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O VALOR DA ESPERA

Reza a lenda que, certa vez, em Nápoles, havia uma moça cuja família não podia pagar
seu dote para se casar. Desesperada, a jovem – ajoelhada aos pés da imagem de Santo
Antônio – pediu com fé a ajuda do Santo que, milagrosamente, lhe entregou um bilhete e disse
para procurar um determinado comerciante. O bilhete dizia que o comerciante desse à moça
moedas de prata equivalentes ao peso do papel. Obviamente, o homem não se importou,
achando que o peso daquele bilhete era insignificante. Mas, para sua surpresa, foram
necessários 400 escudos da prata para que a balança atingisse o equilíbrio. Nesse momento,
o comerciante se lembrou que outrora havia prometido 400 escudos de prata ao Santo, e
nunca havia cumprido a promessa. Santo Antônio haveria fazer a cobrança daquele modo
maravilhoso. A jovem moça pôde, assim, casar-se de acordo com o costume da época e, a
partir daí, Santo Antônio recebeu – entre outras atribuições – a de “O Santo Casamenteiro”.

Outra história que envolve a fama de Santo Antônio é a de que uma moça muito bonita,
que havia perdido as esperanças de arranjar um marido, apegou-se a Santo Antônio. Dizem
que a mulher adquiriu uma imagem do santo e colocou-a em um pequeno oratório. Todos os
dias, a jovem colhia flores e as oferecia a Santo Antônio sempre pedindo que este lhe
trouxesse um marido.

Mas, passaram-se semanas, meses, anos, e nada do noivo aparecer. Então, tomada
pelo desgosto e pela ingratidão do santo, ela atira a imagem pela janela. Neste exato
momento, passava um jovem cavalheiro que é atingido pela imagem do Santo. Ele apanha a
imagem e vai entregar à jovem, que se apaixona por ele e atribui a sua chegada a fé por Santo
Antônio.
A partir daí, as moças solteiras que querem casar começaram a fazer orações pedindo
ajuda ao santo e cultuando sua imagem. Entre as simpatias mais populares, acredita-se que as
jovens devem comprar uma pequena imagem do Santo e tirar o Menino Jesus do colo, dizendo
que só o devolverá quando conseguir encontrar o amor, ou ainda, virar o Santo Antônio de
cabeça para baixo.
Hoje eu quero contar para vocês uma história, que tem a ver com decisão, escolha,
confiança, mas, sobretudo espera. A história que eu vou contar é sobre um casal, muito
importante por sinal. Será que é sobre Justin Bieber e Selena Gomez? È sobre José e Maria.

Primeiro gostaria de falar de José. José era um homem trabalhador e tinha um sonho,
como todo judeu se casar e ter muitos filhos. Ele encontrou uma mulher perfeita pra ele, Maria.
Mas esse sonho seria interrompido por algo inesperado: a sua noiva aparece grávida. Dá pra
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imaginar a decepção de José? Qual foi a primeira atitude de José? Abandonar Maria, não pra
lhe fazer mal, mas justamente pelo contrário, pois assim a preservaria de ser apedrejada.

Isso para José significaria vergonha, humilhação e até mais do que isso. Essa atitude
seria interpretada como se ele tivesse engravidado Maria e deixado ela, abandonando-a. e
isso poderia custar-lhe a sua vida. No mínimo custaria a sua reputação, no máximo a sua vida.

Bem, mas como sabemos a história toma um rumo diferente. Deus aparece em sonho a
José e pede-lhe algo que a qualquer outra pessoa seria uma loucura total. O anjo do Senhor
lhe aparece em sonho e diz que o que aconteceu com Maria foi obra do Espírito Santo e que
ele deveria acolhê-la e criar o menino como seu filho.

José estava diante de um dilema. E como todo homem, cabeça dura, ele pensou em
inúmeras possibilidades. Na verdade, se ele resolvesse continuar como plano de deixar Maria,
ele poderia seguir o seu caminho, encontrar outra esposa, constituir uma família, numerosa
por certo, pois este era o ideal judaico como já dissemos. Por outro lado, ele poderia seguir o
conselho de um anjo aparecido em sonho, assumir um filho que não era seu, acreditando que
Maria, sua noiva estava grávida do Espírito Santo. Isso significaria, conseqüentemente que
ele abriria mão do seu sonho, dos seus planos, das suas idéias e iria seguir o que deus lhe
havia pedido. Pedido, não imposto. E ele tinha todo direito de recusar.

Qual foi a decisão de José? Aceitou o maior desafio da sua vida.

E Maria, uma jovenzinha, com 14 ou 15 anos. Com tantos sonhos, desejos e vontades.
Seu ideal era se casar, ter um marido que lhe fosse fiel, ter muitos filhos. E tantas outras
coisas que nós nem sabemos. O que sabemos é o que relataremos a seguir.

