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Orçamento Participativo Porto Alegre e Belo Horizonte

Op, 25 anos em Porto Alegre

O Orçamento Participativo de Porto Alegre aprofunda a relação da Prefeitura com a população


a partir do ano de 1989.

É um processo dinâmico, pelo qual a população decide, de forma direta, a aplicação dos
recursos em obras e serviços que serão executados pela administração municipal.

O OP é referência em democracia participativa para o mundo. Conforme a ONU, é uma das 40


melhores práticas de gestão pública urbana no mundo. O Banco Mundial reconhece o processo
de participação popular de Porto Alegre como exemplo bem-sucedido de ação comum entre
Governo e sociedade civil.

Funcionamento - O Ciclo do OP se caracteriza por três grandes momentos prioritários: as


reuniões preparatórias, a Rodada Única de Assembleias Regionais e Temáticas e a Assembleia
Municipal.

Inicia-se com as reuniões preparatórias, quando a Prefeitura presta contas do exercício


passado, apresenta o Plano de Investimentos e Serviços (PIS) para o ano seguinte.

As secretarias municipais e autarquias acompanham estas reuniões, prestando


esclarecimentos sobre os critérios que norteiam o processo e a viabilidade das demandas.

Nas Assembleias Regionais e Temáticas, nas 17 Regiões e seis Temáticas do OP, a população
elege as prioridades para o Município, seus conselheiros e define o número de delegados da
cidade, para os seus respectivos fóruns regionais e grupos de discussões temáticas.

Os Fóruns de Delegados são responsáveis pela definição, por ordem de importância, das obras
e serviços que serão discutidas nas regiões e temáticas.

Considerado o terceiro prefeito de Porto Alegre a governar dando prioridade para a


participação popular no Orçamento Participativo, Raul Pont (PT; 1997-2001) sucedeu a Tarso
Genro (PT; 1993-1996), sendo eleito ainda no primeiro turno. Pont ficou conhecido por ampliar
a discussão sobre Orçamento Participativo nas comunidades e por ir pessoalmente a todas as
reuniões para debater diretamente com a população e seus representantes.

O ex-prefeito afirma que o Orçamento Participativo começou a ser abandonado nos governos
José Fogaça (MDB; 2005-2010) e José Fortunati (PSB; 2010-2017), mas houve resistência da
população e das comunidades para que se mantivesse o processo. Segundo ele, a estratégia
de participação popular foi sendo escamoteada, em especial pela omissão de valores, mesmo
com a tese do Banco Mundial que o mecanismo é um elemento para aprimorar a governança
da cidade.
Orçamento participativo BH

Nos 25 anos de existência do Orçamento Participativo (OP) em Belo Horizonte, o programa


vem desempenhando um papel fundamental na democratização das políticas públicas e na
ampliação da participação popular, buscando a co-responsabilidade na gestão da cidade.

O Orçamento Participativo Vilas proporciona à comunidade de vilas, favelas e conjuntos


habitacionais populares um espaço efetivo de exercício da cidadania. A população destes
locais decide, por meio de votação, quais são as obras prioritárias a serem realizadas pela
Prefeitura na sua comunidade.

De 1994 até dezembro de 2020 foram realizados investimentos de mais de R$ 430 milhões nas
obras em vilas, com recursos aprovados no OP. Em geral, são obras de urbanização,
tratamento de áreas de risco, moradia, lazer e saneamento.

Desde a implantação do OP, os moradores destas áreas mais carentes já conquistaram a


aprovação de 469 empreendimentos nas assembleias públicas, sendo que 400 deles foram
concluídos e 69 encontram-se em andamento.

Do total de obras em andamento, 8 estão sendo realizadas com recursos do Governo Federal,
por meio do Programa Vila Viva

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