa. O Presente é
agora! O Futuro é agora! A Eternidade é agora!
OBS. O Tarô Mitológico – A carta retrata uma serpente dourada enrolada na forma de um
ovo que come a própria calda. Dentro do círculo uma figura estranha está dançando,
metade homem e metade mulher, alada, com uma coroa de louros e segurando em cada
uma das mãos, uma vara dourada. Em volta da serpente, Espada, Tocha, Cálice e Pentáculo.
A serpente é Uróboro ou Ouroboros tendo em si os dois sexos e o dom de se autoalimentar
e autofecundar. Representa a imagem mítica de Deus e da Natureza detendo o poder
primordial instintivo da vida que se devora e se recria eternamente. Os quatro elementos
revelam os potenciais da nova personalidade. As varinhas mágicas de Hermes criam mais
facilmente os domínios imaginação, sentimento, mente e matéria.
Em tese, este ser da carta seria Hermafrodito, filho de Hermes com Afrodite. Em outras
versões, esta condição teria sido adquirida depois. Para esconder seu filho (inicialmente do
gênero masculino), Afrodite o confiou às Ninfas do Monte Ida, que o criaram na floresta.
Com 15 anos, era um jovem selvagem que gostava de caçar nos bosques da montanha. Um
dia, Hermafrodito foi banhar-se nas águas de lago, onde a Ninfa Sálmacis apaixonou-se por
ele. Logo, o desejo de se unir para sempre com seu amado, acabou por unir os corpos.
Quatro divindades assumem os quatro elementos nesta carta: Atena, a Deusa da Sabedoria
portando a Espada; Zeus, a Tocha; Afrodite, o Cálice e Poseidon, o Pentáculo***.
Hermafrodito em seu significado interior é mais do que sexos, são polaridades que
englobam os opostos da vida, que ele adquiriu durante a Jornada do Louco. Sendo assim,
conflito e harmonia, espírito e corpo, mente e sentimento, relacionamento e solidão – todos
esses opostos brigando dentro de nós e causando disputa em nossas vidas, neste caso, são
considerados unidos, vivendo em harmonia dentro do grande círculo da Serpente do Mundo
que é a imagem da vida inesgotável.
A imagem da integralidade, plenitude, pode ser algo difícil para conseguirmos por sermos
humanos, porém, toda vez que houver cura interna de duas partes conflitantes dentro de
nós, encontraremos uma solução que leva à paz e harmonia. Essas partes conflitantes
inconsciente e consciente. Muitas vezes, colocamos para debaixo do tapete estes conflitos
do insciente e em outros, despejamos nos outros e na vida em um estado de luta. O Estado
de ambivalência faz parte da condição humana, mas, temos coragem de admitir essa
ambivalência? Nós dizemos, por exemplo, “É claro que gosto do meu trabalho”, mas, como
seres humanos, também, somos complexos.
O Mundo é o fim da Jornada e o ovo da nova jornada. Dessa forma, um novo desafio surge
após um momento de chegada e cura.
Em sentido divinatório em uma abertura de cartas, O Mundo, sugere que um tempo de
realização e integração: Esse é um período de trunfo da bem-sucedida conclusão de um
assunto ou a realização de um objetivo que foi duramente trabalhado. Mas, esse pico é
simplesmente o vislumbre de algo misterioso, e Hermafrodito se torna um feto, que
eventualmente, surge da caverna como O Louco. Poderíamos começar o novo ciclo com
Hermafrodito como o futuro potencial da personalidade que leva ao nascimento do Louco.
E, dessa maneira, o círculo, como a serpente do mundo, completa-se.
