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Coberturas em

estruturas de madeira:
exemplos de cálculo
EDITORES: Carlito Cali I Junior eJutio Cesar Moiina
Ca r l i t o Ca l i l Ju n i o r
é p ro f esso r t it ular d o D ep ar t am en t o
d e En g en h ar r a d e Est ru t u ras d a
Esco la d e En g en h ar i a d e São Carlo s,
d a Un i ver si d ad e d e São Paulo .
Fo r m ad o e m En g en h ar i a Civil pet a
Esco la d e En g en h ar i a d e Pi r aci cab a,
em 1975, m est r e em En g en h ar i a d e
Est r u t u r as p ela ÊESC/ USP, em 1978, e
d o u t o r em En g en h ar i a In d u st rial p ela
Un i ver si d ad e Po lit écn ica d e Cat al u n i a
- Esp an h a, em 1982. Realizo u est ág io
d e p ó s- d o u t o r ad o nas Un i ver si d ad es
d e Tw en t e - H o l an d a [1988h
Br au n sch w ei g - Al em an h a [1988) e
n o Fo rest Pr o d u ct s Lab o r at o r y - EUA
(2000- 2001) e (2008).

Pro f. Cali! é co o r d en ad o r d a Co m i ssão


d e Est u d o s CE 02:126.10 d a Asso ci ação
Brasileira d e N o rm as Técn i cas -
ABN T, p r esi d en t e p o r d o is m an d at o s
e m em b r o f u n d ad o r d o Inst it ut o
Brasileiro d e M ad eira e d as Est r u t u r as
d e M ad eir a. É o r ep r esen t an t e d o
Brasil na In t ern at io n al Asso ci at i o n o f
W o o d Pr o d u ct s So ciet ies (IAWPS) -
Jap an e na In t ern at io n al Asso ci at i o n
for Brid g e an d St r u ct u r al En g i n eer i n g

- USA.
Coberturas em
estruturas de madeira:
exemplos de cálculo

EDITORES:CarlitoCalilJunioreJulioCesarMolina
COBERTURAS EM ESTRUTURAS OE M ADEIRA: EXEM PLOS DE CÁLCULO
© Copyright Editora Pini Ltda.
Todos os direitos de reprodução ou tradução reservado* pela Editora Pini Ltda.
Coordenação efe M anuais Técnicos

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Coberturas em estruturas de madeira: exemplos de


cálculo / Carlito Calil Júnior e Julio Cesar
Molina. -- São Pauto Pini, 2010.

Bibliografia.
ISBN 978-55-7266-224-6

t . Estruturas de madeira 2. Estruturas de


madeira - Projetos 3, Materiais compostos
Telhados - Projetos e construção * Custos
1. Molina, Jufio Cesar. II. Titulo.

10-01045 CDD-624.17

índices para catálogo sistemático:


1. Estruturas de madeira: Telhados; Projetos:
Custos: Engenharia civil 621.17

Coordenação: Josiani Souza


Capa, Projeto Gráfico e Diagratnação: João Marcelo Ribeiro Soares
Revisão: Mônica Elaine da Costa

Edit ora Pini Lt d a,


Rua Anhaia, 9&4 • CEP 01130 - 900r São Paulo - SP
Fone: 11 2173-232S/ Fax: 11 2173-2327
Internet; www.plniweb.com
E-mail: manuais@pini.com.br
Prefácio
As estruturas de cobertura em madeira são de fundamental importância
para qualquer tipo de edificação, seja ela destinada a fins residenciais,
comerciais ou poliesportivos.

Este trabalho apresenta vários exemplos de projeto, dimensionamento


e detalhes construtivos de estruturas de coberturas em madeira com
diversos sistemas estruturais, à luz da Morma Brasileira NBR 7190:1997,
com a finalidade de fornecer aos engenheiros, arquitetos, construtores
e projetistas orientações para o projeto e construção de coberturas em
estruturas de madeira. Representa a experiência de vários professores,
engenheiros e alunos de pós-graduação no desenvolvimento de projetos
acadêmicos e profissionais.

São apresentados 5 projetos completos de coberturas em estruturas de


madeira, utilizando o sistema treliçado para duas águas, sistema treliçado
industrializado com ligações de chapas com dentes estampados, parabo-
ioide hiperbólico utilizando peças roliças naturais de pequeno diâmetro,
estruturas lamelares utilizando elementos estruturais esbeltos e estrutu-
ras de coberturas de cúpulas utilizando os sistemas VARAX e M LC

Espera-se que este trabalho seja um incentivo aos profissionais para o


projeto e cálculo dest as estruturas, b em com o exemplo de aula para
alunos de graduação e pós-graduação interessados no desenvolvimento
das coberturas especiais em madeira.

São Carlos zwvutsrponmlihgfedcbaVTSRP


Jr. c Motina
CalilzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaXWVUTSRQPON
SUMÁRIO
Prefácio 3
índice d e equações - 9
índice de figuras 13
índice d e t abelas ..» ........ 19

1. Si st em as est r u t u r ai s e co n st r u t i v o s d e co b er t u r as em est r u t u r as
d e m ad ei r a 21
1.1. Cobert ura „ 21
1.2. Part es de um a cobert ura ....... 21
1.2.1. Telhas 22
U.1.1. Tipos de t elhas 23
12.1.2, Inclinação para as telhas ™ - - 26
1.2.1.3. Quant idade de telhas 27
1.2.1.4. Cuidados de m anut enção 27
1.3. Subcobert uras 27
1.4. Sobrecobert uras „ 27
1.5. Sist emas est rut urais para cobert uras 28
1.5.1. Trama 28
1.5.2. Ripas 28
1.5.3. Caibro „.. „ 30
1.5.4. Terças 31
1.5.5. Est rut ura d e apoio 32
1.5.6. Cont ravent am ent os 35

2. Est r u t u r a t r el i çad a d e m ad ei r a t i p o " h o w e" p ar a co b er t u r a -


ex em p l o d e cál cu l o 37
2.1. Int rodução 37
2.2. Dim ensio nam ent o d at erça 38
2.2.1. Ações na t erça — 39
2.2.2. Est ados limit es último e d e ut ilização 40
2.2.2.1. Valores d e resist ência 40
2.2.2.2. Coeficie ntes de m odificação „ .40
2.2.2.3. Coeficient es de ponderação das resistências 41
2.2.2.4. Valores das resistências d e cálculo 41
2.2.2.5. Cálculo dos esforços int ernos - - 41
2.2.2.6. Verificação das t ensões *«. >»» 45
2.2.2.7. Verificação da est abilidade lateral .46
2.2.2.8. Verificação dos deslocam ent os .46
2.3. Dim ensionam ent o da t reliça 47
2.3.1. Dados ge rais da t re I i ça 47
2.3.2, Grandezas geom ét ricas 49
2.3.3. Açõ es 49
2.3.4, Dim ensionam ent o 56
2.3.4.1, Tração paralela às fibras - verificação da resistência 59
2.3.4.2. Tração paralela às fibras - verificação da est abilidadezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaWVUTSRQPONMLJIHGF
62
2.3.4.3. Com pressão paralela às fibras - verificação da resist ência...... 62
2.3.4.4. Com pressão paralela às fibras - verificação da est abilidade 71
2.3.5. Verificação dos deslocam ent os , „,.. 78
2.3.6. Ligações - 78
2.3.6.1. Resistência de cálculo de um pino 78
2.3.6.2. D ím en si ona m ent o ™ ~ - 80
2.3.7. Em endas 88
2.3.8. Espaçam ent o dos parafusos 90
2.3.9. Pe so d a est r utu 90
2.4. Est rut ura de co nt ravent am ert o 90
2.4.1, P ré -d i m en sio na me nto >,.„„ .„ „ „ ... ««... «... 91
2.5. Verificação da est abilidade local da t reliça .,„...,....,— ......,„ 93
2.5.1, Rigidez m ínim a da barra de cont ravent am ent o (Kb r l n i i n } ...» » 93
2.5.2. Rigidez efet iva das barras d e cont ravent am ent o (K^ ,)..., 94
2.6. Verificação da est abilidade global dos elem ent os em paralelo 95
2.7. Dim ensionam ent o da barra d e rigidez 96
2.7.1. Verificação da resistência - 96
2.7.2. Verificação da est abilidade — 97
2.8. Result ados finais 99
2,8.1. Quant it at ivo das p eças de madeira 99

3. Si st em as i n d u st r i al i zad o s d as est r u t u r as d e m ad ei r a p ar a co b er -
t u r a co m ch ap as co m d en t es est am p ad o s 101
3.1. Int rodução 101
3.2. Ligações com chapas com dent es est am p ad o s 102
3.3. Processo de indust rialização das t reliças 104
3.4. Critério d e verificação dos conect ores (ANSI/ TPI: 1995) 106
3.4.1. Ligações solicitadas à t ração 107
3.4.2. Ligações solicitadas ao cisalham ent o * 109
3.4.}, Ligações solicit adas à t ração e ao cisalham ent o..,. 110
3.4.4, Dim ensionam ent o da área d e anco rag em , ,„ .,..„ „ „ 111
3.4.5, Ligações solicitadas à t ração normal às fibras 113
3.4.6. Ligações solicitadas à com pressão 114
3.4.7. Geo m el ria d a s ligaçõe s , 114
3.5. Alguns result ados de pesquisa com CDE's 11S
3.6. Exem p lo d e cálculo das ligações de um a t reliça com CDE's 124
3.7. Exem p lo d e const rução de um a treliça com CDE's 131
3.8. Cont ravent am ent o de treliças e est rut ura «... 132
3.8.1, Cont ravent am ent o das treliças 133
3.8.2, Cont ravent am ent o da est rut ura do t elhado.......... .,„.....,„ 136
3.8.3, Edifício sólido com oitões em alvenaria. 136
3.8.4, Edifício sólido com t esouras de oit âo 137
3.8.5, Edifício sólido com quat ro águas .„,., 137
3.8.6, Edifício t ipo galpão 137
Pr o j et o e co n st r u ção d e u m a est r u t u r a d e co b er t u r a em m ad ei r a
4.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
em f o r m a d e p ar ab o l o i d e h i p er b ó l i co 141
4.1, Introdução...,„,..........,........«• m
.m ...,.„ „ „ 141
4.2. Sobre a est rut ura 144
4.3. M ateriais especificados 145
4.4, Com port am ent o est rut ural 145
4.5. Caract eríst icas das peças est rut urais 146
4.5.1, Caract eríst icas resistentes da madeira C50 148
4.5.2, Caract eríst icas resistentes dos elem ent os d e ligação 149
4.5.3, Cavilhas 149
4.5.4, Elem ent os m et álicos 149
4.6, Ações atuantes na est rut ura 149
4.6.1. Carrega mentos exist ent es 150
4.6.2, Forças nodais at uant es 150
4.7. Cálculo dos esforços 151
4.7.1. Hipót eses de cálculo 151
4.7.1.1. Hipótese 1 - Est rut ura integral 151
4.7.1.2. Hipótese 2 - Folga no t ravam ent o das cavilhas 151
4.7.1.3. Hipótese 3 - Falhas das cavilhas 151
4.7.2. Com binações das ações 152
4.8, Dim ensionam ent o da est rut ura 152
4.8,1, Verificação das barras 152
4J.2, Dim ensionam ent o das ligações 154
4.8.2.1. Ligações Tipo 1 154
4.8.2.2. Ligações Tipo 2 155
4.8.2.3. Ligações Tipo 3 155
4.8.2.4. Ligações Tipo 4 156
4.5.2.5. Ligações Tipo 5 ~ 157
4.8.3. Dim ensionam ent o dos t irant es 158
4.8.4. M ont agem da est rut ura.,.,. 158
4.3.5. Principais conclusões «<. 161

5, Est r u t u r as l am el ar es d e m ad ei r a 163
5.1. Int rodução 163
5.2. Hist órico 165
5.3. Caract erização da est rut ura 168
5.4. Aspect os const rut ivos da ab ób ad a lamelar 169
5.4.1. Tipos d e ligações int erlamelares 169
5.4.1.1, Ligações encaixad as 169
5.4.1.2, Ligações parafusadas 169
5.4.1.3, Out ros t ipos,,, 170
5.4.2. Tipos d e nós da malha lamelar 170
5.4.3, Det alhes geom ét ricos das lamelas 170
5.4.3.1. Bordas »h « 170
5.4.3.2, Chanfros d e ext rem idade. 171
5.4.4, Recom endações geom ét ricas 171
5.5. Cálculo das est rut uras lamelares - .... 172
5.5.1. Cálculo sim plificado 172
5.5.2, Cálculo aut om at izado 172
5.6. Carregam ent o e dim ensionam ent o de est rut uras lam elares 172
5.6.1. Área de influência de um nó 172
5.6.2. Ações 173
5.6.J. Com binações das ações 173
5.6.3.1. Com binações em est ados limites últ imos 173
5.6.3.2. Com binações em est ados limites d e ut ilização... ...,.-.„, 174
5.6.4. Verificação dos elem ent os est rut urais 174
5.6.4.1. Resistência ~ - 174
5.6.4.2. Est abilidade 175
5.6.5. Verificação global da est rut ura 177
5.6.6. Dim ensionam ent o das ligações parafusadas 177
5.7. M ont agem e ensaio d e um protótipo lamelar — 179
5.7.1. Protótipo lamelar. 180
5.7.1.1. Caract eríst icas geomét ricas.» - - » 180
5.7.1.2. Carregam ent o 181
5.7.1.3. Cálculo 182
5.7.1.4. Verificações » 182
5.7.1.5. Dim ensionam ent o das ligações 182
5.7.1.6. Ensaio do protótipo 182
5.8. Diretrizes para projet os d e est rut uras lamelares.,....« «»........ 183

6. Pr o j et o e co n st r u ção d e u m a est r u t u r a d e co b er t u r a em cú p u l a
u t i l i zan d o o si st em a VARAX e M LC 185
6.1. I ntrod uçã o „ 18 5
6.2. M odelo est rut ural e análise num érica... 185
6.3. Dim ensionam ent o dos elem ent os est rut urais... 187
6.4. Fabricação d e com p onent es estruturais e m ont ag em da est rut ura da cúpula ..197
6.5. Telham ent o 200

Bi b l i o g r af i a co n su l t ad a ..203
EQUAÇÕES
Equação 2 ,1 ,. , 41
Equação 2.2 , „ . ,.,„ „ .«41
Equação 2.3 . „ „ . ...„. „ .„ „ . ,.„41
Equação 2.4 .„,...„. „ „ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaWVUTSRQPONMLJIHGFEDCBA
.,A2
Equação 2.5 ..„ 45
Equação 2.6 «... „,„.... „.„.,. .....45
Equ aça o 2.7 ,„ .„ ., , 45
Equação 2.8 .46
Eq u aça o 2 «... ....46
Eq u açã o 2.10........... ....... ....46
Equação 2.11 .47
Equação 2.12 47
Equação 2.13 - 50
Equação 2.14 50
Eq uaçã o 2.15 54
Eq u açã o 2.16.. ...„..„ .5 7
Eq u açã o 2.17 ....„..„ „. 57
Equação 2,18 ,...,,. -.57
Equação 2.19 57
Eq uaçã o 2.20.... ............ 58
Equação 2.21 „ „ „ ,„ „ „ „ „ ,.„.•„,.,.., ,.„,. ,...59
Equação 2.22 62
Equação 2.23 ..„.„.„, 62
Eq u açâ o 2.24 „.„. „ „ „ ,..„ „.,.. „..,. 62
Equação 2.25 63
Eq u açã o 2,26., 63
Equ açã o 2.27 .. .„.,., 63
Equação 2.28 63
Equação 2.29 .64
Eq u açã o 2.30 64
Equação 2.31 64
Eq u açã O 2,32 ,.„ „ „ 65
Equação 2.33 .65
Equação 2.34.. 65
Equação 2.35 72
Equ açã o 2.36. ,...,...,., 72
Equação 2.37 72
Equ açl o 2.38 „ ..73
Eq u açã o 2.39. . „.„,.. ....„ „..., 73
Eq u açã o 2.40. ,„.., ,...„..,. 73
Equ açâ o 2.41 76
Equação 2.42 .76
Equação 2.43 77
Equ açã o 2.44 77
Equação 2.45 77
Equação zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaWVUTSRQPONMLJIHGFEDCBA
2 .46..,„.„..., ....„ „ „ ,„ ...„ 78
Equação 2.47... 78
Equação 2.48 .„ , „ 78
Equação 2.49 , „„ 79
Equ ação 2.50 79
Equação 2,51.. ..79
Equação 2.52.. 79
Equação 2.53 — ...... — ™ 80
Equação 2.54 ,„ 80
Equação 2.55..,„ 80
Equação 2.56 „ 80
Equação 2,57 „ ...80
Equação 2.58 93
Equação 2.59 94
Eq uação 2.60 94
Equação 2.61 94
Equação 2.62 ......95
Equação 2.63 96
Equação 3.1 107
Equação 3.2 107
Equação 3.3 107
Equação 3.4 „„ 107
Equação 3.5 „„,.,„.,. ..,„ „ „ „ . 107
Equação 3.6 107
Equação 3.7. ....,., .....108
Equação 3.3 „„., „ „ „ „ „ ., 108
Equação 3.9 ....... 108
Equação 3,10,... 108
Equação 3.11 109
Equação 3.12 ,...., 109
Equação 3,13 109
Equação 3.14..„ „ 109
Equação 3.15...™.... 109
Equação 3,16 ,„.... 109
Equação 3,17...,„.„ 109
Equação 3.18 110
Equação 3.19 110
Equação 3.20 110
Equação 3.21 111
Equação 3.22 111
Equação 3.23 112
Equação 3.24 112
Equação 3.25 „.,,... 112
Equação 3,26 113
Equ ação 3.27 ..,.113
Equação 3.28 113
Equação 3.29 114
Equação 3 3 0 „ „ 114
Equação 3,31 _ 122
Equação 3,32 , .. . , . 122
Equação 3- 33- ™, ,„ — „ .,„ .„ .„ „„ „„„„ 122
Equação 3 3 4 ... „,., 122
Equação 3 3 5 . 122
Equação 3 3 6 122
Equação 5,1 ..™™ „,.„.,.....„ 168
Equação 5.2 „ ,„ ., 168
Equação 5 3 ... 169
Equação 5,4..™ — ™ 169
Equação 5.5,™ 169
Equação 5.6..... 169
Eq uaçã o 5.7..™ „ „™ 173
Eq u aça o 5.3. ... „. ... „„ „. 173
Equação 5.9 173
Equação 5,iQ... 174
Equação 5,11 .... 174
Equação 5,12 ....,..„„ ..„ ,.. 174
Equação 5.13 174
Equação 5.14 175
Eq uaçã o 5,15 176
Equação 5.16...™..,,, „ „ .„ „ „ ,.., „ „ „ „ .„ , ,.„ „ „ „ ,„ ., ,.„ ,.,„ „ „ „ , ,„ „ > ,„ ,„ „ , 176
Equação 5,17........................ 177
Eq uaçã o 5,18 ... 178
Equação 5.19 17Ê
Equação 5.20 178
Equação 5,21 ..„ 178
Equação 5.22 ..„,..„ „ „ „ „ ..„ „ .1 7 9
Equação S.23... 179
Eq u a çã o 5,24 179
Equação 6.1 „.„... ....191
Equação 6.2 ....„ 191
Equação 6.3 „ ., „ .193
Equação 6.4 193
Equação 6.5 - 195
Equação 6.6 195
FIGURAS
Figura 1,1, Partes de um a cobert ura , . >22
Figura 1.2. Telhas cerâm icas , 23
Figura 1.3. Telhas de fibrociment o 24
Figura 1.4. Telhas m et álicas ,„ ..,.„ ,„ .. ...25
Figura 1.5. Telhas de concreto 25
Figura 1.6. Telha d e fibra veg et al „ 25
Figura 1,7. Telhas t ransp arent es...,„ ,„ „ „ „ ,„ .„ ,„ ,„ ...„ ....— ,„ „ „ „ „ ....„ .„ 25
Figura 1.8. Telha d e PVC 26
Figura 1,9. Telha d e m adeira -„ ..... 26
Figura 1.10. Inclinação das telhas de concret o 26
Figura 1.11. Subcobert ura 27
Figura 1,12, Sobrecobert ura 28
Figura 1.13. Galg a e Guia do Ripament o 29
Figura 1.14. Perfis idealizados para t rês condições de carga 33
Figura 1,15, Treliça de banzos inclinados, , 34
Figura 1.16. Treliça bowst ring 34
Figura 1.17. Treliça belfast 34
Figura 1.18. Treliça d e banzos paralelos 34
Figura 2.1. Esquem a da elevação da edificação 37
Figura 2.2. Esquem a da planta da edificação 38
Figura 2.3. Sist ema d e eixos adot ados para a terça 39
Figura 2.4. Vão t eórico considerado para o dim ensionam ent o das t erças 39
Figura 2.5. Carga acident al aplicada no cent ro do vão da terça .40
Figura 2,6. Esquem a est át ico e diagramas d e m om ent o fletor 42
Figura 2.7. Esquem a estático e diagramas de esforço cort ant e 43
Figura 2,8. Numeração dos nós da treliça .48
Figura 2.9. Numeração dos elem ent os de barra da treliça .48
4
Figura 2.10. Valores d e Cp para a 1 Hipótese ...53
Figura 2,11. Valores de C,p ar a azyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaWVUTSRQPONMLJIHGFEDCBA
2' Hipótese 53
J
Figura 2.12. Valores d eCp para a 1* Hipótese: seção a barlavento (regiões "A, 'e " Bp .,.53
Figura 2.13. Valores d eCp para a 2' Hipótese: seção a barlavento (regiões " A / e ^ B/ LSS
Figura 2.14. Valores de Cjt para a 3' Hipótese: seção intermediária (regiões "A3" e "8/ %.54
1
Figura 2.15. Valores de C1 para a 4' Hipótese: seção a sotavento (regiões "A " e 54
Figura 2.16. Seção t ransversal das barras do banzo inferior 60
Figura 2.17. Seção t ransversal das barras do banzo superior 60
Figura 2.18. Seção t ransversal das barras da diagonal 61
Figura 2.19. Seção t ransversal das barras do m ont ant e 61
Figura 2.20. Seção t ransversal das barras do banzo superior 63
Figura 2,21. Seção t ransversal das barras do banzo superior 66
Figura 2.22. Seção t ransversal das barras da diagonal „, 67
Figura 2.23. Seção t ransversal das barras do mont ant e 70
Figura 2,24. Ligação entre os banzos superior e inferior (Nó 015 82
Figura 2,25. Ligação do nó d o banzo inferior (Nó 06) 83
Figura 2.26. Ligação do nó do banzo superior (Nó 07) 85
Figura 2,27, Ligação do nó central do banzo superior (Nó 09) 86
Figura 2.28. Ligação do nó cent ral do banzo inferior (Nó 10) 88
Figura 2.29. Em enda - banzo superior 89
Figura 2.30. Em enda d o banzo inferior . . 90
Figura 2.31. Plano do t elhado d e cont ravent am ent o . 91
Figura 2.32. Plano vert ical d e cont ravent am ent o - elevação 91
Figura 2.33. Posição d o plano vert ical de cont ravent ament o™™...........».™«.... 92
Fig ura 2.34. Definição dos co m p rim ent o s efet ivos das barras d o banzo superior
e inferior 92
Figura 2.35. Cont ravent am ent o por elem ent os d e madeira (nós 8 e 9)... 98
Figura 3.1. Chapa com dentes est am pados 102
Figura 3.2. Ensaio de tração nas chapas dos COE's „ 104
Figura 3.3. Caract eríst icas das chapas Gang- Nail 104
Figura 3.4. Prensa m anual sobre rodas.. 105
Figura 3.5, Prensa m anual suspensa.™« 105
Figura 3.6. Prensa m anual suspensa 105
Figura 3.7. Prensa fixa - roller 105
Figura 3.8. Layout esquem át ico ..,..„ „ „ „ .„ .„ „ „ .„ „ „™„„.„...,. 105
Figura 3.9. Cobert uras ut ilizando conect or tipo COE 106
Figura 3.10. Tip o s de ruptura das ligações com CDEs 106
Figura 3.11. Ligação d e peças em end ad as sub m et id as à t ração 108
Figura 3.12. Mó típico com esforços com binados d e tração e cisalham ent o 110
Figura 3.13. Verificação e dim ensionam ent o da área de anco rag em . 111
Figura 3.14. Tipo do nó de apoio em treliças com banzos inclinad o s..., 112
Figura 3.15. Ligação submetida a esforço de tração normal às fibras da madeira 113
Figura 3.16. Alt ura m ínim a d o conect or na ligação com os banzos 114
Figura 3.17. Início do arrancam ent o e final do arrancam ent o 117
Figura 3.18. Cisalham ent o do anel d e crescim ent o e arrancam ent o 117
Figura 3.19, Ensaio deform ação lenta e d et alhes do medidor de um idade 118
Figura 3.20. Deform ação lent a CDE (CPI) e umidade e t em perat ura 118
Figura 3.21. Deform ação lent a CDE (CP2) e um idade da m adeira 119
Figura 3.22. Deform ação lent a CDE (CP3) e um idade da m adeira.,,.. 119
Figura 3.23. Det alhe da m edida da força de cravação 120
Figura 3.24. M edida da força de cravação nos elem ent os est rut urais.. 120
Figura 3,25. Det alhe da m edida da força d e cravação 120
Fig ura 3.26. (a) Relógios co m p arad o res e p o sicio nam ent o dos ext ensô m et ro s
elét ricos, (b) Posicionament o dos ext ensôm et ros elétricos 121
Figura 3.27. M odelo propost o para t reliças com dent es est am pad os (tipo 4) 121
Figura 3.28. Deslocament os simulados vs. exp erim ent ais 121
Figura 3.29. Geom et ria rotacional dos banzos 122
Figura 3.30. Geom et ria rotacional das diagonais 123
Figura 3.31. Inst abilidade global 123
Figura 3.32, Ruptura por t ração na madeira devido ao defeit o 123
Figura 3.33. Ruptura por arrancam ent o 123
Figura 3.34. Ruptura por tração na chapa 123
Figura 3.35. Inst abilidade global 124
Figura 3.36. Inst abilidade do conect or 124
Figura 3.37.Treliça exem plo 124
Figura 3.38. Nó 1 ~ 126
Figura 3.39. Nó 2 127
Figura 3.40, Nó 3 « 128
Figura 3.41. Nó 4 - 129
Figura 3.42. Nó 6 131
Figura 3.43. Cort e em ângulo para as diagonais da treliça 131
Figura 3.44. Peças cort adas para a posterior m o nt ag em 131
Figura 3,45. Sistema d e prensagem para treliças com banzos paralelos 132
Figura 3.46. Prensagem dos conect ores ut ilizando cilindro hidráulico 132
Figura 3.47. Treliças arm azenadas após a m ont ag em 132
Figura 3.48. Posicionam ent o das treliças para o ensaio d e flexão est át ica 132
Figura 3.49. Cont ravent am ent o de peças ...133
Figura 3.50. Força at uant e no cont ravent am ent o 133
Figura 3.51. Cont ravent am ent o com paredes d eo it ão 134
Figura 3.52. Cont ravent am ent o com t esoura d eo i t ão 134
Figura 3.53. Cont ravent am ent o d e uma peça 135
Figura 3,54, Flam b ag em das t esouras 135
Figura 3.55. Contraventamento em "X" no banzo superior para evitar a flambagem.. 135
Figura 3.56. Contraventamento em "X" no banzo inferior para evitar a flambagem™ 136
Figura 3.57. Cont ravent am ent o em edifício com oitôes em alvenaria 136
Figura 3.58. Cont ravent am ent o em edifício com t esouras de oit ão 137
Figura 3.59, Cont ravent am ent o dos ext rem os de cobert ura de quat ro águas....137
Figura 3.60. Cont ravent am ent o em edifício d o tipo galpão 138
Figura 3.61. Cont ravent am ent o nos planos dos banzos superior e inferior 138
Figura 3.62. Colunas chum b ad as em concret o 139
Figura 3.63. M âos- francesas 139
Figura 3.64. Colunas de meias tesouras 140
Figura 3.65. Cont ravent am ent o em "X" em am b as as direções da est rut ura 140
Figura 4.1. Paraboloide hiperbólico [HP) „ 141
Figura 4.2. Paraboloide hiperbólico com bordas curvas (HP) 142
Figura 4.3. Paraboloide hiperbólico form ado por retas (HP) 142
Figura 4.4. Exem plos d e associação d e paraboloides hiperbólicos.. 143
Figura 4.5. Influência do vent o no equilíbrio da superfície ...., 143
Figura 4.6. Det alhes das ligações utilizadas e M annheim d e Frei Paul Oit o 144
Figura 4.7. Capela do Aitillo d e Félix Candela e oceanográfico de Valencia 144
Figura 4.8. Tipos de barras 145
Figura 4.9. Visualização d o com port am ent o est rut ural... 146
Figura 4.10. Esquem a das peças de madeira da cobert ura 146
Figura 4.11. Ensaio de com pressão paralela ... — 147
Figura 4.12. Verificação dos diâm et ros reais 147
Figura 4,13. Caract erização das peças por vibração t ransversal 147
Figura 4,14, Caract erização das peças por vibração t ransversal 148
Figura 4.15. Forças nodais at uant es obt idas pela área d e influência 150
Figura 4,16, Tipos de barras 152
Figura 4,17. Tipos de ligações »154
Figura 4.18, Ligação 1 154
Figura 4,19. Ensaios de tração nos parafusos aut oat arraxant es 155
Figura 4.20. Ligação 3 „ ,„ 156
Figura 4.21, Ligação 4 157
Figura 4.22. Ligação 5 158
Figura 4.23. Disposição prelim inar das barras , 159
Figura 4.24, Ligação (5) do apoio da est rut ura 159
Fi g u r a 4 ,2 5 . Pi n t u r a à b ase d e e p ó x i p a r a as p e ç a s d e aço n a f a se
d e p r é- m o n t ag em ....1 5 9
Figura 4.26. Ligação (3) do nó cent ral da cobert ura 159
Figura 4.27. Cort e em ângulo ut ilizando motosserra „ .„ ..,.„ „ „ „ „ „ „ „ „ „ .., „ ,„ 160
Figura 4.28. Posicionament o da malha 160
Figura 4.29. Pré- m ont agem finalizada. 160
Figura 4.30. Confecção das ligações ent re as barras principais e secundárias.... 160
Figura 4.31. Ligação das barras secundárias por cavilha 160
Figura 4.32. Visão gera! da m alha pronta 160
Figura 4.33. Visualização dos t irant es metálicos 160
Figura 4.34. Vist a geral da est rut ura pronta 160
Fig ura 5.1. Est rut ura lam elar d e m ad eira co nst ruíd a na cid ad e do Rio d e Janeiro
na década de 1950, pela em presa SOCIEDADE TEKNO LTDA 163
Figura 5.2. Protótipo lamelar m ont ado no LaM EM / EESC/ USP em 1998 163
Figura 5.3. Estutura lamelar d e m adeira const ruída em Curit iba - PR em 1927 pela
em p resa HAUFF 164
Fi g u r a 5.4. Cú p u l a l am el ar d e m ad ei r a d o cen t r o d e r ecr eação Pin e Hills
n o s Est ad o s Un i d o s..,.,..,. .,.164
Figura 5.5. Estrutura lamelar de madeira const ruída em São Paulo, em 1950 165
Fi g u r a 5.6. Est r u t u r a co n st r u íd a p el a em p r esa SOCIEDADE TEKN O LTDA,
em São Pau l o , em 1950..., 165
Figura 5.7, Abóbada lamelar de madeira de um ginásio de esportes em M oscou.. 166
Figura 5,8. Abóbada lamelar de madeira do ginásio de esportes Sports Arena, EUA ..166
Figura 5.9. Est rut ura lamelar d e m adeira const ruída em Berlim, em 1930 166
Figura 5.10. Cúpula lamelar construída nos EUA, com dimensões de 50 m x 99 m ..166
2
Figura 5.11. Estrutura lamelar com área de 669 m , construída em 1968 nos EUA 166
Fi g u r a 5.12. Vi st a i n t er n a da co b er t u r a d e um a i g r ej a co n st r u íd a em 1967,
na Al em an h a 166
Fig ura 5,13, Ab ó b ad as lam elares m últ iplas com M LC, co nst ruíd as em 1996, em
Dusseldorf, Alem anha 167
Figura 5.14. Ab ób ad a lamelar em aço para cobert ura d e uma quadra de t ênis .167
Figura 5.15. Est rut ura treliçada em aço const ruída na Itália, em 1935 167
Figura 5.16. Cúpula lamelar composta por elementos pré-moldados de concreto armado,
como cobertura do Palacete dos Esportes construído em Roma, em 1957 167
Figura 5.17. Represent ação da malha da ab ób ad a lamelar cilíndrica 168
Figura 5,18. Elem ent os geom ét ricos do arco da abóbada sem id lind rica 168
Figura 5.19. Det alhe da unidade da malha lam elar 168
Figura 5.20. Represent ação da ligação interlamelar encaixada 169
Figura 5,21. Representação da ligação interlamelar realizada com um parafuso...169
Figura 5.22. Representação das ligações interlamelares co m a utilização de chapas ..170
Figura 5.23. Tip o s d e nós da malha lam elar 170
Figura 5.24. Borda superior curvilínea 171
Figura 5.25. Borda superior com chanfros ,„,.... 171
Figura 5.26. Chanfros d e ext rem id ad e da lamela 171
Figura 5.27. Área de influência d e um nó da malha lamelar 172
Figura 5.28. Condições de ext rem id ad e das b arras..,....,.„ „ „ ,„ ,„ „ ........„»174
Fig ura 5.29. Rep resent ação dos eixo s cent rais d e inércia da seção t ransversal
da barra 175
Figura 5.30. Espessuras d e penet ração do pino,, 177
Figura 5.31. Esforços atuantes nas ext rem idades da lamela, utilizados para o dimen-
sionam ent o da ligação 178
Figura 5.32. Represent ação das direções dos esforços que produzem m o m ent o s
d evid o s à excent ricid ad e da ligação, o nd e "X" indica o vet or de V, e V ?y normais
ao plano „...„ 179
Figura 5.33. Vista global do protótipo apoiado 182
Figura 5.34. Instrumentação d e alguns nós para medida de deslocamento vertical.... 183
Figura 6.1. Vista em planta da est rut ura d e apoios e da cúpula reticulada 186
Figura 6.2. Cort e t ransversal do ginásio com a cúpula 186
Figura 6.3. Tela do software GESTRUT para gerar elementos da geometria da cúpula. 187
Fig ura 6.4, Vist a em p ersp ect iva da est rut ura ret iculada da cúp ula, g erad a pelo
so ft ware GESTRUT 187
Figura 6.5. M áquina classificadora d e t ensões, 188
Figura 6.6. Fixação das peças de MLC através de conect ores m et álicos,,,,.,,, 188
Figura 6.7. Fixação d e peças de MLC em conectores metálicos dos nós de apoio .188
Fi g u r a 6.8. Cú p u l a d e f o r m ad a p el a ação d o p eso p r ó p r i o (d esl o cam e-
n t o s am p l i ad o s) .. 189
Fig ura 6.9. Esq uem a d e t ensõ es at uant es no co nect o r m et álico , g erad o pelo
so ft ware SAP200Q . 197
Figura 6.10. Vigas com furação pré- execut ada 198
Figura 6.11, Verificação da m o nt ag em dos t riângulos 198
Figura 6.12, Posicionam ent o e fixação de t riângulos pré- m ont ados 198
Figura 6.13. Fixação d e barras d e fecham ent o dos anéis da cúpula 199
Figura 6.14. M ont agem dos t riângulos do segundo anel 199
Figura 6.15, Vista do inicio da m o nt ag em dos t riângulos do terceiro anel 199
Figura 6.16. Vist a geral do ginásio (m ont agem d o quart o anel) 199
Figura 6.17. Posicionament o de um dos t riângulos do quart o anel 199
Figura 6.18. Vist a geral do ginásio (m ont agem do quinto anel) 199
Figura 6.19. Vist a geral do ginásio (m ont agem do sext o anel) 200
Figura 6.20. Verificação da m ont ag em dos elem ent os do lant ernim 200
Figura 6.21. Vista superior da m o nt ag em dos t riângulos 200
Fig u ra 6.22. Vi st a g eral d o g i n ási o co m os p r i n ci p ai s el em en t o s est r u t u r ai s
j á e xe cu t ad o s.. ................ ...................2 0 0
Figura 6.23. Vista interna da est rut ura - aspect o geral 200
Fi g u r a 6 .2 4 . Vi st a i n t er n a d a e st r u t u r a - t o p o da c ú p u l a co m ab e r t u r a
p a r a v e n t i l a ç ã o .. 200
Figura 6.25. St ella" Subt elhado 201
Figura 6.26. Stella* Wood Shingle 201
Fi g u r a 6.27. Vist a g er al d o g i n ási o na f ase d e co l o cação d as t el h as e m an t a
d e i m p er m eab i l i zação 201
Figura 6.28. Vist a g lobal ext erna da cúpula acabada 201
TABELAS
Tabela 1.1. Caract eríst icas t écnicas das t elhas de fibrocimento ...24
Tabela 1.2. Inclinações para t elhas cerâm icas 26
Tabela 1.3. Quant idades d e t elhas para cada m odelo .„ ...» .........27
Tabela 1.4. Vãos das ripas ... 29
Tabela 1.5. Vãos m áxim os para os caibros 30
Tabela 1.6. Vãos m áxim os para as terças „.„„,.,„„......„„.„.»„.,.,.„....„..„..„.,....,.,.....,..»32
Tabela 2.1. Classes d e resistência 40
Tabela 2.2. Coordenadas dos nó s da treliça .48
Tabela 2.3. Numeração das barras da treliça .„ .48
Tabela 2.4. Grandezas geom ét ricas dos elem ent os est rut urais da t reliça 49
Tabela 2,5. Esforços solicit ant es caract eríst icos nos elem ent os 58
Tabela 2.6. Esforços solicit ant es caract eríst icos nos elem ent os 59
Tabela 2.7. Esforços solicit ant es d e cálculo - disposit ivos de ligação 81
Tabela 3,1. Caract eríst icas m ecânicas do aço (ASTM A446-72) das ligações 102
Tabela 3.2. Caract eríst icas geom ét ricas da ligação com GNA-80 102
Tabela 3.3. Dim ensões comerciais dos CDE's 103
Tabela 3.4. Result ados da t ração nas chapas 103
Tabela 3.5. Resultados experim ent ais de arrancam ent o 115
Tabela 4,1. Resultados dos ensaios de com pressão paralela às fibras „147
Tabela 4.2. Resultados dos ensaios para a obtenção do módulo de elast icidade.148
jr
Tabela 4.3. Verificação em relação ao ei xo x., 153
Everaldo Plet*

Sistemas estruturais e
Professor Doutor do Uimenidade
Estadual de Londrina

Julio Cesar Molina construtivos de coberturas em


Póí-üomrondo da Exoia de Engenharia
d? São Carlos do Universidade estruturas de madeira
de São Paulo

1,1, Cobert ura

Alg uns aut o res ut ilizam o t erm o t elhad o ind ist int am ent e para
d esig nar t ant o a co b ert ura q uant o o próprio t elhad o, o q ue t em g erad o confusão. Out ros auto-
res ad m it em q ue o t erm o t elhado é m ais ut ilizado em const ruções residenciais, send o o t erm o
co b ert ura m ais co m um em const ruções indust riais e p o liesp o rt ivas. Neste t rab alho a co b ert ura
será d ef inid a co m o send o a p art e sup erio r d a co n st ru ção co m p o st a p elas t elhas, est rut ura
para sust ent ação das t elhas, est rut ura principal de apoio, est rut ura resp o nsável para mant er a
est ab ilid ad e d o conjunt o e, em alg uns casos, sist em a de capt ação de águas p luviais. Não será
ab o rd ad o nest e t rab alho o caso de ed ifício co m co b ert ura em laje.
Do p o nt o d e vist a est ét ico, a co b ert ura é a coroa da const rução e por isso o s arqui-
t et o s, en g en h eiro s e p ro jet ist as d ed i cam esp ecial at en ção a sua co ncep ção , cient es d e q ue
suas fo rm as e vo lum es d ep en d em do m at erial ut ilizado e da p lant a d a ed ificação. Além de sua
config uração g eo m ét rica, a cobert ura oferece possibilidades d e se t rabalhar com diversas cores,
t ext uras superficiais e m o vim ent o s variados.
A co b ert ura d eve prot eg er a co nst rução das int em p éries {chuva, p oeira, so!, vent os,
t em p erat uras ext remas), sem perder sua est abilidade est rut ura) ao longo de toda a sua vida útil,
d evend o ter t am b ém risco baixo e aceit ável de incêndio. O d esem p en h o est rut ural, t érm ico e
acúst ico, o nível de seg urança cont ra incêndio, a funcionalidade e acessibilidade, e as condições
d e d urab ilid ad e e p o ssib ilid ad e de m an u t en ção sã o asp ect o s f u n d am en t ais q ue d evem ser
o b servad o s na avaliação d e um a co b ert ura.
Do exp o st o fica evid ent e o carát er m ult idisciplinar d a art e de projet ar, d em and and o
co nhecim ent o s d e arq uit et ura, est rut uras, d esem p en h o t erm o acúst ico e de inst alaçõ es para
ág uas p luviais. Est es fat ores int erag em ent re si co nf erind o ao p ro jet o a necessid ad e d e um a
ab o rd ag em sist êm ica. A ausência dest e p ro ced im ent o m uit as vezes é responsável p ela m aioria
d as pat ologias o b servad as nas co b ert uras.

1.2. Part es de uma cobert ura

Pode- se d izer q ue a co b ert ura é sub d ivid id a em quat ro p rincip ais p art es:
• pelo t elhad o, com post o por vários tipos de t elhas;
• pela t ram a, q ue sust ent a o t elhado;
• pela est rut ura vert ical de sust ent ação d a t ram a (t reliça ou t esoura);
• pelo sist em a de co nt ravent am ent o q ue confere á est rut ura a cap acid ad e de absorver
as açõ es ho rizo nt ais at uant es, m ant end o a est ab ilid ad e d o co njunt o ;
• pelo sist em a de cap t ação d as ág uas p luviais para recolher e co nd uzir para um local
d et erm inad o as águas p rovenient es d a chuva.

As part es de uma cobert ura podem ser definidas de acordo com os itens apresent ados
a seg uir e q ue est ão ilust rados na Fig ura 1.1,
Água: sup erfície plana d e um t elhado;
Água Ales tf a: nos t elhad os ret angulares d e q uat ro águas, é o no m e q ue se dá às d uas
ág uas de fo rm a t rap ezo id al. As duas o ut ras ág uas t riangulares são cham ad as d e t a-
ça n iças;
Beiral: projeção d o t elhad o para fo ra do alinham ent o d a p ared e;
Cumeeira: arest a ho rizo nt al na p art e m ais alta d o t elhad o, delim it ada pelo enco nt ro
ent re duas ág uas;
Espigão: arest a inclinada fo rm ad a pelo enco nt ro d e duas águas, fo rm and o um âng ulo
salient e. É um divisor d e águas;
Rincão: arest a inclinada e reent rant e formada pelo encont ro de duas águas. É t am b ém
cham ad a d e Agua furt ad a;
Rufo: p eça co m p lem ent ar de arrem at e ent re o t elhado e um a parede;
Calhas: co let o res de ág u as d a ch u va g eralm ent e inst alad o s nas ext r em i d ad es d o s
beirais co m ram ificações at é o solo.

figuro í.f.
cumetlrt
Partes dc uma
(oberim.
/
b al r i l

1.2.1. Telhas
O p rim eiro passo para se co nst ruir um a co b ert ura eficient e, q ue at end a a t od a sua
necessidade, é a escolha d a t elha. Essa escolha d et erm ina a Inclinação das ág uas e o d esem p e-
nho t erm oacúst ico d a co b ert ura. As t elhas d evem garant ir a seg urança das residências co nt ra
a ação d o vent o , poeira, ruídos, sol, chuva granizo e out ras int em p éries.
Quand o se const at a q ue a telha n ão é cap az de responder ad eq uad am ent e às d em an-
das de b o m d esem p enho t erm oacúst ico, pode- se procurar adot ar novas t elhas q ue p o ssuam
p ro p ried ad es d e iso lam ent o t erm o acúst ico o u , aind a, o p t ar por o ut ras t écnicas, co m o , p o r
exem p lo , a ut ilização de sub co b ert uras ou forros especiais, q ue cont enham na sua co m p o sição
m at erial isolant e.
Seg und o Card oso (2000), a est anq ueid ad e e o d esem p en h o t érm ico co nst it uem os
dois p rincip ais pont os para a avaliação da ut ilização de um t elhado. Dent re as causas das falhas
de ad eq uab il idade a esses aspect os, t êm- se:
• g rand e núm ero d e junt as;
• d eslocam ent o dos com ponent es durant e fortes vent os (d ed ivid ad es e assent am ent os
inad eq uad os);
• d eslo cam ent o d as t elhas d eco rrent es d e d ef o rm açõ es excessivas das est rut uras de
sust ent ação ;
• p rojet o inad eq uad o de arrem at es (encont ro de t elhad os e paredes), ext ravasares de
água, et c,;
• acúm ulo de algas, liquens e m usg os nos encaixes q ue escurecem as t elhas e p o d em
co nt rib uir para alg um refluxo de água pelas t elhas;
• t rasb o rd am ent o d e calhas e rufos,

1,2,1,1. Tipos de t elhas


At ualm ent e no m ercado existe um a série de alt ernat ivas, sendo q ue, d ent re elas, estão
as t elhas cerâm icas, as t elhas de fibrocimento e as t elhas m et álicas. Há t am b ém t elhas d e con-
creto, vidro, fibra veget al, plást ico e de m adeira. Na seq uência est ão apresent ad os o s principais
t ipos d e t elhas co m suas principais caract eríst icas.
Telhas cerâm icas: são feit as de barro cozido e enco nt rad as em vários m od elos; apre-
sent am bom d esem p enho t erm oacúst ico, b o a durabilidade e resistência m ecânica e são muit o
ut ilizadas em residências. Por out ro lado, são mais pesadas e perm eáveis do q ue as dem ais, além
de rem et erem a t elhad os de execução m ais onerosa, Geralm ent e não p erm it em t elhad os co m
inclinações p eq uenas. As t elhas cerâm icas p o d em ser d o s seg uint es m o d elo s:
Paulista: co m p o st a por duas part es d eno m inad as cap a e bica. Est e t ip o de t elha apre-
sent a a cap a co m largura lig eiram ent e inferior ao canal, É t am b ém co nhecid a co m o zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZY
Colonial Redonda;
Colonial: est a t elha caract eriza- se por apresent ar o m esm o t ip o de p eça para a cap a
e bica (larguras iguais), e é t am b ém co nhecid a com o Paulistinhc;
Portuguesa: caract eriza- se por ap resent ar cap a e bica unid as, co rp o arred o nd ad o e
q uad rad o e é t am b ém co nhecid a co m o Telha Dup la;
Plan: é um a variação da t elha colonial, q ue ap resent a fo rm as ret as, e é t am b ém co-
nhecida co m o Planzirtha;
Romana: ests t elha ê uma evo lução da t elha Plan;
Francesa: t em fo rm a q uad rad a e é co m p o st a d e uma só peça, alg um as reent râncias
e p eq uenas saliências para fixação.

Figura 1.2.
Tellw aiámkas
Telha Paulista Telha Colonial Telha Portuguesa (Escolha íuo telha,
2009).

Telha Plan Telha Romana Telha francesa


Telhas de fibrocimento: ézyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
result ado d a ad ição de fibras d e am iant o no cim ent o e apre-
sent a co m o vant ag ens p erm it ir execut ar co m rapidez t elhados d e cust o reduzido e co m boa
resist ência m ecânica. Para fazer frent e ao seu fraco d esem p en h o co m o isolant e t érm ico , reco-
m enda- se projet ar beirais m aiores, com pés- direitos m aiores, e pint ar as telhas com t int a acrílica
branca nas duas f aces. Co m o envelhecim ent o p assa a ap resent ar p ro b lem as d e m anut enção
antes do q ue as telhas cerâm icas de m esm a idade. Exist em vários m o d elo s dest as t elhas, send o
alguns ap resent ad o s na Figura 1.3.

