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For
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ompi
ment
odosl
açosaf
eti
vos.SãoPaul
o:Mar
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Font
es,
1982.
For
maçãoer
ompi
ment
odosl
açosaf
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vos.
Tí
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oori
ginal:
TheMakingandBr eaki
ngofAff
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ionalBonds©1979R.P.L.Bowl
byandot
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1 edi
çãobrasil
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a:outubr
ode1982.
CI
P-Br
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l.Cat
alogaçãonaPubl
icação,
Câmar
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lei
radeLi
vro.SP.
Bowlby,John.1907
Formaçãoer ompiment odoslaçosaf
eti
vos/
JohnBowl by;traduçãoÁl var
oCabral;revi
sãoLuizLor enzoRiver
a. SãoPaul
o:
Marti
nsFont es,
1982.
(Psi
cologi
aepedagogi a).
1. Cr i
anças — Desenvol vi
ment
o 2.Pai sef il
hos 3.Psicologi
ainf
ant
il4.
Rel
açõesinterpessoai
s5.Separação(Psi
col
ogia)1.Tí
tul
o.
82-
1553CDD- 155.418.
Í
ndi
cespar
acat
alogosi
stemát
ico:
1.Cri
anças:Desenvolviment oafetivo:Psi cologi
ai nfanti
l155. 418.
2.Cri
anças:Relaçõesf amil
iares:Psi cologiainfantil155.418.
3.Laçosaf et
ivos:Crianças:I nf
luenci anodesenvol vi
ment o:Psicologi
ai nf
ant
il
155.
418.
4.Pai
sef i
lhos:Relações:Psi col
ogi ai nfanti
l155.418.
5.Rompi mento afetivo:Crianças:I nfluênciano desenvol vimento:Psicol
ogi
a
i
nfanti
l155.418.
6.Separação f amil
iar:Crianças:I nf l
uência no desenvol vi ment
o:Psi col
ogi
a
i
nfanti
l155.418.
Produçãogr áf
ica:Nilt
onThomé.
Assistentedeprodução: Carl
osTomioKurat
a.
Composi ção:LúciaSpósi t
o.
Revisãotipográf
ica:GildaTomikoHara.
Paste-up:JoséSar i
sJr .
Capa:Vi t
onnoC.Mar t
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Todososdi
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çãoreservadosà
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VRARIAMARTI NSFONTÉSEDITORALTDA.
RuaConsel
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roRamalho,
330/340
01325—SãoPaulo—SP—Br asi
l.
AMEUSCOLEGASDEPESQUI SA.
MarySalterAi nswort
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AnthonyAmbr ose.
MaryBost on.
DorothyHear d.
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Coli
nMur rayPar kes.
JamesRober tson.
DinaRosenbl uth.
RudolphSchaf f
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Il
seWesthei mer .
Prefácio.
Det emposem t empos,aol ongodosúl timosvint eanos,f uiconvi dadopar af al
ara
colegas,ou a um públ ico mai s numer oso,em al guma ocasi ão formal.Esses
convites proporcionar am- me uma opor tuni
dade par a um r eexame críti
co dos
result
adosdepesqui sasepar adescrever ,em li
nhasger ais,opensament oat ual.
Nopr esentevol ume,f oram selecionadaspar ar eimpr essãoal gumasdessas
conferências e cont ri
bui ções par a si mpósios,na esper ança de que possam
fornecerumai ntroduçãoàsi déiasquesãoexpost assi stemat i
camentenost rês
volumesr ecém- concl uídossobot í
tuloger aldeAt tachmentandLoss( *1).Como
cadaconf erênciaoucont ribuiçãofoidi ri
gidaaum públ icopar ticul
arnumaocasi ão
parti
cular,acheipr eferívelr eedi
tá-l
asem suaf or
maor iginal,em vezdet entar
qualquerr evi
sãosubst anci al
.Por t
ant o,cadaumadel asépubl i
cadanumaf orma
próxima daquel a em que f oi originalmente di vulgada,com um par ágrafo
i
ntrodut ór
ioquedescr eveaocasi ãoeopúbl i
co.Apr ovei t
ou- seaopor t
unidadepar a
corri
gira gr amát ica e padr onizara t erminologia e as r eferênci
as;e f oram
acrescentadasal gumasnot asexpl i
cativasent r
ecol chet es,sempr equepar ecer am
necessár
ias.Todavezqueumaaf irmaçãoexigi
amodi ficaçãoouampl i
ação,àluz
de novas provas ou novos estudos,acrescenteium coment árioef or
neci
ref
erênci
as complement
ares (
remetendo fr
eqüentement eo lei
torpara um dos
vol
umesdeAt t
achmentandLoss)numaanot açãonof inaldocapít
ulo.Foiomit
ida
umaseçãodoCapí tul
o3porrazõesexpli
cadasnot ext
o.
Not
ader
odapé:
(*
1).Aserpubl
icadoporest
aedi
tor
asobot
ít
ulodeLi
gaçãoePer
da.
VII
Í
ndi
ce.
1.Psicanál
iseecuidadoscom acri
ança(1956-
8)1.
2.Abordagem etol
ógicadapesqui
sasobredesenvolviment
oinfant
il(
1957)23.
3.Olutonai nf
ânci
aesuasi mpli
caçõesparaapsiquiatr
ia(
1961)41.
4.Efeit
ossobreocompor t
amentodor ompiment
odeum ví ncul
oafeti
vo(1967-
8)63.
5.Separaçãoeperdanafamíl
ia(
1968-70)77.
6.Autoconfi
ançaealgumascondi
çõesqueapr omovem (
1970-3)97.
7.Formaçãoer ompi
mentodevíncul
osafeti
vos(1976-
7)119.
Referênci
as151.
Índi
cedenomes163.
1.Psi
canál
iseecui
dadoscom acr
iança*
(1)
.
Not
ader
odapé:
*(
1).Ori
ginal
mente publi
cado em Sut
her
land,J.D.( or
g.),Psychoanal
ysis and
Cont
empor ar
yThought.Londr
es:Hogar
thPress.Repr
oduzidocom autori
zaçãoda
Hogar
thPress.
1
Not
ader
odapé:
*(1)
.[Um semanár
iodegr
andeci
rcul
ação,
subseqüent
ement
esuspenso.
]
2
Ambi
val
ênci
aesuar
egul
ação.
Not
ader
odapé:
*
(1)
.[Umaconf
erênci
aant
eri
ornasér
ie.
]
3
suscit
aram eest imul
aram,ealinguagem abstrataem queseexpressam,nãoterão
obscurecidoanudezcr uaeasi mpli
cidadedoconf li
toqueoprimeahumani dade—
odeseencol er
izarcom apessoaqueémai samadaedesej armagoá-l
a.Essaé
uma di sposi
ção da humanidade que sempr e ocupou uma posição centr
alna
teol
ogiacr i
stã,equeébem conheci dadet odosnósem f rasescoloqui
aiscomo
“morderamãoquenosal i
menta”e“ mataragalinhadosovosdeour o”.Eotemada
BaladadaPr isãodeReading,deOscarWi l
de,daqualum trechodiz:
Yeteachmanki l
lsthethinghel oves,
Byeachletthi
sbehear d,
Somedoi twit
habi tt
erlook,
Somewi t
haf l
att
eringwor d,
Thecowarddoesi twit
haki ss,
Thebravemanwi thaswor d!*(
1).
Not
ader
odapé:
*(
1).Traduçãolit
eral
:“Noentanto,matacadahomem acoi saqueama,/Queist
o
sej
aouvi doportodoseles,/Algunsmat am com um ol
haramargo,/Out
roscom
umapal avradeadulação,/Ocovar deof azcom um beij
o,/Ovalent
ecom uma
espada!”(N.doT.)
.
5
Énessecami
nhoqueestáoperi
go— operi
godeapersonal
idader
ecorrerauma
sér
iedemanobr
as,cadaumadasquai
scr
iamaisdi
fi
cul
dadesdoquer esolve.Por
exempl o,omedodapuni çãoqueéesper adacomor esul t
adodeat oshost is— e
também,écl aro,dei ntuitoshost i
s,poi snuncaéf áci lpar aumacr iançadi stingui r
clarament eunsdosout ros— acar retaf reqüent ement emai sagr essão.Assi m,
vemosem i númer oscasosumacr iançaagr essivaagi rbaseadaem queoat aqueé
amel hordef esa.Domesmomodo, acul papodel evaraumaexi gênci acompul siva
dedemonst raçõesdeamorqueat r
anqüi lizem e, quandoessasexi gênci asnãosão
sat i
sfeitas,anovossent iment osdeódi oe,porconsegui nte,amai scul pa.São
essesoscí r
cul osvi ciososquer esul tam quandoacapaci dadeder egul aroamoreo
ódi osedesenvol vedemododesf avor ável .
Al ém di sso,quandoacr iançapequenanãot em conf i
ançaem suaapt idão
par acont rolarseusi mpul sosameaçador es,háor i
scodeque,i nadver t
idament e,
recor r
aaum oumai sdosi ncont áveismecani smospsí qui cosprimi t
ivosebast ant e
i
nef i
cazesdest inadosapr otegerseusent esquer idosdedanoseel apr ópr i
adador
de um conf li
to que par ece i nsol úvelporout ros mei os.Esses mecani smos
psíqui cos,quei ncluem ar epressãodeum oudosdoi scomponent esdoconf li
to—
or aoódi o,or aoamor ,e,porvezes,ambos— odesl ocament o,apr ojeção,a
super compensaçãoemui tosmai s,têm,t odos,umacoi saem comum:em vezdeo
conf li
to sert r
azi do par a campo aber to e enf rent ado pel o que é,t odos esses
mecani smosdedef esasãoevasõesenegaçõesdequeoconf l
itoexi st e.Não
admi r
aquesej am t ãoineficazes!
Ant es de chegar mos ao nosso t ema pr incipal— as condi ções que,na
i
nf ânci a,f avorecem our etardam odesenvol vi
ment odacapaci dadeder egul aro
conf li
to— quer oenf ati
zarmai sumacoi sa:nãoexi stenadademór bidonoconf l
ito.
Mui t
o pel o cont rário:conf l
it
o é,em t odosnós,a condi ção nor maldenossas
transações.Todososdi asr edescobr i
mosem nossasvi dasque,seadot armosum
det ermi nado cur so de ação,t er emos de r enunci ara out ros que t ambém são
desej ados;descobr imos,def ato,quenãopodemoscomerodoceef icarcom el e.
Por tanto, em cadadi adenossasvi das, cabe- nosat arefadedeci dirent reint eresses
rivaisem nossopr óprioíntimo, eder egul arconf l
itosent rei mpulsosi rreconci li
ávei s.
Out ros ani mai st êm o mesmo pr oblema.Lor enz ( 1956)most rou que,ant es,
pensava- sequesoment eohomem er aví t
imadei mpul sosconf li
tant esmasque
hoj esabe- sequet odososani mai ssãoconst antement eacossadospori mpul sos
quesãomut uament eincompat í
vei s,comoat aque, f
ugaeabor dagem sexual .
6
Condi
çõesqueger
am di
fi
cul
dade.
Not
ader
odapé:
*(1).[
Referênciaaopintar
roxoeuropeu,n5oaoamer icano. ]
*(2).Nestepar ágraf
oenossegui nt
es,usoat er
mi nologiatradicionalquandoem
refir
oa“ exist
ênciasli
bidi
nais”ou“necessi
dadesl i
bidinais”.Hoje,prefi
rorefer
ir
-me
aodesejodel i
gaçãodeumacr i
ançaou, t
alvez,
á“ buscadeumal igaçãosegura”da
criança.
7
Aocont r
áriodeal gunsanal istasquesãopessi mi stasquant oaovi gori natodos
i
mpul sosdeumacr i
ança,acr editoqueessacondi çãoé,namai ori
adascr i
anças,
resolvidacom r el
ati
vaf acil
idade, cont antoqueel ast enham pai scar inhosos.Seum
bebêt em oamoreacompanhi adesuamãeel ogot ambém adeseupai ,el
e
crescer ásem umapr essãoexager adadeansei osl ibidi
naisesem umapr opensão
i
r r
esistívelpar a odiar.Se não t i
ver essas coi sas,seus ansei os l i
bidinai
s
provavel ment eserãomui t
oel evados, oquesi gnificaqueobebêest arápr ocur ando
const antement eamoreaf ei
ção,eser ácont i
nuament epr opensoaodi araquel es
quenãoconseguem — oul hepar ecem nãoconsegui r— dar -lheoaf etoqueel e
tantodesej a.
Embor aanecessi dadei rresistí
velqueumacr iançat em deamoresegur ança
sejahoj eum f atomui t
oconheci do,háquem pr otest econt raisso.Porquehaver i
a
um bebêdef azertaisimposi ções?Porquenãopodef icarsat isf
eitocom menos
cuidadoseat enções?Comopoder emosar ranjarascoi sasdemodoqueospai s
tenham t emposmai st ranqüilosemenossobr ecar regados?Tal vezum di a,quando
souber mosmai sar espeitodasnecessi dadeslibidinaisdeumacr iançapequena,
estejamosapt osadescr everdeum modomai spr ecisoosseusr equisitosmí nimos.
Entrement es,seráaconsel hávelr espeitarassuasnecessi dadesecompr eenderque
negá- l
as equi val
ef reqüent ement e a ger ar na cr iança f orças poder osas de
exigênciasl i
bidinaiseapr opensãopar aodi ar ;ei ssopode,mai st ar
de,causar
grandesdi fi
culdadest antopar aelacomopar anós.
Não mi nimi zemos os pr oblemas que a necessi dade de sat isfazeras
exigênciasdeseusbebêscr ia para asmul her es.Em t emposi dos,quando a
educaçãosuper iorl heser avedada,havi amenosconf l
itoent r
easexi gênciasda
famíliaedacar r
ei r
a, embor aaf r
ustraçãopar amul her escompet ent eseambi ciosas
fossegr ande.Hoj e,ascoi sassãomui t
odi fer ent es.Asmul heresi ngressam em
profi
ssõesondepassar am adesempenharum papeli ndispensável .Com ef eit
o, em
todososcamposl i
gadosàsaúdeeaobem- estari nf antil
,elastêm f iguradoent reos
nossos l í
deres. Esse pr ogresso, entretanto, como t odo o cr escimento e
desenvol vi
ment o,acar ret
ousuaspr ópr
iast ensões,emui tasleitorasconhecer ão
pessoal menteo pr oblema dasexi gênciasconf lit
ant esdef amí li
a ecar reir
a.A
soluçãonãoéf ácile— nem f i
cabem par aaquel esque,ent r
enós,t êm asor t
ede
nãosedef rontarem com opr oblema— di t
arasl eiscom queoout rosexodever i
a
resolvê-l
o.Esper emosque,com o cor rerdo t empo,a nossa soci edade,ai nda
predomi nantement eor ganizadasegundoasconveni ênciasdoshomensepai s,se
ajusteàsnecessi dadesdasmul heresemães,equeast r
adiçõessoci aisevoluam
demodoagui arosi ndivíduosnum r umoescl ar eci dodeação.
8
Vol t
emosagor aao nosso t emaevej amoso queacont ecequando,por
qual querr azão,asnecessi dadesdeum bebênãosãosuf i
cient ement esat isf
eitas
nomoment ocer to.Háal gunsanosvenhoi nvest igandoosef eitosnoci vosque
acompanham asepar açãodecr iançaspequenasdesuasmães,depoi squeent r e
elassef ormar am r elaçõesemoci onai s.For am mui tasasr azõespel asquai sescol hi
esse t ópico par a as mi nhas pesqui sas:em pr imei rol ugar ,os r esul tados t êm
aplicaçãoi medi at aeval i
osa;em segundol ugar ,éumaár eaem quepodemosobt er
dadoscompar ativament esól idose,assi m,most raràquel esqueai ndasãohi per -
crít
icosda psi canál isequeest a possuiboasr azõespar ar eivindicaro st atus
científico;f i
nalment e,aexper i
ênci adeumacr i
ançapequena,aosersepar adade
suamãe,f ornece- nosum exempl odr amát i
co,quandonãot rági co,dessepr oblema
cent raldapsi copat ologia— ager açãodeum conf li
todet alenver gadur aqueos
mei osnor mai spar ar esolvê-losãodest roçados.
Par eceexi sti
ragor aumar azoávelcer tezadequeéporcausadai ntensidade
dademandal ibidinaledoódi oger adosqueasepar açãodeumacr iançadesua
mãe, depoi squef ormoucom el aumar elaçãoemoci onal,podeacar retaref eitost ão
devast ador es par a o desenvol viment o de sua per sonal idade.Conhecemos há
vários anos a saudade i ntensa e a agi t
ação que t ant as cr ianças pequenas
mani festam quandodai nternaçãonum hospi taloui nsti
tuiçãor esidenci al,eomodo
desesper adocomo,mai st arde,depoi squeseussent iment osacal mar am com o
regressoaol ar, seagar ram asuasmãeseasseguem obst i
nadament e.Oaument o
dei nt ensi dadedesuasexi gênci asl i
bi dinaisnãopr ecisaserenf atizado.Também
tomamosconheci ment odomodocomoessascr i
ançasr ejeitam suasmãesquando
voltam a vê- l
as pel a pr imei r
a vez,e as acusam amar gament e poras t erem
abandonado.
Mui tosexempl osdei ntensahost i
li
dadecont raaf igur amai samadaf oram
registr adosporAnnaFr eudeDor othyBur li
ngham nosr el atóriosdasHampst ead
Nur ser iesdur ant eaguer ra.Um exempl opar ticularment epungent eéodeReggi e,
que,com exceçãodeum i ntervalodedoi smeses,passout odaasuavi daem
crechesdesdeosci ncomesesdei dade.Dur anteasuaest ada,el efor mar a“duas
relações apaixonadas com duas jovens assistentes que cuidaram dele em
diferentesper
íodos.Asegundal i
gaçãofoisubitament equebradaaosdoi sanose
oito meses,quando a‘ sua’assist
entecasou.Reggi esent i
u-secompletamente
per di
doedesesper adoquandoelasaiu,erecusou-seaol há-l
aquando,quinzedias
depoi s,el
aovi si
tou.Vi
rouacabeçapar aoout roladoquandoel alhefal
ou,mas
fi
xouosol hosnapor t
a,queamoçaf echouaosai r.Anoi te,sent
ou-senacamae
disse:‘Minha,muitominhaMar y-
Ann!Masnãogost odela’”.(Bur
li
ngham eFreud,
1944: 51.)
9
Experi
ênciascomoessa, especial
menteser epet
idas,levam aum sent i
mento
dedesamor ,abandonoer ej
eição.Sãoessessent i
mentosqueseexpr essam nos
poemast r
agicômicosdeum del i
nqüentedeonzeanoscuj amãemor r
euquandoel e
estavaapenascom qui nzemesesdei dadeeque,apar t
irdeent ão,conhecera
numer osasmães- substi
tutas.Ei salgunsdosseusver sos( não estou cert
o se
ori
ginaisounão) ,escri
tosdur anteoseut r
atamentocom ami nhacol ega,Yana
Popper ,osquaispar ecem expr essaroqueel eachavaserar azãodet erpassado
sucessivament edeumaf iguramat ernaparaoutr
a:
Jumbohadababydr essedingreen,
wrappeditupinpaperandsentittotheQueen.
TheQueendidnotl i
keitbecauseitwastoofat,
Shecutitupinpiecesandgavei tt
othecat.
Thecatdidnotli
keitbecauseitwastoothin,
Shecutitupinpiecesandgavei tt
otheKing.
TheKingdidnotlikei
tbecausehewast oosl ow,
Threwitoutt
hewi ndowandgavei ttot
hecr ow.*(
1).
Maistarde,quandoasuat erapeut
asaiudef ér
ias,el
eexpr
imi
u,nal
etr
ade
umacançãot
radici
onal,oseudesesperopornãoseramado:
Oh,myli
tt
ledarl
ing,1l
oveyou;
Oh,myli
tt
ledarl
ing,1don‘
tbel
ieveyoudo.
I
fyoureal
lyl
ovedme, asyousayyoudo,
Youwouldnotgot oAmeri
caandleavemeatt
heZoo.*
2).
Difi
cil
mentesur preenderáqueum desesper otãoi ntensoestejaconjugado
com um ódi oigualment eintenso.Quant o maisReggiesesent i
aligado àsua
terapeuta,maispropensoer aaexpl osõesdeódi oviolento,algumasdasquai s
chegavam aserquaseper igosas.Pareciaevident
equeasr epeti
dasseparaçõesem
seuspr i
meirosanosdevi dat i
nham ger adonessemeni noat endênci
aauma
i
ntensaambi val
ência,det alampl i
tude,queoseuequi pament opsíquicoimaturo
forai ncapaz de regularhar moniosament e,e que os padr ões patol
ógicos de
regulaçãoadotadosem seuspr i
meirosanosper si
sti
ram.
Not
ader
odapé:
*(
1).Traduçãoli
ter
al:“
Jumbot eveum bebêvesti
dodeverde/embrul
hou-
oe
mandou-oàRainha./ARainhanãogost
oudeleporsermui
togor
do,
/Cort
ou-
oem
pedaci
nhosedeu- oaogato./O gat
onãogostouporqueeleer
amuit
omagro,/
Cort
ou-oem pedaci nhosedeu- oaoRei ./OReinãogostouporqueel
eeramuito
l
ento,/Jogou-opelajanelaedeu-oaocorvo.
”(N.doT.
).
*(
2).Tr adução li
ter
al:“Oh,meu benzinho,eu teamo;/Oh,meu benzi
nho,não
acr
editoquevocêmeame./Ser eal
mentemeamassecomodi z,/Nãoir
iapar
aa
América,deixando-menozoo”.(N.doT.).
10
ti
ntamanchat apetes,umaf acapodef erirumaout racr iançaef eri
rtambém a
própri
acr i
ança.Comoevi taremosessascat ástrofes?Apr i
mei rar egraéor ganizara
casademodoqueosf ósf oroseout rosar t
igoscombust ívei
sest ej
am sempr e
guardados,equeaspor cel anas,f acaset intasfiquem sempr ef oradoal cance.A
segunda é a i ntervenção cor di
almas f irme.E cur i
oso como t antos adul tos
i
nteli
gentespensam queaúni caal t
ernativapar adei xarumacr i
ançacor rersol t
aé
i
nfli
gir-
lhecastigos.Umapol íti
cadei ntervençãof i
rmemasami stosa,sempr eque
umacr i
ançaest iverf azendoal gumacoi saquequer emosi mpedi r,nãosócr i
a
menosazedumedoqueumapuni çãomas, al ongopr azo, émui tomai sefi
caz.Cr eio
queumadasgr andesi lusõesdaci vil
izaçãooci dentaléaef icáciadocast igocomo
um mei odecont rol
e.Par acr i
ançasmai svel haseadul t
os,apuni çãot em seususos
comoauxi l
iardeout r
osmét odos;acr editoque,nospr i
mei rosanos,ocast igoé
despropositadoporserdesnecessár i
oepor quepodecr iar,atravésdaansi edadee
doódio, malesmui tomai or esdoqueaquel esquepr etendiacur ar.
Felizment e,com osbebêseascr iançasdepoucai dade,quesãomui t
o
menor esdoquenós,ai ntervençãoami stosaéf ácil
;num abr iref echardeol hos,
podemosagar rarumacr iançael evá- l
apar alongedol ugardeper i
go.Opr eçoque
i
ssoexi geéanossapr esençaquaseconst ante,um pr eçoqueaconsel hamosos
paisapagar em.Em t odocaso,nãot em qual querf undament oai déi
adequeas
cri
ançaspequenaspodem serdi scipli
nadaspar aobedecerar egras,demodoque
semant enham nal i
nha,mesmoem nossaausênci a.Ascr i
ançasr apidament e
apr endem asaberdoqueéquenósgost amosenãogost amos, masnãopossuem
oequi pament opsí quiconecessár iopar asat isfazersempr eosnossosdesej osem
nossaausênci a.A menosqueseat er r
or i
zeumacr iançaaopont odel evá-laà
i
nér cia,odi scipli
nament odenossosf ilhosest áf adadoaof racasso,eaquel esque
ot entam sópodem esper arfrustraçãoeexaust ão.Um model oqueexempl i
fi
caa
prát i
cadai ntervençãof i
rmemasami gáveléapr ofessoratalent osadej ardim de
i
nf ância,eospai spodem apr endermui tocom osmét odosqueel ausa.
Cumpr eassi nalarqueessat écnicadei ntervençãoami stosanãosóevi taa
estimul açãodar ai
vaedoazedume,ai ndaquei nconscient
es,queacr editoser em
i
nsepar áveisdapuni ção,masf or neceàcr iançaum model o par aar egulação
efetivadeseusconf li
tos.Most ra-
lhequeavi olência,ociúmeeavor aci
dadepodem
serdomi nados pormei os pací fi
cos e que não há necessi dade de r ecor r
era
mét odos dr ást i
cos de condenação e puni ção que,quando copi ados poruma
cri
ança,podem sof rerdi storçõeseconver ter-
se,porcausadesuai magi nação
primi t
iva,em cul paei mplacávelaut opuni çãopat ológi
cas.Trata- se,éclaro, de
13
umat écni
cabaseadanaconcepçãoqueDonal dWi nnicot
tnosexpôs,deacor do
com osensi nament osdeMel anieKlei
n— aconcepçãosegundoaqualexi stenos
sereshumanosasement edeumamor ali
dadei nat aque,set i
veroportunidadede
germinar,propor ci
ona à personali
dade da cr i
ança os al i
cer
ces emoci onais do
compor tamentomor al
.É umanoçãoquecol ocaapardoconcei t
odepecado
ori
ginal,do quala psi canáli
sedescobr et antaspr ovasno cor ação humano,o
conceitodepr eocupaçãoor i
ginalpel
onossosemel hanteoudebondadeor iginal
,a
qual,sebeneficiadaporcircunstânci
asf avoráveis,acabar áporganharapr imazia.
Éumaconcepçãocaut el
osament eoti
mi st
adanat urezahumana,queacr editoser
j
ust i
fi
cada.
Pr
obl
emasemoci
onai
sdospai
s.
Not
ader
odapé:
*(
1).Ver,porexempl o,orelat
odeSt ewar
tetal.(1954)sobrebebêsque
chor
am excessi
vamente.Verif
icar
am queeraumarespost
aàsdi f
icul
dadesqueas
mãesexperi
mentavam em l
idarcom osfi
lhosdeum modocoerent
e.
16
Not
ader
odapé:
*(
1) .Existem mui
tosedi f
erent
esestadosdeespíri
toquepodem l evarumamãea
estarconst ant
ementeapreensi
vatemendoqueseubebêmor ra,sendoqueodesej o
i
nconsci entedemat aracr i
ançaéapenasum del es.Entreout r
osestãoaper da
anteriorde um f i
lho pequeno,a perda de um ir
mão dur anteai nfânciaeo
compor t
amento viol
ento do paida cri
ança.Vera di scussão das fobias nos
capítulos18e19deAt t
achmentandLoss[ Li
gaçãoePerda],vol
ume2.
17
noscuidadosqueospai
sdispensam aseusfil
hos.Ist
osusci
taum problemade
pri
meir
a ordem — demasi
ado amplo para que possamos consi
der
á-l
o nest
e
capí
tul
o.
Conf
li
toext
rapsí
qui
coeconf
li
toi
ntr
apsí
qiuco.
avaliarosmér i
tosoudemér itosdoscui dadoscom cr i
anças,eéabor dandoo
probl emadessemodo,cr eioeu,queapsi canál iset em suapr i
ncipalcont ribuiçãoa
dar.
Embor aeusej aum adept oconvi ctoeent usi ast adanoçãosegundoaqualas
si
tuaçõesconcr etasqueum bebêexper iment at êm i mpor tânci acr uci alpar aoseu
desenvol viment o,r epi toquenãodesej odarai mpr essãodequesabemoshoj e
comohabi l
it
art odasascr i
ançasacr escer em sem per turbaçõesemoci onai s.Cr eio
quej ásabemosmui tacoi saeque,sepuder mosapl i
carnossosconheci ment os
atuais( eem vi rtudedaescassezdepr of i
ssionai squal if
icadosr eceioqueessesej a
um gr ande“ se”),ocor rer áum aument osubst anci aldaf el icidadehumanaeuma
tr
emendar eduçãodasdoençaspsi col ógicas.Ent retanto,ser iaabsur dosuporque
j
át emost antosconheci ment osquepodemosgar ant i
rqueumacr iança,set i
vert al
ou t alexper iênci a,cr escer á sem mai ores di ficuldades.Exi stem pr oblemas
espinhososar esol ver ,comoosquedecor r
em doef eit
odet urpadordasf antasi as
deumacr iançaesuai nterpret açãoer rôneadomundoquear odei a* (1) ,assunt o
que não abor deinest e capí tulo;mas,al ém di sso,t ambém podem exi stir
difi
cul dadessobr ecuj aor igem nadasabemosat ual ment e.Mesmosobr eaquel as
de que j át emos al guma compr eensão,os nossos conheci ment os ai nda são
escassosenãot êm umabasesuf ici entededadossi stemat icament ecol et ados.