***A relação dos deuses escolhidos por elas para representar os ases é com os mitos que
são narrados como a jornada do herói de cada naipe. Eros e Psiquê é um mito que ocorre
nos domínios de Afrodite, Deusa de fertilidade, do amor, da beleza, de modo que se iniciar
em Copas, o naipe dos afetos, é viver uma jornada na sabedoria de Afrodite. É por aí vai:
Poseidon é o principal Deus dos mitos ligados à Ilha de Creta, onde ocorre a ascensão de
Dédalo, heroi de Ouros, em sua jornada na Prosperidade. Poseidon é o próspero Deus que
faz Minos chegar ao trono. Atena é quem preside o julgamento de Orestes, heroi de
Espadas, e é a Senhora da razão, do intelecto, da guerra e da sabedoria, o manejo da razão é
a espada. Zeus é o Deus que envia o carneiro de ouro para salvar Frixo e o velocino de ouro
se torna a busca do herói Jasão, do mito de Paus, com os Argonautas. Esse é o naipe da
manifestação criativa do elemento fogo. Enfim, é preciso entender a parte Mitológica e as
jornadas dos heróis. Eu sou professora de Tarô Mitológico e tenho projetos coletivos
associados ao estudo desse deck e de mitologia comparada.
***Esse tarô mitológico é interessante. Nas próprias cartas dos ases é possível ver essa
associação, Atena com ÁS DE Espadas, Afrodite com ÁS DE Copas etc. A meu ver, como
NETUNO ou Poseidon tem como atributo um tridente, igual a representação tradicional do
diabo ele pode estar associado ao diabo também. Se a gente interpretar Ouros como ligado
a terra, a matéria, ao que está mais profundo na matéria, então de certa forma, o Reino
subterrâneo do Mar(O abismo, os monstros submarinos, as regiões abissais) podem estar
associadas a NETUNO também. De certa forma, o submundo é onde residem as riquezas, os
tesouros, é onde está o mais profundo inconsciente. Essas associações mitológicas que
aparecem nesse livro não foram parar lá por mero acaso, existem razões de simbolismo
psicológico e mitológico justificando. Lamentavelmente nem sempre a autora traz razões
porque ela resolveu associar tal arquétipo mítico ao simbolismo de tal carta, fazendo-nos
ter que pesquisar por conta própria as razões psíquicas e mitológicas entre as associações.
Pra você se aprofundar nesse estudo recomendo procurar dicionários de símbolos da
mitologia greco-romana.
Relato da noite: Senti-me aliviada por poder estar realizando meu sonho. Também,
realmente, arrumei muitas coisas da minha mudança, e me senti finalizando, mas, acredito
que haja novas coisas para verificar. Como se uma nuvem tivesse se dissipado, consegui me
sentir muito bem, como há muito tempo não me sentia. Pode ser que o ápice de hoje tenha
sido uma continuação de ontem, quando fiz ritual com o tarot para lidar com minha sombra,
meus medos do inconsciente.
OBS. O Tarô Mitológico – O homem maduro de porte poderoso, barba e cabelos castanhos é
ZEUS, que em suas antigas representações, era a divindade com cabeça de carneiro. Em sua
mão direita segura o globo e na esquerda a tocha. Encontramos Zeus na lenda de Jasão e o
Velocino de Ouro. Trata-se do Velocino Sagrado do próprio Deus que o heroi deve resgatar e
é esse Velocino que serve de símbolo da visão criativa que nos impulsiona a afastar-nos do
mundo seguro e convencional para um imaginado, por caminhos desconhecidos. Em nosso
interior, temos o invisível poder criativo da imaginação que não pode ser compreendido,
mas, é responsável por todos os esforços e produtos concretos, tais como, o artista que usa
sua imaginação para criar. Se no Imperador, temos um espírito patriarcal, aqui, temos assim
como com Afrodite, o espírito volátil da Natureza. Temos a capacidade de visualizar um
potencial futuro, como no caso, por exemplo, de criar a decoração de uma casa, portanto,
visualizamos algo que ainda não é realidade. A ideia ainda não foi formulada, mas, há um
profundo sentimento de nervosismo e sentido para a vida. É esse sentido que impulsiona
Jasão para a sua visão do Velocino de Ouro. Ele poderia ter deposto seu tio Pélias e ficado
em casa em Iolkos. O ÁS de Paus é uma longa jornada no mundo da imaginação.