Figuro 13.
Telhas de fibrocimento
{Portal das
Telhas, 2009). \ v/
zxwvutsrponmljihgfedcbaZXVUTSRQPONMLJIHGFEDCBA

Kolhetâo 90 Pibrotex Brasilit

Ca ract e j í st ica s Técn ica s


Ond ul ad a 6 m m On d u l ad a 8 m m
Cimento e fibras de Cimento e libras de
Composição básica amianto (totalmente presas amianto (totalmente presas
ao cimento) ao cimento)
Condutibilidade f érmiça (20K)K= 0,3l W/ m «C (20°C) K-0,31 W/ m Ç
6

Ú
Dilatação térmica 0,01 mm/ m °C 0,01 mm/ m C
Dilatação por absorção 2 mm/ m (reversível) 2 mm/ m (reversível)
Módulo de elasticidade entre E - J5.000 e 20.000 MPa entre E = 15.000 e 20.000 MPo
Resistência ao fogo até 300 "C até 300 "C
Tabela f.í. Imune a gases secos. Imune a gases secos.
Resistência a
(aratíeristkas ataques químicos
Imune a vapores úmidos Imune a vapores úmidos
técnicos dos telhei de (com Pb superior a 6) (com Ph superior a 6)

fibrocimento Resistência ò flexão (carga de


5 kN (500 kgf)/ m 6,5 kN (650 kgf)/ m
ruptura mínima)
(Eternit,2009).
Isolamento sonoro Bom, inerte a vibrações Bom, inerte a vibraçòes
Tolerância dimensional na
± !0 mm ± 10 mm
largura
Tolerância dimensional na
-0,3 mm -0,4 mm
espessura
Tolerância dimensional no
± 10 mm ± 10 mm
comprimento
Normas ABNT 758} 7m8055 9066 7581 7196 8055 9066

Telhas metálicos: as t elhas m et álicas (alum ínio o u aço galvanizado) são enco nt rad as
em perfis ondulados e t rapezoidais, com diferentes espessuras e em várias ligas e acabam ent os.
Apresent am ainda d im ensõ es variadas (p o d em ch eg ar em bobinas à obra, onde são cort adas e
preparadas de acordo com a necessidade d o projeto) e cores naturais ou pintadas (pré-pintadas ou
pós-pintadas). Por serem leves, as telhas metálicas reduzem o peso das cobert uras, com vant ag em
no dim ensionam ent o de terças e tesouras e no manuseio para transporte e mont agem. A elevada
resistência à corrosão atmosférica (principalment e das de alumínio) garante ao produto longa vida
útil. Além de leves, são im perm eáveis, de fácil manuseio e de m o nt ag em rápida; algum as são du-
plas, tipo sanduíche, com preenchiment o de espaço entre lâminas com materiais isolantes térmicos
e acúst icos para fazer frent e ao fraco d esem p enho q uant o ao confort o t erm oacúst ico. As telhas
em lâm inas sim ples não apresent am resist ência m ecânica (operários não p o d em andar sobre o
telhado), Um dos tipos d e telhas mais utilizados em edifícios industriais de grandes dim ensões são
as zipadas {em aço ou alumínio), q ue garant em est anqueidade e velocidade de execução. O limite
d e dim ensão é o d 3 possibilidade de transporte, em geral em rolos de chap as de 12 m de largura.
Elas cheg am á obra em bobinas, q ue p o d em vir pintadas o u não, e lá são cort adas no t am anho
necessário e preparadas com o form at o solicitado pelo projeto. Com o as telhas são prat icament e
peças únicas (as junçõ es são zipadas, isto é, unidas, dobradas e apert adaszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaWVUTSRQPONMLJIHGFEDCBA
in loco por m áquina es-
pecial), não há necessidade de serem sobrepostas, com o no caso das telhas onduladas, senoidais
e trapezoidais. A cum eeira t am b ém não precisa ser alta, podendo a inclinação d o t elhado ser de
at é 0,5%. Isso reduz, inclusive, os cust os da est rut ura de apoio.

Figure IA.
Telhai metàlkas
(Portal dos telhas,
2009).

Aço - Ondulada Alumínio - Trapezoidal Alumínio - Ondulada

Telhas de concreto: ap resent am boa resist ência m ecânica e durabilidade e são comer-
cializad as em cores e fo rm at o s variad o s.
Telhes de fibra vegetal: são leves, apresent am b o m d esem p enho co m o isolante t ermo-
- acúst ico, não q ueb ram nem co rro em . São com ercializad as em cores d iferenciad as.

Figura 15.
Telhas de concreto
(PortalM telhas,
2009).

Figuro í,í.
Decorlit Euroiop clássica Qndullne
Telha dehbra
vegetal (Portal dm
telhas, 2009}.
Telhas transparentes: em fibra de vidro, policarbonat o o u polipropileno, p ro p iciam o
aclarament o em am bient es. Geralm ent e são comercializadas nos m odelos das telhas cerâm icas.

Figura 1.7.
Telhas transporem zvutsrpo

"S, (Portal dos


telhas, 2009)
Trapezoidal de policarbonato Translúcido romana
Telhas Plásticas de PVC:zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
aum ent am o aclaram ent o, são leves, frág eis e de cust o redu-
zid o . A incid ência d e raios ult raviolet as provoca seu d escora m ent o.
Telhas de madeira: são telhas planas formadas por madeira tratada de refloresta mento,
sem elhant es àquelas ut ilizadas em países co m inverno rigoroso, o nd e o s t elhad o s são m uit o
inclinad os para q ue a neve escorra.

figura 18.
Telha de PVC (Portal das
Telhas, 2009).

figura 1.9
Telha de madeira
(Portal dos
Ondex Finlux Plana
Telhas, 2009)

1.2.1.2. Inclinação para as t elhas


Cad a t elha exig e um a inclinação d iferent e. O valo r m ín i m o ind icad o n a Tab ela 1.2
garant irá o esco am ent o da ág ua sem a o co rrência d e infilt rações, £ im p o rt ant e lem b rar q ue,
q uant o m aio r for o co m p rim ent o da ág ua, m aio r t erá q ue ser a inclinação , pois m aio r será o
vo lum e d e água co let ad o d urant e as chuvas. Para as t elhas cerâm icas e d e co ncret o , exist e
um a inclinação m áxim a a part ir da q ual será necessário realizar a am arração de tais t elhas na
est rut ura d e sust ent ação , para q ue elas não p ercam est ab ilid ad e. A am arração é feit a at ravés
de aram es resist ent es à corrosão.

NECESSÁRIO
Figura W. AMARRAR
Inclinação das telhas de
Concreto (Modificado de
IIKLIIIAÇAO
mo, 2009). Mil UMA
Jf l ' ,íi U l i ' « *

Co m p r im ír it s d íp a n o até 7 rTi Sm im tom Hm

Modelo da t elha Inclinação minima {%) Inclinação máxima (%) Peso (kg f/ m 1)

Paulista 20 25 69 a S3

Colonial 20 25 65 a 78

Portuguesa 30 45 40 a 50
Tabela 1.2.
Plan 20 30 72 a 86
Inclinações para telhas
cerâmicas (Produtos Romana 30 45 48 a 58

cerâmicos, 2009) Francesa 32 40 45 a 54


1.2.1.3. Quant idade de t elhas
O núm ero de telhas por m et ro quadrado varia d e acordo com o t ip o e o m odelo esco-
lhidos. Ao se realizar a co m p ra das t elhas é de b o m alvit re q ue se ad q uira cerca de 10% a mais
do q ue o valor calculad o em função d a área d as águas. Assim p ro ced end o , estar- se- á levand o
em cont a o efeit o do cort e de t elhas, q ue por sua vez é t ão m aior quant o m aior for o núm ero
d e ág uas d o t elhado, além de reservar t elhas para fut uras m anut ençõ es. Infelizm ent e as t elhas
cerâm icas ap resent am o inco nvenient e de f alt a de unifo rm id ad e d im ensio nal e g eo m ét rica,
m esm o q ue se co nsid ere um fab ricant e esp ecifico.

1
Telha Quant id ad e ít elhas/ m )

Paulista 28 Tobela t i
Colonial 17 Quantidades de telhas
Portuguesa 16 poio cada modelo
(Montalvo, 2009),
Pian 26

Romana 17

Francesa 18

1.2.1.4. Cuidados de m anut enção


Não se d eve pisar d iret am ent e sobre as t elhas, e sim fazer um " cam inho " d e t áb uas
so b ie o t elhado. Evitar trabalhar sobre telhas m olhadas, pois perdem muit o de suas resist ências,
Essa prim eira escolha est ab elece lim it es t écnico s para a d efinição d o sist em a est rut ural, q ue é
o seg und o passo a ser dado.

1.3. Subcobert uras

Dest inadas a prom over conforto térmico, funcionam com o isolante por Interceptar 95%
da radiação, dim inuindo consideravelm ent e a passagem de carga t érm ica pelo t elhado. Normal-
m ent e são compostas por produt osalum inizados. Corret am ent e instaladas, evit am as infiltrações
d e água provenient es de goteiras d o telhado, conduzindo para fora d a const rução, Elas t am b ém
dificult am a passagem de um idade e vapor de água e a ent rada de poeira, fuligem e poluição.
FlgmI i.V.
Subçobertura:
I) Caibro
2} Sotmalbro
3) Forro
4) Maate de
sitbcobertm
5) Ripa
6) Telha
mm ms).

1.4. Sobrecobert uras

As so b reco b ert uras são inst aladas sobre o t elhado ant igo, não necessit ando d e des-
m o nt ag ens de est rut uras ou t elhas, O t elhado orig inal é co nservad o evit and o int errupções na
sua p ro d ução . Sua cob ert ura g anha um excelent e isolam ent o t érm ico co lo cad o ent re a ccb er-
t ura ant ig a e a no va, f u n cio n an d o t am b ém co m o so lução d ef init iva co nt ra vazam ent o s, Em
pouco t em p o t em - se um a nova co b ert ura, co m um excelent e isolam ent o t érm ico e ap arência
i m p ecável

Figura 1.12.
Sobfecoknm
(Modificado de POLO
GOMES, 2009).

1.5. Sist em as est rut urais para cobert uras

As est rut uras d e ap o io d o s t elhad o s são d ef inid as p elas caract eríst icas d as t elhas
adot adas. M esm o assim são vários o s sist em as est rut urais possíveis de serem escolhidos para
fazerem part e d o sist em a de co b ert ura. As est rut uras das co b ert uras são usualm ent e d ivid id as
em t ram a, est rut ural p rincip al e co nt ravent am ent o ,

1.5.1. Trama
A t ram a é a parte d a est rut ura da cobert ura q ue fo rm a uma superfície paralela àquela
form ada pelo t elhado. Usualm ent e ela é form ada pelo conjunt o das ripas, caibros e terças e t em
a função de sust ent ar as telhas, m as em alguns casos p o d e não ser necessária.

1.5.2. Ripas
As t elhas d efinem a const it uição da t ram a. Caso as telhas sejam peq uenas, do tipo de
assent ar, será necessária a execução d e um rip am ent o. As ripas são p eças de m ad eira d e seção
t ransversal, cuja larg ura no rm alm ent e m aior d o q ue sua alt ura fica ap o iad a so b re o s caib ros.
O esp açam en t o ent re as rip as é d ad o p elas d im ensõ es d o s recob ri m ent o s lo ng it ud inais d as
t elhas, e por isso se d eve co nst ruir u m a g uia d e rip am ent o p ara execu ção do rip am ent o . A
dist ância ent re duas ripas, so m ad a d a largura d e um a ripa, é igual á galga cio rip am ent o. Para
a d et erm inação d est e valo r, p o d e- se encaixar 12 t elhas ent re si, sobre u m a sup erfície p lana.
Em seguida, d eve- se af ast aras t elhas o m áxim o possível e m ed ir o co m p rim ent o da sup erfície
co b ert a. Por últ im o deve- se junt ar est as t elhas, o m áxim o possível, e no vam ent e m ed ir o co m -
p rim ent o d a superfície co b ert a. A g alg a será d ad a p ela m édia d est as d uas m ed id as, d ivid id as
p elo núm ero d e t elhas usadas no p ro ced im ent o . Usualm ent e as rip as são p reg ad as sobre os
caib ro s, co m p enet ração ig ual à m et ad e d o seu co m p rim ent o . As em en d as das rip as são d e
t opo e execut ad as sobre os caib ros.
Galga
Gy;a

Figura 1.13.
folgue Cm éc
fàparmnto.

CõibfO
Ripa

Os vãos d ai ripas d ep en d em d o t ip o da t elha, d a m ad eira usad a, d a seção d a ripa


e d a inclinação d o t elhad o . Quant o m aio r a inclinação d o t elhad o, m aio r será o vão possível
para a rrpa. A TabelazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
1.4 ap resent a valores de vãos d ad o s para ripas em t elhados com 35% de
inclinação , em f unção d as classes de resist ência d a m ad eira e de d uas cat eg o rias d e t elhas
cerâm icas, as m ais leves e as m ais pesadas, q ue co rresp o nd em às co m p o st as por duas p eças,
um a cô ncava e out ra convexa. Para o cálculo dest e vão foi usada a norm a Projet o de Est rut uras
de M adeira - ABN T NBR 7190:1997. As ripas são d im ensio nad as á flexão o b liq ua. Co m o açõ es
5
fo ram co nsid erad o s, além do peso próprio, o peso das t elhas e uma sobrecarg a de 5 KN/ rn A
referida norm a d e m ad eiras exig e q ue se co nsid ere a ação de um a carga co ncent rad a d e 1 KN,
at uand o na posição mais d esfavorável das ripas, caibros, terças e barras d as t reliças. Em relação
às ripas adot a- se o seg uint e crit ério: para vãos de até 60 cm d e co m p rim ent o foi co nsid erad o
q ue o s operários não pisem sobre as rip as ao m o nt arem a t ram a, e que, a part ir de 60 cm de
vão de ripas, os operários não t eriam co nd içõ es d e se locom over sobre a t ram a sem p isai sobre
as ripas. Por isso a carga co ncent rad a d e 1 KN so m ent e foi considerada q uand o as d em ais veri-
ficações co nd uziram a valo res superiores a 60 cm para os vão s das ripas. Procedendo- se assim
não se inviab ilizou a ut ilização d a ripa para vãos p eq ueno s, e para vão s m aiores a seg urança
dos op erários foi o b servad a.

Jobdí11.4.
Seção da Rip a Classe de Resi st ênci a Telhas d e Peso Telhas d e Peso
Vãw das ripas (<m).
(cm aJ d a M ad ei r a (M Pa) M édio d e 50 kgf / m 1 M édio de 70 kg zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVU
f/ m
1

20 41 45
30 50 56
J, 5 x 5
40 57 60
60 60 60
20 60 60

30 60 60
^ 5x5
40 60 60

60 60 60

20 60 60
30 60 60
5x5
40 68 69
60 98 100
Em relação à ação de ventos que, em algum as regiões do Brasil, at inge valores apreciá-
veis, observa- se q u e na m aioria d o s t elhad os o vent o prod uz efeit os d e sucção, e q ue se est es
f o rem m aio res t io q ue o p eso d as t elhas, ent ão est as serão arrancad as do t elhad o . Ou seja,
na m aioria dos casos dos t elhad os co m t elhas de encaixe, a ação d e vent os p o d e p rod uzir no
m áxim o d est elha m ent o sem afetar a est rut ura, e em alg uns caso s o vent o p o d e produzir um a
p eq uena sobrepressão, q ue é t ransm it ida à est rut ura principal.

1.5.3. Caibro
Os caibros são p eças d e seção ap ro xim ad am ent e q uad rad a q ue sust ent am as ripas
e são ap o iad as so b re as t erças. Os caib ro s são fixad o s nas t erças at ravés d e p reg o s q ue ne-
las p enet ram pelo m eno s m et ad e d o seu co m p rim ent o , Reco m end a- se q u e sej am p reg ad o s
ap ó s furaçâo p révia. Quand o necessário, o s caib ro s d everão ser em en d ad o s so b re as t erças,
por t ransp asse ou d e t opo. O esp açam ent o ent re caib ros é d ad o em função d o vão das ripas,
ant erio rm ent e discut ido, 0 vão d o caib ro d ep en d e d a inclinação d o t elhado, do t ip o d e t elha,
da m ad eira e suas co nd içõ es, de sua seção t ransversa! e ainda d as condições para a necessária
m o d ulação de vãos d o s caib ros.

Túbdã IS. zvutsrponmligfedcaVSPNMHFECB


Võqí máximos porá Seção caibros Classe de Telhas de peso m édio Telhas de peso m édio
1 1 1
os caibros. Icm ) resist ência {JY1 Pa) de 50 kg F/m de 70 kg f/ m
20 67 60
30 94 87
1,5x5
AO 120 110
60 168 1SS
20 65 59
30 85 85
15 x 5
40 110 W
60 155 155
20 65 59
30 85 85
5x5
40 108 106
60 140 141

Ob servand o que os caibros são solicit ados à ftexocompressão e em alguns int ervalos á
flexotração, como, por exem plo, nos beirais, respeitando as prescrições da ABNT NBR 7190:1997 e
ad ot and o as m esm as condições de carreg am ent os adot adas para as ripas, elab o ro u- sea Tabela
1.5, q ue fo rnece o s vãos m áxim o s para caib ro s de seção t ransversal 5 x 5 .
Para os beirais, indica- se, co m o valores d o s balanços, m et ad e d o s valores d o s respec-
t ivos vão s ind icad o s na Tabela 1.5. Caso se p ret end a, por im p o sição d e arq uit et ura, co nst ruir
beirais m aiores, deve- se aum ent ar a seção t ransversal, sub st it uind o os caib ros 5 x 5 por vigas
6 x 12 o u at é 6 x 16.
As t abeiras o u t est eiras são p eças de m adeira pregadas nas ext rem id ad es d os beirais,
Elas co m p at ib ilizam as flechas d o s caibros nos b eirais, evit and o q ue est es ap resent em o nd u-
lações d eco rrent es d e flechas diferent es ent re caibros. Servem aind a com o p ro t eção cont ra a
p enet ração d e ág uas p luviais nas ext rem id ad es d o s caib ro s, sem p re um a reg ião d e alt a per-
m eab ilid ad e, N orm alm ent e, elas são d e t áb uas ou m eias t áb uas.
Além disso, a ut ilização d e fo rro nos beirais, além da vant ag em est ét ica, est ab elece
uma barreira para a ação de vent os que, deflet idos pelas respect ivas paredes, exercem esforços
d e sust ent ação sobre os beirais [ascensional).
Nos casos em q ue os beirais são mais alt os, co m o , p o r exem p lo , nos oit ões, é co m um
em alg um as regiões d o Brasil a ocorrência de d est elham ent o , Para esses casos, q uand o não se
forrar o b eiral, as t elhas d everão ser am arrad as no rip am ent o , usand o - se aram e g alvanizad o
[resiste à corrosão).
Vale m encio nar t am b ém a p ossib ilid ad e d e se fazer beirais m aiores a part ir d a cria-
ção de balanços nas t esouras, ideia est a bast ant e exp lo rad a e difundida pelo arq uit et o norte-
* frank Lloyd Wríght
- am ericano Frank Llo yd Wrig t ht * no inicio d o século XX, q uand o as co b ert uras er am p ro je-
é msickrado um das
t ad as at ém d as p ared es ext erio res d as ed ificaçõ es sem q ualq uer ap o io em seus ext rem o s. A
mais importantes
ut ilização d e g rand es beirais consist e num a ót im a solução, p ro p o rcio nand o confort o t érm ico,
arquitetos do seu
p rincip alm ent e do am b ient e int erno, e p ro t eção d a ed ificação, ant e o calor t ro p ical p resent e
tempo, eo emprego de
no Brasil. Essa so lução t am b ém p o d e ser em p reg ad a em const ruções lo calizad as em regiões
estruturai em balanço
co m alta freq uência de chuvas, send o q ue, nest e caso, as p ared es q ue p o d erão receb er ch u va
poro telhados? mo
ficam bast ant e reduzidas.
característica manonte
m ífiíí projetai e
1,5.4, Terças
construções.
As t erças são vigas de m adeira, solicitadas à flexão oblíqua, apoiadas sobre paredes ou
so b ie a est rut ura principal da cobert ura, com a finalidade de apoiar os caibros quando exist irem
o u, caso cont rário, para apoiar as t elhas, O esp açam ent o d as t erças é igual ao vão dos caibros
o u igual ao t am anho das t elhas, q uand o est as d isp ensam ripas e caib ro s.
Do p o nt o d e vist a d a ação d e vent o sobre as t erças, exist em dois casos dist int os de
t erças. As t erças q ue são ap o io d iret o das t elhas, at ravés d e g ancho s, p arafuso s ou q ualq uer
o ut ro disposit ivo de anco rag em , e aq uelas q ue servem de ap o io para o caib ra m ent o.
No caso de ap o io d iret o de telhas, as sucçõ es q ue usualm ent e o vent o co st um a pro-
vo car sobre os t elhad os serão t ransm it id as ao t erçam ent o . São os casos das t elhas m et álicas,
de fibrocimento e as plást icas. Nestes casos duas sit uações poderão ocorrer: d est elham ent o o u
t ransm issão d e ação ascensio nal para as t erças, q ue, por sua vez, se est iverem co rret am ent e
fixadas na est rut ura principal, t ransmit irão essa ação ascensional para a est rut ura principal. Caso
as terças não est ejam ad eq uad am ent e fixadas e sofram a ação ascensional de vent os fort es, em
cert as regiões d o Brasil, p od erá ocorrer o arrancam ent o d as t elhas junt am ent e com as t erças,
Quand o as t erças ap o iam o caib ram ent o , as t elhas est ão ap o iad as sobre rip as (por
exem plo, as telhas cerâm icas e as de concret o), e, conform e ant eriorm ent e m encionado, apenas
em alguns caso s d e t elhad o s, vent o s fo rt es p o d em p ro vo car p eq uenas so b rep ressõ es sobre
as t erças, e, na m aioria, não t ransm it ir esforços ao t erçam ent o , Do exp o st o ant erio rm ent e fica
evid ent e q ue, os casos em q u e ação de vent o é cap az de provocar a inversão dos esforços, o
cálculo de t erças fica d ep end ent e do d esenho da disposição das t elhas, d as co nd içõ es aerodi-
nâm icas da co nst rução e das caract eríst icas d o vent o fo rt e, d ificult and o a elab o ração de um a
t abela para sugerir vãos m áxim o s. Para o s casos em q ue as t erças servem de ap o io aos caibros,
p o d e- se d et erm inar o vão m áxim o . A Tab ela l .â ap resent a para os casos de vigas com erciais
6 x 12 cm e 6 x 16 cm , às d iversas classes d e resist ência de m ad eira, o s valores m áxim o s para
os seus vãos, dados p ela m édia d o s valores obt idos para t odos o s caso s de caibros ind icad o s
na Tab ela 1.5. Ela foi elab o rad a em co nso nância co m as t abelas ant eriores.
Tabela 16. Classe d e Resi st ênci a da Seção da Ter ça Seção d a Terça
VSos máximos pomos M ad ei r a 12 6 x 16

terços (cm). €20 240 300


C30 250 3W
C40 255 320
Ci60 265 330

Out ro asp ect o im p o rt ant e a ser lem b rad o é a m o d ulação d o s vão s d as t erças. Tam-
b ém d eco rre d o vão ad o t ad o para a t erça a faixa d e carreg am ent o para as t esouras, p o rt ant o ,
terças de g rand es vãos d im inuem o núm ero de t esouras e estas ficam sujeit as a carreg am ent os
de maior int ensidade. Ou aind a, t erças de p eq ueno s vão s aum ent am o núm ero de t esouras e
d im inuem o carreg am ent o individual de cad a uma delas. Cert am ent e a seg und a opção, q uand o
possível d e ser adot ada, co nd uzira a soluções m ais seg uras e confiáveis.
As em en d as de t erças d evem ser feit as co m t alas pregadas, nas seçõ es de m o m ent o
flet or nulo, co m chanf ro s a 45° aco m p an h an d o o d iag ram a de m o m en t o s fletores. As t erças
d evem possuir apoios nas duas direções em que ocorrem suas solicit ações principais. Caso haja
inversão de esfo rço s p ro vo cad a p ela ação d o vent o , d eve- se g arant ir a anco rag em da t erça,
at ravés de parafusos p assant es o u cant o neiras p arafusad as. Caso isto não aco nt eça, o ap o io
lateral da terça passa a ser o m ais im port ant e, porque ele garant irá sua est abilidade. Neste caso
as ligações são p reg ad as e p o d e- se usar para ap o io lat eral o p ro lo ng am ent o d o s m o nt ant es
das t esouras.
Out ro s sist em as est rut urais são possíveis de ser ad o t ad o s para as t erças, q uand o é
imperat ivo vencer vãos maiores do q ue os acim a indicados. O uso de seções transversais maiores
do q ue as com erciais não é ind icad o , p o rq ue significa um m eno r ap ro veit am ent o d o s recursos
florest ais exist ent es. Dent re as alt ernat ivas exist ent es p o d em ser relacio nad as as seg uint es:
vigas arm adas, vigas escoradas, vigas co m p o st as e vig as t reliçadas com banzos paralelos. Todas
elas aum ent am o co nsum o de m ão d e obra na execução do t erçam ent o , Além de t ransferirem
os esforços d a t ram a para as t esouras (ou arcos, pórt icos, etc.), as t erças t ravam as p ernas d as
t esouras, usualm ent e co m p rim id as. Nos casos em q ue o co rre inversão d e esforços p rovocad a
p ela ação d e vent o, as t erças d everão ser do tipo escorada para q u e as mãos- francesas usad as
p ossam t ravar o s banzos inferiores d as t esouras, ent ão solicit ados à co m p ressão .

1,5,5. Est rut ura de apoio


A escolha d o sistema est rut ural t reliçado em m adeira para cobert uras é provavelm ent e
mais co m um do q ue em q ualq uei out ro material est rut ural. Possivelment e, isso acont ece d evid o
à longa t radição no uso d a m ad eira para est rut ura, ou p o rq ue a est rut ura t reliçada p erm it e que
se exp lore melhor todo o pot encial de um material, ou ainda possivelm ent e por causa da relativa
facilidade co m q ue form as usuais t reliçadas p o d em ser fab ricad as e m o nt ad as em m ad eira.
M uit os dos perfis consid erad os com o t radicionais são aind a esp ecificad o s por razões
arquitetônicas, e o engenheiro precisa est ar familiarizado com as form as m odernas e t radicionais
do p rojet o d e t reliças.
Seg u n d o Calil Jr. e Dias (199?), a f u n ção est rut ural d a t reliça d e ap o io é receb er e
t ransferir as cargas da t ram a para a ed ificação de m o d o eficient e e eco nô m ico . Essa eficiência
d ep end e d a esco lha de u m p erfil ad eq uad o co erent e co m as necessid ad es arq uit et ô nicas e
co m p at íveis co m as co nd içõ es d e carreg am ent o . Perfis t ípicos idealizados para t rês co nd içõ es
de carga são m o st rad o s na Fig ura 1,14.
Co m um sist em a sim ét rico d e carreg am ent o {p art icularm ent e im p o rt ant e no segun-
d o caso d a Fig ura 1,14, q u ezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaWVUTSRQPONMLJIHGFEDCBA
é um pórt ico de quat ro p ino s e, p ort ant o, inst ável), em cada caso
idealizado, a t ransferência d o carreg am ent o é realizad a sem barras int ernas, d evid o ao p erfil
d o banzo coincidir co m o m o m en t o flet or na co nd ição d e sim p lesm ent e ap o iad o ou à curva
d e pressão d as cargas ap licad as.

w Vi w

JL .
1
t - t
O.SW w
zwvutsrponmlihgfedcbaVTSRPONMLIEDCB
0,5 Vi w

Figure W-
Perfis idealizados para
três condições de carga
(Modificada de Calil Jr.;

O.SVi VI
Dias, 1997).

0,5 Vi 0,S Vi

Infelizm ent e, não é p o ssível usar est e p erfil o m it ind o as b arras int ernas, d evid o às
co nd içõ es assim ét ricas d e carga q ue ap arecem das ações d e vent o o u das açõ es p erm anent es.
Cond ições assim ét ricas p o d em t am b ém ocorrer d evid o às co nd içõ es de const rução e m ont a-
gem ; ent ret ant o, o eng enheiro p o d e t ent ar usar o perfil da t reliça com g eo m et ria p ró xim a d a
do perfil ideal (diagram a d e m om ent o}, ad icio nand o um sist em a d e barras capaz d e est abilizar
as carg as assim ét ricas. Dessa m aneira, os esforços nas barras int ernas e nas co nexõ es são mi-
nim izad o s com um p rojet o sim p les e eco nô m ico .
Cert am ent e o eng enheiro vai enco nt rar caso s nos quais o perfil arq uit et ô nico neces-
sário é conflit ant e com o perfil preferido est rut ural e, p o rt ant o , alt as t ensõ es p o d em ap arecer
nas b arras int ernas e nas co n exõ es. A eco n o m i a p o d e ent ão ser alcan çad a p ela ad o ção do
m ais ad eq uad o sist em a est rut ural d as barras int ernas, nas quais é necessário criar um balanço
eco nô m ico ent re m at erial e m ão d e obra.
A co nf ig uração d as b arras int ernas d eve fo rnecer co m p r i m en t o s ent re o s nós d as
barras na t reliça e banzos, d e tal m o d o a reduzir o núm ero de nós. Por o ut ro lado, a relação do
índ ice d e esbelt ez dos b anzo s co m p rim id o s e d as d iag o nais int ernas não p o d e ser excessiva,
a flexão local nos banzos não p o d e ser m uit o grande e o âng ulo ent re d iag o nais e os banzos
não p o d e ser m uit o p eq ueno .
O eng enheiro é usualm ent e inf luenciad o por co nsid eraçõ es arq uit et ô nicas, t ip o e
co m p rim ent o das telhas, condições de apoio, vão e econom ia, e provavelm ent e escolhe um dos
t ipos básicos d e t reliça: banzo inclinado para uma ou duas águas (Figura 1.15), treliça b o wst ring
(Figura 1.16), belfast (Figura 1,17) ou de b anzo s p aralelo s (Figura 1.18).
Figura í.TJ, O.Í5L 0.12SL
Treliça de bonzos para p ar a
0.7U . 0.35L
rndiíiados (CclHJr.;
Dios, 1997).

Figurei 116.
Treliça bowstmg (Calil L pjra L zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaXWVUTSR
6 10
Jr.;Dios, 1997)

Figuro 117.
Tteliço belfast (Calil Jr.; JL para L^
£ tO
Dios, 1997)

figyjü 118,
Treliça de bonzos
L jwraL.
paralelos (Calil A; 6 19
Dias, 1997).

A fo rm a mais co m um para uso d o m ést ico e indust rial é a t reliça de banzo inclinad o
(Figura 1.15). A fo rm a aco m p anha o d iag ram a de m o m ent o razo avelm ent e b em e é co m p at ível
com materiais tradicionais de cobert ura, com o as telhas para uso domést ico e chapas corrugadas
para aplicações indust riais. Part e da carga ap licad a é t ransferida d iret am ent e at ravés das barras
dos b anzo s p ara os nó s de ap o io , en q u an t o as b arras int ernas t ransf erem cargas de valo res
relat ivam ent e p eq ueno s para m édio, e o s nós p o d em usualm ent e ser p ro jet ad o s para resistir
a essas cargas co m pouca d ificuld ad e.
Treliças d e um a ág ua são g eralm ent e ad eq uad as para vãos de at é ap ro xim ad am ent e
9 m . Acim a desse vão a alt ura vert ical é m uit o g rand e p o r razões arq uit et ônicas, m esm o se a
inclinação da t relíça é reduzida ab aixo d a inclinação necessária da t elha, e, port ant o, necessário
o uso d e m ant a b et um ino sa. Treliças d o m ést icas d e duas ág uas são para vãos de at é 12 m, e
tneliças indust riais para vãos de at é 15 m . Acim a d est e vão t orna- se difícil o t ransp ort e.
Para grandes vãos e uso industrial, as treliças b o wst ring (Figura 1.16) p o d em ser m uit o
económ icas, Isto pode ser considerado co m o uma alt ernat iva para a t radicional treliça t od a pre-
gada belfast (Fig ura 1.17). Co m carg a unifo rm e e nenhum a g rand e carga concent rada, o p erfil
do b anzo superior resiste a t od a carga aplicad a, e vãos d e at é 30 m não são incom uns.
Um perfil parabólico, t eo ricam ent e, é a esco lha m ais eficient e para sup o rt ar cargas
unifo rm es, m as consid erações prát icas de m o nt ag ens usualm ent e a t o rnam m ais co nvenient e
ou necessária p ela ad o ção d e um p erfil circular p ara o b anzo sup erio r, O b an zo sup erio r é
usualment e laminado (não necessariament e com quat ro o u mais barras), usando o u grampos
de pressão ou pregos de pressão para a mont agem, A curvat ura pode ser introduzida enquan-
t o lam inad o ou, alt ernat ivam ent e, o b anzo p o d e ser fab ricad o ret o e ent ão cu rvad o para a
requerida curvat ura. O projetista precisa tomar cuid ad o com o m ét od o de fabricação, ou efe
será incapaz d e dar as corretas t ensões de curvat uras. As menores t ensões radiais ocorrem se
a curvat ura é introduzida durante a la min ação.
Co m t reliças d e banzos inclinad o s, os m o m ent o s secund ário s no banzo superior
d evem ser evit ad o s, q uand o possível, p ela co lo cação de t erças sobre os nós, Co m t reliças
bowstring, as terças devem ser colocadas entre os nós, deliberadamente, criando um moment o
secundário para anular o moment o causado pelo produto da carga áxial tangencial e a excen-
tricidade do banzo.
A ação de vent o sobre cobert uras cujos telhados sejam adequadam ent e fixados so-
bre o t erçam ent o, e est e por sua vez t am b ém o seja nas tesouras, significará a ocorrência da
inversão de esforços em suas barras.
As consequências dessas inversões exig em que:
< as ligações sejam capazes de absorver esforços de tração e de compressão {portanto,
não é possível usar sambladuras e ligações semelhant es);
* as linhas das t esouras {seus banzos inferiores), sob a ação de vent o s fort es, serão
comprimidas e, portanto, a quest ão da existência de apoios laterais, que permitam di-
minuir seus com prim ent os d e flambagein, deverá ser crit eriosam ent e considerada;
* os apoios das tesouras est ejam preparados para a inversão de sentido das reações.

1,5.6. Cont ravent am ent os


Uma est rut ura de cobert ura precisa ser est ável para ações que at uem em qualquer
direção horizontal. Uma vez que a trama é um a estrutura plana que se apoia sobre estruturas
paralelas planas e verticais, e considerando que as ligações entre estas duas partes da estrutura
d e cobert ura não são capazes d e realizar o engast am ent o d e um a part e em relação è out ra,
fica claro que é necessário acrescentar element os estruturais que perm it am criar a estabilidade
necessária.
Isto pode ser feito de duas maneiras. Primeiramente, tornando a trama um verdadeiro
diafragm a, através da dist ribuição criteriosa de barras nas direções diagonais da trama. Além
disso, devem - se dispor barras diagonais entre a trama e as tesouras, de modo que se elimine a
possibilidade de rotação relativa entre trama e tesouras, Nas estruturas de porte pequeno isto é
feito pela adição de mãos-francesas entre a cumeeira e os pendurais centrais, Para vãos maiores
essa providência apenas não é suficient e, exigindo que mais pontos sejam cont ravent ados.
Para est rut uras sujeitas a inversão de esforços, o cont ravenlam ent o passa t am bém a
assumir o papel d e t ravejam ent o dos element os com prim idos.
Roberto Vasconcelos Pinheiro
Professor Doutor da
Universidade de Fronto Estrutura treinada de madeira
Julio Cesar Molina
Pós-ÜMomáo éu Escala de Engenharia de
tipo "howe^— ^
São Carlos da Universidade de São Paulo
para cobertura - exemplo
Francisco Antonio Rocco Lahr
Professar Titular da Escala de
de cálculo
Engenharia de Sãofarto fito U5P

2.1. Int rodução

O roteiro ap resent ad o t em com o o b jet ivo d ivulg ar o dim ensio-


nam ent o de est rut uras t reliçadas d e m adeira para co b ert ura, à luz d o t ext o norm at ivo da ABNT
NBR 7190:1997 " Pro jet o d e Est rut uras de M adeira", o q ual se b aseia no M ét o d o d o s Est ad o s
Lim it es (M EL), O exem p lo aq ui ab o rd ad o é o p o rt uno , pois est as est rut uras são am p lam ent e
ut ilizadas em co b ert uras de co nst ruçõ es rurais, indust riais, com erciais, ent re out ras.
Para ilustrar os procedim ent os ut ilizados no d im ensio nam ent o da est rut ura em ques-
t ão, fo ram ad m it id as as seg uint es co nsid eraçõ es:
• Est rut ura d e apot o d o t elhado: t reliça t ip o Ho we;
• Inclinação do banzo superior da t reliça: 1S g raus;
• Dim ensões d a seção t ransversal das t erças: 6 cm x 12 cm ;
• Esp açam ent o m áxim o ent re t erças: 1,69 m ;
• M adeira: Classe C40 (um id ad e 12%);
• Telhado: d uas ág uas;
• Telhas: fib ro cim ent o (espessura de õ mm);
• Co nt ravent am ent o s: p eças m aciças d e m ad eira e barras de aço com seção circular;
• Disposit ivo de ligação: pinos m et álicos (parafusos co m d iâm et ro de 10 m m );
• Plant a d a edificação: 12 m et ros d e largura por 29 m et ro s de co m p rim ent o ;
- Alt ura d a edificação: 5 m et ros,
• Ab ert uras lat erais: oit o janelas por face, m ed ind o zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
2 m et ros de co m p rim ent o por 0,75
m et ros de alt ura cad a um a;
• Ab ert ura (frente): um p o rt ão m ed ind o 5 m et ros de largura por 3,8 m et ros d e alt ura;
• Ab ert ura (fundo): t rês janelas m ed in d o 2 m et ro s de co m p rim en t o p o r 0,75 m et ro s
d e alt ura cad a um a.

figura 2.1, Esquema do


elevação da edífkãçâo.
H=5m

VâoslZm
Comprimento - 23 melros

Figura 2.2. VI
0 / J
ísqu&m da planta da s Janelas
£ Partiu
CM /
(5.0 m * 3.8 m) 2J0 m i 0.75 m
edificação.
2

Qbs.: De maneira geral, o procedimento inicial a ser efetuado no dimensionamento de uma treliça
de madeiro ê o determinação de sua geometria. O passo seguinte consiste em se determinar < j
distância "entre treliças" na direção do comprimento da edificação, que pode ser feita através do
dimensionamento da terçci à flexão obliqua, ou, ainda, a partir da im p o sição de uma distância
"entre treliças", predeftnida, paro a qual devem ser verificados os í s fados limites últimos e de utili-
zação da terça. Posteriormente, a treliça deve ser carregada com 05 ações permanentes e variáveis,
e os esforços gerados nos elementos estruturais (banzos, diagonais e montantesj; em função des-
sas ações, devem ser combinados de modo que o dimensionamento de cada elemento estrutural,
inclusive os que compõem o sistema de contraventamento, seja feito para a condição de esforço
combinado atuante em cada caso. Determina-se então o numero de parafusos em cada um dos
nós da treliça, faz-se o detalhamento dos elementos estruturais e ligações, a quantificação do peso
final da estrutura e, finalmente, a apresentação de uma lista de material.

Do cum ent o s no rm at ivo s ut ilizad o s no d im ensio nam ent o da t reliça:


• ABNT NBR 7190:1997 - "Projet o d e Est rut uras d e M adeira";
• ABN T NBR 6120:1980 - "Cargas para o Cálculo de Est rut uras de Edificações";
• ABNT NBR - "Forças Devid as ao Vent o em Edificações";
• ABNT NBR 8681:2003 - "Ações e Segurança nas Est rut uras - Procedim ent o",

Nest e t rab alho , a co b ert ura será co m p o st a de t elhas, t erças, t reliça e elem ent o s de
co nt ravent am ent o . Será, port ant o, ap resent ad o o exem p lo d e cálculo ab o rd and o o d im ensio -
nam ent o das terças, dos elem ent o s est rut urais da t reliça, d as ligações e d o sist em a de cont ra-
vent am ent o . O d et alham ent o d a fixação d as t elhas náo será ap resent ad o (obs.: g eralm ent e a
M W
fixação das t elhas nas t erças é feit a nas 2 e 5 ond as alt as das telhas).

2.2. Dim ensionam ent o da t erça

A t erça trabalha com o parte int egrant e do sist em a de cont ravent am ent o no plano q ue
cont ém o banzo sup erio ra, neste caso, d everia ser verificada a flexão co m p o st a o b líq ua. No en-
tanto, constata- se que o esforço normal neste elem ent o é muit o pequeno e, consequent em ent e, ifSM
3 t ensão no rm al p ro venient e da co m p ressão é p eq uena se co m p arad a ao valor o rig inad o na
flexão. Port ant o, o d im ensio nam ent o d a t erça será feit o consid erand o- se a ocorrência de flexão
sim p les o b líq ua em um a vig a b iap o iad a, cujo co m p rim en t o d a vig a co rresp o nd e á d ist ância
ent re t reliças. Nest es elem ent o s serão feitas as verificações relat ivas aos est ad o s limites últ im os
(t ensões no rm ais e d e cisai ha m ent o) e d e ut ilização [flecha) para o caso de co m b inação m ais
critico, além d a verificação d a est ab ilid ad e lat eral.
As g ran d ezas g eo m ét ricas necessárias para o d i m en si o n am en t o d a t erça a f lexão
obliqua sim ples são m o m ent o de inércia e área d a seção t ransversal. Os valores dos m om ent os
3
de inércia com relação ao s eixos V [I = b.h / 12) e " y " (I = h.b Vl2), ad o t ad o s com o referência,
*zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
t
e d a área da seção t ransversa! (A = b • h) da t erça são, resp ect ivam ent e:

4 1 2
- »1^ = 864 cm l y = 216 cm' A = 72 cm

As incíinações do b anzo superior d a treliça e, co nseq uent em ent e, das t erças p o d em


ser obt idas em função d o tipo d e t elha ut ilizad o. Os cat álogos de t elhas fo rnecid o s pelos fabri-
cant es co nt êm o s valo res p erm it id o s para cad a t ip o de t elha ut ilizad o. Os d et alhes d o s eixos
x ezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaWVUTSRQPONMLJIHGFEDCBA
y d a seção t ransversal d a t erça e t am b ém da d ist ância "entre t reliça" a ser considerada no

Figura 2.1
Sistema de em
adotados para o terço.

Figura 2.4.
Vão teórico
considerado para o
dimensionamento
daí terços.

2,2,1, Ações na t erça


Dent re as açõ es com m aio res probabilid ad es d e ocorrência d urant e as fases const ru-
t iva e de ut ilização, dest acam - se:
• açõ es p erm anent es (p eso próprio);
« açõ es variáveis acid ent ais (vent o e pessoas).

Para as referidas ações cit ad as, tem- se as seg uint es co m b inaçõ es:
1") ação p erm anent e co m b inad a co m açào variável acid ent al (vent o);
1
2 ) ação p erm anent e co m b inad a co m ação variável acid ent al (pessoas).
Neste exem plo, o caso de co m b inação mais crít ico correspondeu à 2* co m b inação , ou
seja, a co m b inação efet uad a ent re a ação p erm anent e e a açào variável (pessoas),

Ação permanente
Segundo a ABNT NBR 7190:1997, e de acordo com os cat álogos dos fabricantes de telhas,
o b t êm - se os seg uint es valo res para as açõ es na t erça:
• peso próprio d a t erça: g = 0,07 kN/ m;
5
• peso próprio d a t elha: g t = 0,30 kN/ m (adot ou- se 0,18 kN/ m e esp açam ent o m áxim o
ent re t erças de 1,69 m);
• ação p erm anent e t ot al: p = g - l - g i - > p = 0 f 37 kN/ m,

Ação variável (pessoas)


Deve- se considerar, neste caso, uma carga concent rada "Q" acident al de 1 kN, aplicada
na posição m ais d esfavorável d a t erça [meio do vão).
figuro 2S
Cargo ocidental
aplicadazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
do centro do
m da terço.

A
-7T777T zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

1 ;

2.2,2. Est ados limit es últ imo e de ut ilização


Para o d im ensio nam ent o da t erça fo ram ad o t ad as as ind icações propost as no t ext o
da ABNT N8R 7190:1997, com o segue:

Coeficientes de Ponderação das Ações

Est ados Lim it es Últ im o s - Co m b inaçõ es últ im as norm ais


a) Açõ es Perm anent es
« efeit o desfavorável: ^ = 1 , 4
* efeit o favorável: "yG = 0,9

b) Ações Variáveis
• efeit o de açõ es em geral: \ = 1.4

Est ados Lim it es de Ut ilização - Co m b inaçõ es de longa d uração


a) Fator de ut ilização para carg a acid ent al: - 0,2

2 ,2 ,2 .1 , V a l o r e s d e r e si st ê n c i a
As p ro p ried ad es físicas d e resist ência e elast icid ad e d a m ad eira fo ram ad o t ad as de
acordo co m a Tab ela 2.1, consid erand o m ad eira d e classe C40.

Fo l h o s a s (d i cGt i l cd ô n casl

Tabela 2.7 (Valores na condição padrão de referência - U s 12%)


Ciasses de 3
Cfasses (MPa) f rk(MPa) EtCjBMPa) P^ JW™') pJKg/ m )
resistência (ABNT
NBR 7190:1997,
pg. 16). C40 40 6 19.500 750 950

2,2.2.2. Coef icient es de modif icação


O coeficient e de m odificação afet a os valores de cálculo das propriedades da m adeira
e se d ivid e em t rês cat eg orias:
• Coeficient e de m o d ificação T [ k ^ , = 0,7): consid era a classe d e carreg am ent o e o
t ip o de m at erial em p reg ad o ;
• Co eficient e d e m o d ificação "2" ( k ^ , = 1,0): co nsid era a classe de um id ad e e o t ip o
d e m at erial em p reg ad o ;
• Co eficient e d e m o d if icação "3" ( k ^ , = 0,8): co nsid era a cat eg o ria d o m at erial em -
preg ad o.
A equação (2.1} relaciona os três coeficient es de modificação:

K = k

- k k
rflÉíl Fl t o Jl niM l? • I Tl KÍ i

Portanto, neste caso: k m w( = 0,5&

2.2.2.3. Coef icient es de ponderação das resist ências


Os valores dos coeficient es de ponderação são dados d e acordo com a solicitação,
para os est ados limites últimos, conforme apresent ados nos itens seguint es:

a) Tração Paralela às Fibras = 1,8


b) Compressão Paralela às Fibras y = 1,4
cl Cisa Ih a m ent o Paralelo às Fibras- » " y w í = 1,8

Para os est ados limites de utilização adota- se o seguint e valor básico: y = 1,0

2.2.2.4. Valores das resist ências de cálculo


As resistências de projeto calculadas d e acordo com a ABNT NBR 7190:1997 são:

f —. L" iwrk
W,d
v„

Além disso, as resistências de cálculo na com pressão e na tração paralela podem ser
adm it idas com o m esm o valor:

-
trD.d ^ta.d

De acordo com as equações (2.2) e (2,3), foram obt idos os seguint es valores para as
resistências d e projet o:

f ((W = 1,60kN / crrf

2.2.2.5. Cálculo dos esf orços int ernos


Os valores dos esforços d e cálculo (moment o fietor e esforço cortante), em cada uma
das direções " x" e "y", para a verificação dos estados limites últimos na terça, devem ser tomados
a
na seção mais crítica para cada caso, considerando os efeitos provocados pela 2 combinação, ou
seja, aquela correspondente à ação permanente com ação variável acidental (pessoas). Deve-se
utilizar, neste caso, o caso de combinações últimas normais, dado pela equação (2.4), conforme
A&MT NBR 7190:1997,
M o m ent o Flet on
Neste caso, a co m b inação para o m o m ent o flet or de cálculo a ser co nsid erad a é

M , = 1,4 M t + 1,4 M „

Obs.: Caso a ação variável principal fosse o vento, esta poderia ser reduzida pela multiplicação do
coeficiente 0,75 {1,4 - (0,75) • M üt ) tendo-se em vista a capacidade de a madeira resistir a cargas
de curta duração.

