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08/04/2022 16:56 Lei Orgânica de Antonina - PR

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LEI ORGÂNICA

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE ANTONINA/PR.

TÍTULO I

DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

CAPÍTULO I

DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA

Art. 1º O Município de Antonina, unidade do território do Estado do Paraná, é dotado de personalidade


jurídica de direito público e goza da autonomia nos termos assegurados pela Constituição Federal.

O Município poderá criar, organizar e suprimir distritos administrativos, observada a legislação


Art. 2º
estadual.

Art. 3º É mantida a integridade do Município, que só poderá ser alterada através de Lei Estadual, e
mediante a aprovação da população interessada, em plebiscito prévio.

Parágrafo Único - A incorporação, a fusão e o desmembramento de partes do Município para integrar ou


criar outros Municípios, obedecerá aos requisitos previstos na Constituição Estadual.

Art. 4º São símbolos do Município de Antonina, além dos nacionais e estaduais, o brasão, a bandeira e o
hino, estabelecidos por Lei Municipal aprovada por maioria absoluta da Câmara Municipal.

Art. 5º São órgãos do Governo Municipal.

I - O Poder Legislativo, exercido pela Câmara Municipal, composta de Vereadores;

II - O Poder Executivo, exercido pelo Prefeito Municipal.

Art. 6º A eleição do Prefeito e do Vice Prefeito realizar-se-á, simultaneamente, noventa dias antes do
término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do Artigo 77 da Constituição Federal.

Parágrafo Único - A posse do Prefeito e Vice Prefeito, se dará a 1º de janeiro do ano subsequente ao da
eleição.

À eleição dos Vereadores será realizada na mesma data da eleição do Prefeito, dando-se a posse a
Art. 7º
1º de janeiro do primeiro ano da legislatura.

CAPÍTULO II

DAS COMPETÊNCIAS DO MUNICÍPIO

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Seção I

Da Competência Privativa

Art. 8º Compete ao Município:

I - Legislar sobre assuntos de interesse local;

II - suplementar a legislação Federal e Estadual, no que couber;

III - instituir e arrecadar tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, com a
obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados por Lei;

IV - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de


interesse local, incluindo o de transporte coletivo que tem caráter essencial dispondo sobre suas tarifas,
inclusive o de serviço de táxi;

V - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de Educação, pré
escolar, de ensino fundamental e de ensino especial;

VI - prestar, com a cooperação técnica financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde
da população;

VII - promover no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do
uso do parcelamento e da ocupação do solo urbano, periurbano e rural;

VIII - promover a proteção do Patrimônio Histórico Cultural local, observada a legislação e a ação
fiscalizadora Federal e Estadual;

IX - elaborar o seu plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os seus orçamentos anuais;

X - dispor sobre a utilização, a administração e a alienação dos seus bens;

XI - adquirir bens, inclusive mediante desapropriação por necessidade, utilidade pública ou por interesse
social, na forma da legislação Federal;

XII - elaborar o Plano Diretor da Cidade, conforme Constituição Federal;

XIII - organizar o quadro de seus servidores, estabelecendo o regime jurídico único;

XIV - instituir as normas de edificação, de loteamento, de arruamento e do zoneamento urbano, fixando


as limitações urbanísticas;

XV - constituir os encargos necessários aos seus serviços;

XVI - dispor sobre a utilização dos logradouros públicos e especialmente sobre:

a) os locais de estacionamento de táxis e demais veículos;

b) o itinerário e os pontos de parada dos veículos de transporte coletivo;

c) os limites e a sinalização das áreas de silêncio de trânsito e de tráfego em condições peculiares;


d) os serviços de cargas e descargas e a tonelagem máxima permitida aos veículos que circulem em vias
públicas;

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XVII - sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais;

XVIII - prover a limpeza dos logradouros públicos, o transporte e o destino diferenciado do lixo domiciliar
e do lixo hospitalar, de outros resíduos de qualquer natureza, bem como, proibir em seu território o
depósito do lixo de outros municípios;

XIX - dispor sobre serviços funerários, administrar os cemitérios públicos e fiscalizar os cemitérios
particulares;

XX - dispor sobre a afixação de cartazes e anúncios, bem como, a utilização de quaisquer outros meios de
publicidade e propaganda em logradouros públicos;

XXI - dispor sobre o depósito e destino de animais e mercadorias apreendidas em decorrência de


transgressão da legislação municipal;

XXII - garantir a defesa do meio ambiente e da qualidade de vida;

XXVIII - arrendar, conceder o direito de uso ou permutar bens do Município;

XXIV - aceitar legados e doações;

XXV - dispor dobre espetáculos e diversões públicas;

XXVI - quanto aos estabelecimentos industriais, comerciais e de prestação de serviços:

a) conceder ou renovar a licença para sua abertura e funcionamento;

b) revogar a licença daqueles cujas atividades se tornarem prejudiciais à saúde, à higiene, ao bem estar, à
recuperação, ao sossego público e aos bons costumes;

c) promover o fechamento daqueles que funcionarem sem licença ou depois da revogação desta;

d) dispor sobre o horário de seu funcionamento;

XXVII - dispor sobre o comércio ambulante;

XXVIII - instituir e impor as penalidades por infrações das suas Leis e regulamentos;

XXIX - prover sobre qualquer outra matéria de sua competência exclusiva.

Seção II

Da Competência Comum

Art. 9º É de competência comum do Município, juntamente com a União e o Estado:

I - zelar pela guarda da Constituição, das Leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio
público;

II - cuidar da saúde e assistência pública e da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;

III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor comprovadamente histórico, artístico e
cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor

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comprovadamente histórico, artístico ou cultural do Município;

V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, e a ciência, bem como, realizar programas de
apoio às práticas desportivas;

VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;

VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;

VIII - fomentar a produção agropecuária, elaborar o Plano de Desenvolvimento Rural Integrado, instituir o
Fundo para o desenvolvimento agrícola, e demais atividades econômicas inclusive artesanal;

IX - promover programas de construções e moradias e melhorias das condições habitacionais e de


saneamento básico;

X - realizar serviços de assistência social diretamente ou por meio de instituições privadas, conforme
critérios e condições fixadas em Lei Municipal;

XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisas e exploração de recursos


hídricos e minerais em seus territórios;

XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito;

Parágrafo Único - A cooperação do Município, com a União e o Estado, tendo em vista o equilíbrio do
desenvolvimento do bem estar em âmbito nacional, se fará segundo normas a serem fixadas por Lei
complementar Federal.

Seção II

Da Competência Suplementar

Art. 10 Compete ao Município, obedecidas as normas Federais e Estaduais pertinentes:

I - dispor sobre a realização de atividades de defesa civil, inclusive de combate a incêndios e prevenção de
acidentes naturais em convênio com a União e o Estado;

II - coibir, no exercício do poder de polícia, as atividades que violarem normas de saúde, sossego, higiene,
segurança, funcionalidade, moralidade e outros interesses da coletividade;

III - prestar assistência nas emergências médico hospitalares de pronto socorro, por seus próprios
serviços, ou quando insuficientes, por instituições especializadas;

IV - dispor sobre o registro, a vacinação e a captura de animais;

V - dispor, mediante suplementação da legislação Federal e Estadual, especialmente sobre:

a) a assistência social;

b) as ações e serviços de saúde da competência do Município;

c) a proteção da infância, dos adolescentes, dos idosos e das pessoas portadoras de deficiências;

d) o ensino fundamental e pré escolar e ensino especial prioritários para o Município;

e) a proteção dos documentos, obras de arte e outros bens de reconhecido valor artístico, cultural e
comprovadamente histórico, bem assim os monumentos, as paisagens naturais, os sítios arqueológicos e
espeleológicos (referente a cavidades naturais do solo, gruta, caverna, fontes);

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f) a proteção do meio ambiente, o combate a poluição e a garantia de qualidade de vida;

g) os incentivos ao turismo, ao comércio e a indústria;

h) os incentivos e o tratamento jurídico diferenciado às micro empresas e empresas de pequeno porte,


assim definidas em Lei Federal, e na forma da Constituição Estadual;

i) o fomento da agropecuária e a organização do abastecimento alimentar, ressalvadas as competências


legislativas e fiscalizadora da União e do Estado.

CAPÍTULO III

DOS BENS DO MUNICÍPIO

Art. 11 O Patrimônio público Municipal de Antonina, é formado por bens públicos municipais de toda
natureza e espécie que tenham qualquer interesse para a Administração do Município ou para sua
população.

Parágrafo Único - São bens públicos municipais todas as coisas corpóreas; móveis, imóveis e semoventes;
créditos, débitos, valores, direitos, ações e outros que pertençam a qualquer título ao Município.

Art. 12 Os bens públicos municipais podem ser:

I - de uso comum do povo tais como, estradas municipais, ruas, parques, praças, logradouros públicos e
outros da mesma espécie, bem como os mananciais que serão considerados de relevante interesse
público. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2001)

II - de uso especial - os do patrimônio administrativo, destinados à Administração, tais como, os edifícios


das repartições públicas, os terrenos e equipamentos destinados ao serviço público, veículos,
matadouros, mercados e outras serventias da mesma espécie.

a) Fica proibida a colocação de propaganda política de qualquer natureza nos bens de uso especial.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 14/1998)

b) Os veículos pertencentes ao patrimônio público municipal, devem ser identificados em suas laterais
com o logotipo da Prefeitura Municipal de Antonina. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
17/2001)

III - bens dominiais - aqueles sobre os quais o Município exerce os direitos de proprietário, e são
considerados como bens patrimoniais disponíveis;

§ 1º É obrigatório o cadastramento de todos os bens móveis e semoventes do Município, dele devendo


constar a descrição, a identificação, o número de registro, órgãos ao qual estão distribuídos, a data de
inclusão no cadastro, e o seu valor nessa data.

§ 2º Os estoques de materiais e coisas fungíveis utilizadas nas repartições e serviços públicos municipais,
terão suas quantidades anotadas, e a sua distribuição controlada, pelas repartições onde são
armazenados.

Art. 13Toda a alienação onerosa de bens imóveis municipais, só poderá ser realizada mediante
autorização por Lei Municipal, avaliação prévia e licitação, observada nesta a Legislação Federal
pertinente.

§ 1º A cessão de uso entre órgãos da administração pública municipal não depende de autorização
legislativa, podendo ser feita mediante simples termo ou anotação cadastral.

§ 2º A cessão de uso gratuito e o empréstimo em regime de comodato, por prazo inferior a dez anos, de

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imóvel público municipal a entidades beneficente, sem fins lucrativos, reconhecida como de utilidade
pública municipal, independerá de avaliação prévia e de licitação.

Art. 14 Compete ao Prefeito a administração dos bens públicos municipais, ressalvada a competência da
Câmara Municipal em relação aos seus bens.

Art. 15 O Município, preferencialmente à venda ou doação de bens imóveis, outorgará concessão de


direito real de uso, mediante prévia autorização legislativa e concorrência, dispensada esta, quando o uso
se destinar ao concessionário de serviço público ou quando houver relevante interesse público
devidamente justificado.

Art. 16 A venda aos proprietários lindeiros de imóveis remanescentes, resultantes de obras públicas ou
de modificações de alinhamentos, inaproveitáveis para edificações dependerá de prévia avaliação e
autorização legislativa.

Art. 17A aquisição de bens imóveis, por compra ou permuta, dependerá de prévia avaliação e
autorização legislativa.

Art. 18 O uso de bens municipais por terceiros poderá ser feito mediante concessão, permissão ou
autorização, quando houver interesse público, devidamente justificado.

§ 1º A concessão administrativa dos bens públicos de uso especial ou dominial dependerá de autorização
legislativa e concorrência, dispensada esta quando houver interesse público, devidamente justificado.

§ 2º A concessão administrativa de bens de uso comum do povo será outorgada mediante autorização
legislativa.

§ 3º A permissão de uso, poderá incidir sobre qualquer bem público, será outorgada a título precário e
por decreto.

§ 4º A autorização, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será outorgada pelas atividades
específicas e transitórias, pelo prazo máximo de sessenta dias, porrogável com autorização legislativa.

TÍTULO II

DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 19 Administração Pública direta, indireta ou fundacional do Município obedecerá no que couber, ao
disposto no Capítulo VII do Título III da Constituição Federal e nesta Lei Orgânica.

Art. 20Os planos de cargos e carreiras do serviço público municipal serão elaborados de forma a
assegurar aos servidores municipais remuneração compatível com o mercado de trabalho para a função
respectiva, oportunidade de progresso funcional e acesso a cargos de escalão superior.

§ 1º O Município proporcionará aos servidores oportunidade de crescimento profissional através de


programas de formação de mão-de-obra, aperfeiçoamento e reciclagem.

§ 2º Os programas mencionados no parágrafo anterior terão caráter permanente. Para tanto o Município
poderá manter convênio com instituições especializadas.