No sentido divinatório, anuncia o surgimento da energia criativa, apesar de ela não ter sido
formulada como uma meta ou projeto. Há a busca do sonho.
Filho de Esão com Alcímede ou Polímede, já que há versões diversas sobre quem seria de
fato sua mãe, Jasão era proveniente da Tessália, uma região localizada na parte central da
Grécia banhada pelo mar a Leste. De acordo com a tradição, Jasão teria sido criado pelo
centauro Quíron, um homem cuja metade de baixo de seu corpo era de cavalo. Quíron era
diferente dos tradicionais centauros com fama de bebedores e indisciplinados, ele era
inteligente, civilizado e bondoso, famoso e reconhecido por sua inteligência superior a dos
seus pares, especialmente no que se referia ao trato com a medicina.
Jasão era membro de uma linhagem nobre. Seu avô, Creteu, era fundador do trono de
Lolcos, uma cidade da mitologia grega localizada também na Tessália. O trono foi passado
para o tio de Jasão, Pélias, que temia a profecia de ser morto por seu sobrinho. Para fugir de
seu suposto destino, Pélias enviou Jasão para uma missão quase impossível, que era trazer o
Velocino de Ouro, a lã de ouro do carneiro alado Crisómalo, de Cólquida, região localizada
no sul do Cáucaso, muito distante. Essa era a condição estipulada por Pélias para que seu
sobrinho restituísse o trono. Jasão foi então para Argo, uma cidade na Península do
Peloponeso, para construir sua nau. Lá, ele reúne uma tripulação de heróis para
acompanha-lo que ficaria conhecida como argonautas.
Passado algum tempo, Jasão se retirou para Corinto e, após dez anos de casamento com
Medeia, o herói grego a abandonou para se casar com a filha do rei de Corinto, Gláucia.
Medeia, que já havia demonstrado sua capacidade de arquitetar a morte de seus rivais,
vingou-se de Jasão matando Gláucia e os próprios filhos que tivera com o grego de Tessália.
Ela fugiu em seguida para Atenas, onde se casou com o rei Egeu e teve um filho, Medo. Mãe
e filho retornaram para Cólquida e descobriram que Eetes havia sido deposto por seu filho
Perses. Mais uma vez, Medeia, agora junto com seu filho, planeja outra morte e entrega o
reino a Medo. Enquanto isso, Jasão vivia em descrédito e tristeza quando, muitos anos
depois, foi morto por um pedaço de madeira.
Fontes:
http://veterinariosnodiva.com.br/books/7-absirto.pdf
http://www.letras.ufrj.br/proaera/Medeia.pdf
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rspagesp/v11n2/v11n2a05.pdf
http://www.youtube.com/watch?v=RfO8dKPcTsY;Texto originalmente publicado em
https://www.infoescola.com/mitologia-grega/jasao/
Relato da noite: Nesta semana com a carta, ÀS de Paus, penso que hoje, dia 14/03, um dia
de estabelecer e reordenar o que queria. Realmente, foi um grande recomeço para o
pessoal aqui de casa, pois, pelo menos para mim, a página no relacionamento com minha
Vó foi zerada. Penso que ainda será uma semana muito de estar focada como na carta do
dia VII de Ouros e de colocar tudo o que necessito com muita iniciativa e agilidade, também
nos meus estudos. Penso que nos demais dias, realmente, tive de usar muito a minha
iniciativa, mas, tive muitas dificuldades.