Para o s carreg am ent o s p erm anent e (P) e variável (Q), tem- se o s seg uint es d iag ram as
de m o m ent o flet or:

PfkNftfl)

I X 1 i I T I 3

Figura 2.6. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaWVUTSRQPONMLJIHGFEDCBA


I,yxvutsronmlkjihfedcbaXVUTSRPONMJIHEDCBA

Fiquem estútw e 3,25 ffl
diagramas de
momento fktar.
^lUJJ^^'

M q .d

a) M o m ent o em relação ao eixo V

í
G- co si a) L? v0,37-
,3 f co s(1S)'
1 3,25
M 9 ,s - - 0,47 kN' m
0 8

M . l - CQ t f g . a . JS 7 B M t t m

** 4 4

M , d = 0 ,6 6 + 1,10= 1,76 kN - m

b) M o m ent o em relação ao eixo "y"

í,fc 8 8
Q - se n W L _ ^ e n 0 5 ) - 3 ,2 5 ^
q.k 4 4

M =1 4 M +1 4 . M
' f l.it '

= O,t 0 + O,29= O,47kN - nn

Esforçç co rt ant e:

Neste caso, a co m b inação para o esfo rço co rt ant e d e cálculo a ser considerada é:

V =1 4 'V +1 4- V

Para o esforço cort ant e, t em - se o s seg uint es diagram as:

1n m p
0 w
P (kWbn)

13625 m
figura 27.
3,25 m Esquemazyxwvutsrqponm
tstítkoe
diagramas de esforço
cortante.
T T T t t ^ -
Vg.d

Vg^c

Vjjfc

a} Co rt ant e em relação ao eixo V

a =
V , V "

V d = 0,81 + 0,67 = 1,43 kN

De acordo co m a ABNT NBR 7190:1997', calculou- se o esforço co rt ant e reduzido de pro-


jet o p ara a seção t ransversal q u e d ist a 24 cm [duas vezes a alt ura d a p eça co nsid erad a) do
apoio da ext r em i d ad e
Q0t N )
P (kf f ím )

i 1 1 JL . • T l 1 1
— " V .

ijK&m
3,25 m

*«,d

ÜC
Z* cm

7:

Esforço cort ant e reduzido - V i f c d d ~ 1,26 kN

b) Cort ant e em relação ao eixo "y"

G sen(q) L _ Q san(a)
_
V 2 G-ik 2

V J = t A ' M ,+ 1,4- M t
yjd g* qJt

0,22 + 0,18 k - 0 , 4 0 kN

Calculou-se t am bém , neste caso, o esforço cort ant e reduzido de projeto para a seção
transversal que dista 24 cm (duas vezes a altura da peça considerada) do apoio da extremidade.

0(kN)
PítMffti)
1 Jt 1 L . \
i zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaWVUTSRQPONMLJIHGFEDCBA
i i
wAT^
1JS2S m

VM

v
" " f m m
-M -

Esforço cort ant e reduzido - V nM),. = 0,34 kN


2.2.2.6. Verif icação das t ensões
Tensões normais

a} Tensões em relação ao eixo "x"

M „ 176 12
Mui |zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
' j

b) Tensões em relação ao eixo "y"

M , 47 fi 1
au =— ^ o , ^ õ Sk N / c n v
I 216 2
r

Segundo a ABNT NBR 7190:199-7, a condição de segurança para tensão normal, oriunda
da flexão simples oblíqua, é expressa pela mats rigorosa das duas equações, tanto em relação
às t ensões d e tração quant o ás de compressão.

Portanto:

+ M 2.5
f w.d f
vtjd

K +
m f f — 2 - 6
wjd w .d

Onde:
Km - 0,5 (Coeficiente de correção para seções t ransversais retangulares).

Obs.: Com base no comportamento elástico cio material (válida a Lei de Hooíre^ e devido à bissime-
tria da seção transversal, as tensões atuantes máximas de compressão e tração paralelas às fibras
têm o mesmo valor, Assim sendo, faz-se a verificação das equações (2.5) e (2.61

Verificações das bordas com prim ida e trácio nada:


Equação (2,5): 0,77 + 0,20 = 0,97 < 1
Equação (2.6): 0,33 + 0,41 = 0,79 < l
Verifica-se, port ant o, neste caso, que a condição foi satisfeita.

* Tensões t angenciais
Segundo a ABNT NBR 7190:1997, a condição d e segurança em relação ès t ensões cisa-
lha ntes é:

a} Tensões em relação ao eixo "x"

.. 1 5 ——•
T . = 1 ,5 " - ^ - = 1,5-
US T j ™ 0 ,0 3 k N / cm '
kb .' kh " ' 6 . 12
e 1 -j ^
b) Tensões em relação ao eixo "y"

|2

Verificando a equação (2.7), para as direções Y e "y", tem- se:


2
a) Em relação ao eixo "x": 0,03 < 0,2 kN/ cm
b) Em relação ao eixo " f \ 0,08 < 0,2 kN/ cm*
Verifica-se t am b ém , neste caso, que a condição de segurança foi satisfeita.

Obs.: Pode-se calcular uma componente vetoriai resultante, dada por: t = J t ^ + T( d J < f

2.2.2,7. Verif icação da est abilidade lat eral


Co m base na ABN NBR 7190:1997, dispensa- se a verificação da segurança em relação
ao estado limite último cie est abilidade lateral, q uand o foram satisfeitas as condições:
- os apoios de ext rem id ad e da viga im pedem a rotação de suas seções ext remas em
torno do eixo longit udinal da peça;
• exist e um conjunt o d e elem ent os d e travarmento ao longo do co m p rim ent o "L" da
viga, afastados entre si d e uma distância não maior que " L" , que t am bém im p ed em
a rotação destas seções t ransversais em t orno do eixo longitudinal da peça,
Para as vigas d e seção t ransversal retangular, d e largura V e altura "h", determina- se
L, pela seguint e expressão:

2.8

Onde:
L1 = 325 cm, distância entre t ravam ent os laterais;
p H = 6,8 [para a relação h/ b = 2): coeficiente de correção (ABNT NCR 7190:1997);
b = 6 cm, largura da seção transversal.
Para esta verificação, segundo a ABNT N6R 7150:1997, utiliza-se o módulo de elasticidade
longit udinal efet ivo .Tal valor é obtido d e acordo com a expressão abaixo:

2.9
Assim:
1
l c e M = 0,56- 1950 = 1092 kN / cm

Portanto, a verificação da estabilidade lateral da peça segundo a equação [2.9) é:

54,2 < 77,6

Dessa m aneira, para o vão t eórico considerado, não ocorrerá perda de est abilidade
lateral e, consequent em ent e, nâo haverá necessidade de t ravam ent o intermediário,

2.2.2.8. Verif icação dos deslocam ent os


Os deslocam ent os verticais no meio do vão da terça são calculados de acordo com a
ABNT NBR 7190:1997, para cada um dos pianos principais d e flexão, pela relação:

2.W
íj dM<
a} Verificação na direção "x":

u _5 .G.c o s( g ) L' | a|J Q- co s( a )- U 23J


2
38+ ^ -I, 4 8 - E( t a r .| ,

Substituindo os valores na equação (2.11), tem-se:

j
^ _ 5- 37x10* ^ 05(15)- 325' 2 Vco s{15J- 32S
ü ,
~ 384- 1092- 864 ^ ' ' 48 * 1092 • 864

u = 0,55 + 0,15 = 0,70 cm

b) Verificação na direção "y":

_ 5- G- sen(a)- L
1
, Q • sen t a}L
3 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
2.12
|

Substituindo os valores na equação (2.12), tem-se:

1 3
_ 5-37X1Q" -sen(15}-325< 1- senf15]- 325
" 384- 1092- 216 ' 48 1092- 216

= 0,59 + 0,16 = 0,75 cm

A flecha total no m eio do vão não deve respeitar as seguint es limitações:

L 325
ti — (u9 + qu ) < — - ->u
1
«0 ,7 0 < = 1,63 cm
" 200 200

L 325
LI = (u + u J á u = 0,75 < — • = 1,63 cm
> ' " 2C0 * 200

As verificações para os est ados limites d e utilização foram satisfeitas.

OI?s.: pode-se efetuar também uma combinação vetorial das flechas UK= ^ u^ + Ug2 £ ^ ^

2 .3 . D i m e n si o n a m e n t o d a t r eEi ça

A estrutura treliçada de apoio do tipo "Howe", dest inada à cobert ura, tem com o fun-
ção principal, nest e caso, dar sust ent ação às terças, às t elhas e aos sist emas de cont ravent a-
mento. Neste tipo de treliça, devido às ações permanentes, as diagonais e os banzos superiores
são comprimidos, enquanto os montantes e os banzos inferiores são tracionados. As hipóteses
básicas d e cálculo para o dim ensionam ent o da treliça são as seguintes:
< as ext remidades dos elementos estruturais (banzos, montantes e diagonais) que com-
põem a treliça são admit idas rotuladas;
• os elem ent o s est rut urais são solicit ados apenas por esforços axiais (tração e com-
pressão).

2.3.1, Dados gerais da t reliça


* inclinação do banzo superior em relação á horizontal; 15 graus;
• vão t eórico: 12 m et ros;
• seção t ransversal dos b anzo s sup erio r e inferior: 2 p eças d e 3 cm X 12 cm ;
• seção t ransversal das diagonais (ext ernas aos banzos}: 2 p eças de 3 cm zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaWVUT
x 12 cm ;
• seção t ransversal dos m o nt ant es (p eça cent ral): 1 p eça de 6 cm x 12 cm ,

A t reliça ap resent ad a na Figura 2,6 é d efinid a seg und o as co o rd enad as d o s nós apre-
sent adas na Tab ela 2.2.

Figura 2,8,
Nmeraçáo dos rttò
do treliça.

Coordenada " k " Coor d enad azyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC


"y" Coordenada " x" Coordenada" y"
Nó Nó
(cm) (cm) (cm} (cm)
1 0 0 9 600 161

TcMo 2.2,
2 101 0 10 773 0

Coordenados dos nós 3 101 27 11 773 115


do ireliço. 4 264 0 12 936 Q
5 264 71 13 936 71
6 427 0 14 1099 0
7 427 115 15 1099 27
a 600 0 16 VOO 0

A t reliça ap resent ad a na Fig ura 2.9 é d efinid a seg u n d o a n u m eração d as b arras ex-
p o st a na Tabela 2.3.

figura 2.9.
Numeração dos
elementos de barra
do treliça. .. - • - - --

Barra Nó Inicial Nó Final Barra Nó Inicial Nó Final


I I 2 16 15 16
2 2 4 17 2 3
3 4 6 18 4 5
Tabelo 2.}, 4 6 8 19 6 7
Numeração das barras 5 8 10 20 8 9
do treliça,
6 10 12 21 10 11
7 12 14 22 12 13
8 14 16 23 14 15
9 1 3 24 3 4
10 3 5 25 5 6
11 5 7 26 7 a
12 7 9 27 8 FF
Barra Nó Inicial NÓ Final Sarra Nó Inicial Nó Final
13 9 11 28 W 13
14 11 13 29 12 15
15 13 15

2.3.2. Grandezas geom ét ricas


Na Tab ela 2.4 são ap resent ad o s o s valores das g rand ezas g eo m ét ricas d o s elem en-
t os est rut urais q ue co m p õ em a t reliça analisada. São , p o rt ant o , ap resent ad o s os valo res d o s
raios d e g iração { i j , m o m en t o s de inércia £1 ), áreas d a seção t ransversal (A) e índ ices de
esb el t ei (X),

!
I.. (valor o b t id o a partir da relação I = b.h / 12 ou 1 = h .b Vl2);

X = L0/ i mln (Lq é o co m p rim ent o de referência ent re nós};

Element o A Comprimento
Barra 'm in 'irw
h
Est rut ural (írt f t (cm 1! {cm} (cm)
í 101 28,9
2/ 3 163 46,6
B. Inferior 4/ 5 864 72 3,5 173 49,4
6/ 7 163 46,6
8 101 28,9
9 104 29,7
10/ 11 170 48,6
B. Superior 12/ 13 864 72 3,5 179
labels 2.4.
51,1
Çrandem geométricos
14/ 15 170 48,6
dos elementos
16 104 19.7
milium da treliça.
17 27 15.9
18/ 22 71 41,8
19/ 21 115 67,6
Montcníe 20 216 72 17 161 94,7
23 23 15,9
24/ 29 166 47,4
25/ 28 178 50,6
Diagonal 26 864 72 3,5 208 59,4
27 208 59,4

2 .3 .3 . A ç õ e s
a} Açõ es p erm anent es:
As açõ es p erm anent es na t reliça analisad as, e q ue são o riund as d o p eso próprio d a
m ad eira e d o s elem en t o s d e ligação, f o ram o b t id as d e aco rd o a no rm a b rasileira ABNT MBR
7190:1997, co m o segue:
1
Treliça - 0,085 kN/ m
• banzo superior: 2 peças 3 cm x 12 cm (13 metros d e compriment o):
• banzo inferior: 2 peças 3 cm x 12 cm (13 metros d e compriment o);
• diagonal: 2 peças 3 cm x 12 cm (14 metros d e compriment o);
• mont ant e: 1 peça 6 cm x 12 cm (8,5 met ros de comprimento).

1
Elementos de ligação (parafusos) - 0,003 kN/ m

1
Terça (6 cm xxutrponmljihfedcaXTRMJH
1 2 cm) - 0,057kN/ m
3
• Ação permanent e estrutural P = 0,145 kN/ m
• A ação de origem não est rut ural foi obtida através dos catálogos d e fabricantes.

1
Telha para cobertura (fibrocimento) - 0,18 kN/ m
2
• Ação permanent e não est rut ural Pnr = 0,18 kN/ m

Portanto:
a) Ação permanente total;

pt = + p np p t = 0,33 kN/ m '

b) Ação variável acidental - Vento


Segundo a ABNT nb r 6123:1968, a velocidade caract eríst ica (Vt ) e a pressão dinâm ica
(q) foram obtidas pelas seguint es equações:

J
2.14 q = 0,613-Vfe

Para t ant o, baseia-se na velocidade básica do vent o (VJ e em alguns fatores com o:
• Fator *$,*: considera as variações da t opografia do terreno;
• Fator " S/ ; associa a influencia da rugosidade do terreno, as dim ensões da edificação
e a altura da m esm a sobre o terreno;
• Fator "S3": através d e conceit os est at íst icos, considera o grau de segurança e a vida
útil da est rut ura.

Mo exem plo em quest ão, foram adot ados os seguint es valores para os parâm et ros
acima m encionados:
• Velocidade Básica do Vento: Vo = 35 m/ s;
• Fator "S," - 1,0 - considerou- se terreno plano ou fracament e acidentado;
• Fator " Sj" = 0,80 - valor obtido por interpolação na Tabela 2 [ABNT N8H 6123:1980) para
valor da altura "z" correspondent e à altura da cum eeira da edificação (Categoria IV)
e adotou- se dim ensão horizontal da superfície frontal da edificação ent re 20 e 50 m
(Classe B) - Vento 30", m edida horizontal 25 m;
• Fator "Sj" = 0,82 - Neste caso, t am bém considerou- se a cota média do topo dos obs-
táculos (z) com o sendo a alt ura da cum eeira da edificação (Categoria IV) e adot ou- se
d im ensão horizont al da superfície front al da edificação m enor q ue 20 m (Classe A)
- Vento Q*, medida horizontal 12. m;
Fator "S " = 0,95 - consideraram- se instalações com baixo fator de ocupação.

De acordo com a equação [2,13), tem-se o seguint e valor:


a o a
1°) Caso - Vento 90 2 ) Caso - Vento 0
S, - 1,0 5, = 1,0
5;, = 0,80 = 26,6 m/ s Sj = 0,32 Vk = 27,3 m/ s
S3 = 0,95 S3 = 0,95
V„ = m/ s V0 = 35 m/ s

Portanto, com base na equação (2.14), obtém-se:


2 !
r ) Caso - Vento 90* q - 433,7 N/ m - 0,43 kM / m
o 2 2
2 ) Caso - Vento 0" q = 456,9 N/ m = 0,46 kN/ m

c} Coeficientes depressão:
1®) Coeficiente de Pressão Ext erna (CJ
De acordo com as características da edificação, a ABNT NBR &123:19SS (Tabela 5, h/ b =
0,4 < 1/2, 0 -• 15°) recomenda a adoção dos seguint es coeficient es de pressão ext erna críticos
para am b as as form as de incidência do vento:

Vento a 90° Face de Barlavento (EF) = - 1,0 (sucção);


Face de Sotavento [GH) = - 0,4 (sucção).

o
Vento a 0
Face de Barlavento (EG) = - 0,6 (sucção);
Face Intermediária {FH) = - 0,6 [sucção); ^
Face d e Sot avent o [li) = - 0 ,2 (sucção) - — - — = 2 ,5 > 2
(Notas, it em d)

Obs.: "Barlavento"e "sotavento" sdo termof utilizados pela ABNTNBR6123:1988para indicaras fa-
chadas da edificação "dequal" e "para qual" sopra o vento, respectivamente.

2°) Coeficient e de Pressão Interna (C )

Vento a 90°
1" Hipótese; item 6,2.S.b - quat ro faces igualment e perm eáveis.
Considerar o mais nocivo ent re Cpl = - 0,3 e 0.

J
2 Hipótese: item 6,2.5.C - abert ura dom inant e em uma face; as outras faces de igual
permeabilidade [abertura dom inant e na face d e barlavento).
Considerações propostas:
5
< Abert ura (barlavento) - total de 10,4 m ;
2
• cinco janelas: 7,5 m ;
3
* frestas ent re vedação lateral e t elhado (admitindo 0,1 m): 2,9 m ;
J
- Abert ura (sotavento) - total d e 10,1 m ;
J
• três janelas: 4,5 m ;
J
• frestas ent re vedação lateral e t elhado (admitindo 0,1 m): 5,3 m ;
!
* frestas - part e inferior dos port ões (admit indo 0,06 m): 0,3 m .
Portanto, a relação entre áreas de abertura a barlavento e sotavento é d e aproxim a-
dament e 1,0. Assim sendo, tem- se o seguinte valor para o coeficiente: C^ = + 0,1.

J
3 Hipótese: item 6.2.5zxwvutsrponmljihgfedcbaZXVUTSRQPONMLJIHGFEDCBA
.C - abertura dom inant e em um a face; as outras faces de igual
p erm eab ilid ad e (abert ura d o m inant e na face d e sot avent o). Seg und o a ABNT n b r 6i23;i98S,
considerar o valor correspondent e a esta f ace ou seja: Cpi ~ - 0,5 - {Parede "B" na Tabela 4),

4* Hipótese: item 6,2.5.c - abertura dominante em uma face paralela ao vent o (abertu-
ra dominante não situada em zona de atta sucção externa). Segundo ABNT MBíí 6i23:i9S8 - Tabela
4, considerar o valor correspondent e á esta face, o u seja:
• Cp, - - 0,9 (barlavento - Paredes C, e D,);
• = - 0,5 (sotavento - Paredes Ç e

j
Em resumo, adotar-se-ão os valores da 2' e 4 Hipótese, o u seja:
• C = +0,1 (sobrepressão interna - barlavento e sotavento);
. - 0,9 (sucção - barlavento};
• C = - 0 ,5 (sucção - sotavento).

o
Vento a 0
1® Hipótese: item õ.2,5.b - quat ro faces igualment e permeáveis.
Considerar o mais nocivo entre C = - 0,3 e 0.
PI

2" Hipótese: item zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA


6 . 2 . 5 . C - abertura dom inant e em uma face; as outras faces de igual

permeabilidade (abertura dom inant e na face d e barlavento},


Considerações propostas:
2
• Abert ura (barlavento) - total de 20,2 rri ;
3
• port ão (t o t al }- 19 m ;
1
• frestas ent re vedação lateral e t elhado (admitindo 0,1 m) - 1,2 m ;
2
• Abert ura (sotavento) - total de 16 m ;
s
• seis j an e l as- 9 m ;
2
• frestas ent re vedação lateral e t elhado (admitindo 0,1 m) - 7 m .

Portanto, a relação entre áreas de abertura a barlavento e sotavento é d e aproxim a-


dament e 1,25, interpolando, tem- se o seguint e valor para o coeficient e: C , = + 0,2.

3* Hipótese: item 6,2.S.c - abertura dom inant e em uma face; as outras faces de igual
permeabilidade (abertura dominante na face de sotavento). Segundo ABNT N8R 0123:1530 - Tabela
04, considerar o valor correspondent e a esta face, ou seja C = - 0,3 [Parede "D" na Tabela 4),

4" Hipótese: Item 6,2.5.c- abert ura dom inant e em um a face paralela ao vent o (aber-
tura dom inant e não situada em zona de alt a sucção ext erna). Segundo NBR 612 3;19S8 - Tabela
04, considerar o valor correspondent e a esta face, ou seja;
• C = - 0 ,3 (regiões A, e Bt ) face de barlavento;
• C = - 0,5 (regiões A, e B?) face intermediária;
• Cp, = - 0 ,2 (regiões Ad e B_t) face d e sotavento.

J
Em resumo, adotar-se-ão os valores da 2 e 4* Hipótese, o u seja:
Cel = + 0,2 (sobrepressão - face de barlavent o e sot avent o);

CBÍ = - 0 ,8 (regiões A t e B^ , (sucção - face d e barlavent o);

C , = - 0 ,5 (regiões A ? e B,), (sucção - face int erm ediária);

Cp l = - 0 r 2 (regiões A , e 6.), (sucção - face d e sot avent o).

Port ant o, o co eficient e pressão t ot al (Cp ) é d ad o p ela so m a ent re os coeficient es de

pressão int erna e d e fo rm a ext erna. As co m b inaçõ es m ais crít icas são m ost rad as abaixo:

Vent o a 90°

Figura 2.10.
Valares de Cppara
o J" Hipótese.

• (zero) 9 (zero) Figura 2.1 J.


Valora de C para
a 2" Hipótese.

o
Vent o a 0

Figura 2.12.
Valores de (..para a
1'Hipótese: seção a
barlavento (regiões
%"e "8").

D(irro) 0 [1C>4) Figura 2.13.


Valores de Çpora a
7' Hipótese: seção a
barlavento (regiões
Figura 2,14,
Valorei éCf poro o
îc Hipótese: seção
intermediário (regiões

Figuro 2.ÍS. D (ït r e) fl(Utt)


Valores de Cfpomo
4"Hipótese:seção a
iotovento (regiões

Dent re as seis hip ót eses referent es ao efeit o d o vent o , co nsid eraram - se co m o m ais
crít icas as seguint es:
a
• VENTO 01: vent o 90* - sucção assim ét rica (referent e à 1 Hipót ese);
1
• VENTO 02: ven t o 90* - sucção a b arlavent o e so b rep ressao a so t avent o (referent e à
a
2 Hipót ese);

a
• VENTO 03; vent o 0 ' - sucção sim ét rica (referent e à I Hipótese),

Área de influência:

• O valor referent e a área de influência de cad a t reliça é calculad a da seguint e form a:


> Vâo t eórico da t reliça: 12 m ;
• Esp açam ent o ent re t reliças: 3,2S m .

Assim sendo:zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
A = 12- 3 r 25 -> AM = 39 m * zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONML

força estática devida ao vento

A força est át ica d evid a ao vent o at ua p erp end icularm ent e è sup erfície d o t elhad o. A
ação ext erna p ro venient e do vent o é t ransferida para est rut ura t ransversal (treliça) at ravés d o s
nós do banzo superior por meio de cargas concent radas aplicadas pelas est rut uras longit udinais
(terças). Est a fo rça é calculad a da seg uint e m aneira:
2.15 F = C , c l \ f l

A rep resent ação num érica d est e valor dar-se-á da seg uint e m aneira:

Ação por unidade de área


a a
I Co m b inação - Vento 90 - sucção assim ét rica.
2
Barfavent o: - 0 ,4 3 kN/ m
2
5ot avent o: - 0,22 kN/ m

2* Co m b inação - Vent o 90° - sucçâo- barlavent o e sobre pressão- sot avent o.


1
Barlavent o: - 0 ,0 4 kN/ m
3
Sot avent o: + 0,04 kW/m
tt
Co m b inação - Vent o O - Sucção sim ét rica.
2
Barlavent o: - 0,46 kN/ m
J
Sot avent o: - 0,46 kN / m

Segundo a ABNT NBR6123:1988, adot a- se a seguint e co nvenção de sinais:


Sucção - NEGATIVO,
Sobrepressão - POSITIVO;

Ação por ponto de aplicação (nó)


Para a d et erm inação d os esforços nos elem ent o s da t reliça, ut ilizou- se o so f t ware
SAP9Q, q ue t em co m o b ase o M étodo dos Elem ent os Finit os (JVIEF), adot arido- se as seguint es
co nvençõ es de sinais:
Direção vert ical: POS1TIVO pa ra cim a;
NEGATIVO para baixo.
Direção horizont al: POSITIVO para a direita;
NEGATIVO para a esquerda.

VENTO 01: Vent o 90" - sucção assi m ét r i ca,


Nó d e ext r em i d ad e: Nó int erm ediário:
Direção vertical Direção vertical
Barlavento: + 1,16 kN Barlavento: + 2,31 kN
Soto vento: + 0,53 kN Sotavento: kN
Direção horizontal Direção horizontal
Barlavento:-0,31 kN Barlavento:-0,62 kN
Sotavento: + 0,14 kN Sotavento: + 0,28 kN

VENTO 02: Vent o - sucção- bar !avent o e sob r ep r essão- sot avent o.

NÓ d e ext r em i d ad e: Nó int erm ediário:


Direção vertical Direção vertical
Barlavento-+ 0,10 kN Barlavento: + 0,21 kN
Sotavento:-0,10 kN Sotavento: -0,21 kN
Direção horizontal Direção horizontal
Barlavento: -0,03 kN Barlavento: -0,06 kN
Sotavento:-0,03 kN Sotavento:-0,06 kN

VENTO 03: Ven t o 0* - Sucção sim ét rica


Nó d e ext r em i d ad e: Nó int er m ed iár io;
Direção vertical Direção vertical
Barlavento:+ t,12 kN Barlavento: + 2,24 kN
Sotavento: + 1,12 kN Sotavento: + ,2,24 kN
Direção horizontal Direção horizontal
Barlavento:-0,30 kN Barlavento: -0,06 kN
VENTO 03: Vent o 0° - Sucção sim ét rica
Nó de ext r em i d ad e: Nó int erm ediário:
Barlavento: + 0,30 kN 5o lo vento: + 0,06 kN

Ad m it e- se q ue na est rut ura em est ud o não o co rrerão ações acid ent ais, t ais co m o
pont es rolant es e m onovias. Port ant o, tem- se t ais carregam ent os:
• V Carregam ent o - a ç ã o perm anent e;
o
• 2 Carregam ent o - ação p erm anent e co m VENTO 01 [ação variável acident al): vent o
90° - sucção assim ét rica:
• 3° Carregam ent o - ação p erm anent e com VENTO 02 (ação variável acident al): vent o
90° - sucção a barlavent o e sob repressão a sot avent o;
o
• 4 Carregam ent o - ação p erm anent e co m VENTO 03 (ação variável acident al): vent o
0" - Sucção simét rica,

2.3.4. Dim ensionam ent o


Verificação dos Estados Lim it es Últimos e d e Ut ilização

Coeficiente de Ponderação das Ações


Estados Limit es Últ im os
a) Ações Perm anent es - Tabela 4
efeit o favorável: \ - 0,9
efeit o desfavorável: "y. = 1,4
b) Ações Variáveis - Tabela 6
efeito favorável e desfavorável:zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaWVUTSRQPONMLJIHGFEDCBA
\ = 1,4

Estados Limit es de Utilização


a) Item 5 6.3
y t = i ,o

Fator de Combinação
Estados Limit es Últ im os

Considerando apenas o vento com o ação variável definiu- se conforme Tabela 2 que:

W = 0,5
o
Fofor de Utilização
Estados Limit es de Utilização
Para os carregam ent os considerados, as ações variáveis at uam co m seus valores cor-
respondent es à classe d e carregam ent o de longa duração. Assim, conforme Tabela 2:

Y, = 0,2 e - 0 (Zero)

Classe d e Resistência
As propriedades fisico- mecànieas são as m esm as apresent adas na Tabela 2.1.
Coeficient es de M odificação
Adota- se o m esm o valor det erm inado no item 2,2.2,2 dest e t ext o, ou seja:

Coeficient e d e Ponderação das Resistências


Assumem- se os m esm os valores adotados no item 2.2.2.3 dest e t ext o.

Oi «.: OzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
item 5-5-8 da ASNT N8R 7190:199? indica que, para se levar em conta a maior resistência da
madeira sob ação de cargas de curta duração, na verificação da segurança em relação a es todos
limita últimos, apenas na combinação de a0es de longa duração em que o vento representa
a ação variável principal, os solicitações nas peças de madeira, devidas à ação do vento, serão
multiplicadas por 0,75.

Resistências de projet o
As resistências de projeto são as mesmas det erm inadas no item 2.2.2.4 dest e t ext o:

1 6 kN cm Z 1 6 k c m l
U = ' / Ur - ' ^

Cálculo dos esforços int ernos


Os esforços internos d e projeto nos elem ent os est rut urais da irei iça foram calculados
d e acordo com os coeficient es relatados no item 2.4 e segunda a equação (2,4) dest e trabalho,
o u seja, conforme as com binações últimas norm ais. De acordo com os carregament os, tem-se
as seguint es condições:

o
I Carregament o
Ação permanent e

Fr f - M - F,cyt 2.16

2° Carregament o
Ação permanent e com ação variável acident al:
vent o 90" - sucção assimét rica

F, = 0 ,9 - F, t + 1,4 (0,75- F ,) 2.17

3° Carregam ent o
Ação permanent e com ação variável acident ai:
vent o 90" - sucçào- barlavent o e sobrepressão- sotavento

^ = 0,9^ + 1,4(0,75^ ) 2.18

Fd - 1 , 4 ^ + 1 4 .(0 ,7 5 ^ ) n 9
4" Carreg am ent o
Ação p erm anent e com ação variável acident al:
o
vent o 0 - Sucção sim ét rica

2.20 ^ = 0 , 9 - ^ + 1 , 4 - ( 0 , 7 5 - F^
o *}'

Os esforços caract eríst icos obt idos a partir d o SAP90 est ão ap resent ad o s nas t ab elas
2.5 e 2.6, m ost radas na seq uência.

Vento 01 Vent o 02 Vent o 03


Element o Permanent e Sucção Sucção e Sucção
Barra
Est rut ural IkNÍ Assimét rica Sob repressão Simét rica
IkK] (kN) (kN)
f 21,08 -26,69 -1,66 -29,03
2 21,08 -26,69 -1,66 -29,03
3 17,26 -,20,85 - U3 -23,34
B. Inferior 4 14,08 -15,97 -0,69 -18,60
5 14,08 -13,29 0,21 -18,60
6 17,26 -15,51 0,65 -23,34
7 21,08 -18,21 1,18 -29,03
8 21,08 -18,21 1,18 -29,03
9 -21,82 26,54 1,25 30,36
to -17,87 21,15 0,77 25,11
11 -14,58 16,74 0,37 20,82
12 -11,30 12,32 0 16,54
Tabela 15.
B. Superior 13 -11,30 12,50 0 16,54
fíforços solicitantes
14 -14,58 14,49 -0,37 20,82
característicos nos
15 -17,87 16,50 -0,77 25,11
elementos.
16 -21,82 18,99 -1,25 30,36
17 0 0 0 0
18 0,63 -0,97 -0,09 -0,94
19 139 -2,13 -0,19 -2,07
Montante 20 4,20 -4,70 0 -6,26
21 1,39 -0,97 0,19 -2,07
22 0,63 -0,45 0,09 -0,94
23 0 0 0 0
24 -3,88 5,92 0,53 5,77
25 -3,47 5,32 0,49 5,17
Diagonal 26 -3,79 5,85 0,54 5,66
27 -3,79 2,63 -0,54 5,66
28 -3,47 2,43 -0,49 5,17
29 -3,88 2,73 -0,53 5,77
Permanent e Permanent e Permanent e
Element o Permanent e
Sarra + VENTOzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
01 + VENTO 02 + VENTO 03
Est rut ural (kN)
<kN} (kN) (kN)
Î 29,51 -9,06 27,77 -11,51
2 29,51 -9,06 27,77 - J?,5f
3 24,16 -6,36 22,97 -8,97
G. Inferior 4 19,71 -4,10 18,98 -6,86
J 19,71 -1,28 19,93 -6,86
6 24,16 -0,76 24,85 -8,97
7 29,51 -0,15 30,75 -11,51
8 29,51 -0,15 30,75 -11,51
9 8,23 -29,23 12,24
-30,55 Jabelo 2.6. zyxwvutsrqponm
10 -25,02 6,12 -24,22 10,27 Es forças solicitam
11 -20,41 4,45 -20,02 8,73 característicos rtoí
12 -15,82 2,77 -15,85 7,20 elementos.

8. Superior 13 -15,82 2,95 -15,79 7,20


14 -20,41 2,09 -20,80 8,73
T5 -25,02 1,24 -25,83 10,27
16 -30,55 0,30 -31,86 12,24
17 0 0 0 0
IS 0,89 -0,45 0,80 -I0,42
19 1,94 -0,99 1,74 -0,92
Montante 20 5,88 -1,15 5,88 -2,80
21 1,94 0,23 2,14 -0,92
22 0,89 0,10 0,98 -0,42
23 0 0 0 0
24 -5,43 2,73 -4,86 2,57
25 -4,86 2,47 -4,35 2,31

Diagonal 26 -5,31 2,73 -4,74 2,53


27 -5,31 -0,65 -5,87 2,53
28 -4,86 -0,57 -5.36 2,31
29 -5,43 -0,62 -5,99 2,57

2.3,4.t . Tração paralela às f ibras - verif icação da resist ência


Seg und o a ABNT NBR 7190:1997, as co nd içõ es d e seg urança para as barras solicit adas
à t ração p aralelas às fibras serão sat isfeit as q u an d o a t ensão at uant e m áxim a não sup erar a
resist ência da p eça, ou seja:

2.21

Banzo Inferior
Seção t ransversal brut a
Figura 2,16. Ay
Seçõo transversal
das barras do
banzo inferior.

Esforço crit ico - 3" Carreg am ent o (p erm anent e + VENTO 02)

N d = 30,75 kN (Barras 7 e 8)

A = 2 - { 3 - [ 1 2 - (2- < |)})} para 1 0 m m (diâm et ro do parafuso)

2
Ent ão: A - 60 cm

Tensão crít ica

2
otJ = — = 0,51 kN/ cm

2 2
Port ant o, sat isfeit a a eq uação (2.21), ou seja, 0,51 kN/ cm < 1,60 kN/ cm

Banzo Superior
Seção t ransversal brut a

Figura 2.17, 12

Sqào transversal y
dos bom do
banzo superior. =T
o
Esforço crít ico - 4 Carreg am ent o (p erm anent e + VENTO 03)

N d = 12,24 kN (Barras 9 e 16)

A = 2 • { 3 • [ 12 - (2 • ({>)]) para <J> = 10 m m (diâm et ro d o parafuso)

2
Ent ão: A = 60 cm

Tensão crít ica zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA


Mh
= = 2
0,20 kN/ cm

! 2
Portanto, sat isfeit a a eq uação (2,21), t am b ém , nest e caso, 0,20 kN / cm < 160 kN/ cm
Diagonal
Seção t ransversal brut a

12
f-1
V Figuro 2.1$.

IH Seção transversal dos


borras do diagonal.

Esforço crít ico - 2* Carreg am ent o (p erm anent e + VENTO 01)


N.( = 2,73 kN (Barra 24)

A = 2 • { 3 - [12 - (2 • tf»)]} para 4> = 10 m m (diâm et ro d o parafuso)

!
Ent ão: A = 60 cm

Tensão crít ica

K 1
°ld = = 0,05 kN/ cm

1 1
Port ant o, sat isfeit a a eq uação (2.11), ou seja, 0,05 kN/ cm < 1,60 kN/ cm

Montante
Seção t ransversal brut a

Figura 2.19.
Seção transversal dos
borras do montante.

o
Esforço crít ico - 1 Carreg am ent o (p erm anent e)

N ( = 5,8Sk N (Barra 20)

A = 6 • [ 12 - (3- 40)} para (}> = 10 m m (d iâm et ro d o parafuso)

2
Ent ão: A = 54 cm

Tensão crít ica

K
2
° t < .= - f = 0,11 kN/ cm

1 s
Portanto, sat isfeit a a eq uação (2,11), ou seja, 0,11 kN/ cm < 1,60 kN/ cm
2.3.4.2. Tração paralela às f ibras - verif icação da est abilidade
De aco rd o co m o it em 10.3 d a ABNT NBR 7190:1997, o lim it e m áxim o p ara o co m p ri-
m ent o t eó rico (l D ) d as p eças t racio nad as não d eve exced er 50 (cinquent a) vezes a esp essura
(b) da m esm a, ist o é:

2.22
Port ant o, de acordo com o m encionado, as barras d a t reliça não d evem ter o co m p ri-
m ent o sup erio r ao s seg uint es limit es:

Banzo Superior e Inferior


Co nsid erand o p eça isolada - b = 3 cm : L 0 < ISO cm
Co nsid erand o p eça co m p o st a - b = 12 cm : L 0 < 600 cm

Diagonal
Co nsid erand o p eça isolada - b = 3 cm : L 0 s 150 cm
Co nsid erand o p eça co m p o st a - b - 12 cm : L 6 £ 600 cm

Montante
Co nsid erand o p eça isolada - b = 6 cm : L 0 £ 300 cm

2,3.4,3, Com pressão paralela às f ibras - verif icação da resist ência


De acordo co m o it em 7,5,3 da ABNT NBR 7190:1997, os elem ent o s est rut urais d efinid os
p elo índ ice de esb elt ez m eno r o u igual a 40 (q uarent a) e q ue est ejam na sit uação de p ro jet o
so licit ad o s ã co m p ressão sim p les, d isp ensam - se os event uais efeit o s d a flexão . Po rt ant o , as
prescrições da ABNTN8R 7190:1997 - it em 7.3,2, referent e às co nd içõ es de seg urança, é exp ressa
da seg uint e fo rm a:

2.23

send o:
o f< ] valo r de cálculo da t ensão norm al m áxim a de com p ressão devida à força norm al
de com p ressão.

Co nf o rm e o it em 7.5.4 d a ABNT N8R 7190:1997, os elem ent o s est rut urais d efinid os p elo
índ ice de esbelt ez m aio r d o q ue 40 (quarent a) d evem ter a co nd ição de seg urança d a seção
t ransversal d o elem en t o est rut ural sub m et id o à f lexo co m p ressão b asead a no it em 7.3.6 d a
m esm a norm a. Tais condições são exp ressas p ela m ais rigorosa d as exp ressõ es abaixo:

2.24
send o :
a valor de cálculo da t ensão norm a! m áxim a de com pressa o d evid a à força norm al
d e com p ressão;
o H ( / t valo r d e cálculo da t ensão norm al m áxim a de co m p ressão d evid a ao m o m ent o
flet or [em relação ao eixo V ) , o rig inad a d as excent ricid ad es;
o ^ j valo r d e cálculo da t ensão norm al m áxim a d e co m p ressão devida ao m o m ent o
ftetor (em relação ao eixo "y"), o rig inad a d as excent ricid ad es.

Sab end o - se que:

A 2.26

M
o tteji = —I — *y 2.27
I

2.28
1

Bonzo Superior
Para o s elem ent o s do banzo superior serão verificad os dois casos, am b o s solicit ados
o
p o r esfo rço s int ernos oriundos do 3 Carreg am ent o (p erm anent e + VENTO 02):

1" Caso - Segundo o item 7.5,1 da ABNT NBR 7190:1997, foi calculado o índice d eesb elt ez
(X) da seção t ransversal brut a.

A figuro 2.20.

PI H
Seção tronmwi
dos borras do banzo
superior.
41

I yxvutsronmlkjihfedcbaXVUTSRPONMJIHEDCBA
h ,= 105 cm (Barra 16)

A = 2.(3.12) A = 72 cm "

1, = U = 8 6 W

Lmin = V.J— L= 3 ,5 cm
mln
COBERTURAS EM ESTRUTURAS DE MADEIRA: EXEMPLOS DE CALCULO

A=^ \ = 30
'mlt
Então-: A < 40 (peça curt a}

Esforço crítico N , = 31,86 kN (Barra 16}

Ni
Tensão crítica o =— - o,44 kN/ cm
A
2 2
Portanto, satisfeita a equação (2.23), ou seja: 0,44 kN/ crn < 1,60 kN/ cm

2° Caso - Segundo o item 7,5.1 da ABNT NBR 7190:1957, também foi calculado o índice d e
esbelte* zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
(X)

Lo = 169 cm (Barra 15)

2
A = 2.(3.12) ^ A = 72 cm

4
l( = l m l ^ 8 6 4 cm

L
A = 46,3
'min

Então: 40 < X < SQ (peça m edianam ent e esbelta)

Esforços críticos N d = 25,83 kN (Barra 15)


Os m om ent os fletores oriundos das excent ricidades são det erm inados por:

2 2 9
M ^ IV* ,,

230 ^ =

Sendo:
e,: excentricidade det erminada através da adição entre a excentricidade acidental ( e j
e a excent ricidade inicial (ej, o u seja:

2.31

onde:
M
E. = _Ü E
2.32

2.33
* N.

Sendo os m om ent os na ext rem id ad e da barra M Wj( e M t d j - O [zero), tem-se:


e e v - 0 (zero)

De acordo co m a ABNT NBR 7190:1997 - it em 7zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaWVUTSRQPONMLJIHGFEDCBA


.5.2, t em - se o seguint e valo r para a
excent ricidade acident al:

2.34
* 300

Então: e^ = 0,56 cm.

Serão admitidas as excent ricidades "e " e "e," para a direção perpendicular ao eixo de
m enor inércia (eixo "x"). Assim sendo, da equação (2,315 tem-se:

eljr- 0cm elK = 0,56cm

Das equações (2,29) e (2.30) obt ém- se, respect ivament e:

M ^ = 14,46 kN.cm {elK = 0,56 cm)

M ^ = 0(e l y = 0)

Portanto, nas equações (2.26), (2.27) e (2.28):

25,83 3
= 0,36 kN f cm
72

14 46 4
0 Hijtl
UjJ = - 6 = 0,10 kN / cm
564

< Vd

Verificando as equações (2.24) e (2.25), nota-se que:


/
0 J 3 6 ? . 0,10
+ — = 0,11< 1 A
1, 60 , 1 vtfdR
,60

f
0,36 V yxvutsronmlkjihfedcbaXVUTSRPONMJIHEDCBA
+ 0,5 — = 0,08< 1
1,60 j 1,60
Banzo Inferior
Seg und o o it em 7.5.1 d a ABNT NBR 7190:1997, for calculad o o indice de esb elt e* (XI d a
seção t ransversal b rut a.

figura 2.21 12
SeçãozyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
f mívenal M
y
dos bom dobam
superior.

- t f

L 0 = 163 cm (Barra 7}

s
A = 2- {3 12) A = 7 2 cm

4
1=
x
1 min = 8 6 4 cm

• = V* —
ímin ^
L—. = 3-5 cm

A = - 2-
L.

Ent ão: 40 < A < 80 (peça m ed ianam ent e esbelt a)

a
Esforços crít icos - 4 Carreg am ent o (p erm anent e + VENTO 03).
O p roced im ent o de cálculo é sem elhant e ao ant erior (banzo superior!. Port ant o, aq ui
serão m ost rados ap enas os principais result ad os,

M j* : 11,51 kN (Barra 7)

en e = 0 (zero)

e 4 = 0,54 cm

Será adm it ida excent ricidade "e" e "e" para a d ireção perpendicular ao eixo de m enor
inércia (eixo "x"). Assim send o , t em - se:

e, = 0 cm

e u = 0,54 cm

Port ant o, o s m o m ent o s fletores o riund o s das excent ricid ad es são:

M ^ - 6,21 kN.cm (e„ = 0,54 cm }


M ^ = 0 k N .c m [ e „ = 0}

Os valores d as t ensõ es nest e caso são:

11,51 1
aM , = = 0,16 m / c m
72

M d
d = — -0 = 0,04 k N / cm *
'- 664

Verificações:

Y1 0 r 04
' 0,16yYULA ,
+ = 0,04 < 1
1,60 ; 1,60

F0 ,1 6 Y _ _ 0,04 ,
1 + 0 ,5 — - = 0 ,0 2 < 1
\ 1 P60 / 1,60

Diagonal
Para as diagonais serão verificados dois casos, am b o s solicit ados por esforços internos
o riund o s d o 3° Carreg am ent o (p erm anent e + VEM TO 02):

1° Caso - Seg u n d o o it em 7.5.1 d a ABNT NBR 7190:1997, foi calculad o o índ ice de es-
b elt e* (A)
Seção zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
transversal bruta

12
Figuro 2,22.
ií0o transversal dûs

f H barras do diagonal.

L0 = 208 cm (Barra 27)

J
A = 2.(3.12) A = 72 cm

4
l ( = l m ln = 864em

m
' m ' A U =
= 59.4

Então: 40 < A < SO (peça m edianam ent e esbelta).

Esforças críticos
O procediment o de cálculo é sem elhant e ao desenvolvido para o banzo superior.
Portanto, aqui será most rado apenas os principais resultados.

N d = 5,87 kN (BarrazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaWVUTSRQPONMLJIHGFEDCBA
27)

e^ e e = O (zero)

e s = 0,69 cm

Jr
Serão admitidas as excent ricidades e " e "e." para a direção perpendicular ao eixo d e
m enor inércia (eixo V ) . Assim sendo, tem- se:

e l y = 0 cm

e l s = 0,69 cm

Portanto, os moment os fletores oriundos das excent ricidades são:

M , = 4,05 kN.cm (elK - 0,69 cm)

M w l = 0 ( e „ = ü}

Portanto, tem- se, neste caso, os seguint es valores:

3
— = 0,08k N / cm
terfl zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
j2

4 OS
2
oM ri = ——— • 6 ~ 0,03 kN / cm
BfiA

Verificações:

0,08 V 0,03 ,
'+ = 0,02 <1
1,60} 1,60

/0,08 V
\ \ eaj 1, 60
2" zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Caso - Segundo o item 7,5.1 da ABNT N8R 7190:1937, foi calculado o índice de es-

beltez (A).

Lo = 165 cm (Barra 29)

2
A = 2 • (3 > 12) A = 72 cm

4
1 ( = l ^ „ = 864cm

J— =
L.. = zxwvutsrponmljihgfedcbaZXVUTSRQPONMLJIHGFEDCBA
V A

Então: 40 < * < 80 [peça medianament e esbelta).

Esforços críticos

N 4 = 5,99 kN (Barra 29)

e^ ee^ O ízer o )

= 0 ,5 5 c m

Serão admitidas as excent ricidades " e " e "e," para a direção perpendicular ao eixo de
m enor inércia (eixo "x"). Assim sendo, tem- se:

e l y = Qcm = 0,55 cm

Portanto, os moment os fletores oriundos das excent ricidades são:

= 3,29 kN.cm (e1( = 0,55 cm)

M , = 0 (e l í = 0)

Portanto:

5 99 3
o = = 0,08 kN / cm

KJyxvutsronmlkjihfedcbaXVUTSRPONMJIHEDCBA
72
3 29 J
o . = — 6 = 0,02 kN / cm
864
Verificações:

0,08 \ 0,02 ,
'+ = 0 ,0 2 < 1
1 ,6 0 ; 1,60

),08 Y . _ 0,02
- — 1 + 0 ,5 ' — — sO ,O l < l
J
,60 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
1,60

Montante

Seg und o o it em 7.5.1 d a ABNT NBR 7190:1397, foi calculad o o índ ice de esb elt ez (X).

Seção transversal bruta

figura 121. 1 ¥
Seção tronsvmol dos
barras do montante,
A =7

L 0 = 161 cm (Garra 20)

,y=U=216cm<
A = 2 • (3 * 12) ^ A = 72cm
i

L = 17cm

Ent ão: BO < A < 140 (p eça esbelt a)

Esforços crít icos: Carreg a m ent o (p erm anent e + VENTO 03).


O procedim ent o de cálculo é sem elhant e ao d esenvolvid o para os dem ais casos. Aqui
serão m ost rad os ap enas os principais result ados.

= 2,80 kN (Barra 7}

e^ ee^ O f zer o )

e , • 0,54 cm

Serão ad m it id as as excent ricid ad es " e " e "e," para a d ireção p erp end icular ao eixo d e
m eno r inércia (eixo "y"}- Assim send o , tem- se:
e1Jt = 0,54 cm

Portanto, os moment os fletores oriundos das excent ricidades são:

M^ j - 1-51 kM.cm (elE - 0,54 cm)

M ^ OÍe^ O)

Portanto:

5 an 3
a =^ = 0,04k N / cm
72

3 = 0,02 m/ cm'

Verificações:

2.3.4.4. Com pressão paralela às f ibras - verif icação da est abilidade

Banzo Superior
Para esta verificação, tem- se sucint ament e os seguint es dados:
peça m edianam ent e esbelta (40 < \ < 80} - definida no item 2.3.4.3.

