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2.

Revisão da Literatura

2.1. Conceito de Fonética

Fonética é responsável pela parte acústica e fisiológica dos sons reias e concretos dos
acontecimentos linguísticos seja na sua produção, articulação e variedade, ou seja, é a
disciplina que se dedica aos estudos dos sons de fala, em sua natureza física e fisiológica
(Lima, 2011)

Para Jakobson (1972, p.11), citado por Paulino (2011, p.17) a fonética ocupa-se da tarefa
investigativa dos sons de fala, no âmbito puramente fisiológico, físico e psico-acústico.

Aqui tens que abrir um parágrafo para falar sobre a sua posição ou entendimento sobre o
conceito de fonética

Segundo Seara e Volçao (2011), a Fonologia é responsável pela interpretação daquilo que a
fonética apresenta, com base em uma língua bem como os modelos teóricos que elucidam
essa língua, onde a unidade não é um som, mas o fonema, visto como unidades superiores
dotadas de significado.

Coloque mais um conceito de fonologia para opor à visão anterior.

Aqui tens que abrir um parágrafo para falar sobre a sua posição ou entendimento sobre o
conceito de fonologia.

2.2 Conceito de Ortografia

Ortografia é uma componente inessencial da gramática responsável pela escrita correcta


das palavras, ou seja, é a partir dela onde se fixam os padrões para a escrita correcta das
palavras (Netos & Infante, 2016).

Para Evanildo Bechara (2008, p.13) a ortografia é um conjunto de normas convencionais


pelas quais se representam na escrita os sons de fala, que para tal efeito utilizam-se acentos
gráficos e alguns sinais diacrónicos que possibilitam uma boa pronúncia das palavras
escritas.
Escrita é uma das formas de manifestação das chamadas línguas naturais ou humanas (ou
seja, todas aquelas que se junta com fala e a escrita) que para tal feito, baseiam-se em letras,
onde o conjunto faz parte do chamado Alfabeto (como é o caso do alfabeto português que
tem 23 letras por exemplo).

2.3 Conceito de Semântica

Semântica é uma área gramática responsável pelo estudo dos significados das palavras
incluindo as suas modificações de sentido que a elas vão ocorrendo ao longo do tempo e
espaço, ou seja a representação gráfica da língua, encontra convergência sonora-
significativa (Pinto, 2007)

2.4 Linguagem escrita

Bartoni (2006) descreve que linguagem escrita é uma forma de comunicação, que utiliza
principalmente símbolos gráficos para representar palavras, frases e ideias. Entretanto nos é
pertinente destacar que a linguagem escrita é uma das principais formas de registro e
transmissão de informações, possibilitando que as pessoas se comuniquem e compartilhem
conhecimentos ao longo do tempo e do espaço.

2.5 Consoantes

Segundo Ladefoged e Johnson (2011) designa-se consoante a todos ou qualquer fonema


que se caracterize por alguma obstrução ou constrição em um ou mais pontos do trato
vocal. Tenho origem no termo consonante em latim que significa literalmente (soante +
com = consoante) que descreve outra característica das consoantes que diz o seguinte: elas
não podem aparecer sozinhas numa silaba, uma vez que no mínimo devem ser
acompanhadas por uma vogal. Entretanto essas características não são válidas para todos os
sons classificados como consoantes actualmente.
2.6 Classificação das consoantes

Na língua portuguesa, as consoantes podem ser classificadas de acordo com a sua forma de
articulação, função das pregas vocais, das cavidades bocais e nasal e ponto de articulação.

2.6.1 Quanto a sua forma de articulação as consoantes classificam-se em:

 Consoantes oclusivas

Oclusivas – se produzem mediante uma constrição total ou momentânea no trato bucal


seguida de explosão.

Exemplos: [p], [b], [m]

 Consoantes construtivas

Fricativas – são produzidas mediante uma constrição parcial no trato bucal, permitindo o
escoamento continuo do ar e produzindo assim um ruído de uma fricção –

Exemplos: [f], [v], [s], [z], [x] e [j].