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O Prefeito Municipal, ao prover os cargos em comissão e as funções de confiança, deverá fazê-los


Art. 21
de forma a assegurar que pelo menos 20% (vinte por cento) desses cargos e funções sejam ocupados por
servidores de carreira técnica ou profissional do próprio Município. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 27/2005)

Art. 22 Um percentual dos cargos e empregos do Município será destinado a pessoas portadoras de
deficiência física, devendo os critérios para seu preenchimento serem definidos em Lei Municipal.

Art. 23 É vedada a conversão de férias ou licença em dinheiro, ressalvados os casos previstos na


legislação federal.

Art. 24 O Município assegurará a seus servidores e dependentes na forma da Lei Municipal serviços de
atendimento médico, odontológico e de assistência social.

Parágrafo Único - Os serviços referidos neste artigo são extensivos aos aposentados e aos pensionistas do
Município.

Art. 25O Município poderá instituir contribuição, cobrada de seus servidores, para custeio, em benefício
destes, de sistemas de previdência e assistência social.

Art. 26 Os concursos públicos para preenchimento de cargos, empregos ou funções na Administração


Municipal não poderão ser realizados antes de decorridos 30 (trinta) dias do encerramento das inscrições,
as quais deverão estar abertas por pelo menos 15 (quinze) dias.

Art. 27 O Município, suas entidades da Administração indireta e funcional, bem como, as concessionárias
e as permissionárias de serviços públicos, responderão pelos danos que seus agentes, nesta qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

CAPÍTULO II

DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS

Art. 28O Município instituirá, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e plano de carreira
para os servidores da administração pública municipal, direta ou indireta.

Parágrafo Único - O regime jurídico e os planos de carreira do servidor público decorrerão dos seguintes
fundamentos:

a) valorização e dignificação da função e dos servidores públicos;

b) profissionalização e aperfeiçoamento do servidor público;

c) constituição de quadro dirigente, mediante formação e aperfeiçoamento de administradores, em


consonância com critérios profissionais e éticos, especialmente estabelecidos;

d) sistema de méritos objetivamente apurados para ingresso no serviço e desenvolvimento na carreira;


e) remuneração adequada à complexidade e a responsabilidade das tarefas;

f) tratamento uniforme aos servidores públicos no que se refere a concessão de índices de reajustes ou
outro tratamento remuneratório.

g) os vencimentos e salários dos servidores deverão ser pagos até o último dia útil do mês a que
correspondem, sendo seus valores corrigidos se tal prazo for ultrapassado. (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 33/2015)

Art. 29 Todos os direitos e garantias previstos no Artigo 34 da Constituição Estadual, serão assegurados
pelo Município aos servidores públicos.

Art. 30 São estáveis após 3 (três) anos de efetivo exercício, os servidores nomeados em virtude de

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concurso público. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 20/2002)

§ 1º O servidor público estável só poderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgada ou
mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa.

§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão de servidor estável, será ele reintegrado e o eventual
ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo
equivalente ou posto em disponibilidade.

§ 3º Extinto o cargo ou declarada sua desnecessariedade, o servidor estável ficará em disponibilidade


remunerada, até seu adequado aproveitamento em outro cargo equivalente.

Ao servidor público em exercício do mandato eletivo aplicam-se as disposições da Constituição


Art. 31
Estadual.

Art. 32 Nenhum servidor poderá ser diretor ou integrar conselho de empresas fornecedora, ou que
realize qualquer modalidade de contrato com o Município, sob pena de demissão do serviço público.

Art. 33 É vedado a participação do servidor público no produto de arrecadação de tributos e multas,


inclusive dívida ativa.

É assegurada, nos termos da lei, a participação de funcionários públicos na gerência de fundos e


Art. 34
entidades previdenciárias para as quais contribuírem.

Art. 35 O servidor público será aposentado:

I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais, quando a mesma for decorrida de acidente em
serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em Lei, e
proporcionais nos demais casos, ficando o servidor sujeito a perícia médica periódica durante os cinco
anos imediatamente subsequentes;

II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;

III - voluntariamente:

a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço de homem, e aos 30 (trinta) anos de efetivo exercícios se mulher,
com proventos integrais;

b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em função do magistério, se professor, e 25 (vinte e cinco) anos
se professora, com proventos integrais;

c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e cinco) anos se mulher, com proventos
proporcionais a esse tempo;

d) aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, se homem, e sessenta, se mulher com proventos proporcionais
ao tempo de serviço.

§ 1º A Lei disporá sobre a aposentadoria em cargos ou empregos temporários.

§ 2º O tempo de serviço público Federal, Estadual ou Municipal será computado integralmente para
efeito de aposentadoria, disponibilidade e adicionais, computando-se o tempo de serviço prestado ao
Estado, seja na Administração direta ou indireta, para todos os efeitos legais.

Art. 36 A filiação ao órgão de previdência do Município é compulsório, qualquer que seja a natureza do
provimento do cargo, e a ausência de inscrição não prejudicará o direito dos dependentes obrigatórios, na
ordem legal, em caso de morte.

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Art. 37 É vedada a cessão de servidores públicos da administração direta e indireta do Município à


empresas públicas ou privadas, exceto à órgão do Governo Municipal, Estadual e Federal e entidades de
filantropia ou de assistência social, estabelecidos na sede do Município se houver:

I - comprovada necessidade;

II - convênio, ajuste ou acordo, nos termos da Lei. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 18/2001)

TÍTULO III

DO GOVERNO MUNICIPAL

CAPÍTULO I

DO PODER LEGISLATIVO

Seção I

Da Câmara Municipal

O Poder Legislativo Municipal é exercido pela Câmara Municipal, composta de Vereadores em


Art. 38
número proporcional à população do Município.

§ 1º Cada legislatura terá a duração de 04(quatro) anos.

§ 2º O número de Vereadores obedecerá os limites fixados pela Constituição Estadual.

§ 3º A população do Município que servirá de base para o cálculo do número de Vereadores, será aquela
estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE.

Art. 39 A Câmara Municipal de Antonina, compõe-se de Vereadores, representantes do povo, eleitos


pelo sistema proporcional, pelo voto direto e secreto, para um mandato de quatro anos, em eleições
realizadas na mesma data estabelecida para todo País, observadas as seguintes condições de
elegibilidade.

I - Nacionalidade brasileira;

II - Pleno exercício dos direitos políticos;

III - Alistamento eleitoral;

IV - Domicílio eleitoral no Município, conforme dispuser a legislação federal.

V - Filiação partidária;

VI - Idade mínima de dezoito anos;

Parágrafo Único - As inelegibilidades para o cargo de Vereador, são aquelas estabelecidas na Constituição
Federal e na legislação eleitoral.

Salvo disposições em contrário constantes desta lei ou de legislação superior, as deliberações da


Art. 40
Câmara Municipal e das Comissões, serão tomadas pela maioria absoluta de seus membro, em sessões
públicas.

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Seção II

Da Instalacão

Art. 41 No primeiro ano de cada Legislatura, no dia 1º de janeiro, em sessão de instalação,


independentemente de número sob a presidência do mais votado dentre os eleitos, os Vereadores,
prestarão compromisso e tomarão posse.

Art. 42 O Presidente prestará o seguinte compromisso:

"PROMETO CUMPRIR A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, A CONSTITUIÇÃO DO


ESTADO DO PARANÁ E A LEI ORGÂNICA DO MUNCÍPIO DE ANTONINA, OBSERVAR AS LEIS, DESEMPENHAR,
COM LEALDADE, O MANDATO QUE ME FOI CONFERIDO, E TRABALHAR PELO PROGRESSO DO MUNCÍPIO
DE ANTONINA E PELO BEM - ESTAR DO SEU POVO", e, em seguida, o Secretário designado para este fim
fará a chamada de cada Vereador, que declarará:

"ASSIM O PROMETO".

O Vereador que não tomar posse na sessão prevista no artigo 39, poderá fazê-lo até quinze dias
Art. 43
depois da primeira sessão.

Seção III

Da Mesa

Art. 44Imediatamente à sessão de instalação, os Vereadores reunir-se-ão sob a presidência do mais


votado dentre os eleitos, presente a maioria absoluta dos seus membros, elegerão os componentes da
Mesa, por escrutínio secreto e maioria absoluta de votos, considerando-se automaticamente empossados
os eleitos.

Parágrafo Único - Não havendo número legal, o Vereador mais votado dentre os presentes, permanecerá
na presidência e convocará sessões diárias até que seja eleita a mesa.

Art. 45 A eleição para renovação da Mesa realizar-se-á sempre no primeiro dia da sessão legislativa
considerando-se automaticamente empossados os eleitos.

§ 1º O Regimento Interno, disciplinará a forma da eleição e a composição da Mesa.

§ 2º O mandato da Mesa será de 01 (hum) ano permitida uma reeleição subseqüente na Legislatura de
qualquer dos seus membros para o mesmo cargo. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 26/2004)

§ 3º Pelo voto de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara Municipal, qualquer componente da Mesa
poderá ser destituído quando negligente, omisso, ou ineficiente no desempenho de suas atribuições
regimentais, elegendo-se outro Vereador para completar o mandato.

Art. 46 São atribuições da Mesa, dentre outras:

I - propor projeto de lei que criem ou extinguem cargos dos serviços da Câmara Municipal e fixem os
respectivos vencimentos;

II - elaborar e expedir, mediante ato, a discriminação analítica das dotações orçamentárias da Câmara
Municipal bem como alterá-las quando necessário;

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III - apresentar projetos de lei dispondo sobre a abertura de créditos suplementares ou especiais, através
da anulação parcial ou total da dotação da Câmara Municipal;

IV - suplementar mediante ato, as dotações do orçamento da Câmara Municipal observando o limite da


autorização, constante da lei orçamentária desde que os recursos para a sua cobertura sejam
provenientes de anulação total ou parcial de sua dotação orçamentária.

V - devolver à tesouraria da Prefeitura Municipal, o saldo de caixa existente na Câmara Municipal ao final
do exercício.

VI - enviar ao Prefeito Municipal, até o dia primeiro de março as contas do exercício anterior;

VII - nomear, comissionar, conceder gratificações, licença, por em disponibilidade, exonerar, demitir,
aposentar e punir funcionários ou servidores da Secretaria da Câmara Municipal, nos termos da lei.

VIII - expedir certidão relativa ao exercício de cargo do Prefeito. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 8/1992)

Art. 47 Ao Presidente da Câmara dentre outras atribuições compete:

I - representar a Câmara Municipal em juízo e fora dele;

II - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos e administrativos da Câmara Municipal;

III - interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno;

IV - promulgar as resoluções e os decretos legislativos, bem como as leis com sanção tácita ou cujo o veto
tenha sido rejeitado pelo plenário;

V - fazer publicidade dos atos da Mesa, bem como as resoluções, os decretos legislativos e as leis por ela
promulgadas;

VI - declarar extinto o mandato do Prefeito Municipal, Vice-Prefeito e Vereador, nos casos previstos em
lei;

VII - requisitar o numerário destinado às despesas da Câmara Municipal;

VIII - apresentar no plenário, até o dia 20 de cada mês, o balancete relativo aos recursos recebidos e às
despesas do mês anterior;

IX - representar sobre a inconstitucionalidade de lei ou ato Municipal;

X - solicitar a intervenção, no Município, nos casos admitidos pela Constituição Federal;

XI - manter ordem no recinto da Câmara Municipal, podendo solicitar a força necessária para esse fim.

O Presidente da Câmara Municipal e igualmente seu substituto manifestará seu voto, apenas
Art. 48
quando:

I - da eleição da Mesa;

II - a matéria exigida, para sua aprovação, o voto favorável de dois terços de membros da Câmara

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Municipal;

III - houver empate em qualquer votação no plenário.

§ 1º O veto será sempre público nas deliberações da Câmara Municipal salvo nos seguintes casos:

a) no julgamento dos Vereadores, do Prefeito e do Vice-Prefeito;

b) na eleição dos membros da Mesa e dos substitutos, bem como no preenchimento de qualquer vaga;

c) na votação de decretos legislativos votados à concessão de horários.

§ 2º Fica impedido de votar, o Vereador que tiver interesse pessoal na deliberação, anulando-se, se o fizer
a votação, quando decisivo o seu voto.

Art. 49 Ao vice - Presidente compete, além das atribuições contidas no Regimento Interno, as seguintes:

I - substituir o Presidente da Câmara em suas faltas, ausências, impedimentos ou licenças;

II - promulgar e fazer publicar, obrigatoriamente, as resoluções e os decretos legislativos sempre que o


Presidente, ainda que se ache em exercício, deixar de fazê-lo no prazo estabelecido;

III - promulgar e fazer publicar, obrigatoriamente, as leis quando o Prefeito Municipal e o Presidente da
Câmara, sucessivamente, tenham deixado de fazê-lo sob pena de perda de mandato de mebro da Mesa.