3® Carregam ent o (perm anent e + VENTO 02),


Segundo o item 7.3.2 da ABNT NBR 7190:1997, as peças com post as solidarizadas des-
cont inuament e por espaçadores (enrijecedores) devem ter sua segurança verificada em relação
ao est ado limite último de inst abilidade global. Para tanto, o pont o de maior com pressão da
seção transversal do elem ent o deve at ender à seguinte expressão:
d J
JJ — +
-Ü-+ ++ - a — fí i 1- —
n - 1í1—
- =—á f S T.
CÍ J
A I ,- W , 2 a. 'A. !l I „ '
y.er 2 I t \ t

Parâmetros geomét ricos

1) Dados da peça isolada

2
A,: seção t ransversal A = b - h, ^ A! = 3 6 cm

sendo:
b, = 3 cm (largura da seção transversal);
h, = 12 cm (altura da seção t ransversal).

tji refere-se ao menor valor dos m om ent os d e inércia a flexão, port ant o:

L = -l—l L = zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
2 27 cm xHC
2 12

W ?: módulo de resistência à flexão

I, 3
W, = T - b W = 18 cm
3
v =
72

I f: valor efet ivo do m o m ent o de inércia à flexão em relação ao eixo "y" da seção
com post a.

Este valor é calculado da seguint e maneira:

236 U - Pi ' 'y

Para:
I.: valor do m om ent o de inércia à flexão em relação ao eixo "y" da seção t ransversal
com post a da barra:

\y = 1512 cm"

O valor d e j3( é calculado segundo a expressão:

2.37

sendo:
a = 1,25 (valor para espaçadores interpostos)

m = 2 (num ero de int ervalos em que fica dividido o com prim ent o total da barra).

Dessa maneira, tem- se: j3 = 0,054

1
Portanto: I = 81,7 cm
onde:
a,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
= 4,5 cm (dist ância ent re os cent ros de g ravid ad e da seção t ransversal da p eça
isolada e a da seção transversa! composta);

n = 2 (núm ero de peças que co m p õ em a seção transversal com post a da barra).

Esforços críticos

O moment o flet or oriundo das excent ricidades é calculado pela seguint e expressão:

M,= N d-e, 2.38

Para;

= 25,S3 kW (Barra 15)

Sabendo- se que:

e(1: excent ricidade d e projet o, calculada conforme expressão abaixo:

2.40
r _ r r - ˣ -I'irwi
rl d

sendo:
Fh: força de Euler (força de compressão, na qual valores superiores a este provocam a
Sabendo-
ílam bagem seTal
elástica), que zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
E ér =
valor k raiíd -E daconform
calculado seguint ee maneira:
equaçao (2.9) tem-se:

J
Ew ( ( = 0,56.1950 = 1092 kN/ cm

11
I = I , = 864 cm

Portanto:

Fe = 326,81 kN

e,: é o valor dado pela equação (2.31), o u seja: e, = e, + e,

Onde:

sendo;

M hl = 0 (zero) - moment o na ext rem id ad e da barra

e = 0 (zero)
De acordo com a eq uação {2.34}, det erm ina- se o valor para a excent ricidade acident al,
a qual será considerada na d ireção p erp end icular ao eixo de m enor inércia:

e 4 = 0,56 cm

Na eq uação (231): e, = 0,56 cm

Assim sendo, at ravés da eq uação (2.39): e d - 0,61 cm

Finalm ent e, o cãlcufo d o m o m ent o flet or é dado seg und o a eq uação [2.38):

M j = 15,76 kN.cm

Assim sendo, fazend o - se a verificação da eq uação (2,35), t em - se:

? 3
0,66 kN/ cm < 1,60 k N/ cm

Obs.: Para todas as peças do banzo superior,, adotar no mínimo 1 (um) espaça dor (enrijecedor
disposto entre os efômÊrtfos estruturais de seção transversal múltipla).

Banzo Inferior
0 p roced im ent o de cálculo é sem elhant e ao anterior e serão m ost rados os principais
result ados co m base nos seg uint es dados:
p eça m ed ianam ent e esbelt a [40 < X < 30) - d efinid a no it em 2.3.4.3;

o
4 Carreg am ent o (p erm anent e + VENTO 03).
Parâm et ros geométricos

1) Dados da peça isolada


s
A ( = 36 cm
send o:
b, = 3 cm (largura da seção t ransversal);
h, - 1 2 cm (alt ura d a seção t ransversal);
t a = 27 cnV;
J
W íf = 13 cm .

2) Dados da seção m últ ipla (duas peças)


4
1K = Irn in= 864 cm
íy = 1512 cm"
p, = 0,054
send o:
a ? - 1 ,2 5 ;
m = 2;

W= 0Ucm < ;

a, • 4,5 cm ;
n = 2.
Esforços críticos
N„ = 11.51 kN (Barca 7)
3
E„ ( , = 0,56.1950 = 1092 kN/ cm
Fe = 350,48 kN
e = O (zero)
e 4 = 0,54 cm
e( = 0,54 cm
e d - 0,56 cm
M j = 6,45 kN - cm

Assim sendo, faz- se a verificação da eq uação (2.35);


3 3
0,23 kN/ cm < 1,60 kN/ cm

Obs.: Pofo todas as peças c1o banzo inferior, adotar no mínimo 7 (um) espaçador (enrijecedor dis-
posto entre os elementos estruturais de seção transversal múltipla).

Diagonal
0 p roced im ent o de cálculo é sem elhant e ao anterior e serão m ost rados os principais
result ados co m base nos seg uint es dados:
p eça m ed ianam ent e esbelt a (40 < h < 30} - d efinid a no it em 2.3.4.3,

o
3 Carreg am ent o (p erm anent e + VENTO 02),
Parâmetros geométricos
1) Dad o s da peça isolada
J
A, - 36 cm
send o :
b, = 3 cm (largura d a seção t ransversal);
h, ~ 12 cm (alt ura da seção t ransversal);
4
Ij = 27 cm ;
- 18 cm*.

2) Dados da seção m últ ipla (duas peças)


l I = U = 864cm *
1 s 4104 cm"
(J, = 0,021
send o ;
a y = 1,25;

m zxwvutsrponmljihgfedcbaZXVUTSRQPONMLJIHGFEDCBA
= 2;
l y r í = B6,2 cm ";
a( = 7,5 cm ;
n = 2.

Esforços críticos
1® Caso: ( L„ = 208 cm - Barra 27)
N , s 5,07 kN
Em ( ( a 0,56 • 1950 = 1092 kN/ cm 2
FE = 215,23 kN
e = O (zero)
e , = 0,69 cm
e, = 0,69 cm
e d - 0,71 crri
M d = 4,17kN ,cm

a
2 Caso: (L0 = 165 cm - Barra 29)
N d = 5,99 kN
1950 1092 kN i
= * = / cm
FE = 3 4 2 ,0 3 kN
e, - 0 (zero)
e i = 0,55 cm
e, = 0,55 cm
e d = 0,56 cm
M :H = 3,35 kN .cm

Port ant o, d e acordo co m a eq uação (2.35), faz-se as seg uint es verificações:


e 2 1
1 Caso: ( L 0 = 208 cm - Garra 27) | 0,16 kN/ cm < 1,60 kN / cm
a 3
2 Caso: < U - 165 cm - Barra 29) | 0,14 kN/ t m < 1,60 kN / cm '

Obs.;zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
para todos os efemenfos da diagonal, adotar no mínimo I (um) espaçador (enríjecedor dis-
posto entre os elementos estruturais de seção transversal múltipla).

Montante
Para est a verificação t em- se, sucint am ent e, o s seg uint es dados:
p eça esb elt a [80 < X < 140) - d efinid a no it em 2.3.4.3,

4" Carreg am ent o (p erm anent e + VENTO 03).


Seg und o o it em 7.5.5 da ABNT NBR 7190:1997, a verificação q uant o à inst ab ilid ad e será
at end id a se, no p o nt o de maior co m p ressão , for respeit ada a seg uint e exp ressão :

2.41

<4)vd cO.d

Sendo:
o Wd : valor d e cálculo da t ensão de com p ressão devida à força norm al d e com pressão;
o M J: valor de cálculo d a t ensão de co m p ressão devida ao m o m ent o flet or.

Esforço crítico
O cálcu lo do m o m en t o flet o r o riu n d o d as excen t r i ci d ad es é feit o p ela seg u in t e
exp ressão :

2.42

Ond e:
N^ «a 2,80 KN
Ft = 89,81 kN
Dessa maneira:
e l ç f : excent ricidade efet iva de Y ord em , calculada através da adição entre a excen-
a
t ricidade inicial (e,), excent ricidade acident al (ea) e a excent ricidade suplem ent ar d e I ordem
(representa a fluência da madeira] (e;), o u seja:

e l i íf = e, + e ( + e t 2.43

De acordo com as equações (2.32) e (2.34), tem- se:


e, - 0 (zero)
etf = 0,54 cm

O cálculo da excentricidade suplementar de 1" ordem é feito pela seguinte equação:

e.-ta+ eje* 2.44

Onde;

K- -1 2.45

com (Y, + 4^ ) £ 1 e cp = 0,Ê

Os valores de N t e N k co rresp o nd em aos esforços solicitantes axiais característicos,


obt idos seg und o as ações perm anent e e variável (vento), respect ivam ent e. Estes valores sào
apresent ados na Tabela 5.

Obs.: para utilizar Ü expressão (2.45), adota-se:


°Ft " com sinal "NEGATIVO";
"N iit e N " com sinal "NEGATIVO" se for esforço de compressão; zvutsrponmligfedcaVSPNMHFECB
"Nh. e com sinal "POSITIVO"se for esforço de tração.

Para esta barra, cujo esforço predominante é de tração (oriundo das ações permanen-
tes), não será considerada a fluência devida aos esforços de compressão. Por isso, adotar-se-á:

e^ O

Desse modo, com a equação (2.43): e, = 0,54 cm

Co m base na equação (2.42): M ;t = 1,56 kN.cm

Tensão crítica
Considerando a hipótese de comportamento elástico linear para o material, as tensões
norm ais atuantes têm os seguintes valores:
2.46

2
= 0,04 kN/ cm (originada do esforço norm al de com pressão)

2.47

2
o ,,. = 0,02 kIM / cm (originada d o m o m ent o f let o r)

Assim sendo, faz- se a verificação da eq uaçao (2.41):

0,04 0,02
• — — + = 0,04 < 1
1,60zxwvutsrponmljihgfedcbaZXVUTSRQPONMLJIHGFEDCBA
1,60

2.3.5. Verif icação dos deslocam ent os


A verificação d o d eslocam ent o vert ical no meto d o vão d a treltça deu- se de acord o
com a ABNT NBR 7190:1997 - it ens 5,3.1, 9,1.2 e 9,1.3, da seguint e maneira:

2.48

Os coeficient es " y " e "M y são ap resent ad o s no item 2,3,4 d est e t rabalho.
De aco rd o co m as com binações de carreg am ent o s, tem- se:

Para o caso em quest ão, os valores dos deslocam ent os imediat os dos nós da est rut ura
foram o b t id o s com auxilio d o so ft ware SAP90.

Para est rut ura considerada (vão t eórico - doze metros), e de acordo com a ABNT NBR
7190:1997 - it em 9,2,1, a flecha total não d eve superar o valor ueP,

Dessa m aneira, verífica- se q ue:

2.3.6. Ligações
De aco rd o com os crit érios d e d im ensio nam ent o e co m o o b jet ivo d e reduzir ao m á-
xim o o co nsum o de material, foram ad ot ad os parafusos co m d iâm et ro d e 10 m ilím et ros.

2,3,6,1, Resist ência de cálculo de um pino


Em b ut im ent o na m adeira
De acordo co m a ABNT NBR 7190:1997 - it ens 7.2,5 e 7.2,7. Tabelas 12 e 14, calculou- se
a resist ência ao em b ut im ent o paralelo e no rm al às fibras d a m adeira.
Em but im ent o paralelo às fibras da madeira zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Bonzo Superior; Bonzo Inferior, Montante e Diagonal:

f = 'eojJ
f 2 40

J
Co m base na equação [2.49), tem- se: f^ d = 1,60 kN/ cm

Em but im ent o normal as fibras da madeira


Banzo Superior, Banzo Inferior, Montante e Diagonal:

Segundo a ABNT NBR 7190:1997 - it em 7.2.7. Tabela 14, tem- se:

a ( = 1,95 (para parafuso com diâmetro de 0,95 mm}

J
Assim sendo, na equação (2.50}, tem-se: f Md = 0,73 kN/ cm

Em but im ent o inclinado às fibras da madeira:


Banzo Superior, Banzo Inferior, M onfonfe e Diagonal:
Para o cálculo da resistência ao em but im ent o inclinado em relação às fibras da ma-
o
d eira - inclinação m aior q ue 6 - , adot ou- se a exp ressão d e M ankinson, d ad a na ABNT NBR
7190:1997 - item 7.2.9.

f . . 2.51
e J
f 0 - sen' 6 + f w C0S 6

De acordo com o item 6.3 da ABNT NBR 7190:1997, o valor de cálculo da resistência de
um pino metálico correspondente a um a única seção de corte referente ao embutimento
na madeira, é det erminado da seguint e maneira:

fl
1 ) Se fl s p hni então ocorre em but im ent o na madeira. Portanto:

z
t
Rvüj = 0,4-
r —
rj - fed.
P 2.52

sendo: p ^ e ^ U S -

onde:
Jl
t " é a espessura convencionai da madeira;
"d" o diâmetro do pino.

Flexão do pino:
De aco rd o co m o it em 8.3 da NBR 7190:1997, det erm inou- se o valor de cálculo da
resistência d e um pino (fi vcLl ), correspondent e a um a única seção de cort e referente à flexão no
pino, da seguint e maneira:

a
2 ) Se p > p então ocorre flexão no pino. Portanto:

253 R^ = 0,625.- ^ .^
Plim

. fj,
onde:zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
V ytrnmljihgTSKJIHCA
j = - y sendo y . = l r l

2.3.6.2. Dim ensionam ent o


O dimensionament o dos dispositivos de ligação utilizados na treliça deu-se de acordo
com os coeficient es do it em 2.3.4 e com auxílio da equação (2.4} apresent ada neste trabalho.
De acordo com os carregam ent os, tem- se:

Carregament o - Ação perm anent e

2,54 rp i 4 c
d 'r.y

11
2" Carregament o - Ação permanent e com vent o ÇO - sucção assimétrica

2.55 F = 0 9F + 14F

3" Carregament o - Ação perm anent e com vent o 90°: sucção- barlavento e sobrepres-
são-sotavento.

2.56 F^ U - F^ + 1 4 - F^

U S
4 Carregament o - Ação perm anent e com vent o 0 - Sucção simétrica

2.57 c _ n Q.c 4 .F

Os esforços da Tabela 2.7 foram obtidos de acordo com as equações (2.54) a (2.57) e
com auxílio do soft ware SAP90.
Permanent e Permanent e Permanent e
Element o Permanent e
Barra + VENTO 01 + VENTO 02 + VENTO 03
Est rut ural CkN)
CkN) (kM) <kN)
t 29,51 -Í8,40 27,19 -21,67
2 29,5 J -18,40 27,19 -21,67
3 24,16 -13,66 22,57 -17,14
B. Inferior A 19,71 -9,69 18,74 -13,37
í 7 9,71 -5,93 20,00 -13,37
6 24,16 -6,19 25,07 -17,14
7 29,51 -6,52 31,16 -21,67
8 29,51 -6,52 31,16 -21,67
9 -30,55 17,52 -28,79 22,86
10 -25,02 13,53 -23,95 19,06
11 -20,41 10,31 -19,89 16,02
12 7,08 - J5,86 12,99
Tabela 2.7.
B. Superior 13 -15,82 7,32 -15,78 12,99
Esforços solicitantes
14 -20,41 7,16 -20,93 16,02
deœtailo-
15 -25,02 7,02 -26,10 19,06 dispositimde
16 -30,55 6,95 -32,30 22,8$ ligoçõo.
17 0 0 0 0
18 0,89 -0,79 0,76 -0,75
19 1,94 -1,73 1,67 -1,64
Montante 20 5M -2,80 5,88 -4,99
21 1,94 -0,11 2,21 -1,64
22 0,89 -0,06 1.01 -0,75
23 0 0 0 0
24 -5,43 4,80 -4,68 4,59
25 -4,86 4,34 -4,18 4,12
Diagonal 26 4,7B -4,55 4,51
27 -5,31 0,27 -6,06 4,51
28 -4,86 0,28 -5,53 4,12
29 -5,43 0,34 -6,17 4,59

Ligação - banzo superior e inferior (Nó 01):


Ad m it ind o - se q ue o banzo superior será unido ao banzo inferior, tem- se:

o
Esforço crit ico - co m p ressão - 3 Carreg am ent o (p erm anent e + VENTO 02)
N d • 32,3 kIM (Barra i a)

Resist ências por seção d e cort e zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaWVUTSRQPONMLJIHGFEDCBA


] 49 s
Ua " > kN/ cm , para 0 = 15°
!
f . = 21,8 kN / cm
De aco rd o co m o s p arâm et ro s abaixo, faz- se as verificaçõ es p ert inent es:

t*= - =- = 1 ,5 em e d = 10 m m yxvutsronmlkjihfedcbaXVUTSRPONMJIHEDCBA
2 2

P - 1,5 < f}|in, - 4,78 Em b ut im ent o na M adeira

Seg und o a eq uação (2.52), tem- se:

R^ , = 3,58 kN, para 4 (quatro) seçõ es de co rt e,

N
N,, - — i - 4 N p = 9 parafusos (10 m m )

»UM dai ij.iirthjLút

3 III! •I !IMI l IH
, i •IM I •i : •
• • it irnn H — ; [ --S

3 :: 1 3

/ l O Gcl n

1 I.'• ii •

Figura 2.24.
ligaçòo entre os buam
superior e inferior
(Nó 01). Unidade: an. D4IABi* Uirvnrt d» 'Iftnl* *
il-it IIJ.HÔÍ j 81-k Itrtii a -li-
(i l l .l i .

Ligação - nó do banzo inferior (Nó 06):


Referente ao montante

Adm it indo- se q ue o m o nt ant e será unido ao b anzo inferior, t em - se:

o
Esforço crít ico - t ração - 3 Carreg am ent o (p erm anent e + VENTO 02)

N d = 2,21 kN (Barra 21)

Resist ências por seção de cort e

!
f . . = 0,78 kN/ cm , para 0 = 90"

f ^ - 2 1 , 8 kN/ cm*

De aco rd o co m o s p arâm et ro s abaixo, faz-se as verificações p ert inent es:

t ' = - = - = 1,5 cm e d = 1 0 m m
2 2
P = 1.S < 3 .,, = 6-6 Em b ut im ent o na M adeira!

Seg und o a eq uação (2.52), t em - se:

= 0,94 kMP para 2 (duas) seçõ es de co rt e.

N
— 4 3 p arafuso s(10 m m )

Referente ao montante
Ad m it ind o - se q ue a d iag onal será unida ao banzo inferior, tem- se:
Esforço crit ico - com p ressão - 3° Carreg am ent o (p erm anent e + VENTO 02)

M d = 5,53 kN (Barra 28)

Resist ências por seção d e cort e

1 2
f ^ - 1,37 kN/ crn , para 0 = 24° f d ~ 21,8 kN/ cm

De aco rd o com os p arâm et ro s abaixo, faz- se as verificações p ert inent es:

t 3
t" = " = —= 1,5 cm e d = 10 m m zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaWVUTSRQPONMLJIHGFEDCBA
2 2

P = 1,5 < [3 .,.= 5 Em b ut im ent o na M adeira!

Seg und o a eq uação (2.52), t em- se:

RwLí - 1,64 kN, para 2 (duas) seçõ es de cort e.

N
J
M l> = - — N p = 4 parafusos (10 m m )
R
«i,i
Em resum o, est a iigação t erá 4 parafusos (d iâm et ro 10 mm).

Figura 2.25'.
í r^crpõí?rfí7rrtí rfo
bom Inferior (Né 06),
Unidade: cm.
Ligação - nó do banzo superior (Nó 07):
Referente ao montante

Ad m it ind o - se q ue o m o nt ant e será unido ao b anzo superior, t em - se

D
Esforço crit ico - t ração - 3 Carreg am ent o (p erm anent e + VENTO 02)

N d = 2,21 kN (Barra 21)

Resist ências por seção de cort e

f r f d = 0,61 kN/ cm , para Ô = zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaWVUTSRQPONMLJIHGFEDCBA


2
75"

i
f M - 2 1 ,8 k N / c m

De aco rd o co m o s p arâm et ro s abaixo, faz- se as verificações p ert inent es:

t 3
t*= - = - = 15cm e d = 10 mm
2 2
p = 1,5 < P|i m - 6,43 Em b ut im ent o na M adeiraí

Seg und o a eq uação (2.52), tem- se:

R,iiM = 0,97 kN, para 2 (duas) seçõ es de co rt e.

N
= N^ = 3 parafusos (10 m m )
R
v< f.l

Referente à diagonal:
Adm it indo- se q ue a d iag onal será unida ao banzo superior, t em - se:

S
Esforço crit ico - com p ressão - 3 Carreg am ent o [p erm anent e + VENTO 02)
N d - 6,06 kN (Barra 27)

Resist ências por seção de cort e

1
f ^ = 1 kN/ cm , para 9 = 49°

2
f = 21,8 kN/ cm
t/ Al '

De aco rd o co m o s p arâm et ro s abaixo, faz- se as verificações p ert inent es:

t 3
t* = - = - = 1,5cm e d = 10m m
2 2
P = 1,5 < p |ini = 5,84 Em b ut im ent o na M adeira'
Seg und o a eq uação zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaWVUTSRQPONMLJIHGFEDCBA
(2.52), t em- se:

R^ , = L2 kí\l, para 2 (duas) seçõ es de co rt e.

M
4 N p = 5 parafusos (10 m m )
R
«).i
Em resum o, est a ligação t erá 5 parafusos (d iâm et ro - 10 m m ).

figura 226.
Ligação do nó do
bom superior (Nó 07).
Unidade: an.

*f

Ligação - Nó central do banzo superior (Nó 09):


Referente ao banzo superior
Ad m it ind o - se q ue os elem ent o s do banzo superior serão unid os erit re sí at ravés de
um par de co b rejunt as, tem- se:

Esforço crit ico - t ração - 4° Carreg am ent o [p erm anent e + VENTO 03)

12,99 kN (Barras I 2 e 1 3 )

Resist ências por seção d e cort e

1
f r t J = 1,49 kN/ cnn , para 0 = 15°

2
f ^ e 2 1 ,Sk N / c m

De aco rd o com os p arâm et ro s abaixo, faz- se as verificações p ert inent es:

t* = — = — = 3 cm e d = 10 mm
2 2

p= 3< = 4,78 ^ Em b ut im ent o na M adeira!

Seg und o a eq uação (2.52), t em- se:

R^ , - 3,58 kM, para 2 (duas) seçõ es d e cort e,

N1,
— N p = 4 p arafuso s(10 m m )
COBERTURAS EM ESTRUTURAS DE MADEIRA: EXEMPLOS DE CÁLCULO zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUT

Referente ao montante
Adm it índo- se q ue o m o nt ant e será unido ao b anzo superior, tem- se:

o o
Esforço crít ico - t ração - I Car r eg am en t o (p erm anent e) e 3 Carreg am ent o (p erm a-
nent e + VENTO 02)

N^ = 5,88 kN (Barras 20)

Resist ências por seção de cort e

J
f = 0,73 kW/ cm , para 8 = 90" (considera- se o m o nt ant e ligado à co b rejunt a)

2
f ,i d = 21,8 kN/ cm

De aco rd o co m o s p arâm et ro s abaixo, faz- se as verificações p ert inent es:

t 6
t * = - = — = 3cm e d = 10m m
2 2

p = 3 < P|im = 6,61 Em b ut im ent o na M adeira'

Seg und o a eq uação (2.52), tem- se:

R,iiM = 1,87 kN, para 2 (duas) seções de co rt e.

Np= —^ N = 3 p arafuso s(10 m m )

Em resumo, est a ligação t erá 4 parafusos (diâmet ro - 1 0 mm) para cada barra d o banzo
superior e 4 parafusos (diâm et ro - 10 m m ) para o m o nt ant e.

Obs.: para que haja simetria na disposição geométrica dos parafusos que irão fazer a ligação da
barra do montante, adotaram-se 4 (quatro) parafusos ao invés de 3 (três), como fora calculado.

enclilmentt p,n,i os
r[tl,lllÓ paiílflISO« I.>161,lis

Figuro 2.27.
Lignção do nd central do
banzo superior (Nó 09),
Unidade; cm.

S I
Ligação - nó central do banzo inferior (Nó 10):
Referente ds diagonais

Admitnndo-se que as diagonais serão unidas ao banzo inferior tem- se:

Esforço critico - tração - 4° Carregament o (perm anent e + VENTO 03]

N d = 4,51 kN (Barras 2ó e27)

Resistências por seção d e cort e

3
f r t J = 1,20 kN/ cm , para 6 = 34°

s
f yjd = 21,8 kN/ cm

De acordo com os parâmet ros abaixo, faz-se as verificações pert inent es:

. t 6
t = — = — = 3 cm e d = 10 m m zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaWVUTSRQPONMLJIHGFEDCBA
2 2
P = 3 < (3lllrt ~ 5,53 Em but im ent o na M adeira!

Segundo a equação (2.52), tem-se:

R.é,.= 2,88 kN, para 2 (duas) seções d e corte.

N
Np = — ™ 4 N p = 2 parafusos (10 mm)
R
«t,i

Referente ao montante
Admit indo- se que o mont ant e será unido ao banzo inferior, tem- se:

o o
Esforço critico - tração - 1 Carregam ent o (permanent e) e 3 Carregam ent o (perma-
nent e + VENTO 02)

N d = 5,88 kN (Barras 20)

Resistências por seção d e cort e

3
= 0,73 kN/ cm , para 0 = 90" (mont ant e ligado à cobrejunt a)

3
f yjd - 218 kN/ cm

De acordo com os parâmet ros abaixo, faz-se as verificações pert inent es:

t 6
t" = - = - = 3 em e d = 100m m
2 2
p = 3 < (3 = 6,61 Em b ut im ent o na M adeira!

Seg und o a eq uação (2.52), tem- se:

= 1,87 kN, para 2 (duas) seçõ es de co rt e.

N1
N,, = — — N.. = 3 parafusos (10 mm)

Em resum o , est a lig ação t erá 2 p araf uso s (d iâm et ro - 10 m m ) p ara cad a b arra d a
diagonal e 4 parafusos (diâm et ro - 1 0 mm) para a barra d o m o nt ant e.

OÍ JS.:zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
para que haja simetria na disposição geométrica dos parafusos que irão fazer a ligação da
barra do montante, adotaram-se 4 (quatro) parafusos oo invés de 3 (três), como fora calculado.

figura 2.2$,
Ligação do nó centrol
do bom inferior
m m.
Unidade an,

enchimento os
[ t ai t p íi i íi l n so s l .i l e h ! i s

2.3.7. Em endas
A escolha d as barras para efet uar as em end as dos banzos deu- se co m base na o rd em
de g rand eza d o s esforços solicit ant es.
Referente ao banzo Superior

o
Esforço crít ico - t ração - 4 Car r eg am en t o (p erm anent e + VENTO 03)

N d = 19,06 kN (Em end a - barras 10 e 15)

Resist ências por seção de cort e

!
f r f l J = 1,60 kN/ cm , p ar aS = 0°

f M • 21,8 kN/ cm*

De aco rd o co m o s p arâm et ro s abaixo, faz- se as verificações p ert inent es:

t ' = - = - = 1,5 cm e d = 1 0 m m
2 2
P= 3 <p = 4,61 Em b ut im ent o na M adeira!

Seg und o a eq uação zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaWVUTSRQPONMLJIHGFEDCBA


(2.52), t em- se:

R^ , - 3,84 kN, para 4 (quatro) seções d e cort e,

IMp. = — = 5 parafusos (10 m m ) zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA


Ku

Esta ligação t erá 5 parafusos (diâm et ro - 10 m m ) em cad a barra d o b anzo superior.

eixos dos parnfinos co lucjiinu iio i n j .i aíu


2 |K{.is (Jx12 cm)

Figuro 2.29.
ímenda - banzo
CO l ) I O j l H l 1 - 1 Í H 1 CI U .1 s uperior.
1 |>eç«i iGxl? cinf UnMe:(m,

> 7 4 4 ^ 7 &

ttS* 1 H\
— t t r t. m

B1
H l ü

Referente oo bonzo inferior


Em end a - Barras 03 e 06

Esforço crit ico - t ração - 3" Carreg am ent o (p erm anent e + VENTO 02)

N == 25,07 kN (esforço no rm al d e t ração d a barra 06)

Resist ências por seção d e cort e

3
f . . - 1,60 kN/ cm , para 0 = 0°

1
f yj S - 21,8 kN/ cm

De aco rd o com o s p arâm et ro s abaixo, faz- se as verificaçõ es p ert inent es:

t 3
t*= — = - = l ,5 c m e d= 10mm
2 2

p - 1,5 < p, ni — 4,61 4 Em b ut im ent o na M adeira!

Seg und o a eq uação (2.52), t em- se:


R = 3,â4 kN, para 4 (quatro) seções d e corte,

N
Np = — N p = 7 parafusos (10 mm)
wf.1
Esta ligação terázyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
7 parafusos (diâmetro - 1 0 mm) em cada barra do banzo inferior.

t —yYULA1 j— LLU— *' 11 , ?


- — i — - . — — ,
t i i i - r — 111 i
y
— 1 mu
*i ii
t 11 i
if li
i
Figura 130.
Emenda do
00 d ri
bom Inferior.
Unidade: cm.

> 7 444 1 7
6
--f r t

l .r* m J -
^zxwvutsrponmljihgfedcbaZXVUTSRQPONMLJIHGFEDCBA
* í

u\

2.3.8. Espaçam ent o dos paraf usos


A dist ribuição dos parafusos em cada ligação foi feita de acordo com o item 7,6.1 da
ABNT N6R 7190/97,

2.3.9. Peso d a est rut ura


O it em 5.5,2 afirma que "o peso próprio real, avaliado depois d o d im ensionam ent o
final da est rut ura, não deve diferir de mais de 10% do peso próprio inicialm ent e adm it ido no
cálculo". Portanto, fazendo- se os cálculos correspondent es, chega- se a: ú = 0% < 10%.

2.4. Est rut ura de t o nt rave nt a ment o

O sistema est rut ural formado por est rut uras transversais {treliças}, dispostas com sua
maior rigidez em planos paralelos entre si, está sujeit o à perda da estabilidade global e, conse-
quent em ent e, passivo d e deslocam ent os transversais ao plano da própria est rut ura,
Para evitar t al fato, adota- se o sistema de cont rave nta mento, ou seja, est rut uras dis-
postas com seu plano d e maior rigidez na direção perpendicular às treliças, cuja finalidade é
impedir t ais deslocam ent os.
O sistema d econt ravent am ent o adot ado para as estruturas transversais citadas neste
trabalho é dispost o da seguint e forma:

a) Plano do Telhado
Este plano de contrave nta mento é formado entre barras do banzo superior de treliças
adjacentes e tem as terças e os tirantes metálicos (aço) como principais com ponent es.
De acordo com a sua rigidez, tais terças terão com o função principal a absorção dos
esforços de compressão, enquant o as barras metálicas, devido ã geomet ria adot ada (baixa ri-
gidez à compressão), serão dimensionadas para absorver apenas esforços de tração. Este pfano
de cont ravent am ent o é mostrado na Figura 2,31 apresent ada na sequência.
/
1,
l-.iri.i 4 a JÇ*

X> < X X
>jx<fr X Figura 2.31.

x. :><: Ptono do telhado de


x contraventamento.
M utr X ><
X x
,~- -
X,
T
J
.»m i 31,» l-
b) Plano Vertical
O plano vert ical d e cont ravent ament o será composto pelas terças da cum eeira e por
barras de aço. Este plano será disposto d e tal forma que cont erá os montantes centrais das tre-
liças transversais. Cabe ressaltar que neste plano de contraventamento, entre as duas primeiras
treliças da est rut ura d e cobert ura, t erá um a barra com rigidez à com pressão posicionada no
plano que cont ém as barras do banzo inferior. Tal barra, cujas ext rem id ad es estão ligadas na
parte inferior dos montantes centrais das duas treliças adjacentes, tem por finalidade principal
absorver as forças horizont ais que at uam no plano do banzo inferior.

í * J.?5ytrnmljihgTSKJIHCA
ih »S.? Sm íxXÍSiii - Í.Ti m
iijii.I ifí iii^ luiid. i!r ,ii j Figure 2.32,
,, , l>>
3ZX3HE3ZT: / Plano vertkol de
(ontraventamento -
I 3-1J5 m t Jt 3-ZS <1.-ZZ.fi m 3.1 »m
elevação.

A transferencia d e esforços ent re os sistemas de contraven ta mentos adjacent es será


dada pelas terças exist ent es no plano do telhado e por barras met álicas que form am o plano
vert ical. Sabendo- se que não há est udos definitivos que est abeleçam as distâncias ideais entre
estruturas de contraventamento adjacentes, estas serão adotadas com base em da dos empíricos,
ou seja, espaçament os máximos entre quat ro estruturas transversais. Dessa forma, adotar-se-á
o espaçam ent o de 9,75 metros.

2 A T , Pr é - d i m e n si o n a m e n t o
Conform e a experiência adquirida e d e acordo com as peças de madeira atualmente
comercializadas, alguns parâmetros geomét ricos são definidos:
• seção t ransversal da estrutura longit udinal (terça): 6 cm x 12 cm;
• espaçam ent o ent re estruturas transversais (treliça): 3,25 m;
• seção t ransversal das barras do banzo superior e inferior: 2 peças de 3,5 cm x 12 cm;
espaçadas 12 cm ent re si;
• seção transversal da barra d e aço: diâmetro de 10 mm;
« seção t ransversal da barra d e rigidez.

Em primeira análise, admitir-se-á apenas um plano vert ical de contraventamento con-


tido no eixo de simetria da treliça, ou seja, cont endo os nós S e 9, conform e indicado na Figura
2.33 (ver Figura 2,8).
Figura 231
Posição tio plm vertical
de contravenlamento.

Em seg uid a será calculad o o índ ice de esb elt ez (X) d as b arras do b anzo sup erio r e
inferior. Para t ant o, será necessário d et erm inar os co m p rim ent o s efet ivo s das barras d o b anzo
superior e inferior seg und o as seg uint es co nsid eraçõ es:
Banzo superior: b arra co m p reen d id a ent re o s nós 1 e 9 ou nós 9 e 16, co m co m p ri-
m ent o efet ivo d e ap ro xim ad am ent e 6,20 m et ros;
Banzo inferior, barra co m p reend id a entre os nós i e S ou nós 3 e 16, com com prim ent o
efet ivo de ap ro xim ad am ent e 6,0 m et ros.

Figura IH
Definição dos
comprimento* efetivos
das barras do bonzo
superior e inferior,
Para q ue as co nsid eraçõ es acim a sejam razoáveis, a influência d o s m ont ant es e dia-
gonais na d et erm inação d o s co m p rim ent o s efet ivos dos b anzo s superior e inferior á d esco n-
siderada.

índice de esbeltez (Àl

Seg und o o it em 7.5.1 da ABNT NBR 7190:1997, caícuiou- se o índ ice de esb elt ez (K):

> Banzo Superior


De aco rd o co m as seções t ransversais definidas no it em ant erior, t em - se:

4
I, = S64 cm Iy = 1512 cnV A = 72 cm',2

Lo = 620 cm

Dessa m aneira:

1=^ \ = 135,4

Ent ão: 30 < h < 140 (p eça esbelt a)

• Banzo Inferior
De aco rd o com. as seções t ransversais definidas no it em ant erior, t em - se:

4 2
I = 8 6 4 cm It = 1512 cm A s= 72 cm'

Lo = 600 cm
Dessa m aneira:

fT u = JK" = J —í —^ - co yxvutsronmlkjihfedcbaXVUTSRPONMJIHEDCBA
i•v — A4,53 cm
VA V 72

X = 131
V

Então: 30 < \ < 140 (peça esbelt a)

Segundo a ABNT NBR 7190:1997 - it em 10,3, verificou- se q ue am b as as barras não ex-


ced eram o limite perm it ido, o u seja, índice d e esbelt ez inferior a 140.

Verif icação da est abilidade local da t reliça


2.5.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Co nfo rm e a ABNT NBR 7190:199? - item 7,6-2, o cont ravent am ent o de peças com prim i-
d as co m art iculações fixas nas ext rem id ad es será verificado.

2.5.1. Rigidez m ínim a d a barra de cont ravent am ent o (Kbr , mln)


Segundo o it em 7.6.2 d a ABNT NBR 7190:1997, tal rigidez d eve ter pelo m eno s o valor
d ad o pela exp ressão abaixo:

TTJ - E .1
K = 2- a • ^ » 2.58
br.ljinih m 13
I
Ond e:
aivi é definido seg und o a eq uação: o m = 1 + cos —

send o "m " o núm ero de int ervalos d e com p rim ent os "L,", ou seja, o núm ero de divi-
sões DO co m p rim ent o t ot al "L". Vale lembrar q ue est es valores são ap resent ad o s na ABNT NSR
7190:1997 - it em 7.6,2. Tabela 17.
m o m ent o d e inércia da peça a ser co nt ravent ad a, consid erand o o eixo de flexão
q u e proporciona d eslocam ent o na direção t ransversal ã m esm a.

Banzo Superior
Para a barra do banzo superior, t em - se os seguint es dados:
m = 2 ;c ^ = 1 ^ Ef D ( ( = 1092 k N/ em* ^ L, = 6 2 0 cm -> L, = 1512 cm"

Co nfo rm e a eq uação (2,53), t em - se:

Sanzo Inferior

Para a barra do banzo inferior, t em- se os seguint es dados:


1 4
m = 2;a m = 1 E[ ( u r = 1092 kW cm L^ GO O c m l, = 1512cm
Co nfo rm e a eq uação (2,53), tem- se:
K ^ - W SI Wcm

2 .5 .2 . Ri g i d e z e f e t i v a d as b a r r a i d e t o n t r a v e n t a m e n t o (K b r 1 )
Segundo a "Lei d e Hooke", a variação de com prim ent o de um a barra solicitada axial
mente é apresent ada da seguint e maneira:

F -!
2.59 al

Onde:
L com prim ent o total da barra de cont ra venta m ent o;
F1d força at uant e no nó d e contraventa mento (será definida posteriormente);
A área da seção t ransversa! da barra de contra vent a mento.

Segundo a m ecânica g er al a força atuante em um a mola é definida como:

2 6 0
rF = K ' AL
m " Vi

Onde:
Khfj , rigidez efet iva da barra de cont ravent a mento:

Substituindo a equação (2.60) na (2.59), obt ém- se a seguint e expressão:

2. 61 k
V . L

Barra de Rigidez - Plano do banzo superior


Para o plano do banzo superior, ad m it em - se as t erças da cum eeira com o send o a
barra de rigidez. Então;

1
A = 144 cm Er t j f = 1 0 9 2 k N / cm * ^ L = 312,5 cm

Conform e a equação (2.61), tem- se:

K^ , = 503,2 kísl/em

Portanto, verifica- se que:

K bí.t = 5 0 3 , 2 — > Kbr l .i r n


= 0 ,1 3 7 —
r

cm M M
cm

Barra de Rigidez - Plano do banzo inferior

Para o plano do banzo inferior, tem-se a barra de rigidez definida na Figura 2.32. Então:

1
A = 72 cm ^ õirf" 1092 kN/ cm* 1 = 312,5 cm
Conform e a equação (2,61), tem- se;
Kb r J = 251,6 kN/ cm

Port ant o, verifica- se q ue:

kN fílM
cm cm

Assim sendo, verificou- se q ue a est ab ilid ad e local d as est rut uras t ransversais (trelíça)
est a g arant id a.

2.6, Verificação dá est abilidade global dos elem ent os em paralelo

De aco rd o co m o it em 7,6.4 d a ABNT NBR 7190:1937, "A rig id ez d est as est rut uras d e
co nt ravent am erit o d eve ser t al q ue o seu nó m ais d eslo cável at en d a à exig ência d e rig id ez
m ínim a",

2 2.62

Ond e:
n núm ero d e t recho s est ab ilizad o s p ela est rut ura de co nt ravent am ent o ;
^ hr.i^ .n rigidez m ínim a das barras d e rigidez,

Banzo Superior

Para a barra de rigidez d o plano do banzo superior, t em - se os seg uint es valores:

K ^ m » 0,137 kN/ cm

n = 3

Co nf o rm e a eq uação (2.62), t em- se:


kN kN
K, , = 503,2 — £ 0,274 —
cm cm

Banzo inferior

Para a barra de rigidez d o plano d o banzo inferior, t em - se o s seg uint es valores:

^ = 0,151 kN/ cm

n = 3

Co nf o rm e a eq uação (2.62), t em - se:


kN kN
IC = 2 5 1 ,6 — £ 0 , 3 0 2 —
cm cm
Dessa maneira, pode-se verificar q ue a estabilidade global dos element os estruturais
em paralelo est á garant ida.

2,7, Dim ensiona ment o da barra de rigidez

O dim ensionam ent o será realizado somente para a barra d e rigidez contida no plano
do banzo inferior. Tal fato é decorrente da sua menor rigidez.

2.7.1. Verif icação da resist ência

Segundo o Item 7.5.1 da ABNT NBR 7190:1997, foi calculado o índice de esbelt ez (X)

Lo = 312,5 cm (Barra rv5 20)

s
A - 2• (3 • 12) 4 A = 7 2 c m
4

/ = zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaWVUTSRQPONMLJIHGFEDCBA
\ = 39,3
min

Então: SO < A < 140 (peça esbelta)

Segundo o Item 7.6.2 da ABNT NBR 7190:1997, a força at uant e no nó d e cont ravent a-
ment o ( F J é definida com o sendo:

F = I k
IJ
150

Esforço crítico
Neste caso, considera-se o esforço crítico de compressão (N ;l) atuante no nó 8, oriundo
das barras 4 e S, com o consequência do 4" Carregament o (ação permanent e com VENTO 03). Tal
esforço assum e o seguint e valor: N d = 6,36 kN

Conform e a equação (2.63), tem- se: F1d = 0,05 kN

O procediment o d e cálculo è sem elhant e ao desenvolvido no item 2,3.4.3 deste t ra-


balho. Aqui serão most rados apenas os principais resultados.

Fl d = 0,05 kN

et< e e^ = 0 (zero)
e^ = 1,04 cm

Serão adm it idas excent ricidades e " e" para a direção perpendicular ao eixo de
,r
menor inércia (eixo x"). Assim sendo, tem- se:

e1y = 0

e 1j t = 1,04 cm

Portanto, os moment os fletores oriundos das excent ricidades são:

= 0,05 kN.cm (e u = 1,04 cm)

M ^ = 0(e l y = 0)

Portanto, tem- se

0,05

HU4

Verificações: zxwvutsrponmljihgfedcbaZXVUTSRQPONMLJIHGFEDCBA

\ 1,60 I 1,60

\ + 0 ,5 - ^ - sO (zero) < 1
\ 1,60 j 1,60

2 .7 .2 . Ve r i f i cação d a e st a b i l i d a d e
O p ro ced im ent o d e cálculo é sem elhant e ao ap resent ad o no it em 2.3.4.4 d est e
t rabalho.
Parâmetros geométricos
1) Dados da peça isolada
A, = 36 cm*
Sendo:
b, = 3 cm (largura da seção transversal);
li ( - 12 cm (altura da seção t ransversal);
4
Ij - 27 cm ;
J
W , = 18 cm .

2) Dados da seção múltipla (duas peças)


4
l , = U = 864cm
:
I = 1512 cm
P, a 0,114
Sendo:
a = 1,25
m = 3
4
l y í t = 172,4 cm
a( = 4,5 cm zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
r\ -2

Esforços crít icos


F1d - 0,05 kN
Assim:
e, = 0 (zero)
e^ s 1,04 cm

Para a b arra do banzo inferior, cujo esforço p red o m inant e è de t ração (oriund o d as
ações p erm anent es), não será co nsid erad a a fluência d evid o aos esforços de com pressão. Por
isso, a dotar- se- á: e^ = 0

Desse m o d o : 1,04 cm

Neste caso, a força d e Euter assum e o seg uint e valor: F, - 95,27 kN

O cálculo d o m o m ent o flet or oriundo d as excent ricidades é feit o peia eq uação (2.42):

M j = 0,05 kN - cm

1 J
Assim sendo, faz- se a verificação da eq uação (2,35): 0 kN/ cm < 1,(50 kN / cm

Cfe.: Pato os barros de rigidez, adotar no mínimo 2 (chis) espanadores (enrijecedor disposto entre
os elementos estruturais de seçào transversal múltipla),

Vale m encio nar ainda q ue, no cont raven ta m ent o da est rut ura de co b ert ura, p o d em
t am b ém ser ut ilizadas p eças sim ples de m ad eira, com seções com erciais, e dispost as em "X", ao
invés de barras de aço metálicas (ver det alhes na Figura 2.35). A vant ag em do cont ravent am ent o
de m ad eira é a p o ssib ilid ad e d e resist ência á co m p ressão ; enq uant o o co nt ravent am ent o d e
aço resist e so m ent e à t ração,

Itttollit A
«nuilx» «IH
Figuro 235, ytrnmljihgTSKJIHCA3 K 3,25 i n -
] K 3 , 2 } 111 - 1,15 ih 9 r Tí I n uitlvi inç.ia
Contraventomentopof
elementos de madeira
(nós Se 9),
Para t ant o, no enco nt ro das duas peças d e m ad eira em "X" d eve ser feit o um encaixe
e m "m eia seção " d im inuind o o co m p rim en t o d e f lam b ag em , Os elem ent o s de co nt ravent a-
m ent o, nest e caso, d evem ser d im ensio nad o s para resist ir à maior solicit ação d e com p ressão
p resent e nos nós das t reliças, o nd e est ão inseridos os elem ent o s de co nt ravent am ent o (admi-
t ir a m aio r fo rça de co m p ressão d eco m p o st a n a d ireção d o elem ent o d e co nt ravent am ent o ,
co nsid erand o a eq uação 2.63).

2.3. Result ados f inais

2.8.1. Quant it at ivo das peças de m adeira


Estruturo transverso! - Treliça:
Banzo Superior
• Tábuas (3 cm x 12 cm ): 40 p eças de 2,5 m;
• Tábuas (3 cm x 12 cm): 40 p eças de 4,0 m;

Banzo Inferior
' Tábuas (3 cm x 12 cm): 40 p eças de 4,0 m;
Tábuas (3 cm x 12 cm): 20 peças d e 5,0 m .

Diagonal
• Táb uas (3 cm X \ 2 cm ): 20 p eças d e 4,0 m - p ara as d iag o nais 24 e 29 (01 p eça de
4,0 cada);
• Táb uas [3 cm x 12 cm ): 20 p eças de 4,5 m - p ara as d iag o nais 25 e 28 (01 p eça de
4,5 cada);
• Táb uas (3 cm x 12 cm ): 20 p eças d e 5,0 m - p ara as d iag o nais 26 e 27 (01 p eça de
5,0 cada);

Montante
• Vigas (õ cm x 12 cm ): 10 p eças de 3,5 m - para os m o nt ant es 17 e 23 (01 peça de 0,75
m cad a) e para o m o nt ant e 20 (01 p eça d e 2 m);
• Vigas (6 cm x 12 cm ): 10 p eças de 5,5 m - para o s m o nt ant es I S e 22 (01 p eça de 1,25
m cad a) e para o m o nt ant e 19 e 21 (01 p eça de 1,50 m cada).