08 de Copas – A cena descreve uma mulher que caminha com o apoio do seu cajado sob a
luz do luar. Esta carta me passa a imagem de resignação e cansaço, mas, apesar disso, há a
possibilidade de caminhar trazendo a energia do elemento terra, centrada e mostrando que
do outro lado, além das montanhas, há um horizonte. As copas não estão derrubadas
porque ao longo do caminho, os sentimentos se refazem. Isso aconteceu, ou vem
acontecendo comigo. Preciso acreditar nas minhas escolhas, nos meus sonhos, nos meus
caminhos, não devendo, portanto, temer aquilo que meu coração nutre e quer conhecer.
Não há como encontrar o caminho e tomar decisões sem confrontar os dois lados, racional e
emocional em perfeito equilíbrio. Pelo menos esta é a meta. Este último trecho lembrou a
carta do dia que eu havia tirado ontem à noite: A Estrela e também a carta de interferência,
Os Enamorados.
04 de Paus – Esta cena descreve o que parece ser um homem e uma mulher segurando
buquês e os oferecendo ou acenando com eles. Portam em suas cabeças guirlandas. Mais à
frente, uma armação de madeira com 04 pés envolvidos por folhagens e flores, ligando esta
armação uma à outra. O total da cena relembra tempos de comemoração da fatura vinda da
terra. O buquê pode representar a vida e a fertilidade, bem como, proteção. Para mim,
tenho a sensação de que há equilíbrio e festa dentro e fora de mim. Assim, como no castelo,
temos a possibilidade de estarmos fortes e não nos deixarmos queimar pelo fogo da
ignorância, da vaidade exagerada e do impulso. Acredito que por uma linha na terra,
representando o chão, há um tempo de trégua no ar, o que precisa ser aproveitado como
um bom momento para confraternizar e trabalhar nossas energias.
Rei de Espadas – Como advertência, pede que não sejamos tão racionais a ponto de deixar
de lado a alegria, mas, ao mesmo tempo, não baixar a guarda e cair em uma armadilha.
Cuidado com o que fizer e o que falar, principalmente para não revelar (capa do rei) neste
período nada que possa comprometer planos não podendo ter nenhum deslize. Uma
palavra mal dada pode cortar toda a estabilidade e causar o desmoronamento da armação
(04 de Paus) e instabilidade. Não há (olhando as roupas) hipótese de ter um lado racional e
frio extremo, precisamos ter como no 04 de Paus, a perfeita harmonia do lado Yang,
racional e o lado Yin, emocional. Preciso olhar de fora a situação, pois em casa, não é o lugar
onde encontrarei esta estabilidade e solidez.
Relato da noite: Não “baixei a guarda” e consegui aproveitar o momento de trégua proposta
pelas cartas sem racionalizar demais. Incrivelmente foi um momento de paz sem
ansiedades.
Rei de Copas – A cena retrata um Rei, um homem que olha para o seu presente de maneira
serena e, portando, uma taça e um cetro. O trono parece desconfortável, porém, há uma
satisfação em estar situado em um ponto seguro, trono, em meio às correntes marítimas.
Aparece ao fundo um navio, que demonstra talvez ser destinado para a segurança do Rei. O
Homem parece olhar para o mesmo navio, no entanto, olha para o ponto de interesse,
demonstrando que coloca a sua missão acima de suas vontades.
Esta carta me passa a impressão de ter que estar tranquila em meio ao que está de
fato ocorrendo ao redor, mares revoltos. Pede que eu me integre à Natureza (verde das
vestes) acima de tudo e ao mesmo tempo que eu seja paciente (vestes azuis), sendo a maior
força a coroa e os comandos na medida exata e no momento certo. Apesar disso, vejo a
necessidade muito intensa em me autocontrolar e usar o sentimento para acreditar em
meio às tarefas do dia. Seria eu, um porto seguro? Teria conquistado, enfim, com minhas
ações o início das mudanças das minhas marés internas? Fugir não é a palavra. Mesmo que
venha a ser atingida por uma onda, devo me manter envolvida por sentimentos e grandes
propósitos. Já necessitei de grande diplomacia em muitos momentos, seja na faculdade ou
nas relações familiares.