Sóof ut uror evelar áasl i
nhasdepesqui samai sfecundas.Todapesqui saé
um j ogodeazar ,et emosquej ogaronossodi nhei ronoscaval osem quet i
vermos
palpite.Num campot ãovast o,ami nhat endênci aéapost arnosmest iços.Par ece-
mepr ovávelqueest udosdemot ivaçãoem cr iançaspequenas,especi alment eo
estudodomodocomoamãeeobebêdesenvol vem suasr elaçõesi mpr egnadasde
alt
acar gaemoci onal , umapr eocupaçãot ãocent raldapsi canál ise, ganhar ãomui to
em cl areza e pr eci são se l hes apl icarmos concei tos e mét odos de pesqui sa
derivadosdaescol aeur opéiadeest udosdocompor t
ament oani mal ,l ider adapor
LorenzeTi nber genef reqüent ement econheci dacomoet ologi a.Pensot ambém que
onossoi nsightdomundocogni tivoqueumacr iançapequenaconst róipar asi ,
depoi s habi taef inalment e model a,pr ogr ediria bast ant e com os concei tos e
mét odosdepesqui saquet i
ver am Pi agetcomopi onei r
o.Também él í
ci toesper ar
queat eoriadaapr endi zagem escl areçaopr ocessodeapr endi zagem queocor re
nosmeseseanoscr ít
icosem queumanovaper sonal i
dadenasce.Ent ret ant o,ainda
queeuconsi dereascont ribuiçõesdesset ipoi ndi spensávei s, elasser ãoest éreisse
nãof orem const ant ement ei nt erpret adasàl uzdosconheci ment osadqui ridospel o
cont atoí ntimocom avi daemoci onaldecr iançasepai snum cont ext ocl í
nico,
usando mét odoscomo osi nt roduzi dosporMel ani eKl ei n eAnnaFr eud,ent re
outrospsi canal istasdecr ianças,ei ndobuscarsuai nspi raçãoúl timanohomem
cujocent enár i
odenasci ment ocel ebr amosest asemana.
Not
ader
odapé:
*(1).Acreditoqueocar át
erdeturpadordasfantasiasinfanti
sf oimuit
oexager ado
pelat eori
apsi canal í
ti
catradici
onal.Quantomai sdetalhesseconhecersobr eos
aconteciment osdavi dadeumacr iançaesobreaqui l
oquel hefoidi
to,aqui
loque
elaouvi uouobser voumasseesper aquenãosai ba,mai sclaramentesepoder ão
versuas i déias sobr e o mundo e sobr e o que acont ecerá no fut
uro como
construçõesper f
eitamenter azoáveis.Osdadosquedemonst r
am essepont ode
vista são apresent adosnoscapí t
ul osf
inai
sdo segundo vol umeeem t odo o
tercei
rovolumedeAt tachmentandLoss.
21
Pós-
Escr
it
o.
Amai oriadostemasesboçadosnaconferenciarepr
oduzi
danestecapi
tuloforam
ret
omadosem conf erenci
assubseqüent
esdest acolet
ânea.Paraumadescr ição
dostrabalhosmaisrecent
essobr
eodesenvol vi
mentodasr el
açõesmãe-bebê,ver
Ster
n( 1977).
22
Abor
dagem et
ológi
cadapesqui
sasobr
edesenvol
viment
oinf
ant
il*
(1)
.
Not
ader
odapé:
*(
1).Ori
ginal
ment
epubl
icadoem Br
it
ishJour
nalofMedi
calPsychol
ogy(
1957)
,30:
230-40.
23
Grandepart
edat eori
apsi canalít
icatem levadoem cont aessesi nst
intos,seu
surgi
ment
osucessi voegr adualnaont ogeni
a,suaor gani
zaçãogradati
va,enem
semprebem-sucedida,em t otal
idadesmai scomplexas,osconfl
itosquesur gem
quandodoisoumai sinst
int osest ãoati
vosesãoi ncompatí
vei
s,aansi edadee
cul pa a que dão or igem,as def esas chamadas a agi r par a enf rent á-las.
Pr eocupados com essas pai xões humanas pr imi tivas que,em vi rtude da
rudi ment aridadedosmecani smosexi stent espar agover ná-la,sãocapazes,como
sabemosport ermospagoopr eçodaexper iênci a,denosl evaràr eali
zaçãodeat os
quemai st ardel ament amos,ospsi canal ist ast êm f reqüent ement emani fest ado
i
mpaci ênci a par a com a abor dagem dos t eóricos da apr endi zagem.Em sua
teor ização,par ecehavermui topoucol ugarpar aosent iment ohumanooupar aa
mot ivaçãoquej orradaspr ofundezasi nconsci entesei rraci onais.Aoanal i
staeao
psi cól ogocl ínico,sempr epar eceuqueot eór i
codaapr endizagem est át ent ando
met eràf orçaum l it
rodenat urezahumanar ebel dedent rodeum dedalder ígidae
pret ensi osat eoria.
Inver sament e,ost eór i
cosdaapr endi zagem cr i
ticam ospsi canal i
stas.As
def iniçõesdei nstintosãonot or i
ament ei nsat isfatór iasesuscet íveisdedegener ar
em al egór i
co.Embor a as descr ições cl ínicas sej am vol umosas,os r elatos de
obser vaçãosi stemát icacont inuam sendoescassos.Omét odoexper iment alsef az
not arporsuaausênci a.Piorquet udo, ashi pót esessãof reqüent ement ef ormul adas
det almanei raqueéi mpossí velt est á-las— um def eitof atalpar aopr ogr esso
cient ífico.A t eor i
adaapr endi zagem,sust ent a-secor retament e,def ineosseus
termos,f ormul aassuashi pótesesoper aci onal ment eepassaat está-lasmedi ant e
exper iment osadequadament epl anej ados.
Comoal guém queseesf orçaporserum cl ínicoeum ci ent i
sta,t enhosi do
agudament esensí velaesseconf lito.Comocl í
ni co,consi deroaabor dagem de
Freud a mai sr ecompensador a;não só el e at raiu a at enção par a pr obl emas
psi col ógi cos de i mpor tância cl í
nica i medi ata,como t ambém a sua sér ie de
concei t osi nvocador esdeum i nconsci ent edi nâmi coconst i
tuinapr áticaum modo
útildeor denaçãodedados.Ent retant o,comoci ent ista,si nto- memui t
asvezes
cont rafei to em f acedo st atuspr ecár i
o demui tasdenossasobser vações,da
obscur idadedemui tasdenossashi pót esese,sobr etudo,daausênci adequal quer
tradi ção que exi j
a que as hi pót eses sej am t est adas.Esses def eitos são
responsávei s,creioeu, pelascont rovér si as—com excessi vaf r
eqüênci aacal or adas
eest érei s— quet êm car acterizadoahi stór iapsi canal íti
ca.Tenhoper gunt adoa
mui toscol egascomopoder emossubmet erapsi canál i
seaumamai ordi sci pli
na
cient ífica, sem sacr i
fi
carassuasi nigual ávei scont ribui ções.
24
Foinesseest adodeespí r
itoquemedepar ei,háalgunsanos, com aobr aque
vem sendor eali
zadapel oset ologistas.Fi queii medi atament eempol gado.Aíest ava
umacomuni dadedebi ól ogosdedi cadosaoest udodocompor t
ament odeani mais
em seuhabi tatnatural,
quenãosóusavam concei toscomoosdei nsti
nto,confli
toe
mecani smodedef esa,ext r
aor di
nar i
ament esemel hantesaosquesãoempr egados
em nossot rabalhocl í
nicododi a-a-
dia,comof azi am descr içõesmar avil
hosament e
detal
hadasdocompor t
ament oehavi am cr iadoumat écnicaexper iment alpara
submet ersuashi pótesesapr ovas.Cont inuohoj et ãoi mpr essionadoquant oestava
então.Aet ologia,crei
oeu,est áest udandoosf enômenosr el
evant esdeum modo
cient
íf
ico.Namedi daem queest udaodesenvol viment odocompor t
amentosoci ale,
especialmente,odesenvol viment oder elaçõesf amiliar
esem espéci esi nferi
ores,
acredi
to queest á estudando um compor tament o anál ogo,et alvez,porvezes,
homólogo,amui todoquenospr eocupacl inicament e;namedi daem queusaa
descri
ção de campo,hi póteses com concei tos oper acionalment e def i
nidos e
experi
ment os,est áempr egando um r igor oso mét odo ci entífi
co.É ver dadeque
soment edepoi sdeserpr ovadanocadi nhodaat i
vidadedepesqui sasaber emosse
aet ol
ogi aé,def at
o,umaabor dagem t ãof ecundacom ser eshumanosquant ooé
com espéci esinf eri
ores.Bast adi zerqueset ratadeumaabor dagem quesei mpõe
maisvi vament eami m,por queacr edit
oqueel apodef or neceror epertóriode
concei tos e dados necessár i
os,se qui ser mos que os dados e i nsights
propor cionadosporout rasabor dagens,not adament eosdapsi canálise,dat eor i
a
daapr endi zagem edePi aget ,sej
am expl oradosei ntegr
ados.
Recapitulando suci ntament e as pr incipais caract er í
sticas do enf oque
etol
ógi co,comecemospel a obr a deDar win( 1850),não só por queel ef oium
etol
ogi sta ant es da pal avr at er si do invent ada,mas t ambém por que uma
preocupação bási ca da et ologia é a evol ução do compor tament o através do
processodesel eçãonat ur al.
Em AOr igem dasEspéci es, escr i
toexat ament eháum sécul o,Dar windedi ca
um capí t
uloaoi nsti
nto,noqualassi nalaquecadaespéci eédot adadeseupr ópr i
o
repertóriopecul iardepadr õesdecompor t
ament o,domesmomodoqueédot ada
de suas pr óprias pecul iaridades de est rut ura anatômica.Enf ati
zando que “ os
i
nstintossãot ãoi mpor t
ant esquant oaest ruturacor por
alpar aobem- estardecada
espéci e”,Darwi nf ormulaahi pótesedeque“ t
odososi nstint osmai scompl exose
mar avilhosos”se or igi
nar am at ravés do pr ocesso de sel eção nat ural,t endo
preservado as var iações cont i
nuament e acumul adas que são bi ologicament e
vantajosas.I l
ust raasuat esecom r eferênciasàscar act
erísticas
25
Not
ader
odapé:
*(
1).Par
aumadi
scussãodost
ermos,
verTi
nber
gen(
1955)
.
27
Ocompor tament odomamí feronãosedi stingueporsuavar i
abi li
dadeepel apar te
quecabeàapr endi zagem?Est amoscer tosdequeexi stem padr õesher dadosde
compor t ament onosmamí feros?O et ologi star esponder á:Si m,éver dadequeno
mamí fer oocompor tament oémai svar iávelequeaapr endi zagem desempenhaum
papeli mpor t
ant emas,nãoobst ant e,cadaespéci eexi beum compor tament oque
l
he é pecul i
ar— porexempl o,a r espei to da l ocomoção,al i
ment ação,cor tee
acasal ament o,ecui dadoscom osf il
hot es— epar ecemui toi mpr ovávelqueesses
padr õessej am i nteirament eapr endi dos.Al ém di sso, comoBeachdemonst r
oucom
ratos,eCol haseBl auvel tcom cabr as,épr odut i
voest udaressecompor t
ament o
pelosmesmosmét odoseconcei tuarosdadosdomesmomodoquepr ovousert ão
compensadornocasodosver t
ebr adosi nf erior es.Noqueser efer eaospadr õesde
compor t ament o, nãoháqual quersi naldequeexi staumar uptur aent repei xes, aves
e mamí feros,que sej a mai s acent uada do que no t ocant e à anat omi a.Pel o
cont rário,apesardai ntroduçãodenovasei mpor t
ant escar act erísticas,exi stem
todosossi nai sdeumaseqüênci aevol ucionár ia.Padr õesi nat osdecompor t
ament o
parecem t ão i mpor tant es par a medi aros pr ocessos bi ológi cos bási cos de
mamí fer osquant odeout r
asespéci es;e,namedi daem queoHomem compar til
ha
doscomponent esanat ômi cosef isiol ógi cosdessespr ocessoscom osmamí fer os
i
nfer i
or es,ser i
aest ranhoquenãocompar t
ilhasset ambém,pel omenosem cer ta
medi da, deseuscomponent escompor tament ais.
Par af i
nst axonômi cos, adescr i
çãomi nuci osadepadr õesdecompor t
ament o
podesersuf iciente.Par aumaci ênci adocompor tament o,ent retant o,pr ecisamos
sabermui tomai s.Em especi al,pr eci samosconheceromáxi mopossí velsobr ea
natur ezadascondi çõesi nternaseext er nasdoor ganismoquer egem opadr ão.
Os et ologistas der am uma i mpor tant e cont ribuição par a o nosso
conheci ment odascondi çõesext er nasr elevant espar aoor gani smo.Hei nrothf oi
um dospr imei rosaassi nal arqueospadr õesdecompor tament oespecí f
icosda
espéci e são f reqüent ement e ativados pel a per cepção de Gest alten vi suai s ou
auditivasbast ant esi mpl esaqueel assãoi nat ament esensí vei s.Exempl osmui to
conheci dosdi sso,anal isadospormei odeexper iment osqueusam bonecosde
váriosf or mat osecor es,sãoar espost adeacasal ament odomachodoesgana- gat o,
aqualésusci tadapel aper cepçãodeumaf or maqueseassemel haaumaf êmea
grávida,ar espost adebi coescancar adodof i
lhot edagai votaf alcoei ra,susci tada
pelaper cepçãodeum pont over mel hosemel hant eaoqueseobser vanobi code
umaaveadul ta, ear espost adeat aquedeum pi nt arr
oxo, susci tadapel aper cepção
em seupr ópr iot err
itóriodeum t ufodepenasver mel hassemel hant eaoqueexi ste
nopei t
odeum machor ival.
28
decompor tament o.Tai scondi çõesi ncluem amat uraçãodocor poedosi stema
nervosocent ral,comonocasodovôodepássar osnoper í
ododecr esciment o,eo
equilíbrioendócr i
no,comonocasodocompor t
ament osexualdagr andemai ori
a
dosver t
ebrados,senãot odos.Também i ncl
uem ar ecent eativaçãoounãodo
padr ão,poi s sabe- se que mui t
as at i
vidades i nsti
ntivas são menos f acilment e
evocadasdepoi sdet erem est ador ecent ement eem açãodoquedepoi sdeum
períododequi escênci a.Apósacópul a, poucosani maissãosexual ment eexci t
ados
com t antafacilidadequant oer am ant es.Essasmudançaseout rascompar áveis
devem- secl arament eaumamudançano est ado do pr ópr i
o or ganismo e,em
mui toscasos,osexper iment osdemonst ram queessamudançar esi denosi stema
nervosocent r
al.Par aexpl i
caressasmudanças,Lor enz( 1950)f ezahi pótesede
umasér ieder eser vatóri
os,cadaum del eschei ode“ ener giaespecí fi
cader eação”
apropr iada a um det er
mi nado padr ão de compor tament o. Concebeu cada
reservat óri
o como cont rol
ado por uma vál vula( oI RM — i nnat er el
easi ng
mechani sm * (
1)quepodeseraber tapel aper cepçãodoest í
mul o-
si nalapr opr i
ado,
demodoqueaener giaespecí f
icader eaçãoser ádescar regadanar ealizaçãodo
compor t
ament o especí fi
co.Quando a ener gia se esgot a no r eser vatório,o
compor t
ament ocessa.Supôsque,subseqüent emente,com avál vulaf echada,a
energi aacumul a-sedenovoe,apósum cer t
ot empo,opr ocessoest ápr ont opar a
repetir-se.Est e model o psi co-hi
dráulico de i nsti
nto,com seu r eser vat
ór i
oe
acumul ação de“ energia”,apresenta uma semel hança óbvi a com a t eoria dos
i
nstint osexpost aporFr eud,enãopar ecei mpr ovávelqueFr eudeLor enzf ossem
l
evadosapr opormodel ossemelhantescomor esul
tadodet erem t entadoexpli
car
compor tament ossemel hant
es.
Sej acomof or
,essemodel opsi co-hi
dráulicoestáhoj edesacr edi
tado.Deixou
deseradot adoporLor enzeporTi nbergen;e,demi nhapar te, esper oquechegueo
dia em que sej at ambém abandonado pel os psicanal istas.Poi s não só é
mecani cament erudiment ar
,comonãof azjusaosdadosexi stentes.Numer osos
trabal
hos exper imentais em anos recent es demonst raram que os padr ões de
compor tament ocessam por queforam “ amortecidos”ou“ desl igados”,nãopor que
tenham si do esvaziados de al guma ener gi a hipotética. Vár ios processos
psicol
ógi cospodem levaraesser esultado.Um del es,queaf et aocompor t
ament oa
l
ongopr azo,éahabi t
uação.Um out ro,queoaf etaacur topr azo,éi l
ustr
adopor
experi
ment osqueusam cãessubmet idosaesof agotomia.
Not
ader
odapé:
*
(1)
.IRM —mecani
smoi
nat
odedesencadeament
o.(
N.doT.
)
Not
ader
odapé:
*(
1).Na ver são original,useia expressão então corr
ente“ f
ase crít
ica do
desenvol
vimento”
.Est a,porém,t
em adesvantagem dei
mpl i
carqueaocorrênci
aou
nãodeum det erminadodesenvol vi
mentotem um caráterdetudo-ou-
nada,oque
estál
ongedeserocaso.Pori
sso,depoisf
oiadotadaaexpr essão“fasesensí
veldo
desenvol
viment
o”par
aindi
carque,durant
eessaf ase,ocursododesenvol vi
mento
em quest
ãonãoémaisdoqueespecialmentesensívelacondiçõesambientai
s.
32
homem;ef azissoindependentement
edet errecebidoali
ment oouconfortodo
objeto.Um outr
oexempl omui t
oconhecidoéodocor dei
roórfãocri
adonafazenda,
quecont raiumaf i
xaçãoem sereshumanosedei xa,daíem diant
e,deterr
elações
sociaiscom ovelhasecarnei
ros.
Final
mente,desejochamaraat ençãoparaadescober t
adeque,navi da
cotidi
ana comum do ani mal,surgem constantemente si
tuações de confl
it
o.
Acabar am ost emposem quesesupunhaquesóoHomem car regavaopesode
i
mpul sosconf li
tantes;sabemoshoj equeaveseani mai sdet odasasespéci es
também est ãosuj eit
osael es.Apr endemos,al ém disso,queodesf echodet ai
s
confli
tosvar iamui toe,porvezes,ét ãomaladapt ado,quant opodesê- l
onosser es
humanos.Nãoénecessár i
oconf rontarani maiscom t arefasi nsuper ávei spar aque
elesfaçam coi sasabsur das;umal igeir
adi st
raçãodamãemamí fera, poucodepoi s
de terdado à l uz,desl ocará o mecani smo sensi ti
vo que r egul a os i mpulsos
potencialment econf l
itantesde,porum l ado,comerassecundi nase,porout ro,
cuidardacr i
a,ei ssoleva- aacont inuarcomendodemodoquedevor aránãosóas
secundi nascomoopr ópriof i
lhote.Mui tomai sser áapr endido,cr eioeu,com o
estudodosmodoscomooconf l
itoér eguladoem ani mai seascondi çõesque
l
evam um i ndivíduoaadot arum ouout ropadr ãodesaj ustado.Ami nhaexpect ati
va
pessoalé de que,t ambém nesse aspect o,descobr iremos que exi stem fases
sensíveisdedesenvol viment o,cujor esultadodet erminaquemododer egul
ação
cadaani maladot aráhabi t
ualment edaíem di ante.Epar aessepr oblema— f ases
sensíveisnodesenvol viment odemodosder egularoconf l
it
o— queeugost ari
a
parti
cularment edeverdi ri
gidaapesqui sa;poi sestouconf i
anteem queasol ução
dessepr oblemanosf ornecer áumachavepar aacompr eensãodasor i
gensdas
neuroses.At éondemeédadosaber ,
aindanãof oidadaat ençãoai sso.
Apl
icaçãodeconcei
toset
ológi
cosàpesqui
sadodesenvol
viment
odacr
iança.
Not
ader
odapé:
*(
1).Veroest
udodeAmbr
ose(
1974)
.
35
difer ent es,east écni caseducaci onai secl ínicascom asquai sconcor damost erão
ênf asesdi ferent es.Exami nemosbr evement ecomoi ssoaf etar áapesqui sasobr eo
desenvol vi ment osoci alnospr i
mei r
osanosdevi da.
Seadot armos,sem r estri
ções,opont odevi stadat eor iadaapr endi zagem,
conceber emos o Homem como um ani malsem r espost as soci aisi nat as.
Est ar emos,ent ão,comoHeat hers( 1955)eGewi r
tz( 1956)r econhecem,di ant edo
probl emadeexpl i
carcomoéque,aosset eouoi tomesesdei dade,um bebê
desenvol veuumaf or tel igaçãoemoci onalcom suamãe.Gr andepar tedonosso
trabal ho exper iment al t erá por obj etivo,nesse caso,el uci dar como esse
desenvol vi ment o ocor reu at ravésdepr ocessosdeapr endi zagem baseadosna
sat i
sf açãodenecessi dadesf isi
ológi cas.
Se,porout rolado,adot amosum pont odevi staet ol ógico,pr oceder emosde
um modo mui to difer ent e.Em pr imei rol ugar ,est aremosat ent osanumer osos
padr õesdecompor tament oespecí ficosdaespéci eem bebês,comoosor riso,que
concor rem par aai nt eraçãocom amãe.( Doi squepodem serconsi deradosdesse
ti
poequeesper amosest udarnaTavi stocksãoochor oeat endênci adosbebês
par aest ender em osbr aços,oquepar ecesersempr ei nt erpret adopel osadul t
os
comoum desej odeserapanhadonocol o.)Tendoi dent i
ficadoessespadr ões,
tent ar emos anal isaros est ímulos det onador es e supr essor es a que el es são
sensí veis. Esper amos encont rar que esses est í
mul os sej am comument e
apr esent adospel amãeei remospr ocur á-losem coi sast aiscomoasuaapar ência,
ot om desuavozeapr essãodeseusbr aços.Al ém di sso,est ar emosat ent osàs
fasessensí veispel asquai sessasr espost aspodem passar( tant oquant oàsua
mat ur açãocomoquant oaseuscomponent esapr endidos) , aopr ocessomedi ant eo
qualasnumer osasr espost associ aissãoi ntegr adasnum t odomai scompl exo,às
situaçõesem queconf l
itam com r espost asi ncompat ívei s,comohost ili
dadeou
fuga,às si t
uações de est resse suscet í
vei s de acar ret ar sua desi ntegr ação
tempor ár i
aou,possi vel ment e,permanent e,aseusef eit
ossobr eocompor tament o
mat er no, etc.
Éevi dent equeset r
atadedoi spr ogr amasdepesqui samui todi ferent es.
Além desuaadequaçãoàsconcepçõesor iundasdaexper i
ênci apsi canal í
t i
cae
out ras exper iênci as cl íni cas,uma r azão pr i
ncipalpar a se pr ef eri
ro pr ogr ama
etológi coéqueel ej ápr ovouserf ecundonaanál i
sedodesenvol vi
ment oeda
i
nt er açãosoci alem out rasespéci es, aopassoqueat eoriadaapr endizagem, como
opr ópr i
oGewi rtzsubl i
nhou,f oidesenvol vidapar aexpl icarf enômenosquesão
relativament emai ssi mpl eseque,porconsegui nte,aindapr eci sademonst rarsua
per tinênci a.
38
Esperonãosernecessár ior
epeti
rque, aopref
eri
raabor dagem et
ológi
canão
est
ou descartando at eori
adaapr endizagem.Pelo contrár
io,paraseent ender
muit
os dos pr ocessos de mudança a que estão suj
eit
os os component es de
padr
ões insti
nt i
vos,a t eori
a da aprendizagem é indispensávele,por tanto,
complementardaet ol
ogia.
Analogament e,aobradePiaget(1937)também écompl ementardaetologi
a.
Mesmoqueest ejamoscer tosaoconsi der arque,nospr i
mei rosmesesdevi dado
bebê,osest í
mul osdet onador esesupr essor esdepadr õesdecompor tament o
socialsãodanat urezadesi mpl esGest alten,i st ologodei xadeserver dade.Jápor
voltadossei smesesdei dadeosest í
mul osmedi adoresdocompor t
ament osoci al
dobebêi ncluem compl exasi magensment ai s,aopassoquenosegundoanoel e
está desenvol vendo a capaci dade de pensament o si mból i
co que aument a
consi der avel ment e os est í
mul os que se r evest em de si gnificação soci al.Par a
compr eenderessa mudança,par ece pr ovávelque os concei tos de Pi agetse
most rem i ndispensávei s.Ent r
et anto,nãopr eci samossuporque,pel of atodeum
i
ndi víduot er-set ornadocapazdeut i
li
zarobj etosdeper cepçãoeconcei tosmai s
compl exos,el edei xenecessar iament edeseri nfl
uenci ado porest í
mul osmai s
primi tivos. Pel o cont r
ár io,não par ece i mpr ovávelque,à semel hança dos
chimpanzés, descr i
tos com t ant a compr eensão por Yer kes ( 1943: 35- 6),
cont inuemos sendo i nfluenci ados port ai s est í
mul os e que,em condi ções de
ansi edadeeest resse,sej amospar t
icularment esensí vei sael es.
Issonosl evaàr el açãoent r
eaet ol ogi aeapsi canál ise.Eevi denteque,na
medi daem queseocupadoHomem comoum ani malqueusasí mbol os, dot adode
extraor dinár i
ascapaci dadespar aapr endere,por t
ant o,par apr otelar,di stor cere
disfar çaraexpr essãoder espost asi nst i
nt i
vas,apsi canál iseest áexpl orandouma
regiãoadj acent eecompl ement ardaet ologi a.Cont udo, namedi daem queseocupa
das pr ópr ias respost as i nstint i
vas,par ece pr ovávelque as duas di sci pli
nas
coinci dam em mui t
os pont os.Nesse cont ext o,é i nt eressant er efleti
rsobr ea
convi cçãoexpr essaporFr eudhámai sde40anos( Freud,1915)deque,par auma
compr eensão mai s pr ofunda do i nst i
nto,a psi cologi a pr ecisari
a da aj uda da
biologi a.Em conseqüênci adodesenvol viment odaci ênci adaet ologia,quet em
suasr aízesmer gulhadasnabi ol ogia,acr edi tot erchegadoagor aomoment oem
queat eor i
apsi canal í
ticadoi nst i
ntopodeserr eformul ada.Nãoéest aaocasi ão
parat ent armosum t ãovast oepol êmi coempr eendi ment o.Ent retanto,seráevi dent e
quenoçõest ai
scomoasdenar ci
sismopr imár i
oedecont roledoi nstint ocomo
resul tadosexcl usivosdaapr endi zagem soci alnãomer ecerãomui t
aat enção,ao
passoqueasder elaçõeshumanaspr i
már ias, inevi t
abilidadedoconf l
ito
39
i
ntrapsíqui
co,defesascontraoconf l
it
oemodosder egulá-l
o,serãonoçõescent rais.
Um dos r esult
ados dessa reformulação poder á serum cor po t eóri
co mai s
parci
moni osoecoer ent
e.
O desenvolvimentodet odasessasl inhasdepensament opel apesqui sa
empíricaserátarefadeumager ação.Sei ssoser áempr eendidoounão, dependerá
de um cl i
ma de opi nião na psicologia brit
âni
ca que val orize todas essas
abordagens, r
econheça-ascomor eciprocamentecompl ement ar
ese, assim, l
eveos
est
udant es de graduação e pós- graduação a receber em instrução sobre os
pri
ncípiosqueasr egem.
Pós-
Escr
it
o.
Aabordagem def
endi
daf oiadotadacom notávelêxi
toporMarySal terAi
nswor th,
de quem numerosas publ
icações são i
ndi
cadas nas Ref
erências do presente
vol
ume,etambém porNicholasBlurt
onJones(1972).
Paraumaexposiçãoatuali
zadadosconceit
osedadosetológicosem relação
aohomem, verHi
nde(1974).
3.Ol
utonai
nfânci
aesuasi
mpl
icaçõespar
aapsi
qui
atr
ia*
(1)
.
Not
ader
odapé:
*(
1).Publicadoor
igi
nal
menteem Ameri
canJournalofPsychiat
ry(
1961)118:481-
98.Copyr ight
,1961,The Amer
ican Psychi
atr
ic Associ
ati
on.Rei
mpresso com
autor
ização.
41
i
nfecçãocr ônica, par adescobr iroagent e( ouagent es)i nf ecci osoqueest áat uando.
Émui tomai spr ovávelquecomececom um agent eespecí fico,t alvezobaci lode
Kochoual gum ví rusr ecém- i
dent ificado, af im deest udarospr ocessosf isiológi cos
efisiopat ológicosaqueel edáor igem.Assi mf azendo, elepoder ádescobr irmui tas
coisas que não são i mediatament er elevant es par a as condi ções pul monar es
i
nfecci osas cr ôni cas.Não só el e poder á eluci darcer tas i nf ecções agudas e
condi çõessubcl í
ni cas, maséquasecer toquedescobr irá( eescl arecerá)quai ssão
asi nfecçõesdeout r
osór gãos,al ém dospul mões,pr ovocadaspel oor gani smo
patogêni coqueescol heupar aest udo.Oi nvest igadordei xoudet ercomoi nter esse
centralapesqui sadeum det er mi nadosí ndr omecl ínico,passandoai nteressar -
se
mai spel asmúl tiplasseqüel asdeum agent epat ogêni coespecí fico.