Estrutura longitudinal - Terça:


Terça
' Vigas (6 cm x 12 cm): 90 p eças de 3,5 m

Estrutura de contraventamento - Viga de rigidez:


Viga de Rigidez
• Tábuas (3 cm x 12): 4 p eças de 3,5 m et ros

0 total de p eças de m ad eira necessárias para a est rut ura d e co b ert ura é:
« Vigas (6 cm vtonmlkjifaXWVUPMLHDA
X 12 cm): 100 p eças de 3,5 m;
• Vigas (6 cm x 12 cm): 10 p eças d e 5,5 m;
• Tábuas (3 cm x 12 cm ): 40 p eças de 2,5 m;
• Tábuas (3 cm X 12 cm): 04 p eças de 3,5 m;
- Tábuas (3 cm x 12 cm): 100 p eças de 4,0 m ;
• Tábuas (3 trai x 12 cm): 20 peças de 4,5 m;
• Tábuas Í3 cm zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaWVUTSRQPONMLJIHGFEDCBA
x 12 cm): 40 peças de 5,0 m,

3
Co m estes dados, á convenient e fazer a relação entre o consumo de madeira (m ) em
1
relação à área cobert a pela estrutura (m ). Assim sendo:

3
Consum o d e madeira (C) - 5,8 m

J
Area cobert a (A) - 348,0 m

Resolvendo esta relação:

C 5,8
—= = 0 ,0 1 6 5 —
?
A 343 m

Para as est rut uras execut ad as sem projet o est rut ural, est a relação é em t orno d e
2
0,021 mVm , Com base nest es valores, pode- se verificar um a redução no volum e da m adeira
de aproxim adam ent e 22%.
Carlito Calil Júnior
Professor Titular dafaotade Engenharia Sistemas industrializados
das estruturas de madeira
de São Carlos da Universidade ée
São Paulo

Andrés Batista Cheung para cobertura com chapas


com dentes estampados
Professor Vwtor do UWEftP

3,1. Int rodução

Ent usiasm ad o s com o p ró p rio t alent o e criat ivid ad e para solu-


cio nar sist em as const rut ivos, em 1954, nos Est ados Unid o s, os irm ãos Carl e William Jureit fun-
daram a ABCzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
{Automated Building Components Inc.), co m p anhia esp ecializad a em indust rializar
a p ro d ução de est rut uras de m ad eira. Ao lo ng o d o t em p o , a em p resa se d efro nt o u co m um
desafio: o alt o cust o e a co m p lexid ad e d o processo d e unir as est rut uras de m ad eira, q ue en-
vo lvia encaixes, cavilhas, chap uzes e guias para a fixação lateral de pregos. Tais inconvenient es
levaram a em presa a fazer um am p lo e rigoroso reest udo,
Ap ó s anos de m inucio sas p esq uisas, a A8C d esenvo lveu um a " chap a de aço dent a-
d a" a part ir de um p ro cesso de est am p ag em q ue prod uzia a p eça num só co rp o . Enco nt rad a
essa fo rm a básica, o s esfo rço s fo ram co ncent rad o s na t ecno lo g ia d e fab ricação dos "dent es"
para ap rim orar a fixação da chap a, co m o t am b ém para prot eg er a m ad eira, co nservand o sua
est rut ura e resist ência após o cravam ent o . Era o últ im o passo para se cheg ar à solução de um
p rod ut o único, co m a elim inação de t odo o conjunt o de co m p o nent es dos processos de fixação
t radicionais.
A partir de 1979, a ABC p assou a se cham ar Gang- Nall Syst em s, Inc., q ue at ualm ent e
d et ém no ve unidades prod ut ivas e at ua em 33 paises. Est e co nect o r está no rm alizad o no Brasil
co m o no m e de Chap as co m Dent es Est am p ad o s (CDE).
Dent re as principais caract eríst icas das est rut uras de cobert uras execut ad as co m GDE,
seg und o Sarald i (1996), d est acam - se:
• red ução d o p eso d a est rut ura em at é 40% com relação ao Sistema t radicional (vigas
d e 6 x 12 e 6 x 16 cm ) sem projet os elab orad os por profissionais da eng enharia;
• alívio d as carg as co ncent rad as: nas t reliças, d evid o ao m eno r esp açam ent o ent re as
m esm as, e nas fund açõ es, co m a d im inuição do peso próprio d a est rut ura d evid o ao
m eno r co nsum o de m ad eira;
• f acilid ad e d e inst alação d e eq u ip am en t o s em f u n ção do m eno r esp açam ent o d as
t reiiças;
• m elhor ap ro veit am ent o d o m at erial;
• q ualid ad e t écnica d o s p ro jet o s;
• indust rialização;
• co n t r o l ed eq u al i d ad e;
• o sist em a ap resent a um b o m d esem p enho est rut ural para vãos de at é 20 m et ro s;
• lim it ação d o raio de t ransp o rt e eco nô m ico . A falt a d e ind úst rias de co b ert uras 110
Brasil encarece a execução d est as est rut uras em cert as reg iõ es;
• as peças de m adeira são de p eq uenas seçõ es t ransversais ( 3 x 7 cm ).

Ligações com chapas com dent es est am pados


3,2.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Para o d im ensio nam ent o de est rut ura f ab ricad a com CDE é necessário q ue as pro-
p ried ad es m ecânicas da co nexão sejam co nhecid as e especificad as pelo fab ricant e o u o b t id as
em laborat ório de ensaios. A Fig ura 3.1 m o st ra a chap a co m d ent es est am p ad o s.

Figura II
Chapo com zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaWVUTSRQPONMLJIHGFEDCBA
dentes
estampados.

Nest e cap it ulo, p rim eiram ent e, são fo rnecid as resist ências d o s co nect o res GN A- 80
(série est rut ural) fab ricad o s p ela GANG-NAIL® do Brasil e q ue ap resent am as seg uint es carac-
t eríst icas t écnicas: aço g alvanizad o à q uent e, de prim eira q ualid ad e, com chap a de aço n° 18,
cuja esp essura é d e 1,25 m m , p o rém p o d e variar ent re 1,20 m m at é 1,38 m m , o b ed ecend o ao s
req uisit o s d a A& NT NBR 7003:2003 Grau ZC. As p ro p ried ad es m ecânicas do aço ut ilizad o são
fornecidas p ela Tab ela 3.1.

_. 1 _, Caract eríst kas m ecânicas do aço


Tabela 3.1 — — — —
Característicos f f (mínimo) 230 MPa

mecânicas do aço ((mínimo) 31ÕMPa


(ASTM A446J2)
, , Alongamento FM 5 CM (mínimo) 20%
dos ligações
138 MPa
(Gang-Nail, 1983). fr (mínimo)
203.000 MPa
E

Após a est am p ag em dos dent es, o conect or apresent a as caract eríst icas apresent adas
na Tabela 3.2.

C a ract eríst it a s geo m ét r k as


Tabela 3.2.
Característicos Número tie dentei l,$ dentes/ cm
1

geométricos 1
Peso 105 N/ m
da ligação com
rn-so Espessura do dente 1,23 mm até 1,38 mm

(Gang-NoU, 1933) Comprimento do dente 7,8 mm

Aço efetivo longitudinalmente 32,70%

Aço efetivo transversalmente 70,20%


As d im ensõ es co m ercializad as d est e t ip o d e ligações, no Brasil, são p ad ro nizad as se-
g und o a largura e o co m p rim ent o e est ão sum arizad as na Tabela 3.3. A p ad ro nização o b ed ece
às d im ensõ es p rod uzid as pelas m áq uinas disponíveis no m ercad o nacional,

Dim ensões com erciais


Largura (cm) Comprimento (cm)
3,6 6 7,9 9,9 11,9 13,9 17,9 121,0
tom 13
Zl 7,9 9,9 11,9 13,9 17,9 J9,8 25,8 31,87 121,0 Dimensões comerciais
10,7 119 13,9 15,9 17,9 19,8 23,8 29,8 31,7 39,8 121,0 dos ÍWs (GANG-ML
14,2 15,9 19,3 23,8 31,7 39,8 mo mi

Co m o ob jet ivo d e verif icaras p ro p ried ad es m ecânicas obt idas nas chap as em p reg a-
d as, no Brasil, nest as ligações são m o st rad o s ensaios d o aço realizad os por Cheung (2003). O
0
autor realizou, nest e caso , 21 ensaios da m arca GANG- NAiL GNA- 60. Os ensaios serviram para
caract erização d o m at erial para verif icaras caract eríst icas m ecânicas e a co m p at ib ilid ad e co m
as exig ências das norm as int ernacio nais.

Result ado da t ração nas chap as


Largura t Espessura e Alongamento
CP f y (MPa) f„ [MPa)
(mm) (mm) (%)
J 12,2 1,29 318,00 334,0 11,8
2 12,5 1,38 359,0 409,6 24,9
3 12,6 1,26 299,2 348,4 23,2
4 12,6 1,26 320,9 380,0 20,1
5 12,6 1,24 307,6 376,9 20,3
6 12,7 1,25 305,5 370,3 21,4
7 12,6 1,25 302,3 361,4 20,3
8 12,7 1,23 314,7 376,9 20,7
9 12,6 1,24 307,4 376,1 21,2
10 12,6 1,25 292,1 357,3 18,4 Jobeki IA.
Resultados da tração
-j 11 12,6 1,24 304,6 372,1 22,2
<
2 aai chapas
12 12,6 1,24 294,2 355,5 21,5
O (om-m).
z< 13 12,6 1,22 309,5 357,4 20,2
o 14 12,6 1,21 390,7 457,7 22,3
15 12,6 1,22 296,7 365,1 2l£
16 12,6 1,23 318,0 383,0 22,2
17 12,6 1.23 273,9 342,4 23,6
18 12,7 1,24 317,6 384,9 20,7
19 12,6 125 273,5 338,4 21,7
20 12,6 1,24 413,8 477,4 21,2
21 12,6 1,26 389.0 454,3 22,9
Médio 12,6 1,25 319,4 379,9 211
Desvio 0,09 0,03 37,4 39,1 0,03
covm 0,7 7,8% 11,7% 10,3% 12,1%
A part ir d a Tabela 3,4 é possível verificar q ue o aço ap resent ou p ro p ried ad es superio-
res à exig ência d a ASTM A446 Grau A, com t ensões caract eríst icas f^ = 257,8 MPa e f u = 315,5 M Pa
com um alo ng am ent o m éd io de 21,1%, Pode- se o b servar que o aço ap resent ou um coeficient e
de variação em t o rno de 10% para a t ensão de esco am ent o , rep resent and o uma variab ilid ad e
acim a d as enco nt rad as em aço convenciona!.
As Fig uras 3-2 e 3.3 m o st ram o ensaio e o co m p o rt am en t o d o aço em p reg ad o nos
conect ores d a GANG-NA1L® .

ma
Figura 32
§ Ï93
Ensaia de tração nos e>
chapai dos CDF's suo
(Cheung, 2003), ÎÎÛ •

2DÛ

133

tJQ •
Figura 33.
Cõraittrfsticas dos ÍO
(hopoí Gong-Moil • •

(Cheung, 2003). UJU Daí L'íl( lifJt iIJO! a,D u.C un Dlí D.e o JO BÍ3
^ ïimAiim

3 3 , Processo de indust rialização d ast r eíi ças

O processo de fab ricação p o d e ser d ivid id o em q uat ro et apas:

1) usinag em d as p eças de m adeira nas d im ensõ es especificadas;


Basicam ent e o s p ro ced im ent o s e et ap as a serem seg uid os são: d esd o b ram ent o das
pranchas, classificação das peças, d eseng ro sso das peças, d est o p am ent o angular e t rat am ent o
p reservat ivo.

2) p o sicio nam ent o das p eças sobre um a mesa gabarit o;


As est rut uras são m ont adas em posição elevada do piso, em mesas especiais, de form a
q ue sob cada ligação o u em end a a ser execut ad a seja inst alada cad a um a dessas m esas, q ue
são t ravadas ent re si e p erf eit am ent e niveladas, f o rm and o um co njunt o t o t alm ent e est ável.

3) p rensag em dos conect ores;


Os eq uip am ent o s d est inad o s a essa p rensag em são prensa m anual so b re rodas (Fi-
gura 3.4), p rensa m anual su sp en sa [Figura 3.5 e Fig ura 3,6), p rensa co nt ínua d o t ip o "roller"
(Figura 3,7), send o q ue as duas prim eiras t êm as caract eríst icas t écnicas sem elhant es, ou seja,
p rensag em m áxim a de 300 kN e velo cid ad e de p rensag em de 3,5 m m / m m com ret orno au-
t om át ico.
Figuro 3.4.
Prem manual sobre
rodos (iCfteung, 2006).

Figurozyxwvutsrqponmlk
i .í.
Prensa manual
suspensa
(MM, m%

Figuro 3S
Prenso manual
suspensa (Otemg,
2006).

Figura 3.7.
Prensa fixa - roller
(MiTek 2009).

4) arm azenam ent o na própria indúst ria ou no cant eiro de obras de m aneira adequada
para post erior m o nt ag em da est rut ura.
Est e arm azenam ent o d eve ser cuid ad o sam ent e execut ad o a f im de se evit ar q ue so-
b recarg as ou m au p o sicio nam ent o causem d anos e d efo rm açõ es q ue p ossam co m p ro m et er o
alinham ent o e a seg urança da co b ert ura.
Na Fig ura 3.8 é ap resent ad o um layout esq uem át ico do processo co nst rut ivo .
Na Fig ura 3.9 pode- se ob servar este tipo de co nect o r e um exem p lo d e est rut ura de
co b ert ura, ut ilizand o est e sist em a co nst rut ivo .

Pr o t f n io AM t ad i »

Figuro Í.S.
ioyovt esquemática
(Barros Fr., 1991).

£»foqu* dl Ccmpontnt«! d« Montagim


I Madíim • C«n«lo rnl
figuro 3.9.
Coberturas mUimnth
mectortipoCDE
(Calil Jt.; Dias, 1997).

3.4. Crit ério de verif icação dos conect ores (ANSI/ TPI: 1995)

A resist ência d as ligações por chap as m et álicas com d ent es est am p ad o s é d efinid a
pelo esco am ent o d a chap a m et álica ou pelo início d e arrancam ent o dos d ent es, o u q ualq uer
fenô m eno de rupt ura da m ad eira.
A rupt ura na m adeira ocorre, de m aneira geral, por três fat ores principais: anat ôm icos,
am bient ais e d e ut ilização. Já a rupt ura na chapa m et álica est á relacionada ao em b ut im ent o d a
m esm a na m ad eira, bem com o à resist ência d a chap a,
O est ad o limite último de uma ligação é at ingido por d eficiência de resistência da ma-
deira e/ ou d o elem ent o de ligação. A ABNTNBR 7197:1997 fornece crit érios de d im ensio nam ent o
em função dos elem ent o s de ligações (p ino s m et álicos, cavilhas e anéis m et álicos) e d as p eças
de m adeira q ue co m p õ em a ligação. Ent ret ant o, a ABNT NBR 7190:1997 não fornece crit érios ex-
plícit os d e d im ensio nam ent o de ligações de p eças d e m adeira por co nect o res m et álicos co m
dent es est am p ad o s, o b jet o s d est e t rab alho , reco m end and o q ue o s valores d a resist ência d e
cálculo q ue p o d em ser at rib uíd os a est es co nect o res, corresp ond ent es a um a seção de cort e,
d evem ser garant idos p elo resp ect ivo fabricant e, d e acordo co m a legislação brasileira.
Na Figura 3.10 observam - se os t rês tipos m ais freq uent es de rupt ura, send o por arran-
cam ent o , esco am ent o da chap a (tração o u co m p ressão ) e cisalham ent o d a chap a.

R u p t u r a d á c h a p a por ( r a ç ã o
Figuro 110,
Jipos de raptora dos
ligações rrnCÜÍt jrt ilM

Rijplura na ancoragem pai a rrancamento Ruptura p o r c i H l h a m o n t o d a chapa

Alg uns est ud o s d escrevem crit érios de d im ensio nam ent o . A ANSI/ TPI:1995 (Draft 6)
p ro p õ e t rês verificações básicas para a ligação d a p eça d e m ad eira com co nect o res d e d ent es
est am p ad o s:
• Anco rag em : cad a p ar de co nect o r d eve ser verificado para t ransf erira força requerida
sem exced er a fo rça de cálculo por d ent e, ou unid ad e d e área b asead o na esp écie,
na o rient ação d o s dent es em relação à fo rça e na d ireção d est a em relação às fibras
d a m ad eira.
• Tração d a chap a: cad a p ar de co nect o r d eve ser verificad o para t ração, b asead o na
o rient ação d a chap a com relação à d ireção d a fo rça, em t o d as as linhas d e rup t ura
possíveis de ocorrer em cada nó d a est rut ura.
• Cisalhament o da chapa: cada par de conector deve ser verificado para cisa lha mento,
baseado na orient ação da chapa com relação à direção da força, em todas as linhas
d e rupt ura possíveis de ocorrer em cada nó da est rut ura,
Baraldi e Calil Jr. (1998) descrevem a verificação dos element os da ligação com o des-
crito, baseados na ANSI/TPI:1995 (Draft 6),

3.4.1. Ligações solicit adas à t ração


A resistência do conector à tração é obtida a partir dos ensaios do conector em corpos-
- de- prova, d e acordo com a norma brasileira para est rut uras de madeira., a ABNT Nfsfi 7190:1997,
e de ensaios em corpos- de- prova utilizados na fabricação dos conectores.

Det erminação da resistência à tração última do conect or:

f
*~ T~ 3.1
\
Sendo:
Fu : força de ruptura da chapa em ensaio de CPs padronizados;
A..: área de seção transversal brut a do par de conect ores = L • e);
L: com prim ent o t ransversal da chapa;
e: espessura m ínim a especificada para o conector.

Det erminação da resistência ã tração última do met al base:

F.
f =
3,2
A

Sendo:
f ,: resistência última do aço;
força de ruptura do aço em CP's padrão (ASTM E 8/ 96a);
A : área de aço na seção de maior solicitação do CP.

Det erminação da razão efet iva média de tração:

f
O — w

A razão Rt deve ser det erm inada para cada ângulo de inclinação da {a ) e depende
d o tipo de fabricant e da chapa. Os valores estão em uma faixa de valores que p o d em ser con-
sultados nas equações (3.4) e (3.5).

0,5< R < 0,70 3.4


t .0°

0,2 < R < 0,35 3.5


t.w®

Det erminação da tensão m áxim a d e serviço para a chapa:

f
fy LÂ - 7 7 ;
1,15 3.6
Sendo:
f y : resist ência ao esco am ent o caract eríst ico da chap a.

Det erm inação d a resist ência de cálculo para a t raçao:

3.7

Sendo:
t : esp essura efet iva.

O valor de f é exp resso em fo rça p o r unid ad e de largura t ransversal à d ireção d a


solicit ação d a chapa sub m et id a à t ração. Para o d im ensio nam ent o das ligações d eve ser utili-
zad o o seg uint e crit ério:

3.S

Sendo:
L: d im ensão necessária à chap a para resist irá solicitação., levand o em cont a o âng ulo
d a chap a (a f h )
N d : força at uant e d e cálculo,

No caso d e ligações co m p rim id as, d eve- se d im ensio nar a ch ap a para q ue resist a a


pelo m eno s 50% d a força d e co m p ressão ,
Nas em en d as d e t ração , p o d e- se d im en sio n ar a ch ap a co m um a d im en são m aio r
q ue a p eça de m adeira (ver Figura 3.11), d esd e q u e seja o b servad o o valor m áxim o d e L, com o
esp ecificad o ab aixo:

3.9 L= h - D + x

3.10 x n Ji = 0 , l 2 , Lc - l r 2 2 7 c m

5 cm (co m bloco d e m ad eira)

{Í 25 cm (sem bloco de m ad eira)

figura3.il
X máx
Ligação de peças
emendados submetidas
à tração (Smidi; Calil rr j D»0,63cm
JRV 1998).
Lc
3.4.2. Ligações solicit adas ao cisalham ent o

Det erminação da resistência ao cisalhament o últ im o do conect or:


Baraidi e Calil Jr. (199S) afirmam q ue a resistência do aço ao cisalham ent o pode ser
admit ida como sendo um a parcela da tensão de escoam ent o do aço r assim, tem- se:

Det erminação da resistência ao cisalhament o ultima teórica:

3.12
v
A.

Sendo:
Fh : força de ruptura do aço em CP's padrão;
Aff : área de seção transversal brut a do par d e conect ores; (A(J = L > e}
L: dimensão bruta da chapa considerada;
e: espessura m ínim a especificada para o conector.

Det erminação da razão efet iva média de cisalhamento:

R _ Sv. 113
* f

A razão Rv deve ser d et erm inad a para cada ângulo d e inclinação da chapa. Na falta
de valores obt idos em laborat ório, p od em - se adot ar, seg und o Cheung (2003), os seguint es
valores:

Qj SQ Éi R £ 0 ,7 0 J-W
V. WP

0,20 < R 5 < 0,40 IV


V.Ü

Det erminação da resistência de cálculo para o cisalhament o:

f
vd= v v ,
R f t
1.16

Sendo:
t ,! espessura efet iva.

O valor d e f r l é expresso em força por unidade de com prim ent o da chapa solicitada
ao cisalhament o, Para o dim ensionam ent o das ligações deve ser utilizado o seguint e critério:

V
L=— 3.17
Sendo:
L: d im ensão necessária á chap a para resist irá solicit ação, levand o em cont a o âng ulo
d a chapa (a,h ).
FM : força at uant e d e cálculo.

3.4.3. Ligações solicit adas à t ração e ao cisalham ent o


Em t rei iças são com uns nós em q ue o co nect o r é solicit ado t ant o p o r t ração q uant o
por cisalham ent o , co m o m o st ra a Fig ura 3.12, N esses caso s é necessário q ue a lig ação seja
verificad a em am b as as direções com as resp ect ivas resist ências das chap as em d ireções o rt o -
o
gonais, ou seja, 0 e 90°.

f .
-
Figura 3.12, IL
-
CI TU Q E J
S
y
Nôtípíw com esforços X J« •« ^ ^
- J» ,; ! - "li Xr
- V. V
(onibinadm de tração e
• JOO L,
tisdhamenlo S
\ X
(Baraltfi, 1998).

\ /

Para o d im ensio nam ent o d a ligaçao d evem - se d et erm inar as d im ensõ es necessárias
da chap a t ant o à t ração quant o para o cisalham ent o, e adot ar a maior d im ensão .

L i P

3.16
„ N M - se n 9
f
^
vd.ltfi

N, < sen6 N Lw .sen0

^ W l .»

3.19 N ^ .co sS N ^ .co se

' vd íl ^ Id J

Para a verificação d o nó co m b in an d o o est ad o m últ ip lo d e t ensõ es, reco m end a- se


q ue a eq uação (3,20] seja at end id a.

3.20
Sendo:

3,4,4, Dim ensionam ent o da área de ancoragem


Para g arant ir q u e o s esforços sejam t ransm it id o s d e u m a barra para o ut ra, precisa-
- se garant ir um a anco rag em suficient e na int erface chap a- m ad eira, A anco rag em é função d a
d ensid ad e d a m ad eira e d a área de chap a q ue at ua resist indo aos esforços. Além disso, d eve
ser verificad a d e aco rd o co m o âng ulo d a fo rça em relação às fibras da m ad eira. Os ensaio s
realizad o s p o r Barald i (1996), em co rp o s- d e- p ro va p ad ro nizad o s de aco rd o co m a ABNT N8R
7190:1997, ind icaram q ue a d ensid ad e d a m adeira é d iret am ent e proporcional com a resist ência
da anco rag em chap a- m ad eira.

A eq uação q u e reg e o d im ensio nam ent o é d ad a por:

J.J J.ií

Send o :
A c : érea m ínim a req uerid a para a chap a;
N j: fo rça axial at uant e no elem ent o d e m adeira;
n: núm ero m ínim o de d ent es;
f f cd : valor d e cálculo d a resist ência ao arran cam en t o por d ent e ou unid ad e d e área
do conect or.

Para o nó d e t reliça esp ecificad o na Fig ura 3.13, o d im ensio nam ent o d eve ser feit o
da seg uint e form a:
Para as p eças A e B (diagonais), d im ensio nar a área necessária para o arrancam ent o ,
co nsid erand o a inclinação da força em relação ao eixo lo ng it ud inal da chap a;
Para a p eça C (Banzo), d im en sio n ara partir d a resist ência da m ad eira ò t ração no rm al
às fib ras na área de at uação da chap a.

figuro 3.13.
Verificação e
dimeníimamenio do
âreadeonarogtoi
[Baraldi, 199$).

Para m em bros de madeira solicitados ã compressão, o conect or deve ser dim ensionado
para resistir a 50% d o esforço at uant e.
Os valo res d e resist ência ao arranca m ent o d e cálculo s são o b t id o s p ela ap licação de
coeficient es de seg urança sobre os valores obt idos nos ensaios d e corp os- d e- p rova p ad roni-
zados, send o:

f =k Ji
3.23 itf v
Iw

O fator de p o nd eraçac K ^ é de fat o result ant e d o p rod ut o de out ros três coeficient es
parciais; ele é um coeficient e de correção, send o ent ão d et erm inad o pon

3-24 k = k k k
nwd mod.l ir»d3 rvicd.i

Sendo:
Km irf rl : correção da duração de carregamento e cargas repetitivas;
Kr : correção da variação das resistências ao longo do tempo em função da umidade;
K ^ , , : correção da qualidade da madeira empregada.

O fator de p o nd eração Y,., é de fat o result ant e d o produt o d e out ros três co eficient es
parciais, send o ent ão:

3.25 " y„ , ~ V w , i • V w í • Vwjj

Sendo:
y ,..: função d a variab ilid ad e da resist ência d ent ro d e lotes ho m o g êneo s;
Y„ ,: função das d iferenças ent re o m at erial em p reg ad o na est rut ura e d o corpo- de-
- prova d e cont role;
YW J: função da dim inuição da resistência devido a defeitos e imprecisões das hipót eses
de calculo e m ét o d o d e avaliação de p eças est rut urais.

Assim é reco m end ad a a ut ilização de Y„ - 1.4.

Red ução nos valores d e resist ência ao arrancam ent o , co m o d escrit o ab aixo:
Para o d im ensio nam ent o d as ligações de nó d e apoio, co nf o rm e a Fig ura 3.14 a se-
guint e co nsid eração é válid a: para p erm it ir efeitos de m o m ent o em ligações de apoio, o conec-
tor d eve ser calculad o co m um a red ução no valo r da resist ência ao arrancam ent o d ad a p ela
fó rm ula a seguir:

fíguulM.
Tipo do no de apoio
em tretiças com bonzos
inclinados,
FR = 0,85 - 0,05 • (12• tgG - 2 ,0 ) 0,65 á FR < 0 ,3 5
3.26

Nas reduções foram levadas em cont a as zoinas inefet ivas; portanto, não se deve const-
derá- las no vam ent e no d im ensio nam ent o dest es conect ores. O co nect o r d e ext rem id ad e d eve
ser colocado sim et ricam ent e, com a mesma q uant id ad e d e dent es no banzo superior e no banzo
inferior. A seção líquida de aço, no cisalham ent o entre o banzo sup erio re banzo inferior, deve ser
cont rolada para o esforço at uand o nest a linha, O co eficient e de red ução, d ad o ant erio rm ent e,
não t em q ue ser ap licad o à resist ência d o aço aos esforços de cisalham ent o .
Os valo res de resist ência d evem ser exp ressos com referência à um id ad e p ad rão de
U %, com o especifica a AENT NBR 7190:1997. Quand o as ligações forem execut ad as co m madei-
ra verde, d eve- se fazer um a red ução nos valores de resist ência, de acordo co m a um id ad e de
eq uilíb rio em serviço d a m ad eira. A ABNT NBR 7190:1997 ap resent a a seg uint e f ó rm ula para a
co rreção d a resist ência em função d a um id ad e:

1.27

3,4,5. Ligações solicit adas à t ração normal às f ibras


A lig ação q u e g erar na m ad eira solicit ação no rm al às fibras, ou seja, co nt iver b arras
p erp end iculares t racio nad as co m u m valo r (> 3,7 KM), d eve- se est end er at é a d ist ância y d a
linha d o cent ro da p eça (Figura 3,15), send o y calculad o por:

3.28

Ond e;
y: d ist ância q ue a chapa d eve est ender- se na m ad eira;
c - 1/2 • h: alt ura relat iva ao eixo da p eça;
resist ência de cálculo ao cisalham ent o da m ad eira;
A: área d o elem ent o de m ad eira;
V; cisalham ent o (diferença ent re esforços nos banzos).

Figuro 3.15.
ligação submetido
o esforço de iração
normal às fibras da
iwdeira.
3.4.6. Ligações solicit adas à com pressão

Diagonais
Para ligações ajust adas q ue resist em a forças de co m p ressão , pode- se considerar q ue
50% d o esfo rço seja resist ido at ravés d o co nt at o m a d eira- m ad eira. Seg und o Ujvari (1983), as
uniões se co nsid eram ajust ad as se ent re as p eças de m ad eira não exist ir um a ab ert ura m aio r
q ue 1 m m . Devem o s d et erm inar um a anco rag em suficient e para sup o rt ar a força axial.

Banzos
Para em en d as d o s b anzo s co m p rim id o s, p o d e- se co nsid erar q u e so m ent e 75% d o
esforço d e co m p ressão at ua na lig ação , d evid o ao co nt at o d e t o p o q u e co nt rib uíra p ara a
t ransm issão d o esforço.
As eq uaçõ es q ue rep resent am est es d im ensio nam ent o s são dadas por:

0,5,N 0,5.N ,
3.29 —- OU — (Diagonais)

330 f — ou N= '^ — (Emendas de banzos)

Sendo:
Ai : área m ínim a req uerid a para a chap a;
Fd : fonça axial de co m p ressão at uant e no elem ent o de m ad eira;
n : núm ero m ínim o d e d ent es;
F : valo r de cálculo da resist ência ao arrancam ent o p o r d ent e o u unid ad e de área
d o conect or.

3.4.7. Geom et ria das ligações


Para t o d as as ligações d evem ser feit as red uções na área líquida da chap a co m redu-
ções nas d im ensõ es, send o d e 1,27 cm nas ext rem id ad es e d e 0,63 cm nas b o rd as d as p eças
de m ad eira, d evid o às zonas ineficient es nas bordas e nos ext rem o s d as p eças a serem ligadas
(ver Figura 3,16), A largura de so b rep o sição d o s co nect o res nos b anzo s sup erio res e inferiores
d eve ser de peio m eno s 3,55 cm .

Figura 3.16.
Altura mínima do
conector na ligado
com os bonzos
(Ujvari, 19S3). it t cm
Observações especiais:
• As emendas de banzos nos nós não ião recomendadas, porém, quando efetuada a
emenda de banzo, deverá resistir também ao momento fletor dessa união gerado peia
excentricidade.
• Quando a espessura da madeira conectada for superior a 5 cm, recomenda-se a redução
da resistência ao arrancamento em 15%, devido à diminuição da eficiência.
' Todos os nós em compressão sob condições normais de cargo, e submetidos à tração,
sob efeito de esforços reversíveis, devem ser projetados para suportar, no mínimo, J/ 3 das
forças contrárias às atuantes.
• Deve-se localizar, quando possível, as emendas em tramos em zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
o s esforços axiais são
menores, porém nunca em banzos adjacentes.

3,5, Alguns result ados de pesquisa com CDE' s zwvutsrponmlihgfedcbaVTSRPONMLIEDCB

Resistência ao arrancamento dos CDE' s


Um d o s mais im p o rt ant es m o d o s de rup t ura das chap as co m d ent es est am p ad o s é
• arrancam ent o dos d ent es. Esse m o d o de rupt ura d ep en d e d a esp écie d a m ad eira ut ilizada,
geom et ria da ligação e posição d a chapa em relação às fibras da m adeira. M uitos pesquisadores
nacionais realizaram ensaios co m este t ip o de ligação e est ão ap resent ad o s resum id am ent e na
t abela 3.5.

Result ados exp erim ent ais


m
T3
H0-"
Nome cientifico

4B d
T3 m
H
O
O V E
ra Pesquisador
V* 4-.

QUANT.
Espécie

c 2 S <y
G Z? vi
.4 S"
CP's

OP vi
ô -5 d u5
UJ
-Z
Eucalipto Grandis Eucalyptus grandis a^ 0'eß= 0' 0,33 52 C30 5i?rtîpJ>rrr) (2001)
Eucalipto Grandis Eucalyptus grandis a-Weß-O" 0,2 t 40 C30 Serapbim (2001)
Eucalipto Grandis Eucalyptus grandis a= 0'eß= 0' 0,41 6 C40 Carvalho (2002)
Eucalipto Grandis Eucalyptus grandis O = 0"eß= 90
i
0,22 6 C40 Carvalho í2002} Tabelo 3J.
Eucalipto Saligna Eucalyptus saligna a= 0'eß= 0' 0,45 41 C30 Serapbim (2001) Resultados
Cambara Erisma uncinatum warm a= 0'eß= 0' 0,23 6 C30 Carvalho (2002) experimentais de
Cambara Erisma uncinatum warm
a
a= 0 eß= 9Q" 0,12 6 C30 Carvalho (2002) arrancamento.
Cedrllho Erisma sp a^ O'eß^ O* 0,17 6 C20 Carvalho (2002)
Cedrilho Erisma sp 0,09 6 C20 Carvalho (2002)
Cedrinho Erisma uncinatum a-0'eß= 90° 0,22 20 C30 Tanaka (2007)
Cedrinho Erisma uncinatum a= 9Q°eß= 0° 0,21 20 C3Û Tanaka (2007)
Peroba Poso Aspfdosperma polyneuron a= 0'eß-0' 0,45 6 C60 Carvalho (2002)
Peroba Posa Aspidosperma polyneuron a= 0'eß= 90° 0,22 6 C60 Carvalho (2002)
Pinus Elliottii Pinus elliottii var Pinus elliottii a= 0'eß-0' 0,20 6 C30 Carvalho (2002)
Pinus Elliottii Pinus elliottii var Pinus elliottii a= 0°eß= 0' 0,14 C20 Barotdi (1996)
ù
Pinus Elliottii Pinus elliottii var Pinus elliottii a= 0°e^ = 90 0,09 6 C30 Carvalho (2002)
B
Pinus Elliottii Pinus elliottii var Pinus elliottii a= 0°eß^ 4S 0,16 C20 Baraldi (1996)
Result ados exp erim ent ais
Hf
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Nome cientifico
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Ol
O - U O UJ y GL.

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Pintis Elliottii Pinus elliottii wir Pi'nus elliottii a= 0''eß= 90' 0,16 C20 Baraldi (1996)
Pinus Caribéa Pinus Caribea vor Pinus caribea a-0'eß~ 0' 0,1 S & C2S Carvülhú (2002)
Pinns Caribe a Pinns caribea vor Pinus caribea a= 0°eß= 0° 0,13 32 C20 Cheurtg (2003)
Pinas Caribea Pin us caribea vor Pinui caribea a= 0*eß= 90" 0,07 6 C25 Carvalho (2002)
t
Piaus Hondurensis Pinns caribea var hondurensis a= 0°eß= 0 0,21 20 C30 Wijari (1983)
roteia is,
Pinus Oocârpa Pinus oocarpa shiede a^ O'eß^ ' 0,26 20 C30 Wijari (1983)
Resultados
Pinn % Taçda Pinns Taedo i a= 0°eß= 0° 0,13 6 C20 Carvalho (2002)
experimentais de
a
Pinas Taeda Pinns Taeda L a= 0°eß= 90 0,07 6 C20 Carvalho (2002)
Qfimatmfà
Garapa Apuleia molaris a= o*eß= tr 0,46 - CIO Baraldi (1996)
Ga rapa Apuleia molaris a= 0"eß= 4S" 0,40 - C30 Búraldi (1996)
a
Garapa Apufeia molaris a= 0°eß= 90 0,38 - C30 Baraldi 0996)
Cupiuba Golpia glabra a= 0"eß= 0" 0,38 - C40 Baraidi (1996)
Cupiuba Golpia glabra a= 0"eß= 45° 0,32 - C40 Baraldi (1996)
Cupiuba Golpia glabra a= 0* e 0= 90° 0,32 - C40 Baraldi (1996)
Eucalipto Citriodora Eucalypti citriodora a= 0°eß= 0° 0,46 - C60 Baraldi 0996)
f
Eucalipto Citriodora Eucalyptus citriodora a= 0*eß= 45 0,34 - C60 Baraldi 0996)
Eucalipto Citriodora Eucalyptus citriodora a= 0°eß= 90° 0,36 - C60 Baraldi (1996)
Jatobá Hymenaea spp a^ eß-O" 0,48 - C60 Baraidi (1996)
Jatobá Hymenaea spp a= & °eß= 4S0 0,42 - C60 Baraldi 0996)
Jatobá Hymenaea spp Q= 0° e ß= 90" 0,36 - C60 Saraldi 0996)

Ê im p o rt ant e not ar q ue, q uant o maior a resist ência e rigidez d a m ad eira em p reg ad a,
m aio r será a t ensão de arranca m ent o d o s d ent es. Porém , exist e um lim it e no q ual o m o d o d e
rupt ura do dent e ocorre por plastificação da seção de aço do dent e não m ais pelo em b ut im ent o
e, consequent em ent e, sem ganhos de resistência ao arranca m ent o com o aum ent o d a t ensão de
em b ut im ent o da m adeira. Ob serve q ue a Garapa, o Jat o b á e o Eucalipt o Cit riodora ap resent am
valores p ró xim o s de resist ência ao arrancam ent o d o dent e.
Alg uns ensaio s exp erim en t ais m o st ram t am b ém q u e a esp essura d a m ad eira em -
p reg ad a influencia na resist ência ao arrancam ent o , co m o ap resent ad o p o r Serap him {2001] e
Carvalho (2002).
As Figuras 3.17 e 3.13 m o st ram o arranjo e o co m p o rt am ent o dos ensaios co nd uzid o s
por Ch eu n g (2003). Ob serva- se q ue a rup t ura é iniciada pelo levant am ent o d a b o rd a ext erna
co m o arran cam en t o d o s d ent es ext erno s d evid o à p last ificação d o s d ent es m ais p ró xim o s
da borda.
Figura l17.
faj Inicio do
orrommento
(I?) Final do
órrancúmento.

Figuro 118.
(o) Cisalhamento do
anel de crescimento
(b) Armamento,

Um fator q ue d eve ser co nsid erad o é d evid o ao efeit o g eo m ét rico do co nect o r q ue


p erd e eficiência á m ed id a q ue se alinha um a q uant id ad e g rand e de d ent es. Est e f enô m eno foi
o b servad o por Cheung (2003), q u e d em o nst ro u por m eio de ensaios e, p o st erio rm ent e, t est es
est at íst icos, q ue o efeit o g rup o e alinham ent o d o s dent es afet a a resist ência ao arrancam ent o
e, co nseq uent em ent e, a resist ência últ im a da ligação.

Deformação tenta dos COE' s


Out ro efeit o im p o rt ant e para as est rut uras de m ad eira é o da d ef o rm ação lent a nas
iigações, que causam acréscim os d e d eslo cam ent o s em est rut uras subm et idas à carregam ent os
p erm anent es. Poucos est udos fo ram co nd uzid o s co m ensaios d est inad o s à d ef o rm ação lent a
em ligações d e chapas co m dent es est am p ad o s.
No Brasil, Ch eu n g (2003) elab o ro u 3 ensaios p relim inares d e d ef o rm ação ient a co m
a int enção d e avaliar q ualit at ivam ent e a fluência da ligação. Os ensaios t iveram o ob jet ivo de
co nhecer o co m p o rt am ent o da ligação q uand o sub m et id a a carreg am ent os de longa d uração,
p o d end o est im ar a parcela d e fluência ind uzid a pelo t em p o .
No ent ant o, sabe- se q u e m uit as variáveis afet am o p ro b lem a q ue é d e grande com-
p lexid ad e d evid o a influência da t em p erat ura e u m i d ad e Dessa form a, o cont role de um id ad e
e t em p erat ura f o i realizado m ed iant e a ut ilização de um a sala clim at izad a.
Os ensaios fo ram realizad os com t rês co nd içõ es d ist int as:
1. corpo- d e- prova sem co nt ro le de t em p erat ura e um id ad e (CPI);
2.co rp o - d e- p ro va sat urado (CP2);
3. co rpo- de- prova co m co nt ro le de t em p erat ura e um id ad e (CP3).
Todos o s ensaios fo ram realizados com a = O" e (E = O" e na Figura 3.19a é apresent a-
do um esq uem a d o m ecanism o de solicit ação ut ilizad o d ent ro de um a sala co m cont role de
t em p erat ura e um id ad e.
A Figura 3.19b m ost ra a realização d o s ensaios de d ef o rm ação lent a lem b rand o q u e
o m ed id o r de um id ad e é d o t ip o elet ro d o e est ão inseridos d ent ro da m adeira a uma profun-
didade d e 2 cm d a sup erfície d o CR

figuro 2.19
(o) Ensaio de
deformação lenta
(b) Detalhes do
medidor de umidade.

Mas Fig uras 3.20, a e b, são ap resent ad as as séries t em p o rais p ara d eslo cam ent o ,
t em p erat ura e um id ad e do CPI, no qual não foi ut ilizad o co nt ro le de t em p erat ura e um id ad e.
Nota- se uma t end ência de est ab ilização em 56 dias d o CPt analisad o e q ue exist em variaçõ es
significat ivas devidas à variação de um id ad e e t em p erat ura do am bient e d o ensaio. O CPI apre-
sent ou um aum ent o no d eslo cam ent o de 46,29% em relação ao d eslo cam ent o inicial co m um
carreg am ent o d e 70% da carga últ im a est im ad a seg und o os crit érios da ABNT NBR 7190:1997.

Figuro 3.20.
(o) Deformação
lenta (DF ((Pi)
(b) Umidade e
temperatura

•g :n TJ -n *n

( a) (b)
Os ensaios dos corp os- d e- p rova CP2 e CP3 fo ram realizad os a T = 25°C e U = 65%. No
CP2 (Figura 3.21), a est ab ilização o co rreu na prim eira sem ana, p o rém not ou- se q ue a deform a-
ção inst ant ânea foi m aio r q ue a diferida no t em p o d evid o ao corp o- d e- p rova est ar sat urado e
sofrer ret ração co m a secag em da m adeira.
Ap ó s alg uns dias n a sala clim at izad a, o co rp o - d e- p ro va co m eço u o p ro cesso de es-
t ab ilização d a um id ad e co m o am b ient e, d im inuind o o d eslo cam ent o at é a est ab ilização d a
um id ad e d o corp o- d e- p rova em 12%.
Mo CPJ [Figura 3,22) ocorreu 64%d e acréscimo d a deslocam ent o inicial Ea est abilização
o co rreu ap ó s o vig ésim o dia de ensaio . As co nd içõ es de ensaio dos t rês (3) co rp o s- d e- p ro va
f o ram prelim inares com o o b jet ivo so m ent e d e um a inicial invest ig ação feno m eno ló g icâ.
Qu an d o se co m p ar a o s t rés (3) co rp o s- d e- p ro va, not a- se q ue o s seg uint es fat o res
inf luenciam na d ef o rm ação lent a dos co nect o res, são eles: um id ad e da m ad eira, um id ad e e
t em p erat ura am b ient al.
A im p o rt ância d e se co n t ro lara um id ad e na confecção d e elem ent o s est rut urais co m
CDE e de co nhecer a d ef o rm ação lent a d o co nect o r, q uand o sub m et id o a carreg am ent o s de
long a d uração , é clara em t odos o s ensaios realizad o s.

FigmlJl
(a) Deformação Senta
CDf(CP2)
(b) Umidade da
madeira*
J <4 m

(o) (b)

Figura S.22.
(a) Deformação lenta
CDÍ ((Pi)
(b) Umidade da
madeira.

Os ensaios serviram para apresent ar um fenô m eno q ue o co rre em t odas as ligações


e elem ent o s est rut urais de m ad eira, send o d e g rand e im p o rt ância na d et erm inação d o est ado
lim it e últ im o de ut ilização. A q uant ificação da parcela da d efo rm ação lent a d ep end e de vários
fat ores e d em an d a um elevad o t rab alho exp erim ent al para a d et erm inação de m o d elo s ade-
q uad o s, m as é de vit al im p o rt ância q u e se realizem mais ensaios para q u e o s d eslo cam ent o s
diferidos no t em p o sejam co nhecid o s.

Controle da força de cravação em CDE' s


É recom endado q ue a fab ricação d e est rut uras de chapa com d ent es est am pad os seja
realizada com p rensa hid ráulica co m o o b jet ivo de garant ir a cravação int egral dos d ent es dos
conect ores sem que exist am problem as de desalinha m ent os dos d en t ese, co nseq uent em ent e,
d im inuição de resist ência ao airancam ent o .
Para a verificação d a força de cravação , Cheung (2003) realizou ensaios com a ut iliza-
ção de um anel d inam o m ét ríco e um sist em a de dist ribuição de força (Figura 3.23 e Figura 3.24);
um a série de ensaios co m o o b jet ivo de se o b t er valores para a fo rça de cravação.

Figura i.23.
Detalhe da medida da
força de cravação,

Figura 3.24.
Medida do força de
cravação nos elementos
estruturais,

2
Foi obt ida uma t ensão m édia de cravação no sCDE's de 0,64 kN/ cm , depois da realiza-
ção de 118 ensaios de cravaçõ es, em Pi nus elliot t ii r co m um co eficient e d e variação d e 14,1%.
Co m o o b jet ivo de se o b t erem valores d e referência para a cravação d as chap as co m
dent es est am p ad o s para as esp écies de reflorest annent o e nat ivas, o LaM EM (Lab orat ório de
M adeira e de Est rut uras d e M adeira) realizou um a série d e ensaios co m esp écies de d iferent es
d ensid ad es q ue est ão resum idas na Figura 3,25. Ob serva- se q ue a força de cravação d o CDE é
d iret am ent e p ro p o rcio nal ao aum ent o d a d ensid ad e da m ad eira, necessit and o d e prensas de
m aior cap acid ad e para a co nfecção dos elem ent o s est rut urais.

1.7

i,e

Figura325, |
Detalhe da medida da s,,
^ *

força de cravação,

O.í í•
1
0.6 Í.M í» D3Í OflS d*4 1« 1.IS
D m d ad a í g k t r í )

Dessa form a, co m a ajud a dã Figura 3.25 é p o ssível est im ar a cap acid ad e hid ráulica
do cilindro para a co nfecção e m o nt ag em de t reliças ut ilizando CDE's,
Modelos de análise estrutural de treliças com chapas com dentes estampados
Os sistemas est rut urais t reinad o s, ut ilizando chapas com d ent es est am pad os, apresen-
t am um co m p o rt am ent o est rut ural q u e d ep en d e da rigidez e d o arranjo d as p eças d e m ad eira
e, d essa f o rm a, para um a corret a análise est rut ural dos elem ent o s t reliça d os, são necessárias
co nsid eraçõ es d e d iversas p art icularid ad es, tais com o: d efo rm ab ilid ad e d as ligações e excen-
t ricid ad e das barras no nó,
Ch eu n g (2003) co nst ruiu e ensaio u vint e e um a (21) t reliças d e b anzo s paralelos, co m
m ed id as d e esforços e d eslo cam ent o s (ver Fig ura 3,26, a e b }, para a d et erm inação de um mo-
d elo de análise est rut ural q ue fo sse o m ais rep resent at ivo p o ssível. Todas as p eças ut ilizad as
nas t reliças fo ram classificadas m ecanicam ent e para a o b t enção d o s resp ect ivo s m ó d ulo s de
elast icidade. Os result ados m o st raram q ue o m od elo m ais represent at ivo para a avaliação dos
deslocam ent os inst ant âneos d o elem ent o est rut ural foi o que co nsid erava as d eform ab ilid ad es
axiais e rot acionais, conform e p o d e ser visualizado nas Figuras 3.27 e 3.26.

Figuto 3.26. (a) Relógios


comparadores
(b) Posktonamtnlo dos
extensómelros elétricos.

Na Figura 3,27 são most radas as d eform ab ilid ad es int roduzidas at ravés d e m olas elás-
ticas de t ranslação (K) e rot ação (KR) e a rep resent ação da excent ricid ad e das barras em um nó.

Figuro 3-27.
< M fulfill fóra
11 ü i|D « n SJ 111 M ai 41 A M Modelo proposto paro
treinos com dentes
estampados (tipo 4J
Emenda d? bãivo
(Cheung, 2003).
v/ W V

Figuro 3-2$.
Deslocamentos
simulados vs.
experimentais
(Cheung, 2003).

Os result ad o s t eó rico s o b t id o s at ravés d a m o d el ag em co m d ef o rm a b ilid ad e d as li-


g açõ es m ost raram - se co m o um a ót im a alt ernat iva, e as discrepâncias p o d em ser at rib uíd as a
d iferenças de rigidez dos co nect o res e da m ad eira nas ligações,
Na Fig ura 3.2Ê são ap resent ad as q uat ro {4} m o d elag ens dist int as: b anzo s co nt ínuo s e
diagonais art iculadas [sem d efo rm ab iiid ad ed as ligações - Tipo 1), banzos cont ínuos e diagonais
art iculad as co m lig ação d o s b anzo s art iculad as (Tip o 2), p ó rt ico (Tip o 3) e b anzo s co nt ínuo s
com d efo rm ab ilid ad e d as ligações (Tipo 4),
A part ir d o s ensaios realizados p o r Ch eu n g (2003), conclui- se q ue a principal d efo rm a-
b ilid ad e envo lvid a é a em en d a d o s b anzos, p o rém a rig id ez rot acional t am b ém afet a o s des-
lo cam ent o s e d eve ser co m p ut ad a no m o d elo de análise est rut ural. Pode- se adot ar o m o d elo
sugerido por Racher (1995), p art ind o da rigidez axial avaliada no ensaio d e t ração.

* Propost a de um m o d elo para avaliação da d efo rm a brl idade para chap a co m d ent es
est am p ad o s.

Para a o b t enção da rigidez axial [K), ut ilizam - se os result ados de ensaios d e t ração q ue
são cond uzid os na ligação, Para a o b t enção d a rigidez à rot ação (K„) é ad m it id a a rigidez por
dent e de conect or, dos ensaios d e t ração e elab orad a a p ro p o rcio nalid ad e d a rig id ez a part ir
de um centro d e rot ação idealizado, ad m it ind o q ue o d ent e t rab alhe no reg im e elást ico- linear.
A exp ressão é b asead a na fo rm ulação sug erid a por Racher (1995].

rt
K = K r í
« I d 5 n t í' j
j-t

Consid erand o a g eom et ria das ligações com CDE (Figura 3,29 e 3,30), a rigidez rot acio-
nal pode ser exp ressa seg und o a exp ressão de Kessel (1991) ap u d Racher (1995).