Art. 50 Ao secretário compete, além das atribuições contidas no Regimento Interno, as seguintes:

I - redigir a ata das sessões secretas e das reuniões da Mesa;

II - acompanhar e supervisionar a redação das atas das demais sessões e mandar proceder à sua leitura;

III - fazer a chamada dos Vereadores;

IV - registrar, em livre próprio, os precedentes firmados na aplicação do Regimento Interno;

V - fazer a inscrição dos oradores na pauta dos trabalhos;

VI - substituir os demais membros da Mesa, quando necessário.

Seção IV

Das Atribuições da Câmara Municipal

Cabe a Câmara Municipal com a sanção do Prefeito, legislar sobre as matérias de competência do
Art. 51
Município, especialmente no que se refere ao seguinte:

I - assuntos de interesse local, inclusive suplementando a legislação federal e a estadual, notadamente no


que diz respeito:

a) à saúde, a assistência pública, à proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;

b) à proteção de documentos, obras e outros bens de comprovado valor histórico, artístico e cultural,
como os monumentos, as paisagens naturais e notáveis, os sítios arqueológicos do Município;

c) a impedir a evasão, destruição e descaracterização de obras de arte e outros bens de valor histórico,
artístico e cultural do Municípi;

d) à abertura de meios de acesso à cultura, a educação e a ciência;

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e) à proteção, ao meio ambiente e ao combate à poluição;

f) ao incentivo à indústria e ao comércio;

g) à criação de distritos industriais;

h) ao fomento da produção agropecuária, à elaboração do Plano de Desenvolvimento Rural Integrado, à


instituição do Fundo de Desenvolvimento Rural e demais atividades econômicas, inclusive artesanal.

i) à promoção de programas de construção de moradias, melhorando as condições habitacionais e de


saneamento básico;

j) a realização de serviços de assistência social diretamente ou por meio de instituições privadas,


conforme critério e condições fixadas em Lei Municipal.

k) ...

l) ao registro, ao acompanhamento e fiscalização das concessões de pesquisa e exploração dos recursos


hídricos e minerais em seu território;

m) ao estabelecimento e a implantação política de educação para o trânsito;

n) a cooperação com a União e o Estado, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem- estar,
atendidas as normas em Lei complementar Federal;

o) ao uso e ao armazenamento dos agrotóxicos, seus componentes e afins;

p) às políticas públicas do Município;

II - tributos municipais, bem como autorizar isenções e anistias fiscais e a remissão de dívidas;

III - orçamento anual, plano plurianual e diretrizes orçamentárias, bem como autorizar a abertura de
créditos suplementares e especiais;

IV - obtenção e concessão de empréstimos, operações de créditos, bem como sobre a forma e os meios
de pagamento;

V - concessão de auxílios e subvenções;

VI - concessão e permissão de serviços públicos;

VII - concessão de direito real de uso de bens municipais;

VII - alienação e concessão de bens imóveis;

IX - aquisição de bens imóveis quando se tratar de doação;

X - criação, organização e supressão de distritos, observada a legislação estadual;

XI - criação, alteração e extinção de cargos, empregos e funções públicas e fixação da respectiva


remuneração;

XII - plano diretor;

XIII - dar denominação, ou alterar denominação de próprios, vias e logradouros;

XIV - ordenamento, parcelamento, uso e ocupação do solo urbano;

XV - organização e prestação de serviços públicos.

XVI - dispor sobre a utilização dos logradouros públicos e especialmente sobre:

a) os locais de estacionamento de taxis e demais veículos;

b) o itinerário e os pontos de parada dos transportes coletivos.

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Art. 52 Compete à Câmara Municipal, privativamente, entre outras, as seguintes atribuições:

I - eleger sua Mesa Diretora, bem como destituí-la na forma desta Lei Orgânica e do Regimento Interno;

II - elaborar o seu Regimento Interno;

III - fixar a remuneração do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, observando-se o disposto no


Inciso V do artigo 29 da Constituição Federal e o estabelecimento nesta Lei Orgânica;

IV - exercer, com o auxílio do Tribunal de Contas ou órgão estadual competente, a fiscalização financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial do Município;

V - julgar as contas anuais do Município e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de Governo;

VI - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de
delegação legislativa;

VII - dispor sobre sua organização, funcionamento. Polícia, criação, transformação ou extinção de cargos,
empregos e funções de seus serviços e fixar a respectiva remuneração;

VIII - autorizar o Prefeito a se ausentar do Município, quando a ausência exceder a 15 (quinze) dias;

IX - mudar temporariamente a sua sede;

X - fiscalizar e controlar, diretamente, os atos do Poder Executivo, incluídos os da Administração indireta e


fundacional;

XI - proceder à tomada de contas do Prefeito Municipal, quando não apresentadas à Câmara dentro do
prazo de 60 (sessenta) dias após a abertura da sessão legislativa;

XII - processar e julgar os Vereadores, na forma da Lei Orgânica;

XIII - representar ao Procurador Geral da Justiça, mediante aprovação de dois terços dos seus membro
contra o Prefeito, o Vice-Prefeito e Secretários Municipais, ou ocupantes de cargos da mesma natureza,
pela pratica de crime contra a Administração Pública que tiver conhecimento;

XIV - dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, conhecer de sua renuncia e afastá-lo definitivamente do
cargo, nos termos previstos em Lei;

XV - conceder licença ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadores para afastamento do cargo;

XVI - criar comissões especiais de inquéritos sobre fato determinado que se inclua na competência da
Câmara Municipal, sempre que o requerer pelo menos um terço dos membros da Câmara;

XVII - convocar os Secretários Municipais ou ocupantes de cargos da mesma natureza para prestar
informações sobre a matéria de sua competência;

XVIII - solicitar informações ao Prefeito Municipal sobre assuntos referentes a Administração;

§ 1º É fixado em 30 (trinta) dias, prorrogáveis por igual período, desde que solicitado e devidamente
justificado o prazo para que os responsáveis pelos órgãos da Administração direta ou indireta do
Município prestem as informações e encaminhem os documentos requisitados pela Câmara na forma

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desta Lei Orgânica.

§ 2º O não atendimento aos prazos estipulados nesta Lei Orgânica, faculta ao Presidente da Câmara
solicitar na conformidade da Legislação vigente a intervenção do Poder Judiciário para fazer cumprir a Lei.

XIX - autorizar referendo e convocar plebiscito;

XX - decidir sobre a perda de mandado de Vereador, por voto secreto e maioria absoluta, nas hipóteses
prevista nesta Lei Orgânica;

XXI - conceder título honorífico a pessoas que tenham reconhecidamente prestado serviços ao Município,
mediante decreto legislativo aprovado pela maioria de dois terços de seus membros.

Seção V

Dos Vereadores

SUBSEÇÃO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Os Vereadores gozam de inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos no exercício do


Art. 53
mandato e na circunscrição do Município.

Art. 54 Os Vereadores não serão obrigados a testemunhar, perante a Câmara, sobre informações
recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou
deles receberam informações.

Art. 55 É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no Regimento Interno, o
abuso das prerrogativas asseguradas aos Vereadores ou a percepção, por estes, de bandagens indevidas.

SUBSEÇÃO II

DAS INCOMPATIBILIDADES

Art. 56 Os Vereadores não poderão:

I - desde a expedição do diploma:

a) firmar ou manter contrato com o Município, suas autarquias, empresas públicas, sociedades de
economia mista, fundações ou empresas concessionárias de serviços públicos municipais, salvo quando o
contrato obedecer a cláusula uniforme;

b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os que sejam demissíveis ad
nutum, nas entidades constantes da alínea anterior;

II - desde a posse:

a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresas que goze de favor decorrente de contrato
celebrado com o Município ou nela exercer função remunerada;

b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum nas entidades referidas na alínea "a" do
inciso I, salvo o cargo de Secretário Municipal ou equivalente;

c) patrocinar causas em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere a alínea "a" do inciso
I;
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.

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Art. 57 Perderá o mandato o Vereador:

I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;

II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;

III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Câmara,
salvo em caso de licença ou de missão oficial autorizada;

IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;

V - quando o decretar a Justiças Eleitoral, nos casos previstos na Constituição Federal;

VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado;

VII - que deixar de residir no Município;

VIII - que deixar de tomar posse, sem motivo justificado, dentro do prazo estabelecido nesta Lei Orgânica.

§ 1º Extingue-se o mandato, e assim será declarado pelo Presidente da Câmara, quando ocorrer
falecimento ou renúncia do Vereador.

§ 2º Nos casos dos Incisos I, II, VI e VII, deste artigo, a perda do mandato será decidida pela Câmara, por
voto escrito e maioria absoluta, mediante provocação da Mesa ou de partido político representado na
Câmara, assegurada ampla defesa.

§ 3º Nos casos dos incisos III, IV, V e VIII a perda do manto será declarada pela Mesa da Câmara, de ofício
ou mediante provocação de qualquer Vereador ou partido político representado na Câmara, assegurada
ampla defesa.

SUBSEÇÃO III

DO VEREADOR SERVIDOR PÚBLICO

Art. 58 O exercício de Vereança por servidor público se dará de acordo com as determinações da
Constituição Federal.

Parágrafo Único - O vereador ocupante de cargo, emprego ou função pública municipal é inamovível de
ofício pelo tempo de duração de seu mandato.

SUBSEÇÃO IV

DAS LICENÇAS

Art. 59 O vereador poderá licenciar-se:

I - por motivos de saúde, devidamente comprovado.

II - para tratar de interesse particular desde que o período de licença não seja superior a 120 (cento e
vinte) dias por sessão legislativa.

§ 1º Nos casos dos incisos I e II, não poderá o Vereador reassumir antes que se tenha escoado o prazo de
sua licença.

§ 2º Para fins de remuneração, considerar-se-á como em exercício o Vereador licenciado nos termos do

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inciso I.

§ 3º O Vereador investido no cargo de Secretário Municipal ou o equivalente será considerado


automaticamente licenciado, podendo optar pela remuneração de vereança; se vier a desligar-se do
cargo, deverá comunicar à Câmara a data em que deverá reassumir o mandato.

§ 4º O afastamento para o desempenho de missões temporárias de interesse do Município não será


considerado como de licença, fazendo o Vereador jús a remuneração estabelecida.

SUBSEÇÃO V

DA CONVOCAÇÃO DOS SUPLENTES

No caso de vaga, licença ou investidura no cargo de Secretário Municipal ou equivalente, far-se-á


Art. 60
convocação do suplente pelo Presidente da Câmara.

§ 1º O suplente convocado deverá tomar posse dentro do prazo de 15 (quinze) dias, salvo motivo justo
aceito pela Câmara, sob pena de ser considerado renunciante.

§ 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, o Presidente da Câmara comunicará o fato, dentro de 48
(quarenta e oito) horas, ao Tribunal Regional Eleitoral.

§ 3º Enquanto a vaga a que se refere o parágrafo anterior não for preenchida, calcular-se-á o quorum em
função dos Vereadores remanescentes.

§ 4º A convocação do suplente obedecerá o disposto na Lei Eleitoral em vigor.

Seção VI

Das Sessões

A sessão legislativa anual desenvolver-se-á em dois períodos, de 02 de fevereiro de a 17 de julho


Art. 61
e de 1º de agosto a 22 de dezembro. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 28/2007)

§ 1º As reuniões marcadas dentro do que foi estabelecido no caput, quando recaírem em sábados,
domingos e feriados, serão transferidas para o primeiro dia útil.

§ 2º A Câmara reunir-se-á em sessões ordinárias, extraordinárias, solenes e secretas, conforme dispuser o


seu Regimento Interno, e as remunerará de acordo com o estabelecido nesta Lei Orgânica e na legislação
específica.

Art. 62 As sessões da Câmara Municipal deverão ser realizadas em recinto destinado ao seu
funcionamento, considerando-se nulas as que se realizarem fora dele.

§ 1º Comprovada a impossibilidade de acesso aquele recinto ou outra causa que impeça sua utilização,
poderão ser realizadas sessões em outro local, por decisão do Presidente da Câmara.

§ 2º As sessões solenes poderão ser realizadas fora do recinto da Câmara.

As sessões da Câmara serão públicas salvo de deliberação em contrário, tomada pela maioria
Art. 63
absoluta de seus membros, quando ocorrer motivo relevante de preservação do decoro parlamentar.

Art. 64 As sessões somente poderão ser abertas pelo Presidente da Câmara ou outro membro da Mesa
com a presença mínima de um terço dos seus membros.

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Parágrafo Único - Considerar-se-á presente à sessão o Vereador que assinar o livro ou as folhas de
presença até o início da Ordem do Dia e participar das votações.

Art. 65 A convocação extraordinária da Câmara Municipal dar-se-á:

I - Pelo Prefeito municipal, quando este a entender necessário;

II - Pelo Presidente da Câmara Municipal;

III - a requerimento da maioria absoluta dos membros da Câmara.