Oagent epat ogênicoquenosi nteressaéaper dadaf igur amat ernadur ant eo
períodocompr eendi doent r
e,apr oxi madament e,sei smesesesei sanosdei dade.
Durant eospr i
mei r osmesesdevi da, obebêapr endeadi scr imi narumacer t
af i
gur a,
usual ment eamãe,edesenvol veum gr andepr azerem est arnasuacompanhi a.
Depoi s dos sei s meses de i dade,apr oximadament e,o bebê most ra suas
preferênci asdemodoi nconfundí vel( Schaf f
er,1958) .Dur ant easegundamet adedo
pri
mei ro ano de vi da,e a t otalidade do segundo e t er ceiro,a cr i
ança est á
i
ntimament el i
gadaàsuaf igur amat erna,oquesi gni ficaquef icacont ent ena
companhi a del a e af li
ta quando el a est á ausent e. Mesmo separ ações
moment âneasl evam f reqüentement eacr iançaapr ot est ar ;easmai sdemor adas
sempr e envol vem os mai s vi gor osos pr ot estos. Após o t erceir
o ano,o
compor tament odel i
gaçãoésusci tadoum poucomenospr ont ament edoqueant es,
embor aamudançasej aapenasdegr au* (1).Apar tirdopr imei roani versário,out ras
fi
gur as,comoopaiouumaavó,t ambém podem t or nar -sei mpor tantespar aa
cri
ança,demodoqueasual igaçãonãosel imi tamai saumaúni caf i
gur a.No
entant o,exi st
eusual menteumapr eferênci abem mar cadaporumadet ermi nada
pessoa.Àl uzdaf ilogenia,épr ovávelqueosví ncul osi nst intivosquel i
gam obebê
humanoaumaf igur amat ernasej am const ruídosdeacor docom omesmopadr ão
geralpresent eem out
rasespéci esmamíferas(Bowl by,1958;Rollman- Branch,1960;
HarloweZi mmer mann, 1959).
Amai ori
adascr iançasnãopassaporqual querdesintegraçãodessal i
gação
pri
már i
aem seuspr i
mei rosanosdevi da.Elasvi vem com suaf iguramat ernae,
duranteosper í
odosrelati
vament ebr
evesem queamãeest áausent e,sãocuidadas
poruma f igur
a secundár i
af amili
ar.Porout r
ol ado,uma mi nor i
a sofret ai
s
desint
egr ações.Amãepodeabandonarol aroumor rer
;acr i
ançapodeserdei xada
num hospi talouinsti
tuição;podesertransferi
dadeumaf iguramat er
napar auma
outra.
Not
ader
odapé:
*(1).Naver sãoor i
ginaldaconf er
ênciaquef or maest ecapítul
o,r
eferi
-meauma
mudançana“ f
orça”dal igação.Entretant
o,ficoupr ovadoqueéext remament e
enganadorconceberal igaçãocomoal goquevar i
adeacor docom suaf orça,ea
i
déi afoiabandonadaporpesqui sadoresesclar
eci dos.Com f r
eqüênci
a,éútilpensar
queal i
gaçãovar iasegundoumadi mensão“ segur ança-ansi
edade”.Verami nha
anál i
sedaquest ãonospar ágr
afosini
ciaisdoCapí tulo15deAt t
achmentandLoss
[LigaçãoePer da],
Vol.2.
43
Separ
açãodamãeel
utonai
nfânci
a.
Osdadosquenosi nt
eressam basi cament esãoasobser vaçõesdocompor tamento
decr i
ançassaudáveisdeumai dadedef i
nida,ouseja,nosegundoenot er
ceir
oano
dei dade,expostasaumasi tuaçãoi gualmentedef i
nida,asaber ,umaest adade
duraçãol i
mitadanumacr echer esidencialouenf ermariadehospi tal
,ondef oram
assisti
dasdamanei rat r
adicional.Isto signi
fi
caqueacr iançaf oireti
radados
cuidadosdesuaf i
guramat ernaedet odasasf igurassecundárias,assim comode
seuambi entefamili
ar,epassouasercui dadanum l ugarestranhoporumasér iede
pessoas desconhecidas. Out ros dados sur gi
ram de obser vações do
compor t
ament odacri
ançaem seul arnosmesessubseqüent esaoseur egresso,
e
dosdepoi mentosdeseuspai ssobr eesseperí
odo.Graçasaot rabalhodeJames
RobertsoneChr ist
ophHeinicke,dispomosagor adeum consi derávelacer vode
observações.Algumas delas j
áf oram publi
cadas (Rober
tson e Bowl by,1952;
Robertson,1953a,b;Bowlby,1953;Hei ni
cke,1956)
,masout r
asai ndaest ãopor
divul
gar*(1).
Not
ader
odapé:
*(
1).Verespecial
ment
eoest udorel
atadoporHeini
ckeeWest hei
mer(1966)
,do
qualal
gum dadoseconcl
usõessãopornósapr
esentadosnoCapít
ulo4.
44
Not
ader
odapé:
*(1).Em al
gunsart
igosanteri
ores,foiusadaapalavr
a“negação”paradesi
gnara
tercei
raf
ase.El
atem, cont
udo,muitasdesvant
agensefoiabandonada.
45
Ent r
etant o,quandoacr iançaest evef or aporum per íodosuper i
orasei smesesou
quandohouvesepar açõesr epet idas,demodoat ersi doal cançadoum est ágio
avançadodedesl igament o,háoper i
godequeacr iançaf iqueper manent ement e
desligadaenuncamai sr ecuper esuaaf eiçãopel ospai s* (
1).Or a,nai nterpr etação
dessesdadoseem seur el aci
onament ocom apsi copat ologi a, um concei to-chaveé
odel uto.Exi stem, def at o, boasr azõespar aacr edi tarqueaseqüênci ader espost as
descr it
a— pr ot
esto,desesper oedesl i
gament o— éumaseqüênci aque,numa
varianteouout ra,écar act er
ísticadet odasasf ormasdel uto.Apósumaper da
i
nesper ada,par ecehaversempr eumaf asedepr otest o,dur ant eaqualapessoa
quesof reuaper daseempenha,nar eal i
dadeouem pensament oesent iment o,em
recuper arapessoaper di da* (2)ear ecrimi naporsuadeser ção.Dur anteest af ase
dedesesper oeasegui nte,ossent iment ossãoambi val ent es,enquant oqueo
estadodeâni moeaaçãovar i
am ent reumaexpect ativai medi ata,expr essanuma
i
ntimação r aivosa par a que a pessoa r egr esse,at é um pr of undo desesper o,
expr essoem suspi roscont idos— ouat émesmoi nexpr imi do.Embor aaesper ança
e o desesper o al t
ernados possam cont inuarpormui t
ot empo,acabar á por
desenvol ver-
seum cer togr audedesl igament oemoci onaldapessoaper dida.Após
terpassadopel adesor gani zaçãodaf asedodesesper o,ocompor tament onest a
faseser eor ganizacom basenaausênci aper manent edapessoa.Embor aest e
quadr odol ut osadi onãosej ai nt eirament ef ami l
iaraospsi qui atras,aspr ovasde
suaver acidadepar ecem convi ncent es( Bowl by, 1961b) .
Seest epont odevi staécor reto,asr eaçõesdecr iançaspequenasaoser em
removi daspar aum hospi taloui nst i
tuiçãodevem sersi mpl esment econsi der adas
comovar i
ant esdepr ocessosbási cosdel uto.Par ecequeosmesmost iposde
respost asocor r
em,namesmaseqüênci a,i ndependent ement edai dade.Talcomo
osadul tos,bebêsecr iançaspequenasqueper der am umapessoaamadasent em
pesarepassam porper íodosdel uto( Bowl by,1960b) .Par ecehaverapenasduas
diferençasi nt er-
relacionadas.Uma, équenacr iançaaescal adet empoéabr evi ada,
embor amui tomenosdoque,porvezes,sepensava.Aout ra,queési gni ficat i
va
par aapsi quiat r
ia,équenai nfânci aospr ocessosquecul mi nam nodesl igament o
têm condi çõespar asedesenvol ver em pr emat urament e,t ant omai squecoi nci dem
(emascar am)com um f or teansei or esidualpel apessoaper didaer aivacont rael a;
estessent iment osper si stem, pront ospar amani fest ar-se, em ní veli nconsci ent e.
Not
ader
odapé:
Not
ader
odapé:
*(
1).Estáagor aclaroqueopr ocessodel utoem cr i
ançasnãonecessit
aadotarum
cursoquel eveàpat ol
ogia,sebem quet alaconteçacom bastant
ef r
eqüência.O
advérbi
o“ habitual
mente”usadonot exto,aquieem out rospontosdocapítulo,é,
portant
o,desorientador
.Ascondi çõesquei nf
luenciam odesf
echosãoexami nadas
porFurman( 1974)et r
atadasem det al
het ambém naPar teII
IdeAt t
achmentand
Loss,Vol.3.
47
emost r
armosdemodosuci nt
ocomoessesdadospar ecem conjugar
-se.Ent
retant
o,
comoat esegr avi
tatodaelaem tor
nodanat urezadospr ocessosqueent r
am em
ação no l ut
o e,especi al
mente,os que estão present
es na pr i
mei r
af ase,é
necessári
odi spensar
-lhesmaisat
enção.
Impul
sos par
ar ecuper
are par
arecr
imi
nara pessoa per
dida:seu papelna
psi
copat
ologi
a.
i
nfer
ior
eseprimatas— sugerequeessasrespost
ast
êm anti
gasraí
zesbiol
ógicas.
Embora não est
ejam regi
str
adas em toda a sua ext
ensão,as i
nformações
existent esmost ram, cont udo, quemui tas( senãot odas)ascar acterísticasdescr i
tas
par a ser es humanos — ansi edade e pr otesto,desesper o e desor gani zação,
desl i
gament oer eor ganização— t ambém sãoar egraem mui tasout rasespéci es
*(1).
Em segundol ugar,nãoédi fí
cilper ceberqueessasr espost asdevem t er
evol uído.Naexi st ênci apr imi t
ivaenat ur al,per derocont atocom ogr upof ami liar
i
medi at o éext r
emament eper igoso,sobr et udo par a osf i
lhot es.Por t anto,édo
i
nt eressedasegur ançai ndividualedar eproduçãodaespéci equeexi stam f or
tes
l
açosuni ndoosmembr osdeumaf amí li
aoudeumaf amí li
aext ensa;ei ssor equer
quet odaasepar ação,ai ndaquebr eve,sej ar espondi daporum esf or çoi medi ato,
aut omát icoevi gor osopar ar ecuper araf amí li
a,especi alment eomembr ocom
quem a l igação émai sf orte,epar a desencor aj aressemembr o a uma nova
separ ação.Por essa r azão,suger e-se que as det erminant es her dadas do
compor t
ament o( fr
eqüent ement equal if
icadasdei nsti
ntivas)evol uíram det almodo
queasr espostaspadr onizadasà per da depessoasamadassão sempr e,em
primei rol ugar,impul sospar ar eavê- l
ase,depoi s,par ar ecrimi ná-las.Ent retant o,se
osi mpul sospar ar ecuper arer ecriminarsãor espost asaut omát i
casi ner ent esao
organi smo,concl ui -sequeel asent rarãoem açãocomor espost aat odaequal quer
per da,sem di scrimi narent reaquel asquesãor eal ment er ecuper ávei seaquel as,
estat i
st i
cament er ar as,quenãoosão.Éumahi pótesedesset ipo,cr ei oeu,que
expl i
caporqueumapessoaquesof reuumaper daexper iment acomument eum
i
mpul so i r
resi
stívelpar ar eavera pessoa,mesmo sabendo que a t ent ativa é
i
nf rutífera,e par ar ecriminá- l
a port erpar t
ido,mesmo quando sabe que a
recr i
mi naçãoéi rraci onal.
Logo,set ant ooesf orçoi nútilpar ar ecuper arapessoaper didacomoas
recr i
mi naçõesf uriosascont raelaport erdeser tadonãosãosi naisdepat ologia,
poder -se- áper gunt ar :então,dequemodosedi stingueol ut opat ol ógi codol ut o
saudável ? O exame dos el ement os de demonst r
ação suger e que uma das
principai s caract eríst i
cas do l uto pat ológico é a i ncapaci dade par a expr essar
aber tament eessesi mpul sospar areaverer ecrimi narapessoaper dida, com t odaa
saudadedodeser toret odaar aivacont r ael equeessesi mpul sosi mpl icam.
Not
ader
odapé:
*(
1) .Asdemonst r
açõesf oram r
eexaminadasporBowl by(1961b)ePol l
ock( 1961).
Paradarum exempl oci tadoporPol l
ock:um chimpanzéquet i
nhaper didosua
companhei r
af ezrepeti
dosesf orçosparar eani
má-la.Guinchour ai
vosament ee,
algumasvezes,expr essousuacól eraarr
ancandot ufosdepêl odesuapr ópri
a
cabeça.Depois,houvechor oeluto.Com otempo,fi
coumai sint
imamenteligadoao
seut r
atadoremost r
ava-semaisirrit
adodoqueantesquandoot r
atadori
aembor a.
49
Em vezdesuaexpr essãoaber t
aque, apesardesert empestuosaeest ér
il
,levaaum
resultadosaudável,osi mpulsosder ecuperaçãoer ecri
mi nação,com t
odaasua
ambi valência de sent iment
os,ci ndem- se e são r epri
mi dos.Daíem di ante,
continuam comosi st emasat i
vosnaper sonali
dademas,i ncapazesdeencont r
ar
uma expr essão di
r eta e manifesta,passam a i nfl
uenciaros sentimentos e o
compor t
ament odeum modoest ranhoedi storci
do.Daíasnumer osasformasde
perturbaçãodecar át eredoençaneur ót i
ca.
Dareium breveexempl oilustrati
vodeumadessasf or
mas,extr
aídodeum
casor el atadoporHel eneDeut sch( 1937) .Quandovei opar aumaanál ise,esse
homem,com t rinta e poucos anos,não apr esent ava di fi
culdades neur óticas
apar ent es.Oquadr ocl ínico, ent ret anto, eradeum car áteri nexpr essi voecar entede
afet i
vidade.Hel eneDeut sch descr evecomo o paci ent e“ most rou um compl eto
bloquei odeemoçõesesent i
ment os,sem omenori nsi ght...Nãot inhar el
ações
amor osas,nem ami gos,nem i nter esser ealporqual quercoi sa.Em t odosost ipos
deexper iênciasmost ravaamesmar eaçãoapagadaeapát i
ca.Nãohavi aempenho
nem desapont ament o...Não havi ar eações de pesarpel a mor t
e de pessoas
próxi mas,nem sent iment os i nami stosos ou i mpul sos agr essi vos” .Como se
desenvol veu essa per sonal idade est érile mut il
ada?À l uzde uma hi pótese a
respei todol utonai nf ânci a,ahi st óri
a,em conj unt ocom omat er i
alpr oveni enteda
anál i
se, pudemosconst r
ui rumaexpl i
caçãopl ausí vel.
Pr i
meiro,ahi stór ia:Quandoopaci entet i
nhaci ncoanosdei dade,suamãe
falecer a,edi sser am queel et inhar eagi doaessaper dasem qual queremoção( 3).
Daípordi ant
e,além di sso,el enãot i
nhaconser vadol embr ançadenenhum event o
ant eri
oràmor tedamãe.Segundo,omat eri
alpr oveni ent edaanál ise:O paci ente
descr eveucomo, dur ant eosúl ti
mosanosdesuai nf
ânci a, cost umavadei xaraber t
a
apor tadeseuquar to,“ naesper ançadequeum gr andecãoseapr oxi massedel e,
fossemui tocari
nhosocom el eesat isfizesset odososseusdesej os” .Associ adaa
essaf ant asiaest avaumaví vidar ecor daçãodai nf ânciadeumacadel aquedei xara
suascr iassozi nhasedesampar adas, aomor rerpoucodepoi sdedaràl uz.Embor a
nessa f antasia a saudade ocul ta da mãe que el e per deu par eça pl enament e
evident e,el enãoaexpr essademodosi mpl esedi r
et o.Pel ocont rár i
o,t odasas
recor daçõesdesuamãet inham desapar ecidodaconsci ênciae, namedi daem que
podi am serper cebi dos, osaf etosconsci entesem r elaçãoael aer am host is.
Par aexplicarocur sodedesenvol viment onest ecaso,ahi pót esequeest ou
apr esent ando( equenãoémui todi fer entedadeHel eneDeut sch)éque,apósa
mor t
edamãe,em l ugardehaverumaexpr essãopl enadoi mpul sopar ar ecuper ar
suamãeedar aivapel adeser çãodel a,ol utodopaci ent et i
nha- sedesl ocado
precipi tadament epar aumasi t
uaçãodedesl igament o.
Not
ader
odapé:
*(1)
.Naver sãoor i
ginaldestecapítulo(eem al gunslugaresdosdoi santeri
or es),
seguiat r
adiçãopsicanal í
ti
cader ef
erênciaa“relaçõesobjetai
s”,
“oobjetoamado”e
“oobj etoper di
do”.Abandoneiesseusopoucot empodepoi s.Nãosóel edecorrede
um par adigmat eóri
coquemesmoem 1961euj ánãomai ssustentava,como
consider oser i
amenteer rôneomenci onarumaout rapessoacomoum obj et
o,poi s
i
mpl icaar elaçãocom al goinert
eenãocom out roserhumanoquedesempenhaum
papeli gualout al
vezdomi nant
enadet erminaçãodecomoar el
açãosedesenvol ve.
Portant o,ao voltaragor aapubl i
caro quef oiaconf erênciaori
ginal,al
tereia
redação epasseiamenci onarsempr euma“ pessoaamada”ou uma“ pessoa
perdida” ,
em vezde“ obj
etoamado”ou“ objet
oper dido”
.
50
Assimf azendo,asaudadeear ai
vat i
nham-
set r
ancadonoí nti
modopaci ente,
potenci
almenteati
vomasf echadopar aomundo,esóor emanescent
edesua
personal
idade ti
nha f i
cado livre para desenvol
viment
o subseqüente. Por
conseguint
e,elecresceugravementeempobr eci
do.Seestahi pót
eseéválida,a
tar
efadot r
atament
oconsisteem ajudaropaci
entearecuper
arsuasaudadelatent
e
damãequeper deuesuar aival at enteporel aot erabandonado;em out r
aspal avr as,
ar egressaràpr i
mei raf asedol ut ocom t odaasuaambi valênci adesent iment oe
que,naépocadaper da,t i
nhasi doomi tidaoucont ornada.Aexper iênciademui tos
anal i
stas,bem i l
ust radanum ar tigodeRoot( 1957) ,sugereque,def ato,sóassi m
umat alpessoapodevol tarat erumavi dadesent iment oeligação.
Essahi póteseéf ortement econf irmadapornossasobser vaçõesdecr ianças
separ adasdesuasmãesequenãor ecebem vi si
tas,especialment eporaqui l
oque
sabemossobr eosest ági osi ni ciaisdodesl i
gament oqueseseguem aopr otestoe
desesper o.Quandoumacr iançasepar adai ngr essanaf asededesl igament o,ela
parece j á não se pr eocupar com sua mãe ausent e e t er -
se adapt ado
satisfat oriament eaoseunovoambi ente.Quandoamãer eapar ecepar al evá-lade
voltapar acasa,em vezder ecebê- l
aef usivament eedeseagar rarael a,acr iança
mant ém- sedi stant eei ndifer ent e;éumasi t
uaçãoqueamai oriadasmãesacha
depr i
ment eei ncompr eensí vel .Cont udo,seasepar açãonãodur out empodemai s,
essasi tuaçãoér ever sível,eoi nt eresseespeci alest ánaquiloqueacont eceapósa
reversão.
Al gumashor asoual gunsdi asdepoi sdeest ardenovocom suamãe,o
compor tament odedesl i
gament oésubst i
tuídonãosóport odaaant i
gal igação
mast ambém porumal igaçãomui tomai si ntensa.I ssomost r
aque,dur ant eo
períododedesl i
gament o, osl açosquevi nculam acr iançaàmãenãosedi ssi
par am
porcompl et
o,como f oisuger i
do porAnna Fr eud ( 1960)* (1),nem houveum
simpl esesqueci ment o.Pel ocont rário,osdadosmost ram que,dur anteaf asede
desligament o,asr espost asquel igam acr i
ançaàmãeeal evam aempenhar -
se
parar eavê- l
a est ão suj eitas a um pr ocesso def ensivo.São de al gum modo,
removi dasdaconsci ênci a, masper manecem l at entesepr ontasaser em r eati
vadas,
com el evadai ntensi dade, quandoasci rcunstânci asmudam * (2).
Not
ader
odapé:
* (
1).Numapublicaçãoant er
ior(Bur
li
ngham eFr eud,1942),
entretant
o,AnnaFr eud
adotouum pontodevistasemel hant
eaoadot adoaqui.
*(2)
.A mudançadeci r
cunstânciarequeri
davar iacom oest ágiopar aoqualo
desli
gamento progredi
u.Quando a cr iança ainda está nas fases ini
ciai
s,a
renovaçãodali
gaçãoseguel ogoánovauni ãocom amãe;quandoacr iançaati
ngiu
um estági
oavançado, t
alvezsejanecessári
oum tratamentopsicanalí
ti
co.
51
Ist
osi gnifi
caque, em bebêsecr i
ançaspequenas, aexperi
ênciadesepar açãoi nici
a
habitualment eprocessosdef ensi vosquel evam àsaudadedapessoaper didaea
recri
mi naçõespel adeser ção,t ornando-seunseout rosinconscientes.Em out ras
palavras,na i nfânci
aoi ndivíduo r eage à perda com processos de l uto que
habitualment e*(1)enver edam porum cami nhoque,nosadul tos,éconsi der ado
patológico.
Aquest ãoquesur geagor aésaberseospr ocessosdefensivosquesãot ão
i
mpr essionant esapósumaper danai nfânciasãodenat urezadi f
er entedoque
ocorre no l uto saudávelou se el es t ambém ocor rem no luto saudável ,mas
apresent andoalgumadi ferençadef or maoudet iming.Asevidênciassuger em que,
def ato,el esocor r
em ( Bowl by,1961b)masque,no pr ocesso saudável ,o seu
desencadeament o épr otelado.Porconsegui nt
e,osi mpul
sospar ar ecuper ara
pessoaper didaepar arecr i
mi ná-latêm t emposufici
enteparaseexpr essar em,de
modoque,at ravésdar epet i
daomi ssão,el essãogr adual menteabandonadosou,
em t ermosdat eor i
adaapr endizagem, ext i
ntos.Oquepar eceacont ecernai nfância
(e no l ut o pat ol
ógi co de anos ul teri
or es),porout rolado,é a acel eração do
desenvol viment odepr ocessosdef ensi vos.Comor esul t
adodi sso,osi mpul sosde
recuper ação er ecrimi nação não t em umaopor tuni dadedeext inguir-
see,pel o
cont rár
io, persi stem, com sér iasconseqüênci as.
Vol t
emosaapl icar ,em poucaspal avras,essasi déi
asaopaci entedeHel ene
Deut sch.Apósamor tedesuamãe,quandoel et i
nhaci ncoanos,segundopar ece,
saudadeer aivadesapar ecer am doeuconsci entedopaci ente.Contudo,af antasia
davi sit
adocãomost raque, nãoobst ante,ambosossent iment ospersi
st em aní vel
i
nconsci ente.I st oeaspr ovasor iundasdeout roscasosevi denci
am que,embor a
i
mobi li
zados,t ant ooseuamorquant oasuar aivaper manecer am dir
igidospar aa
recuper açãodamãemor ta.Assi m, bl oqueadosaser viçodeumacausai rreal i
zável,
esses sent iment os acabar am por se per der par a uma per sonal i
dade em
desenvol viment o.Com aper dadamãet ambém seper der aavi daemoci onale
sent i
ment aldopaci ente* (2).
Doi st ermost écni coscomunssãousadospar adesi gnarospr ocessosem
ação:f ixaçãoer epr essão.I nconsci ent ement e,acr iançaper manecef ixadaàmãe
queper deu:seusi mpul sospar areavê- l
aer ecr iminá-la,easemoçõesambi valentes
ael esligados, sof reram r epr essão.
Um out ropr ocessodef ensivo,est reit
ament er elacionadocom ar epressãoe
alt
er nativopar aest a,também podeocor rerem conseqüênci adaper da.Tr ata-seda
“divisãodoego”( Freud, 1938) .
Not
ader
odapé:
*(
1).Sabe-
sehoj
emui
tomai
ssobr
eascondi
çõesr
elevant
es;verasnot
as4e5
aci
ma.
53
Duast
radi
çõesnat
eor
izaçãopsi
canal
í
tica.
Not
ader
odapé:
*(
1).Verespeci
alment
eosl
ivr
osdePar
kes(
1972)
,eGl
ick,
Wei
ssePar
kes(
1974)
.
54
Not
ader
odapé:
*(1)
.NocasodePeggy,hárazõesparacrerqueaseparaçãoaost r
êsanosemei o
foiapenasaculmi
naçãodeumasériededistúr
biosem seurelaci
onamentocom a
mãe,descrit
a como uma mulherdominadora que di
sci
pli
nava a cr
iança com
severi
dade.
55
Ambospr eferiram usarconcei tost aiscomo“ desapont ament o”e“ desilusão” ,que
par ecem t erum si gni f
icadodi fer ente.
Mui tosout rosanal istas,embor aat entosem mai oroumenorgr aupar ao
papelpat ogêni codessesevent osnai nf ânci a,tampoucoi dent ifi
cam ar espost ada
criançaàper dacom ol ut
o.Um dessesaut oreséFai rbai rn( 1952) .Um segundoé
Stengelque,em seusest udossobr eodevanei ocompul sivo( 1939,1941,1943) ,
chamaespeci alat ençãopar aoi mpul soder ecuper açãodoobj etoper dido.Um
terceiroaut orsoueumesmo,em meuspr imei r
osest udos( Bowl by,1944,1951) .
Out rossãoAnnaFr eud( 1960)eRenéSpi t
z( 1946) ;aocont est arem anoçãodeque
bebêsecr iançaspequenassent em pesar ,rejeit
am como umapossi bili
dadea
hipót esedequeodesenvol vi
ment odocar áterneur óticoepsi cóticosej a,porvezes,
or esul t
adodeum sent iment odel utonai nfânciat erenver edadoporum cami nho
pat ológico.
Umar azãopr i
ncipalpel aqualar espost adacr iançaàper danãoét ão
freqüent ement ei dentifi
cada com o l uto par eceseruma t radição quel imitao
concei tode“ lut o”apr ocessosquet êm um desf echosaudável .Embor aesseuso,
comoqual querout ro,sejalegítimo, tem umasér i
adesvant agem:l ogicament e, t
oma
-sei mpossí veldi scut i
rquaisquervar i
ant esdol utoquepossam par ecerpat ológi cas.
Asdi fi
cul dadesaqueesseusodáor igem est ãoi lust r
adasnoar tigode
Hel eneDeut sch,“ AbsenceofGr ief”[ Ausênci adePesar ]( 1937) ,jáci tado.Em suas
consi derações,vemosqueaaut or ar econhececom vi gorol ugarcent ralquea
per dadapessoaamadanai nf ânci aocupanapr oduçãodesi ntomasededesvi os
decar áter,assi m comodeum mecani smodedef esaque,em conseqüênci ada
per da,poder ár edundarem ausênci adeemoçãoesent i
ment o.Cont udo,embor aa
aut orar elacioneessemecani smoaol ut o,el eér epr esent adomai scomouma
alternativadoquecomoumavar iant epat ológicadol ut o.Sebem que,àpr i
mei r
a
vista,essadi st inçãopossapar ecermer ament edet ermi nol ogi a,seusi gnificadoé
mai spr of undo;com ef eit
o,consi der aropr ocessodef ensi voquer esul tadeuma
per danai nfânci acomoumaal ternat ivadol utosi gni fi
caomi tiraquel espr ocessos
def ensivosdeespéci essemel hant esmasdemenorgr auei níciomai st ardioque
também par t
icipam dol ut
osaudável ,eesquecert ambém queoqueépat ológico
nãosãot ant oospr ópriospr ocessosdef ensivosmas, sobr et udo, asuai ntensi dade
eoseui níciopr emat uro.
Domesmomodo,embor aFr eudest ivesse,porumapar t
e,pr ofundament e
i
nt eressado no papelpat ogêni co do l ut o e,porout ra,especi alment eem seus
últimos anos,t ambém t i
vesse consci ência do papelpat ogêni co da per da na
i
nfânci
a,el
enuncaapont
ouol
utoi
nfant
ilesua
56
últi
masdécadasquemost r
am queai ncidênci
adeper dasnai nfância,nasvi dasde
pacient es que sof r
em de doença psi qui
átri
ca e de desvi os de car áter,é
significativament e mai s elevada do que na popul ação ger al
.[ Como os dados
estatísticosat é1967sãoapr esentadosnopr óximocapítulo,osqueconst avam da
versão or i
ginaldest ef oram omi tidos.Par te dos coment ários,ent retanto,f oi
mant i
da. ]
Noent anto,dadaai mpor t
ânciaqueosdadosest atí
sticost êm par aami nha
argument ação,é possí velque sur j
am al gumas dúvi das.Em pr i
mei r
ol ugar,
devemosest arat entospar aaf al
áciaposthocer gopropterhoc.Em segundol ugar,
mesmoqueest ejamoscer t
osaoaf irmaraexi st
ênciadeumar el
açãocausalent rea
perdapr emat uraeadoençasubseqüent e,não seseguequeel asej asempr e
medi adapel ospr ocessospat ológicosant eri
ormentedescr itos.Def ato,exi st
em
duasout rasespéci esdepr ocessosque,em al gunscasos,quasecer t ament edão
origem àpat ologia.Umadel asconsi stenopr ocessodei dentifi
caçãocom ospai s,o
qualépar t
ei ntegrantedodesenvol viment osaudávelmasl eva,freqüent ement e,à
difi
cul dadeapósamor tedeum del es* (1).Aout r
aespécieéevocadapel omembr o
sobr evivent edocasal ,viúvoouvi úva,cuj aat i
tudeparacom acr i
ançapoder á
mudaret omar -
sepat ogênica.