332

333 M* (i - 0 , 5 )

"N
334 fi, = 4 . 1 ^ X 0 - 0 , 5 ) '

nx + 1
335 In,, = m o d

nY +1
336 m r = mod

figura 3.29. Geometria


rotacional éoi baazoí.
Figura 3.30.
Geometria rotacional
dos diagonais,

Mo d o s de r upt ur a e m t r el i ços c o m c h a p a s c o m dent es e s t a mp a d o s

Existem diversos modos de rupt ura em treliças com chapas com dentes est ampados,
sendo os principais:
* instabilidade global da treliça (ver Figura 3.31);
* ruptura da madeira por: tração (ver Figura 3.32), compressão o u flexocompressão;
* ruptura das ligações p o r ar rança m ent o (ver Figura 3.33 ), t ração {ver Figura 3.34 ),
cisalhament o e compressão (ver Figuras 3.35 e 3.36).

Figura 3.31
Instabilidade global.

Figum 3.32.
Ruptura por tração
na madeira devido
ao deleito.

Figuro 3.33.
Ruptura por
armamento.

f> T> ri|i;iiV|F|j


KHHM liUrt ) Figuro 3.34,
liiiiiiiilrlilj Ruptura por tração
|i < UícM r »' i IM ilDIin it M nadtopo.
Figuro 335.
liwtabUidade global.

figura 3.36.
Mobilidade
do coaector,

Sempre que possível é importante que o dim ensionam ent o seja realizado para que o
primeiro modo de ruptura seja por escoam ent o da chapa d evid o à característica d ú ct i l o q ue
é sem pre desejado em est rut uras,

3 .6 . Ex e m p l o d e cál cu l o d as l i g açõ e s d e u m a t r e l i ça c o m CD E s

Para dem onst rar a aplicação dos procedimentos recomendados para o dim ensiona-
mento, foi elaborado um exem plo de uma treliça Fink confeccionada com chapas com dent es
est ampados apresent ada na Figura 3.37.
A treliça será dimensionada para a pior com binação de carregament o último norm al
e que, neste caso, é representado na Figura 3.37,

A
CH.<H2)rft«cm)

Dados das propriedades mecânicas da treliça:


(
• M adeira classificada m ecânica e visualm ent e (1 categoria): C2Q (Pinus Taeda);
• Conect ores GN30 Gang- Nail;
Carregam ent o de longa duração;
Classe d e um idade (T);
Telha cerâm ica romana e espaçam ent o entre treliças de 1,10 m ;
Seções transversais 5 x 1 1 cm.

Propriedades de resistência da madeira

K^ j , = 0,7 (carga de longa duração);

cl asse
^ «w ~ í um idadeifSM
1);

K.n = 1,0 (peças d e madeira classificadas);

0 7
KMOD - ^ • ^MODÍ • = '

f (Bjt ^ 20 M Pa | f Qd = Km= d - U = 0,7 • 30 - 10 M Pa


ifl.v
20
Kx = I L = ^ = " A = 1,6 M Pa
1.8
X , ytrnmljihgTSKJIHCA
y

= 0,7- 3500 = 2450 M Pa

Det erm inação da resistência d e cálculo para a t ração (modo de ruptura por escoa-
m ent o do aço);

I V = 0 ,6 5 | Rl j W « 0 , 3 0

^ - 2 3 0 M Pa

2
f H = — = 20 kW / cm
1,15

f ^ = 2 *R1J0.- f d -1, = 2- 0,65 2C10 - 0,123 = 3,2 kM / cm (par de conect ores)

f =2 F
t d «* " W ^ ' t , = 2-0,30< 20,0- 0,123 = 1,48 kN / cm (par de conect ores)

Det erminação da resistência de cálculo para o cisa lha mento:

R „ = 0,30 | R „ - 0 ,6 0
v,0" • v,9u"

f ,4 = 0 ( 6 - g = 1 2 k N / c m =

f ^ ' 2 - R ^ t - t , = 2- 0,60110- 0,123 = U 7 k N / c m ( p a r d e conect ores)

f inJO ,= 2 R v 9 f J f ^ t 1 = 20,30- 12,00,123 = 0,8ak N / cm l p ar d eco n ect o r es)


Det erminação da resistência ao arrancam ent o:

f ^ - 0,13 kN / d en t e

K
U J - ™D " ^ = • T1 ,4T = 0,065 kN / d ent e

0 0 7
W ~ kN / d en t e

f
= • = 0 , 7 - M Z = D ,0 3 5 kN / d e n t e
Y„ 1.4

Ver/ ficação tio nó " J"


A seguir será verificada a ligação referente ao nó 1 que está representada na Figura 3.38.

-lé.BkN

fj^ jfú j j í f
M i. 15r9kN

yxvutsronmlkjihfedcbaXVUTSRPONMJIHEDCBA
C H. ( 1 0 7 x 3 1 ,7011)

Verificação à tração:

5,0 cm < 10,7 cm (oklj


f
, 3,2

Verificação ao cisa Ih a m ent o na diagonal da chapa:

N. 16,8
Ls = 12,63 cm < 33,55 cm [ok!l
ff +F \ / 0 ,8 B + 1 ,7 7 \

\ T~ / \ 2 i

Verificação ao arrancam ent o da chapa:

f ^ = 0 , 0 6 5 kN / d ent e

= 0,035 kN / d ent e

F R = 0,85- 0,05(12 • t g 6 - 2) = 0,85 - 0,05 • (12 • ta n (18°) - 2 ) ^ 0 ,7 5


0,06 5- 0,035
U , - FR- , = = 0,75 •
f -CQ5J0 7 a 3
0,065 - sen 1 & + 0,035 cos 1 fi*
5
- se r f e + f j m zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

= 0,045 kN / d ent e

16,8 1 2
= 249 cm < 339,2 cm [ok!]
0,045- 1,5

Ver i f i caçao d o nó "2"

A seguir será verificada a ligação referente ao nó 2 que está representada na Figura 3.39.

4,lkN

Figuro 3.39.
Nó 2.
15,9kN - -lO.SkN

0
CH.(10,7x1 J^ cml

Verificação dos esforços d e cisalham ent o e t ração com b inad os:

K,- N j J
1 5 ,9 - 1 0 ,5[
L1> — — ^ = = 6,14 cm [ok!]
f 0,88
«1,6°

N, sen9 4,1- sen(50°)


L3 > = - = 1,78 cm ok!
fí 1 1t
1,77
vd9
,0<>

N W- senG 4 r 1- sen{50°)
= 2,12 cm [ok!]
1,48
N ,„ .co se 4,Vco s(50°)
= 3,0 cm [ok!]
f«li 1 0,88

M, .senO 4,l- sen (50°)


= 1,78 cm [okl]

N ,w - cos8 _ 4,l- co s(50°)


= 1 cm [ok!]
3 2
W '
YM = f + (- U[ f - f < (W
) = 3 . 2 + f — l (l ,7 7 - 3 ,2 1 = 2,4
tw V 90 / ^ "' 1 90 J ^ '

La = 11,9 cm

= S,35 cm

1,21 • 11,3+ 2,4- 5,35 > N W

27,24 ;> 4,1 [ok!]

Verificação ao arranca m ent o:

f = 0,065 kN / d ent e
aOíd

f = 0,035 kIM/d ent e


W jd

U ' Um _ W J6 S- 0 ,0 3 5
a1 1 J 3 3
~ • sen e + f 4jW .• COS e 0,055- sen 50" + 0,035 - cos 50"

= 0,0432 kN / d ent e

J !
A = — = 63,3 c m < 86,7 cm [ok!J
w ™ o ,0432- l ,5

Ver i f i cação d o nó "3"

A seguir será verificada a ligação referente ao nó 3 que está representada na figura 3.40.

figura 140.
Nó 3.

CH, (7,1x1 i,9<m) -J,7kN


Verificação ao císalhament o ria diagonal da chapa:

N. 116,8- 14,2 I
L= 2zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
=4 -4- = 1,96 c 9,1 cm [ok!]
0,88 + 1,77 ^

Verificação ao ar rança m ent o da chapa:

f ^ = 0,065 kN / dent e

f ^ = 0,035 kN / d ent e

Wd' W 0,065 0,035


= 0,042 kN / d en t e
4 sen í0 co s2 0 0 6 5 5 3 +
W • ° ' • ° -COS253a
0,035yxvutsronmlkjihfedcbaXVUTSRPONMJIHEDCBA

Verificação do rtó " 4"


A seguir será verificada a ligação referente ao nó 4 que está representada na Figura 3,41,

Verificação dos esforços de cisalhãm ent o e tração combinados:

ÍN - N I
1, £ — — ?=0 cm [ok!]
fvj.c

f y sen e = 4,1 sen(32°) = U 3 cm [ok!]


1
fvd.Kr 1,77
N ^ .sene 4,1- sen(32°)
1,43
NCM, - co se _ 4,1co s[ 32°}
= 3,95 cm [ok!]
0,88

N^ -senO _ 4,1- sen(32 & }


1,7zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
7
Nl w - co se 4,l C0S(32°)
3,2

X„ = W + ( — ) (11) - 0 , 4 3 - 0 , 3 8 ) = 1,09

Y, t = f ( ^ + ( JJ ( f ^ - W ) = 3 f 2 + ( ü ) (1,77- 3,2} = 2,69


\ g0 / \ ) \ g0 t

l } = 11,9 cm

L4 = 7,1 cm

1,09- 11,9+ 2,69- 7,1 >

32,07 > 4,1 [Ok!]

Verificação ao arrancam ent o:

f = 0,065 kN / d en t e

- 0,035 kN / d en t e

f ,,d - 0065^ 03! 0 0 5 2 k N / c Je n t e


f ser i íe co sí0 J ,> 2
.» ,d + Wd' 0,065.sen 32 + 0,035. cos 3 2 '

3 3
A ! í n KM, w = — — = 52,6 cm < 62 cm [o kij
0,052-1,5

Verificação do nó " 6"


A seguir será verificada a ligação referente ao nó 6 que está representada na Figura 3,42.
Figuro L42.
m.

lO.SkN! - IS.SkN

CHI (tO,7*13,9cm)

Verificação à t ração:

L=i^ - = l M = 3 ,3 C n f 1 < i o t 7 c m (ok!)


f . 3,2
láfi'

Verificação ao arranca m em o :

f = 0,065 kN / d en t e
ajo-,d
1 !
A t SM Í t w = — = 107,7 em < [ 1 0 ,7 x 0 3 ,9 - 2 ,5 4 ] ] = 121,6 cm [okll
0,065 .1 ,5

Fica evid ent e q ue o est ado limite ult im o predom inant e para as ligações co m chapas
com d ent es est am p ad os é a rupt ura por arrancam ent o dos d ent es, send o que as chapas, na
maioria das vezes, absorvem bem os esforços gerados no elemento metálico para as geometrias
usuais de projeto.

3,7, Exem plo de const rução de uma t reliça com CDE's

Para mostrar o sistema de fabricação e m ont agem de um a est rut ura utilizando chapas
com d ent es est am p ad os é ap resent ad a a seq uência const rut iva para a confecção de t reliças
com banzos paralelos.
As Fig uras 3,43 s 3.48 m o st ram as seq uências d e cort e, p rensag em d a co nst rução ,
posicionam ent o de ensaio e arm azenam ent o das treliças co m banzos paralelos. Para a mon-
t agem das t reliças foram deixadas folgas ent re as barras para o posicionam ent o e p rensag em
d o conect or. É im port ant e lem brar q ue a folga não pode exceder 1 m m , pois pode provocar o
m odo de ruptura por compressão d evid o ã inst abilidade do conector.

Figuro 3.43.
Corte em ângulo pata as
diagonais do treliço.

Figura 3.44.
Peças cortadas poro a
posterior montagem.
Figuro 3.45.
Stítem de prensagem
poro treinos com
banzos paralelos.

Figura 146.
Prensagem dos
coimares utilizando
cilindro hidráulica

Figura 3.47.
Jrdiçoi armazenados
após a montagem,

Figura 148.
Posicionamento dos
trepai paro o ensaio de
flexão estático.

3.8, Cont ra vent a ment o de t rei iças e est rut ura

At ualm ent e o sist ema d e treliças {ou tesouras) indust rializadas q ue ut ilizam 0DE's
vem sendo bastante utilizado, principalmente em estruturas de cobertura, por proporcionarem
estruturas leves e eficientes. Vale mencionar que essas estruturas necessitam de um sistema de
cont ravent ament o para resistir às forças laterais e para mantê- las alinhadas e a prumo,
Existem dois t ipos d e cont ra venta mento, o t emporário e o permanent e, e ambos se
aplicam em cada obra, O con t ravent a ment o t em porário e aquele que á colocado d urant e a
mont agem, para manter as tesouras em posição segura, até se execut ar um con trave nta mento
perm anent e que oferecerá uma com plet a estabilidade,
As t esouias não podem ser carregadas antes d e ser colocado todo o con traventa men-
to permanent e. Este último forma uma parte integral da estrutura completa e necessita de um a
atenção especial no projet o e durante a mont agem.
No projeto de tesouras, considera-se que estas são verticais. Uma tesoura é uma estru-
tura rígida no seu próprio piano, devido à sua configuração triangular, porém, é muito flexível
no out ro sentido. Com o t odas as cargas perm anent es causam um a com ponent e de força na
direção flexível, essa força pode rapidamente fazer com que a tesoura se desvie d e sua posição,
causando, port ant o, altas forças d e flexão lateral não consideradas no projet o.
Se uma cobertura não é adequadament e contraventada, as tesouras podem mover-se
fora do plano vertical ou do alinhamento, o que causará tensões laterais progressivas. Portanto,
esse contrave nta mento perm anent e não deve ser subest imado, já que as tesouras perderiam
toda a sua resistência ao serem m al cont ravent adas, O cont ravent am ent o fixa t ant o as peças
individuais das tesouras como toda a estrutura, de maneira que a armação completa forma um a
const rução estável. Vista a dupla utilidade, o assunto será dividido em con trave nt ament o de
peças e contraventa mento da estrutura, ainda que um a divisão exat a seja impossível e alguns
cum pram am bas as funções.
3.8.1. Cont ra vent a ment o das t rei Iças
EstezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
é requerido em peças com prim idas cuja reiação de esbeltez {LV b} exceda o má-
ximo admissível (50 para membros em compressão e 80 para os d e tração},
Onde:
L' - com prim ent o da p eça;
b = largura da seção d e madeira.

Para cumprir esta condição, podem ser necessários um o u mais cont ravent ament os
por peças, evitando que estas entrem em modo de ruptura por instabilidade. Esse contraventa-
mento deve ser colocado sobre todo o com prim ent o do edifício e descansar em seus ext remos
em ponto fixo (ver Figura 3.49), que pode ser uma parede ou uma treliça paralela. Se esses pon-
tos fixos não são previstos, todas as peças flam bam na m esm a direção e o cont ravent am ent o
não surtirá nenhum efeito.

Figura J.íf.
(ontraventamenlo
Tiiaum i T« s-j.rai de peças.
«I A t
%
5 \
J PfcJIIO
Fmo
1 t t m -
Sm Púnfe Fm Cem Pwto FISLO , CD*prtm»nto
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lifcjl

Ao evitar a fíambagem lateral da peça comprimida, surgirá um a força (Figura 3.50) no


cont ravent am ent o que será ao redor de 1/ 50 da força axial da peça (C), que pode ser t om ada
em uma só p eça de cont ravent am ent o subdividida em várias. No pont o fixo, esta força hori-
zont al se acum ulará a [n • C / 50), em que n represent a o núm ero de tesouras cont ravent adas.
O sist em a d e cont ravent am ent o e d et alhes de conexão a esse pont o d evem ser projet ados
para resistir a essa força.

I' I* I-

<f
Mn- 11
]« tt
to
St
ao 1 « j P»l í Fut Figura 3.SÔ.
Forço atuonieno
contraventamento.

l< f f t<

A conexão com o pont o fixo deve ser considerada cuid ad osam ent e, se est e é uma
tesoura de oi tão. Por outro lado, no caso d e um a parede d e oitão, é suficiente ajustar as peças
d e cont ravent ament o entre as duas paredes, com um a pequena conexão; a peça de contraven-
tamento ficará, neste caso, em compressão, À execução do contrave ri tamento da peça depende
da disponibilidade do pont o fixo:

a} com paredes de oítão não existem problemas. Como se escreveu anteriormente, as


peças de cont raven ta mento correm ao longo d o com prim ent o do edifício e se ajust am ent re
as paredes (ver Figura 3,51),

Figura 151.
(onirweniomenio cm
paredes deoilão,

b) no caso d e um a t esoura d e oi tão, deve- se execut ar em am b o s os ext rem o s u m


cont ravent am ent o em "X que d esvie as forças para um a viga ou parede (ver Figura 3.52).

Figura 152,
ContrmentmeM com
tesoura deoilão.
lei ( . 5 " A 2 "

c) o cont ravent am ent o d e um a só peça não é possível. Quand o isto ocorre, deve- se
pregar uma peça a mais, lateralmente à peça a ser pregada, com pregos que sejam mais com-
pridos do que a soma das farguras das peças a serem pregadas, e devem ser espaçados de 15
cm (ver Figura 3,53).
figuro 3.53.
Controyentamenlo de
mo peço.

Todo o exp o st o ant eriorm ent e é válido p ara todas as p eças d e com pressão, sejam
diagonais ou banzos, No banzo superior, os caibros ou ripas, ainda que adequadamente fixados,
não previnem o m ovim ent o lateral das tesouras, se não são conect ados a um ponto fixo. Por
tal motivo, q uand o exist e um a tesoura d e oit ão, se deve providenciar um cont ravent am ent o
em "X" debaixo do banzo superior (Figuras 3.54 e 3.55).

figuro 3.54.
Ftambogern dos
íesowraíflVpcc/íeíJjH
Manual, 2005).

Figura 3.55.
Controventamento
em Xn o banzo
superior para evitar
a flombagem (Wood
Design Manual
2005).
Qittaonal du
Oislragrn-o

Crnlratffrclamsnilo
Oii (S"asj(HlBÍ

do boi™ iníoríor
Tam bém o banzo inferior pode est ar em com pressão, no caso da ação do vent o em
sucção, ou alguns tramos de tesouras em balanço. 5e o forro zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPON
é aplicado em barroteamentos cra-
vados no banzo inferior e se tem suficiente resistência e está adequadam ent e unido ao banzo,
não é necessário um contra vent a mento adicional no piano do banzo inferior. Para const ruções
abertas, sem forro, deve-se execut ar um contraventamento em "X" no banzo inferior (ver Figura
3.56), em ângulos aproximados de 45°, junt o com alguns cont ravent am ent os lineares.

Figurai.56.
(ontroventmetito
em Tm bomo
inferior púra evitara
flambagem.

3.8.2. Cont ra vent a m ent o da est rut ura do t elhado


A forma do contraventamento depende principalmente se as paredes, que sust ent am
as tesouras, possuem o u não resistência. Se a edificação resiste, somente á cobert ura necessita
ser cont ravent ada e em uma só direção, já que as forças horizontais, at uando no teto sobre a
largura da const rução, são transferidas diret am ent e através dos pilares e vigas.
Já em um a const rução tipo galpão, entende- se que as paredes não são disponíveis
ou não oferecem resist ência lat eral. Nestas condições, o t et o necessit ará ser cont ravent ad o
em am bas as direções e as forças horizont ais d evem ser dirigidas a um a part e resist ent e da
construção, através de um sist em a de cont ravent ament o,

3.8.3, Edif ício sólido com oit ões em alvenaria


Se ent ende por edifício sólido toda const rução com paredes que suport am as tesou-
ras. Os cont ravent ament os apont ados são para vãos d e at é 12 m. Deve-se fazer um a dist inção
dependendo da possibilidade d e um oit ào estável. Neste caso, deve- se execut ar dois contra-
vent ament os, como se most ra na Figura 3,57,

Figura 3.57.
Contravenlameatoem
edifício com oitões em
otmorki.

O cont ravent am ent o A nas diagonais maiores se faz com p eças d e 1" x 3" unidas a
cada diagonal com dois pregos. As duas peças de cont ravent ament o em um a tesoura d evem
correr em direções op ost as, O co nt ravent am ent o E consist e d e d uas p eças de 1,5" x 2" dis-
postas ao longo do comprimento da const rução e apoiando- se nos oitões. Devem ser fixadas
com dois pregos por tesoura. As peças devem ser em endadas por superposição, o u através d e
conectores adequados.
3.8.4. Edif ício sólido com t esouras de oit ão
Em cada ext rem o da cobert ura, deve- se utilizar o cont ra venta me mo em "X" pelo me-
nos em quat ro tesouras, co rro se mostra na Figura 3.56, Nessa zona, cada diagonal da tesoura
deve ser cont ravent ada com peças de 2,5 cm X 5,0 cm, É necessária, além disso, um a peça de
1 Vi x 3" descendo diagonalm ent e da cum eeira da t esoura de oitão até encont rar o frechai,
fo rm and o co m est e um ang ulo de ± 45° (ver Figura 3-58). Est e co nt ravent am ent o se fixa na
parte inferior do banzo superior. Para o resto, ou a parte interna, faz-se u m cont ravent a mento
normal indicado nos manuais de tesoura, e a cada 6 m de compriment o de um edifício deve-se
fazer um contraventa mento idêntico ao início e ao final de cobertura, norm alm ent e em quatro
tesouras.

Figuro 153.
Contraventamento em
edifkh com tesouras
de oitão.

3,6,5, Edif ício sólido com quat ro águas


A parte final do telhado sistema quatro águas é autossuficiente em contraventa mento,
A resistência lateral dos ext rem os da cobert ura é dada neste caso pela colocação d e cavaletes
e caibros, conform e Figura 3.59. Na zona central, entre as terminações, deve- se utilizar o con-
t ravent am ent o normal.

Figuro l$9,
Controventamentados

s extremos de cobertura
de quatro àguos.

3.3,6. Edif ício t ipo galpão


Por isso se ent ende toda construção sem paredes, ou unicam ent e paredes sem resis-
tência lateral. Geralm ent e as construções rurais, depósitos, et c.
O contraventa mento nest es galpões é mais import ant e que nas construções sólidas
e as forças que d evem suport ar são mais altas. Portanto, em geral, o cont ravent am ent o é uma
parte d e maior custo nestas const ruções.
Esse cont ravent am ent o se realiza no plano d o banzo superior das tesouras, com as
quais forma um a treliça plana que se est ende em obra, ou a treliça plana inteira pode ser pré-
-fabricada com treliça e ser instalada na obra de uma vez. As diagonais cruzadas têm a vantagem
d e trabalhar sempre em tração, podendo ser utilizada um a espessura de 2,5 cm .
Para obt er est abilidade em am b asas direções, as tre liças planas deverão correr em
t o m o do perímet ro da construção {ver Figuras 3.60 e 3.61). No com prim ent o do edifício è bom
manter a distância entre contraventamentos transversais, menos que 10 m; portanto, para cons-
truções de grande com prim ent o, são necessários três ou mais destes cont ravent ament os.
Se as treliças planas são colocadas no plano do banzo inferior, deve- se colocar con-
tra venta mentos em "X" para garantir a estabilidade do banzo superior,
Nos galpões abertos exist e a possibilidade da inversão de esforços; portanto, d evem
ser previstos contra venta mentos que evitem a flambagem do banro inferior, quando este estiver
submet ido a esforços d e compressão.

Figura 160,
CoftírírnerTJ0fTr£í?fiíem
edifício do tipo galpão,

Figura i.6l

5 5 5£ i 7
1 1 1 1 *
Pi1;11 j>
§
Contrmntamtnlo í
nos planos dos banzos
>>
>
superior e inferior
eJ^J—
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-

í < £ s
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t íH Hi1
t I 4 t I y1 y1 1yy IyJi I
k

A treliça plana suporta um a carga uniforme igual á carga total de vent o na cobert ura,
mais a carga de vent o sobre a met ade da altura das paredes laterais, se exist irem, Esta t reliça
plana está sustentada pelas paredes dos ext rem os, onde a reação é transferida aos pilares. O
m esm o procedimento pode ser t om ado para o contraven ta mento t ransversal, carregado pela
ação do vent o nos oitões e nas paredes frontal e d e fundo.
Conforme já explicado, a treliça transversal horizontal pode atuar como ponto fixo para
o contraventamento contra a flam bagem das diagonais e será carregada por um a força J l ^ .
Neste caso, a trelíça plana deve ser projetada para a carga d e vent o ou para a metade
da carga de vent o mais a força contra a flambagem, adotando- se a maior das duas; porém, em
geral, a carga de vent o será crítica,
A estrutura inferior que transfere estas reações laterais pode ser de um dos seguintes
tipos:
V Colunas chumbadas em concreto; neste caso, deve-se utilizar madeiras duras ou tra-
tadas. Na base deve ser colocado um perfil de aço (ver Figura 3.62) que absorverá os momentos
fletores {cantoneiras, perfil "H"),

Figu/ v 1.62.
Colmas àmbadasem
concreto.

2) Mãos-francesas: oferecem um a forma de assegurar a conexão das tesouras com os


pilares, que é realizada pregando- se um a peça de cada fado da tesoura. Este método é particu-
larment e utilizado quando o vão iivre é b em maior que a aítura do galpão. As mãos- francesas
J,
são usadas em conjunt o com contra venta m ent o em X" nos painéis laterais do com prim ent o
do galpão.

Figura 3.61.
Mãos-fmcms.

3) Estrutura em pórtico: um mét odo prático e com um ent e ut ilizado em const ruções
de madeira é o de considerar a est rut ura com o um pórtico de duas articulações e d e dar uma
forma de meras tesouras às colunas (ver Figura 3.64). As tesouras devem encaixar- se entre duas
dessas m eias tesouras e no com prim ent o do edifício deverá ser utilizado cont ravent am ent o
em "X" nos pórticos.
figuro 164.
Colunas de meios
tesourai.

4) Contraventamento bidireclonot:zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
o mét odo mais econômico é o de fazer cont raven-
t am ent o em "X" em am b as as direções d o g alp ão ent re colunas adjacent es (ver Figura 3.65).
Esta forma tem a d esvant ag em de complicar o acesso á construção. Estes cont ravent am ent os
podem ser repetidos várias vezes no comprimento do edifício e se executa com peça d e madeira
de 2,5 cm de espessura, e para estruturas mais im port ant es poderão ser utilizados vergalhòes
ou cabos de aço. No caso em que se utilizam painéis pré-fa br içados, est e cont ravent am ent o
pode ser incorporado aos painéis.

Figura 3.65,
Contraventamento
em "X'em
ombos as direções
da estrutura.

Uma boa prática d e engenharia é a de prover sem pre colunas d e aço chumbadas em
blocos de concreto nos quat ro cantos do galpão.
É lógico que um galpão fechado com paredes, sem resistência lateral, resultará em
forças m ais altas no co nt ravent am ent o do q ue se o edifício est ivesse abert o. Port ant o, se o
proprietário t em int enção d e fechar o galpão fut uram ent e, é necessário projetar-se a estrutura
de acordo com este fato. Caso contrário, o fecham ent o deverá ser feito com paredes que pos-
suam resistência lateral.
Andrés Bat ist a Cheung
Professor Doutor do UNIDESIP Projeto e construção de
Carlit o Calil Júnior uma estrutura de cobertura em
madeira em forma de
Professor titular da Escola de
Engenharia de São Carlos da

paraboloide hiperbólico
Uaimidode de São Paolo

4,1. Int rodução

A busca por inovas formas é uma preocupação incessante da arqui-


tetura, e devido aos avanços nos materiais utilizados, bem como nos modelos e métodos de cálculo
estrutural, cada vez mais formas diferentes das usuais podem ser utilizadas nas coberturas.
Uma dessas formas interessantes é o paraboloide hiperbólico, t ambém chamado de HP,
q ue é classificado com o uma casca anticlástica. A casca anticlástíca é um a superfície com duas
curvat uras opostas, o u curvat ura gaussiana negativa, como pode ser visualizado na Figura 4.1.

Figure 41
Potabaloide
hiperbólico (HP).

Essa form a passou ã ser exp lo rad a p rincip alm ent e a partir das d écad as d e 1960 e
1970, com o avanço das técnicas experim ent ais em estruturas. O paraboloide hiperbólico (HP)
apresenta um comport ament o est rut ural eficaz por proporcionar dois m ecanism os interessan-
tes q ue são a tração e a compressão. A região d e curvat ura descendent e apresent a uma ação
semelhante á de um arco, já a região de curvatura ascendente se comport a com o uma estrutura
em cab o s (ver Figura 4.2}. Esses m ecanism os conferem ao sist em a uma grande rigidez que é
acentuada pelas curvat uras escolhidas no projeto.
figura 4.1
Porabokide
hiperbólico
com bordos
curvai m.

Às bordas chegam , nat uralm ent e, t ant o os esforços de tração em um a direção com o
os de compressão, perpendiculares àqueles. Os esforços d e t ração ag em como se fossem ca-
bos ligados às bordas; e os de compressão, com o arcos parabólicos apoiados nelas. Esse efeit o
confere à superfície um a boa resistência à ação do vent o, visto que na sucção da superfície os
mecanismos resistentes invertem- se mobilizando m ecanism os de suspensão e compressão.
A principal vantagem do paraboloide hiperbólico consiste no fato d e poder ser gerado
por dois sistemas de diret rizes retas, o q ue t orna sua equação mais fácil, Est e fato caract eriza
o paraboloide hiperbólico com o um a superfície regrada a qual é gerada pelo d eslizam ent o
continuo de um a reta, sobre duas outras retas paralelas entre si, mas com inclinações diferentes
(ver Figura 4,3).
É import ant e dest acar que, em cascas antíclásticas, os efeitos d e cont orno são mais
significativos, ou seja, são menos amortecidos. Dessa forma, uma atenção especial deve ser dada
aos apoios que recebem forças inclinadas e consequentemente esforços horizontais, Além disso,
na região plana próxima à ext rem id ad e da est rut ura ocorrem efeitos significativos d e flexão,

Cíanpimnl«» dii
W(*HW botíi
figura 4.5.
Paraboloide hiperbólico
formado por retos {HP)
(Adaptado de
t(igel, 19801

Para se chegar a soluções m ais interessantes, tanto do pont o d e vist a estético com o
est rut ural, os paraboíoides hiperbólicos p o d em ser criados a partir da interseção d e d uas o u
mais superfícies, form and o formas com plexas ou pela associação de vários paraboíoides hi-
perbólicos (ver Figura 4,4).
Figuro 4A.
bcmptoí de associação
de paraboloides
hiperbólicos (Adaptado
de Engel, 1980).

Neste t rabalho foi escolhida a associação d e quat ro paraboloides hiperbólicos em


planta retangular, A associação dos paraboloides ajuda a contribuir para o efeito de tombamen-
to que o vent o causa em um paraboloide hiperbólico, devido ao moviment o de corpo rígido
conform e pode ser observado na Figura 4.5.
Exist em diversas m aneiras de est abilizar esse t ip o d e p arab oloid e hiperbólico em
relação ao vent o; a primeira, e talvez a mais simples, consiste na concepção d e tirantes ou pi-
lares nas duas ext rem idades em balanço. Já o enrijecim ent o das bordas, pelo engast am ent o,
é a alt ernat iva m ais t rabalhosa e m enos eficient e. Dessa form a, a associação geom ét rica de
paraboloides hiperbólicos é um a alt ernat iva eficiente e econôm ica, criando uma grande esta-
bilidade aos esforços do vent o.

Figuro 4,5.
Influência do vento no
equilíbrio da superfície
(Adaptado de Fogel,
m ) .

Alguns expoent es dessa tendência foram o engenheiro e arquit et o alem ão Frei Paul
Ot t o e o engenheiro- arquit et o Félix Candela Outeririo, que const ruíram superfícies com ma-
teriais e t écnicas const rut ivas diferenciadas (ver Figuras 4.6 e 4.7), O primeiro destaca- se pelas
const ruções em madeira e out ros materiais e o segundo pela utilização de cascas delgadas de
concret o armado.
É im port ant e lembrar que a utilização de cascas de concreto armado ou prot endido
fica sempre limitada à dificuldade de confecção d e cimbrament os.
figura 4.6.
(a) detalhes das ligações
utilizados
(bjMannheimdefrei
PautOttú (Kanstinger,
2009).

figura 4.7.
(a) capela do Atiillo de
fêlix (ondeia
(b) oceanográfico de
Valencia (PRESSAS,
2007).

Ao adotar um sistema construtivo com o este, o material mais adequado para execução
deste projet o passa a ser a madeira, pois apresent a duas grandes e fund am ent ais vant agens
sobre os o ut ro s m at eriais, sendo elas a facilidade d e execut ar ligações e t am b ém a g rand e
trabalhabilidade do material, É ciaro q ue as "deficiências" do material t am bém d evem ser con-
sideradas, porém as vant agens nesse caso são bem mais pronunciadas que as desvant agens.

Sobre a est rut ura


4.2.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Este projeto foi desenvolvido para cobertura de um edifício que abriga Lima instalação
experim ent al na Escola de Engenharia de São Carlos. A forma foi escolhida por possuir um a
forma arquit et onicam ent e atraente e de simples construção, apresent ando ainda o charm e de
uma estrutura com dupla curvat ura. Este paraboloide hiperbólico é um a superfície regrada e,
por isso, apresenta um a facilidade na confecção da malha interna. Ela é formada por peças de
madeira roliça de peque no diâmetro, seguindo uma tendência mundial de utilização de madeira
de pequena idade d e corte.
O acabam ent o final e a qualidade da curvat ura execut ada na cobert ura d ep end em
diretamente das seções utilizadas, mas príncipalment edo material escolhido para o fechamento,
que pode variar desde policarbonato até toldos de lona. Lem brando que a escolha do material
deve ser feita na fase inicial ou arquitetônica do projeto, pois est e influi diret am ent e nas ações
que d evem ser suport adas pela est rut ura e t am bém no processo construtivo.
Est e cap ít ulo ap resent a alg uns aspect os sobre o projet o est rut ural e execução da
cobert ura de um galpão experim ent al na cidade d e São Carlos-SP,

4.3. M at eriais especif icados

A cobertura em forma de paraboloide hiperbólico, apresentada neste capitulo, foi cons-


truída no Laboratório de M adeiras e de Estruturas de M adeiras da Escola d e Engenharia d e São
Carlos da Universidade d e São Paulo, Para est e projet o foram utilizados os materiais:
• Madeira: Barras principais o 16 cm de Eucalipto Citriodora tratado com CCA (Classe €50);
< Madeira: Barras secundárias e 7 cm de Eucalipto Citriodora tratado com CCA (Classe C50);
• Parafuso s:aço o iGcm ;
• Cavilhas: madeira (C60) olO mm;
< Ligações metálicas: 6,35 mm de espessura !A36);
s
• Telha: tipo shingle, com peso igual a 0,5 kWm (inicialmente adotado em projeto);
• Tirantes: CA25 - barra lisas de o 10 mm;
< Cola: adesivo epóxico.

4.4. Com port am ent o est rut ural

Esta est rut ura é co m p o st a por d o is t ipos d e barras, as principais e as secundárias.


Est as últimas estão dispostas sobre toda a superficie da cobert ura, o nd e são solicitadas pelas
ações at uant es na cobert ura, e t ransm it em essas solicitações às barras principais, localizadas
nas "fronteiras" dos paraboloides, conform e indicado na Figura 4.8, abaixo.

Figuro 4.3.
Jiptts de barras.

Planta £Ü'J M^LH-I

Pode-se dizer que esta cobert ura é uma superfície formada pela com posição harmo-
niosa de uma série de element os lineares, intertravados entre si, criando um efeito de grelha,
e q ue o t rabalho conjunt o dest es elem ent os é o que confere a real capacidade resistente da
estrutura, 0 intertra va mento das barras, propiciado pela disposição geom ét rica adequada das
barra s, propicia dois efeitos muito interessantes do ponto d e vist a estrutural. O primeiro é um
efeito do t rabalho conjunt o das barras, que prom ove um a redistribuição de esforços, at uando
com o um elem ent o de superficie comparável a um a grelha. E o outro efeito import ant e é que,
devido à presença de p eq uenos vãos, os m om ent os flet ores at uant es nas barras secundárias
são desprezíveis, o que p erm it e o d im ensionam ent o dest as apenas p ara suport ar os efeitos
de tração e com pressão. A Figura 4,9 apresenta os efeitos d e com pressão e t ração nas barras
da HP, devido ao peso próprio da est rut ura, Já as peças principais d e borda sofrem efeitos d e
flexão e compressão, e são at enuados peio efeito da grelha e dos m ecanism os de suspensão
e com pressão da malha. Esses efeitos sofrem uma redução devido à disposição em superfície
regrada das barras no paraboloide hiperbólico.

figura 4.9.
Visualização do
comportamento
estruturai. m BARRAS COM PRIM IDAS
S BARRAS TRACIONADAS

4.5. Caract eríst icas das peças est rut urais

As peças estruturais que foram em pregadas nessa estrutura são peças roliças de Eu-
calipto Citriodora, com diâmet ros nominais de 7 cm para as barras secundárias e 16 cm para as
barras principais da cobert ura (ver Figura 4.10).

Flgm4.10,
Esquema daí
peços de madeira
< fa cobertura,

Para caract erizar as p eças q ue foram em p reg ad as na est rut ura, foram realizados
ensaios d e caract erização no Laborat ório de M adeiras e Est rut uras de M adeira da Escola d e
Engenharia d e São Carlos. O primeiro ensaio realizado foi o de compressão paralela às fibras,
que ut ilizou corpos- de- prova cilíndricos com 15 cm d e altura (ver Figura 4.11). No ensaio de
com pressão paralela I s fibras ut ilizou- se um a p rensa com cap acid ad e m áxim a d e 250 kN e
medidores de deformação ligados a um sistema de colet a de dados automatizado, para ensaiar
7 corpos-de-prova cilíndricos com 15 cm de altura, sendo que estes foram retirados de distintas
partes (topo, m eio o u base) das peças que foram ut ilizadas na est rut ura secundária (d < 7 cm).
Os resultados dos ensaios estão resumidos na t abela 4.1 abaixo:

Co m p r essão p ar al el a às f ibras
Força de EzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPO
Figurai! J,
ruptura (kN} fGPal Ensaio de compressão
Í9S 23,6 pataleb.
141 18,4
WS u,0 1abelo4.1.
Üesultados
173
dos ensaios de
250
compressão poroieio
250
às fibras.
250

Ao analisar os dados da t abela 4.1, pode- se concluir q u e a madeira encont ra- se na


classe d e resist ência (CSO). Um fator que influencia no d im ensio nam ent o das p eças é a sua
conicidade. Para as peças em pregadas nas barras secundárias, em bora os diâmet ros nominais
sejam de 7 cm, pode-se notar que estes variam muito com valores inferiores próximos a 6 cm
[ver Figura 4.12).

Hslo^ rn dos diíiwlro; médios

r, HM
F-l bfc

j J
- 1— j — [ — I — i i— Figura 4.12.
i Verificação dos
y \! i *
f IH
\ diâmetros reais.
i/
\
"A"

1 1 «
s/ 3 6J 7.« 74
t f a int > ( 4 s m i d k r i ( í m j

Out ra propriedade im port ant e que foi det erm inada é o valor do M ódulo de Elastici-
dade. Para t al det erm inação p o d em ser utilizados vários métodos, dos mais simples aos mais
sofisticados. Neste caso, por tratar-se de um trabalho didático, esta propriedade foi determinada
de duas formas: a pr imeira empregando o sistema d e classificação por vibração transversal (ver
Figura 4.13) e a outra ut ilizando o result ado do ensaio de com pressão paralela ás fibras.

fígum 4.13.
Caractemçõodas
peças por vibração
tmsversol.

Observa- se na Figura 4.14 que os valores d e módulo de elast icidade seguem aproxi-
m adam ent e a distribuição normal. A tabela 4.2 mostra os resultados obtidos para os valores de
módulo de elasticidade para as peças roliças de pequeno diâmetro e constata-se que os valores
apresentarn- se próximos dos valores dados pela ABNT NER 7190:1997 de 18,42 GPa,

ic «• ui iSài Ijj
llTí-.' J.U-S
I*
u ¥
figura 4, 14. !
•i
Caracterização dos 1 '
peças por vibração í «
\ /
tmimnat.
hu. JU

J3 L
11 jl) n iü K É U W J t i f l M i i ü a i a
WjJul»* Sj!ílVd**s{ÍJ>*)

M odulo de elast icidade


1
E (MPa) (MPa)
Tabela 42
Média 19. 696 18,613
Resuiiados dos ensaios
Desvio 4349 3.S32
para o obtenção do
módulo de elasticidade. covm. ) 22% 19%
E Obtido por meio do ensaio de compressão paralelo
P Obtido por meio do ensaia de vibração transversal

Determinadas as características mecânicas da M adeira, utiliza-se o procedimento pre-


visto na ABNT 7190:1997, para a det erminação das propriedades d e interesse para o cálculo
estrutural.
O coeficiente de modificação afeta os valores de cálculo das propriedades da madeira
e se divide em três categorias:
• Coeficient e de m odificação "1" (Knii = 0,7): considera a classe de carregam ent o e o
tipo de material empregado;
• Coeficient e d e m odificação "2" (Kiiik1J = 1,0): considera a classe de um idade e o t ip o
d e mat erial em pregado;
• Coeficient e de m odificação "3" ( K ^ , - 1,0): considera a cat egoria do mat erial em -
pregado.

Portanto, neste caso: KirnKj = 0,70

4.5.1. Caract eríst icas resist ent es da m adeira C50


Det erm inando as características resistentes de dim ensionam ent o para madeira C50,
segundo o procediment o de caract erização simplificada da ABNT NBR 7190:1997.

f o t = 50 M Pa

f (M = Í U ' U = 0- 7- 50/ 1,4 = 25 M Pa


U . = ^ '> w£ « ^ - 50 / 1,4 = 6,25 M Pa

f
f ,« = " m ' X , = 0-7 • 50 / (1,8 • 0,77) = 25,25 M Pa

E ^ K ^ E ^ Ü , ? - 1 8 6 1 8 = 13033 M Pa

4,5,2, Caract eríst icas resist ent es dos elem ent os de ligação
A estrutura apresent ará ligações com element os metálicos, e t am b ém ligações com
cavilhas; dessa forma, é im port ant e e necessária a det erm inação das características resistentes
desses element os.

4,5,3, Cavilhas
Cavilhas são peças roliças de m adeira com p eq ueno diâm et ro que resist em essen-
cialm ent e a esforços de cisalhament o provocados pelo efeito de corte. As cavilhas d evem ser
feitas com M adeira C60 o u com madeiras m oles im pregnadas d e resina.
Adm it indo que as cavilhas empregadas sejam de madeira C60, tem- se:

f e0k = 60 M Pa

= = 0 ,7 - 6 0 / 1 ,4 = 30 M Pa

U - ^ • f t W k / V W [ - 0,7 .0 ,2 5 .6 0 / 1,4 = 7,5 M Pa

^ = ' Y™ = 0 7 *60 / [1,3.0,77) = 30,3 M Pa

U = 7,2 M Pa

^vm ~ ^nHKi '^ veh' X v = 0,7 • 7,2 / 1,8 - 2,8 M Pa

E£0af = = 0,7. 24500= 17150 M Pa

4,5.4, Elem ent os met álicos


Tam bém foram em pregadas ligações parafusadas com parafusos d e aço, cuja tensão
de cálculo é dada por:

^ = ^ ^ , = 240/ 1,1 = 21BM Pa

4,6, Ações at uant es na est rut ura

Sobre esta estrutura atuam, efet ivam ent e, poucos tipos de ações, sendo estas o peso
próprio da estrutura e das telhas, sobrecargas de utilização event o, Como não existem ações de-
vido à utilização do edifício, e considerando t ambém a natureza leve das estruturas d e madeira,
pode- se dizer que esta estrutura tem função de resistir apenas aos esforços devidos ao vent o.
Ê im p o rt ant e dizer q ue essa ação d o vent o não est á bem definida, pois o proce-
d im ent o para d et erm inação d e esforços d evid o s ao vent o, previst o na ABNT NBR 6123:1988,
não co nt em p la co b ert uras diferent es das usuais. Para a corret a d et erm inação dessas açõ es
recom enda- se ensaiar u m m o d elo reduzido em um t únel de vent o, o que não foi realizado
neste projeto devido ao pequeno port e desta est rut ura.
Será considerado neste trabalho que a pressão de obst rução atuará sobre a estrutura
com seu valor integral, o que, em bora ant ieconôm ico, perm it e que o d im ensionam ent o seja
feito com um nível maior de segurança, Sendo assim, o coeficiente d e pressão ext erna é de 1,0,
e considera- se o coeficient e d e pressão interna para a situação d e 4 (quatro) faces igualm ent e
permeáveis.
Co m isso, nota- se q ue o efeit o p red o m inant e nest e t elhad o é o arrancam ent o da
J
cobert ura por sucção (1,01 kM / m ), seguido de perto pela com ponent e de sobrepressão (0,78
klM/m*}.

4.6.1. Carregam ent os exist ent es


Peso Próprio
2
Telha tipo Shingle: 0,50 kN/ m
2
Peso Próprio da Estrutura: 0,30 kN/ m
Ligações: 3,0%
3
Total Peso Próprio (g): 0,325 kN/ m
3
Sobrecarga de Utilização: q, = 0,25 kN/ m
Vento (Sucção): q ? - -1,01 kN/ m*
3,
Vento (Sobrepressão): q } = 0,78 kN/ m

4.6.2, Forças nodais at uant es


Ut ilizando o conceit o d e área de influência para det erm inar as forças at uant es nos
nós da cobert ura, nota-se que estas serão duas, variando em função da disposição das barras
secundárias.
Dessa form a, deve- se det erm inar um valor d e força nodal referent e a cada um dos
carregament os atuantes, previam ent e cit ados, d e modo que possa ser considerada a com bi-
nação de esforços para Estado Limite Último.

figura 4.15,
Forças nodais
atuantes obtidos peio
éreo de influência.

Para Malha Tipo 1 (Voltada para o lado maior)


J
A, - 0,174 m
Peso Próprio G = A,vtonmlkjifaXWVUPMLHDA
X g = 0,145 kN
Sobrecarga Q, = A, x q, = 0,045 kN
PROJETO E CONSTRUÇÃO DÍ UMA ESTRUTURA DECOÊERÏÏJRA EM MADEIRA EM FORMA DE PARA6ÛLÛIDE HIPERBÓUCQ

Vent o Sucção Q^ = A. x q ; = - 0,176 kN


Vent o Sobrepressão Q, = A, i x q 5 = 0,136 kN

Para Malha Tipo 2 (zwvutsrponmlihgfedcbaVTSRPONMLIEDCB


Voltada para o lado menor)
1
A ,- 0 ,1 3 2 6 m
Peso Próprio G = A, x g = 0,11 kN
Sobrecarga Q, = A, X q, = 0,04 kN
Vent o Sucção -> Q, = A, x q 2 s - 0,14 kN
Vent o Sobrepressâo Q, - A : i x q 3 s 0,10 kN

4,7, Cá leu to dos esf orços

Os esforços são calculad os por m eio de um so f t ware de cálculo est rut ural q ue ut iliza
o m ét od o d o s elem ent o s finit os (M EF), nest e caso, o SAPÍOOO, ut ilizando elem ent o s de BA RRA
(FRAM E). Porém, a part e m ais im port ant e, q ue é responsável direta pela adequada d et erm inação
d o s esforços, é a d et erm inação das hip ót eses de co m p o rt am ent o d a est rut ura. A est rut ura foi
co nceb id a co m o send o um a g relha d e b arras secund árias ( 0 7 cm } rnt ert ravad as, ut ilizand o
cavilhas, q ue por sua vez t êm suas ext rem id ad es presas ás barras principais 10 16 cm) por m eio
de parafusos aut o at arraxant es. Sab end o d a im p o rt ância d o asp ect o co nst rut ivo da est rut ura,
busca- se na sim ulação d o s esforços as análises m ais realistas possíveis. Para t al, ut ilizou- se no
m o d eio duas cam ad as de barras secund árias dist ant es ent re si 3 cm . Nos nós fo ram co lo cad as
p eq uenas barras vert icais, co m 8 cm cad a, ligando as barras secund árias, e essas são apoiadas
sobre as barras principais com rest rições im post as. Buscou- se a criação de quat ro m o d elo s q ue
rep resent assem o f uncio nam ent o d o sist em a em co nd içõ es d ist int as. Os dois mais ext rem o s
servem para a d et erm inação d as envoit órias d as açõ es nas barras, enq uant o o realist a p assa
uma ideia d o co m p o rt am ent o em serviço dos elem ent o s. Relacionando as hipót eses de calculo
co m os caso s recém - cit ad os, tem- se resp ect ivam ent e Hipót ese 1, Hip ó t ese 2 e Hipót ese 3.

