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O B R E I S S O
M O S F A L A R S
PRECISA
UM E-BOOK PREVENTIVO
ÍNDICE
03 I N T R O D U Ç Ã O
07 O F E N Ô M E N O
etiologia
B U L L Y I N G
11 O C O N C E I T O D E
definições e contextualizações
B U L L Y I N G
15 O C O N C E I T O D E C Y B E R B U L L Y I N G
18 A P R Á T I C A
causas e consequências
D O B U L L Y I N G
25 M O D U S O P E R A N D I N A S
28 R E D U Ç Ã O D O B U L L Y I N G
33 C O N S I D E R A Ç Õ E S F I N A I S
INTRODUÇÃO
O FENÔMENO
BULLYING
Etiologia.
O termo bullying passou a ser
estudado em todo o mundo após
pesquisadores e educadores de
alguns países da Europa
perceberem a forte ligação entre
a violência vivenciada por alunos
no ambiente escolar e uma série
de ataques ocorridos nestas
instituições de ensino,
verificando de que maneira isso
estava influenciando a vida dos
jovens em idade escolar. A busca
pelo conceito e caracterização do
fenômeno, culminou no presente
termo, utilizado na língua inglesa
para designar os conflitos e
agressões que se mantinham
durante muito tempo sobre um
aluno que não apresentava
resistência física ou psicológica.
Diante da dificuldade de
encontrar uma tradução do
termo para a língua portuguesa,
estudiosos brasileiros optaram
pelo seu uso em inglês,
substantivo derivado do verbo
bully, que significa "machucar ou
ameaçar alguém mais fraco para
forçá-lo a fazer algo que não
quer", definição proposta após o
Massacre de Columbine (1999).
Com o advento de pesquisas
mostrando os seus efeitos
trágicos, o Bullying passou a ser
conhecido e divulgado pela
mídia nacional. Somente em
2010, foram publicados mais de
nove livros dedicados ao assunto,
mostrando o destaque do tema
junto aos pesquisadores.
Com o processo de popularização
do termo Bullying, observamos
que o mesmo vem sendo
utilizado para designar outras
formas de violência que ocorrem
em locais que ultrapassam o
ambiente escolar. Essa extensão
do uso deste termo para além do
universo educacional, parece
prejudicar o entendimento da
população sobre a real
configuração do fenômeno e
suas causas e consequências,
que podem estar relacionadas
desde a timidez, isolamento
social e depressão, até o suicídio
ou ainda o homicídio seguido ou
não de suicídio, como no terrível
caso do Massacre de Realengo
(2011).
3
O CONCEITO DE
BULLYING
Definições e contextualizações
O Bullying é um fenômeno social
presente nas escolas com
características bastante
delimitadas. As diversas formas
de violência que os jovens
vivenciam nas instituições de
ensino são, muitas vezes,
desconsideradas, desconhecidas
ou tratadas com menos
importância pelo poder público,
assim como pela população em
geral, sobretudo o bullying. Ao
pensarmos na violência em
ambiente escolar, lembramos
imediatamente de valentões
munidos de drogas, depredando
o patrimônio, brigando nas
imediações da instituição,
praticando furtos e promovendo
o terror entre os demais alunos.
Aliado a esse tipo de violência
mais explícita e de percepção
instantânea, devemos nos
preocupar com outra forma de
coerção, intimidação, e agressão:
a forma velada. Esses
mecanismos se apresentam de
forma repetitiva, cruel, escondida
entre os grupos que excluem e
maltratam outros alunos. O
bullying se contextualiza como
um fenômeno complexo por se
munir tanto de traços da
violência explícita como da
manifestação das formas
anônimas, veladas e repetitivas,
buscando exercer um domínio
agressivo de outros estudantes
através desta propagação
frequente e habitual.
Não há uma definição universal
para o conceito de bullying, no
entanto, é amplamente aceito se
tratar de uma subcategoria de
comportamento agressivo
caracterizada pelos critérios de
intenção hostil, desequilíbrio de
poder e repetição sobre um
período de tempo. O bullying
ocorre quando uma pessoa é
exposta, repetidamente e ao
longo do tempo, a ações
negativas por parte de uma ou
mais pessoas. Essas ações
negativas ocorrem quando um
estudante intencionalmente
inflige dano ou desconforto a
outro, através de contato físico,
através de palavras ou de outras
formas de intimidação.