Há uma out r
a dificuldade que a hi pótese deve enf rentar.Embor a seja
verdadequeháumai ncidênciamai ordemor tedepai snai nf ânciadei ndivíduos
que,mai st arde,sãopr opensosadesenvol vercer t
ost i
posdeper sonali
dadee
certasf ormasdedoença, ai ncidênci
aabsol utaé, noent anto,bai xa.Per guntar-se-á:
comoexpl icarosout r
oscasos?Exi stemaisdeumaexpl i
caçãopossí vel.
Em pr i
meirolugar,af i
m debasearami nhat eseem pr ovassól idas,restri
ngi
deliberadament eamai orpar tedadi scussãoài ncidênciadamor tedeum dospai s.
Quandosãoi ncluí
dasout r
ascausasdeper dadospai snospr imei rosanos,a
percent agem de casos af etados aument a consi deravelment e.Al ém di sso,em
mui tosdoscasosem quenãohouvenenhum epi sódi odesepar açãor ealnoespaço
entreacr i
ançaeum dospai s,exist
em freqüent ement epr ovasdequehouve,não
obst ante,separaçãodeout rotipoemai soumenosgr ave.Rej eição, per dadeamor
(tal
vezcom achegadadeum novobebêouem vi rtudededepr essãodamãe) ,perda
deaf ei
çãodeum dospai spel oout r
oesi tuaçõessemel hant es,têm t odascomo
fatorcomum aper dapelacr i
ançadeum ent eaquem amaeaquem est áligada.Se
oconcei t
odeper daforampl iadoparacobr i
raper dadeamor ,essescasosdei xarão
deconst i
tuirexceções.
Not
ader
odapé:
*(
1).Dist
úrbiospsi
qui
átri
coscm queai dent
if
icaçãocom opai(oumãe)quese
perdeudesempenhaum papelsi
gnif
icat
ivovêm sendoest
udadoshámuit
ot empo
poranali
stas.Sãopart
icular
ment
ecl ar
osnasr eaçõesdeaniver
sár
io(
Hilgar
de
Newman, 1959).
59
Concl
usão.
contr i
buam par ao desenvol vimento daper sonali
dadeper turbadaedadoença
psiquiátrica.Um exempl oéacr iançaest arexpost aaumaouout radasvár i
as
espéci esdeat i
tudepar ent
alquehámui tosãoobj etodepr eocupaçãoeesf or
ço
terapêut i
conascl ínicaspsiquiát
ri
casi nfanti
s.Paracadaumadel as,atarefade
pesqui sa consiste,pr imeir
o,em def i
niro event o ou a seqüência de eventos;
segundo,em l ocalizarumaamost radecasosem queoevent oouaseqüênci ade
event osest áocor rendo,demodoqueosseusef eitossobreodesenvol vi
mento
psicológicopossam serest udados;e,f i
nalmente,rel
acionarospr ocessosquese
apur ou ser em desencadeados port alevent o ou eventos com os pr ocessos
present esem paci entescom doençadecl ar
ada.Asconseqüênci asdet alampli
ação
dosl imitesdapesqui sasãodomai oralcance.
4.Ef
eit
ossobr
eocompor
tament
odor
ompi
ment
odeum ví
ncul
oaf
eti
vo*
(1)
.
Dur antevári
osanos,aEugeni csSoci
etyorganizousi
mpósi
ossobr eainter
açãode
fatoresgenéticoseambi entaisnodesenvolvi
mentohumano.O quar t
osimpósi o,
realizadoem Londresnoout onode1967,ocupou-sede“Inf
luênciasGenéti
case
Ambi ent
aisSobreoCompor tamento”
.Oest udoqueseseguef oiumacontri
buição
paraosi mpósi o,
efoipubl
icadonoanosegui nt
e.
Not
ader
odapé:
*
(1)
.Publ
icado or
igi
nal
ment
eem Thoday,J.M.ePar
ker
,A.S.(
orgs.
)(1968)
,
Genet
icandEnvironment alI
nfl
uencesonBehavi
our.Edi
mbur
go:Ol
iver& Boyd.
Rei
mpressocom autor
izaçãodeTheEugeni
csSoci
ety.
63
Ospsi canali
stas,pel
ocont rário,hámui t
or econheceram ai mpor tânci
aimensados
vínculosafeti
vosnasvi dasepr obl
emasdeseuspaci entes,masdemor aram para
desenvolveruma est r
utura cientí
fica adequada,dent ro da quala f or mação,
manut ençãoer ompiment odet ai
sví nculospossam serent endidos.Al acunaf oi
preenchidapel osetologist
as,começandocom oest udocl ássi codeLor enz,The
Compani oni ntheBir d’
sWor l
d( 1935) ,prosseguindocom i númer osexper i
mentos
sobrei mpri
nting(Bateson,1966;Sl uckin,1964)at éaosest udosdocompor tamento
del i
gaçãoem pr imatasnão- humanos( HindeeSpencer -
Boot h,1967;Sade, 1965),e
i
nspi r
andoospsi cól
ogosar eali
zarem est udossemel hantescom ser eshumanos
(Ainsworth,1967;Schaf f
ereEmer son, 1964).
Pr
eval
eci
ment
odavi
ncul
ação.
veri
fica- se que essas expl icações são i nsuf ici
entes.At ual ment e,há pr ovas
abundant esdeque,nãosóent reasavesmast ambém ent reosmamí feros,os
fi
lhosl igam- seaobj etosmat ernosapesardenãoser em aliment adosporessaf onte
(Harlow eHar low,1965;Cai r
ns,1966) ,edequeosví ncul
osaf etivosent r
eadul tos
nãosão, demodoal gum, necessar iament eacompanhadosporr elaçõessexuai s;ao
passo que, i nver sament e, r el
ações sexuai s ocor rem, com f r
eqüênci a,
i
ndependent ement edequai squerví ncul osaf eti
vosper sist
entes.
O quesesabehoj eacer cadaont ogeni adosví nculosaf etivossuger eque
estessedesenvol vem por queacr iatur anascecom umaf ortei ncl i
naçãopar ase
aproximardecer tascl assesdeest ímul os,notadament eosquel hesãof ami l
iares,e
para evi t
arout ras cl asses de est í
mul os — os est ranhos.Quant oàf unção,a
obser vaçãodeani mai sem seuhabi tatnat uralsuger eniti
dament equeaf unção
biol
ógi cadequaset oda,senãodet odaavi nculaçãoent r
ei ndi víduosdamesma
espéci eéapr oteçãocont r
apr edador es— umaf unçãot ãoi mpor t
antequant oa
nutri
ção ou a r epr odução par a a sobr evivência de uma popul ação,mas que
geralment etem si domenospr ezadapori nvestigadoresconf i
nadosent reasquat ro
paredesdeum l abor atóri
oepr eocupadosapenascom ohomem quevi veem
sociedadeseconomi cament edesenvol vidas.
Sej am essashi pótesescor r
obor adasounãoporpesqui sassubseqüent es,a
capacidade de um i ndivíduo para est abel ecerví nculos af eti
vos de um t i
po
adequadoacadaf asedoci cl
ovit
aldesuaespéci eeaoseupr ópri
osexoconst it
ui,
obviament e,umacapaci dadet ãotípicadei ndivíduosdaespéci emamí feraquanto
ascapaci dades,porexempl o,dever,ouvir,comeredi gerir.Eémui t
opr ovávelque
umacapaci dadedevi nculaçãotenhaum val ordesobr evi
vênci aparaumaespéci e,
tãograndequant oqual querdessasout rascapaci dadesest udadasdesdel onga
data.Ecompr ovadament epr odut
ivoconsi derarmui tosdi stúrbiospsiconeuróti
cos
eda per sonalidadenosser eshumanoscomo um r eflexo deum di stúr
bio da
capacidade par a estabelecervíncul os af eti
vos,em vi r t
ude de uma f alha no
desenvolvimentonai nfânciaoudeum t ranst ornosubseqüent e.
Rompi
ment
odeví
ncul
osedoençapsi
qui
átr
ica.
Aquel
esquepadecem dedi st
úrbi
ospsiquiátr
icos— psiconeuróti
cos,soci
opát
icos
oupsicót
icos— manifest
am sempr edeteri
oraçãodacapaci dadepar aest
abel
ecer
ou mantervíncul
osaf et
ivos,umadet eri
oração que,com f reqüênci
aégr avee
dur
adoura.Embora,em al
gunscasos,
66
Not
ader
odapé:
*(1)
.Também exist
em vali
ososest
udossobreareaçãodeadult
osàmortedeum
entequeri
doeasr elaçõesent
reasreaçõesdeperdaeadoençamental(Par
kes,
1965).Numaexposiçãosucint
acomoest aéimpossí
veli
ncl
uirumadi
scussãode
todosessesdados.
67
Not
ader
odapé:
*(
1) .Emboraqual
quergrupodesui
cidasedei ndi
víduosquetent
aram osuicí
dio
contenhaalgunssoci
opataseal
gunsdepressi
vos,amai or
iaseráprovavel
mente
diagnost
icadacomosofrendodeneuroseoudi st
úr bi
odepersonali
dade(Greer
,
GunneKol
ler
,1966)econst
it
ui,
por
tant
o,um gr
upopsi
qui
átr
icobast
ant
edi
sti
nto.
68
Quadro1.I
ncidênci
adeperdaouausênci
acontí
nuadeum oudeambosospai
s
nat
urai
sdurantepel
omenos12mesesantesdecompl
etar15anos.
I
dadedaper da:0-4anos.
Pacientesnão-psiquiát
ri
cos%:9.
Pacientespsiquiátr
icosnão-
suici
das%:9.
I
ndivíduosquet entaram osui
cídi
o%:26.
I
dadedaper da:5-9anos.
Pacientesnão-psiquiát
ri
cos%:12.
Pacientespsiquiátr
icosnão-
suici
das%:10.
I
ndivíduosquet entaram osui
cídi
o%:11.
I
dadedaper da:10-14anos.
Pacientesnão-psiquiát
ri
cos%:7.
Pacientespsiquiátr
icosnão-
suici
das%:7.
I
ndivíduosquet entaram osui
cídi
o%:11.
I
dadedaper da:duvidoso.
Pacientesnão-psiquiát
ri
cos%:0.
Pacientespsiquiátr
icosnão-
suici
das%:2.
I
ndivíduosquet entaram osui
cídi
o%:1.
I
dadedaper da:0-14anos.
Pacientesnão-psiquiát
ri
cos%:28.
Pacientespsiquiátr
icosnão-
suici
das%:28.
I
ndivíduosquet entaram osui
cídi
o%:49.
I
dadedaper da:N.
Pacientesnão-psiquiát
ri
cos%:156.
Pacientespsiquiátr
icosnão-
suici
das%:156.
I
ndivíduosquet entaram osui
cídi
o%:156.
Not
ader
odapé:
*(
1).Vert
ambém um est
udo subseqüent
edasr elaçõesent
rea or
fandadena
i
nfânci
aeasi
déi
asdesui
cídi
o,deautor
iadeAdam (
1973) .
69
Not
ader
odapé:
*(1).Dadosest at í
st i
cosar espeito dai ncidênci adeper dadospai sdur ant ea
i
nf ância em adul t
os depr imi dos têm si do f reqüent ement e cont raditóri
os,e eu
simpl i
fiqueia ver são or iginaldest e par ágraf oaf im de har moni zá-lo com o
pensament oat ual .
O est udo mai sr ecent eeabr angentedo pr oblema ( embor a conf inado a
mul heres)éodeGeor geBr owneTi rrilHar r
is( 1978) .Elesconcl uem queaper dana
i
nf ânciacont r
ibui,det rêsmanei rasdi sti
ntas, par aadepr essãocl íni
ca.Em pr imei ro
l
ugar ,
asmul heresqueper deram amãepormor teousepar ação, antesdos11anos
de idade,são mai s propensas a r eagirà per da,ameaça de per da e out ras
difi
culdadesecr i
sesnavi daadul tamedi anteodesenvol viment odeum di st úrbio
depr essivodoqueasmul her esquenãoexper iment arem essaper danai nf ância.
Em segundol ugar ,seumamul hersof reuumaoumai sper dasdemembr osda
famí l
iapormor teousepar açãoant esdos17anosdei dade,qual querdepr essão
quesedesenvol vasubseqüent ement eésuscet íveldesermai sgr avedoquenuma
mul herque não t enha sof rido perdas desse t i
po.Em t erceir
ol ugar,a f orma
assumi dapel aper danai nfânci aafetaaf ormadequal querdoençadepr essivaque
possa desenvol ver-se mai st arde.Quando a per da na i nfânciaf oidevi da à
separ ação,épr ovávelquequal querdoençaquesej asubseqüent ement econt raí
da
most r
e car acterísticas de depr essão neur ót i
ca,com si ntomas de ansi edade.
Quando a per da se deve a mor te,qual quer doença que se desenvol va
subseqüent ement epoder áapr esentarcar acter í
st i
casdedepr essãopsi cóti
ca,com
mui toretardament o.
BrowneHar ri
st ambém chamam aat ençãopar aal gunsdospr obl emas,
antes não r econheci dos,de obt enção de númer os vál i
dos quando se f azem
compar açõesent reum gr upodepaci entespsi qui átri
coseum gr upodecont r
ol e.
70
Ef
eit
osacur
topr
azodeví
ncul
osdesf
eit
os.
Quandoumacr iançapequenasevêent r
eest ranhosesem suasf i
gurasparentais
fami l
iares,ela não só se most r
ai nt
ensament e afl
it
a no moment o,mas suas
relações subseqüent es com os pai s f i
cam compr ometidas, pelo menos
tempor ar
iamente.Ocompor tamentoobser vadoem cr i
ançasdedoi sanosdei dade,
dur anteeapósumabr eveest adanumacr echer esi
denci
al,éoobj etodeum
sistemát i
coest udodescr i
ti
voeest atí
sti
coempr eendidonaTavistockporHei nicke
eWest heimer(1966).Apar tedor el
atóri
opar aaqualchamoaat ençãoéaquel aem
queel escompar am ocompor t
ament o,em r elaçãoàmãe,dedezcr i
ançasque
ti
nham est adonacr echeeagor avol t
aram par acasa,com odeum gr upode
cont rol
ef or
madopordezcr i
ançasqueper manecer am em casaot empot odo.
Nascr i
ançassepar adasobservaram- seduasf ormasdedistúrbi
odo
71
Quadro 2.Númer o de cr
ianças separ
adas e não-
separadas que most
raram
desl
igamento dur
ant
eos3 pr i
meir
osdi asapósar euni
ão (ou dur
anteperí
odo
equi
valent
e).
Nenhum desligamento:
Separadas:-.
Não-separados:10.
Desl
igament odurant
eum úni
codi
a:
Separados:1.
Não-separados:-
.
Desl
igament oalt
eradocom agar
rament
o:
Separados:4.
Não-separados:-
.
Desl
igament opersi
stent
edur
ant
e3di
as:
Separados:5.
Não-separados:-
.
Total
:Separ
ados10.Não-
separ
ados10.
Graudedesli
gamentocor
rel
aci
onadocom adur
açãodasepar
ação:r
:0,
82;p:
0,01.
É compr ovadament e út i
lo post ul
ado de que,em cada t ipo de caso,o
compor t
ament oper tur
badodoadul tor epresent
aumaper sistência,aol ongodos
anos,depadr õesdesvi ant
esdocompor t
ament odel i
gaçãoqueseest abel eceram
em conseqüênci ador ompimentodeví ncul osafet
ivosduranteai nf ânci a.Porum
l
ado,aj udaaor ganizarosdadoseaor ientaroprosseguiment odapesqui sa;por
outro,fornecediretri
zesparaotrat
ocot i
dianocom esset ipodepessoa.
Par aampl iarosnossosconheci ment osnessecampo,ser iaobvi ament ede
valorincalculávelreali
zarumalongasér i
edeexper i
mentosaf i
m dei nvest igaros
efeit
os,acur toeal ongoprazo,sobreocompor t
ament o,dor ompi ment odeum
ví
ncul oaf et
ivo,levandoem cont aai dadedoi ndi
víduo,anat urezadoví nculo,a
extensãoeaf reqüênciadosrompiment os,além demui t
asout r
asvar iáveis.
Quadro3.Númer odecri
ançassepar
adasenão-
separ
adasquemost
rar
am f
ort
ee
persi
stent
ehosti
li
dadeàmãeapós
areunião(oudur
anteper
íodoequi
val
ent
e).
Poucoounenhum compor
tament
ohost
ilounegat
ivi
smoem r
elaçãoámãe:
Separ
ados:4.
Não-
separ
ados:10.
Forteeper sist
entecompor
tament
ohosti
lenegat
ivi
smoem r
elaçãoámãe:
Separ ados:6.
Não-separ ados:0.
Total:Separados–10.Não-separados–10.
P:0,01
73
Quadro4.
Conster
naçãopel
asepar
açãotempor
ári
adamãe,dopaioui
rmão,em meni
scos
anóxi
cosenãoanóxi
cosnonasci
mento.
2°ano:
Anóxicos:
Consternados:8.
Não-consternados:2.
Não-anóxicos:
Consternados:2.
Não-consternados:12.
Si
gnifi
cânciaP:0,01.
3°ano:
Anóxicos:
Consternados:9.
Não-consternados:2.
Não-anóxicos:
Consternados:4.
Não-consternados:7.
Si
gni
fi
cânci
aP:0,1.
Otot
aldeamost rascompreende29par
esdemeni
nosequi
par
adosporcl
asse,
or
dem denasci
mentoeidadedamãe.
Igualmente óbvio,ent r
et anto,é que quai squerexper iment os desse t ipo com
sujei
toshumanossãor ejeit
adospormot i
vosét icos.Poressasr azões, émui tobem
-vi
ndo o f at
o de est arem sendo agor a empr eendidos exper i
ment os anál ogos
usandopr imatasnão-humanos.Dadospr eliminaressuger em que, em bebêsr hesus
desei smesesdei dade, osef eit
osdeumaper dat empor ári
adamãe( seisdi as)não
são,dur ant
eeapósasepar ação,dif
erentesdosver i
fi
cadosem cr iançasdedoi s
anos( Spencer-BootheHi nde,1966)-porexempl o,af l
içãoení velr eduzi dode
ati
vidade durante a separ ação,e uma t endênci a excepci onal
ment ef or t
e par a
apegar -
seàmãedepoi squevol tar
am ar eunir-se.Além di sso,asr eaçõesdamãe
rhesusaessecompor tament onãodi fer
em dasdamãehumana.At éagor a, porém,
nãohár egi
str
odequenenhum bebê- macacot enhamost radodesl i
gament o,ei sso
poderár epr
esentarumadi ferençaprópri
adaespéci e.
Tantoem bebêshumanoscomoem macacos, veri
fi
ca- seumavast agamade
vari
ações individuais na reação ao rompiment o de um víncul
o.Par t
e dessa
vari
ação deve-se,pr ovavelmente,aos efeit
os sobre um bebê de eventos que
ocorr
em durant eagr avidezeopar t
o.Assim, Ucko(1965)apurouquemeni nosque
nopartoti
nham sof r
idoum per í
ododeasf i
xiasãomui t
omai ssensí
vei
sàmudança
ambiental
,inclusivesepar açãodamãe,doquemeni nosquenãosof rer
am asf i
xia
(Quadro4).Porout rolado,ébem provávelqueumaout rapart
edessavariânciaseja
geneti
cament edet er
mi nada.Com ef
eito,
éumahi pót
eserazoávelade
74
5.Separ
açãoeper
danaf
amí
li
a*(
1).
Napr i
maverade1968, quandoeuest avanaCal ifórni
a,aSociedadePsi canalí
ticade
SãoFr anci
scoorganizouumaconf erênciaparapr ofi
ssi
onaisdasdi versasáreasde
saúdement alsobr eot ema“ SeparaçãoePer da” .Fuiconvidadoacont r
ibuire
apresenteientão uma ver são do presente estudo,o qualf oipost er
iormente
ampliadocom aaj udademeucol ega,Col i
nMur r
ayPar kes,epubl i
cadoem 1970
sobnossaaut ori
aconjunt a.Éreedi
tadoaquicom asuaper missão.
Not
ader
odapé:
*(
1).Publ
icadoorigi
nal
menteem Ant hony,E.J.eKouper
nik,C.(
orgs.
)(1970)
,The
Chil
dinHisFami l
y,Vol
.1.NovaIorque:JohnWi l
ey,
Copyr
ight©1970JohnWi ley&
Sons,I
nc.Reproduzi
docom per
mi ssão.
77
Osdadosquecompr
ovam essasaf
ir
mações,especi
almenteasqueseref
erem à
mai
orinci
dênci
adeperdadeum dospaisdur anteainfânci
aem amostr
asde
paci entescom t aisprobl
emas,quandocompar adoscom amost rasdecont rolesão
exami nados em out ro l ugar * (
1) . Um Pont o que desej amos enf ati
zar
par ti
cularment eéque, embor aasper dasocor r
idasdur anteospr i
mei roscincoanos
sejam,pr ovavel mente,mui t
o per i
gosas par a o f uturo desenvol viment o da
per sonalidadeasper dasocor ridasmai stardenavi dat ambém sãopot encialment e
per i
gosas.
Embor aest ej
aest atí
sticaecl ini
cament ecompr ovadaaexi st
ênci adeuma
relaçãocausalent redistúrbiopsi col
ógi coeumasepar açãoouper daocor ridaem
alguma f ase da i nfância,adol escênci a,ou até mesmo mai st arde,subsi stem
numer osospr obl emasnacompr eensãodospr ocessosem at i
vidadeet ambém das
condi çõesexat asquedet erminam seor esul
tadoébom oumau.Cont udo,nãoos
i
gnor amosi nt
ei ramente.O nosso pl ano nestear ti
go consisteem darat enção
especi alaosmét odospormei odosquai spoder emosaj udarosnossospaci entes.
Quersej am cr i
ançasouadul tos,queraper dasej arecenteout enhaocor ri
dohá
mui tot empo,acr edit
amosquepodemosdi scerniragoracertospr incípiosem que
basearanossat erapia.
Começar emospordescr everopesareol utotalcomoocor r
em em adul tos,e
apar ti
rdaíparaai nfânci
a.
Pesarel
utonavi
daadul
ta.
Not
ader
odapé:
*(
1).[Notadamente,osCapítul
os3e4dest evolume.]
*(
2).Asi nfor
maçõesf oram obti
dasdeumaamost rabastanterepr
esent at
ivade22
vi
úvasent reos26e65anosdei dade,duranteoanoquesesegui uàper dado
marido.HouvenadamenosdoqueCi ncol ongasentrevi
stasclí
ni cascom cada
vi
úva,aos1,3,6,9e18mesesapósof aleci
ment odocônjuge.Obt eve-
seum bom
contatoemui tagrat
idãofoiexpressapel acompr eensãoofereci
daEm dezcasos, a
mortedomar i
dotinhasidorepentina;em três,rápi
da;eem novet i
nhasi doprevi
sta
com antecedênciade,pelomenos, umasemana.
78
Fasedet
orpor
.
Fasedesaudadeepr
ocur
adaf
igur
aper
dida.
Al
guns dias,ou uma ou duas semanas depois da perda,ocorr
e uma
mudança,eapessoacomeça,embor aapenasepisodi
cament e,adar-
secont ada
real
idadedaperdaquesof r
eu;i
ssol
evaaespasmosdei ntensaafl
içãoeacrisesde
choro.Ent
ret
anto,quaseaomesmot empo,hágr
andedesassossego, pr
eocupações
com pensamentossobr eapessoaperdi
da,mui
tasvezesacompanhadosporuma
sensaçãodesuapr esença
79
81
*(
1).VeraNot
a1doCapí
tul
o3.
82
83
esperançasdosobr evi
venteem r
elaçãoaomor t
o”.Deve-sereconheceruquando
j
ulgadosegundoessecr i
téri
o,olutoémalsucedido.O própr
ioFreud,ent
retant
o,
apercebeu-
sedisso.Assim,numacartadecondolênci
aspar aBi
nswanger(verE.L.
Freud,1961)
,escreveu:
“
Emboraeusai baqueapóst amanhaperdaoest adoagudodel utoacabará
por dissipar-se,t ambém sei que per maneceremos i nconsol áveis e nunca
encontraremosum subst i
tuto.Sej aoquef orquevenhapr eencheral acuna, eainda
queapr eenchessecompl etament e,cont i
nuari
asendo,nãoobst ante,umaout ra
coisa.E,nar eali
dade, éassi m quedeveser .Eaúni camanei radeper petuaraquel e
amoraquenãoquer emosr enunci ar”.
Asvi úvasent r
evi
stadasporPar kesapósum anodevi uvezf izeram ecoa
essaspal avras.Mai sdemet adedel asai ndaachavadi f
ícilaceitarof atodeo
mar i
doest armor to;amai ori
adel asaindapassavamui tot empopensandono
passadoe,porvezes,ai ndat inhaasensaçãodapr esençapr óximadomar i
do.Em
nenhumadessasvi úvasasl embr ançaseasesper ançashavi am sedesl igadodo
mor t
o.
Em nossosest udos,et ambém nosdeMaddi soneWal ker,foiapur adoque
quantomai sjovem éumamul heraoenvi uvar,maisi ntensoéoseusent iment ode
l
utoemai orapr obabil
idadedequesuasaúdeest ejaal t
eradaaocabodedoze
mesesdevi uvez.Em cont rapar t
ida,seumamul herjápassoudos65anosquando
seumar idomor r
e, ogolpeser ápr ovavelmentemui tomenosi ncapacitador .Écomo
seosl açosent r
eel esjáest i
vessem começandoaaf r
ouxar .Essadi ferençamui to
acentuadanai ntensidadeedur açãodol utotal
vezpossaf ornecerumapi stapara
secompr eenderoqueacont eceapósumaper dadurant eainf ância.
Pesarel
utonai
nfânci
a.
Not
ader
odapé:
*(
1).Vert
ambém um est
udomai
srecent
edeHei
nickeeWest
hei
mer(
1966)
.
84
Nosest udosant er i
ores,consi derou-seút i
lusarot ermo“ l
uto”num sent i
do
ampl o,af im deabr angerumagr andevar iedadeder eaçõesàper da,i ncluindo
algumasqueconduzem aum r esul tadopat ológi co,et ambém aquel asquese
seguem aumaper danospr imeirosanosdevi da.Avant agem desseusoéquese
toma ent ão possí velreuni rnumer osos pr ocessos e condi ções que as pr ovas
most ram est ari nter-r
elacionados— assi m comoot ermo“ infl
amação”éusadoem
fisiol
ogi aepat ol ogiapar areuni rnumer osospr ocessos,al gunsdosquai st êm um
desf echosaudáveleout rossãomal sucedi doser esul t
am em pat ologia.Apr áti
ca
alternat ivaconsi st
eem r estringirot ermo“ l
ut o”aumaf ormapar ti
cularder eaçãoà
per da,ousej a,aquel a“em queoobj et oper didoégr adual ment edescat exiadopel o
dol orosoepr olongadot rabal hoder ecor darepel ot estedar eali
dade”( Wol fenstein,
1966) .Um per i
godesseuso,ent r
et anto,équepodel evaraexpect ati
vassobr e
comodever iaserol utosaudável ,
queest ãoem di scor dânci atotaldaqui l
oquehoj e
sabemos ocor r er,realment e,em mui t
as pessoas.Al ém di sso,se pr eferir
mos
convenci onarum usor estrito,vemo- nosdi ant edanecessi dadedeencont rar,ou
talvezi nventar,al gum novot er
mo;poi sacr editamosseressenci al
,sequi sermos
discut irpr odutivament eest asquest ões,di spordeal gumapal avraapr opriadapel a
qualpossamosnosr ef eri
rat odaagamadepr ocessosqueent ram em ação
quandoésof r
idaumaper da.Nest aocasi ão,usar emosot ermo“ pesar ”nesse
sent i
do,umavezquej át em si doempr egadoporanal i
stasdeum modobast ante
ampl oenãoexi steobjeçãoaquecr iançasmui t
opequenasf i
quem pesar osas.
Além det erem concent r
adoaat ençãonumaár eacentraldapsi copat ologia,
ascont rovérsiasdeanosr ecentest êm t i
domui t
osout rosefeit
osquedevem ser
bem acol hi
dosport odos.El asmost raram oquant oaindasabemospoucosobr eo
modopel oqualcr i
ançasdet odasasi dades, inclusiveadolescentes,reagem auma
per da impor tante,e sobr e que fat ores são r esponsáveis pelo desfecho mai s
favor ávelem al gunscasosdoqueem out ros*(1) ;em segundolugar ,est
imul aram
pesqui sasval iosas.