Parágrafo Único - Na sessão legislativa extraordinária a Câmara Municipal deliberar somente sobre a
matéria para a qual foi convocada, vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da
convocação. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 28/2007)

Seção VII

Das Comissões

Art. 66A Câmara Municipal terá comissões permanentes e especiais, constituídas na forma e com as
atribuições definidas no Regimento interno ou no ato de que resultar a sua criação.

§ 1º Em cada comissão será assegurada tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos
ou dos blocos parlamentares que participam da Câmara.

§ 2º As comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:

I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do Regimento, a competência do Plenário, salvo
se houver recursos de um décimo dos membros da Câmara;

II - realizar audiências públicas cm entidades da sociedade civil;

III - convocar Secretários Municipais ou ocupantes de cargos da mesma natureza para prestar informações
sobre assuntos inerentes às suas atribuições;

IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoas contra atos ou


omissões das autoridades públicas;

V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;

VI - apreciar programas de obras e planos e sobre eles emitir parecer;

VII - acompanhar junto a Prefeitura Municipal a elaboração da proposta orçamentária, bem como a sua
posterior execução.

Art. 67As comissões especiais de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades
judiciais, além de outros previstos no Regimento Interno, serão criadas pela Câmara mediante
requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo,
sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público para que este promova a
responsabilidade criminal dos infratores.

§ 1º Será afastado do mandato sem direito ao subsídio o Vereador desimpedido e sorteado que se

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recusar a integrar as Comissões de caráter especial, convocando-se o suplente para suprir a vaga até o
final do processo para a qual constituir-se a Comissão. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº
24/2003)

§ 2º Fica impedido de integrar as Comissões de caráter especial, o Vereador incurso em dispositivos já


previstos em Lei e o Vereador líder do Governo Municipal na Câmara nos processos de investigação ao
Executivo Municipal. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 24/2003)

Art. 68Qualquer entidade da sociedade civil poderá solicitar ao Presidente da Câmara que lhe permita
emitir conceitos ou opiniões, junto às comissões, sobre projetos que nelas se encontrem para estudo.

Parágrafo Único - O Presidente da Câmara enviará ao Presidente da respectiva Comissão, o pedido,


cabendo-lhe deferir ou indeferir o requerimento, indicando se for o caso, dia e hora para o
pronunciamento e seu tempo de duração.

Seção VIII

Do Processo Legislativo

SUBSEÇÃO I

DISPOSIÇÃO GERAL

Art. 69 O Processo Legislativo Municipal compreende a elaboração de:

I - emendas à Lei Orgânica Municipal;

II - leis complementares;

III - leis ordinárias

IV - leis delegadas;

V - medidas provisórias;

VI - decretos legislativos;

VII - resoluções.

SUBSEÇÃO II

DAS EMENDAS À LEI ORGÂNICA MUNICIPAL

Art. 70 A Lei Orgânica Municipal, poderá ser emendada mediante proposta:

I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara Municipal;

II - do Prefeito Municipal;

III - da iniciativa popular.

§ 1º A proposta de emenda à Lei Orgânica Municipal, será discutida e votada em dois turnos de discussão
e votação, considerando-se aprovada quando obtiver, em ambos, dois terços dos votos dos membros da
Câmara.

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§ 2º A emenda à Lei Orgânica Municipal será promulgada pela Mesa da Câmara com o respectivo número
de ordem.

SUBSEÇÃO III

DAS LEIS

a iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer Vereador ou Comissão da


Art. 71
Câmara, ao Prefeito Municipal e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica.

Art. 72 Compete privativamente ao Prefeito Municipal a iniciativa das leis que versem sobre:

I - Regime jurídico dos servidores;

II - criação de cargos, empregos e funções na Administração direta e autárquica do Município ou aumento


de sua remuneração;

III - orçamento anual, diretrizes orçamentárias e plano plurianual;

IV - criação, estruturação e atribuições dos órgãos da Administração direta de Município.

Art. 73 A iniciativa popular será exercida pela apresentação, à Câmara Municipal, de projeto de lei
subscrito por, no mínimo 1% (um por cento) dos eleitores inscritos no Município, contendo assunto de
interesse específico do Município, da cidade ou de bairros.

§ 1º A proposta popular deverá ser articulado, exigindo-se para o seu recebimento pela Câmara, a
identificação dos assinantes mediante indicação de número do respectivo título eleitora, bem como a
certidão expedida pelo órgão eleitoral, representante, contendo a informação do número total de
eleitores do bairro, da cidade ou do Município.

§ 2º A tramitação dos projetos de lei de iniciativa popular obedecerá às normas relativas ao processo
legislativa.

§ 3º Caberá ao Regimento Interno da Câmara assegurar e dispor sobre o modo pelo qual os projetos de
iniciativa popular serão defendidos na Tribuna da Câmara.

Art. 74 São objetos de leis complementares as seguintes matérias:

I - Código Tributário Municipal;

II - Código de Obras ou de Edificações;

III - Código de Posturas;

IV - Código de Zoneamento;

V - Código de Parcelamento do Solo;

VI - Plano Diretor;

VII - Regime Jurídico dos Servidores.

Parágrafo Único - As leis complementares exigem para sua aprovação o voto favorável da maioria absoluta
dos membros da Câmara.

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Art. 75 As leis delegadas serão elaboradas pelo Prefeito Municipal, que deverá solicitar a delegação à
Câmara Municipal.

§ 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência privativa da Câmara Municipal e a legislação
sobre planos plurianuais, orçamentos e diretrizes orçamentárias.

§ 2º A delegação ao Prefeito Municipal terá a forma de decreto legislativo da Câmara Municipal, que
especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.

§ 3º Se o decreto legislativo terminar a apreciação da lei delegada pela Câmara, esta o fará em votação
única, vedada qualquer emenda.

Art. 76O Prefeito Municipal, em caso de calamidade pública, poderá adotar a medida provisória, com
força de lei, para abertura de crédito extraordinário, devendo submetê-la de imediato à Câmara
Municipal, que, estando em recesso, será convocada extraordinariamente para se reunir no prazo de 05
(cinco) dias.

Parágrafo Único - A medida provisória perderá a eficácia, desde a edição, se não for convertida em lei no
prazo de 30 (trinta) dias, a partir de sua publicação, devendo a Câmara Municipal disciplinar as relações
jurídicas dela decorrentes.

Art. 77 Não será admitido aumento da despesa prevista.

I - nos projetos de iniciativa popular e nos de iniciativa exclusiva do prefeito Municipal, ressalvados, neste
caso, os projetos de leis orçamentárias;

II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara Municipal.

O Prefeito Municipal, poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de suas iniciativa,
Art. 78
considerados relevantes, os quais deverão ser apreciados no prazo de 30 (trinta) dias.

§ 1º Decorrido, sem deliberação, o prazo fixado no caput deste artigo, o projeto será obrigatoriamente
incluindo na ordem do dia, para que se ultime sua votação, sobrestando-se a deliberação sobre qualquer
outra matéria, exceto da medida provisória, veto e leis orçamentárias.

§ 2º O prazo indeferido neste artigo não corre no período de recesso da Câmara e nem se aplica aos
projetos de codificação.

Art. 79 O Projeto de lei aprovado pela Câmara será, no prazo de 10 (dez) dias úteis, enviado pelo seu
Presidente ao Prefeito Municipal que, concordando, o sancionará no prazo de 15 (quinze) dias úteis.

§ 1º Decorrido o prazo de 15 (quinze) dias úteis, o silêncio do Prefeito Municipal importará em sanção.

§ 2º Se o prefeito Municipal considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao


interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, contados do data do
recebimento, e comunicará, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, ao Presidente da Câmara, os motivos
do veto.

§ 3º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.

§ 4º O veto será apreciado no prazo de 15 (quinze) dias, contados do seu recebimento, com parecer ou
sem ele, em uma única discussão e votação.

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§ 5º O veto somente será rejeitado pela maioria absoluta dos Vereadores, mediante votação secreta.

§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo previsto no § 4º deste artigo, o veto será colocado na ordem do
dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições até sua votação final, exceto medida
provisória.

§ 7º Se o veto for rejeitado, o projeto será enviado ao Prefeito Municipal, em 48 (quarenta e oito) horas,
para promulgação.

§ 8º Se o Prefeito Municipal não promulgar a lei nos prazos previstos, e ainda no caso de sanção tácita, o
Presidente da Câmara a promulgará, e, se este não o fizer no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, caberá
ao vice-presidente obrigatoriamente fazê-lo.

§ 9º A manutenção do veto não restaura matéria suprimida ou modificada pela Câmara.

Art. 80 A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo
projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Câmara.

Art. 81A resolução destina-se a regular matéria político-administrativa da Câmara, de sua competência
exclusiva, não dependendo de sanção ou veto do Prefeito Municipal.

Art. 82 O decreto legislativo destina-se a regular matéria de competência exclusiva da Câmara que
produza efeitos externos, não dependendo de sanção ou veto do Prefeito Municipal.

O Processo Legislativo das resoluções e dos decretos legislativos se dará conforme determinado
Art. 83
no Regimento Interno da Câmara, observado, no que couber, o disposto nesta Lei Orgânica.

Art. 84 As entidades, ou cidadãos, cuja tramitação de Projeto lhes for de interesse poderão manifestar-se
diante das Comissões Técnicas devendo inscrever-se na Secretaria da Câmara, antes de iniciada a sessão,
no horário do expediente.

§ 1º O Presidente da Comissão competente marcará o dia e hora da reunião, convocando os demais


membros.

§ 2º Ao se inscrever as entidades ou cidadãos deverão fazer referência à matéria sobre a qual falará, não
lhe sendo permitido abordar temas que não tenham sido expressamente mencionados na inscrição.

§ 3º O Regimento Interno da Câmara estabelecerá as condições e requisitos para o uso da palavra pelos
cidadãos.

Seção IX

subsídios Dos Agentes Políticos (redação Dada Pela Emenda à Lei Orgânica nº 15/1999)

Art. 85Os subsídios do Prefeito, Vice-Prefeito, Secretários Municipais, serão fixados por lei de iniciativa
da Câmara Municipal, observados o que dispõe os artigos 37, inciso XI; 39, Parágrafo 4º; 150, inciso II;
153, inciso III e 153, Parágrafo 2º, inciso I, da Constituição Federal. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 15/1999)

Os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito, Secretários e Vereadores serão fixados determinando-


Art. 86
se o valor em moeda corrente no País, vedada qualquer vinculação. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 15/1999)

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§ 1º Os subsídios de que trata o Artigo 85, serão atualizados de acordo com o artigo 37, inciso X, da
Constituição Federal, assegurada revisão geral anual sempre na mesma data e sem distinção de índices.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 15/1999)

§ 2º Os subsídios dos Vereadores são referentes a participação efetiva na Ordem do Dia, vedados
acréscimos a qualquer título. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 15/1999)

§ 3º A verba de representação do Prefeito Municipal não poderá exceder a dois terços de seus subsídios.

§ 4º A verba de representação do Vice-Prefeito não poderá exceder à metade da que for fixada para o
Prefeito Municipal.

§ 5º A remuneração dos Vereadores será dividida em parte fixa e parte variável, está referente ao
comparecimento as sessões ordinárias e extraordinárias e participação efetiva na ordem do dia, vedados
acréscimos a qualquer título.

§ 6º A verba de representação do Presidente da Câmara, que integra a remuneração, não poderá exceder
a dois terços da que for fixada para o Prefeito Municipal.

Art. 87 O subsídio dos Vereadores terá como limite máximo o valor percebido em 75% (setenta e cinco
por cento) daquele estabelecido em espécie para os Deputados Estaduais, observado o que dispõem os
Artigos 39, § 4º; 57, § 7º; 150, inciso II, 153, inciso III e 153, § 2º, da Constituição Federal.

Parágrafo Único - As despesas com o pagamento dos subsídios do Vereador não poderão ultrapassar 5%
(cinco por cento) da Receita do Município, de acordo com o inciso VII do artigo 29 da Constituição
Federal. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 15/1999)

Art. 88 Na Sessão Legislativa Extraordinária a Câmara Municipal deliberará apenas para a matéria pela
qual foi convocada, conforme o disposto no artigo 57, § 7º, da Constituição Federal. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 15/1999)

Art. 89A Câmara Municipal fixará critérios de indenização de despesas de viagem do Prefeito, Vice-
Prefeito e dos Vereadores.

Parágrafo Único - A indenização de que trata este Artigo não será considerado como subsídio. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 15/1999)

Seção X

Do Exame Público Das Contas Municipais

Art. 90 As contas do Município, ficarão à disposição dos cidadãos durante 60 (sessenta) dias, após
apreciação das mesmas pela Câmara Municipal com parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado, no
horário de funcionamento da Câmara em local de fácil acesso.

§ 1º A consulta às contas municipais poderá ser feita por qualquer cidadão, independente de
requerimento, autorização ou despacho de qualquer autoridade.

