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ANÁLISE COMPARATIVA SOBRE PLATÃO E ARISTÓTELES

O objetivo desse artigo é comparar duas formas diferentes de explicar a


origem das ideias, debates que foram importantes para toda a herança do
pensamento ocidental, deixando um grande legado. Sendo um debate estabelecido
entre Platão e seu discípulo Aristóteles, porém esses debates já haviam surgido com
os filósofos pré-socráticos, que naquela época buscavam estudar o desenvolvimento
da cosmologia (estudo do universo), essas ideias ocorreram a partir de dois grandes
nomes: Heráclito e de Parmênides.

Platão foi seguidor de Sócrates e prestava atenção em todos os seus


diálogos, tinha capacidade de escrever e tomava notas. Era um continuador de
Sócrates, mas não apenas perguntava. Ele buscou responder. Há Diálogos em que
Platão apresenta um Sócrates que responde e não apenas questiona.

O idealismo platônico consiste, basicamente, em uma distinção


entre conhecimento sensível, inferior e enganoso, que seria obtido pelos sentidos do
corpo, e conhecimento inteligível, superior e ideal, que acessaria a verdade sobre as
coisas. O conhecimento inteligível seria aquele que permite o nosso acesso ao ser e
à essência de algo, que seria imutável, ao contrário da aparência, que pode
enganar-nos. O conhecimento inteligível estaria no Mundo das Ideias e das Formas,
enquanto o conhecimento sensível estaria em nossa realidade material.

O Mundo das Ideias ou das Formas (que deve ser escrito com letra
maiúscula) seria a realidade intelectual, verdadeira, eterna e imutável, que pode ser
acessada apenas por meio da capacidade racional do ser humano. Nessa instância,
estariam as essências das coisas, os conceitos, as ideias fixas e imutáveis que
descrevem essencialmente cada ser ou objeto existente. Já o mundo sensível seria
a realidade com a qual nos defrontamos em nosso mundo prático, que
experimentamos. Essa realidade sensível é ilusória e enganadora, pois, para usar
um jargão popular no qual Platão inspirava-se: as aparências enganam.

Já Aristóteles foi um dos discípulos da academia de Platão que mais se


destacou, permaneceu ali até a morte de seu mestre em 348 a.C. Com o tempo,

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Aristóteles foi se afastando das ideias de Platão. Ao contrário de seu professor, ele
considerava a validade do conhecimento empírico. Platão considerava apenas o
conhecimento intelectual da verdade obtido por essências puras.

Ele escreveu sobre lógica, metafísica, filosofia da mente, ética, política,


estética e retórica, além de ter também versado sobre biologia, destacando suas
observações e descrições de plantas e animais.

A filosofia aristotélica não é facilmente definida por causa de sua abrangência


e distância no tempo.

Aristóteles sistematizou o conhecimento das ciências, em seu ponto de vista

os estudos filosóficos estavam desorganizados. O conhecimento não era


classificado em grupos de acordo com sua função e seu objeto.

Neste contexto, ciências (epistêmai) foram divididas em ramos da


aprendizagem. Estes são conjuntos relacionados e já concluídos para apresentação,
ao contrário dos registros de pesquisas, que são contínuos.

As três ciências aristotélicas são:

 Teóricas: buscam o conhecimento para seu próprio bem;

 Práticas: buscam conduta e bondade na ação, tanto individual quanto


social;

 Produtivas: buscam criar objetos bonitos ou úteis.

Ele deixa claro que a ciência emprega argumentos que vão além das
deduções. A ciência busca revelar a natureza genuína e independentes das coisas.

A ciência explica o que é menos conhecido pelo que é mais conhecido e mais
fundamental. Não se trata de apenas perceber as prioridades causais das coisas,
mas sim seus padrões invariáveis e profundos.

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A primeira premissa de uma dedução científica tem que ser necessária, um
axioma. É uma verdade óbvia que todos podem perceber e ninguém pode negá-la.

A ciência vai além da dedução porque busca a demonstração. Trata-se de


uma dedução com premissas que revelam as estruturas causais do mundo.

Na busca de um acordo sobre o que é percebido no mundo, é preciso usar o


debate.

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