Já enf atizamos como é mui to di fí
cil
,mesmo par a adultos,apr eender
i
ntei r
ament equeal guém mui topróximoest ámor toenuncamai svol t
ar á.Par a
cri
anças,evi dent emente,émui tomai sdi fí
cilainda.Wol f
enstei
n( 1966)r elatouas
respost asdenumer osascr iançaseadol escent esquet inham perdidoum dospai s
ef oram encami nhadaspar aanál i
se,mui tasdel asdur anteopr i
mei roanoapóso
faleciment o.Ent reospont osquei mpr essionar am oseugr upodeobser vador es,
salientou-seque“ ossentiment osdet r
istezat inham sidocer ceados;havi apouco
chor o.Ai mer sãonasat ivi
dadesdavi dacot i
dianacont i
nuou...
”.
Not
ader
odapé:
*(
1).At
ualment
esabe-semui
tomai
ssobr
eascondi
çõesqueaf
etam ocur
sodo
l
utonainf
ânci
a.VerasNot
as4e5doCapí
tul
o3.
86
Not
ader
odapé:
*(
1).O quanto qualquerout r
o arr
anjoéi nsat
isf
atóri
of oiexpresso,de for
ma
pungente,
porWendy, ameni nadequatr
oanosdescr i
taporBarnes(1964).Quando
opaidelaenumerouaext ensali
stadepessoasqueconheciam Wendyeaamavam,
el
ar espondeu t
rist
ement e:“Mas quando mamãe não est ava mor ta eu não
preci
savadetant
agent e.
..eupreci
savasódeuma” .
87
Condi
çõesquef
avor
ecem oudi
fi
cul
tam ol
utosaudável
.
Atualment e,ospsi quiatrasem ger alconcor dam em que,par aqueol utol eveaum
resultadof avor ável ,
enãodesf avor ável,énecessár ioqueapessoaquesof reuuma
perdaexpr esse— mai scedooumai st arde— seussent iment oseemoções.“ Sol tai
aspal avrast r
istes”,escr eveuShakespear e,“ aspenasquenãof alam suf ocam o
coraçãoext enuadoef azem- noquebr antar”.
Ent retant o,embor aat éaquit odospossamosconcor dar ,par aumapessoa
queéi ncapazdeexpr essarseussent iment osepar aout r
aqueest ejat ent ando
ajudá-laaexpr essá-los,per manecem asper gunt as:Comosol taraspal avr as?Quai s
sãoossent iment osaexpr essar?Eoquei mpedesuaexpr essão?
Exist em hoj e pr ovas de que os af etos mai sint ensos e per turbador es
provocadosporumaper dasãoomedodeserabandonado,asaudadedaf igur a
perdidaear aivapornãor eencont rá-l
a—af et osqueest ãoassoci ados, porum l ado,
aoansei odebuscaraf iguraper di
dae,porout ro,aumat endênci apar ar ecrimi nar
furi
osament e quem querque par eça sero r esponsávelpel a per da ou est ar
difi
cultandoar ecuper açãodapessoaquef oiper di da.A pessoaquesof r
euma
perdapar ecel utarcont r
aodest i
no,com t odooseuseremoci onal ,nat ent ativa
desesper ada de r evertera mar cha do t empo e r eaveros t empos f el i
zes que
subitament el he f oram ar rebatados.Em vezde enf rent ara r ealidade e t ent ar
harmoni zar -secom el a,umapessoaquesof reumaper daempenha- senumal uta
contraopassado.
Evident ement e,par adar mosàpessoaquesof reumaper daot ipodeaj uda
quedesej ar íamosdar ,éessenci alver mosascoi sasdo seu pont o devi stae
respeitarmosseussent iment os— pormenosr eali
st asquepossam par ecer .Poi s
soment e se a pessoa que sof r
e a per da sent irque podemos,pel o menos,
compr eendê- laesi mpat i
zarcom el anast ar efasqueest abel eceupar asimesma,
haver áapossi bil
idadedequeexpr esset odosossent iment osqueest ãof ervilhando
em seuí nt i
mo—seuansei opelor egr essodaf i
guraper di
da, suaesper ançadeque,
mi l
agr osament e,tudopossaai ndaest arbem, suar aivaport ersi dodeser tada, suas
recri
mi naçõesr aivosasei njustascont ra“ essesmédi cosi ncompet ent es”,“ essas
enfermei r
asi ncompet entes” ,econt r
aseupr óprioeucul pado;set ivessef ei
toi st oe
aquilo, ounãot ivessef eitoistoeaqui lo,tal
vezodesast repudesset ersi doevi tado.
Querest
ejamosnopapeldeami
godeumapessoaquer
ecent
ement
e
88
tr
ansmiti
raanotíci
adamor t
edopaiecomosesent i
ratentadaaj ogá-
lanochãode
concret
oeaest ourar-
lheosmi olos.Cont
oucomosent ir
aqueoseut erapeutaa
tr
air
aporest arl
ongej ust
ament equandomaispreci
saradel e;ef al
oudemui tas
outr
ascoisasque,àluzfri
adodi a,el
amesmosabianãoser em real
ist
asej ust
as.O
queelanecessit
avadot erapeut
a,eesperamosquetenhaencont r
ado,er
aal guém
quepudessecompr eendê- laesesol i
darizassecom onão- reali
smoeai njust i
ça
dela.Com opassardosmeses, suasesper ançasesuar ai vaforam sedi ssipando, e
aSr a.Qcomeçouaser econci liarcom ar eal idadedaper da.
O mesmo papelf oidesempenhado com um r apazde16 anos,aquem
chamar emosBi l
l.Elet inhasi doexami nadopr imei roporum psi qui atra( J.B.)numa
clí
nica, quandot inhaquat r
oanosdei dade, por queascoi sasest avam cor rendomal
em seul aradot i
vo.Ahi stórianãoer amui t ocl ara, masdepr eendemosqueamãede
Billeraumapr ost i
tutaquecol ocar aof il
honum l aradot ivo,quandoel et i
nhadoi s
anos, edepoi sdesapar ecera.Bi llapresent ougr andespr obl emaseospai sadot ivos
recusar am- seaconser vá-
lo.Consegui u-separ ael eassi stênciaespeci ale,mai s
tarde,t r
atament onum est abeleci ment or esidenci alpar acr iançascom di stúrbios
sérios.Er aexami nadoal gumasvezesporanonacl ínicapel omesmopsi quiatrae,
dessemodo,pudemospr opor cionar-l
heumacer t
acont inuidade.Agor a,aos16
anos, termi nari
aaescol aem br eve.
Nessaent revista,Bi llfal ouaopsi quiat rasobr eoseupl anodei rpar aa
Amér icapr ocuraramãe.Jáest i
veranumaempr esadenavegaçãomar í
timae
estavat ent andoconsegui rapassagem t rabal handoabor dodeum car gueiro.Er a
um r apazmui t
oi nteligenteeseuspl anospar aavi agem par eciam vi áveis.Mas
i
magi ne-seoespant odopsi qui atra!Aíest avaum r apazquet i
nhavi stoamãepel a
últi
mavezquandot inhaapenasdoi sanosdei dadee,desdeent ão,nuncamai s
ti
ver anot íciasnem ouvi raf alardel a,quenãot inhaamí nimai déiadeondeel a
poder iaest ar,equenem mesmot i
nhaacer tezadonomedel a.Fr ancament e,o
planoer aum j ogodecabr a-cega.Masopsi qui atracont eve-se.Esseer aomundo
deBi lleer aopl anodeBi l
l,eel eoest avaconf i
denci andoaoseut erapeuta,cuj o
papelnãoer adepr eciá- l
onem dest ruí-l
o.Def ato,asessãot odaf oidedi cadaà
discussãodopl ano.Bi llacredi tavaqueseupaier aum mi l
it
aramer icanoequea
mãeoacompanhar adepoi sdaguer ra.Seuspl anospar aat r
avessaroAt lânt i
co
foram r eexami nados,bem comoosmét odospel osquai spoder iaganhardi nheiro
suf i
cientedoout rol adodoAt lânt i
copar acont inuarsuabusca.Nenhumaobj eção
foilevant adapel opsi quiatra,masconvi douBi llavol t
arpar aumanovaconver sa
dent r
odeumasemana, mai soumenos.Bi llvoltou.
90
Em t odo o caso,a sobr evi vente ger alment e descobr e al guma f ont e de aut o-
recr i
mi naçãoecast i
ga- sepornãot erconsegui dosermel horesposaeport er
permi t
ido queseu mar ido mor resse.O pesardet aispessoasf reqüent ement e
parececont erum el ement odeaut o-puni ção,comoseol utoper pét uoset i
vesse
conver tidonum deversagr adopar acom omor to,pormei odoqualocônj uge
sobr evi vent epoder ácast igar -seeexpi arsuascul pas.
Ot ratament odet ai spaci ent esmui t
asvezesédi fícil
,poi sel aspar ecem,
freqüent ement e,sabor earaopor t
uni dadequel hesédadader epetirem,sempr ede
novo,odol or osodr amadaper daquesof r
er am.Embor anãohaj aconcor dânci a
geralquant oaoval ordapsi cot erapi apar aessaspaci entes,mui topodeserf eito
paraaj udarar estabel ecerseuenvol vi ment ocom omundo.Af amí l
ia, opár ocol ocal
ouoser viçodeampar odeumaor gani zaçãocomoCr useouSamar itanspodem ser
mobi li
zadospar aat uarcomopont e, enquant oqueumami ssacomemor ativa,umas
férias com ami gos ou mesmo a r edecor ação da casa podem const itui
rum
moment ocul mi nant e, um r itodepassagem dopapeldeenl utadapar aonovopapel
devi úva.
Vist asobesseaspect o,avi uvezt or na-seum pr oblemadef amí li
a.Por tanto,
preci samossaberquai sasmudançasqueocor r
em naest ruturadi nâmi cadeuma
famí liaquandomor reum deseuspr inci pai smembr os.Infor maçõesr elevant est êm
sidoext raí dasdeum est udoqueest ásendor ealizadosobr ejovensvi úvosevi úvas
*(1).Al ém dospr obl emasemoci onai s,opr obl emamai si medi at
oéodospapéi s.
Quem,porexempl o,vaiassumi rospapéi sdomar idomor t
o?Al gunsdel es,comoa
admi nist r
açãodosassunt osdomést i
cos,passam par aomembr osobr evivent edo
casal .Out r
os per manecem vagos;assi m,mui tas vi úvas dor mem com um
travessei rooual mof adãoaol adodel asnacama.Umaj ovem vi úvager alment e
tentar áper ceberseu mar ido mor to como umaconst anteaj udanat omadade
deci sões,ef azerdosdesej osepr ef erênci asdel eabasepar aboapar tedopr óprio
compor tament odel a.Quandof orpr eci sot omardeci sõesquesesi tuam f orado
alcancedesse“ ár bitroi nterno” ,elar ecor r
er áf reqüent ement eaoi rmãodomar i
do,
comoapessoamai spr óxi madel eem t ermosdecul turaesangue.Domesmo
modo,um vi úvot endeaconsi derarasuacunhadacomoomembr omai sút i
lda
famí liadesuaesposaeapr ocur araaj udadel apar at omardeci sõesacer cados
fil
hosoudosassunt osdomést icos.
Com opassardot empo,ent r
et ant o,essasat ribuiçõesdepapéi sf enecem e
sãosegui das, com f reqüênci a,deumagr adualdesi ntegr açãodaf amí l
iaext ensa.O
viúvoouavi úvadei xadeconsi der araf amí li
adocônj ugecomoumaf ont edeapoi o
ecomeçaadesenvol verum mai orgr audeaut oconf i
ança,apesardasol idãoedas
tensõesf ami li
aresi nt ernasquei ssoacar reta.
Not
ader
odapé:
*(
1).Verol
ivr
odeGl
ick,
Wei
ssePar
kes(
1974)
.
93
Osami goseosf i
lhosconver t
em- seent ãonumai mpor t
antef ont edeaf i
rmação,à
medi daqueovi úvoouavi úvadesenvol veumapost uramai sf i
rmeeenf rentao
mundodenovo.
A capaci dadedeum vi úvooudeumavi úvapar aenf rent aressesnovos
papéi ser esponsabi li
dadesdependecl ar ament e,em par te,daper sonal idadee
exper i
ênci aanter ior ,e,em par te,dasexi gênci asf eitaspel oambi entef ami l
iaredo
apoi oqueencont rarnel e.Osf il
hospequenospodem serum f ardoouumabênção,
assi m comoospar ent esdocônj ugef aleci do;eamul hersem exper iênci adeum
trabal hof oradecasat erádesuper armui tosobst ácul os.Nãosur preendequeuma
pr opor çãosi gnificat ivadevi úvasnãoconsi gaencont rarqual quermodosat i
sf atório
devi da.Quando, depoi sdet rezemesesdevi uvez, foram i ndagadassobr ecomose
sent iam,74% dasj ovensvi úvasdeBost on concor dar am em que“ vocênunca
super ai sso” .
Um est udoquei l
ustraopapelqueami gosepar ent esdesempenham par a
i
nf l
uenci aro desf echo do l utof oir ealizado porMaddi son e Wal ker( 1967) .
Est udar am doi sgr upos,cadaum compost oporvi ntevi úvasqueconcor dar am em
serent revistadas.Essesgr uposf or am equi parados,omáxi mopossí vel ,deacor do
com asvar i
áveissoci ológicasmai scomuns.Um gr upot i
nhasi dosel ecionado
por que,aof im dedezmesesdevi uvez,t odososseusmembr ospar eci am,com
baseem suasf ichasdesaúde,t erchegadoaum r esultadobast antef avor ável;o
out rogr upot i
nhasi dosel ecionadopor quesuasf ichasdesaúdesuger iam nãot er
sidoat ingi doum r esul tadosat isfatór io.Asent revistasconf i
rmar am que, def ato,as
fichas de saúde const i
tuem um bom i ndi cadorde como uma pessoa est á
enf rent andoospr obl emasemoci onai sdavi uvez.
Nodecor rerdel ongasent revi stassemi -estruturadas, oent revistadori ndagou
quem t i
nhasecol ocadoàdi sposi çãodavi úvadur anteseuspr imei rost rêsmeses
devi uvez, e,arespei todecadaumadessaspessoas, seaconsi der araút il,inútilou
neut ra.Al ém di sso,f oram f eit
asper gunt aspar aapur arseavi úvaachar af ácilou
dif í
cilexpr essarseussent iment oscom cadapessoamenci onada, seel asat inham
encor ajadoounãoasedet ersobr eopassado,set inham i nsist i
doem di r
igirsua
at ençãopar aospr obl emasdopr esent eedof uturo, eset i
nham of ereci doqual quer
ti
podeaj udapr át ica.Comooobj etivodai nvest igaçãoer aapur arapenascomoas
pr ópriasvi úvasl embr avam seu r elacionament o com out raspessoas,nenhuma
tent ativa f oif eita par a checarse seus depoi ment os cor r
espondi am aos das
pessoascom quem el astinham est adoem cont at o.
Quandoasr espost asdosdoi sgr uposdevi úvasf oram compar adas,
94
6.Aut
oconf
iançaeal
gumascondi
çõesqueapr
omovem *
(1)
.
Oconcei
todebasesegur
a.
Not
ader
odapé:
*(
1).Origi
nalmentepubli
cadoem Gosli
ng,R.G.( or
g.)(
1973),Suppor
t,I
nnovat
ion
andAut onomy.Londres:Tavi
stockPubli
cat
ions.Reimpressocom permi
ssãodo
Tavi
stockInsti
tut
eofHumanRel ati
ons.
97
Reconhece-seque,nest esúlt
imos,anecessidadeé,em ger al,menosevi dente,eé
provávelquesej adifer
entesegundoossexosesegundoasdi ferent
esf asesda
vi
da.Poressesmot ivos,et ambém porr azõesligadasaosval oresdacul t
ura
ocidental
,anecessidadedeumabasesegur aparaadult
ost endef reqüentementea
seresquecida,oumesmodenegr ida.
Noquadr odefuncionament odapersonali
dadequedaíemer geexistem dois
conjuntospri
ncipai
sdei nfl
uências.Opri
mei r
odizrespeit
oàpr esençaouausênci a,
parcialoutotal
,deumaf igur
adeconf iança,di
spostaeapt aaf ornecerot i
pode
base segura necessár i
a em cada f ase do cicl
o vital.Est as constituem as
i
nf l
uênci asext ernasouambi entai s.Osegundoconj unt odi zr espei toàcapaci dade
oui ncapaci dader el
ativadeum i ndi víduo,pr i
mei r
o,par ar econhecerquandouma
pessoaédi gnadeconf iançaeest ádi spost aaf ornecerumabase,e,segundo,se
houveresser econheci ment o,par acol abor arcom t alpessoademodoquesej a
i
niciada emant ida uma r elação mut uament egr atificant e,Est asconst i
tuem as
i
nf l
uênci asi nt ernasouor ganí smicas.
Aol ongodavi da,osdoi sconj untosdei nfluênci asi nteratuam demanei ra
compl exaeci rcular.Num sent ido,ot i
podeexper iênci aqueumapessoat em,
especi alment edur anteai nfânci a,t em umagr andei nf l
uênci asobr eof at odeel a
esper arounãoencont rarmai st ardeumabasepessoalsegur a,et ambém sobr eo
grau de compet ênci
a que possuipar ai niciare mant err elações mut uament e
grati
f i
cant es, quandoaopor tunidadeseof erece.Nosent idoopost o, anat urezadas
expect ativas que uma pessoa t em e o gr au de compet ênci a que possui
desempenham um i mpor tant epapelnadet ermi naçãodost iposdepessoascom
quem seassoci aedomodocomo,nessecaso,el asat ratam.Em vi rt
udedessas
i
nterações,sej aqualf oropr imei ropadr ãoaseest abel ecer ,éessequet endea
persist i
r.Est aéumadaspr incipai sr azõesporqueopadr ãoder elaçõesf amiliares
queumapessoaexper iment adur ant eai nfânci aser evest edeumai mpor tânciat ão
decisivapar aodesenvol viment odesuaper sonal i
dade.
Vistasobest al uz,of unci onament odaper sonal idadesaudávelem t odae
qualquer i dade r efl
ete,em pr imei rol ugar ,a capaci dade do i ndivíduo par a
reconhecerf igur asadequadasqueest ãodi spost aseapt asapr opor cionar-l
heuma
basesegur a,e,em segundol ugar ,asuacapaci dadepar acol abor arcom essas
fi
gur asem r elaçõesmut uament egr atif
icant es.Em cont rapar tida, mui tasformasde
funcionament odaper sonal idadeper turbadar efl
etem ar eduzi dacapaci dadedeum
i
ndiví duopar ar econhecerf i
gur asadequadasedi spost asaf ornecerumabase
segur ae( OU)umar eduzi dacapaci dadepar acol abor arem r elaçõesgr at
ifi
cant es
98
Est
udosdehomensej
ovensaut
oconf
iant
es.
Not
ader
odapé:
*(
1).Tantoat eor
iapr opr
iament
edit
acomoasprovasem queel
aassent
asão
apresent
adasem maj ordetal
henospri
mei
roesegundovol
umesdeAtt
achment
andLoss( Bowl
by,1969e1973).
100
Ent
reos65estudant
esentr
evi
stados,Gr
inkerconsider
ouqueapenasal
guns
del
esmani
fest
avam umaestr
utur
aneur ót
icadecaráter.Agr andemai
ori
aer
ade
j
ovens í nt egros,si ncer os e pr ecisos em suas aut o-avaliações,com “ uma
capaci dadepar aest abel ecerr elaçõeshumanasest reitasepr ofundas. ..com os
membr os de suas f amí li
as,col egas,pr ofessor es e o ent revistador ”.Seus
depoi ment os sobr e exper iênci as de ansi edade ou t risteza suger i
ram que t ais
sentiment os sur giam em si t
uações apr opriadas e não er am gr aves nem
prolongados.
Quant oàssuasexper iênciasdevi daf ami liar,oquadr oger aldescr itopel os
estudant esénot avel ment esemel hant eaor elatadopel osast ronaut as.Em quase
todososcasos,ambosospai sai ndaest avam vi vos.Oquadr ot ípicoapr esent ado
era o de um l arf elizet r anqüilo,em que ambos os pai s compar t
ilhavam
responsabi li
dades e i nteresses,e er am vi stos pel os f il
hos como gener osos e
afetuosos.Dur ant eai nfânci a,af i
rmar am,t i
nham- sesent i
dosegur oscom amãe,
acimadequal querout rapessoa.Aomesmot empo,i dent if
icar am- sef ortement e
com opai .Gr inkerr elatamui tomai spr ovasqueapói am essasconcl usões.
Osdadosdeum est udododesenvol viment o,dos10aos17anos,de34
adolescent esdecar act eresmui todi fer entes( PeckeHavi ghur st,1960) ,et ambém
deum pequenoest udodeest udant esbem- sucedi dos,dur ant esuat r
ansi çãodo
cursogi nasi alpar aocol egial( Mur pheyeout r
os, 1963) ,sãomui tosemel hant esaos
apresent adosporGr inker .Aspr ovasapr esent adassuger em queaaut oconf iançae
acapaci dadepar aconf iarnosout r
ossãof r
utodeumaf amí li
aquef ornecesól ido
apoioàsuapr ol
e,combi nadocom or espei toporsuasaspi r
açõespessoai s,senso
de r esponsabi li
dade e apt idão par al idarcom o mundo.Em vezde abal ara
autoconf iançadeum j ovem, par ececl ar oqueof or teapoi odaf amí liapodeest i
mul á
-l
a.Concl usõessemel hant essãor elatadasnum est udomai sr ecent ede73r apazes
adolescent es( Offer,1969) .
Essemesmopadr ãodeaut oconf i
ançabaseadanumal i
gaçãosegur acom
uma f i
gur a em quem se conf ia,e desenvol vendo- se a par t
irdest a,pode ser
obser vadodesdeopr imei roanodevi dadeumacr i
ança.Par asaberseesses
padr õespr imiti
vossãoounãoosver dadei rospr ecur soresdosquesedesenvol vem
poster i
orment e,épr eci soaguar darnovaspesqui sas.Ent r
etant o,par aosquet êm
exper i
ênci aem psi qui atri
af ami l
iar,par ecepr ovávelquesej am.
102
Desenvol
viment
odur
ant
eai
nfânci
a.
Desdeospr i
mei rost r
abal hosdeFr eud,um pr i
ncípiof undament aldapsi canál i
se
tem sidodequeasbasesdaper sonal i
dadesãoal icerçadasdur anteospr i
mei ros
anos da i nfância.As opi ni ões divergir
am,por ém,sobr e quais os anos mai s
i
mpor tantes,quai s os pr ocessos psi cológicos envol vidos e que exper iências
i
nf l
uem nadet ermi naçãodor esult
adof i
nal .Namedi daem quedadosempí r
icos
rel
evant esest avam f altando,er ainevi t
ávelqueodebat echegasseaum becosem
saída.Agor a,entretanto,gr açasaot rabalhodepsi canal istas,psicólogoscl ínicose
etologistas,as condi ções est ão mudando.Embor a os dados ai nda sej am
l
ament avelment ei nsufi
cient es,osqueexi stem jásãosuf icientesparaper mitiruma
tentati
vadear t
iculaçãosi st emáticadosdadosedat eor i
a.Al ém disso,gr açasaos
progressosr egist
r adosnabi ol
ogiateór i
ca,apr ópri
at eoriapodeserr eformuladade
um modomai sadequadoaosdados.Assi m, atualment easper spectivasdeavanço
sãoboas.
Entreosquesesi tuam navanguar dadessemovi ment o,nãosepodedei xar
deci tarMar ySal terAi nswor t
h,que,depoi sdet ert rabal hadonaTavi stockent re
1950e1954,cont inuouest udandoospr oblemasdel i
gaçãoesepar ação.Como
resul tadodessesest udos,el apubl i
couum est udonat urali
stasobr eai nteração
mãe- criança em Uganda ( Ainswor t
h,1967) ,e est á agor a apresentando os
resul tados de um est udo pl anejado sobr eai nt
eração mãe- bebê em f amíli
as
brancasdecl assemédi aem Bal t
imor e,Maryland.
Duranteoseuest udosobr eai nfância,em Uganda, Ainswor t
hnot oucomoos
bebês,umavezadqui r
idamobi l
idade,comument eusam amãecomoumabasea
par t
irdaqualr eali
zam suasexpl orações.Quandoascondi çõessãof avoráveis,
afast am- sedamãeem saí dasexpl or
atóri
aser egressam par ajuntodeladet empos
em t empos.Porvol tadosoi tomesesdei dade,quaset odososbebêsobser vados
quet inham t i
doumaf iguramat ernaestávelaquem est avam l i
gadosmost rar
am
essecompor tament o;masem casodeausênci adamãe,t aissaídasor ganizadas
tornavam- semui tomenosevi dent esoucessavam.Subseqüent emente,Ander son
(1972)r eali
zouobser vaçõessemel hantesdeexpl oraçãoapar ti
rdeumabase,por
criançasent r
equi nzemesesedoi sanosemei oquebr i
ncavam num r ecanto
i
sol adodeum j ar
di m deLondr esenquant osuasmãesest avam tranqüil
ament e
sent adasnum banco.
Em seupr ojetocui dadosament eplanejadoem Bal ti
mor e,Ainsworthnãosó
pôdeest udarmai smi nuci osament eessaespéci edecompor tament omas,al ém
disso, descreveumui t
asvar iaçõesi ndivi
duais,
103
*(
1).Embor aaamost ratotalestudadanasi t
uaçãoestr
anhacompr eenda56bebês,
soment e23del esf oram t
ambém obser vadoscom amãeem casa.
*(
2).Acl assificaçãoaquiapr esentada,baseadanocompor tament oem ambosos
ti
posdesi tuação, éumaver sãoligeir
ament emodifi
cadadaquef oiapresentadapor
Ainswortheseuscol aboradores( 1971),naqualocompor t
ament odeumacr iança
em seupr ópr iol aréaúni cafontededados.Osbebêscl assifi
cadosaquinos
gruposP,QeRsãoi dênticosaoscl assifi
cadosnosGr uposI ,IIeIIIdeAi nswor t
h.
Osbebêscl assi f
icadosaquinoGr upoTsãoosmesmoscl assi fi
cadosnoGr upoV
de Ainswor th,menos um bebê que,embor a passi
vo em casa,most r
ou ser
acentuadament eat ivonot estedesi t
uaçãoest r
anhaefoi,portanto,transferi
dopar a
oGr upoS.OsbebêsnoGr upoSsãoosmesmosdoGr upoI VdeAi nswor th,maiso
bebêt r
ansf erido.Acl assifi
caçãoaquiapr esent
adateveaapr ovaçãodapr ofessora
Salt
erAi nswor t h.
104
GRUPOQ:Ocompor t
ament odest esbebêsémui tosemel hant eaodosbebêsdo
Gr upoP.Di fer
em em que,pr i
mei ro,osbebêsdest egr upot endem aexpl or armai s
ativament enasi tuaçãoest r
anhae,segundo,t endem aserum t antoambi valent es
em r elaçãoàmãe.Porum l ado,sei gnoradoporel a,um bebêpodet omar -se
i
nt ensament eexigente;porout ro,el epode,em cont rapar ti
da,i gnorá-laouevi tá-l
a.
Ent retant o,em out rasocasi ões,oparécapazdeest abelecerumacomuni cação
recí procaf el i
z.N=4.
GRUPO R:Um bebêdest egr upoexpl oramui toat i
vament e,queramãeest eja
present eouausent e,querasi t
uaçãosej af amili
arouest ranha.El et ende,al ém
disso, adependermui topoucodamãee, com f r
eqüênci a,nãoest ái nteressadoem
queel aopeguenocol o.Em out rasocasi ões, especialment edepoi squesuamãeo
dei xousozi nhonasi tuaçãoest ranha,obebêcompor ta-
sedemodoi nteirament e
cont r
ário, orabuscandoapr oximi dadedamãeedepoi sevitando- a,orapr ocur ando
ocont atoedepoi sesqui vando- sedel a.N=3.
GRUPO S:O compor tament o dosbebêsdest egr upo éi nconst ant e.Àsvezes,
par ecem mui t
oindependent es,embor a,usual mente,apenasporbr evesper íodos;
out rasvezes,par ecem i ntensament eansi ososquant oaopar adei r
odamãe.São
nitidament eambi valent esnoqueser ef ereaocont atocom el a,buscando- ocom
freqüênci a,masnãopar ecendodesf r utá-loquandol heépr opiciadooumesmo
resi sti
ndo- lhevi gorosament e.Deum modo bast ant epar adoxal ,elest endem a
i
gnor arapr esençadamãe, quandonasi t
uaçãoest ranha, eaevi t
arapr oximi dadee
ocont atocom el a.N=5.
GRUPO T:Est esbebêst endem aserpassi vos,em casaenasi tuaçãoest ranha.
Most ram r el
ati
vament e pouco compor t
ament o expl or atóri
o, mas mui to
compor tament oauto-er ótico.Sãonot oriament eansi ososacer cadopar adei roda
mãe e chor am na ausênci a del a; cont udo, podem ser acent uadament e
ambi valent escom el a,quandoamãer egr essa.
N=3.
