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Transporte, Movimentação,
Armazenagem e Manuseio de Materiais
Segurança na Operação de
Empilhadeiras Frontal a Contrapeso
NR11
TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM
E MANUSEIO DE MATERIAIS
CONSELHO REGIONAL
Presidente Nato
Heitor José Müller – Presidente do Sistema FIERGS/CIERGS
Titulares
Ademar De Gasperi
Getúlio da Silva Fonseca
José Agnelo Seger
Ricardo Joseé Wirth
Suplentes
Henrique Purper
Edilson Luiz Deitos
Júlio Cezar Steffen
Newton Mario Battastini
Titular Suplente
Marcelo Bender Machado Cláudia Shiedeck Soares de Souza
Titular Suplente
Adriana Rosa dos Santos Leonor da Costa
Titular Suplente
Ademir Acosta Pereira Bueno Enio Klein
DIRETORIA DO SENAI-RS
Carlos Artur Trein - Diretor Regional
Sérgio Ricardo Moyses - Diretor de Operações
Porto Alegre,
Fevereiro, 2016
© 2016 SENAI – Departamento Regional do Rio Grande do Sul.
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecânico,
fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por escrito, do
SENAI - Departamento Regional do Rio Grande do Sul.
1ª Edição: 1000 exemplares.
SENAI – RS
Gerência de Desenvolvimento Educacional – GDE
Claiton Costa
Gerente da Gerência de Desenvolvimento Educacional
Duploklick
Correção Ortográfica
ISBN: 978-85-60375-92-9
CDU: 614.8:629.364.2
SENAI - RS
Departamento Regional do Rio Grande do Sul
1 INTRODUÇÃO 12
2 DEFINIÇÕES GERAIS 14
2.1 IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS 15
3 LEGISLAÇÃO 18
3.1 LEIS DE TRÂNSITO 19
4 MEDIDAS DE SEGURANÇA 24
4.1 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI 26
5 PROCEDIMENTOS EM SITUAÇÃO DE
EMERGÊNCIA 30
5.1 NOÇÕES SOBRE PRESTAÇÃO DE PRIMEIROS
SOCORROS 32
6 A EMPILHADEIRA –
MODELOS E COMPONENTES 34
6.1 TIPOS DE EMPILHADEIRAS 35
6.1.1 Empilhadeiras a Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) 36
6.1.2 Empilhadeiras a baterias tracionárias 37
REFERÊNCIAS 60
APRESENTAÇÃO
A
Norma Regulamentadora Transporte, Movimentação, Armazenagem e
Manuseio de Materiais n.°11 (NR-11) estabelece os requisitos mínimos
para o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos
existentes na realização dessas atividades. Atendendo à legislação
do Ministério do Trabalho e Emprego e suas Normas Regulamentadoras sobre
Segurança e Saúde no Trabalho, esse livro aborda a Segurança na Operação de
Empilhadeira Frontal a Contrapeso.
O livro faz uma abordagem das normas de segurança, procedimentos de trabalho,
proteções coletivas e individuais que antecedem a operação segura do equipamento.
O conteúdo a ser estudado servirá de apoio para o conhecimento da forma
construtiva do equipamento e seus acessórios de elevação de cargas, também para
orientar sobre os limites de velocidade e capacidade de carga adequada para o
trabalho.
O material didático da NR-11 é mais uma contribuição do Serviço Nacional
de Aprendizagem Industrial (SENAI) para ampliar as oportunidades de
capacitação dos profissionais brasileiros, buscando acima de tudo oferecer
condições para a compreensão da necessidade de trabalhar com segurança,
para a preservação da saúde e da vida do trabalhador bem como evitar
perdas materiais e retrabalhos desnecessários.
A nossa colega Norma irá nos ajudar a identificar diversas fontes de
perigo, os riscos e os possíveis danos que podem ocorrer às pessoas,
nos trabalhos em espaços confinados, que não seguem as definições
da norma regulamentadora que estamos estudando.