§ 2º A consulta só poderá ser feita no recinto da Câmara Municipal e haverá pelo menos 03 (três) cópias à
disposição do público.

§ 3º A reclamação apresentada deverá:

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I - ter a identificação e a qualificação de reclamante;

II - ser apresentada em 04 (quatro) vias no protocolo;

III - conter elementos e provas nas quais se fundamenta do reclamante.

§ 4º As vias de reclamação apresentadas no protocolo da Câmara terão a seguinte destinação:

I - a primeira via deverá ser encaminhada pela Câmara ao Tribunal de Contas ou órgão equivalente,
mediante ofício;

II - a Segunda via deverá ser anexada às contas à disposição do público pelo prazo que restar ao exame de
apreciação;

III - a terceira via se constituirá em recibo do reclamante e deverá ser autenticada pelo servidor que
receber o protocolo

IV - a Quarta via será arquivada na Câmara Municipal.

§ 5º A Câmara Municipal, enviará ao reclamante, cópia da correspondência a que encaminhou a


reclamação ao órgão competente.

CAPÍTULO II

DO PODER EXECUTIVO

Seção I

Do Prefeito Municipal

Art. 91 O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, com funções políticas, executivas e administrativas.

Art. 92 O Prefeito e o Vice-Prefeito serão eleitos simultaneamente, para cada legislatura, por eleição
direta, em sufrágio universal e secreto.

Art. 93 O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse no dia 1º de janeiro do ano subsequente à eleição, em
sessão solene da Câmara Municipal, ou se esta não estiver reunida, perante a autoridade judiciária
competente, ocasião em que prestarão o seguinte compromisso:

"PROMETO CUMPRIR A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, A CONSTITUIÇÃO DO


ESTADO DO PARANÁ E A LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE ANTONINA, OBSERVAR AS LEIS, DESEMPENHAR
COM LEALDADE O MANDATO QUE ME FOI CONFERIDO E TRABALHAR PELO PROGRESSO DO MUNICÍPIO E
PELO BEM ESTAR DE SUE POVO, SOB INSPIRAÇÃO DA DEMOCRACIAS E A LEALDADE".

§ 1º Se até dia 10 (dez) de janeiro o Prefeito ou Vice-Prefeito, salvo motivo de força maior devidamente
comprovado e aceito pela Câmara Municipal, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.

§ 2º Enquanto não ocorrer a posse do Prefeito, assumirá o cargo o Vice-Prefeito, e na falta ou


impedimento deste, o Presidente da Câmara Municipal.

§ 3º No ato de posse e ao término do mandato, o Prefeito e o Vice-Prefeito farão declaração pública de


seus bens, a qual será transcrita em livro próprio, podendo ser divulgadas ao conhecimento público.

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§ 4º O Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pela legislação local, auxiliará o
Prefeito sempre que por ele convocado para missões especiais, o substituirá nos casos de licença e o
sucederá no caso de vacância do cargo.

Art. 94 Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, ou vacância dos respectivos cargos será
chamado ao exercício do cargo de Prefeito o Presidente da Câmara Municipal.

Parágrafo Único - A recusa do Presidente em assumir a Prefeitura Municipal implicará em perda do


mandato que ocupa na Mesa Diretora.

Seção II

Das Proibições

Art. 95 O Prefeito e o Vice-Prefeito não poderão, desde a posse, sob pena de perda do mandato:

I - firmar ou manter contrato com o Município ou com suas autarquias, empresas públicas, sociedades de
economia mista, fundações ou empresas concessionárias de serviço público municipal, salvo quando o
contrato obedecer a cláusula uniforme;

II - aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado inclusive os de que seja demissível ad
nutum, da Administração Pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público,
aplicando-se nesta hipótese, o disposto no artigo 38 da Constituição Federal;

III - ser titular de mais de um mandato eletivo;

IV - patrocinar causas em que seja interessada qualquer das entidades mencionadas no inciso I deste
artigo;

V - ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato
celebrado com o Município ou nela exercer função remunerada;

VI - fixar residência fora do Município.

§ 1º o disposto no inciso II deste artigo não se aplica ao Vice-Prefeito. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 12/1993)

§ 2º o Vice-Prefeito investido no cargo de Secretário Municipal deverá optar pela remuneração de


Secretário ou de Vice-Prefeito. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 12/1993)

Seção III

Das Licenças

Art. 96 O Prefeito não poderá ausentar-se do Município, por qualquer período superior a 15 (quinze)
dias, nem do País por qualquer prazo, sem licença da Câmara Municipal, sob a pena de perda de
mandato. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 10/1992)

Art. 97 O Prefeito poderá licenciar-se impossibilitado de exercer o cargo, por motivo de doença
devidamente comprovada.

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Parágrafo Único - No caso deste artigo e de ausência em missão oficial, o Prefeito licenciado fará juz a sua
remuneração integral.

Seção IV

Das Atribuições do Prefeito

Art. 98 Compete privativamente ao Prefeito:

I - representar o Município em juízo e fora dele;

II - exercer a direção superior da Administração Pública Municipal;

III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica;

IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pela Câmara Municipal e expedir decretos e
regulamentos para sua fiel execução;

V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;

VI - enviar à Câmara Municipal, o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual do


Município;

VII - editar medidas provisórias na forma desta Lei Orgânica;

VIII - dispor sobre a organização e o funcionamento da Administração Municipal, na forma da Lei;

IX - remeter por ocasião da abertura da Sessão Legislativa, o relatório do exercício anterior por
Secretarias, a mensagem, o Plano de Governo, expondo a situação do Município solicitando as
providências que julgar necessárias; o não cumprimento desses dispositivos, no prazo estabelecido
implicará ao Prefeito comparecer à Câmara com seus Secretários, e responder às perguntas dos
Vereadores no prazo de trinta dias, a contar da data de abertura. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 23/2002)

X - prestar anualmente, à Câmara Municipal, dentro do prazo legal, as contas do Município referentes ao
exercício anterior;

XI - prover e extinguir os cargos, os empregos e as funções públicas municipais, na forma da lei;

XII - decretar, nos termos legais desapropriação por necessidade ou utilidade pública ou por interesse
social;

XIII - celebrar convênios com entidades públicas ou privadas para a realização de objetivos de interesse do
Município, ad-referendum da Câmara Municipal;

XIV - Prestar a Câmara Municipal, dentro do prazo de 15 (quinze) dias, as informações solicitadas,
podendo o prazo ser prorrogado por mais 10 (dez) dias, a pedido, pela complexidade da matéria ou pela
dificuldade de obtenção dos dados solicitados; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 32/2013)

XV - publicar, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução
orçamentária;

XVI - colocar a disposição da Câmara Municipal, dentro de 15 (quinze) dias de sua requisição, as quantias

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que devam ser despendidas, de uma só vez, e, até o dia 20 de cada mês, a parcela correspondente ao
duodécimo de sua dotação orçamentária;

XVII - propor ao Poder Legislativo o arrendamento, o aforamento ou a alienação de próprios municipais,


bem como a aquisição de outros;

XVIII - decretar calamidade pública quando ocorrem fatos que a justifiquem;

XIX - convocar extraordinariamente a Câmara;

XX - fixar as tarifas dos serviços públicos concedidos e permitidos, bem como daqueles explorados pelo
próprio Município, conforme critérios estabelecidos na legislatura municipal;

XXI - requerer à autoridade competente a prisão administrativa de servidor público municipal omisso ou
remisso na prestação de contas do dinheiro público;

XXII - encaminhar à Câmara Municipal até o final do mês subsequente, os balancetes relativos a receita e
despesa do mês anterior;

XXIII - superintender a arrecadação dos tributos e preços, bem como a guarda e a aplicação da receita
autorizando as despesas e os pagamentos, dentro das disponibilidades orçamentárias ou dos créditos
autorizados pela Câmara;

XXIV - aplicar as multas previstas na legislação e nos contratos ou convênios, ou quando for o caso anistiá-
las autorizado pela Câmara;

XXV - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil e com membros da comunidade;

XXVI - resolver sobre os requerimentos, as reclamações ou as representações que lhe forem dirigidos;

§ 1º O Prefeito Municipal, poderá delegar as atribuições previstas nos incisos XIII, XXIII, XXIV e XXVI deste
artigo.

§ 2º O Prefeito Municipal poderá, a qualquer momento, segundo seu único critério, avocar a si a
competência delegada.

XXVII - comparecer a Câmara Municipal por sua iniciativa.

Seção V

Da Transição Administrativa

Art. 99 Até 30 (trinta) dias antes das eleições municipais, o Prefeito Municipal deverá preparar para
entrega ao sucessor e para publicação imediata, relatório da situação da Administração Municipal, que
conterá, entre outras informações atualizadas sobre:

I - dívidas do Município, por credor, com as datas dos respectivos vencimentos, inclusive da dívida a longo
prazo e encargos decorrentes de operações de crédito, informando sobre a capacidade da Administração
Municipal realizar operações de crédito de qualquer natureza;

II - medidas necessárias à regularização das contas municipais perante o Tribunal de Contas ou órgão
equivalente, se for o caso;

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III - prestação de contas de convênios celebrados com organismos da União e do Estado, bem como de
recebimento de subvenções ou auxílios

IV - situação dos contratos com concessionárias e permissionárias de serviços públicos;

V - estado dos contratos de obras e serviços em execução ou apenas formalizados, informando sobre o
que foi realizado e pago e o que há por executar e pagar, com prazos respectivos;

VI - transferências a serem recebidas da União e do Estado por força de mandamento constitucional ou de


convênios;

VII - projetos de lei de iniciativa do Poder Executivo em curso na Câmara Municipal, para permitir que a
nova Administração decida quanto a conveniência de lhes dar prosseguimento, acelerar seu andamento
ou retirá-los;

VIII - situação do Município, seu custo, quantidade de servidores e órgãos em que estão lotados e em
exercício.

Art. 100 É vedado ao Prefeito Municipal assumir, por qualquer forma, compromissos financeiros para
execução de programas ou projetos após o término de seu mandato, não previsto na legislação
orçamentária.

§ 1º O disposto neste artigo não se aplica nos casos comprovados de calamidade pública.

§ 2º Serão nulos e não produzirão nenhum efeito os empenhos e atos praticados em desacordo neste
artigo, sem prejuízo da responsabilidade do Prefeito Municipal.

Seção VI

Dos Auxiliares Diretos do Prefeito Municipal

Art. 101O Prefeito Municipal, por intermédio de ato administrativo, estabelecerá as atribuições dos seus
auxiliares diretos, definindo-lhes competências, deveres e responsabilidades.

Art. 102 Os auxiliares diretos do Prefeito Municipal são solidariamente responsáveis, junto com este,
pelos atos que assinarem, ordenarem e praticarem.

Os auxiliares diretos do Prefeito Municipal deverão fazer declaração de bens no ato de sua posse
Art. 103
em cargo ou função pública municipal e quando de sua exoneração.

Seção VII

Da Consulta Popular

Art. 104O Prefeito Municipal poderá realizar consultas populares para decidir sobre assuntos de
interesse específico do Município, de bairro ou de distrito, cujas medidas deverão ser tomadas
diretamente pela Administração Municipal.

Art. 105A consulta popular poderá ser realizada sempre que a maioria absoluta dos membros da Câmara
ou pelo menos 5% (cinco por cento) do eleitorado inscrito no Município, no Bairro ou no Distrito, com a
identificação do título eleitoral, apresentarem proposição nesse sentido.

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A votação será organizada pelo Poder Executivo no prazo de dois meses após a apresentação da
Art. 106
proposição, adotando-se a cédula oficial que acontecerá as palavras SIM e NÃO indicando,
respectivamente, aprovação ou rejeição da proposição.

§ 1º A proposição será considerada aprovada se o resultado lhe tiver sido favorável pelo voto da maioria
dos eleitores que comparecerem às urnas, em manifestação a que se tenham apresentado pelo menos
50% (cinqüenta por cento) da totalidade dos eleitores envolvidos.

§ 2º Serão realizados, no máximo, duas consultas por ano.

§ 3º É vedada a realização de consulta popular nos quatro meses que antecedem as eleições para
qualquer nível de Governo.

Art. 107O Prefeito Municipal proclamará o resultado da consulta popular, que será considerado como
decisão sobre a questão proposta, devendo o Governo Municipal, quando couber, adotar as providências
legais para a sua consecução.

TÍTULO IV

DA TRIBUTAÇÃO, ORÇAMENTOS E FINANÇAS

CAPÍTULO I

DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS

Seção I

Dos Princípios Gerais

Art. 108 O Município poderá instituir os seguintes tributos:

I - impostos;

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços
públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;

III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

§ 1º Os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do


contribuinte, facultada a administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses
objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as
atividades econômicas do contribuinte.

§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo próprio dos impostos.