Quando se f az uma t entati
va de aval iação desses di ferentes padr ões de
compor tament ocomopr ecur soresdof uturodesenvol viment odaper sonal idade, as
oitocr i
ançasdosGr uposSeTpar ecem serasmenossuscet ívei
sdedesenvol ver
uma aut oconf i
ança est ável,combi nada com a conf i
ança em out ras pessoas.
Algumas são passivas em ambas as situações;outr
as expl
oram,mas só
brevement
e.Amai orpart
edelaspareceansi
osaquantoaoparadei
rodamãe,eas
rel
açõescom est
atendem aserext
remamenteambi val
ent
es.
105
f
aixaunif
ormementebai
xa(
1,0a3,5)easdosquat r
obebêsdoGrupoQest
ãonuma
f
aixaint
ermediár
ia(
4,5a5,
5).Essasdif
erençassãoest
ati
sti
cament
esi
gni
ficat
ivas
(
usandooTest eUdeMann-
Whi t
ney).
Asdifer
ençasent
regrupos,namesmadi reçãoe,gr
ossomodo,damesma
ordem demagni tude,sãoi gual ment eapur adasquandoasmãessãocl assi ficadas
nasout rastrêsescal as.Assi m, asmãesdebebêsdoGr upoPobt êm cl assi ficações
el
evadas nas escal as de acei tação- rejeição, cooper ação- int erferênci a e
acessibi li
dadedesconheci ment o.Inver sament e, asmãesdebebêsdosGr uposR, S
eTsãocl assificadasnumaf aixademédi apar abai xaem cadaumadessast rês
escalas.AsmãesdebebêsnoGr upoQmost ram cl assificaçõesquesesi t
uam mai s
oumenosamei ocami nhoent reascl assi fi
caçõesdasmãesdebebêsnoGr upoPe
asdebebêsnosGr uposR, 5eT, respect ivament e.
Éevi dent equeum gr andenúmer odenovosest udosser áai ndanecessár i
o
paraquesej apossí velext rai
rconcl usõescom um al togr audeconf iabilidade.Não
obstant e,ospadr õesger aisdedesenvol vi
ment odaper sonal idadeedei nt eração
mãe-bebêvi síveisaosdozemesesdei dadesãosuf icient ement esemel hant esao
queseobser vadodesenvol viment odaper sonal i
dadeedai nt eraçãoent repai se
fi
lhosem anossubseqüent espar aquesej apl ausívelacr editarqueunssãoos
precursor es dos out r os. Pel o menos,os dados of erecidos por Ai nswor th
demonst r
am queum bebêcuj amãeésensí vel ,acessí veler ecept iva,queacei tao
compor tament odel eeécooper ativanot ratoenor elaci onament ocom el e,est á
muitol ongedeseracr iançaexi gent eei nf elizqueal gumast eor iaspoder iam
suger i
r.Pel o cont rári
o,os cui dados mat er nos desse t ipo são evi dent ement e
compat ívei
scom umacr iançaqueest ádesenvol vendoumamedi dal imi tadade
autoconf i
ançaporvol tadoseupr i
mei roani versár io,combi nadacom um al togr au
deconf i
ançaem suamãeedepr azernacompanhi adel a* (1) .
Out r
asf ortesevi dênci asapont andonessadi reçãof oram apr esent adaspor
Baumr i
nd( 1967) ,quer ealizouum est udomui tomi nuci osode32cr iançasdej ardim
deinfânci a,det rêsequat roanosdei dade, esuasmães.
Assim,at éondeal cançam aspar casevi dênci asdequedi spomos,sust ent a-
se a hi pótese de que uma aut oconf iança bem al icerçada desenvol ve-se
paralelament eàconf i
ançanum dospai s,oqualpr opor cionaàcr iançaumabase
segur aapar ti
rdaqualel ar ealizarásuasexpl orações.
Not
ader
odapé:
*(
1).Publ i
caçõesmaisrecentesdaDr a.Sal
terAinswor
theseuscolegasserão
encontradasnum est
udoder ecapi
tul
açãodeAinswort
h(1977)enumamonografi
a
defi
nit
iva,Ainswor
theOutr
os( 1978).
107
Pont
osdedi
fer
ençaem r
elaçãoàsf
ormul
açõest
eór
icasat
uai
s.
Em t ercei r
ol ugar ,enquant ooconcei todel igaçãosubent endesempr el i
gaçãoa
umaoumai spessoasespeci alment eamadas,oconcei t
odedependênci anão
i
mpl icat alrelaci onament omas, pel ocont r ário, tendeaseranôni mo.
Mui toinf luenci adot ambém pel opapelespeci alat ribuídoàamament açãoeà
or ali
dadenat eor iapsi canal í
ti
caéoconcei t
ode“ objetoi nterno” ,um concei toqueé
ambí guosobmúl t
iplosaspect os( St r
achey, 1941) .Em seul ugarpodesercol ocado
oconcei to,der ivadodapsi cologi acogni tivaedat eoriadocont rol e,deum i ndi ví
duo
que desenvol ve dent ro de simesmo um ou mai s model os oper aci onais
repr esent andoaspr i
nci pai scar act erí
sticasdomundoàsuavol taedesimesmo
comoum agent enessemundo.Tai smodel osdet ermi nam suasexpect ativase
pr evisões, ef or necem- lhei nstrument ospar aaconst ruçãodepl anosdeação.
O que na t eor iat radici
onalé denomi nado um “ objeto bom” ,pode ser
ref ormul ado,dent rodest equadr oder ef er ênci a,comoum model ooper acionalde
umaf igur adel igaçãoqueéconcebi dacomoacessí vel,conf i
ávelepr ontapar a
ajudar ,quandosol icit
ada.Anal ogament e,oquenat eor iat r
adi cionalédesi gnado
comoum “ obj etomau” , podeserr eformul adocomoum model ooper aci
onaldeuma
figur adel i
gaçãoaquem seat r i
buem car act er íst
icast aiscomoacessi bili
dade
i
ncer ta,relutânci aem pr estaraj udaou,t alvez,pr obabi lidadedeumar eaçãohost i
l.
Domesmomodo, pensa- sequeum i ndivíduoconst r
óium model ooper aci onaldesi
mesmo,em r elaçãoaquem osout rosr esponder ãodecer tasf ormaspr evisíveis,O
concei todemodel ooper acionaldoeucompr eendedadosquesãoat ualment e
concebi dosem t er mosdeaut o-i
magem, aut o-est ima, et c.
Em que medi da t ais model os oper aci onais são pr odut os vál idos da
exper i
ênci arealdeumacr iançaaol ongodosanos,ousãover sõesdi st orcidasde
talexper iência, éumaquest ãodesumai mpor tânci a.Ost rabalhosdepsi quiatr i
ada
famí liadosúl timos25 anosapr esentar am numer ososdadossuger indo quea
for maqueomodel oadot aé,def ato,for tement edet ermi nadapel asexper i
ênci as
reai sdeumacr iançadur ant eai nfânci a,mui t
omai sdoquesesupunhaant es.Est e
é um campo de i nt eresse vi tale r equer ,ur gent ement e,uma i nvest igação
especi ali
zada.Um pr obl emacl í
ni coedepesqui saconsi steem queosi ndivíduos
per turbadosf reqüent ement epar ecem mant erdent r
odel esmai sdeum model o
oper aci onalt ant o do mundo como do eu- no- mundo.Al ém di sso,t aismodel os
múl t
iplossãof reqüent ement eincompat ívei sent resiepodem sermai soumenos
i
nconsci entes.
Talvezset enhaditoosufici
ent
eparamostr
arqueoconceit
odemodelos
operacionaisécent r
alparaoesquemapropost
o.Oconcei
topodeserel
abor
adoa
fi
m deper mi t
irquemuitosaspect
osdaest
rut
ura
110
daper sonali
dadeedo mundo i nterno sejam descri
tosdemodo aaut orizara
pesquisari
gorosaeadef i
niçãoprecisa.
Assim, ateori
aaquipropostanãosóest áenunci adaem l
inguagem dif
er ent
e,
mascont ém numerososconceitosdisti
ntosdaquelesusadospelateori
atradicional
.
Entr
emui t
asout r
ascoisas,essesconcei tospermitem umanovaabor dagem do
vel
hopr oblemadaansiedadedesepar ação,aqual,quandoexcessiva,éi
nimi gado
desenvolvi
mentodaauto-confi
ança.
Opr
obl
emadaansi
edadedesepar
ação.
Embor a na i nfânci a si t
uações desse gêner o suscitem medo mai sf áci le
i
nt ensament e, éinútilfingirqueosadul t
osest ãoacimadessascoi sas.Qualificaros
medosdesset ipocomo“ infantis”,comosef azf r
eqüentement e,équer erf ugira
umapor çãodequest ões.
Éi mpr essionant ever ifi
carcomoexi stem tãopoucosest udosempí ri
cosdas
situaçõesquecomument edesper t
am medoem ser eshumanos, depoisdot rabal ho
sistemáticodeJer sildnoi níciodadécadade1930.Aspubl icaçõesem queel es
foram divulgados( porexempl o,Jersil
deHol mes, 1935;
Jersild, 1943)sãomi nasde
i
nf ormaçõesút eis.
Em cr iançasent reosegundoeoqui ntoanosdevi da,r elat
aJer sil
d,exi ste
um cer t
onúmer odesi tuaçõesbem def ini
dasquehabi t
ual ment esusci t
am medo.
Porexempl o,asdescr içõesde136cr ianças,num per í
ododet r êsmeses,most ram
quenadamenosde10% del asmost raram medo,pel omenosnumaocasi ão,
quandocol ocadasem conf r
ont ocom cadaumadassegui ntessi t
uações:(a)r uídoe
eventos associ ados a r uído;( b)al tura;( c)pessoas est ranhas,ou pessoas
conhecidascom i ndument áriaest r
anha;( d)objet
osesi t
uaçõesdenat urezainsól ita;
(e)animai s;(f)doroupessoasassoci adasàdor .
Também exi stem pr ovas abundant es de que as cr ianças mani f
est aram
menosmedoquandoacompanhadasdeum adul todoquequandosozi nhas.Par a
qual querpessoaf ami l
iari
zadacom cr ianças,essesdadosdi f
icil
ment epodem ser
consi der adosr evol ucionár ios.
Ent retanto,nãoénadaf áci
lhar moni zá-loscom ospr essupostosdosquai s
par t
eamai or i
adat eor i
zação.Fr eudt inhaper fei
tanoçãodi ssoeconf essou-se
perpl exocom opr obl ema.Ent r eassol uçõesqueel ebuscouest áat ãoconheci da
tentat i
vadedi stingui rent reum per i
gor ealeum per igoimagi nário.At esequeel e
expõeem I nibições,Si ntomaseAnsi edade( 1926),podesersi nteti
zada,usando
suaspr ópr i
aspal avr as:“ Um per i
gor ealéum per i
goqueameaçaumapessoa,
oriundodeum obj etoext erno” .Portanto,sempr equeaansi edadeé“ acer cadeum
perigoconheci do” ,podeserconsi deradacomouma“ ansiedader eali
sta”;aopasso
que,sempr e que f or“ acer ca de um per igo desconheci do”,ser á“ ansi edade
neur ótica”.Comoomedodeest arsozinho, noescur ooucom est r
anhos, émedo, na
opiniãodeFr eud,deper i
gosdesconheci dos,deveserconsi deradoneur ót ico(S.E.
,
Vol .20,pp.165- 7) .Al ém di sso,como t odasascr i
ançasexper iment am esses
medos,sust enta-se que t odas as cr ianças sof rem de neur ose (pp.147- 8)
.
Cer t
ament e, hámui tosquenãosesat isfazem com t alsolução.
Asdi ficuldadescom queFr eudsedebat eudesapar ecem quandoseadot a
umaabor dagem compar at ivadomedohumano.Poi sevidenci a-sequeohomem
nãoé, em absol ut o, aúni caespéci equedemonst ramedo
113
em si tuaçõesquenãosãoi ntri
nsecament edol orosasouper igosas( Hinde,1970) .
Ani mai sdemui tasespéci esapr esent am um compor t
ament odemedoem r espost a
ar uí
doseout rasmudançasbr uscasdeest i
mul ação,ao escur o et ambém a
estranhoseaevent osi nsól i
tos.Oabi smovi sualeum est ímul oquer apidament ese
expande t ambém susci t
am medo,r egularment e,em ani mais de numer osas
espéci es.
Quando i ndagamos como é que si tuações desses t i
pos podem t ão
facilment eger aromedoem ani mai sdet antasespéci es,nãoédi f
íci
lper ceberque,
embor anenhumadel assej ai ntrinsecament eper igosa, cadaumadessassi tuações
é,em cer t
ogr au, potenci alment eper i
gosa.Porout raspal avras, enquant onenhuma
delascont ém um al tor i
sco,cadaumadel ascompor taum r iscol i
geirament emai s
elevado, mesmoqueesser iscoaument e,digamos, de1%par a5%.
Vistasobest epr isma,cadaumadessassi tuaçõescausador asdemedoé
consi deradaum i ndícionat ur aldemai orrisco.Reagi rcom medoat odasessas
situaçõesé,por tant o,reduzi rosr iscos.Comot alcompor t
ament opossuival orde
sobr evivência,ar gument a-sequeoequi pament ogenét icodeumaespéci etoma- se
talquecadaum deseusmembr os, aonascer ,tendeasedesenvol verdemanei raa,
usual ment e,passarasecompor tardessaf ormat í
pica.O homem nãoconst itui
exceção.
Umadi sti
nçãoaquii nvocada,equeéum l ugarcomum par aoset ologistas
masumaf ontedemui t
aconf usãoeper pl
exidadepar aospsi cólogosexper iment ai s
ecl í
nicos,éadi st
inçãoent recausaçãoef unçãobi ológica— porum l ado,as
condi ções que causam o compor t
ament o e,porout ro,a cont r
ibuição desse
compor tament opar aasobr evivênci adaespéci e.Nest at eoria,consider a-sequeo
estranhament oeout rossi naisconcr etosdesempenham,cadaum del es,um papel
causalnager açãodocompor tament odemedo;enquant oqueaf unçãodet al
compor tament oéapr oteção.
Talvez a di stinção ent re a causa e a f unção de um det ermi nado
compor tament opossaserescl ar
ecidacom r eferênciaaocompor t
ament osexual ,
em queadi sti
nçãoét ãoóbvi a,queger al
ment eél idacomocer t
aevi rtualmente
esquecida.Em t ermoscl aros,adi sti
nçãoéassi m descri
ta:osestadoshor monais
do organi smo ecer tascar acter
íst
icasdo par ceiro do sexo opostol evam,em
conjunto,aoi nt
er essesexualedesempenham papéi scausaisnapr oduçãodo
compor tament osexual .A f unçãobi ológicadessecompor tamento,entretanto,é
umaout raquest ão;éar eprodução.Umavezquecausaçãoef unçãosãodi st
intas,
épossível, pormei odacont racepção, i
nterferi
rentreocompor t
amentoeaf unçãoa
queeleser ve.
Em ani maisdet odasasespéci esnão- humanas, ocompor tamento
114
sepr ocessasem queoani mal( pr esumi vel ment e)t enhaqual queri nsi ghtdaf unção.
Omesmopodeserdi todamai or iadosser eshumanos,amai orpar tedot empo.
Sobest epr isma,nadahádesur pr eendent enof atodeosser eshumanosr eagirem
habitualment ecom um compor t ament odemedoem cer tassi tuações,apesarde
um obser vadordef or apodersaberque,em t aissi t
uações,oaument odor i
scode
vi
daémí ni mo,ounem mesmoi sso.Noi nício,apessoasi mpl esment er eageà
si
tuação— umasúbi tamudançaouum al toní velder uído,um r ost oest r
anhoou
um acont eciment oi nsól ito,um movi ment obr usco—enãoaqual querest i
mat ivade
ri
sco.Ocál culopr udent eder iscopodeounãosesegui r.
Asepar açãor el utantedeumacr i
ançadeseuspai s,oudeum adul t
odeum
companhei roem quem conf ia,podesersi mpl esment econsi der adacomouma
outrasi t
uaçãodomesmogêner o,embor asej aum exempl oum t antoespeci al.
Mesmoem comuni dadesci vil
izadas, existem mui t
asci rcunst ânci asem queor i
sco
é um t ant o mai orquando um i ndivíduo est á sozi nho do que quando est á
acompanhado.I ssoacont eceespeci alment edur anteai nf ânci a.Porexempl o,os
ri
scosdeaci dentesem casaobvi ament esãomai oresquandosedei xaumacr i
ança
sozinhadoquequandoopaiouamãeest ãoporper to.Omesmopodeserdi tode
aci
dent esnar ua.Em 1968,nodi strit
ol ondr i
nodeSout hwar k,46% det odosos
aci
dent esdet rânsi toocor rer am com cr iançasdemenosde15anos,com amai s
al
tai ncidênci anogr upoet áriodost rêsaosnoveanos.Mai sde60% dessas
cri
ançasest avam compl etament esozi nhas, edoi st erçosdasr est ant esestavam na
companhi adeapenasumaout racr i
ança.Par aosvel hosoudoent es, vi
versozi nho
éum r i
sconot ório.Mesmopar aadul t
ossaudávei s,excur si onarpel asmont anhas
oupr ati
caral pinismosozi nhosi gni fi
ca, mat eri
alment e, aument aror iscodevi da.No
meioambi enteem queohomem evol ui u,osr i
scosqueacompanham oest ar
sozinhodevem t ersi do,porcer to,mui tomai or es.Umasi mpl esr ef l
exãomost ra,
portanto,que,comoest arsozi nhoaument aor isco,nãof altam r azõespar aqueo
homem t enhadesenvol vidosi st emascompor tament ai squeol evam aevi tá-lo.No
casodosser eshumanos,r eagi rcom medoàper dadeum companhei roem quem
seconf ianãoé, poi s, mai sdesconcer tant edoquer eagi rcom medoaqual querdos
outros indí cios nat urais de per igo pot encial— est ranheza,movi mento súbi to,
mudançabr uscaoual toní velder uí do.Em t odososcasos,r eagi rassi mt em val or
desobr evi vênci a.
Umacar act erísticamui toespeci aldocompor tament odemedoem ser es
humanos e em out ros ani mai s é o gr au em que r ecr udesce em si tuações
caracterizadaspel apr esençadedoi soumai ssinai sconcr et os;por
115
exempl o, oest ranhoquesubi tament eseapr oxi ma, ocãodesconheci doqueui va, o
ruídoi nesper adoqueseouvenoescur o.Coment andosobr easobser vaçõesf eitas
dur ante21 di asporpai sacer ca desi tuaçõescausador asdemedo,Jer silde
Hol mes ( 1935)assi nalam que combi nações de duas ou mai s das segui ntes
car acterísticas f oram f reqüent ement e ci t
adas em conj unto:r uído,pessoas e
situaçõesest ranhas,oescur o,movi ment obr uscoei nesper ado,eest arsozi nho.
Enquant o que uma si tuação assi nal ada poruma úni ca dessas car acter ísticas
poder á apenas al er taro i ndi víduo,o medo,mai s ou menos i ntenso,pode
per fei
tament esersusci tadoquandovár iasdel asest ãopr esentesem conj unt o.
Por quear espost aaumacombi naçãodef atoresé,com f reqüênci a,mui to
mai orou di ferent e do que a r espost a a qual querum del es i soladament e,é
conveni entedesi gnart aissi tuaçõescomo“ compost os”,um t ermoescol hidopar a
l
embr araanal ogiaquí mi ca( Bowl by,1973) .
Em conf ormi dade com out ros dados sobr e os ef eitos de si tuações
compost as, osexper iment oscom cr iançasecom macacosr hesus( Rowel leHi nde,
1963)most ram aenor medi ferençadei nt ensi dadedasr eaçõesdemedosegundoa
presençaouausênci adeum companhei rodeconf iança.Porexempl o,Jer silde
Hol mes ( 1935)apur aram que,quando cr ianças de t rês e quat ro anos f oram
solicitadasai rapanharumabol aquer ol arapar aum cor redorescur o,met adedel as
recusar am- seaf azê- l
o, apesardosi nci tament osdosexper i
ment ador es.Ent retant o,
quandoum dosexper i
ment ador esasacompanhou,quaset odasascr i
ançasse
most r
ar am di spost asai rpr ocur arabol anoescur o.Di f
erençasdomesmot ipo
foram obser vadas em mui tas out ras si tuações l evement e assust ador as,por
exempl o, quandoumacr i
ançaf oisol icitadaaapr oxi mar -sedeum cachor roi menso,
presoporumacor rent e,eacar iciá-lo.
Essesr esul tadoshar moni zam- sedet almodocom aexper iênci acomum que
podepar ecerabsur doal ongar mo- nosem suadescr i
ção.Ent r
etant o, éevi dent eque,
quandopsi cólogosepsi qui atraspassam at eorizarsobr eomedoeaansi edade,o
signi f
icadodessesf enômenoséser iament esubest i
mado.Porexempl o,quandose
prest aadevi daat ençãoaessesr esultados, deixadeserum mi stérioque, em quase
todasassi tuaçõesf ami li
ar es, omedoeaansi edadesej am gr andement er eduzi dos
pelamer apr esençadeum companhei rodeconf iança.Tai sconcl usõeshabi lit
am-
nosacompr eendert ambém porqueaacessi bili
dadedospai sesuadi sponi bi l
idade
par ar esponderdáaumacr i
ança,um adol escent eouum j ovem adul tocondi ções
par asesent irem segur os,eumabaseapar ti
rdaqualpodem conf iant ement e
procedera expl or ações.El uci dam- nos i gual ment e sobr e o modo como,da
adol escênci a em di ante,out ras f i
gur as de conf iança passam a t erf unções
semel hant es.
116
I
ssonoslevadevol t
aaopont odepar ti
dadenossaar gumentaçãoeaj udaa
expli
carporque o apoi o deci
dido e sistemático dos pais,combi nado com o
encorajamentoeor espei
topelaaut onomiadeumacr iança,muitolongedeabalara
autoconfi
ança,f
ornece,pelocontrário,ascondiçõesem queel apodedesenvol ver
-
semel hor.Também aj udaaexpl icarporque,i nversamente,umaexper i
ênciade
separaçãoouper da,ouameaçasdesepar açãoouper da,especial
ment equando
usadaspelospaiscomosançõespar ainduzirobom compor tamento,podem abalar
aconf i
ançadeumacr iançanosout r
oseem simesma,acar r
etandoassim um ou
outrodesviododesenvol vimentoót imo— af altadeconf i
ançaem simesma,a
ansiedadeoudepr essãocrônica,onão- envolvi
mentodi st
anteouai ndependência
arrogant
equesoafalso.
Umaautoconfiançabem fundamentada,podemosconcl ui
r,é,ger
almente,o
produtodeum cresci ment
ol ent
oenãor epri
mido,dainfânci
aat éamat uri
dade,
duranteoqual,atravésdai nter
açãocom out ros,i
ncent
ivadoreseconf i
ávei
s,a
pessoaaprendeacombi naraconfiançanosoutroscom aconfi
ançaem simesma.
117
7.For
maçãoer
ompi
ment
odeví
ncul
osaf
eti
vos*
(1)
.
Et
iol
ogi
aepsi
copat
ologi
aàl
uzdat
eor
iadal
igação.
Not
ader
odapé:
*(
1).Origi
nalmentepubl
icadoem Bri
ti
shJour
nalofPsychi
atry(
1977),130:201-
10e
421-31.Reimpressocom per
missãodoRoyalCol
legeofPsychi
atr
ist
s.
119
Not
ader
odapé:
*(
1).Acitaçãoédeum ensai
odeMaudsleypubli
cadoem 1860.Porestaeoutr
as
i
nformaçõessobreavi
daeobr adeMaudsl
ey,est
ougratoàdescri
çãofei
taporSir
AubreyLewisna25Conf
erênci
aMaudsl
ey(Lewis,
1951).
120
Issoi mpl i
caqueopaci ent erevej aessasexper iênci asdomodomai shonest o
possível,uma r evisão que o t erapeut a pode apoi arou i mpedi r.Numa br eve
exposição,sóépossí velenunci arpr incípioseosf undament osl ógicosqueos
subent endem.Começamoscom um br eveesboçodoqueseent endeport eor iada
l
igação.( Paraumadescr i
çãomai scompl etadosdadosem quesebasei a,os
conceitosempr egadoseosar gument osaseuf avor ,com t odasasr eferênci as,ver
ostrêsvol umesdeAt tachmentandLoss, Bowl by,1969, 1973, 1980. )
At é meados da década de 1950,só pr edomi nava um pont o de vi st
a
expli
citament efor mul adosobr eanat urezaeor igem dosví nculosaf eti
vos, e, sobre
essaquest ão,haviaconcor dânciaent r
epsi canali
st aset eóricosdaapr endi zagem.
Osví nculosent rei ndi víduosdesenvol vem- se,segundoer asust entado,por queum
i
ndivíduodescobr eque,par asat i
sfazercer tosi mpul sos,comoporexempl ode
ali
ment ação nai nf ânci aedesexo navi daadul ta,énecessár io um out ro ser
humano.Esse t i
po de t eoria propõe duas espéci es de i mpul sos,pr i
már ios e
secundár ios;cl assifica o al i
ment o e o sexo como i mpul sos pr imár ios,e a
“dependênci a”eout rasr elaçõespessoai scomosecundár i
os.Embor aost eór i
cos
das r elações obj et ais( Bali
nt,Fai r
bai rn,Gunt ri
p,Kl ein,Wi nnicott)t ent assem
modificaressaf ormul ação,osconcei tosdedependênci a,or alidadeer egr essão
persi
st i
ram.
Osest udosdosef eit
osper niciososdapr ivaçãodecui dadosmat ernossobr e
odesenvol viment odaper sonal i
dadel evaram-meaquest i
onaraadequaçãodo
model ot radici
onal.Noi níciodadécadade1950,ost rabal hosdeLor enzsobr e
i
mpr inting,quet i
nham si dopubl i
cadosor igi
nal menteem 1935,t omar am-semai s
geralment econheci doseof ereceram umaabor dagem al ter
nativa.Lor enzt inha
veri
ficadoque,pel omenosem al gumasespéci esdeaves,dur anteospr i
mei ros
dias de vi da,desenvol vem- se fortes víncul os com uma f igura mat erna,sem
qualquerr eferênciaàal iment açãoesi mpl esment eatravésdaexposi çãodof i
lhote
àf i
gur aem quest ão,com aqualsef ami l
iari
zou.Ar gument andoqueosdados
empí ri
cossobr eodesenvol viment odol açodeum bebêhumanocom suamãe
podem sermel horentendi dosem t ermosdeum model oder i
vadodaet ol
ogi a,
deli
neeiuma t eoria da ligação num ensai o publ i
cado em 1958.Si multânea e
i
ndependent ement e,Har l
ow ( 1958)publ i
cou os r esul t
ados de seus pr i
mei ros
estudos com f ilhotes de macacos r hesus cr iados com bonecos como mães-
subst i
tutas.Um bebêmacaco,apur ouHar l
ow,agar rar-se-
áaum bonecoquenãoo
ali
ment a, desdequeessebonecosej amaci oeconf ortável
.
Dur anteosúl t
imos15anos, foram publ i
cadosnumer ososestudosempí ricos
sobrecr ianças( porexempl o, RobertsoneRober tson,1967-72;
121
Heini ckeeWest heimer ,1966;Ai nswor th,1967;Ai nswor th,Bel leSt ayt on,1971,
1974;Bl ur t
onJones,1972) ,at eor iaf oiconsi der avel ment eampl i
ada( porexempl o,
Ainswor th,1969;Bowl by,1969;Bi schof ,1975) ,ef oiexami nadaar elaçãoent rea
teoriadal igaçãoeat eoriadadependênci a( MaccobyeMast er s,1970;Gewi rtz,
1972)* (1).For am pr opost asnovasf ormul açõesar espei todaansi edadepat ol ógica
edaf obi a( Bowl by,1973) ,assi m comodol utoesuascompl i
caçõespsi quiátricas
(porexempl o,Bowl by, 1961c;Par kes, 1965, 1971a, 1972) .Par kes( 1971b)ampl ioua
teoriapar aabr angert odaagamader eaçõesobser vadassempr equeumapessoa
sedef ront acom umai mpor tant emudançaem suasi tuaçãovi tal.For am f eitos
mui tosest udosdecompor tament ocompar ávelem espéci espr imat as( veroexame
crí
ticodessesest udosporHi nde, 1974) .
Em suma, ocompor tament odel igaçãoéconcebi docomoqual querf or made
compor tament o que r esul t
a em que uma pessoa al cance ou mant enha a
proximi dade com al gum out roi ndivíduo di ferenci ado e pr ef eri
do,o qualé
usual ment econsi der adomai sf or tee( ou)mai ssábi o.Embor asej aespeci alment e
evident edur anteospr i
mei rosanosdai nfânci a,sust enta- sequeocompor tament o
del igaçãocar acteri
zaosser eshumanosdober çoàsepul tura.Incluiochor oeo
chamament o,que susci t
am cui dados e desvel os,o segui ment o e o apego,e
também osvi gorosospr otest osseumacr iançaf icarsozi nhaounacompanhi ade
estranhos.Com ai dade,af r
eqüênci aei ntensidadecom queessecompor tament o
se mani fest a dimi nuem gr adat ivament e.No ent ant o,t odas essas f ormas de
compor tament oper sist em comopar teimpor tantedoequi pament ocompor t
ament al
dohomem.Nosadul tos,el assãoespeci alment eevi dent esquandoumapessoa
estáconst er nada,doent eouassust ada.Ospadr õesdecompor tament odel igação
mani f est adosporum i ndivíduodependem,em par t
e,desuai dadeat ual,sexoe
cir
cunst ânci as,e,em par t
e,dasexper i
ênci asquet evecom f i
gurasdel igaçãonos
primei rosanosdesuavi da.