Laterais – estas por sua vez são produzidas a partir da obstrução completa no meio do trato
bocal, entretanto possibilitam ao mesmo tempo que o ar se escape pelos lados da língua –
[I], [L], [ï] (é pertinente destacar que está última é designada por lateral velarizida, uma vez
que possui uma articulação)

Vibrantes – são produzidas a partir de uma vibração de um articulador, que pode ser coroa
da língua da articulação do [r] ou a úvula para a articulação de [R]

Nasais – estas consoantes são produzidas mediante a saída do ar pelo nariz.

Exemplo: [m], [n], [nh].

2.6.2 Quanto às funções das pregas vocais as consoantes classificam-se em:

 Surdas ou desvozeadas

As consoantes surdas são aquelas que não passam pelas pregas vocais, fazendo com que
elas não vibrem.

Exemplos: [p], [f], [t], [s], [x], e [k].


 Sonoras ou vozeadas

As consoantes sonaras são aquelas que passam por sua vez pelas pregas vocais, fazendo
com elas vibrem.

Exemplos: [b], [v], [d], [z], [j], [g], [m], [n], [nh], [l], [lh], [r], [rr]

2.6.3 Quanto ao seu Ponto de articulação as vogais classificam-se em:

 Bilabiais – são produzidas com uma obstrução que ocorre ao nível dos lábios – [p],
[b], [m].

 Alveolares – são consoantes produzidas mediante o contacto entre a língua e os


alvéolos dos dentes.

Exemplo: [s], [z], [l], [r], [rr].

 Lábio – dentais: são produzidas mediante uma elevação do lábio inferior que se
aproxima incisivos superiores – [f], [v].
 Dentais – são consoantes produzidas mediante o contacto entre a língua e os dentes.

Exemplos: [t], [d].

 Palatais – são consoantes produzidas mediante o contacto entre a língua e o palato


(dorso da língua + céu da boca).

Exemplos: [x], [j], [lh], [nh].

2.6.4 Quanto à função da cavidade bocal e nasal, as consoantes classificam-se em:

 Cavidade nasal

A função da cavidade nasal é permitir a liberação da corrente de ar que sai pela boca e pelo
nariz ao mesmo tempo.

Exemplo: [m], [n], [nh].

 Cavidade oral
A função da cavidade oral é permitir a liberação da corrente do ar que sai dos pulmões e
passa somente pela boca, porém sem incluir o [m], [n], [nh], todos os outros fonemas
consonantais são orais.

2.3. Escrita correcta das palavras

Os sons da língua são representados pela combinação das consoantes e vogais, por vogais
soltas ou agrupadas (silabas), e nessas combinações por vezes, um mesmo som pode ser
representado por um conjunto de letras diferentes.

Por exemplo: concelho/conselho; sessão/acção; organização/confusão, entre outros


exemplos.

2.7. Aplicação do s e z

De acordo com Pinto (2007) para além de concordarmos apenas com os traços etimológicos
(origens) das palavras, importante antes verificarmos os seguintes pontos:

2.7.1. Escrevem-se com s:

 Os sufixos: -oso / -osa

Exemplos: preguiçoso / preguiçosa; criterioso / criteriosa; glamouroso / glamourosa;


aquoso / aquosa.

 Sufixo feminino: isa

Exemplos: profeta / profetisa; poeta / poetisa; sacerdote / sacerdotisa.

 As terminações ês/esa, não devem ser confundidas de modo algum com nomes
terminados em: ez e eza

Exemplos: inglês / inglesa; bordalês / bordalesa; português / portuguesa; francês / francesa;


burguês / burguesa.

 As palavras de origem grega, terminados em: ase, ese, ise, ose, ou suas derivações.