Art. 109 Ao Município compete instituir imposto sobre:

I - propriedade predial e territorial urbana;

II - transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão
física e de direito reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;

III - vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel;

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IV - serviços de qualquer natureza, a serem definidos em lei complementar federal, exceto os de


transporte interestadual e intermunicipal e de comunicações.

§ 1º O Município, poderá instituir contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício
destes, de sistemas de previdência e assistência social.

§ 2º Em relação aos impostos previstos nos incisos III e IV, o Município observará as alíquotas máximas
fixadas por lei complementar federal.

Seção II

Das Limitações do Poder de Tributar

Art. 110 É vedado ao Município:

I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por ele exercida, independentemente a
denominação jurídica dos rendimentos títulos ou direitos;

III - cobrar tributos;

a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que houver instituído ou
aumentado;

b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que o instituiu ou aumentou.

IV - instituir impostos sobre:

a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;

b) templo de qualquer culto;

c)patrimônio, renda ou serviço dos partidos políticos, inclusive suas funções, das entidades sindicais dos
trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os
requisitos da lei;

d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão.

Art. 111 O Imposto Predial e Territorial Urbano pode ser progressivo, na forma da lei para garantir o
cumprimento da função social da propriedade, como dispõe o artigo 182 da Constituição Federal.

Art. 112Lei Municipal estabelecerá medidas para que os contribuintes sejam esclarecidos sobre os
tributos municipais.

Art. 113 O Município poderá celebrar convênio com a União e o Estado para dispor sobre matéria
tributária.

A contribuição de melhoria será cobrada dos proprietários de imóveis beneficiados por obras
Art. 114
públicas municipais.

Qualquer anistia ou remissão que envolva matéria tributária ou previdenciária do Município só


Art. 115
poderá ser concedida através de lei municipal.

Seção III

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Da Repartição Das Receitas Tributárias

Art. 116 Pertencem ao Município:

I - o produto de arrecadação do imposto da União sobre a renda e proventos de qualquer natureza,


incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas
fundações que instituírem e mantiverem;

II - 50% (cinqüenta por cento) do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade
territorial rural, relativamente aos imóveis nele situados;

III - 50% (cinqüenta por cento) do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de
veículos automotores licenciados em seus territórios;

IV - 25 % (vinte e cinco por cento) do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações
relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviço de transporte interestadual e de
comunicação.

O Município receberá da União a parte que lhe couber do produto da arrecadação, distribuída
Art. 117
como dispõe o artigo 159, I, "b", da Constituição Federal.

Art. 118 O Município receberá do Estado a parte que lhe couber do Imposto Sobre Produtos
Industrializados distribuído a este pela União, na forma do artigo 159, II, da Constituição Federal.

O Poder Executivo divulgará pela imprensa e encaminhará à Câmara Municipal, até o último dia
Art. 119
do mês subsequente ao da arrecadação, os montantes de cada um dos tributos arrecadados, os recursos
recebidos, e os valores de origem tributária a ele entregues ou a receber.

CAPÍTULO II

DOS ORÇAMENTOS MUNICIPAIS

Art. 120 Leis de iniciativa do Poder Executivo, estabelecerão:

I - o plano plurianual;

II - as diretrizes orçamentais;

III - os orçamentos anuais.

Parágrafo Único - O Município seguirá, no que for compatível, a sistemática descrita pelo artigo 165 da
Constituição Federal.

Art. 121A receita orçamentária municipal constituir-se-á da arrecadação de tributos municipais, da


participação nos tributos da União e do Estado, dos recursos resultantes da utilização dos seus bens e
pela prestação de serviço, e de recursos oriundos de operações de empréstimos internos e externos,
tomados nos limites estabelecidos no artigo 124, III, desta Lei Orgânica.

Parágrafo Único - As propostas orçamentárias serão elaboradas sob a forma de orçamento-programa,


observadas as proposições do planejamento do desenvolvimento integrado do Município.

Art. 122 A despesa pública constituir-se-á de dotações destinadas aos órgãos da administração direta e
indireta para atendimento das necessidades administrativas do Município.

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Art. 123 Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual
e aos créditos adicionais serão apreciados pela Câmara Municipal.

§ 1º Caberá as Comissões Técnicas componentes da Câmara Municipal:

I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas
anualmente pelo Prefeito Municipal;

II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas previstos nesta Lei Orgânica, e exercer o
acompanhamento e a fiscalização orçamentária.

§ 2º As emendas do projeto de lei orçamentárias, serão apresentadas na comissão competente, que


sobre elas emitirá parecer e apreciadas em Plenário, na forma regimental.

§ 3º As emendas ao projeto e lei do orçamento anual e aos projetos que o modifiquem somente podem
ser aprovados caso:

I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias:

II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesas, excluir


as que incidam sobre:

a) dotações para pessoal e seus encargos;

b) serviço da dívida;

III - sejam relacionados com:

a) com a correção de erros ou omissões: ou

c) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quanto
incompatíveis com o plano plurianual.

§ 5º O Prefeito Municipal poderá enviar mensagem à Câmara, para propor modificação nos projetos a que
se refere este artigo enquanto não tiver sido iniciada a votação na Comissão competente.

§ 6º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariem o disposto nesta seção, as
demais normas relativas ao processo legislativo.

§ 7º Os recursos que, em decorrência de veto emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual,
ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos
especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.

Art. 124 São vedados:

I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;

II - a realização de despesa ou assunção de obrigações diretas que excedem os créditos orçamentários ou


adicionais;

III - a realização de operações de crédito que excede o montante das despesas de capital, ressalvadas as
autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pela Câmara

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Municipal por maioria absoluta;

IV - a vinculação de receita de impostos a órgãos, fundo ou despesa, salvo as previstas no plano


plurianual, e operações de crédito aprovadas por lei municipal, e as vinculações previstas na Constituição
Estadual, referente à educação e a pesquisa;

V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos
recursos correspondentes;

VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação


para outra, ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;

VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;

VIII - a utilização sem autorização legislativa específica, de recursos do orçamento fiscal para suprir
necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos;

IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa;

X - a subvenção ou auxílio do Poder Público às entidades de previdência privada com fins lucrativos.

§ 1º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem


autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos 04 (quatro) meses daquele
exercício caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do
exercício financeiro subsequente.

§ 2º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e
urgentes como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública.

Art. 125Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias compreendidos os créditos


suplementares especiais destinados à Câmara Municipal ser-lhe-ão entregues até o dia 20 de cada mês,
em duodécimos corrigidos na mesma proporção do excesso da arrecadação previstas
orçamentariamente.

A despesa com pessoal ativo e inativo do Município não poderá exceder os limites estabelecidos
Art. 126
em lei complementar federal.

Parágrafo Único - A Concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos


ou alteração de estruturas de carreiras, bem como a admissão de pessoal, a qualquer título, pelos órgão e
entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder
público municipal, só poderão ser feitos;

I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender à projeção de despesa de pessoal e aos
acréscimos dela decorrentes;

II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias;

Art. 127A Câmara elaborará a proposta orçamentária do Poder Legislativo cujo o montante não poderá
ser superior a 20 (vinte) por cento da receita do Município, excluída as operações de crédito e as
participações nas transferências do Estado e da União.

CAPÍTULO III

DAS FINANÇAS PÚBLICAS MUNICIPAIS

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Art. 128 O Município observará o que dispuser a legislação complementar federal sobre:

I - finanças públicas;

II - dívida pública externa e interna do Município;

III - concessão de garantia pelas entidades públicas municipais;

IV - emissão ou resgate de títulos de dívida pública;

V - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades públicas do Município.

Art. 129As disponibilidades de caixa dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público
Municipal, serão depositadas em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.

Art. 130 Os preços pela utilização de bens e pela prestação de serviços serão estabelecidos por Decreto.

Seção I

Da Gestão de Tesouraria

Art. 131As receitas e despesas orçamentárias serão movimentadas através de caixa única, regularmente
instituída.

Parágrafo Único - A Câmara Municipal poderá ter sua própria tesouraria, por onde movimentará os
recursos que lhe forem liberados.

Art. 132 As disponibilidades de caixa do Município e de suas entidades de Administração indireta


inclusive dos fundos especiais e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal, serão
depositadas em instituições financeiras oficiais.

Parágrafo Único - As arrecadações das receitas próprias do Município e de suas entidades de


Administração indireta poderão ser feitas através da rede bancária privada, mediante convênio.

Art. 133Poderá ser instituído regime de adiantamento em cada uma da unidades da Administração
direta, nas autarquias, nas fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal e na Câmara
Municipal para ocorrer às despesas miúdas de pronto pagamento.

Seção II

Da Organização Contábil

Art. 134 A contabilidade do Município obedecerá, na organização do seu sistema administrativo e


informativo e nos seus procedimentos, aos princípios fundamentais de contabilidade e às normas
estabelecidas na legislação pertinente.

Art. 135 A Câmara Municipal poderá ter sua própria contabilidade.

Parágrafo Único - A contabilidade da Câmara Municipal encaminhará as suas demonstrações até o dia 15
de cada mês, para fins de incorporação à contabilidade central da Prefeitura.

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Até 60 (sessenta) dias após o início da sessão legislativa de cada ano, o Prefeito Municipal
Art. 136
encaminhará ao Tribunal de Contas do Estado ou órgão equivalente as contas do Município, que se
comporão de:

I - demonstrações contábeis, orçamentárias e financeiras da Administração direta e indireta, inclusive


fundos especiais e das fundações e das autarquias, instituídos e mantidos pelo Poder Público;

II - demonstrações contábeis, orçamentárias e financeiras consolidadas dos órgão da administração direta


com os dos fundos especiais, das fundações e das autarquias, instituídos e mantidos pelo Poder Público
Municipal;

III - demonstração contábeis, orçamentárias e financeiras consolidadas das empresas municipais;

IV - notas explicativas às demonstrações de que trata este artigo;

V - relatório circunstanciado da gestão dos recursos públicos municipais no exercício demonstrado.

Seção IV

Da Prestação e Tomada de Contas

Art. 137 São sujeitos à tomada ou à prestação de contas os agentes da Administração Municipal
responsáveis por bens e valores pertencentes ou confiados a Fazenda Pública Municipal.

§ 1º O tesoureiro do Município, ou servidor que exerça a função, fica obrigado à apresentação do boletim
diário da tesouraria que será afixado em local próprio na sede da Prefeitura.

§ 2º Os demais agentes municipais apresentarão as suas respectivas prestações de contas até o dia 15
(quinze) do mês subsequente.

Seção V

Do Controle Interno Integrado

Art. 138Os Poderes Executivos e Legislativo manterão, de forma integrada, um sistema de controle
interno, apoiado nas informações contábeis com objetivos de:

I - avaliar as metas previstas no plano plurianual e execução dos programas do Governo Municipal;

II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto a eficácia e eficiência, da gestão orçamentária,


financeira e patrimonial nas entidade da Administração municipal, bem como da aplicação de recursos
públicos municipais por entidades de direito privado.

III - exercer controle dos empréstimos e dos financiamentos, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres do Município.

CAPÍTULO IV

DAS OBRAS E SERVIÇOS PÚBLICOS

É de responsabilidade do Município, mediante licitação e de conformidade com os interesses e


Art. 139
as necessidades da população, prestar serviços públicos, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, bem como realizar obras públicas, podendo contratá - las com particulares através de

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processo licitatório.

Art. 140 Nenhuma obra pública, salvo os casos de estrema urgência devidamente justificados, será
realizada sem que conste:

I - o respectivo projeto;

II - o orçamento do seu custo;

III - a indicação dos recursos financeiros para o atendimento das respectivas despesas;

IV - a viabilidade do empreendimento sua conveniência e oportunidade para o interesse público;

V - os prazos para o seu início e término bem como a respectiva justificação.

Art. 141 A concessão ou a permissão de serviço público somente será efetivada com a autorização
legislativa e mediante contrato, precedido de licitação, aqueles que contratadas antes da vigência desta
lei, cujos serviços continuem a serem prestados, deverão ser referendadas pela Câmara Municipal.

§ 1º Serão nelas de pleno direito as concessões e as permissões, bem como qualquer autorização para a
exploração de serviço público, feitas em acordo com o estabelecido neste artigo.

§ 2º Os serviços concedidos ou permitidos ficarão sempre sujeitos à regulamentação e a Fiscalização da


Administração Municipal, cabendo ao Prefeito Municipal aprovar as tarifas respectivas.

Os usuários estarão representados nas entidades prestadoras de serviços públicos na forma que
Art. 142
dispuser a legislação municipal, assegurando - se sua participação em decisões relativas a:

I - planos e programas de expansão dos serviços;

II - revisão da base de cálculo dos custos operacionais;

III - política tarifária;

IV - nível de atendimento da população em termos de quantidade e qualidade;

V - mecanismos para atenção de pedidos e reclamações dos usuários, inclusive para apuração de danos
causados a terceiros.