Comoum mododeconcei tuaramanut ençãodapr oximi dade,at eor iada
l
igação,em cont r
ast e com a t eoria da dependênci a,enf atiza as segui ntes
caract er ísticas* (
2):
(a)Especi ficidade.O compor t
ament o del i
gação édi rigido par aum ou al guns
i
ndi víduosespecí ficos, ger alment eem or dem cl aradepr ef erência.
(b)Dur ação.Umal i
gaçãoper siste, usual ment e,porgr andepar tedoci clovi t
al.
Not
ader
odapé:
*(
1).Outroscamposcl i
nicament eimportantesaqueat eori
adal i
gaçãof oiapli
cada
efi
cazmentesãoasor i
gensdoví nculomãe- bebêduranteoper íodoneonat al
,por
MarshallKlauseJohnKennel l(1976),distúr
biosdorelaci
onament oconj ugal
,por
JanetMat tinson e I
an Si nclai
r( 1979) ,e as conseqüências emoci onais da
separaçãoconjugal
,porRober tS.Weiss( 1975).
*(
2).Aodescr everest
ascar acterí
sti
cas,baseio-menot ext
odeum ar t
igo( Bowlby,
1975)escritoparaoVol ume6doAmer icanBookofPsychi at
r yO1975byBasi c
Books,Inc.
,eagradeçoaosseusor ganizadoreseedi
torespelaper mi
ssãopar afazê
-l
o.
122
Not
ader
odapé:
*(
1).Emboraest
eparágraf
osejapoucodifer
entedeparágr
afossemelhantesnos
capí
tul
os4e6,deixo-
oinal
ter
adoporque,sem el
e,est
ecapí
tul
ofi
cari
aser i
amente
i
ncomplet
o.
123
Issoocorrepor que,atéagora,ocompor t
amentosóf oimi nuciosamenteestudado
em crianças,Oqueseexpõe,ent ret
anto,éapli
cáveltambém aadul toseaquem
querqueest ej
aat uandoparaelescomof i
gur
adel igação— f r
eqüentementeum
cônjuge,algumasvezesum dospai se,com freqüênciamai ordoquesepoder i
a
supor,um fil
ho.
Foiassinaladoem (f)que,quandoamãeest ápr esenteouseupar adeir
oé
conhecidoeel aestádispostaapar t
ici
parnum intercâmbi oami st
oso,acr i
ança
ger alment edei xadeapr esent arocompor tament odel igaçãoepr ef ereexpl or aro
seu mei o ambi ent e.Nessa si tuação,a mãe pode serconsi der ada como a
fornecedor adeumabasesegur aapar tirdaqualacr i
ançaf arásuasexpl orações, e
àqualr egressar á,sobr et udoquandosecansarouseassust ar.Nor est ant edesua
vida,apessoaésuscet íveldemani fest aromesmopadr ãodecompor t
ament o,
afast ando- secadavezmai seporper íodoscadavezmai oresdaquel esaquem ama,
aindaquemant endosempr eocont atoer egr essando,mai scedooumai st ar de.A
baseapar tirdeondeum adul tooper aser áasuaf amí l
iadeor i
gem,ouent ãouma
novabasequeel ecr i
oupar asimesmo.Qual queri ndi víduoquenãopossuat albase
éum sersem r aí zesei nt ensament esol itário.
Na descr ição f eita at é agor a,f oram menci onados doi s padr ões de
compor tament oal ém dal i
gação, ousej a, aexpl oraçãoeocui dar .
Existem hoj eevi dênci asabundant esqueapói am opont odevi stadequea
atividadeexpl or at óriaédegr andei mpor t
ânci aperse,habi lit
andoum ani malou
umapessoaaf ormarum quadr o coer entedascar act er í
sticasambi ent aisque
podem,em qual quer moment o,t or nar -se i mpor t
ant es par a a sobr evi vênci a.
Criançaseout rascr iat urasmui toj ovenssãonot oriament ecur i
osasei ndagador as,
oqueasl evacomument easeaf ast arem desuasf igur asdel igação.Nest esent ido,
o compor tament o expl or at ório é ant itét i
co do compor tament o de l i
gação.Em
i
ndi víduossaudávei s, osdoi st iposdecompor tament onor mal ment eseal t
er nam.
Ocompor tament odospai s,edequal querpessoaquesei ncumbadopapel
decui dardacr iança,écompl ement ardocompor tament odel igação.Af unçãode
quem di spensaessescui dadosconsi st eem,pr i
mei ro,est ardi sponí velepr ont oa
atenderquandosol icitado, e, segundo, i
nt ervirj udi ciosament enocasodeacr iança
ouapessoamai si dosadequem secui daest arpr est esamet er-seem apur os.Não
sói ssoconst ituium papelbási co,comoexi stem pr ovassubst anci aisdequeo
modocomoédesempenhadopel ospai sdet er mi na,em gr auconsi der ável ,sea
criançaser áment alment esaudávelaocr escer .Poressar azão, et ambém por queé
esse o papelque desempenhamos quando agi mos como psi coter apeut as,
sust ent amosqueanossacompr eensão do mesmo ser evest edei mpor tânci a
cruci alpar aapr át i
cadapsi cot er api a.
125
Um out ro pont o pr ecisa ser assi nal ado,ant es de exami nar mos as
i
mpl icaçõesdesseesquemapar aumat eor i
adaet iol ogiaepsi copat ologi a,e,por
consegui nte,par aapr át icapsi cot er apêut ica.Ref er e-seànossacompr eensãoda
ansi edadee, em par ticul ar,daansi edadedesepar ação.
Um pr essupost omui tocomum dast eor iaspsi qui átricasedapsi copat ologi a
édequeomedosódevemani f
est ar-seem si tuaçõesquesej am ver dadei rament e
per i
gosas,equeomedoquesemani fest aem qual querout rasituaçãoéneur ótico.
Istol evaàconcl usãodeque, comoasepar açãodeumaf igur adel igaçãonãopode
serconsi der adaumasi tuaçãover dadei rament eper igosa,aansi edadeem t or noda
separ açãodessaf igur aé,por tant o,neur ótica.Oexamedasevi dênci asmost raque
tant oopr essupost oquant oaconcl usãoaquel evasãof alsos.
Quandoabor dadaempi ri
cament e,ver i
fica- sequeasepar açãodeumaf igur a
del igaçãoper tenceaumacl assedesi t
uaçõespassí veisdesusci tarmedo,sendo
que,noent anto,nenhumadel aspodeserconsi der adai ntr i
nsecament eper igosa.
Essas si tuações i ncl uem,ent re out ras,o escur o,as mudanças súbi tas e
acent uadasno ní veldeest í
mul o:r uí dosf ortes,movi ment osbr uscos,pessoas
est ranhasecoi sasi nsól itas.Háevi dênci asdequeani mai sdemui tasespéci esse
alarmam em t aissi tuações( Hinde,1970) ,edequei ssot ambém éver dadei rono
caso decr ianças( Jer si l
d,1947) ,emesmo deadul tos.Al ém di sso,o medo é
especi alment esuscet í
veldeserpr ovocadoquandoduasoumai sdessascondi ções
estãosi mul taneament epr esent es, porexempl o, ouvi rum r uídof or tequandoseest á
sozi nhonoescur o.
Sust ent a-sequeaexpl icação dosmot i
vospel osquai st ão r egul arment e
i
ndi víduosr eagem com t emoraessassi tuaçõeséque,embor anenhumadas
situaçõessej ai nt r
insecament eper igosa, cadaumadel ascompor taum r iscomai or.
Ruí do,est ranhament o,i sol ament oe,par amui tasespéci es,aescur idão,sãoout ras
tant ascondi çõesest ati
st icament eassoci adasaum r iscomai or.Or uídopodesero
prenúnci odeum desast renat ural:i ncêndi o,i nundaçãoout err emot o.Par aum
animalj ovem,um pr edadoréest r
anho,movi ment a-see,com f reqüênci a,at acade
noi te,sendomui tomai spr ovávelqueof açaquandoaví ti
maest ásozi nha.Como
talcompor tament o pr omove assi m o êxi to da sobr evivênci a e da pr ocr i
ação,
prosseguea t eor ia,ver ifica-sequeosj ovensdasespéci esquesobr evi veram,
i
ncl uindoohomem,sãogenet i
cament epr opensosasedesenvol ver em demodoa
reagi r ao r uído,est ranheza,apr oximação súbi t
a e escur i
dão; as r eações
car act erísticas,em t aiscasos,sãoaaçãodeevi taçãoouaf uga— def at o,el esse
compor tam como se o per i
go est ivesse r eal ment e pr esent e.De um modo
compar ável ,reagem aoi sol ament opr ocur andocompanhi a.Asr espost asdemedo
susci tadas pel a ocor rênci a nat uralde t aisi ndí cios de per i
go f azem par te do
equi pament ocompor tament albási codohomem ( Bowl by,1973) .
126
Vi stasobest epr i
sma,aansi edadeem t omodasepar açãoi nvol unt ár i
ade
umaf igur adel i
gaçãoassemel ha-seàansi edadequeocomandant edeumaf orça
expedi cionár iasent equandoascomuni caçõescom asuabasesãocor tadasou
ameaçadas.
Issol evaàconcl usãodequeaansi edadeem t omodeumasepar ação
i
nvol unt áriapodeserumar eaçãoper feitament enor malesaudável .Oquepodeser
difícildeexpl i
caréporquet alansi edadeédesper tadaem al gumaspessoascom
umai ntensi dadet ãogr andeou, aocont r ário,em out ras, com t ãopoucai nt ensi dade.
Issonosconduzaquest õesdeet iologi aepsi copat ologi a.
Aol ongodet odoest esécul o,t em si doaci rradoodebat esobr eopapeldas
exper i
ênci as i nf antis na causação dos di st úrbios psi qui át r
icos.Não só os
psiqui at rasdement alidadet radi cionalt êm si docét i
cosquant oài mpor tânci ade
taisexper i
ênci as,comot ambém ospsi canal istas,nasdécadasde1960e1970,
most rar am umaat i
tudei dênt ica.Dur ant emui tot empo, amai or i
adosanal ist asque
atribuem i mpor tânci aàexper iênci adavi dar ealconcent raram suasat ençõesnos
doi sout rêspr imei rosanosdevi daeem cer tast écni caspar acui dardecr i
anças—
omodocomoum bebêéal i
ment adoer ecebet reinament odehi giene—nof at odea
criançapr esenci arounãoasr elaçõessexuai sdospai s.A at ençãoài nt eração
fami l
iareaomodocomoospai str atam umacr iançanãof oiest imul ada.Def ato,
algunsext remi st assust ent aram queoest udosi stemát icodasexper iênci asdeuma
pessoanosei odesuaf amí li
aest áf or adosi nter essespr ópr iosdeum psi canal i
sta.
Ni nguém quesededi queàpsi qui at ri
ai nfant i
l,mel hordenomi nadapsi quiatri
a
fami l
iar,podecompar til
hardet alpont odevi st a.Numagr andemai or i
adecasos,
nãosóexi st em evi dênci asder elaçõesf ami l
iar esper tur badasmas,habi tual ment e,
predomi nam pr oblemas emoci onai s dos pai s que der ivam de suas pr ópr i
as
i
nf ânci asi nf elizes.Assi m,sempr emepar eceuqueopr obl emanãoconsi steem
estudarou não o ambi ent ef ami li
arde um paci ente mas em deci di rque
car act erísticassãoi mpor tant es, quemét odosdei nvest i
gaçãosãoexeqüí vei seque
ti
podet eor iaseaj ust amel horaosdados.Umavezquemui t
osout r
osadot ar am o
mesmopont odevi sta,umaquant idadeconsi der áveldepesqui sasr azoavel ment e
conf iávei svem sendor eal izadapori nvest igador esor iundosdevár iasdi scipli
nas.É
com basenosr esul t
adosdessaspesqui sas,i nterpr etadosem t ermosdat eor iada
l
igação, queof ereçoagor aasgener al izaçõeseasi déi asqueseseguem.
127
Opont of undament aldemi nhat eseéqueexi steumaf or ter el açãocausal
ent reasexper iênci asdeum i ndi víduocom seuspai sesuacapaci dadepost erior
par a est abel ecer ví ncul os af et i
vos,e que cer tas var i
ações comuns dessa
capaci dade,mani festando- seem pr obl emasconj ugai seem di ficuldadescom os
fi
lhos,assi m comonossi nt omasneur ót i
cosedi st úrbiosdeper sonal idade,podem
serat ribuí dasacer t
asvar i
açõescomunsnomodocomoospai sdesempenham
seuspapéi s.Mui tasdasevi dênci asem queat esesebasei asãor et omadasno
segundovol umedeAt tachmentandLoss( Capí tulo15em di ant e) .A pr incipal
var i
ávelpar aaqualchamoaat ençãoéogr auem queospai sdeumacr i
ança( a)
l
hef or necem umabasesegur ae( b)aest imul am aexpl or arapar ti
rdessabase.
Nessespapéi s,odesempenhodospai svar i
asegundovár iospar âmet ros, dosquai s
omai si mpor t
ant e, porqueper mei at odasasr elações, t
al vezsej aogr auem queos
paisr econhecem er espei tam odesej oeanecessi dadequeacr iançat em deuma
basesegur a,eaj ust am seucompor tament oai sso.I stoi mpl i
ca,em pr imei rol ugar,
umacompr eensãoi ntuitivadocompor tament odel i
gaçãodeumacr iançaeuma
disposi çãopar asat i
sfazê- loe,nomoment oadequado,t ermi ná- lo;e,em segundo
l
ugar ,or econheci ment odequeumadasf ont esmai scomunsder aivanacr iançaé
af rust ração do seu desej o de amore cui dados,e de que a sua ansi edade
ger alment er efleteai ncer tezaquant oàdi sponi bil
idadedospai s.Compl ement arem
i
mpor tânci aaor espei todospai spel osdesej osdel igaçãodeumacr i
ançaéo
respei topel oseudesej odeexpl or areampl iargr adual ment esuasr elaçõescom
criançasdesuai dadeecom out rosadul tos.
Aspesqui sassuger em que, em mui tasár easdaGr ã-Br etanhaedosEst ados
Uni dos,mai sdamet adedapopul açãoi nfant ilest ácr escendonacompanhi ade
paisquepr opor ci onam t ai scondi çõesaseusf il
hospequenos.Ger alment e,essas
criançascr escem segur aseaut oconf i
ant es, emost r
am- seconf i
ant es, cooper ati
vas
epr est ativaspar acom asout raspessoas.Nal i
t eraturapsi canal ít
ica,di z-
seque
umapessoaassi mt em um egof or t
e;epodeserdescr i
tacomoal guém queé
dot adode“ conf iançabási ca”( Er i
kson,1950) ,“ dependênci amadur a”( Fairbai r
n,
1952) ,ou“ int r
oj et ouum obj etobom”( Kl ein, 1948) .Nost er mosdat eoriadal igação,
apessoaédescr i
tacomot endoconst ruí doum model or epr esent aci onaldesi
mesmacomosendocapazdeseaj udaremer ecedor adeseraj udadasesur girem
dificuldades.
128
Porout rol ado, mui tascr ianças( em al gumaspopul ações, um t er çooumai s)
crescem com pai squenãoof erecem essascondi ções.Cumpr eassi nal araquique
of ocodeat ençãoest ánasr el
açõesqueospai st êm com um det ermi nadof i
lho,
umavezqueospai snãot ratam t odososf il
hosdamesmamanei raepodem
propor cionarcondi çõesexcel entespar aum econdi çõesmui toadver saspar aum
out ro.
Consi der emos al guns dos padr ões de desvi o mai s comuns de
compor tament odel igaçãoapr esent adosporadol escent eset ambém poradul tos,
com exempl osdeexper i
ênci ast ípicasdai nfânci aqueaquel esqueapr esent am t ais
padr õespr ovavel ment et i
ver am quandocr ianças, et alvezai ndat enham.
Mui t
os daquel es que são encami nhados a psi quiat
ras são i ndivíduos
ansiosos,i nsegur os,ger alment edescr i
toscomosuper dependent esoui mat uros.
Em condi çãodeest resse, tendem adesenvol versi ntomasneur óti
cos,depr essãoou
fobia.Aspesqui sasr evel am queel esest i
ver am expost osapel omenosum,e
geralment emai sdeum,decer t
ospadr õestípicosdapar entali
dadepat ogêni ca,os
quaisincluem:
(a)ausênci aper si stent eder espost asdeum ouambosospai saocompor t
ament o
eli
ciadordecui dados, dacr iança, e/oudepr eciaçãoer ejeiçãomar cada;
(b)descont inuidadesdapar ental
idade,ocor rendomai soumenosf r
eqüent ement e,
i
ncluindoper í
odosem hospi taloui nstit
uição;
(c)ameaçasper sist ent esporpar tedospai sdenãoamaracr iança,usadascomo
um mei opar acont rolá-la;
(d)ameaças,porpar tedospai s,deabandonaraf amí li
a,usadasoucomoum
mét ododedi sciplinaracr i
ançaoucomoumaf ormadecoagi rocônj uge;
(e)ameaçasporpar tedeum dospai sdeabandonaroumesmodemat aroout ro,ou
entãodecomet ersui cí di
o( estasameaçassãomai scomunsdoquesepoder i
a
supor )
;
(f)induçãodecul paàcr iança,af irmandoqueocompor t
ament odel aéouser á
responsávelpel adoençaoumor t
edeum dospai s.
Qual querdessasexper i
ênciaspodel evarumacr iança,um adol escenteou
um adul toavi verem const anteansi edade,com medodeper dersuaf igurade
l
igação e,porconsegui nte,a t erum bai xo limiarpar a a mani festação do
compor tament odel igação.Acondi çãoémel hordescr itacomodel i
gaçãoansi osa
(*).
(*) Não exi ste qual quer pr ova em f avor da i déiat radicional,ai nda
gener alizada,dequet alpessoaf oit ratadacom excessi vacompl acênciaquando
criançaeque, porisso, acabou“ estragadapel omi mo” .
129
Um conj unto adi cionalde condi ções a que al guns desses i ndiví
duos
estiveram expost os,ouai ndaest ão,équandoum dospai s,ger alment eamãe,
exer cepr essãosobr eelespar aatuar em comof igur adel i
gaçãopar ael a,invert
endo
assi m ar el
ação nor mal .Os mei os de exer cert alpr essão var i
am desde o
encor ajament oi nconsci entedeum sensopr emat uroder esponsabi li
dadepar acom
osout ros,at éousodel iberadodeameaçasoui nduçãodecul pa.Osi ndiví
duos
tratados dessa manei ra são passí veis de se t ornarem excessi vament e
escr upul ososedomi nadosporsent iment osdecul pa,assi m comoansi osament e
l
igados.Uma mai oria de casos de f obia escol ar e agor afobi a se pr oduz,
provavel ment e,dessemodo.
Todas as var i
ant es de compor tament o par entalat é aquidescr it
as são
suscet ívei snãosódepr ovocarr aivadospai snacr i
ança,mast ambém dei nibira
suaexpr essão.O r esul tadoémui t
or essentiment opar cialment ei nconscient e,o
qualper siste na vi da adul ta e expr essa- se,ger alment e,num af astament o em
relação aos pai s e numa apr oxi
mação em r elação a al guém mai sf raco,por
exempl o, um cônj ugeouum f il
ho.Épr ovávelquet alpessoat ambém est ejasuj eit
a
af ortesansei osi nconsci entesdeamoreapoi o,osquai spodem expr essar -
sepor
algumaf ormaaber rantedecompor tament oeliciadordecui dados,porexempl o,
tentativas f rouxas de sui cídi
o,si ntomas de conver são,anor exia ner vosa,
hipocondr i
a,etc.(Hender son, 1974).
Um padr ãodecompor tament odel igaçãoqueéaber tament eoopost oda
l
igaçãoansi osaéodescr it
oporPar kes( 1973)comoaut oconf i
ançacompul siva.Ao
i
nvésdebuscaroamoreoscui dadosdeout ros,umapessoaqueapr esent aesse
padr ãoi nsi steem agüent arf i
rmeeem f azert udoporsimesma, sejam quai sf or em
ascondi ções.Também essaspessoassãopassí vei sdedesmor onarsobest ressee
apr esent arsi nt omaspsi cossomát icosoudepr essão.
Mui tasdessaspessoast iver am exper iênci assemel hant esàsdosi ndi víduos
quedesenvol vem umal igaçãoansi osa;masr eagi ram ael asdemododi ferent e,
i
ni bindo o sent i
ment o e o compor tament o de l i
gação,e negando,t alvez at é
ridicularizando,qual querdesej oder el açõesest reitascom quem querquepudesse
daramore car inho.No ent ant o,não é pr eciso t ermui to discer niment o par a
compr eenderqueel asdesconf i
am pr of undament edequai squerr el
açõesí nt i
mase
ater r
oriza- asasi mplesi déiadet er em queconf i
arem out rapessoa,em al guns
casospar a evi t
ara dordeser em r ej eitadas,e,em out ros,par a evi t
arser em
submet i
dasapr essõesqueasobr i
guem acui dardeout rapessoa.Talcomono
casodal igaçãoansi osa,épr ovávelqueexi stamui tor essent i
ment osubj acent e,o
qual ,quandosusci tado,sevol tacont rapessoasmai sf racas,et ambém mui to
ansei oi nexpr i
mi dodeamoreapoi o.
130
Um padr ãodecompor tament odel i
gaçãor elaci onadocom aaut o-conf i
ança
compul si va éo desol i
citudecompul siva.Uma pessoa queo mani fest a pode
envol ver -se em mui tas r elações í ntimas,mas sempr e no papelde di spensar
cuidados, nuncadeosr eceber .Com f reqüênci a, oi ndi víduoescol hidoéum al eijado
quepoder á,poral gum t empo,agr adeceroscui dadosquel hedi spensam.Masno
casodasol icitudecompul siva,apessoaesf orça- set ambém porcui dardequem
não pr ocur a nem agr adecet alaj uda.A exper i
ênci at ípica da i nf ânci a det ais
pessoas é t erem t i
do uma mãe que,devi do à depr essão ou al gum out ro
i
mpedi ment o, nãopôdecui dardacr i
ançamas, em vezdi sso, acei t
oudebom gr ado
sercui dada, et al
vezt enhaexi gidot ambém aj udapar acui dardei rmãosmai snovos.
Assi m,desdeocomeçodai nfânci a,apessoaquesedesenvol vedessemodo
descobr equeoúni coví ncul oaf etivodequedi spõeéum ví ncul oem queésempr e
elaquedevesersol ícitapar acom osout rosequeaúni caat ençãoquepoder á
receberéaat ençãoquedáasimesma.( Ascr iançasquecr escem em i nst i
tuições
também sedesenvol vem,porvezes,dessemodo. )Talcomonaaut oconf i
ança
compul si va, também nest ecasoexi stemui toansei ol atent edeamoresol icitude, e
mui t
ar ai val atent epar acom ospai spornãol hest er em dadoamoreat enção;e,
umavezmai s,mui taansi edadeecul paem t omodaexpr essãodessesdesej os.
Wi nnicot t( 1965)descr eveui ndi víduosdesset i
pocomot endodesenvol vidoum
“falsoeu”econcor daem queasuaor i
gem deveserencont radanapessoaque,
quandocr iança,nãor ecebeucui dadosmat emos“ suf icient ement ebons” .Aj udar
essapessoaadescobr iroseu“ ver dadei roeu”i mpl icaaj udá- laar econhecerea
deixar -
sepossui rpel oseuansei odeamoreat enção,eporsuar aivapar acom
aquel esquenãosouber am supr i-laquandocr iança.
Osevent osdavi daquesãoespeci alment epassí veisdeat uarcomof at or es
deest resseem i ndivíduoscuj ocompor tament odel igaçãosedesenvol veuem uma
ouout radasdi reçõesat éaquidescr i
tassãoadoençagr aveoumor tedeuma
figuradel igaçãooudeal guém aquem seer amui toaf eiçoado,oual gumaout ra
formadesepar ação.Umadoençagr avei nt ensi fi
caaansi edadeet al vezacul pa.A
mor t
eouasepar açãoconf irmam aspi oresexpect ativasdapessoael evam ao
desesper oeàangúst ia.Nessaspessoas,ol ut oporumamor teousepar ação
poder ásegui rum cur soat í
pico.Nocasodal igaçãoansi osa,ol ut ot endease
car act erizarporumar ai
vaext raor dinariament ei ntensae( ou)aut o-recrimi nação
acompanhadadedepr essão, etendeaper si stirpormui tomai stempoqueonor mal .
Nocasodaaut oconf i
ançacompul siva,ol ut opodeserpr oteladopormesesouanos.
Ent ret anto,i rritabi li
dadeet ensãoger al ment eest ãopr esent esepodem ocor rer
depr essõesepi sódicas,masmui t
asvezest ant ot empodepoi s,queseper dede
vistaaconexãocausalcom amor teousepar ação.Est asf ormaspat ológi casde
l
ut osãodi scut idasporPar kes( 1972) .
131
Aspessoasdot i
poat éaquidescr itonãosósãosuj eitasaent rarem col apso
após uma per da ou separ ação,como t ambém podem depar ar-se com cer tas
dificul dadest ípi casquandocasam et êm f il
hos.Em r elaçãoaum cônj uge,uma
pessoapodeapr esent arumal i
gaçãoansi osaef azerconst ant esexi gênci asde
amoreat enção;ouai ndapodeapr esent arumasol icit
udecompul sivapar acom o
cônj uge, com r essent i
ment ol atenteporl hepar ecerquenãoest ejasendoapr eci ada
enem cor respondi da.Em r elaçãoaum f ilho,essespadr õest ambém podem se
mani fest ar.Nopr imei rocaso,apessoa( paioumãe)exi gequeof i
lhocui dedel ae,
no segundo,i nsi ste em cui dardo f ilho mesmo quando i sso dei xou de ser
apr opr i
ado,oquer esul taem “ amorsuf ocant e”( * )
.Di stúr biosdocompor tament o
dospai sr esul tam t ambém dof atodeof ilhoserper cebidoet ratadocomosef osse
um i r mãomai snovo, oquepoder esul t
ar , porexempl o,em um paisent i
rci úmedas
atençõesquesuamul herdi spensaaof ilhodeambos.
Umaout raf or macomum dedi stúrbi oéquandoum dospai svêem seuf il
ho
umar éplicadel emesmo,especi alment edaquel esaspect osqueel eseempenhou
em r epr i
mi rem simesmoequeseesf or çaagor aporr epr i
mi rt ambém nacr iança.
Nessesesf orços,opai( ouamãe)usar ápr ovavel ment eumaver sãodosmesmos
mét odosdedi sci pli
na—t alvezr udesevi ol entos, talvezr epr ovador esesar cást icos,
talvezi ndut or esdecul pa—aquef oisubmet ido( a)em cr iançaequer esult ar am no
desenvol viment odosmesmospr oblemasqueseempenhaagor aem pr eveni rou
cur ar ,demanei rat ão inadequada,no pr ópriof il
ho.Um mar i
do t ambém pode
per ceberet rat arsuamul herdomesmomodo.Anal ogament e,umaesposaemãe
podeadot aressepadr ãoem suaper cepçãoemanei radet r
at aromar idoouof ilho.
Quandonosdef ront amoscom um compor tament odesagr adávelef rustradordesse
ti
po, éi mpor tant elembr arquecadaum denósécapazdef azeraout rosaqui loque
nosf oifei to.Oadul tot ir
ano,quemal trataosmai sf racos,éacr i
ançat ir
ani zadae
mal tr atadaquecr esceu.
(
*)Ot ermo“ simbiót
ico”éusado,porvezes,par adescreveressasr elações
sufocantement eí nti
mas.Cont udo,ot ermonãof oibem escol hi
do,vistoque,em
biol
ogia,refere-seaumapar ceri
amut uament evantajosaentr
edoi sorganismos, ao
passoqueasr elaçõesfami l
iaresassim denomi nadassãoser iamentedesaj ustadas.
Descreveracr i
ançacomo“ superprotegida”éi gualmenteer r
ôneo,poisnãosão
l
evadasem cont aasi nsi
stentesexi gênci asdeat ençãoqueum dospai sest á
fazendoàcr i
ança.
132
Quando um i ndi
víduo adot a em r el
ação a simesmo ou aos out ros as
mesmasat i
tudesef ormasdecompor tament oqueseuspr ópriospaisadot aram e
podem est araindaadot andoem r elaçãoael e,pode-seafi
rmarqueel esei dent i
fi
ca
com um dos pai s.Os pr ocessos pel os quai s essas ati
tudes e f ormas de
compor t
ament osãoadqui r
idassão,pr esumi velmente,osdaapr endizagem por
observação e,assi m,não di ferem dos pr ocessos pelos quais out r
as f ormas
compl exasdecompor tament osãoadqui r
idas, incl usiveashabi l
idadesút ei s.