4,7.1. Hipót eses de cálculo


4.7.1.1. Hipót ese 1 « Est rut ura int egral
Trata- se d a est rut ura f uncio nand o co m o foi descrit o acim a: as barras superiores são
solicit adas e part e d essa solicit ação é t ransferida às barras inferiores por m eio das cavilhas, q ue
at uam com o p eq uenas vig as eng ast ad as.

4.7.1.2. Hipót ese 2 - Folga no t ravam ent o das cavilhas


É uma análise m ais realist a, em q ue as cavilhas não at uam t ão ef et ivam ent e na t rans-
m issão das solicit ações q uant o na hipót ese ant erior. Considera- se q ue as cavilhas ap resent am
um a d et erm inad a lib erd ad e ao giro, enq uant o presas, ap resent and o um co m p o rt am ent o mais
próxim o de um pino sub m et id o ao co rt e.

4.7.1.3. Hipót ese 3 - Falhas das cavilhas


É um a ab o rd ag em ext rem am ent e pessim ist a, p o rém est a análise t em co nd içõ es de
fornecer a envo lt ó ria d e esforços p ara o d im ensio nam ent o d as barras. Desco nsid era a t rans-
m issão dos esforços pelas cavilhas, d e fo rm a q u e as barras secund árias sup erio res receb em as
ações e deforrnann-se d eslizand o sobre as barras secund árias inferiores.
4,7.2, Combinações das ações
Seg und o a ABNT NBR 7190:1997, o d im ensio nam ent o das barras d eve ser feit o para
a sit uação d e Est ado Lim it e Últ imo (ELU), e estas depois d evem ser verificadas para sit uação
d e serviço, O m ét odo dos est ados limites consiste na majoração das cargas e m inoração das
resistências por m eio d e fatores previstos em norma.
Neste t rabalho serão consideradas duas com b inações últimas normais para os car-
regamentos at uant es na estrutura, e pode- se supor que as situações m ais criticas na estrutura
serão causadas mediant e a ocorrência d e uma ou out ra.
Combinação J: M áxima Sobrepressão: N d = 1,4 - G + 1,4 - Q s + 0,56 - Q,
Combinação 2: M áxima Sucção: N^ = 0,9 • G + 1,4 • Q3

4.8. Dim ensionam ent o da est rut ura

Determinados os esforços nas barras, o passo seguinte é verificar as diferentes seções,


concebidas previament e para as envoltõrias dos esforços atuantes nas barras. Tam bém é inte-
ressante q ue seja feita um a verificação da eficiência mobilizada das barras.
Devid o à simetria da est rut ura p od em ser ident ificados 5 "t ipos caract eríst icos" d e
barras, que d evem ser verificadas p ara as maiores solicit ações obt idas das com b inações d e
carregament os nas situações ext rem as, previamente descritas nas hipót eses de cálculo. Essas
barras podem ser identificadas na Figura 4.16.

BÍRRA PRINCIPI
UW í • B lfen "•
Figura 4.16. Bj-fSASECUND/íart,
ECO I . B7<m
Jipm de bom.

B.flpRAPR.^ CIPÍt,
ytrnmljihgTSKJIHCA
DImJC-OÍÍAL • 0 I6< m

Bf f l f i A PM U CI PA L
LflOÒ I > 0 16cm

BfflRASECUHOApM
LÉM [ • 07<ra

4,8.1. Verif icação das barras


As barras foram verificadas quanto à instabilidade segundo as diretrizes da ABNT NBR
7i90:T997, Esta análise foi realizada em ambas as direções de instabilidade (x e y) ao eixo da peça,
pelo simples fat o da diferença dos com prim ent os de flam bagem . A tabela 4.3 apresent a os re-
sult ados da verificação da estabilidade em relação ao eixo M , por esse eixo ser o m ais critico,
Verificação em relação ao eixo "JC"
Compressão e
Tração
Instabilidade

0
rfa P*
£ • z. ia E E u I 1
É u y ± ±u o
a o. y E SVI
E Z 0 0
n £ iro cCl E
VJ ü •D
c
ia •£•
To —\
rs
« © _j I O
u <

^ _fC
m U D
3
D UJ O
1 T/1
UJ
Principal - Lado 1 3,60 ao 35,0 201,1 3217,0 402,1 4.0 90 Esbelta 350 0,17 0,87 0,42 0,04 0,01


1
Principal - Lado 2

Principal - Diagonal
16

16
3,15

4,20
6,0

5,0
20,0

7,0
201.1

201,1
3217,0 402,1

3217,0 402,1
4,0

4,0
79

105
Med. Esbelta

Esbelto
185

306
0,10

0,03
0,46

0,76
0,22

0,32
0,03

0,02
0,01

0,01
s

5 Secundaria - Lado 1 7 0,35 3,5 16,8 38,5 117,9 33,7 1,8 20 Curta 24 0.44 0,71 0,46 0,09 0,03

Secundária - Lado 2 7 0,35 3,0 8,8 38,5 117,9 33,7 1,8 20 Curta 19 0,23 0,57 0,32 0,08 0,02

Principal - locfo 1 16 3,60 8,0 24,4 201,1 3217,0 402,1 4,0 90 Esbelta 425 0,12 1,06 0,47 0,04 0,01

Principal - Lado 2 16 3,15 5.8 18, 8 201,1 3217,0 402,1 4,0 79 Med. Esbelta 266 0.09 0,66 0.30 0,03 0,01
íü Cf
-0 Principal - Diagonal 16 4,20 4,8 16,0 201,1 32170 402,1 4,0 105 Esbelta 317 0,08 0,79 0,35 0,02 0,01 EZ?
.a 30

Secundária - Lado 1 7 0,35 4,4 8,5 38,S 117,9 33,7 1,8 20 Curta 36 0,22 1,07 0,52 0,11 Q,04

Secundária - Ladú 2 7 0,35 4,0 7,5 38,5 117,9 33,7 1,8 20 Curta 31 0,19 0,91 0,44 0,10 0,03

Principal - Lado í 16 3,60 16,3 54,0 201,1 3217,0 402,1 4.0 90 Esbelta 459 0,27 1,14 0,56 0,08 0,02
5
9
Principal - Lado 2 16 3,15 10,0 33,5 201,1 3217,0 402,1 4.0 79 Med. Esbelta 304 0,17 0,76 0,37 0,05 0,02
a>
s Principal - Diagonal 16 4,20 2,7 9,5 201,1 3217,0 402,1 4,0 105 Esbelta 353 0,05 0,88 0,37 0,01 0,00

í Secundária - Lado 1 7 0,35 4,2 15,0 38,5 117,9 33,7 1,8 20 Curta 43 0,39 1,29 0,67 0,11 0,03

Secundária • Lodo 2 7 0,35 2,8 9,5 38,5 V 7,9 33,7 1,8 20 Curta 40 0,25 1,20 0,58 0,07 0,02
4.8.2, Di m en si o n am en t o d as l i g açõ es
Ex i s t e m 5 t i p o s d e l i g a ç ã o n e s t e t e l h a d o , s ã o e í a s:
• Ligação entre Peças Secundárias (Tipo 1);
• Ligação Peça Secundária / Peça Principal (Tipo 2);
• L i g a ç ã o e n t r e Pe ç a s Pr i n c i p a i s n a C u m e e i r a ( T i p o 3);
• Ligação entre Peças Principais no Balanço (Tipo 4);
• Ligação entre Peças Principais e o Resto da Estrutura (Tipo 5).

figura 4.17.
Tipos de ligações.

Como todas as ligações, estas dependem diretamente dos esforços máximos atuantes
nas barras, porém, ao lidar com barras redondas, outro fator problemático pode sera geometria
das barras e elementos d e ligação.

4.8.2.1, l i g açõ es Ti p o i
São as ligações entre as barras secundárias, feitas através de cavilhas, q ue visam ao
com port am ent o d e grelha por parte da est rut ura (Figura 4.18), Essas cavilhas d evem ser di-
mensionadas ao cisalhamento e ao ennbutimento, considerando i plano de corte, Apesar de
a ABNT NBR7190:1997 admitir somente a utilização de cavilhas com diâmetro superior a 16 mm,
no projeto da cobert ura estudada foi utilizada cavilha com diâmetro de 10 mm por se tratar
de peça secundária em que a ruptura de uma cavilha não comprometerá a segurança global
da estrutura.
Da geometria da ligação: t , 6,0 cm; t , = 6,0 cm ^ t - 6,0 cm

Figuro 4M
Ligação I,
O procediment o é o m esm o utilizado para ligações pregadas, utilizando o p e o p,
para verificar se há esm agam ent o o u flexão da cavilha.

P|jffl = zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
2; e Vd = 0,5fl kN

a
I Tentativa (d = 1,0 cm)

p = Í = — = 6 > p llm = 2,0 Ocorrerá flexão da cavilha


d 1

f -J
J i
Rvfl.1 = 0,4.d .- EaíflE.
n = 0 ,4 .1 ,0 .- = 0,60 kN s 0,53 kN

4,3,2,2, Ligações Tipo 2


Lig am as p eças secundárias às p rincip ais, t ransferindo ap enas esforços norm ais e
cort ant es. Para utilizar um a ligação que t rabalhe co m o aquela idealizada foi em p reg ad o um
parafuso de 8,0 min, aut oat arraxant e, com pré-furação.

Figura 4.19.
Ensaios de tração nos
parafusos
autoatarraxantes.

Para determinar a capacidade dessa ligação foram ensaiados, t ambém no laboratório


de M adeiras e Estruturas de M adeira da EE5C, corpos- de- prova com parafusos instalados em
um a peça d e madeira do m esm o tipo e classe d e resistência que foi em pregada na est rut ura
(ver Figura 4.19).
O ensaio consist iu em verificara força da ligação parafuso/ madeira. Para fins d e pro-
jeto, a força obtida foi d e 12,6 kN.

4,8.2.3. Ligações Tipo 3


Essa ligação foi execut ad a ut ilizando parafusos e um a chap a de nó em aço. Dessa
forma é necessário verificar t ant o a seção da peça d e madeira com o da chapa de aço. Serão
empregados, nest a ligação, parafusos 0 16 m m com 2 planos de corte, e chapa de aço A36 de
6,35 m m de espessura,
P = t / d = 7,5 / 1,6 = 4 J

p > (5 o caso crítico é a flexão do pino.

" ».,= 0 ,6 2 5 - - f>d. = 0,025- — - 2 0 ,3 = 9,2 kN zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQP


R 3,6

^ = 2 - 9 , 2 4 = 1 8 ,4 3 ^

N. Tô _
Número de Parafusos - — ~ = 0 ifSM
,S6 M ínimo 2 parafusos [OK}
R^ 13,43

Espessura da Chapa de ligação # 6,35 mm

Dessa forma deverão ser utilizados 2 parafusos na direção perpendicular da peça.

Figuro 4.20.
ligação 3,

4.8.2.4. Ligações Tipo 4


Também deverá ser feita utilizando uma chapa metálica, disposta em um sulco feito
no plano médio das peças (ver Figura 4.21}.
Embora exist am na estrutura 2 t ipos de balanços, com geometrias diferentes, a soli-
citação nestes t am b ém é muito baixa, o que permit e que seja feito o dim ensionam ent o para
o caso mais crítico dos dois,

Como no caso anterior:

f. 20, 6
= 3,6
2,5

p s t / d = 7,5 / 1 ,6 = 4,7

p > í\ n i o caso crítico é a flexão do pino.


R = 0 , 6 2 5 - ™ - f . = 0,625 • — > 20,8 = 9,2 ktt zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGF
frtn * 3- 6

R ^ = 2- 9 ,2 4 - 1 8 ,4 0 kiN

N, 54
Número de Parafusos —<— ~ = 2,92 ^ 3 parafusos [OK]
R^ 18,48

Espessura da Chapa d e ligação # 6,35 m m

Figura 4.21.
ligação 4.

4.8.2,5. Ligações Tipo 5


Esta é a ligação mais complicada e, t am bém , importante desta estrutura. Ela é respon-
sável por unir elem ent os pert encent es a três planos distintos (ver Figura 4,22).
Foi confeccionado um conect or em aço A36, cilíndrico, com costura e abas volt adas
para a direção das peças que cheg am ao nó,
Este conect or é preso à cabeça do pilar por meio d e parafusos, tal com o as ligações
entre as abas dos conectores e as barras principais. Para o dimensionamento das abas, segue-se
o procediment o e os materiais adotados nos it ens anteriores,

p = t / d = 7,5 / 1,6 = 4,7

p > p lini o caso crítico é a flexão do pino,

R^ , = 0,625 • j p • ^ = 0 ,6 2 5 .^ - • 20,3 = 9,2 kN

R = 2 • 9,24 = 18,48 kN
Diagonal

Nd lõ
Número d e Parafusos = 0,86 M ínimo 2 parafusos [OKI
R^ 10,48

io d o J

55
Número d e Parafusos -> = .. = 2,97 M ínimo 3 parafusos LOK}
R 18,48

Lado 2

Nd 20
Número de Parafusos = 1,0â M ínimo 2 parafusos [OK]
R^ 18,48

Espessura da Chapa de ligação # 6 r 3 m m .

figura 4.22,
ligação 5,

4.S.3. Dim ensionam ent o dos t irant es


São elem ent o s esp ecificad o s para garant ir a est ab ilid ad e da est rut ura. Devem ser
feitos co m barras lisas ou cordoalhas de aço ancoradas por m eio de porcas e placas nas ext re-
m idades.
Os esforços no s t irant es foram d et erm inad o s de acord o co m o m odelo d e análise
estrutural, sendo d a ordem d e 10 kN, possivelm ent e devido a t odo o enrijecim ent o proporcio-
nado pelo efeit o de grelha.
2
Ut ilizando uma barra de aço com f yt - 24 kN/ cm , e considerando que est a som ent e
será solicitada à t raçào:

Nu, = 10 kN

2
f í d = 2 5 / 1 ,15 = 21,74 k N/ cm

2
= — = 0,46 cm ^ > 0,7805cm ^ = 10,0m m [OK]

4.8,4. M ont agem da est rut ura


Além do dim ensionam ent o, outro pont o im port ant e, e m arcant e, d e um projeto é a
m ont agem (execução em obra) daquilo que foi projet ado. É de fundam ent al im port ância que o
processo const rut ivo seja considerado na et apa de projeto, pois evita problemas de conferência
e eventuais improvisos a serem realizados em canteiro, e que muitas vezes não são adequados.
Por tratar-se de uma estrutura exist ent e, todo o processo d e m ont agem foi registrado fotogra-
ficamente e encontra- se aqui com ent ado,
Para a construção da cobertura optou-se por urna pré- montagem em nível do terreno
e depois a montagem no local original, Foi escolhido esse procedimento pois os profissionais da
m ont agem nunca t inham t rabalhado ainda com est e tipo d e est rut ura e a altura d e 12 metros
dificultaria a solução de possíveis problemas. Sendo assim, a et apa seguint e foi um a separação
e m ont agem esquem át ica das barras que irão com por a est rut ura, ainda no solo, com o pode
ser ob servad o na Figura 4.23, Nas Figuras 4.23 a 4.34 são apresent ados esquem at icam ent e os
procedimentos de m ont agem , que são:

a} Pré- montagem da estrutura (no solo)


< Classificação das peças;
• Posicionamento preliminar;
• Cort e em ângulo das barras secundárias;
< Posicionamento e furação das chapas d e ligação.

b) M ont agem na posição final


< Proteção das chapas cont ra a corrosão;
• Escorament o dos balanços da est rut ura;
* Confecção das ligações entre as barras principais e secundárias;
• Ligação das barras secundárias entre si.

Figrn 4.21
Disposição pteUminor
dos borras.

Figuro 4.24.
Ugoção (Sido apoio do
estruturo.

Figuro 4,25.
Pintura óbose de
epóxi peita as peças
de aço as fase de
pré-monlagem

Figuro 4,26.
ligação (3) do ná
central da cobertura.
figura 4.27,
Corte em ângulo
utilizando
motossem

figura 4.28,
Posicionamento da
malha.

figura 4.29.
Pré-moniagem
finalizado.

Figura 4.10,
Confecção dos
ligações ealre as
barras principaiszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
e
lecunddrios,

Figura 4M
ligação das barras
secundárias pot
cavilha,

Figura 4.12,
Vhdo geral da
tmlha pronta.

Figura 433,
Visualização dos
tirantes metálicos,

Figura 434.
Vista geral da
estrutura pronto,
4.8.5. Principais conclusões
Em bora est a cobert ura apresent e uma form a pouco co nvencio nal o que a dest aca
est et icam ent e do visual cotidiano, dois outros tópicos merecem um dest aque especial: a sim-
plicidade dos element os e t am bém a facilidade d e execução.
Por tratar-se de um telhado de madeira, a utilização de peças roliças é um ponto muito
positivo t ant o do pont o de vist a econômico, por serem mais baratas que as suas similares em
madeira serrada, quant o do pont o d e vista ecológico, já q ue permite a utilização de madeira
d e reflores lam ent o e m enores desperdícios.
Em um telhado com o este, é inegável a importância da estética, porém é interessante
analisar os benefícios propiciados pela forma do t elhado. A geom et ria da estrutura pode ser
rep resent ad a com o um a série d e grelhas sobrepost as, efeit o q u e aum ent a a resist ência e a
rigidez da est rut ura.
Outro ponto interessante são os mecanismos d e suspensão e compressão, que evit am
o aparecimento de efeitos significantes de momentos fletores, de forma que as barras trabalhem
basicament e sob tração ou compressão.
Na verificação das barras, pôde notar-se a ocorrência de uma folga d e resistência. As
soluções para melhorar o aproveit am ent o delas seria a redução do diâm et ro e/ ou núm ero de
barras. A prim eira é inviável, dado que o diâm et ro d e 7,0 cm é a m enor dim ensão comercial.
Enquant o a redução no número de barras acarretaria uma menor definição da curvatura, o que
levaria a um a pior definição da forma, algo que definit ivam ent e não é Interessante.
Núbia dos Santos
Saad Ferreira
Professora Assistente da

Estruturas lamelares
Universidade de Uberaba

Carlito Cali! Júnior


Professor lMorda Estola de Engenharia de madeira
de São Carlos do
Universidade de São Paulo

5.1. Int rodução

As est rut uras lam elares de m adeira são co m p o st as p o r elem en-


t os d eno m inad o s lam elas, q u e se int erligam co m p o nd o uma m alha losangular t rid im ensional.
As lam elas são p eças relat ivam ent e longas e d e p eq u en a espessura. Esse t ip o de est rut ura é
d eno m inad o na língua inglesa de "segmentai lattice-vaults" ou "lamella roof", e se const it ui de
barras int ercept adas q ue form am um conjunt o de "X", com pond o uma malha curva denom inada
ab ó b ad a lamelar, q ue pode ser dos seg uint es t ipos:
• semicilindrica, o u seja, com eixo transversal em forma d e arco circular (Figuras 5.1 e 5.2);
- parabólica, com eixo transversal em fo rm a de arco parabólico;
• em quatro águas (Figura 5,3); ou em format o d e cúpula (Figura 5,4),

Figuro 5.1
Estrutura lamelar de
madeiro construída
na cidade do Pio de
Janeiro no década de
1950, pelo empresa
SOCIEDADE Jim
LIDA. (Cesor, 199!}.

Figuro 5.2.
Protótipo lamelar
montado rw LoMEW
FESCMPem 1991
Dimensões:
5,18 m x 4,00m.
Figura 5.3.
Fsttitm lamelar de
madeira construída em
útritibú-PRm 1927
pela empresa HAUff
(Cesar, 1991).

(a) Aspecto geral externo (b) Aspecto geral Interno

Figura SA
Cúpula lamelar de
madeira do centro de
recreação Pine Mills
nos Estados Unidos.
Diâmetro: 42,6 m
(Huntinglon 1975).

"Perrilb,zxwvutsrponmljihgfedcbaZXVUTSRQPONMLJIHGFEDCBA
F. (1997) Para os casos de abóbada parabólica e de cúpula, as peças não são padronizadas. A
Sede da empresa maioria das est rut uras lamelares construídas é semicilíndrica, o q ue se deve à facilidade de sua
TtKNOSASõobtíh. execução, principalment e, por seus element os serem padronizados (Perillo"', 1997}.
Comunicação pessoal. Segundo Lot hers (1971), o sist ema est rut ural lam elar foi int roduzido na Europa em
1908 e nos Est ados Unidos em 1925. No Brasil, isso ocorreu em 1922 (Perillo, 1997],
Ainda, de acordo com Lot hers (1971), as est rut uras lam elares de madeira foram lar-
gament e em pregadas entre os anos d e 1920 e 1960 para cobrir ambient es que abrangessem
grandes áreas como galpões industriais, ginásios, auditórios, pavilhões d e exposição, garagens,
depósitos, igrejas, salões d e clube e outros.
De acordo com Cesar (1991}, um dos exemplos mais antigos de utilização de estruturas
lamelares no Brasil á a est rut ura de cobertura do edifício da M alharia Curit ibana, em Curitiba,
Paraná, construída pela em presa HAUFF em 1927, conform e Figura 5.3.
A Figura 5.1 representa uma estrutura executada pela empresa SOCIEDADE TEKNO LTDA.
na cidade do Rio de Janeiro, na década de 1950, para servir de depósito (Cesar, 1991).
O sistema estrutural do tipo lamelar gera uma forma tridimensional leve e visualmente
agradável, co njug ad a ao eficient e co m p o rt am ent o est át ico (abóbada), co m a, vant ag em d e
uma composição harmônica d e distribuição de elem ent os e, consequent em ent e, de esforços,
descaract erizando planos específicos de rigidez.
Podem ser ponderadas outras vant agens quant o ao uso deste tipo de est rut ura:
* A principal vant agem se refere ao aspect o da industrialização das construções, jã que
as lamelas são padronizadas e p od em ser confeccionadas em am bient e indust rial.
• Há a p ossib ilid ad e de ut ilização de p eças de co m p rim ent o red uzid o, q ue se ad ap t a
ao caso d e m ad eiras de reflorest a m ent o.
• Há a possibilidade d e se fixarem os elem ent o s de ved ação d iret am ent e sobre a estru-
t ura, d isp ensand o - se o uso de p eças int erm ediárias, com o as t erças,
• O sist em a lam elar é de fácil e ráp id a m o n t ag em , e sua co n st ru ção req uer m ão d e
obra de fácil t reinam ent o ,
• A ab ó b ad a lam elar ap resent a bela sup erfície int erna, co nferid a p ela m o d ulação lo-
sang ular d est e sist em a t rid im ensio nal,

Este capít ulo t em com o o b jet ivo s a invest igação de obras const ruídas com a ut ilização
de est rut uras lamelares d e madeira para cobert uras, e a apresent ação de um est udo teórico e ex-
perim ent al dest e tipo est rut ural, propond o as recom end ações para seu d im ensio nam ent o com
base na at ual norm a brasileira para projet o de est rut uras de m adeira, ABNT NBR 7190:1997.

5.2. Hist órico

O p erío d o co m p reend id o ent re o final dos anos vint e e m ead o s d o s anos cinq uent a
do século XX é d eno m inad o por Grandi (1985) co m o o t erceiro p erío d o da indúst ria da cons-
t rução civil no Brasil, no q ual o su b set o r d e ed ificações ap resent o u um a int ensa p ro d ução , a
qual p o d e ser co nsid erad a im p ar na hist ória d a co nst rução civil b rasileira. Est e f en ó m en o se
d eu em função da m ud ança na eco no m ia brasileira, que ant es era ag ro exp o rt ad o ra, passando
para um a eco no m ia indust rial, o q ue o casio no u o crescim ent o acelerado, p rincip alm ent e das
g rand es cid ad es d a região Cent ro- Sul d o país,
Co m a evidência do d esenvo lvim ent o das cidades, o subset or de edificações da cons-
t rução civil expandiu- se g rand em ent e e, em co nseq uência, t am b ém o ramo d as em p resas q ue
t inham sua p ro d ução vo lt ad a para a co nst rução d e est rut uras de m ad eira. M uit as d essas em -
presas fo ram fund ad as por eng enheiro s e/ ou carpint eiros d e o rig em europ eia, send o a HAUFF
um exem p lo delas.
Cesar (1991) relata que, no início desse período de exp ansão d a const rução civil, verifi-
cou- se uma grande m udança na art e de projet ar e execut ar est rut uras de m adeira. Isto decorreu
d a vinda de m uit os eng enheiro s euro p eus, q ue fo ram responsáveis p ela int rodução de novos
sistemas const rut ivos no Brasil, os quais foram possíveis de ser execut ad o s graças a uma mão de
obra t am b ém im igrant e que t ransferiu este novo processo de construir a carpint eiros brasileiros.
Nesse período, a partir d o exem p lo da HAUFF, fo ram surg ind o várias em p resas q ue ad o t aram
o sist em a est rut ural lam elar d e m ad eira na co nst rução de ed ificações q ue ab rang essem gran- Figura J,í. zvutsrponmligfed
d es áreas. Co m o exem p lo , pode- se cit ar as em p resas: SOCIEDADE TEKNO LIDA* CALLIft & CALLIA, Estrutura lamelar de
A, SPILBORGHSS CIA LTDA., d ent re outras (Callia, 1951). A Figura 5,5 mostra uma est rut ura lamelar madeira construído
d e m ad eira const ruíd a em São Paulo em 1950, p ela em p resa A. SPILBQRGH5 & CIA LTDA, em São Paulo, em
modsmm,
t m

Figura S.ô.
Estrutura construído
pela empresa
Sociedade feto uda.
em São Paulo,
Ml m.
A em presa SOCIEDADE TEKN O LTDA. construiu, em 1950, uma estrutura lamelar de ma-
'Perillo, í (19971 deira em sua sede, na cidade d e São Paulo, cujas dim ensões em p ro jeção horizont al são d e
Sede da empresa 25 m x 40 m [Figura 5.6], Tal em presa const ruiu q uase d uzent as est rut uras lamelares de m a-
MHO SA, São Pauto deira de 1950 a 1955, sendo sua grande maioria execut ad a no estado de São Paulo, [Perillo*
Comunicação pessoal. 1997). Neste capít ulo estão apresent adas, t am bém , algumas est rut uras lamelares de madeira
construídas em outros países (Figuras 5,7 a 5,13),

Figuras. 7.
Abóbada lamelar de
madeira de um ginásio
de esportes em Moscou
(Karlseaetd, 1976).

Figura S.S.
Abóbada lamelar de
madeira do ginásio de
esportes Sports Arena,
EUA (íotbers, 1971).

Figura 5.9.
Estrutura lamelar de
madeira construída
em Berlim, em 1930
(VonBuren, 19SS).

Figura SM
Cúpula lamelar
construída m
EUA, com dimensões de
S0mx99m
(CasmUapper, 1958)

Figura 5.11
Estrutura lamelar
1
comdreode669m l

construída em
mm EUA
(Huntington, f975).

Figura 5,12.
Vista interna da
cobertura de uma igreja
construída em 1967,
no Alemanha
(flatterer et al„ 1994).
Figura 5.13.
Abóbadas lamdares
múltiplas com MIC,
construídas em
1996, em Ousstldoii,
Alemanha. Vão de
cada abóbada: 42 zyxwvutsrqp
rr? (fíoltibaaten ia
llordrhein-Westfolen,
1997).

A partir da pesquisa bibliográfica realizada, constatou- se a exist ência d e est rut uras
lam elares execut ad as com elem ent o s confeccionad os em aço ou em concret o arm ad o pré-
- m oldado (Figuras 5.14 a 5,16).
Figura 5.14.
Abóbada lamelar em
o^ o poro cobertura de
uma quadra de ténis
(Mafowiki, mi).

Figura 5.15.
Estrutura trdiçada
em aço construída na
Itália, em 1915, com
dimensões;
JÉ..É x WlSm
(Makowski, 1984}.

Figura 5.16. Cúpula


lamelar composto
por elementos
pré-moldodos de
concreto armado, como
cobemro do Paiacel?
dos Esportes construído
em Homo, em 1957.
Diâmetro do cúpula:
80 m (Nervi, 196)).
5.3. Caract erização da est rut ura

Segundo a literatura consultada, o sistema em abóbada semicilíndrica foi o nnais utili-


zado dentre os quat ro tipos de estruturas lamelares de madeira, devido à sua grande facilidade
const rut iva. Por isso, neste capít ulo será anaüsado, especificam ent e, est e tipo est rut ural,
A est rut ura lamelar cilíndrica é co m p o st a por um a malha losangular curva, em q ue
cada nó reúne o meio d e um a lam ela (cont ínua) e as ext rem id ad es d e duas out ras lam elas
(Figura 5,171 Cada lamela corresponde a duas barras na estrutura t ridimensional.

Caso a est rut ura est eja ap o iad a sobre paredes o u vigas, que são as situações mais
usuais, os esforços horizontais que o sistema lamelar exerce nestes apoios serão absorvidos por
tirantes, Se a estrutura se apoiar sobre contrafortes, a fundação será responsável por absorver
tais ações. Normalment e, os nós posicionados no cont orno da est rut ura são considerados ar-
ticulações em apoios fixos (Figura 5.1S), e as ext rem id ad es das barras são consideradas co m o
contínua/ articulada ou vice-versa (Figura 5.19). Logicamente, tais considerações deverão ser feitas
em função do tipo de ligação que se deseja executar entre os element os da estrutura, para cada
consideração d e projeto. Os element os geom ét ricos do arco circular [correspondente à seção
t ransversal da ab ób ad a cilíndrica) e da unidade da malha lam elar est ão represent ados pelas
Figuras 5,18 e 5.19, respectivamente, e suas relações estão expressas nas equações (5.1) a (5.6).

Figuro 5.18,
Elementos geométricos
do arco da abóbada
semicilindrko,

Figuca 5/lfl
Detalhe da unidade da
malho {andar.

J
4h + L'
8- h

dj, = arcsen
m a -R
e =- 5.3
90

h = R (l - co so j 5.Í

p = arct arif p I
5.5

5.6
sen ^

5,4, Aspect os const rut ivos d a abóbada lam elar

5.4.1. Tipos de ligações int erl am e lares


Segundo Karlsen et ai. (1976), exist em dois t ipos de sistemas const rut ivos da malha
lam elar em função dos t ipos de ligações int erlamelares:
• Sistema Peselník com Ligações Encaixadas;
* Sistema Zollbau com Ligações Parafusadas,

5.4.1.1. Ligações encaixadas


As lam elas possuem pont as d e encaixe em suas ext rem id ad es e um a ab ert ura no
m eio d e seu co m p rim ent o (Figura 5.20), Três lamelas se encont ram em cada nó, sendo que
duas lamelas têm suas ext remidades encaixadas na abert ura de um a terceira lamela, formando
com esta um ângulo agudo,

a) V h M Idignai d a In t í S Figuro 5JQ,


Representação da
b[ Yitls supertM de Meauçe M<IÍ crêí tamei»
fíflíifáo interlamelar
c) V y ü b d i d o V Ka i Kt M M t r a b t s I j i n n i j a
encaixada.

5,4,1,2, Ligações paraf usadas


Cada lamela contém orifícios em suas extremidades e no meio de seu comprimento. As
extremidades d e duas lamelas são fixadas a uma terceira lamela através de parafusos (Figura 5,21),
O ângulo formado entre duas lamelas adjacentes normalmente é de 45° (Karlsen et a L 1976).

Figuro 5.21
Representação da
ligoçào interlamelar
teoliiado com m
parafuso.
5.4.1.3. Out ros t ipos
Existem outros tipos de ligações possíveis de ser utilizados para a conexão interlame-
lar. Co rro sugerido por Natterer et al. (1994), p od em ser usadas chapas met álicas pregadas, ou
com dentes est ampados, ou, ainda, chapas metálicas em but id as nas peças d e madeira (Figura
5.22).

figura 5.22.
Representação das
ligações interlamehres
com a utilização de
chapas.

(a) Chapas fixadas externamente ás lamelas (b) Detalhe das chapai embutidas nas lamelas

5.4.2. Tipos de nós da m alha lam elar


Distinguem- se três tipos d e nós na malha lamelar (Figura 5.25), em função da posição
que o cup am na est rut ura {Karlsen et al., 1976):
• Nás principais; são int ernos à m alha lamelar, ou seja, não se sit uam no cont orno da
est rut ura;
• Nós laterais: posicionam - se no co nt o rno lat eral da est rut ura, co rresp o nd ent es aos
pontos d e encont ro ent re a malha e a estrutura de apoio lateral (vigas, cont rafort es,
paredes estruturais e outros);
• MSs de extremidade: situam-se nos arcos de ext rem id ad e da est rut ura.

figura 5.23.
Jipos de nós do
malha lornlor.

5.4.3. Det alhes geomét ricos das lam elas


As lamelas são projetadas de acordo com as dimensões da estrutura que se pret ende
obter, sendo seu formato est abelecido pela curvat ura da estrutura e pelo ângulo ínterlamelar. A
seguir, são apresent adas as configurações geomét ricas que as íamelas d evem ter para com por
as est rut uras lamelares tridimensionais,

5.4.3.1. Bordas
A borda inferior da lamela é horizont al plana e a borda superior p o d e ser curva (Fi-
gura 5.24), o u inclinada, com as variantes da Figura 5,25. Quando as lamelas possuem a borda
superior curvilínea, aco m p anhand o o format o do arco circular, a superfície da ab ó b ad a fica
perfeit am ent e curva. Mos dem ais casos, a superfície da estrutura é poligonal.
Figuro 5,24.
n> Un- U- Jt a j m t f i a ü m í i »
Borda superior
m á»,
• m i l p n j j «I«l » Um g l j
ci wponorrouioâfrtt cc^ i a ^ jwi« cuivi b> LWT44 P4ÍWlát J IH

5.25.

blDufli ndwuMpe«! Bordo superior


com chanfros.
•j Lamsin pn^ «]** rc pim

5,4,3,2, Chanf ros de ext rem idade


Cada lamela possui dois tipos de chanfros de extremidade, sendo um para possibilitar
a m odulação losangular da malha, o u seja, a fo rm ação d o âng ulo int erlameíar (p), e o out ro
responsável pela curvat ura do arco lamelar (Figura 5.26),

Figura 5.26.
Chanfros de
i j Ch an f TO i CKW i y i íTO t p n u Ju g u l o m t ort onHjt jr extremidade
da lamela.
ktChBArroreipontúvtl pciEMwalL^ afó arco!jnvulai

5.4,4. Recomendações geomét ricas


Segundo Karlsen et al. Cl976), as dimensões da abóbada lamelar são definidas d e acor-
d o com a finalidade da est rut ura a ser cobert a, sob o pont o d e vist a funcionai e arquitetônico.
Para o dimensionament o das lamelas, deve-se minimizar o desperdício de madeira e, ao mesmo
t em po, utilizar os máximos com prim ent os possíveis para as peças.
Com relação ao ângulo interiamelar, Karlsen et al. (1976) afirmam que o mais usual é o
e de 45°, mas pode variar de 35° a 90°. Por out ro lado, Lothers (1971) recomenda que as lamelas
est ejam dispost as de forma que o ângulo form ado entre elas est eja próximo d e 40°.
No que se refere às proporções dimensionais da área a ser coberta, Karlsen et al. [1976)
recomendam q ue a m alha lamelar t enha com prim ent o no m áxim o igual a d uas e meia vezes
a largura. Caso est a razão seja maior, devem ser dispost os element os intermediários, transver-
salment e à est rut ura, com o se fossem duas o u mais estruturas lamelares coligadas. A mínima
1
espessura das peças é de 2,5 cm e a mínima área, d e 35 cm .
Segundo Sch eere Purnomo (1935), esta razão pode ser no m áxim o igual ao dobro e,
ainda, de acordo com o item 10.2.1 da ABNT NBR 7190:1997, as peças devem ter espessura superior
2
a 2,5 cm e área da seção transversal superior a 35 cm .
5.5. Cálculo das est rut uras lam elares

5.5.1. Cálculo simplif icado


Os m ét odos ut ilizados para o cálculo de est rut uras lam elares, antes do ad vent o da
inform át ica, eram bast ant e sim plificados, pois não se considerava a est rut ura g lob alm ent e,
devido à com plexidade da malha lamelar, De acordo com a literatura consultada, os esforços
eram det erm inados para um arco circular biart iculado e eram decom post os nas direções pa-
ralela e perpendicular aos eixos definidos pelas lamelas, em função de sua posição ao longo
do arco. Considerava- se que t al arco t inha seção t ransversal igual à do meio da lamela, para a
det erminação dos m om ent os de inércia, com área da seção t ransversal duas vezes maior q ue
a lamelar,

5.5.2. Cálculo aut om at izado


Atualmente, ê possivel o cálculo exato das estruturas lamelares tridimensionais, consi-
deradas globalmente, devido à existência de recursos computacionais cada vez mais avançados.
A principal preocupação que se deve ter q uand o da ut ilização dos pacot es co m p ut acio nais
refere-se à sua correta m odelagem , que é com plexa, pois cada barra possui inclinação especí-
fica, em função de sua posição na malha curva. Outra dificuldade se refere à det erminação das
cargas distribuídas geradas pelas telhas, bem com o as cargas d e vent o. Os aut ores ut ilizaram
o soft ware GESTAUT (Gesualdo, 2009}, dest inado à geração e cálculo de estruturas ret iculadas
tridimensionais quaisquer. Este programa computacional possui módulo lamelar específico, com
capacidade de avaliar est rut uras constituídas por barras de ext rem idades cont ínuas e/ ou arti-
culadas, com geração automatizada dos dados e facilidade de ent rada, possibilitando interface
iterativa com o calculista, que pode visualizar, d e forma rápida, os dados gerados (quant idade
de barras, nós, com prim ent os das barras, volum e total d e madeira, etc.), quando da alteração
de algum dado de entrada. Destaca-se que o GESTftUT calcula as propriedades de área e inér-
cias, considerando- se seção t ransversal qualquer; carrega a est rut ura com cargas dist ribuídas
por área, com forças de vent o, com o peso próprio gerado aut om at icam ent e ao se fornecer o
peso específico da m adeira; faz a com b inação dos carregam ent os; d esenha a malha g erad a,
permitindo sua visualização ampliada e sob quaisquer rotações segundo os eixos x, yr z; mapeia
os esforços nas barras com colorações diferenciadas e, t am b ém , d esenha a m alha d eform a-
da na escala desejada. Além disso, o GESTRÜT gera dados para análise em outras ferram ent as
comput acionais.

5.6. Carregam ent o e dim ensionam ent o de est rut uras lamelares

5.6.1. Área de inf luência de um rio


Para as estruturas em est udo, consideram- se as cargas concentradas sobre os nós da
malha lamelar, det erm inadas a part ir da área de influência de cada nó (Figura 5.27).

figura 5.27,
Área de influàm
de um ná da
malha lamelar.
ESTRUTURAS IAMELAIÍES DE MADEIRA

A área de influência d os nós da est rut ura é calculad a at ravés da eq uação {5.7}:

c 6
A= -" - co s [ p / 2}

Ond e:
C(j n : co m p rim ent o da unid ad e de m alha lamelar;
co m p rim ent o da lam ela;
P: âng ulo int erlam elar,

5.6.2, Ações
Para a est rut ura em quest ão, d evem ser co nsid erad as as ações p erm anent es (peso
próprio, t elhas, elem ent os d e fixação e outras) e a ação variável (vento). A carga perm anent e {P)
at uant e em cada nó d a m alha lamelar é calculada a part ir d o p eso específico zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaWVUTSRQPONMLJIHGFED
iy) da madeira e
da carga (p} provenient e de telhas e de out ros elem ent os q ue forem fixados na est rut ura {como
terças) (equação 5,8):

P = {1,03} • V • V + P • A

Ond e:
v: vo lum e d e m adeira de uma lam ela;
A: área de influência do nó;
(1,03) fator que represent a o peso próprio da m adeira e das peças m et álicas de união
que, de acordo com o it em 5.5,2 d a ABNT NBR 7190:1997, deve ser est im ado com o sendo
3% d o peso próprio da m ad eira.

A ação d o vent o d eve ser co nsid erad a seg und o as prescrições cont idas no An exo E
da ABNT NGfi 6123:1988,

5.6.3, Com binações das ações


De aco rd o co m o it em 5 da ABNT nb r 7199:1997, as ações at uant es nas est rut uras de-
vem ser com b inad as, const it uind o os carreg am ent os, Para o t ipo est rut ural em quest ão, o car-
reg am ent o é do t ip o norm al, pois inclui ap enas as ações d ecorrent es do uso previst o para a
const rução. Segundo o it em 5.2,1 d a norm a supracit ada, o carregam ent o norm al corresponde á
classe de carregam ent o de longa duração, podendo ter duração igual ao períod o d e referência
da est rut ura. Tal carreg am ent o d eve ser co nsid erad o na verificação d a seg urança, t ant o em
relação aos est ados limites últ im os co m o aos d e ut ilização,

5.6,3,1. Com binações em est ados limit es últ imos


Co m b inaçõ es Últ im as Normais

F = 7 y <F +y 0,75- F
d Z . Í GI OM. Í Q '
J
Qk
1-1

Ond e:
F( ,k: valor caract eríst ico das ações p erm anent es;
FQk: valor caract eríst ico d a ação variável: vent o;
VG e y^ . coeficientes de ponderação relativos às ações permanentes e variáveis, respec-
t ivament e, Seus valores são obt idos através das Tabelas 3 ,4 e 6 da referida norma.

De acordo com o item 5.5.1 da norma brasileira em quest ão, o fator 0,75 é utilizado
para se levar em cont a a maior resistência da madeira sob a ação de cargas de curta duração,

5.6,3.2. Com binações em est ados limit es de ut ilização


Com binações de Longa Duração:

m
M ^ d .iflí
=
Z ^ Gl * ' ^
i-t

Onde:
FGlk : definidos no item ant erior;
H> - F0 k : expressão que representa o valor de longa duração para a ação variável.

Para o cálculo das est rut uras lamelares, a ação variável è o vent o e, de acordo com a
Tabela 2 da ABNT NBR 7190:1997, o fator é nulo para a ação de vent o. Dessa forma, a com bina-
ção das ações referente ao estado [imite de utilização é expressa pela equação (5.11).

Í.IÍ <um - I f , sa

5.6.4. Verif icação dos elem ent os est rut urais

5,6.4.1, Resist ência


O esforço predom inant e nas barras da ab ób ad a lamelar semicílíndrica é o d e co m -
pressão axial. As barras são flexocom prim idas, pois apresent am cont inuidade em uma d e suas
ext rem id ad es, j á que cada lamela é considerada com o sendo duas barras para o cálculo da
estrutura (Figura 5.23).
figura 5.28.
ûjrr&i LL>T. uTia
(cftdi{5eí de li .
exumidade
das barras.
1 la mola « 2 borras

De acordo com o item 7.3.6 da ABNT NBR 7190:1997, a condição d e segurança relativa á
resistência das seções transversais submetidas à fl exocom pressa o é expressa pela mais rigorosa
das expressões definidas nas equações (5.12) e (5.13), aplicada ao ponto mais solicitado da borda
mais com prim ida da seção transversal da peça.

' n c M
JÏÏUL+ t r My.if
S.12 É 1
t0,d

M y.iJ
5.13 + K, •• £ 1
«LcJ
Onde:
o N (,,.s: valor de cálculo da parcela d e t ensão norm al at uant e devida ap enas á força
normal de com pressão;
, e o r/ _ 3: t ensões m áxim as devidas às com ponent es d e flexão atuantes segundo
as direções principais;
f e(U : resistência de cálculo da madeira à com pressão paralela às fibras;
k y : coeficiente de correção que vale 0,5 para seção retangular.

Caso ocorra inversão de esforços, devido à ação do vent o, as barras flexot raciona d as
serão verificadas através do item 7.3.5 da ABNT NBR 7190:1057.

5.6,4,2. Est abilidade


Deve ser verificada para os dois eixos da seção t ransversal das barras (Figura 5.29). O
valor do índice de esbeltez (K) é det erminado através da equação (5.14):

5 .K

Onde:
Lfl : comprimento teórico de referência, que é metade do comprimento da lamela para
a verificação da estabilidade com relação ao eixo y, e igual ao comprimento da lamela
para a verificação da estabilidade com relação ao eixo z;
i : raio de giraçâo da seção transversal da peça, com relação ao eixo em que se est eja
verificando a est abilidade.

Figura 5.29.
HepresenWfão dos
eim (enlrah de
inêrúo da seção
ímswsot da barra.

Portanto, os índices de esbeltez referentes aos dois eixos y e t são det erminados por:

' 'y r ííTb Vü 2- b yxvutsronmlkjihfedcbaXVUTSRPONMJIHEDCBA


Va V bb
_ = ^ l.im cl.i _ ^ t i m r l .i _ ^ hmrli '

' i7 r p ~ b / TT h zxwvutsrponmljihgfedcbaZXVUTSRQPONMLJIHGFEDCBA
VA V h-b
Normalmente, as peças são esbeltas (80 < X í 140} e o item 7,5.5 da A8NTNBR 7190:1997
prescreve que, para peças esbelt as submet idas na situação d e projeto à flexocompressão, com
os esforços d e calculo N d e M l i f J deve ser verificada a seg urança em relação ao est ado limite
último d e inst abilidade, por meio de teoria de validade experim ent alm ent e comprovada.
Ainda, segundo esse item normativo, considera-se at endida a condição de segurança
relativa ao estado limite últ im o d e instabilidade se, no pont o mais com prim ido da seção trans-
versal da peça, for respeitada a condição expressa pela equação [5,15),

Í.M < i
f f
CM íO ^ J

Onde:
o N t 0íf : valor de cálculo da tensão de compressão devida à força normal de compressão;
f t f t (l : resistência d e cálculo da madeira à com pressão paralela às fibras;
vaIo r
<W ^ cálculo da tensão de compressão devida ao m om ent o fletor M d calcu-
lado através da equação (5.16),

M1Í = N( O j J el , i f v

SM IF, - N

As variáveis contidas na equação (5.16) são det erminadas como se segue:

Carga crítica de Euler (F ):

valor efetivo d o módulo de elast icidade paralelo


1 ás fibras da madeira de acordo com o item 6-4.9 da
n
A8NTNBR 7190:1997;
I - m om ent o de inércia da seção relat ivo ao plano de
flexão em que se está verificando a condição
d e segurança.

Excent ricidade efetiva de primeira ordem (e,, e r ):

e, - excent ricidade de prim eira ord em decorrent e da


sit uação de projet o;
= e, + e. + e. e4 - excent ricidade acident al devida às im perfeições
geom ét ricas das peças;
e t - excent ricidade suplem ent ar d e primeira ordem
que represent a a fluência da madeira.

M'íít
V1^ M, . e M, , - valores d e cálculo dos moment os
devidos às cargas perm anent es e
t ít d VOLd
variáveis, respect ivam ent e.
> — { h - alt ura da seção t ransversa! da peça referent e ao plano
30
d e verificação,

, Jx .
300
L
£ — { h - altura da seção t ransversal da peça referente ao
plano de verificação.
= k + e j . exp -1 , o n d e:

M.
íg.d
Ntf
ÇP - co ef i ci en t e d e fluência dado peia Tab ela 5 da AGNT ÍJBR 7190:1997;
M ijjt e N i K - valores caract eríst icos da força normal devido ás cargas
perm ant es e variáveis, respect ivam ent e;

e V - coeficient es dados pela Tab ela 2 da ABNT NBft 7190:1997.

Caso as peças sejam m edianam ent e esbeltas (40 < h s 80], a verificaçao é feita com o
para as peças esbeltas, apenas desconsiderando a excent ricidade e .

5.6.5, Verif icação global da est rut ura


Segundo o it em 9.2.1 da ABNT NBR 7190:1997, deve ser verificada a segurança em rela-
ção ao estado limite de deformações excessivas que afet em a utilização normal ou seu aspecto
estático, considerando- se apenas as combinações d e ações de longa duração. A flecha efet iva
fuef), det erminada com o carregament o expresso pela equação (5.11), não pode superar 1/ 200
t0,5 %) do vão da est rut ura.

5.6,6. Dim ensionam ent o das ligações paraf usadas


Neste item, estão descritos os critérios para o d im ensionam ent o das ligações inter-
lamelares parafusadas, de acordo com o item â.3,4 da ABNT NBR 7190:1997,
O valor de cálculo da resistência d e um pino met álico correspondent e a uma única
seção de cort e é det erm inado através do parâmet ro p, equação (5,17),

d iff

Onde:
t : menor das espessuras de penet ração do pino;
d : diâmet ro do pino.
Para a ligação interlamelar, ocorrem duas seções de cort e e, nessas condições, o valor
de t deve ser considerado com o o menor dos valores t , e t , apresent ados na Figura 5.30.