4
O CONCEITO DE
CYBERBULLYING
A PRÁTICA DO
BULLYING
Causas e consequências.
O ato de agredir ou perseguir
alguém no ambiente escolar, traz
consequências graves. Segundo
o pesquisador norueguês Dan
Olweus, quase 60% dos
estudantes classificados como
agressores entre o sexto e nono
anos, possuem grandes chances
de serem condenados por pelo
menos um crime ainda na
juventude. Ainda como
consequência para os autores,
temos a ansiedade, intolerância,
agressividade constante e o
baixo rendimento escolar. O
autor de bullying possui
tendências a comportamentos
antissociais ou delinquentes, em
decorrência da falta de limites ou
de modelos educativos que
direcionem seu comportamento.
As regras de convívio escolar e
social são encaradas com
desmotivação, uma vez que eles
se sentem superiores aos demais
e aprenderam a conviver com as
próprias regras internalizadas,
que lhes dão mais notoriedade e
destaque perante os colegas.
Com causas na insegurança que
sentem, resultante da carência e
da ausência de limites, suas
ações não apresentam traços de
empatia. Adotam uma postura
desafiadora frente às figuras de
autoridade como os pais,
professores e policiais, e tendem
a praticar o assédio moral em
diferentes meios, além de
apresentarem baixa resistência à
frustração.
Com relação aos receptores das
agressões, alguns pesquisadores
identificaram a existência de
subgrupos com características
distintas. As vítimas indiretas,
por exemplo, são aquelas
afetadas pelo medo e ansiedade
em decorrência de uma cultura
escolar que permite situações de
bullying, seja por medo de um
marketing negativo para a
escola, seja por receio de assumir
que nestas instituições ocorrem
situações degradantes como as
que caracterizam o fenômeno.
Assim, elas vivenciam o medo
constante dentro destas escolas
sem uma perspectiva de ter seus
problemas resolvidos pelos
responsáveis.
Independente da maneira com
que a vítima absorve o Bullying,
os efeitos das agressões sofridas
são sempre graves. As vítimas
podem ter suas vidas marcadas
pela insegurança, ansiedade,
angústia, medo. Tais sentimentos
prejudicam sua capacidade de
raciocínio e aprendizado,
potencializando o surgimento de
um perfil emocional que o
agressor entenderá como fraco e
incapaz de oferecer resistência.
Nesse caso, a vítima poderá ter
dificuldade no desenvolvimento
da capacidade de criatividade e
liderança, bem como sérios
problemas na construção de
vínculos afetivos, familiares,
sociais e laborais.
Grande parte das vítimas sofrem
até a vida adulta com as
consequências das situações de
bullying vivenciadas ao longo de
toda a juventude num ambiente
escolar tóxico. Entre os
problemas mais comuns estão o
sintoma psicossomático,
transtorno do pânico, fobia
escolar, fobia social ou
Transtorno de Ansiedade Social,
Transtorno de Ansiedade
Generalizada, depressão,
anorexia e bulimia nervosas,
Transtorno Obsessivo
Compulsivo, Transtorno do
Estresse Pós-Traumático e, em
alguns casos menos frequentes,
a esquizofrenia e o suicídio ou
homicídio seguido de suicídio.
É válido destacar que estas
consequências não estarão
presentes em todos aqueles que
são ou foram vítimas deste
fenômeno no ambiente escolar.
Contudo, resta evidente que os
efeitos podem ser bastante
danosos, independente da
maneira com que outras pessoas
imaginam estas relações
conflituosas, acreditando que
podem fortalecer o caráter e
preparar o adolescente para uma
vida adulta. Devemos refletir
que, além de o bullying ser uma
prática inaceitável nas relações
interpessoais, pode levar a
quadros clínicos que exigem
cuidados médicos e psicológicos
difíceis de serem superados.
6
MODUS OPERANDI
NAS ESCOLAS
REDUÇÃO DO
BULLYING
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
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