Dosmui tosout rospadr õesdef unci onament of ami li
aredesenvol vi ment oda
personal i
dade per tur bados que podem ser ent endi dos em t er mos do
desenvol viment o pat ol ógico do compor tament o de l igação,um dos mai s
conheci doséoi ndi víduoemoci onalment edesl i
gado, incapazdemant erum ví nculo
afetivoest ávelcom quem querquesej a.Aspessoascom essai ncapaci dadesão
classificadascomopsi copat ase( ou)histér i
cas.Sãof reqüent ement edel i
nqüent es
esui cidas.Ahi st óriat ípicaédepr ol
ongadapr ivaçãodecui dadosmat emosdur ante
os pr imei ros anos de vi da,ger alment e combi nada com r ejeição post eri
orou
ameaçasder ej
eiçãopel ospai soupai sadot ivos( *).
Par aexpl icarporquei ndiví
duosdedi f er entest i
poscont i
nuam apr esentando
ascar act erí
st i
casdescr it
asmui todepoi sdet erem cr escido,par ecenecessár i
o
post ul
arque,sej am quai sf orem os model os r epr esent acionais de f iguras de
l
igaçãoedoeuqueum i ndi ví
duoconst róidur ant esuai nf ânciaeadol escênci a,eles
tendem aper sistirr elativament ei nal
teradosat éedur ant etodaavi daadul t
a.Por
consegui nte,essei ndiví duot endeaassi mi larqual quernovapessoacom quem
possaf ormarum ví ncul oaf eti
vo,aesposaouum f i
lho, um pat rãoouot erapeut a,a
um model oexi stent e( odeum ouout rodeseuspai soudopr óprioeu) ,econt inua
freqüent ement eaf azê- lo,apesarde r epet idas pr ovas de que o model oé
i
nadequado.Anal ogament e,esperaserper cebi doet ratadoporessaspessoasde
um modo que sej a apr opr i
ado ao seu model o do eu,e cont inuar á com t ai
s
expect at i
vas apesarde pr ovas em cont rár io.Tai s per cepções e expect ativas
distorcidasl evam adi ver sascr ençaser r
ôneassobr easout raspessoas,af alsas
expect at i
vasacer cadomodocomoel assecompor tar ãoeaaçõesi nadequadas,
com ai nt ençãodef rust rarocompor t
ament oesper adodel as.Assi m,par adar mos
um si mpl es exempl o,um homem que dur ant eai nf ânci af oif reqüent ement e
ameaçado deabandono podef acil
ment eat ribuiri ntençõessemel hant esàsua
esposa.Por tanto, interpr etar áascoisasqueel adi zouf azem f unção
Al
gunspr
incí
piosdepsi
cot
erapi
a
(
* ) Por r azões demogr áficas, o desenvol viment o de t écni cas de
aconsel hament oem casosdeper daf ez-sepr i
nci palment ecom vi úvas;pori sso,
sãoessesoscasosquasesempr eci tados, nest epar ágr af oenossegui nt es.
142
viúvaémui todi f
er ent edoqueer a.Mui toscami nhosconheci dosdeaçãof oram
agor af echadosepodeserquef altem ael ai nfor maçõessobr eaquel esquel he
est ãoagor aaber tos,esobr easvant agensedesvant agensdecadaum.For necer -
l
he— ouor j
entá4anosent idode— i nformaçõesr elevant es,eaj udá-laaexami nar
suasi mpl icaçõespar ao f uturo,dei xando,ao mesmo t empo,queel at omeas
deci sões,poder á ser ,no moment o opor t
uno,mui to ut il.Hambur g enf at i
zou
reiteradament e a gr ande i mpor tânci a de uma pessoa buscare ut ilizarnovas
i
nf or mações,como um passo necessár i
o par a enf rent arqual quert ransição
est ressant e( Hambur g e Adams,1967) .Aj udarum paci ent eaf azeri sso no
moment ocer toedamanei r
acor retaconst itui,poi
s, aqui ntat arefadot er apeut a.
Quandoseassi steaum paci entepsi quiátrico,ast ar ef asaempr eendereas
técni caspar ar ealizá- l
asnãosãoespeci f
icament edi fer ent es,cr eioeu,dasusadas
no aconsel hament o a pessoas que sof reram per da.Aquel as di fer enças que
por vent ur aexistam devem- seaof at odeosmodel osr epr esent acionaisdopaci ent e,
e os padr ões de compor tament o nel es baseados, est arem f irmement e
est abeleci dos há mui tot empo,de mui tos dos event os que l evar am ao seu
desenvol viment oter em ocor ridohámui t
osanos, edeopaci ent eemembr osdesua
famí l
iar elutarem pr ofundament e em enf rentar de novo essas coi sas.Por
consegui nte,quandoum t erapeut aaj udaum paci ent epsi qui átricoaexpl orar -
seasi
mesmoeaexpl or
aroseumundo, el etem um papelcompl exoapr eencher .
Assi m,deveencor ajaroseupaci enteaexpl or ar ,mesmoquandor esi stea
fazê- lo,et ambém deveaj udá- lonabuscachamandoaat ençãopar acar act erísti
cas
dahi st óriaquepar ecem t erpr obabi li
dadedeadqui ri
ri mpor t
ânci a,descar tando
aquel asque, aparent ement e,sãoi rrelevant esepodem desvi á- l
o.Com f reqüênci a, o
terapeut achamar áaat ençãodopaci entepar aasuar elut ânci aem exami narcer tas
possi bilidades e,t alvez si mul taneament e,most rará compr eensão par a com a
per plexidade, angúst iaedorquet alexamepoder i
aacar ret ar.Em t udoi st o, comose
not ará,est oudeacor docom osqueacr editam queopapeldot erapeut adeveser
ativo.Ent retanto,par a seref icaz,o t erapeut a deve r econhecerque não pode
cami nharmai sdepr essadoqueopaci enteeque,aochamaraat enção,com
demasi adai nsi st ênci a, par at emasdol orosos, desper taráomedoem seupaci entee
sóganhar áar ai vaeopr ofundor essent iment odel e.Fi nal ment e,ot erapeut anunca
deveesquecerque,pormai spl ausí vei seconvi ncent esquel hepar eçam suas
conj etur as,em compar açãocom opaci ent eel eest áem posi çãodesf avor ávelpar a
conhecerosf at os,eque,em úl t
imai nst ânci a,aqui lo queo paci ent eacr edita
sincer ament eéquedeveseracei tocomodef i
niti
vo.
143
Nest epont o,tocamosnaquest ãoi mensament ei mpor t antedasper spect i
vas
edosval or esdopr ópr iot er apeut aem r el açãoaopaci ent eeseuspr obl emas;poi s
sejam quai sf or em asper spect ivaseat itudesdot erapeut a, elasnãopoder ãodei xar
dei nfluenci arasat itudesdopaci ente, nem quesej aat ravésdopr ocessoal tament e
i
nconsci ent edaapr endi zagem porobser vação( i
dent i
ficação) .Nessepr ocesso,a
exper iênci aqueopaci ent et em docompor t
ament oedot om devozdot er apeuta, e
omodocomoest eabor daum t ópico,sãopel omenost ãoi mpor tant esquant o
qual quercoi sa que el e di ga.Assi m,com a t eor ia da l igação em ment e,um
terapeut at ransmi t
irá,sobr etudopormei osnão- ver bai s,seur espei toesi mpat i
a
pelosdesej osqueseupaci entet em deamoresol i
ci tudedeseusf ami l
iar es,sua
ansi edade,r ai va e t alvez desesper o porverseus desej os f rust rados e ( ou)
difamados,nãosónopassadomast ambém nopr esent e,eaconst ernaçãoeo
pesar que t al vez uma per da na i nfânci a possam t er ger ado;e most r
ar á
compr eenderqueconf li
tos,expect ativaseemoçõessemel hant espoder ãoat uar
i
gual ment enar elaçãot erapêut ica.Tant oat r avésdacomuni caçãonão- ver balcomo
dacomuni caçãover bal ,um t erapeut at ransmi t
iráseur espei toeapoi oaodesej odo
seupaci ent edeexpl or aromundoechegaràssuaspr ópr iasdeci sõesnavi da;sem
deixarder econhecer ,aomesmot empo, queopaci ent epodeal i
ment arumacr ença
prof undament eenr aizada,der ivadadaqui loem queout rosi nsistiram,dequeser á
i
ncapazdeoconsegui r.Nessescont at oscot i
dianos, um cer topadr ãodecondução
der elaçõesi nt erpessoai sé,i nevi tavel ment e,demonst radopel ot erapeut a,ei sso
nãopodedei xardei nfluenci ar ,em cer tamedi da,ospont osdevi stadeseupaci ent e.
Porexempl o, em l ugardoquepodet ersi doum padr ãoder ecr imi nações, punições
er evi des,oudecoer çãopori nduçãodecul pa,oudeevasãoemi stificação,o
terapeut ai nt roduzum padr ãoem quesedest acaat ent at ivadecompr eendero
pont odevi stadaout rapessoaededi scut i-
loaber tament ecom el a.Em cer tos
pont osdat er api a,adi scussãodessesdi ferentesmodosdet ratarpessoaseas
provávei sconseqüênci asdecadaum del espodeserumaest r
at égiaút i
l.Dur ant e
essasdi scussões,ot erapeut al evant aráquest õesef or necer ái nf or mações,ao
mesmot empoque, umavezmai s,dei xar áqueopaci ent et omeasdeci sões.
Éevi dent eque,par aserbem- feito,esset rabal hoexi gedot erapeut anãosó
umaboaapr eensãodospr incípi os,comot ambém acapaci dadedeempat iaede
toleraruma emoção i ntensa e penosa.Aquel es que possuem uma t endênci a
fortement eor gani zadapar aaaut oconf i
ançacompul sivanãosãoosmai si ndi cados
par ar ealizart alt rabal ho—eémel horquenãoof açam.
144
Ao f al ar mos ant es sobr e as quat rot arefas bási cas do t erapeut a,f oi
enf ati
zado que,embor a concei tual ment e di st i
ntas,el as devem,na pr ática,ser
execut adassi mul taneament e.At équepont oat erapi apodeedeveserr eali
zada
com qual querf amí li
a ou paci ent eéuma quest ão di fícilecompl exa.O pont o
principalt al vezsej aquear eest rutur açãodosmodel osr epr esent aci onai sdeuma
pessoaesuar eaval iaçãodeal gunsaspect osdasr el açõeshumanas,com uma
cor respondent emudançaem seusmodosdel idarcom aspessoas, pr ovavel ment e
ser á um t rabal ho l ent o ef ragment ado.Em condi ções f avor ávei s,o t er reno é
prepar adopr imei rodeum ângul o,depoi sdeout ro.Namel hordashi pót eses,o
avançor ealiza- seem espi ral.At éondeot erapeut apodei reat équepont osedei xa
envol verpr ofundament eéumaquest ãopessoalpar aambasaspar t es.Porvezes,
umaúni casessãoouapenasmei adúzi adesessõeshabi lit
am um paci ent eouuma
famí l
iaaenxer garpr oblemassobumanoval uzou,t alvez,aconf irmarqueum
pont odevi sta,r ej eitadoer idicular i
zadoporout r
os,énaver dadepl ausí velepode
seradot adocom vant agem.( Verdescr i
çõeseexempl osem Capl an, 1964;Ar glese
Mackenzi e,1970;Li nd,1973;Hear d,1974. )Um val orespeci aldasent r evistas
fami l
iaresconj unt aséquehabi li
tam cadamembr odeumaf amí liaadescobr ir
comocadaum dosout rosencar aavi daf ami l
iardet odosel es,demodoque,em
conj unt o,par tam par a a sua r eaval iação e mudança.Com f reqüênci a,essas
ent revist ast ambém habi li
tam t odososmembr osdaf amí liaat omarconheci ment o,
quasesempr epel apr imeiravez,dasexper i
ênci asi nf elizesqueopaiouamãe
podem t ert idoem anospassados,exper iênciasessasque,l ogoseper ceber á,
ti
ver am comoconseqüênci aoconf litof ami liarat ual.( Um excel enteexempl o,em
que uma cr i
se conj ugalat ualr emont a às conseqüênci as per sistent es de l uto
def i
ci enteapósumaper danai nfânci a,f oidescr itoporPaul ,1967) .Ent ret ant o,há
mui t osout roscasos,sobr etudoem paci ent esquedesenvol ver am um f alsoeu
altament eor gani zadoeset ornar am compul sivament eaut oconf iant esoudadosa
cuidardeout ros, em queum per í
odomui tomai sext ensodet ratament opoder áser
necessár io, antesdeseobser varqual quert ipodemudança.
Ent retant o,querat erapi asej abr eveoupr olongada,sãocl arasaspr ovasde
que,seot er apeut anãoest iverpr epar adopar aest abel ecerum r elaci onament o
aut ênt i
cocom umaf amí li
aouum i ndi víduo,nenhum pr ogr essopodeseresper ado
(Mal an,1963;Tr uaxeMi tchel l
,1971) .I ssoi mpl icaqueum t erapeut adeve,na
medi dado possí vel ,sat i
sfazero desej o do paci ent edet erumabasesegur a,
embor ar econhecendo
145
queosseusmel hor esesf orçosf icar ãoaquém doqueum paci entedesej aedoque
l
hepoder iapr opor cionart otalbenef í
cio;quedevepar t i
cipardasexpl or açõesdo
paci ent ecomoum companhei ropr ont oaconduzi rouaserconduzi do;quedeve
estardi spost oadi scut i
rasper cepçõesqueopaci ent et em del eeogr auem que
elaspodem ounãoseradequadas,oque,porvezes,nãoéf ácildedet er mi nar ;e,
fi
nal ment e,quenão devef ingi ro cont rário sef icaransi oso ar espei t o deum
paci ent e ou f ori rritado porel e.I sto especi alment ei mpor tant e no caso dos
paci ent escuj ospai ssempr esi mul ar am af eiçãopar aencobr irapr of undar ejeição
pelosf ilhos.Gunt rip( 1975)descr eveudemanei raexcel ent e‘ atar efadot er apeut a:
“Em meu ent ender ,é o f or neciment o de uma r el ação humana conf iávele
compr eensi va,deum t i
poqueest abel ececont atocom acr i
ançat raumat i
zada
prof undament er epr imi da,demodoahabi l
itar[opaci ent e]at ornar -
secadavez
mai scapazdevi ver ,nasegur ançadeumanovar elaçãoaut ênt i
ca,com ol egado
traumát icodospr imei rosanosf or mat i
vos,quandoel esei nfi
ltraoui r rompena
consci ênci a” .
Quandoadot aumapost uradesset ipo,ot erapeut acor r ecer tosper igos,dos
quai sébom quet enhaconheci ment o.Em pr imeir olugar ,oansei odopaci ent epor
obt erumabasesegur aeseumedoaf liti
vodeserr ejeitadopodem t or narsuas
reclamaçõesi nsi st entesedi fíceisdet ratar.Em segundol ugar ,emui tomai sgr ave,
aof azert aisr ecl amações, um paci ent epodeest arempr egandocom ot er apeut aos
mesmosmét odosqueospai st alvezusassem com el e, quandoer acr i
ança.Assi m,
um homem cuj amãe, quandoel eer acr i
ança, inver t
euar elaçãoexi gindoqueof ilho
cuidassedel a, equeusouameaçasout écni casdei nduçãodecul paaf im def or çá-
l
oai sso, poder á,dur anteot ratament o,empr egaressasmesmast écni cascom seu
terapeut a.Édamai orimpor tânci a,evident ement e, queot erapeut ar econheçaoque
estáacont ecendo,r emont andoàor i
gem dast écni casqueest ãosendousadase
resist i
ndoael as,i st oé,col ocandol i
mi t
es.Ent ret anto,quant omai ssut i
sf orem as
técni casdei nduçãodecul paequant omai sansi osoot erapeut aest i
verporpr est ar
ajuda,mai orser áoper igodeel eseral iciado.Desconf iodequeumaseqüênci a
desse t i
po expl i
ca mui tos dos casos descr it
os por Bal i
nt ( 1968) como
mani fest açõesde“ regr essão mal i
gna”ecl assi fi
cadosporout roscomo casos
l
imí trof es.Ospr oblemascl ínicosaquepodem daror igem est ãobem i lust radospor
Mai n( 1957)et ambém porCoheneseuscol abor ador es( 1954) .Est eúl timogr upo
apont aoper igodeum t erapeut anãor econhecerquandoasexpect at i
vasdeum
paci ent e se t or nam i r realistas por que,quando f i
ca cl aro que el as não ser ão
satisf eitas, opaci ent epodesubi tament esent ir-set otalment er ejei
tadoe, assi m, cai r
em desesper o.
146
Comomui tasdasquest õesdequeat eor iadal igaçãoseocupasãoas
mesmast ratadasporout rast eoriasdapsi copat ologia— quest õesdedependênci a,
relaçõesobj etai s,si mbi oseeansi edade,pesar ,nar cisismo,t r
aumasepr ocessos
def ensi vos— nãosur pr eendequemui t osdospr i
ncípi ost er apêut i
cosaqueel a
conduzsej am conheci doshá mui tot empo.Al gumasdassobr eposi çõesent re
i
déi asqueeupr opuseasdeBal i
nt( 1965,1968) ,Wi nni cot t(1965)eout ros,f oram
discut i
dasporPedder( 1976)apr opósi t
odot ratament odeum paci ent edepr i
mi do
com um “ falsoeu” .Out rassobr eposições,porexempl o,aequi valênci adoconcei to
dej ogodeWi nnicot t( 1971)edoquedesi gnamosaquiporexpl or ação,f oram
assi nal adasporHear d( 1978) .Sobr eposi çõescom asi déiasdepsi cot erapeut as
que chamar am at enção especi alpar a o papeldesempenhado na gênese de
depr essõesepi sódi casedemui tosout r ossi ntomasneur ót i
cosporf racassodo
l
ut oquandodaper dadeum dospai sdur ant eai nf ânci aouadol escênci a( por
exempl o,Deut sch,1937;Fl emi ngeAl tschul ,1963)oupordi ficuldadedeacei tação
dat ent ativadesui cí diodeum dospai s( Rosen,1955) ,t ambém ser ãoevi dent es.
Cont udo,embor a essas sobr eposições sej am bast ant er eais,t ambém exi st em
diferençassi gni fi
cat ivas,t ant odeênf asecomodeor ient ação.El asdependem,em
par te,do modo como concebemos o l ugardo compor t
ament o de l igação na
nat ureza humana ( ou,em cont raparti
da,que uso f azemos dos concei tos de
dependênci a,or ali
dade,si mbi oseer egressão)e,em par te,decomoacr editamos
que uma pessoa adqui r
e cer tas f ormas desagr adávei s e aut odest rutivas de
i
nt eraçãocom aquel esquel hesãomai schegados, oudecr ençasdespr oposi tadas,
como,porexempl o,adequeapessoaéi nerent ement ei ncapazdef azerqual quer
coisaút i
louef i
caz.
Todos aquel es que pensam em t ermos de dependênci a,or al i
dade ou
simbi oser efer em- seàexpr essãodedesej osecompor tament odel igaçãoporum
adul tocomosendoor esul tadodeel eterr egredi dopar aal gum est adoquesej ul ga
sernor maldur ant eai nf ânci a,freqüent ement eodemamarnosei omat erno.I sso
l
evaost erapeut asaf al arem aum paci ent esobr e“ apar tei nfantildoseueu”ou
“suanecessi dadepuer ildeseramadooual i
ment ado” ,ear efer i
rem- seaal guém em
prant os,apósof aleciment odeum ent equer ido,comoest andonum “ estadode
depr essão” .Em mi nhaopi nião,t odasessasaf irmaçõesest ãoer radas,porr azões
tant ot eór icascomopr át i
cas.Quant oàt eoria,j áf oidi toosuf i
cient epar adei xar
claroqueconsi der oodesej odeseramadoepr otegi docomoumapar t
ei nt egr ante
danat ur ezahumana, queraol ongo
147
davi daadul ta,quernosanosdai nfânci aeadol escênci a,equeaexpr essãodet al
desej odeveseresper adaem t odooadul t
o,especi alment eem épocasdedoença
oucal ami dade.Noqueser efereàpr át i
ca, par eceal tament ei ndesej ávelmenci onar
as“ necessi dadespuer is”deum paci ent equandoest amost entandoaj udá- loa
recuper arseusdesej osnat uraisdeseramadoepr ot egido,osquai s,em vi rtudede
exper i
ênci asinf eli
zesnocomeçodavi da,el eseesf or çoupornegar .Interpr etare
classi fi
caressesdesej oscomopuer isf azcom queum paci ent epossaf aci l
ment e
i
nt erpret arnossoscoment árioscomodepr eci ati
voser emi niscent esdeum pai
desapr ovador ,quer ejeitaof i
lhoquepr ocur aserconsol ado,chamando- ode“ bobo
ei nf ant i
l”.Um modo al t
ernat ivo def azeral usão aosdesej osdeum paci ente
consi st eem r efer i
r-seaseusansei osdeseramadoepr otegidocomosendoal go
quet odosnóspossuí mosmasque,nocasodel e,f oir eprimi doquandoer auma
criança( pormot ivosquepoder emosent ãoespeci fi
car )(* )
.
Umasegundaár eadedi f
er ençadi zr espei t
oaomodopel oqualsupomosque
umapessoapassaaapl icaraocônj ugeouaosf ilhos,et ambém,porvezes,ao
terapeut a,cer t
aspr essõesdesagr adávei s,porexempl o,ameaçasdesui cídioou
modos sut i
s de i ndução de cul pa.No passado,embor a o pr oblema f osse
reconheci do,nãosedeumui taat ençãoàpossi bil
idadedequeopaci ent et ivesse
apr endi doaexer ceressaspr essõespel of atodeast ersof ri
doquandoer acr iançae,
consci enteoui nconsci ent ement e,est ivesseagor acopi andoseuspai s.
Uma t erceira ár ea de di f
erença di zr espei to à or igem do pr olongado
desesper oedesampar o.Tr adici onal ment e,issof oiat ribuído,deum modoquase
excl usivo,aosef eitosdacul pai nconsci ente,O pont odevi staqueeuadot o,que
estádeacor docom osest udosdeSel igmansobr ei mpot ênciaapr endida( Sel igman,
1975) ,et ambém écompat í
velcom anoçãot r
adi cional ,édequeal guém que
mer gulhou f acilment eem est adospr olongadosdedesesper ança edesampar o
estever epet i
dament eexpost o,nai nf ância,asi tuaçõesem quesuast ent ativasde
i
nf luenci arospai spar aquel hededi cassem mai st empo,af eiçãoecompr eensão,
nadamai sencont r
ar am doquer epul saepuni ção.
Fi nalment e,poder -
se-áper gunt arquepr ovasexi stem dequeumat erapia
conduzi dadeacor docom ospr incípi osaquiexpost os,em l inhasger ais,éef icaze,
sef or ,em quet iposdecasos?Ar espost aéquenãoexi stem pr ovasdi r
et aspor que
nenhumasér iedepaci entesf oit ratada
(*)Asdi sti
nçõesqueest ouf azendosãoi dênt i
casàsf ei
tasporNeki( 1976),
queest abeleceocont rastedoval ordadopel acul turaíndiaa“ l
igaçõesaf il
iati
vas
for
tement ei nt
erdependent es,f
oment adasel evadasat éai dadeadul ta”com oval or
ocidentalde“ i
ndependênci aori
entadapar aar ealizaçãopessoal ”.Oseuexamede
como esses i deais divergent
es af etam a t erapia nesses aspect os obedece a
dir
etri
zesmui t
osemel hantesàsaquidel ineadas.
148
exatament edeacor docom essaor ientação,def ormaqueéi mpossí velqualquer
i
nvest i
gaçãodosr esultados.O máxi moquesepodedi zeréquecer taspr ovas
i
ndi r
etas são pr omissor as. Pr
ovêm de i nvestigações sobr e a ef i
cácia da
psicoterapiabreveedoaconsel hament oapaci entesquesof reram per da.
Mal an (1963,1973)vem exami nando há mui tosanososr esult
adosda
psicoterapiabreve(def i
nidaarbit
rariament ecomot endo,nomáxi mo, 40sessões)e
concl uiu que se pode especi fi
carum gr upo de paci ent es suscet íveis de se
benef iciarem com um cer tot ipo depsi cot erapi a cujascar act eríst i
cast ambém
podem serespeci fi
cadas.Ospaci ent esquet êm possi bili
dadedecol herbenef ícios
sãoaquel esque,dur ant easpr imei rasent revi stas,most ram- seapt osaenf rent aro
conf l
itoemoci onaleest ãodi spost osaexpl or arsent i
ment oseacol abor ardent rode
umar elaçãot er apêut i
ca.A t écni caquepr ovouseref i
cazf oiaquel aem queo
terapeut asesent i
uapt oacompr eenderospr obl emasdopaci ent eeaf or mul arum
plano;e em que acompanhou a r el ação de t ransf erênci aeai nterpr etou
francament e, prest andoespeci alat ençãoàansi edadeer aivadopaci ent equandoo
terapeut af ixouumadat adet ér mi no.
Nar epet i
çãodoest udo, Mal aneseuscol egaschegar am àmesmaconcl usão.
Além di sso,apur aram que“ um i mpor tant ef atort erapêut i
coéadi sposi çãodo
paci ent epar aenvol ver -sedeum modoquer epitaumar elaçãodai nf ânci a”com um
ouout rodeseuspai s, oucom ambos, easuahabi li
dade, com aaj udadot erapeut a,
par ar econheceroqueest áacont ecendo( Mal an,1973) .Um est udosubseqüent e
feitopel omesmogr upo,dest avezcom paci ent esquemel hor aram depoi sdeuma
únicaent r
evi sta,apr esent anovosdadosquecompr ovam essaconcl usão( Mal ane
out ros, 1975) .
Embor aat eor i
adepsi copat ologi ausadaporMal aneseuscol egassej a
difer ente, em al guns aspect os, da que del ineamos aqui , exi stem cer tas
semel hançasi mpor tant es.Al ém di sso,comoser ánot ado,exi steumaconsi der ável
semel hança ent re os pr i
ncí pios de t écni ca que el e consi der a ef icazes e os
def endi dosaqui .
A aval iaçãodaef i
cáci adoaconsel hament oavi úvasconsi der adascomo
tendo um pr ognóst ico desf avor ávelt ambém apont anumadi reção pr omi ssor a.
Ent reasvi úvasquer eceber am af or madeaconsel hament oaci madescr i
to, apur ou-
sequeonúmer odasquet inham pr ogr edi dof avor avel ment e, aof i
m det rezemeses,
erasi gni ficativament emai ordoqueent reasdeum gr upodecont rolequenão
receber aqual querespéci edeaconsel hament o( RaphaeleMaddi son, 1976) .
Deve- ser econhecer ,écl ar o,quedel inearpr incípiosdet erapi aémui tí
ssi mo
mai sf ácildoqueapl icá- l
osnascondi çõessempr evar i
adas
149
dapr át i
cacl ínica.Al ém di sso, apr ópr iat eor iaai ndaseencont ranum est ági oini cial
dedesenvol vi ment o,emui t
ot r
abal ho ai ndapr ecisaserf eito.Ent r
east ar efas
prior it
áriasest ádet ermi nart ant oagamadecondi çõescl í
nicaspar aasquai sa
teor iaér elevant ecomoasvar iant espar ticul aresdat écni camai sadequadaspar a
tratá- l
as.
Ent retant o, aquel esqueadot am at eor i
adal i
gaçãoacr edi tam quet antoasua
estr uturacomosuar elaçãocom osdadosempí ricossãohoj et aisqueasua
util
idade pode sert estada si stemat icament e.Nos campos da et iologi a e da
psicopat ologi a,el a pode serusada par a el abor arhi pót eses especí fi
cas que
relaci onam di fer entesf ormasdeexper i
ênci af ami l
iarcom di ferent esf ormasde
distúr biopsi qui át r
icoet ambém, tal vez, com asmudançasneur ofisiológi casqueas
acompanham,comoHambur geseuscol egas( 1974)acr edi tam.Nocampoda
psicot erapi a,podeserusadapar aespeci f
icarat écnicat erapêut i
ca,descr evero
processot erapêut i
coe,dadososdesenvol viment ost écni cosnecessár ios,par a
medi ramudança.Àmedi daqueaspesqui saspr ossegui rem,apr ópr i
at eoriaser á,
sem dúvi da,modi ficadaeampl i
ada.I ssonosdáaesper ançadeque,nodevi do
moment o, at eor iadal i
gaçãosemost reút i
lcomoum component enosei odocor po
mai sampl odaci ênci apsi qui át r
ica,queHenr yMaudsl eyseesf orçouaomáxi mo
porf
oment
ar.
Notas
(1)Out r
oscamposcl ini
cament ei
mpor tantesaqueat eori
adal i
gaçãof oi
apli
cada ef i
cazmente são as or i
gens do ví nculo mãe- bebê durante o perí
odo
neonatal,porMar shal
lKl auseJohnKennel l(1976) ,di
stúrbiosdor el
acionamento
conjugal,porJanetMat ti
nsoneI anSi ncl
air(1979) ,easconseqüênci asemoci onais
dasepar açãoconjugal,porRober tS.Weiss(1975) .
(2)NosCapí t
ulos4e20deAt t
achmentandLoss,Vol ume3,t r
aceium
esboçodomodocomoospr ocessosdef ensivospodem serabor dadosem t ermos
depr ocessament odei nf
ormaçãohumana.Vert ambém amonogr afiadeEmanuel
Peterfr
eund( 1971).
150