Maria tivera sorte. Estava noiva de José. As suas qualidades nós já descrevemos
anteriormente. Mas também ela tivera seus planos interpostos por uma mensagem divina.
Maria recebe a visita de um anjo que lhe anuncia coisas que é deixar qualquer pessoa no
mínimo desconcertada. Maria dá uma resposta que homem parece estranha mas na verdade
não é; ela não conhecia homem algum, como então poderia ter um bebe? Revelado pelo anjo
o verdadeiro significado dessas palavras ela deveria então dar uma resposta a esse plano
misterioso e grandioso. E ela poderia recusar se quisesse.

Qual foi a decisão de Maria? Aceitou o maior desafio da sua vida.


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Esse desafio qual é? Esse desafio que a você hoje também é dirigido é extremante
difícil, pois é capaz de definir toda a sua vida. É o desafio de decidir por aquilo que realmente
vale a pena.

Gostaria prestássemos atenção no salmo: (37, 4) “Põe no Senhor tuas delícias e ele te
dará o que teu coração pede.” Onde você tem colocado tuas delícias? Onde tem colocado tua
felicidade?

2° PARTE

“Não é bom Que o homem esteja só. Vou fazer-lhe uma auxiliar que lhe corresponda”.
(Gn 2, 18). A necessidade de ter alguém ao seu lado é essencial. O que significa isso? Que é
da essência do ser humano, colocado pelo próprio Deus. Então é vontade de Deus isso. E
olha o que a palavra diz sobre a vontade de Deus: (Rm, 12,2) “para que possais distinguir o
que é da vontade de Deus, a saber, o que é bom, o que é agradável, o que é perfeito.” Ter
alguém bom, é agradável e é perfeito.
Atração – ver uma menina/menino lindo – coração dispara.
Essa atração deve ser ordenada.
Em determinada momento da nossa vida vamos sentir a necessidade de relacionarmos
com alguém. Procuramos no outro aquilo que nos falta.
Mas você já se perguntou qual a sua vocação? Isso faz parte também, porque nem
todos são vocacionados ao matrimônio ou ao sacerdócio.
Bem, mas e quando eu já sei que o meu chamado é o matrimônio, eu decido então que
quero isso, mas aí vem a questão “Poxa está demorando demais. Aí entra o desespero. “ não
posso esperar se não eu fico velho...” Aí vem as novenas... santo Antonio...
NÃO SE DESEMPERE.
Saiba de uma coisa: DEUS NÃO TEM PRESSA.
Tudo acontece no tempo de terminado por ELE.
Deus te conhece muito mais do que você mesmo. Se ele te deu a vocação ao
matrimônio ele vai te dar uma pessoa que “lhe corresponda”. Que seja perfeita pra você, nada
menos que isso. Adão para que Deus fizesse Eva teve de adormecer, isso é, teve que
descansar em Deus. E você também, deve esperar em Deus.
Uma frase que eu vi uma vez diz: “Tudo que é realmente nosso nunca se vai para
sempre”.
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Mas é claro que você não pode ser um mortão, uma mortona. Tem gente que até baba
de tanto que é lerdo. Tem que ser esperto, esta atento, estar disposto. Se tornar amável. Mas
o mais importante é saber que tudo tem o seu tempo.
Esperar não é deixar a vida levar vida leva eu. Esperar é já ter certeza da
chegada.Quando uma mulher está grávida a gente diz que ela está? “esperando um filho”. Ou
seja o filho já esta vindo, ela está esperando porque sabe que ele vai chegar.
Assim também, esperar o momento certo é saber que esse momento vai chegar.
Espera é crer!
Você não é qualquer coisa, e por isso não merece qualquer coisa.
“Eu sou de ninguém. Eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também”?

A PRAÇA

A todo instante, pessoas se aproximam e entram em nossa vida. Quantas pessoas já


passaram?
Muitos que passam sentam no banco e vão embora, outros pisam no gramado, outros
sujam. Mas quantos realmente ficam?
Vivemos numa realidade muito fast, de maneira rápida e descartável
Ferimo-nos, porque não colocamos parâmetros nos relacionamentos. Não sabemos
exatamente quem somos e, assim, o outro faz de nós o que bem entender.
Somente Deus não vai embora.

Paul Claudel: “a juventude não foi feita para o prazer, mas para o desafio”
O desafio aqui é fazer diferente, ser diferente, e assim ser feliz!
Este desafio que Maria e José aceitaram nós também somos chamados a aceitar.
Fomos feitos pra coisas grandes (Bento 16)
"O Céu é para quem sonha grande, pensa grande, ama grande e tem a coragem de
viver pequeno. Isso é o Céu." Padre Leo
Põe no Senhor tuas delícias e ele te dará o que teu coração pede. Entrega ao Senhor o
teu futuro, espera nele, que ele vai agir. Salmo 37, 4-5

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