Parágrafo Único - Em se tratando de empresas concessionárias ou permissionárias de serviços públicos a


obrigatoriedade mencionada neste artigo deverá constar do contrato da concessão ou permissão.

As entidades prestadoras de serviços públicos são obrigadas, pelo menos uma vez por ano, a dar
Art. 143
ampla divulgação de suas atividades, informando, em especial, sobre planos de expansão, aplicação de
recursos financeiros e realização de programas de trabalho.

Art. 144 Nos contratos de concessão ou permissão de serviços públicos serão estabelecidos, entre
outros:

I - os direitos dos usuários, inclusive as hipóteses de gratuidade;

II - as regras para a remuneração do capital e para garantir o equilíbrio econômico e financeiro do


contrato;

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III - as normas que possam comprovar eficiência no atendimento do interesse público, bem como permitir
a fiscalização pelo Município, de modo a manter o serviço contínuo, adequado e acessível;

IV - as regras para orientar a revisão periódica das bases de cálculo dos custos operacionais e da
remuneração do capital, ainda que estipulada em contrato anterior;

V - a remuneração dos serviços prestados aos usuários diretos, assim como a possibilidade de cobertura
dos custos por cobrança a outros agentes beneficiados pela existência dos serviços;

VI - as condições de prorrogação, caducidade, rescisão da concessão ou permissão.

Parágrafo Único - Na concessão ou na permissão de serviços públicos, o Município reprimirá qualquer


forma de abuso do poder econômico, principalmente as que visem à dominação do mercado, à
exploração monopolística e ao aumento abusivo de lucros.

Art. 145 O Município poderá revogar a concessão ou permissão dos serviços que forem executados em
desconformidade com o contrato ou ato pertinente, bem como daqueles que se revelam manifestamente
insatisfatórios para o atendimento a usuários.

Art. 146 As licitações para a concessão ou a permissão de serviços públicos deverão ser precedidas de
ampla publicidade, inclusive em jornais da capital do Estado, mediante edital ou comunicado resumido.

As tarifas dos serviços públicos prestados diretamente pelo Município ou por órgãos de sua
Art. 147
Administração descentralizada serão fixadas pelo Prefeito Municipal, cabendo à Câmara Municipal definir
que serão remunerados pelo custo, acima do custo e abaixo do custo, tendo em vista seu interesse
econômico e social.

Parágrafo Único - Na formação do custo dos serviços de natureza industrial computar-se-ão além das
despesas operacionais e administrativas, as reservas para depreciação e reposição dos equipamentos e
instalações, bem como previsão para expansão dos serviços.

Art. 148O Município poderá consorciar - se com outros municípios para a realização de obras ou
prestação de serviços públicos de interesse comum.

Parágrafo Único - O Município deverá propiciar meios para criação, nos consórcios, de órgão consultivo
por cidadãos não pertencentes ao serviço público municipal.

Art. 149Ao Município é facultado conveniar com a União ou com o Estado a prestação de serviços
públicos de sua competência privativa, quando lhe faltarem recursos técnicos ou financeiros para a
execução do serviço em padrões adequados, ou quando houver interesse mútuo para a celebração do
convênio.

Parágrafo Único - Na celebração de convênios de que trata este artigo deverá o Município:

I - propor planos de expansão dos serviços públicos;

II - propor critérios para fixação de tarifas;

III - realizar avaliação periódica da prestação dos serviços.

A criação pelo Município de entidade de Administração indireta para execução de obras ou


Art. 150
prestação de serviços públicos só será permitida caso a entidade possa assegurar sua auto - sustentação

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financeira.

Os órgãos colegiados das entidades de Administração indireta do Município terão a participação


Art. 151
obrigatória de um representante de seus servidores, eleito por estes mediante voto direto e secreto,
conforme regulamentação a ser expedida por ato do Prefeito Municipal.

TÍTULO V

DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL

CAPÍTULO I

DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ORDEM ECONÔMICA

Art. 152 A organização da atividade econômica fundada na valorização do trabalho humano, na livre
iniciativa e na proteção do meio ambiente tem por objetivo assegurar existência digna a todos conforme
os mandamentos da Justiça Social e com base nos princípios estabelecidos na Constituição Federal.

Na aquisição de bens e serviços, o Poder Público Municipal dará tratamento preferencial, nos
Art. 153
termos da lei, à empresa brasileira de capital nacional.

As microempresas e as empresas de pequeno porte, assim definidas em lei federal, receberão do


Art. 154
Município tratamento jurídico diferenciado, visando ao incentivo de seu estabelecimento, criação,
preservação e desenvolvimento, através da eliminação, redução ou simplificação de suas obrigações
administrativas, tributárias e creditícias, por meio da lei.

Art. 155 O Município promoverá incentivo ao turismo como fator de desenvolvimento social e
econômico.

Art. 156O Município por lei e ação integrada com a União, o Estado e a Sociedade, promoverá a defesa
dos direitos sociais e do consumidor, através da conscientização, da prevenção e responsabilização por
danos a ele causados, democratizando a fruição de bens e serviços essenciais.

Art. 157 A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo.

CAPÍTULO II

DA POLÍTICA URBANA

Art. 158 A política de desenvolvimento urbano, executado pelo Poder Público Municipal, conforme
diretrizes gerais fixadas em lei federal, tem por objetivo ordenar o plano de desenvolvimento das funções
sociais da cidade e garantir o bem estar de seus habitantes.

§ 1º O Plano Diretor, de acordo com a Constituição, aprovado pela Câmara Municipal, é o instrumento
básico da política de desenvolvimento e expansão urbana.

§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências básicas e fundamentais
da ordenação da cidade expressas no Plano Diretor.

§ 3º As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro,
referendadas pela Câmara Municipal.

§ 4º É facultado ao Poder Público Municipal mediante lei específica para área incluída no Plano Diretor,
exigir nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, sub- utilizado, que promova
seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente de:

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I - parcelamento ou edificação compulsória;

II - impostos sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;

III - desapropriação com pagamento mediante título de dívida pública de emissão previamente aprovada
pela Câmara Municipal, com prazo de resgate de até 10 (dez) anos, com parcelas anuais, iguais e
sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.

§ 5º O disposto no parágrafo anterior só será aplicável a áreas incluídas previamente no Plano Diretor da
cidade, como destinadas a:

I - construção de conjuntos habitacionais, para residências populares;

II - implantação de vias urbanas ou logradouros;

III - edificação de hospitais, escolas, postos de saúde, creches ou outras construções de relevantes
interesse social.

Art. 159 A política municipal de desenvolvimento urbano visa a assegurar, dentre outros objetivos:

I - a urbanização, a regularização de loteamentos de áreas fundiárias e urbanas;

II - a cooperação das associações representativas no planejamento urbano Municipal;

III - o estímulo à preservação de áreas periféricas de produção agrícolas e pecuária;

IV - a garantia de preservação, da proteção e da recuperação do meio ambiente;

V - a criação e manutenção de parques de especial interesse urbanístico, social, ambiental, turístico e de


utilização pública;

VI - a utilização racional do território e dos recursos naturais mediante controle da implantação e do


funcionamento de atividades industriais, comerciais, residenciais e viárias.

Art. 160 O plano diretor disporá, além de outros sobre:

I - normas relativas ao desenvolvimento urbano;

II - política de formulação de planos setoriais;

III - critério de parcelamento, uso e ocupação do solo e zoneamento, prevendo áreas destinadas a
moradias populares, com facilidades de acesso aos locais de trabalho, serviços e lazer;

IV - proteção ambiental;

V - a ordenação de usos, atividades e funções de interesses zonal;

VI - a segurança dos edifícios, sua harmonia arquitetônica, alinhamento, nivelamento, ingressos, saídas,
arejamento, número de pavimentos e sua conservação;

VII - delimitação de zona urbana e de expansão urbana;

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VIII - traçado urbano, com arruamentos, alinhamentos, nivelamento das vias públicas, circulação,
salubridade, segurança, funcionalidade e estética da cidade;

§ 1º O controle do uso e ocupação do solo urbano, implica dentre outras, nas seguintes medidas;

I - regulamentação do zoneamento;

II - especificação dos usos do solo;

III - aprovação ou restrições dos loteamentos;

IV - controle das construções urbanas;

V - proteção estética da cidade;

VI - preservação paisagística, monumental, histórica e cultural da cidade;

VII - controle da poluição.

§ 2º A promulgação do Plano Diretor se fará por Lei Municipal específica, aprovada, por maioria de dois
terços dos votos dos membros da Câmara Municipal, em duas votações, intervaladas de dez dias.

Art. 161 Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por
cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando - a para sua moradia ou de sua família, adquirir-
lhe - á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano e rural:

§ 1º O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos,


independentemente do estado civil.

§ 2º Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais uma vez.

§ 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.

CAPÍTULO III

DA POLÍTICA AGRÁRIA E AGRÍCOLA

Art. 162 Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel que
não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária,
com cláusula de preservação do valor real, resgatável no prazo de até 20 (vinte) anos, a partir do segundo
ano de sua emissão e cuja utilização será definida em lei.

Parágrafo Único - O Município estabelecerá conforme a legislação federal e estadual, um zoneamento


agropastoril considerando a capacidade de uso do solo, o relevo, as condições climáticas, as áreas de
preservação permanente, bem como as áreas de proteção ambiental e parques.

Art. 163 São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária:

I - a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário não possua
outra;

II - a propriedade produtiva.

Parágrafo Único - A lei garantirá tratamento especial à propriedade produtiva e fixará normas para o

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cumprimento dos requisitos relativos à sua função social.

Art. 164 A função social é cumprida quando a propriedade rural atende simultaneamente, segundo
critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:

I - aproveitamento racional e adequado;

II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;

III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho;

IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.

Art. 165O Município promoverá, na forma de legislação federal e estadual, o desenvolvimento do meio
rural, mediante a elaboração de um Plano de Desenvolvimento Rural Integrado a nível municipal com a
participação efetiva de produtores, trabalhadores rurais, profissionais técnicos e entidades de classe, bem
como os setores de comercialização, de armazenagem e transportes.

§ 1º O Plano de Desenvolvimento Rural Integrado, estabelecerá objetivos e metas a curto, médio e longo
prazo com desdobramento em planos operativos anuais e recursos provenientes de um Fundo a ser
instituído, mediante lei, com a participação da iniciativa privada e dos governos federal, estadual, e
municipal.

§ 2º Incluem-se no planejamento agrícola as atividades agro-industriais, agropecuárias, pesqueiras e


florestais.

§ 3º Serão compatibilizadas as ações de política agrícola e de reforma agrária.

Art. 166 A alienação ou a concessão, a qualquer título, de terras públicas com área superior a dois mil e
quinhentos hectares a pessoa física ou jurídica, ainda que por interposta pessoa, dependerá de prévia
aprovação do Congresso Nacional.

Art. 167A lei regulará e limitará a aquisição ou o arrendamento de propriedade rural por pessoa física ou
jurídica estrangeira e estabelecerá os casos que dependerão de autorização do Congresso Nacional.

Art. 168 Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por cinco anos
ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a 50 (cinqüenta) hectares,
tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a
propriedade.

Parágrafo Único - Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.

CAPÍTULO IV

DA ORDEM SOCIAL

SECÃO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 169O Município, em ação integrada e conjunta com a União e os Estado e a Sociedade, tem o dever
de assegurar a todos os direitos relativos à saúde, a alimentação, à educação, ao lazer, a
profissionalização, à capacidade para o trabalho, à cultura de cuidar da proteção especial da família, da
mulher, da criança, do adolescente, do deficiente, do idoso e do índio, bem como da conservação do meio
ambiente.

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Seção II

Da Saúde

Art. 170 O Município prestará com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de
atendimento à saúde da população.

As ações e serviços de saúde são de relevância pública, cabendo ao poder público municipal
Art. 171
dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, nos limites de sua
competência, devendo a execução ser feita preferencialmente através de serviços oficiais e,
supletivamente, através de serviços de terceiros, pessoa física ou jurídica de direito privado.

Art. 172As ações e serviços de saúde pública integram uma rede regionalizada e hierarquizada e
constituem um sistema único de saúde, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

I - municipalização dos recursos, serviços e ações com posterior regionalização dos mesmos;

II - integralidade na prestação das ações preventivas e curativas.

III - participação da comunidade, na forma da lei.

Art. 173 A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.

Parágrafo Único - As instituições privadas poderão participar de forma complementar, do sistema único de
saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as
entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.

Art. 174 O volume de recursos destinados pelo Município às ações e serviços de saúde será fixado em sua
lei orçamentária.

Parágrafo Único - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílio ou subvenções a instituições
privadas com fins lucrativos.

Seção III

Da Assistência Social

Art. 175 O Município assegurará, no âmbito de sua competência, a proteção e a assistência à família,
especialmente à maternidade, a infância, a adolescência e à velhice, bem como à educação do
excepcional, na forma da Constituição Federal, artigo 203, III e VI.