INTRODUÇÃO
1
A
Norma Regulamentadora n.°11 - Transporte, Movimentação,
Armazenagem e Manuseio de materiais, em seu texto, propõe que os
equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como
ascensores, elevadores de carga, guindastes, monta-carga, pontes-
rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras-rolantes, transportadores de
diferentes tipos, devam ser calculados e construídos de maneira que ofereçam as
necessárias garantias de resistência e segurança, e que sejam conservados em
perfeitas condições de trabalho.
Nesse livro abordaremos a Segurança na Operação de Empilhadeiras Frontal a
Contrapeso, suas características construtivas, o ambiente de trabalho onde as tarefas
são executadas, e a forma de condução do equipamento de modo que se diminuam
os riscos de acidentes. Portanto, somente operadores habilitados e treinados devem
ser autorizados a conduzir a empilhadeira.
Para garantir a segurança na operação do equipamento, deve-se realizar, além dos
estudos teóricos, atividades práticas, interpretando e aplicando as recomendações
de trabalho seguro desse livro, bem como, dos manuais de cada empilhadeira.
Leia, faça anotações, pratique, obtenha mais informações sobre o assunto e tenha
um aproveitamento satisfatório para a sua vida pessoal e profissional.
Boa leitura e bons estudos!
DEFINIÇÕES
GERAIS
2
P
ara que se possa desenvolver um estudo focado no entendimento e na
aplicação da NR-11, é indispensável que alguns conceitos e definições
sejam apresentados, de modo a facilitar a compreensão dos conteúdos
que serão trabalhados. Essa fundamentação teórica será a base para a
aplicação prática no contexto de aprendizagem.
Utilizaremos ocorrências já vivenciadas ou hipotéticas que aconteceram ou
poderão acontecer em empresas, relacionadas às atividades laborais ou a cenários
nos quais o trabalhador está inserido no processo de produção.
Para tanto, vamos iniciar nosso estudo compreendendo alguns conceitos e
definições básicas.
Fique alerta!
Atenção ao uso de anéis, alianças, relógio, correntes, cordão para crachá e
pulseiras; assim como cabelos longos que devem ser enrolados e usados sob
um boné, capacete ou touca, pois há o risco de serem presos acidentalmente.
Boas Práticas
Ao deixar a empilhadeira, o operador deve assegurar-se de que o motor
está desligado, as rodas direcionais estão alinhadas, o freio estacionário foi
acionado, os garfos estão baixos com as pontas rentes ao solo e as correntes de
elevação tensionadas, a alavanca de câmbio em neutro e, se for o caso, remover
a chave de contato.
Recapitulando
Nesse capítulo, falamos sobre acidente de trabalho. O que pode provocar
acidentes e como evitá-los. Os perigos e os riscos relacionados ao tipo
de equipamento, velocidade ou forma inadequada de manobrá-lo. A
responsabilidade na condução é fundamental e é por esse motivo que somente
operadores habilitados e treinados devem ser autorizados a conduzir esses
veículos.
LEGISLAÇÃO
S
egurança é um fator básico na operação de equipamentos de
movimentação de cargas. Nesse estudo, o objetivo é associar a segurança
à operação da empilhadeira, desenvolver boas práticas na utilização do
equipamento para realizar um trabalho seguro.
Você sabia?
Existem diversos modelos de empilhadeiras em uso nas empresas.
Considerem as diferenças operacionais, dimensionais e de combustível, bem
como os aspectos ergonômicos, postura, assento, tipo de pneu utilizado e
ambiente de utilização. No Brasil, as capacidades variam entre 1.000 kg a
56.000 kg de capacidade, então se prepare para encarar desafios ao longo
de sua atividade com empilhadeiras. Provavelmente, você terá muito mais
aprendizagem pela frente.
Veja Mais
Boas Práticas
Olhar sempre na direção do percurso, conservando boa visibilidade. Tenha
sempre a atenção voltada para os pedestres, outros veículos ou obstáculos no
seu trajeto.
Você sabia?
Algumas atividades de trabalho em altura eram executadas de forma errada
com o auxílio de uma empilhadeira. Após diversas ocorrências de trabalhadores
que sofreram quedas dos garfos e paletes, as empresas passaram a proibir essa
atividade. Respeite o emprego correto de cada máquina.