Relato da noite: Ontem, na maior parte do dia me mantive calma e controlada com
muita paciência mesmo em meio às turbulências da casa. Mas, no final da tarde e da noite,
me senti sem paciência por atitudes da minha Avó em proibir programas e questões por
seus gostos pessoais e também quando eu estava com pressa para poder assistir a palestra
do canal Arcturianos no Youtube. Não tive a sensatez de deixar de lado meus planos, mas,
talvez, até o altruísmo tenha seus limites.
A Justiça – A cena descreve uma mulher sentada portando sua espada na mão direita e a
balança na mão esquerda, o que denota ação ativa Yang do elemento ar, racional, e a
receptiva Yin, para julgar provas, respectivamente. Suas vestes denotam poder e ação com
um manto dourado que denota realeza de suas decisões, como uma referência na
Sociedade como um todo. A espada reta denota também que a mesma é imparcial, muito
embora, não revele a ninguém seus julgamentos antes da decisão final, por ter um pé
escondido em suas vestes. As colunas podem referenciar um símbolo de suporte e força e,
também de eixo ou centro do mundo, e por imitar a Árvore da Vida, representa a ligação da
Terra e do Céu e a harmonia do mundo. Ou seja, temos a Justiça dos Homens abençoada
pelos Deuses. Já o véu atrás da mulher, remonta muito que a visão dela importará mais do
que ainda está por se descobrir. Para mim, a impressão é a de que preciso agir com muita
parcimônia analisando os aspectos próprios e a do ambiente que me cerca. No entanto,
acredito que juntando com a carta da advertência ainda mais, 02 de Paus, sugere que ainda
que eu analise como mostra acima, ainda terei que aceitar as decisões que vierem da Justiça
por estar levando em conta o meu globo terrestre bem mais em consideração do que o que
acontece ao meu redor, bem como, pelo fato de estar com a mão esquerda segurando um
pau (sugere passividade). Em muitos momentos isso ocorreu. Uma das memórias que tenho
é quando tenho situações que não dependem somente de mim, como por exemplo, ter que
esperar ações de meu Tio e da Vó quanto à mudança para Curitiba.
Rainha de Paus – Temos uma Rainha, uma mulher altiva sentada no trono em meio à aridez
do deserto, à sua frente tem um gato preto, símbolo da espiritualidade e transmutação de
energias. Suas vestes possuem tons vibrantes para o alaranjado e uma capa de cor cinza.
Ambas as cores fomentando ação imediata e pensamentos. A mesma mulher, porta nas
mãos um pau e um Girassol, respectivamente, na mão direita e esquerda, indicando
comando e doçura no agir. O leão é um animal solar, considerado o "Rei da Selva" e
guardião do mundo subterrâneo. Esse felino soberano simboliza o poder, a realeza, a
sabedoria, a autoridade, a juventude, a ressurreição, a segurança, a proteção e a justiça.
Encontra-se, ainda, associado à luxúria e ao orgulho, além de ser um animal combativo,
mas, que pode sugerir impulsos agressivos saudáveis. Esta carta remete para mim a
necessidade de tomar grandes decisões e agir, não deixando para trás nenhum detalhe,
tanto que a Rainha olha para frente e levemente para o lado. Pode ser que esta figura da
mulher represente nesta posição, incluindo tanto o R-W quanto o Mitológico uma figura da
Justiça em algum grau, que tome decisões inclusive para proteger o seu reino com sua
energia de fogo. Na prática, é realmente um convite para tomar decisões importantes e
rápidas, de maneira destemida e assertiva. Já passei por situações em que tive que me
pronunciar e liderar as decisões promovendo o dinamismo de outras pessoas.