Exemplos: crase, paráfrase, tese, próclise, síntese, frase, osmose, frase, virose, fraseologia.

 A letra s representa o fonema /z/ quando é intervocálica:


Exemplos: riso, asa, mesa.

 Entretanto nas palavras que derivam de outra e que já existe s: c

Exemplos: análise – analisar, analisador, analisante; liso – lisinho, alisar, alisador; casa –
casinha, casebre, casinhola, casarão, casario.

 Após ditongos

Exemplos: lousa, coisa, ausência, Neusa, Deusa, usa, náusea.

 Nas formas dos verbos pôr (e derivados) e querer:

Exemplos: repus, repusera, repusesse, repuséssemos; pus, pusera, pusesse, puséssemos;


quis, quisera, quisesse, quiséssemos.

 Outros exemplos de aplicação de s: sublime, mister, disruptivo, abstrato, extenso,


compreensão, escopo, estica, és, sim, serve, esperança, also, altruísta, conserto,
lascívia, estigma, circunstância.

2.7.2. Escrevem-se com z:

 Nomes formados com afixos ez e eza.

Exemplos: vez, lucidez, talvez, robustez, rapidez, xadrez; escassez, natureza, gentileza,
beleza, sutileza, impureza, firmeza

 Sufixos aumentativos: ázio, zão, zarrão, zada, zona; e os diminutivos zinho e zito
incluindo o sufixo zeiro.

Exemplos: topázio, durázio; vazão, razão; bizarrão, canzarrão; utilizada, cruzada; amazona,
mauzona; sozinho, rapazinho; queluzito, quartzito; cruzeiro, cinzeiro.

 Sufixo verbal izar:

Exemplos: visualizar (visual+izar), monopolizar (monopol+izar), polarizar (polar+izar),


colonizar (colon+izar).

 O sufixo iz, designativo de acção ou resultado de acção.

Exemplo: Feliz, fiz, juiz, infeliz, motriz, verniz, triz, perdiz, cicatriz, imperatriz, giz.
 E o feminino de alguns nomes terminados em or/iz:

Exemplo: actor/actriz, imperador/imperatriz, embaixador/embaixatriz.

 Os adjectivos designativos de qualidade terminados em az, iz e oz, que se


relacionam com as palavras da mesma família escritas com c:

Exemplos: feliz/ felecidade, eficaz/eficácia, veloz/ velocidade, capaz/capacidade,


feroz/ferocidade.

 Também se escreve com z, logicamente, em todas palavras derivadas de outras em


que ele já existe.

Exemplos: civilizer/civilização/incivilizado; paz, apaziguar.

 Em diferentes palavras, o fenoma /z/ é representado pela letra x:

Exemplos: exame, exasperar, exemplo, inexistente, êxito, exercer, exímio, exacto, exequível,
exibir, exuberante, existe, inexorável, exigir, exorcismo, exorcista, exalar.

2.7.3. O dígrafo sc:

 Elimina-se o s do grupo inicial sc: cenografia, cena, ciência entre outros.


 Os compostos dessa classe de vocábulos, quando são formados em nossa língua, são
escritos sem o s antes do c: contracenar, encenação, anticientífico; mas, quando
vieram já formados para o vernáculo, conservam o s: cônscio, imprescindível,
prescindir, rescisão, rescindir.
 Má conjugação dos verbos formados por sc, aparece o cedilha: cresço/cresça; nasço,
nasça.

2.7.4. Cedilha (ç)

Para Cintra e Cunha (2006) colocasse o ç antes de a, o ou u, para representar a fricativa


linguodental surda {s}:

Exemplos: esperança, desgraça, rechaçar, presunçoso, esboço, apreço, caçula, doçura,


açular, Açucena.
Há palavras homófonas em que se estabelece distinção escrita por meio do contraste s/z:
traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior); prezar (ter consideração) e presar
(prender, apreender); cozer (cozinhar) e coser (costurar).

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