Parágrafo Único - A criação de creches municipais será feita através de lei, que disciplinará o atendimento,
estabelecendo a faixa etária e demais requisitos.

Art. 176As ações governamentais de assistência social serão descentralizadas e integradas, cabendo a
União a coordenação e as normas gerais, e ao Estado e ao Município, a coordenação e a execução dos
respectivos programas, com participação das entidades beneficentes de assistência social e das
comunidades.

O Estado destinará, deduzidos os prêmios e as despesas operacionais, 50% (cinqüenta por


Art. 177
cento) do produto da arrecadação de concursos de prognósticos de números aos Municípios, para
programas de assistência Social e de apoio ao esporte amador.

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Parágrafo Único - A lei estabelecerá critérios de proporcionalidade para a distribuição dos recursos
referidos neste artigo.

Seção IV

Da Educação, da Cultura e do Desporto

Art. 178 A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Art. 179 O Município receberá assistência técnica e financeira do Estado e da União para o
desenvolvimento do ensino fundamental, pré-escolar e de educação especial, em consonância com o
sistema estadual de ensino.

§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.

§ 2º O não fornecimento do ensino obrigatório pelo poder público, ou sua oferta irregular, importa
responsabilidade da autoridade competente.

§ 3º O Município atuará, prioritariamente, no ensino fundamental e pré - escolar.

§ 4º O ensino religioso será ministrado conforme disposto na Constituição Estadual § 1º, artigo 183.

§ 5º As escolas públicas municipais, farão a cada biênio, eleição para diretora e secretária.

Art. 180 Compete ao Poder Público Estadual, com a colaboração do Município, recensear os educando no
ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à
escola.

Art. 181 O ensino é livre à iniciativa privada atendidas as seguintes condições:

I - cumprimento das normas de educação nacional e estadual;

II - autorização e avaliação de qualidade de ensino pelo poder público competente.

Art. 182O Município aplicará, anualmente, 25% (vinte e cinco por cento), no mínimo, da receita
resultante de impostos, e transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.

Art. 183 Os recursos públicos municipais, serão destinados às escolas públicas do Município, objetivando
atender a todas as necessidades exigidas pela universalização do ensino fundamental e, cumpridas tais
exigências, poderão ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei,
que:

I - comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação;

II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou


ao poder público no caso de encerramento de suas atividades.

§ 1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsa de estudo para o ensino
fundamental e médio, na forma de lei, para os que demonstrem insuficiência de recursos, quando houver
falta de vagas e cursos regulares da Rede Pública, na localidade da residência do educando, ficando o

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poder público obrigado a investir, prioritariamente, na expansão da sua rede na localidade.

§ 2º A distribuição dos recursos assegurará prioritariamente o atendimento das necessidades do ensino


obrigatório, nos termos do Sistema Nacional de Educação.

Art. 184 Os bens materiais referentes às características da cultura no Paraná constituem patrimônio
comum que deverá ser preservado através do Município com a cooperação da comunidade.

Parágrafo Único - Cabe ao Poder Público manter, a nível municipal, órgão ou serviço de gestão,
preservação e pesquisa em seu nome, bem como implantar e manter biblioteca públicas e escolares.

Art. 185 É dever do Município, fomentar as atividades desportivas em todas as suas manifestações, como
direito de cada um assegurando esse direito, na forma prescrita pela Constituição Estadual, artigo 197 a
199.

Parágrafo Único - Os auxílios destinados ao esporte amador serão repassados somente aquelas entidades
legalmente instituídas.

Art. 186 O Poder Público Municipal incentivará o lazer, como forma de promoção social.

Seção V

Do Meio Ambiente

O meio ambiente é bem comum de uso do povo e essencial à sadia qualidade de vida, devendo
Art. 187
estar sempre ecologicamente equilibrado, cabendo ao Município o dever de defendê-lo e preservá-lo
para a presente e futuras gerações, assegurando-se a proteção dos ecossistemas e uso racional dos
recursos ambientais.

§ 1º O uso do meio ambiente está subordinado a manutenção da qualidade e quantidade de água, de


maneira compatível com seu uso.

§ 2º O Poder Executivo Municipal, decretará, as áreas de proteção ambiental para os mananciais de


abastecimento e estabelecerá o Plano de Manejo dessas áreas até dois anos da promulgação desta Lei
Orgânica.

§ 3º É dever do Município cumprir e fazer cumprir os preceitos e normas enumeradas no § 1º, do artigo
207 da Constituição Estadual, bem como criar através de lei, o Conselho Municipal do Meio Ambiente, de
caráter consultivos e deliberativo com participação popular.

§ 4º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas


físicas ou jurídicas e sanções penais ou administrativas, independentes da obrigação de reparar os danos
causados.

§ 5º As pessoas físicas ou jurídicas que exerçam atividades poluidores terão, definidas em lei Municipal as
responsabilidades e as medidas a serem adotadas com os resíduos por elas produzidos, e obrigadas, sob
pena de suspensão do licenciamento, a cumprir as diretrizes estabelecidas pelo órgão competente, na
forma da lei.

Seção VI

Do Saneamento

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O Município, juntamente com o Estado, instituirá, com a participação popular, programa de


Art. 188
saneamento urbano e rural, com o objetivo de promover a defesa da saúde pública, respeitada a
capacidade de suporte do meio ambiente aos impostos causados.

§ 1º O Programa de que trata este artigo será regulamentado através da Lei Municipal no sentido de
garantir à maior parcela de população, o abastecimento de água tratada, a coleta, o tratamento e a
disposição final de esgotos sanitários e resíduos bem como nos serviços de drenagem de águas pluviais e
a proteção de mananciais potáveis.

§ 2º Ao Poder Público cabe:

I - ampliar progressivamente sua responsabilidade pela prestação de serviços de saneamento básico


através de:

a) execução de programas de saneamento em áreas de população de baixa renda, com medidas de custo
reduzido para instalação de água e instalação de esgoto sanitário.

b) execução de programas de educação sanitária, nas escolas, entidades assistenciais e associações de


bairro.

§ 3º A prestação de serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário serão prestados


exclusivamente pelo Poder Público Municipal, podendo este autorizar sua concessão para os Poderes
Públicos, Estadual ou Federal, mediante autorização legislativa, ficando proibida a privatização,
concessão, subconcessão ou permissão privada, ou ainda, quaisquer tipo de terceirização deste serviço
no âmbito do Município de Antonina. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 22/2002)

Art. 189É de competência comum do Estado e do Município implantar o programa de saneamento


referido no artigo anterior, cujas premissas básicas serão respeitadas quando da elaboração do Plano
Diretor da Cidade.

Parágrafo Único - O saneamento básico será disciplinado por lei, que estabelecerá os critérios a serem
adotados.

Seção VII

Da Habitação

Art. 190 A política habitacional do Município integrada à União e do Estado, objetivará a solução da
carência habitacional de acordo com os seguintes princípios e critérios:

I - oferta de lotes urbanizados;

II - estímulo e incentivo à formação de cooperativas populares de habitação;

III - atendimento prioritário à Família carente;

IV - formação de programas habitacionais pelo sistema de mutirão e autoconstrução.

Art. 191 As entidades da administração direta e indireta, responsáveis pelo setor habitacional contarão
com recursos orçamentários próprios e específicos à implantação de sua política

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Seção VIII

Da Família, da Mulher, da Criança, do Adolescente e do Idoso

Art. 192 A família, base da sociedade, tem especial proteção do Município, na forma da Constituição
Federal e Estadual.

Art. 193A família, a sociedade e o Município tem o dever de amparar as pessoas idosas e os deficientes
assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem estar e garantir-lhes o
direito à vida digna.

O Município incentivará as entidades particulares sem fins lucrativos atuantes na política do bem
Art. 194
estar da criança, do adolescente, da pessoa portadora de deficiência e do idoso, e devidamente
registradas nos órgãos competentes, subvencionando - as com auxílio financeiro e amparo técnico.

Art. 195 A lei estadual disporá sobre a construção dos logradouros e dos edifícios de uso público,
fabricação de veículos de transporte coletivo e sonorização dos sinais luminosos de trânsito, a fim de
permitir o seu uso adequado por pessoas portadoras de deficiência.

§ 1º O Município promoverá o apoio necessário aos idosos e deficientes para fins de recebimento do
salário mínimo mensal previsto no artigo 203, inciso V, da Constituição Federal.

§ 2º Os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em seus lares,

É garantida a gratuidade nos transportes coletivos urbanos aos maiores de sessenta e cinco anos
Art. 196
e as pessoas portadoras de deficiência, comprovadamente carentes de recursos financeiros.

TÍTULO VI

DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

O Município publicará anualmente, no mês de março, a relação completa dos servidores lotados
Art. 197
por órgão ou entidade da administração pública direta, indireta e fundacional, em cada um dos poderes,
indicando o cargo, ou função e o local de seu exercício, para fins de recenseamento e controle.

Parágrafo Único - A Prefeitura e Câmara são obrigadas a fornecer a qualquer interessado no prazo de 15
(quinze) dias, prorrogáveis por mais 10 (dez) no máximo desde que plenamente justificados, Certidões de
Atos, contratos e decisões sob pena de responsabilidade da autoridade ou servidor que negar ou retardar
a sua expedição. Exceto às requisições judiciais cujo o prazo será fixado pela autoridade judiciária.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 9/1992)

Art. 198 Até a promulgação da lei complementar referida no artigo 169 da Constituição Federal, o
Município não poderá gastar, com pessoal mais do que sessenta e cinco por cento do valor da receita
corrente.

Parágrafo Único - O Município, caso a respectiva despesa com pessoal exceder ao limite previsto neste
artigo, deverá retornar aquele limite, reduzindo o percentual excedente a razão de um quinto por ano.

Art. 199Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o artigo 165, § 9º, I e II da
Constituição Federal, serão obedecidas as seguintes normas:

I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato do
Prefeito, subsequente, será encaminhado até 15 de setembro do primeiro exercício financeiro e devolvido

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para sanção até o encerramento da sessão legislativa;

II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado em 1º de abril de cada exercício


financeiro e devolvido para sanção até 30 de junho do mesmo exercício;

III - o projeto de lei orçamentária do Município será encaminhado até 30 de setembro de cada exercício
financeiro e devolvido para sanção até o encerramento de cada sessão legislativa;

IV - os prazos fixados neste Artigo entram em vigor a partir de 1.991, exceto os que estiverem
determinados para o segundo período da sessão legislativa que entram em vigor a partir de 1.990.

V - O prazo para publicação das Leis e Atos da Municipalidade, fica fixado em 15(quinze) dias, após a
sanção ou promulgação no Diário Oficial do Estado ou Jornal Oficial do Município. O não cumprimento
deste dispositivo incorre na penalidade prevista no Art. 4º, Inciso IV, do Decreto-Lei 201/67. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 21/2002)

Art. 200 Para recebimento de recursos públicos a partir de 1990, todas as entidades beneficentes e
associações de bairros, mesmo as que já estiverem recebendo recursos, serão submetidas a um re-exame
para verificação de sua condição de utilidade pública ou benemerência, tal como exige.

Art. 201 É assegurado aos servidores públicos municipais, na forma de lei, a percepção do benefício do
vale transporte.

Art. 202 O Município no prazo máximo de 2 (dois) anos a partir da data da promulgação desta Lei,
adotará as medidas administrativas necessárias à identificação e delimitação de seus imóveis, inclusive na
área rural.

Parágrafo Único - Do processo de identificação participará Comissão Técnica pertinente da Câmara


Municipal.

Art. 203 O Município não poderá dar nomes de pessoas vivas a bens e serviços de qualquer natureza.

Parágrafo Único - Somente após transcorridos 90 (noventa) dias do falecimento, poderão ser as pessoas
homenageadas na forma deste Artigo.

Art. 204 O Município mandará imprimir esta Lei Orgânica para distribuir nas escolas e entidades
representativas da comunidade, gratuitamente, para divulgação do seu conteúdo.

Sala das Sessões da Câmara Municipal de Antonina, 05 de Abril de 1.990.

LEGISLATURA ESPECIAL

ROBERTO FERNANDES

Presidente

WILSON CLIO DE ALMEIDA FILHO

Secretário Vice

CARLOS AUGUSTO MACHADO

Presidente

Vereadores:

AGUINALDO SILVA DO ROSÁRIO

https://leismunicipais.com.br/lei-organica-antonina-pr 47/48
08/04/2022 16:56 Lei Orgânica de Antonina - PR

ALDO NASCIMENTO

ARI JOEL DE PAULA

CELSO MARTINS VIEIRA

JORGE LEÃO VEIGA FAYAD

ONEY SCHLIESIN

Nota: Este texto não substitui o original publicado no Diário Oficial.


Data de Inserção no Sistema LeisMunicipais: 18/07/2014

https://leismunicipais.com.br/lei-organica-antonina-pr 48/48

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