Figure SM
fopBJuraí
depmirqdo
do pino.
O valor de t , é a própria esp essura da lam ela e o valo r de 12 é d et erm inad o através d a
eq uação (5.18), send o JJ o âng ulo int erlam elar.

5-fí U2yxvutsronmlkjihfedcbaXVUTSRPONMJIHEDCBA
-
2.cos|3

O valor lim it e para o coeficient e JÍ é d et erm inad o pela eq uação (5.19).

SM 1 i 2 5 J7 f

Ond e:
f , d : resist ência de cálculo d o p in o m et álico ao esco am ent o , calculad a a p art ir de f M zxwvutsrponmljihg
c o m 7 i = 1,1;
f (i .id : resist ência de cálculo d a m ad eira ao em b ut im ent o inclinad o de a em relação às
suas fib ras.

A partir d o valo r d e |3llm, q ue consid era as resist ências d a m adeira e do aço (eq uação
5.19), d et erm ina- se a resist ência de um p ino (Rvd l } para um a seção d e cort e ent re as p eças de
m ad eira co nect ad as p o r ele.
Se [3 £ [J,im, ocorre o em b ut im ent o d o p ino na m adeira, e o valor da resist ência d o pino
é calculad o at ravés da eq uação (5.20). Caso cont rário, ocorre a flexão d o pino e o valo r d e sua
resist ência é obt ido at ravés da eq uação (5.21).

5.20 ^ , = 0 , 4 0 « . ^

5.21 R ^ = o utsrponmlkjihfedcaVM
m M j f *

Para as lig açõ es int erlam elares t em - se d uas seçõ es d e co rt e, o q ue im p lica q ue a


resist ência d o pino t em seu valor d o b rad o .
A resist ência do pino d eve ser co m p arad a com os esforços at uant es nas ext rem id ad es
de d uas lam elas q ue se enco nt ram em cad a nó, d e fo rm a q ue o m ó d ulo d a som a vet orial dos
esforços no rm ais e d o s esfo rço s co rt ant es d eve ser m enor ou igual à resist ência d o pino R v ,
(Figura 5.31).

fígtiiaS.il
Esforços otvantes
nas extremidades da
lamelo, utiizadospato
o (limeníionamenlo
da ligação.

A ligação parafusada int eríam elar é excênt rica (Figura 5.32) e, segundo o it em B.1.2 da
ABNT IM BR 7190:1997, "quando não for possível im p ed ir a presença de binários at uand o no plano
da união, além das t ensões prim árias d ecorrent es dos esforços at uant es nas p eças int erligadas,
t am bém devem ser consideradas as t ensões secundárias devidas às excent ricidades existentes
entre os eixos m ecânicos das peças interligadas e o cent ro de rotação da união em seu plano
d e at uação"

Figum 5.32.
Representação das
direções dos esforças
quepiodtiiem
momentos devidos
ô excentricidade da
ligação, onde "X"indica
o vetor de V. eV.
normais ao plano.

Portanto, analisam-se os vetores resultantes destas ligações e se verificam as barras com


estas t ensões adicionais, que devem ser incluídas nas expressões de verificação das barras.
Os valo res das excent ricid ad es são d et erm inad o s at ravés das eq uaçõ es (5.22} a
(5,24).

e e d • tgp
2.1 — — + - 5.22
2 2'Co sß

d e
2. = - , +
3 2- tgP 5.21

5.24

Sendo:
e: espessura da lamela;
d: diâmetro do pino;
p: ângulo interlamelar.

A partir das recomendações apresent adas neste item consegue- se, sem dificuldades,
realizar o carregament o e o dim ensionam ent o das est rut uras lamelares de madeira.

5,7, M ont agem e ensaio de um prot ót ipo lam elar

Foi mont ado e ensaiado um protótipo, no Laboratório de M adeiras ed e Estruturas de


M adeira (LaM EM )d a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP), utilizando- se a espécie de
refloresta mento Pi nus taeda, com a finalidade de se avaliarem o sistema construtivo, as ligações
e o com port am ent o geral da est rut ura, para comparação com o estudo teórico desenvolvido.
A análise dos resultados experim ent ais do protótipo foi baseada na com paração dos
resultados numéricos obt idos através do programa com put acional GESTRUT (Gesualdo, 2009).
Sèo, também, apresentadas algumas diretrizes para se conceber projetos de estruturas
lamelares d e madeira em abóbada semicilíndricas.
5.7.1. Pr o t ó t i p o l a m e l a r
Foi const ruído um protótipo em abobada lamelar semicilindrica com dimensões d e
planta de 518 cm x 400 cm, destinada a cobertura da ligação entre o prédio principal e a oficina
de processamento d e madeira do LaM EM - Laboratório de M adeira - EESC- USP,

5.7.1.1. Caract eríst icas geom ét ricas

* Arco da abóbada
J Í
M-h +L \
flecha: h = 43,0 cm; m áxim a corda: L = 518,0 cm; raio: R = = 801,5 cm
^ Sh I

ângulo d e abertura de m eio arco: c^ = ar csen | — J = 18,85"

n o -R
com prim ent o do arco: " }r54 - — — - — = 527,4 cm
90

Arco de uma unidade da malha lamelar

m
ângulo de abert ura: 0, = 6,28* ; com prim ent o: £(1(()U11 = 37,9 t i

flecha: f |n = R- ( l - c o s° ) í ) = 1,3 cm ; máxima corda: x = 2- R ( s e n ^ ) = B7,3 cm.

Lamela

x
ângulo interiameiar: |J - 45°; com prim ent o: =— — - 9 5 , 0 cm
cos

seção transversal do meio da lamela: 1,5 cm x 5,0 cm ( 7,5 enig-

mo mentos de inércia da seção t ransversal:

5|0 1 53
I = 0 (desprezada resistência a t orção) | = ' ' . = i,4063 cm* yxvutsronmlkjihfedcbaXVUTSRPONMJ
* y 12

5 0 1
[ ^ l '^ u i s , 6 2 5 0 cm
12

Abóbada

espaçam ent o entre os nós paralelament e à geratriz;


quant idade de unidades de malha lamelar; 6 x 11 = 66 unidades;

quant idade de nós e d e barras: 150 nós e 264 barras.

5.7.1,2. Ca r r e g a m e n t o
A partir do peso especifico fy) da madeira e da carga íp) proveniente das telhas (foram
ut ilizadas t elhas d e policarbonat o p ara o fecham ent o d o protótipo), det erm inou- se a carga
concent rada perm anent e (P) atuante em cada nó, através da equação (5,B):

P = (1,03) • zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaWVUTSRQPONMLJIHGFEDCBA
y •V + P • a

Para o protótipo, tem- se:

3
( :. volumezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
total de madeira referente à malha do protótipo: 264 barras de 309,938 cm -> 0,0818
1 i 2
m de madeira 0,004 m de madeira / m de coberturai

A _ 36,4 • 95,0 _ C o s | r ^ j = 1 597 39 CfT1s^ e q i j 3 0 O (5.7);

3
p = 472 kg/ m (conforme caract erização do lote de Pínus taeda utilizado)

3 6 1
y - 472 kg f/ m ~ 4,720 x IO" kN / cm );

2 6 !
p = 0,0167 kN/ m = 1,670 X 10 kN/ cm (telha de policarbonat o alveolar de 8 m m de
espessura);

6 a
P = 1,03 • 4,720 X 10 • 619,875 + 1,670 X 10 • 1597,39 = 0,0057 kN/ nó

Para se fazerem as combinações das ações é necessário saber se as ações permanentes


são de pequena ou d e grande variabilidade. Oe acordo com o item 5.6.4 da ABNT NBR 7190:199-7,
as ações perm anent es são d e grande variabilidade, "quando o peso próprio da est rut ura não
supera 75% da totalidade dos pesos permanentes". Caso contrário, as ações permanent es são
d e pequena variabilidade, Para o protótipo, tem- se:

6
peso próprio da estrutura 4,72x10" - 619,875 kN / nó
——; ; = _ 51 %
t ot alidade dos pesos perm anent es 0,0057 kN / nó

Dessa forma, as ações permanent es são de grande variabilidade, est ando seus coefi-
cientes d e ponderação contidos na Tabela 4 da ABNT NBfi 7190:191)7, Com os valores destes coe-
ficientes, foram det erm inados os carregament os para o protótipo, d e acordo com as equações
(5.9) e (5.10), considerando- se apenas as ações permanentes:

F.d = 1,4- 0,0057 = 0,0030 LN/ nó


1 1 r F,
d .u t l
0,0057
'
kN/ nó

5.7.1.3. Cálculo
Calculou- se o prot ót ipo at ravés d o so ft ware GESTRUT (Gesualdo, 2009), a part ir do
qual foram det erm inados os esforços solicit ant es rias barras, os deslocam ent os dos nós e as
reações d e apoio da est rut ura.
A malha lam elar foi ap o iad a lat eralm ent e em duas vigas de m adeira m aciça e, nas
ext rem idades, em dois arcos d e madeira laminada colada (Figura 5.33). Foram ut ilizados t rês
tirantes para absorver os esforços horizontais que a malha lamelar e os arcos aplicam sobre as
vigas laterais, sendo dois tirantes posicionados nas ext rem idades das vigas, e um terceiro, no
meio destas.

A r t o t de ex! remidades

Viçjas laterais

figm 5.ÍS,
Viua global do protótipo
npoinéo.

Os nós posicionados no contorno da estrutura foram considerados com o articulações


em pont os im pedidos d e transladar,

5.7.1.4, Verif icações


A partir dos esforços calculados para as barras da estrutura, em estados limites últimos
e de utilização, foram feitas as verificações em relação aos element os estruturais e a verificação
global da estrutura, sendo constatada bastante folga em tais verificações. A situação mais crítica
foi d e 11% do valor limite normalizado,
Cabe dest acar q u e o fator limit ant e para o d im ensionam ent o da malha lamelar d o
protótipo foi o índice de esbeltez das peças (110).

5.7.1.5, Dim ensionam ent o das ligações


Em b o ra a recom end ação m ínim a norm at iva seja d e dois parafusos d e 10 m m d e
diâmetro (item 3.3.4 da ABNT NBR 7190:1997) foi utilizado apenas um parafuso com diâmet ro d e
6 mm, para cada nó, t endo em vist a o est udo experim ent al da ligação.

5.7.1.6, Ensaio do prot ót ipo


Foi realizado um ensaio no prot ót ipo lamelar, q ue consist iu na aplicação de cargas
em alguns nós de sua m alha e na det erm inação dos deslocam ent os de alguns nós e das de-
formações nos três tirantes.
Foram instalados ext ensôm et ros elétricos de resistência nos tirantes para a m edida
da força de t ração nos mesmos e foram adapt ados t ransdut ores indut ivos em alguns nós da
malha, para a det erminação de seus deslocam ent os vert icais (Figura 5.34}.
Figura 5.34,
Instrumentação de
alguns nós para medida
de deslocamento
vertical.

O carregamento do protótipo foi realizado em trés etapas e, para isso, foram utilizados
sacos plásticos cont endo 4 kg de areia cada. Na primeira et apa de carregam ent o forarn apli-
cad as cargas nos nós correspondent es à gerat riz da ab ób ad a lamelar. Foram lidos os valores
d e deform ação e deslocam ent o através do indicador de deform ações do LaMEM, Em seguida,
realizaram- se os carregament os nos nós adjacentes aos nós da geratriz de um lado da m esm a
e, depois, do out ro lado, e foram feitas as leituras dos deslocam ent os e deformações.
De acordo com as considerações apresentadas, o protótipo foi calculado através do
soft ware GESTRUT (Gesualdo, 2009) para as três etapas d e carregament o.
O carregam ent o foi levado até que o nó mais deformado atingisse a flecha limite de
25,9 m m {0,5% do vão). Com a t erceira et apa de carregament o, atingiu- se tal limite para est e
nó {26,5 mm). Destaca-se que o protótipo não foi levado ao estado limite último, pois este seria
utilizado com o cobert ura, no LaMEM.
Verificou- se que os deslocam ent os dos nós da m alha obtidos através do ensaio fo-
ram maiores que os det erm inados pelo programa comput acional. Isto se deve à ocorrência de
deformações nas ligações que não são levadas em consideração no cálculo da est rut ura, pela
acomodação da est rut ura no carregament o, pois as ligações não são rígidas.
Os valores das deform ações da malha lamelar obtidos pelo ensaio foram menores
q ue os esperados com o cálculo.
Foi dada uma pré-tensão nos tirantes e, com isto, pode-se perceber que os deslocamen-
tos dos nós dim inuíram e as deformações nos tirantes diminuíram pouco o u se mantiveram.
Através dos resultados obtidos, pode-se verificar que o protótipo mostrou um bom com-
portamento estrutural, apresentando uma distribuição uniforme d e esforços (FERREIRA, 1999).

5.8- Diret rizes para projet os de est rut uras lam elares

As variáveis envolvidas em um a estrutura lamelar são bem diversas, tanto do pont o


de vist a geomét rico como do relacionado com os materiais a serem utilizados.
Geom et ricam ent e, tem-se as variáveis Inerentes às lamelas que são definidas em fun-
ção da abóbada que se est eja projetando, dos apoios e do tipo de ligação que será execut ado.
Por outro lado, as lamelas podem ser confeccionadas com madeira serrada simples ou compos-
ta, com madeira iaminada colada e inclusive pode ser utilizada a madeira com pensada. Além
disso, as lam elas são projet adas de acordo com o tipo d e ligação interlarmelara ser execut ado,
através de pinos, conect ores {como chapas metálicas) ou m esm o por encaixe.
Dependendo do tipo de lamela que se est eja utilizando, considerando- se as variações
dos parâm et ros apont ad os acima, consegue- se execut ar abóbadas para vencer d e médios a
grandes vãos. Para cada sit uação, consegue- se cheg ar a um b o m projeto, equilibrando a eco-
nomia d e madeira com a d e element os d e ligação.
Apesar da diversidade d as variáveis, é possível se obt er uma boa solução para o t ip o
de est rut ura lam elar q ue se d eseja const ruir, Para ist o, são ap resent ad as a seg uir as d iret rizes
para o p ro jet o d e est rut uras lam elares de m ad eira,
Um primeiro passo est á relacionado com a esbelt ez das barras da est rut ura. Através do
índ ice de esbelt ez m áxim o p erm it id o p ela norm a (A - 140), d efine- se o co m p rim ent o m áxim o
q ue se pode confeccionar a lam ela, em função de sua espessura.
0 âng ulo int erlam elar d eve est ar em t o rno d e 4 0 ° a 50° para se buscar um eq uilíb rio
ent re o vo lum e de m ad eira ut ilizado, o s esforços at uant es nas b arras e o cust o da ligação in-
t erlam elar a ser ut ilizada.
A partir d est as análises iniciais, será procurad a um a flecha m ínim a d o arco d a ab ó b a-
da, para se vencer d et erm inad o vão. Seg und o Saad (1996), a flecha d everá est ar em t orno d e
10% a 30% d o vão e, além disso, est á relacionada com o t ip o de t elha que será ut ilizada co m o
fecham ent o d a est rut ura.
1
0 p ro ced im ent o para se d efinir a m elho r g eo m et ria d a est rut ura é it erat ivo, send o
prát ico de ser feit o at ravés d o so f t ware GESTRUT (Gesualdo, 2009), q ue p erm it e, co m facilid a-
de, a m o d elag em de est rut uras lam elares, p o ssib ilit and o ao usuário facilidade e rapidez para
ent rada e g eração d o s d ad o s elást ico- geom ét ricos, At ravés d est e p ro g ram a co m p ut acio nal, o
p ro jet ist a co nseg ue, de fo rm a it erat iva sim p les, cheg ar a um a sit uação d esejad a, em t erm o s
de racio nalização d o uso d e m at erial e d et erm inaçõ es arq uit et ô nicas, para cad a caso q u e se
est eja consid erand o.
Um a prim eira avaliação dos result ados seria co m relação ao m aior d eslo cam ent o dos
nós (flecha m áxim a p erm it id a p ela ABNT NBR 719D:1997:0,5% do vão) e a verificação da est abi-
lidade d e peças esbelt as.
Se o co m p rim en t o d a est rut ura for m aio r q ue o dobro de sua largura, d eve- se ficar
at ent o á ocorrência d as d efo rm açõ es e esforços at uant es na região cent ral da est rut ura, Dessa
forma, não se t eria ho m o g eneização de esforços e deveria ser avaliad a a viabilidade eco nô m ica
de se adapt ar um elem ent o de apoio, perpendicular à gerat riz da ab ó b ad a, para os nós cent rais
I m alha. Nest e caso, a m alha est aria send o "dividida" em duas, aum ent and o a eficiência de seu
co m p o rt am ent o , pois haveria maior unifo rm ização de esforços,
Para cad a caso, ter-se-ã um a relação ideal ent re os element os geom ét ricos das lam elas
e da abóbada lamelar. E para facilit ar a busca de uma alt ernat iva considerada boa para um pro-
jet o dest e sist em a est rut ural, o projet ist a d eve saber se os esforços e deslocam ent os aum ent am
ou d im inuem ao se alterar det erm inado elem ent o geom ét rico da est rut ura: âng ulo interlamelar,
flecha, vão e co m p rim ent o , com análise int erat iva via GESTítUT (Gesualdo, 2009).
É im p o rt ant e o calculist a saber q ue o s esforços at uant es nas barras d a m alha lam elar
e os d eslo cam ent o s de seus nós au m en t am ao se: aum ent ar o âng ulo int erlam elar; reduzir a
flecha do arco da ab ób ad a; aum ent ar as d im ensõ es d a área a ser co b ert a (Saad, 1996).
Henrique Parteí
Profissional liberal dafirmaFngetre! Projeto e construção de
Húbiadoí Santos uma estrutura de cobertura
Saad Ferreira
Professora Assísffrtfe da em cúpula utilizando o
varax e mlc
sistemayxvutsronmlkjihfedcbaXVUTSRPONMJIHED
Universidade de Uberaba

6,1, I n t r o d u ç ã o

A busca por no vas form as é um a p reo cup ação incessant e da


arquit et ura, e devido aos avanços rios materiais utilizados, bem com o dos modelos e métodos
d e cálculo est rut ural, cada vez mais formas diferentes das usuais podem ser projetadas.
Os sistemas estruturais tridimensionais, especialmente aqueles destinados I cobertura
d e grandes ginásios ou outras edificações com formato em planta do tipo elíptico ou circular,
t êm um aliado alt ament e favorável: a geom et ria. A geom et ria est rut ural é fundam ent al para
o com port am ent o da estrutura e as cúpulas reticuladas em forma de cascas cilíndricas e esfé-
ricas represent am muit o bem a categoria de est rut uras com boas condições d e recebimentos
e t ransferência d e cargas. Essas form as g eo m ét ricas p rom ovem um a excelent e dist ribuição
d e esforços, com grande predom inância d e solicitações axiais e relação deslocam ent os/ vãos
muit o pequena.
O sist ema d e cúp ulas ret iculadas p o d e ser usad o para d iferent es m at eriais, co m o
m ad eira, aço o u concret o. O uso d e m adeira é just ificad o por suas caract eríst icas posit ivas
relacionadas com a est ét ica, confort o t érm ico, econom ia e, sobret udo, pelo baixo co nsum o
d e energia necessária para seu em p reg o . O aço gera 5320 kg/ m ' de dióxido de carbono du-
1 1
rant e sua produção, contra 120 kg/ ni do concreto e apenas 16 kg/ m da madeira. Além disso,
a madeira arm azena cerca d e 250 kg/m® de dióxido de carbono absorvido durant e a fase de
crescim ent o da árvore.
Ent ret ant o ,q uand o se deseja u sar a m adeira com o mat erial est rut ural, m esm o em
sist emas est rut urais eficientes, tem- se restrição por part e dos engenheiros, um a vez que a ma-
deira exige mais conhecim ent o específico devido à sua anisot ropia.
A const rução d e cúpulas em madeira para grandes vãos livres soment e foi possível
com o advento da madeira laminada colada, produzida em am bient e industrial com rigorosa
seleção d e matéria- prima e cont role do processo produtivo. Além disso, o uso d e espécies de
madeira advindas de florestas cult ivadas e a adoção de processos de tratamento preservat ivo
adequados a estas espécies permitiram a Inserção do material madeira de forma segura e com-
pet it iva no cenário até então dominado pelo aço e concreto.
Est e cap ít ulo ap resent a alg uns aspect os sobre o projet o est rut ural e execução da
cobert ura d e um ginásio poliesport ivo na cidade de Lages-SC, sendo esta, at ualment e, a maior
cúpula reticulada em madeira execut ada na América Lat ina.
6.2, M odelo est rut ural e análise numérica

A cúpula principal d o Ginásio Poliesport ivo Jo nes M tnosso, localizado na cidade d e


Lages-SC, com 78,56 m de diâmetro, teve a estrutura de cobertura concebida como uma cúpula
reticulada d e madeira em format o de calot a esférica apoiada em 48 pilares d e concreto, com o
indicado nas Figuras 61 e 6.2.

Figuro 6.1 C F ?
Vista em planta
da estruture de
apoios e do cúpula
reticulado.

o .

Figura 6.2,
Corte transversal
do ginásio com
a cúpula,

As malhas reticuladas cont êm elevada quant idade de nós e de barras e, além disso,
apresent am com plexidade na geração de seus dados. Tal com plexidade se deve ao fat o d e a
est rut ura ser t rid im ensional e cada barra ter diferent es inclinações, em relação às diferent es
direções que caract erizam a est rut ura.
Considerando que a preparação de dados para análise computacional representa uma
importante etapa de cálculo, foram desenvolvidos pré-processadores vinculados a um programa
comput acional com capacidade de avaliar estruturas t ridimensionais reticuladas.
O programa comput acional GESTRUT, desenvolvido na Universidade Federal de Uber-
lândia pelo Prof. Dr. Francisco Ant onio Romero Gesualdo, cum p re a finalidade de simplificar
a análise est rut ural d e cúp ulas, em t erm os de g eração dos dados (geom et ria, co nsum o d e
m adeira e carregament o), cálculo dos esforços e deslocam ent os, b em com o avaliação visual
dos resultados.
Para a g eração da g eo m et ria da cúp ula at ravés d o GESTfiUT foram int roduzidos o
valor correspond ent e á m et ad e do vão, o raio da casca q ue d efine o cont orno da cúp ula, o
núm ero de divisões ao longo do perím et ro que vai da base ao topo e o número d e setores da
circunferência que caract eriza a cúpula vist a em planta.
O programa gera os dados referentes às coordenadas de nós e incidência das b arrase,
automaticamente, atribuí apoios em todos os nós da base da cúpula, impedindo as translações
nas três direções.
Cad a borra recebe as propriedades elásticas e g eom ét ricas definidas pelo usuário,
como exem plificado na Figura 6.3.
u,5,Srv ah* Ih

figuro 63.
3«f í« t, BMvfi ÒM « Aí vtonmlkjifaXWVUPMLHDA
feia do software
HmUn i t kvt . . :
^ IW, •Jp<n*K .-I miWpQia gerar
IllSOH -JIlISUM ,1 elementos da
HjiEitj StrfM j LAl . w u u H
f i. geometria
<t
da cúpula.
EK^ btir«
r
• Ki>

O pré- processador gera arquivos que são lidos por out ros soft wares, d e análise es-
t rut ural, perm it indo que as análises sejam est endidas, co m p lem ent ad as e utilizadas na fase
de det alham ent o da est rut ura e no dim ensionam ent o das ligações. A geomet ria da est rut ura
reticulada da cúpula do Ginásio Poliesportivo Jones Min osso é apresentada na FigurautsrponmlkjihfedcaVM
6. 4, obtida
do arquivo DXF gerado pelo pré- processador.

Figuro 6.4.
Vislo em perspectivo
do estruturo reticulada
da cúpula, gerada pelo
sofmremmi

6,3, Dim ensionam ent o dos elem ent os est rut urais

Para o dimensionamento dos elementos estruturais da cúpula em função dos parâme-


tros geométricos e valores de esforços resultantes da análise numérica da estrutura, foi essencial
o conhecim ent o das propriedades da madeira em pregada na execução da cúpula.
A Bat t ist ella Indúst ria e Com ércio, em p resa resp onsável p ela execução da cúp ula,
det ém, desde 1993, a t ecnologia de produção de madeira laminada colada (MLC) em sua uni-
dade industrial d e Lages-SC. A matéria- prima utilizada no processo de produção de MLC é pro-
venient e de florestas cultivadas d e Pinus da própria empresa, com controle de m anejo desde
a seleção genét ica de mudas at é o cort e de árvores. Devido à grande import ância da obra em
quest ão, e para otimizar, ainda mais, o em prego de MLC p ara ut ilização em obras diversas, a
empresa firm ou convénio com o Laboratório de M adeiras e de Estruturas de M adeira (taMEM
- EESC - LJSP), para ut ilização da m áquina classificadora d e t ensões Co m p ut erm at ic MKP IV a,
m ost rada na Figura 6.S. Neste processo de classificação d inâm ica, a t ot alidade das peças d e
m adeira em preg ad as na produção de MLC passa por classificação m ecânica, aum ent and o a
confiabilidade do material. Além disso, é possível a obt enção d e vigas com maior resistência
m ecânica, dispondo-se as peças classificadas com maior resistência nas camadas mais ext ernas
das vigas de MLC,

Figura 6. S.
Máquina classificadora
dezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
renstfss,

Acrescenta- se que a durabilidade da madeira ao longo da vida útil do ginásio é as-


segurada pelo processo de t rat am ent o preservat ivo adotado. Toda a madeira processada pela
empresa nest a obra foi submetida ao produto preservat ivo CCA-C ÓXIDO sob regime de vã cu o-
- pressão em aut odave, que garant e a penet ração de ingredientes ativos at é nas camadas mais
profundas da madeira. Os ingredient es ativos do produt o preservat ivo reagem com os com-
ponent es celulósicos da madeira,, fixando-se a estes quim icam ent e, não sofrendo os efeitos d e
perdas por lixiviação com chuvas ou lavagem,
A ligação das peças principais d e madeira laminada colada (MLC) da cúpula foi execu-
tada através de conect ores metálicos (aço JSI- SAC 350) em formato de anel, com aletas metáli-
cas soldadas em ângulos específicos, para cada barra da estrutura reticulada principal (cúpula
com m odulação triangular). As aletas met álicas se encaixam no meio da largura das barras de
madeira e estas são fixadas por parafusos galvanizados, como indicado nas Figuras 6.6 e 6.7.

Figura 6zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaWVUTSRQPONMLJIHGFEDCBA
.6.
Fixação das peças
de MICatravés
de conectores
metálicos.

Figuro 6.7,
Fixação de peços de MIC
em conectores metálicos
dos nós de apoio.

Todo o dim ensionam ent o dos element os estruturais da cúpula foi realizado segundo
as recomendações da ABNT NBR 7190:1997 - Projeto d e est rut uras de madeira, com o descrito a
seg uir
DeterminaçãozwvutsrponmlihgfedcbaVTSRPONMLIEDCB
das forças atuantes na estrutura
Foram co nsid erad as co m o carg as p erm anent es as forças g ravit acio naís d evid as ao
peso próprio d o s seg uint es elem ent o s q ue co m p õ em a est rut ura.
A Fig ura 6,8 ilust ra a cú pui ES d efo rm ad a, co m d eslo cam ent o s am p liad o s, so b a ação
d as carg as p erm anent es, co m m ap eam ent o d e cores para forças no rm ais nas ext rem id ad es
iniciais d as barras.
Os ap o io s est ão rep resent ad o s ao longo de t o d o s o s nós d a b ase q u e co nt o rnam a
cúp uia.

tísill
ÍW> [*» Kr — i Cp * l f»*« t vt a
piai aiai, U ' . \ i i*rgu*iç=i s m ai^
-
i faiai boi
r 3|Í jJM- zilTHl | p íõ F Ã jiírt ,mt v.

ftjirra 6.S.
Cúpula deformada
peta ação do peso
próprio {deslocamentos
ampliados).

Hr---
V- 7

/ / j

Além disso, fo ram consideradas as cargas p ro venient es d a ação d o vent o , seg und o a
ABNT NBR 6123:1933 - Forças devidas ao vent o em ed ificações, co m o seg ue.

Parâmetros utilizados para a determinação da carga de vento;


Velo cid ad e Básica do Vento: V = 43 m/ s (obt ida d as isoplet as d e velo cid ad e - Fig ura
1 d a ABNT NBR6123:1988, em função d a lo calização da o b ra: cidade d e Lag es).
Velo cid ad e Caract eríst ica do Vento: VK = 5, Sj • Sj - = 0,39 * 43 = 36,27 m/ s

Send o:
S,: (t opográfico);
S : (rugosidade d o t erreno e d im ensõ es da edificação);
S} : (.estatístico);

Ond e:
S, = 1,0 (t erreno p lano - it em 5,2 da ABNT NBR 6123:1956}
S3 = 0,89 (Classe C e Cat egoria II - Tabela 2 da ABNT NBfi 6123:1938)
Si - 1,0 (Grupo 2 - Tab ela 3 dayxvutsronmlkjihfedcbaXVUTSRPONMJIHEDCBA
ABNT NBR 6123:1988)

At ravés d a velo cid ad e caract eríst ica do vent o , calculo u- se a p ressão d inâm ica p ela
exp ressão:
J ? 3
q = 0 r 6 l 3 V k = 397,8 N / m = 0,898 kN/ m

A det erm inação do valor da pressão efet iva devida ao vent o é efet uada através da
seguinte expressão:

Os coeficient es de pressão ext erna foram ext raídos do it em E-2 da referida norm a.
A seguir est á represent ad a a cúp ula em p ro jeção horizont al, com as linhas isobáricas (C },
considerando- se a geom et ria da cobert ura em análise:

Para os coeficientes de pressão interna [e ) ( d e acordo com o item 6.2 da norma citada,
considerando- se as faces igualmente perm eáveis, adotou- se o valor 0 (mais nocivo, já que os
valores dos coeficientes d e pressão ext erna são negativos).
Dessa forma, a carga de vento, considerada atuando per pendic miar me n te á superfície
da cúpula semiesférica, é definida por:

p ^ - o m ^ (kiw)

Dimensionamento das barras de madeira

Identificando as barras que apresent am esforços críticos, considerou- se:

CAS01 (verficação das barras com ext rem id ad es cont ínuas sem ação do vento).

Verificação da Resistência à Fiexocompressão


De acordo com o item 7.3.6 da A8NT N8R 7190:1997, a condição d e segurança relativa á
resistência das seções transversais submetidas à fiexocompressão é expressa pela mais rigorosa
das expressões definidas abaixo, aplicada ao pont o mais solicitado da borda m ais com prim ida
da seção t ransversal da peça, onde:
va or
~ ' cálculo da parcela de t ensão norm al at uant e devida apenas à força
normal de compressão;
e tens
~ ões m áxim as devidas às com ponent es d e flexão atuantes segundo
as direções principais;
f d - resistência de cálculo da madeira à compressão paralela às fibras;
- coeficiente de correção que vale 0,5 para seção retangular.
i

M
fçt t j d, *
fcí l.,
,d
f cO,d

[, ^HcO.d j] .zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaWVUTSRQPONMLJIHGFEDCBA
K + <^ ,t 6.2
' eOj d ' ' t O si ' cO.d

SITUAÇÃO í: para esforço crítico d e compressão

N c 0 d = - B7 ,4 2 k N
M xjd
, = 68,80 kN- cm

SITUAÇÃO 2: para esforço crít ico de flexão

N ç M ~ - 70,63 kN
M M , = 344,23 kN- cm

Sendo a situação 2 mais crítica, esta será verificada através da equação (6.1}.

G H = ^ ^ = 0,19kN / cnV
413,6

h 344,23 36,4 7
2
O.. . = — ^ — = 0,14 kN / cm
S 2 46219 2

M f
• U > < 0, f<04 129

Verificação da Resistência ao Cisalhamento

í V = 0 ,7 5 k N
l Esforços Críticos
W ,= ü ,03k N
= 0.Q03klM zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaXWVUTSRQPONMLKJIHG
0 , 7 5
T = 1.^ 1- 1— / cnn' T M. < f - , ok
" 2 b - h 2 11,5- 35,4
f •fOrtJ
0 = 0,20 kN/ cm*

Verificação quanto à Estabilidade


Haja vist a o trava ment o das peças com relação ao eixo y, realizado pelas peças dispos-
tas int eriorm ent e aos t riângulos da m alha ret iculada, foi realizada a verificação d a est ab ilid ad e
com relação ao eixo x.
Det erm inação do índice de esbelt ez d a barra de maior co m p rim ent o (630,5 cm ):

A = = 60 M ed ianam ent e Esbelt a


h 36 ,4

SITUAÇÃO 1: p ar a m áxi m o co m p r i m en t o d e b arra

t = 6 3 0 ,5 cm X = 60 M ed ianam ent e Esbelt a


N m = - 57,91 kN
M i j (J = 52,46 kN - cm
M . =0

SITUAÇA
AO 2: p ara esf o r ço crit ico d e co m p r essão

t = 4 9 2 ,6 cm ^ A = 47 M ed ianam ent e Esbelt a


NCÜjil = - 87,42 kN

M m = 68,80 kN - cm

SITUAÇAO 3: p ar a esf o r ço crít ico d e f l exão

Ê = 447,0 cm - j. A = 43 -> M ed ianam ent e Esbelt a


N í 0 , = - 78,83 kN
M m = 344,28 kN - cm

Sendo a sit uação 3 a mais crít ica, fez-se a verificação d a est abilidade, d e acordo co m
o it em 7.5-4 da ABNT N8fi 7190:1997, conform e ap resent ad o a seguir.
Para o caso d e peças m ed ianam ent e esb elt as (40 < \ á 30), considera- se at end id a
a co nd ição de seg urança relat iva ao est ad o lim it e últ im o de inst ab ilid ad e se, no p o nt o m ais
co m p rim id o da seção t ransversal da peça, for respeit ada a condição expressa pela eq uação
6.3, onde:
o N[(Xd : valor de calculo da tensão de compressão devida à força norm al de compres-
são;
f íPd : resistência de cálculo da madeira à compressão paralela às fibras;
o ít d : valor de cálculo da tensão de compressão devida ao momento fletor M (| calculado
através da equação (6.4).

°f i k f t d , W .i t ^ |
f f 6.3
'íCUrl vtonmlkjifaXWVUPMLHDA
\ oâ

E íCít 6.4

As variáveis contidas na equação 6.4 são det erm inadas com o apresent ado a seguir.

CÍI/ íf x
Carga critica de Euler (Ft ): FL =

Excent ricidade efet iva de primeira ordem (e,, e,}:

= +

e^ excent ricidade de primeira ordem decorrent e da situação de projet o;


e,: excent ricidade acident al devida ás im perfeições geomét ricas das peças.

+ e
/ Valores d e cálculo dos m om ent os
N N<o.d d evid o s às cargas p erm anent es e
variáveis, resp ect ivam ent e.
n j
> — ^ h - alt ura da seção t ransversal da peça referent e ao plano
d e verificação.

300

( h - altura da seção t ransversal da peça referent e ao plano


30
de verificação.

1
o ^ - O . I Sk N l f c m
M„ 36,4
(o valor d e M t l será d et erm inad o a seguir)
45219 2
;
f (0 i í = 1,29 kM / cm
?
c
n
'
E
J» nifSNLIB
- 370- 46219
= 1986 kN
(447)'
f
" Li

"Ijef = e + e. + e.

M 1,d 344,28 . .
— - 4,4 cm
N íM 73,33 e = 4 ,4 cm
> h / 30 - 36,4 / 30 = 1,2 cm

L 447
= = 1,5 cm
300 300 ••• e , = 1,5 cm
> h / 3 0 = 1,5/ 30 = 1,2 cm

e 1(4 = ei + e = 4,4+ 1,5 s 5,9 cm

1936 3
M d, = 78,83- 5,9- f - — )= 4 3 4 ,3 k N - cm -» = 0,19 kN/ cm
^ 1986—78,83'

Portanto:

5 W + ^ 1 = o ,3 < 1 ok
tnW to.d

CASO 2 (verificação das barras com ext rem id ad es contínuas com ação do vento}.

Verificação da Resistência ao Gsalhamento

f V . = 0,44 kN
J ' Esforços Críticos
1 V ^ = 0,03 kN

Por tais esforços serem m enos crít icos q ue os verificados no Caso 1, considera-
a tendida a verificação da resistência ao cisa Hia mento.

Verificação da Resistência à Ftexocompressão zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaXWVUTSRQPONMLKJI


SITUAÇAo CRÍTICA

N ( f c d = - 2 1 ,0 1 kN
i M í d = 4 ,6 3 k N c m
M . = 1,21 kN - cm
Cori sidera ndo-se atendida a verificação do CASO 1, mais critica que esta, dispensam-se,
aqui, tais cálculos.

Verificação da Resistência à Flexotração


De acordo com o item 7.3.5 da ABNT CR 7190:1997, a condição d e segurança relativa á
resistência das seções t ransversais subm et idas à flexotração é expressa pela mais rigorosa das
expressões definidas abaixo, aplicada ao pont o mais soiicitado da borda m ais t racionada da
seção transversal da peça, onde:
o N i M ; valor d e cálculo d a parcela d e t ensão no rm al at uant e d evid a apenas à força
normal de t ração;
e o ^ : tensões m áxim as devidas às co m p o nent es de flexão atuantes segundo
as direções principais;
f W i ,: resistência de cálculo da madeira ã tração paralela ãs fibras;
k M : coeficient e d e correção que vale 0,5 para seção retangular.

+ k 1 6S
ft o . d ft o j d ft D.rf

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaWVUTSRQPONMLJIHGFEDCBA
^+ -f SI 66
tojj (fivd to^í

SITUAÇÃO 1: para esforço crít ico de tração

N w = 64,50 kN
• M , (| = 45,95 kN- cm
M . = 1,31kN cm

SITUAÇÃO 2; para esforço crítico d e flexão segundo o eixo x

N r g J = 23,73 kM
M I i d = 196,62 k N ' cm
M =0

SITUAÇÃO 3: para esforço crít ico de flexão segundo o eixo y

N c0 d = 26,92 kN
M Kd = 89,97 kNl-cm
M . = 7,29 kN- cm
Verificando-se para as 3 situações, tem-se:

SITUAÇÃO l

64 50
418,6

3
= ^ = = kN / cm
l yzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
2 4613 2

M ,l í
I 2 46219 2

+ 0002 + a02= ok

f f 1 5 0 1 S0
«M " U <o, ^O -

SITUAÇÃO 2

3
a .N,(W = 0,06 kN/ cm
418,6

1
= = — — — • — — = 0,08 kN / cm
I 2 46219 2

kM - ^ + ^ = ^ + 0 .5 .0 + ^ = 0 ,,0 < , 4 ak
f
<M U ú wo

SITUAÇÃO 3

418,6
b = 7,29 115 = 0,01 klM / cn^>
a
| 2 4613 2
r
M „ h 39,97 36,4 .
CL , = — = — = 0,04 kN/ cm *
1 2 46219 2

frp,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
ISO 1,50 1,50

Verificação quanto à Estabilidade


SITUAÇÃO CRÍTICA

£ = 530,9 cm X = 51 M edianamente Esbelta.


N ( 0 d = - 2 1 ,0 1 kM
M HX
„Í= 4 ,6
' 8 kM-cm
M j, fj j a= 1 , 2 1 k N - c m
A situação verificada para o CASO 1 é mais crítica. Dessa forma, considera-se atendida
a verificação da estabilidade t am b ém nest e caso,

Dimensionamento dos conectores metálicos


O dim ensionam ent o dos conect ores metálicos foi realizado através da m od elag em
d e cada conect or e verificação das tensões at uant es conforme diagrama da Figura 6,9, gerado
pelo soft ware SA P2 000.

yxvutsronmlkjihfedcbaXVUTSRPONMJIHEDCBA
Dl *mi • l - l f l l f f . 1 Pl * \ ml * l »M • .I.I.UUH W I
1 1
* M O l » l * U l l H 1 . l
:, E E S E n n ^ ^ ^ ^ ^ K L .JOlí» U» !*"! - • - n - rt r^ ^ ^
AL

figuro 6,9.
Esquema de tensões
atuantes no conector
metálica, gerodo pela
software SAP2000.

6.4. Fabricação de com ponent es est rut urais e m ont agem da


est rut ura da cúpula

O projeto execut ivo da est rut ura reticulada da cúpula reúne as informações necessá-
rias para a fabricação de com ponent es est rut urais e m ont agem da est rut ura, com o:
* Detalhamento de barras d e MLC que com p õem a est rut ura reticulada;
• Detalhamento d e conect ores metálicos para ligações ent re barras d e madeira e para
os apoios da cúpula em pilares de concreto;
* Coordenadas de nós da est rut ura reticulada no espaço t ridimensional;
• Detalhamento da geomet ria e posicionamento d e triângulos pré- mont ados.

O projeto execut ivo t am bém especificou os element os da trama secundária da estru-


tura reticulada, formada por terças, travessas e placas de subtelhado para apoio do telhamento,
além da geomet ria do lant ernim posicionado no pont o mais alto da cúpula.
No am bient e de fábrica, foram cort adas as peças de MLC em compriment os e ângu-
los de t opo esp ecificad os no projet o execut ivo. A furação e a fend a p ara encaixe das alet as
dos conect ores metálicos foram feitas através de gabaritos padronizados, sendo aplicados os
m esm os gabaritos a t odas as barras de MLC da est rut ura. Convém dest acar q ue a est rut ura da
cúpula é formada por 552 peças de MLC, divididas em 52 t ipos d e barras com compriment os e
cort e de ângulo d e topo diferentes.
Da m esm a form a foram confeccionados os conect ores met álicos galvanizados, no
total de 217 peças, divididas em 25 t ipos com ângulos diferentes entre alet as.
A precisão no det alham ent o d e projeto e a fabricação dos element os estruturais em
fábrica const it uem condição ind isp ensável para o sucesso da m o nt ag em da cúp ula, dada a
com plexidade geom ét rica dessa estrutura t ridimensional.
No local da obra, a m o nt ag em da estrutura reticulada se iniciou pela pré- m ont agem
de triângulos, formados por um conect or metálico, ligado a duas barras da trama principal, e
terças da t ram a secundária. A m o nt ag em da cúpula co m p reend eu a p ré- m ont ag em d e 210
triângulos subdivididos em tipos diferentes.

Figura 6M
Vigas comUiraçâo
pré-exeaitada,

Figuro 6.11.
Verificação do
montagem dos
triângulos.

O cort e d e topo, a furaçao das barras de madeira e a angulaçâo de aletas dos conec-
tores metálicos conferem aos t riângulos pré- mont ados a corret a geom et ria destes element os.
Dessa forma, a m o nt ag em seguiu com o posicionamento e a fixação dos triângulos pré- mon-
t ados ao lo ng o do p erím et ro da cúp ula, at ravés d e g rua posicionada no cent ro d a cúp ula,
M esta operação, o p ont o de referência em cada conect or met álico deve ser posicionado na
coordenada nodal correspondent e, especificada no projeto execut ivo.

Figura 6.12.
Posicionamento e
fixação de triângulos
pré-montados.
Complet ando o posicionamento dos triângulos pré-montados ao longo do perímetro
de cada anel da cúpula, foram fixadas as barras de MLC da trama principal que t ravam lateral-
ment e os t riângulos e fecham os anéis da cúpula. O processo d e posicionam ent o e fixação de
triângulos pré- mont ados para o próximo anel da cúpula ia sendo repetido da mesma maneira,
sucessivament e, até o fecham ent o no t opo da cúpula.

Figura 6.13.
Fixação de banas de
fechamento dos anéis
da cúpula.

Figuro 6.14.
Montagem dos
triângulos do
segundo anel.

Figura 6.15.
Visto do inkio do
montagem
dos triângulos do
terceiro anel.

Figura 6.16.
Visto geral do ginásio
(montagem do
quarto anel).

Figura 6.17.
Posicionamento de
um dos triângulos do
quarto anel.

Figura 6,18.
Visto geral do ginásio
(montagem do
quinto ml).
Figura 6,19,
Vista geral do ginásio
(montagem do
sento anel),

Figuro 6.20,
Verificação do
montagem dos
elementos dolantemim.

Figuro 6.21
Visto superior da
montagem dos
triângulos.

figura 6.22,
Vista geral do ginásio
com os principais
elementos estruturais já
executadas,

Figura 6.23.
Visto interna do
estrutura - aspecto
geral,

figura 6.24.
Visto interna do
estruturo - topo do
cúpula com abertura
paro ventilação,

6.5. Te Ih am ent o

O revest iment o da estrutura da cúpula for execut ad o com telhas d e madeira tratada
Stella™Wood Shingle, aplicadas sobre sistema de subcobert ura Stella" Subtelhado, ambos pro-
dutos da Battistella indústria e Comércio. O sistema d e subcobert ura garant e a est anqueidade
da co b ert ura, m esm o em regiões de pequena inclinação. Convém observar que no topo da
cúpula, onde a inclinação do telha ment o seria nula, exist e o lanternim, que cumpre, t am bém ,
a função d e saída de ar para a ventilação do interior do ginásio,
STELlA

Figura 6.25.
Stella* Sobteltiodo,

SQQeC A iJiHlí
lupreurini

Figuro 6.26.
Mu* Wood Shingle.
^ ttLL^ WOOCi SHINCLE

Figuro 6.27.
Vista geral do ginásio
na lose de colocação
(fa fete eimttlo de
impermeabilização.

Figura 6.28.
Visto global extern da
cOpub acabada.
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d e En g e n h a r i a d e Sã o Ca r i a s, d a
U n i v e r s i d a d e d e Sã o Pa u l o . F o r m a d o
e m En g e n h a r i a Ci v i l p e l a FEI S/ U M ESP ,
e m 2001, m est r e e m En g e n h a r i a
Ci v i l n a á r e a d e Es t r u t u r a s p e l o D E C /
F EI S / U N ES P , e m 2 0 0 4 , e d o u t o r e m
E n g e n h a r i a d e Es t r u t u r a s p e i o S E T /
EES C / U S P , e m 2 0 0 8 . É i n t e g r a n t e d a
C o m i s s ã o d e Es t u d o s C E 0 2 :1 2 6 .1 0
d a A s s o c i a ç ã o Br asi l e i r a d e N o r m a s
Técn i cas e m e m b r o d a Dir et o r ia d o
I n st i t u t o Br asi l e i r o d e M a d e i r a s e
d a s Es t r u t u r a s d e M a d e i r a . T a m b é m
é r ev i so r t é c n i c o e m e m b r o d o
c o r p o ed i t o r i al d a r evi st a M ad ei r a;
A r q u i t e t u r a & En g e n h a r i a . I n t e g r a o s
g r u p o s d e e s t u d o s " Es t r u t u r a s M i s t a s
d e M a d e i r a e Co n c r e t o " e " Se g u r a n ç a
d a s Es t r u t u r a s e m S i t u a ç ã o d e
I n c ê n d i o " n a U n i v e r s i d a d e d e Sã o
Pa u l o .
Coberturas €tH A m a d e i r a é o ú n i c o m at er i al est r u t u r al
estruturas de madeira; e c o l o g i c a m e n t e c o r r e t o e e x t r a í d o d e f o n t e r e n o v á v e l . zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaWVUTSR
exemptos de cálculo É v e r sát i l d e f ácil t r ab al h ab i l r d ad e e n a su a p r o d u ç ã o ,
a l é m d e a p r e se n t a r b ai xo c o n s u m o e n e r g é t i co , ret ira
g ás car b ó n i co d a at m o sf er a, d i m i n u i n d o o ef eit o
e st u f a d o p l a n e t a . M a c o n s t r u ç ã o civil, a m a d e i r a
e n c o n t r a m u i t a r esi st ên ci a a o se u u so , p r i n c i p a l m e n t e
e m r azão d o s p o u c o s cu r so s m i n i st r ad o s n a
e n g e n h a r i a civil e n a ar q u i t e t u r a, N e st e livro , são
ap r esen t ad o s vário s exem p l o s d e cálculo d e p ro jet o s
c o m p l e t o s e d e d et al h es co n st r u t i vo s d e d i f er en t es
si st e m as est r u t u r ai s d e c o b e r t u r a s e m est r u t u r as d e
m a d e i r a - a l u z d a n o r m a d a A B N T N BR- 7 1 9 0 / 9 7
m u i t o út il p ar a o s p r o f i ssi o n ai s d e p r o j e t o e cál cu l o
d e ssa s est r u t u r as, b e m c o m o e x e m p l o s d e au l a
p ara aluno s d e g r ad u ação e p ó s- g r ad u ação
i n t er essad o s n o d e se n v o l v i m e n t o d as co b er t u r as e m
est r u t u r as d e m ad ei r a.

0 8 . 1 9 8 4 - C E M A
I SBN 976- 35- 7266- 224- 6

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