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CAPÍTULO 21

POV ATENA MAXIMOF


Nunca parei de fugir, contudo, de uns duzentos anos para cá, fugir tinha se tornado muito mais
fácil, prático, irrelevante.

Me perguntava se era Niklaus que desistia aos poucos ou se era eu que ficava cada vez melhor
nisso. Cheguei à conclusão que era um pouco dos dois.

No entanto, depois desse “Sonho” que ele teve, tenho certeza que ele voltará cem porcento
pro jogo.

Eu não me preocuparia tanto se desta vez, eu estivesse sozinha de novo.

Mas, desta vez, eu estou com minha vida junto.

Valentin ainda está desacordado, o que me deixou bem preocupada, mas nada se compara
com Rebekah, que além de preocupada, está destruída por Vale estar indo comigo.

Eu a entendo, ele é como um filho para ela, mas ela também me entende.

Aqui não é mais seguro, e ela não sabe como acordar Valentin.

E acho que já está na hora dele voltar para mim.

Não estou sendo hipócrita, pelo contrário, eu entendo totalmente que Valentin considere
Rebekah mãe dele e ela o considere como filho, afinal mãe é quem cria, e eu entendo essa
lógica, afinal, não tive um pai, por isso eu considero meu irmão como um, porque ele me criou.

Mas uma vez alguém me disse que mãe também era aquela que lutava por ele, e eu lutei e
luto até hoje por Valentin.

...
KATHERINE: _” Bom minha mala está pronta.” Ela descia escada com uma mala em
cada mão. Franzo o cenho. _” Você acredita que tive que deixar vários dos meus
sapatos?”
Ela balança a cabeça em negação.
ATENA: _” Para onde está indo?” Cruzo os braços.
KATHERINE: _” Com você, para onde mais?”
ATENA: _” Você nem ao menos sabe para aonde vou Kat.”
KATHERINE: _” Não importa, vou assim mesmo, cansei daqui, respirar novos ares,
beijar novas bocas.”
Solto uma risada desacreditada.
Bom, as malas estão no carro, o Valentin já está no caixão também sendo levado.
Mais cedo Rebekah veio aqui, chorou e se despediu de nós dois, prometendo ir nos
visitar em breve.
Espero que de tudo certo, de acordo com Rebekah, Niklaus está transtornado,
procurando e procurando significados para esse “sonho”, ele diz ter certeza que foi real,
não sei, é tudo muito confuso, eu tenho certeza que foi real, pois tenho provas, mas ele
de alguma forma, sente isso.
POV NARRADORA
Atena e Katherine pegam a estrada, três dias de viagem, é muito, mas Atena gosta de
andar de carro, e as paradas (estratégicas) que ela vai fazer, darão a ela algumas horas
para pesquisar com as bruxas de cada cidade o que aconteceu com Valentin.
O caixão do garoto ia na parte de trás do carro, Atena poderia ter pedido um transporte,
mas ela não queria deixar o seu filho na mão de qualquer um.
Katherine, nem conversou com Valentin ainda e já está encantada com o Mikaelson,
dizendo ela o útero da amiga é um pincel.
Mesmo que Atena goste de trabalhar sozinha, a companhia da amiga estava sendo de
estrema importância, conseguia distrair ela com suas palhaçadas e piadas sem graça ou
de baixo calão.
...
Do outro lado do mundo uma ruiva (revoltada) discutia com uma morena (calma).
Bom Catrina e Mary são o oposto uma da outra, mas mesmo assim, são casadas.
O motivo da briga?
Simples, Mary é uma loba nômade, e quer ir para seu próximo destino.
Já Catrina, é muito apegada as coisas, e ela não quer deixar sua casa e suas coisas para
trás.
MARY: _” Catrina, nós podemos conquistar tudo isso de novo, podemos conquistar
juntas!” Ela mantinha a calma como sempre.
CATRINA: _” NÃO MARY. NÓS, NÃO PODEMOS, TEMOS TUDO AQUI, NOSSA
CASA, NOSSO EMPREGO, NOSSOS NEGÓCIOS, NOSSA FILHA, NOSSA VIDA!”
Catrina entrava em desespero, tendo crises e mais crises de raiva.
MARY: _” Você tem razão.”
CATRINA: _” Eu sempre tenho.” Respira ofegante.
MARY: _” Mas sabe o que mais temos aqui? Memorias, boas e ruins. Amor, Clary
sofreu um trauma Catrina, um trauma horrível, nunca mais ela conseguiu ser a mesma.
Talvez se nós nos mudássemos, ela respirasse novos ares, conhecessem pessoas novas,
tenha experiências novas. Talvez ela voltasse a sorrir de verdade.” Mary olhou
cabisbaixa para sua esposa que tinha um arrependimento no olhar.
CATRINA: _” Acho que nem sempre tenho razão.” Mary solta um riso nasal, se
aproximando da Maximof lentamente.
Mary coloca os braços sobre os ombros da esposa fazendo carinho na nuca dela com
uma mão e coloca uma mecha do cabelo da mesma atrás da orelha com a outra.
CATRINA: _” Desculpe, por gritar com você.”
MARY: _” Tudo bem... Que isso não se repita, ok?” Catrina sussurrou um “ok” olhando
para os lábios da esposa.
Mary tomou a iniciativa dando um beijo singelo em Catrina.
A mesma tentou aprofundar o beijo.
MARY: _” Não, não, não” Descolou os lábios dos da ruiva.
CATRINA: _” Ah, porque não?” Jogou a cabeça para trás em protesto.
MARY: _” Temos uma mudança a fazer---”
_AÍ DROGA, EU DETESTO ESSA TORRADEIRA.”
_E uma filha herege na tpm. Temos muito o que fazer.” Completou Mary fazendo a
esposa rir.
...
Paciência, uma palavra desconhecida para Zayn.
Ele agora dividia um loft no centro da cidade com Nyla Belford, a maior babaca na
visão do Maximof.
Eles se conheceram em 1987, em Milão, na França.
Zayn estava passando um momento difícil, tendo muitas recaídas e em um dessas vezes
acabou perdendo o controle de sua transformação, atacando uma mundana na frente
de Nyla.
No começo, ela se mostrou uma boa amiga, prestativa, acolhedora. Mas depois que
Zayn começou a se abrir com ela, Nyla começou a usar de suas dores para manipula-lo.
Ou pelo menos tentou.
Zayn como um mestiço, sabia exatamente o que a “amiga” fazia, via cada tentativa de
manipulação, cada passo que ela dava, ele estava cinco a frente...
Desde o começo, ele sabia que ela faria isso, mas queria acreditar que fosse só coisa de
sua cabeça, mesmo sabendo que sua intuição nunca falhava, ele criara um carinho pela
mulher, e não queria matá-la. Por isso, deixou que a Belford fugisse, pensou que nunca
mais fosse vê-la.
E hoje aqui estão.
ZAYN: _” Aí, não é porque eu deixei você ficar aqui e que você sabe sobre algumas
coisas que eu não possa te matar.” Aponta o dedo na cara dela.
NYLA: _” Não, não pode, se me matar, nunca saberá onde estão suas queridas irmãs.”
Senta apoiando os cotovelos no joelho levantando as sobrancelhas.
ZAYN: _” Não, eu vou saber, sabe porque Nyla? Porque se eu quiser, eu mato você,
entro na sua cabeça e vejo tudo que eu quiser. E se eu achar necessário, vou até o
inferno só para te torturar! Ouviu bem? Eu mando, você obedece!” Trava a mandíbula
com as mãos atrás do corpo.
Nyla engole em seco, concordando com um aceno de cabeça.

CONTINUA...

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