OBS. O Tarô Universal de Waite – Sua energia é contagiosa e o seu entusiasmo é total, tanto
quanto é atraente, fiel e apaixonada. Nada consegue deprimi-la e sempre vê a parte positiva
de cada situação, e sendo também desenvolta, faz com que tenha muitos amigos. Qualquer
que seja a sua tarefa, dedica-se a ela com energia total, apesar da constância não ser o seu
forte e às vezes resultar em dificuldades de terminar todos os projetos. Parece estar sempre
apressada. Sua vida parece estar muito ocupada e isso lhe agrada. Isso é possível por estar
sempre com a saúde em dia. É independente, dinâmica e criativa. Pode ser um verdadeiro
torvelinho porque nem sempre planeja cuidadosamente o curso a seguir antes de começar
algo. Combina características das Rainhas de Copas e Ouros, ainda que seja mais prática que
a de Copas e mais vivaz que a de Ouros. Tem um temperamento fogoso nada ligado muito
ao convencional, pois, no fundo, possui um espírito rebelde que pode leva-la a ser pioneira
em algum campo ou revolucionária mesmo que isso seja devido às suas experiências e
emoções, mais do que a uma postura intelectual. De qualquer forma, sempre será uma
líder. Confia plenamente nas suas capacidades e da forma como muda a realidade.
Ao aparecer em uma leitura, pede que sintamos e pensemos como ela o faz: Sente-
se atraente? Crê em si mesma É entusiasta e está cheia de energia? Pode representar uma
mulher, homem ou um ambiente.
OBS. O Tarô Mitológico – A Rainha de Paus retrata uma linda mulher de cabelos castanhos,
com um vestido amarelo e portando uma coroa dourada. Está sentada em um trono
dourado onde está entalhado nos braços cabeças de leão, e aos seus pés, encontra-se uma
leoa deitada amarrada em uma corrente dourada. Em sua mão, uma tocha flamejante, e ao
seu redor um cenário de ricos campos verdes e dourados sob o céu azul vivo.
Aqui nos deparamos com a dimensão estável, vivificante e fiel do elemento fogo que
nos aquece, anima e inspira. Ela incorpora a figura mitológica da Rainha Penélope, esposa
do famoso Ulisses de Ítaca. Ao nascer, Penélope foi jogada ao mar por seu pai Ícaro, que
esperava por um filho. No entanto, um grupo de pássaros a salvou, alimentando-a.
Impressionado Ícaro percebeu algo de especial na filha. Quando Ulisses estava na Guerra de
Tróia, Penélope governou juntamente com seu filho Telêmaco. Depois de um bom tempo,
Penélope passou a ser cortejada por 112 príncipes que gostariam de estar no trono. Eles até
decidiram entre si, assassinar Telêmaco. Quando interpelada para escolher um pretendente,
Penélope usando de sua intuição e coração, quanto à segurança de Ulisses, declarou que ele
certamente deveria estar vivo. Mais, tarde, ela prometeu tomar uma decisão, assim que
terminasse a mortalha para velho Laerte, seu sogro. Mas, ela levou 3 anos tecendo e
desfazendo de noite seu trabalho, até que um dos pretendentes percebeu o estratagema.
Depois de 10 anos, Ulisses retorna disfarçado de mendigo porque havia sido informado das
atividades do palácio. Ele revelou-se para Penélope, destruiu os pretendentes e uniu-se a
sua mulher. No entanto, há histórias que revelam que teria a possibilidade de ela ter sido
infiel ao gerar Pan com o Deus Hermes por ser uma mulher imaginativa e de energia latente.
A Rainha de Paus não sai correndo atrás do Arco-Íris ou tenta voar para o Monte
Olimpo – Ideias típicas do Cavaleiro. Ela armazena a sua grande força e energia
interiormente e as dedica às poucas coisas que conquistaram o seu coração. Ela é a figura
antiga da Super Mulher que todas gostaríamos de ser: a mulher que é capaz de amar e ser
fiel, mas, que também possui a força, a ingenuidade, a criatividade e a energia incansável
para reger seu próprio mundo sem necessitar de ombro de forte para apoiá-la e do título de
esposa para ser autoconfiante.