É importante que
você saiba executar
os movimentos
A NR 17 trata de elementos de adequação do homem a seu ambiente de trabalho,
corretos para cada
como as recomendações de postura correta, adequações à forma de trabalho contínuo, tipo de trabalho
elevação manual adequada de objetos pesados e outras considerações importantes.
Portanto, conforme Brasil (2007) não se deve manusear materiais acima do peso
compatível com sua estatura ou quando exigir rotação lateral do corpo. Neste caso utilize
equipamentos de movimentação de carga ou solicite ajuda de um colega (FIGURA 2).
Fique alerta!
As lesões na coluna, resultantes de levantamentos de pesos, são responsáveis
por quase 12% de todas as lesões industriais e que 85% a 99% de todas as
lesões graves na coluna, particularmente nos níveis da lombar L4 e L5 e ainda
L5/S1. Fonte: (http://www.rc.unesp.br/ib/efisica/motriz/04n2/4n2_ART2.pdf)
50 90 130kg
50 90 130kg
Recapitulando
Nesse capítulo, estudamos sobre normas e legislação. O que os princípios
da legislação de trânsito brasileira influenciam na condução de veículos
movimentadores de cargas. Também trouxemos trechos da letra da NR-11 e
falamos de pontos das NRs 12 e 17 que influenciam na prática da condução
desses equipamentos.
MEDIDAS DE
SEGURANÇA
T
odas as atividades industriais têm algum perigo ao trabalhador. O risco
existente pode ser minimizado por meio de medidas de controle, como,
por exemplo, as próprias instruções de trabalho. Ou, ainda, Equipamentos
de Proteção Coletiva - EPC como guarda corpos, sistemas de exaustão,
cancelas de bloqueio de circulação de pessoas e os Equipamentos de Proteção -
EPI, que falaremos com mais detalhes a seguir.
Um estudo da Secretaria do Trabalho do Rio Grande do Sul alerta para os
principais acidentes que causam óbitos aos trabalhadores no Estado. Veja o estudo,
conforme Figura 4.
Outros 13,5%
Exposição a forças
mecânicas inanimadas
30,5%
Quedas 31,8%
Você sabia?
No Brasil, as regras de proteção à saúde e integridade do trabalhador só se
fizeram valer quando tomaram FORÇA DE LEI.
E só em 1943 surge a Consolidação das Leis do Trabalho CLT, sendo o principal
instrumento para regulamentar as relações de trabalho e proteger os
trabalhadores.
Apesar de todas as evoluções que seguiram, desde 1943, somente em 1978
entraram em vigor as Normas Regulamentadoras.
26 | Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
Quadro 1: EPIs
Fonte: SENAI - RS
Carro porta
garfos
Protetor
de carga
Fique alerta!
Na iminência de tombamento, nunca salte da máquina, permaneça sempre
dentro da empilhadeira e com o cinto de segurança.
Casos e relatos
A queda de um conjunto de chapas de MDF, pesando aproximadamente 10
toneladas, matou um operador de empilhadeira, de 35 anos de idade.
O acidente de trabalho aconteceu num depósito na zona norte de Porto Alegre.
Segundo o responsável pelo atendimento, Major do Grupamento de Busca e
Salvamento, dois colegas que trabalhavam com a vítima saíram ilesos.
Ainda de acordo com o Major, o operador estava dentro da empilhadeira
quando viu a carga caindo. Assustado, ele teria corrido em direção ao material,
na tentativa de segurar, o que não foi possível e acabou sendo fatalmente
atingido.
Boas Práticas
Atenção para a correta distribuição do peso nas embalagens. Não exceder
a largura da embalagem, observar suas avarias, caso haja, não devem ser
movimentadas.
(a) (b)
Figura 6: (a) palete de madeira (b) palete de plástico
Fonte: SENAI-RS
Esses paletes podem ter duas ou quatro entradas e medir entre 800 mm x 1200
mm ou 1000 x 1200 mm.
Para as caixas metálicas e contentores (FIGURA 7), usadas em manufatura de
peças fundidas, deve-se dar atenção ao fator peso e espaço (distribuição interna/
estabilidade). Podem ser empilhadas, respeitando a altura máxima de empilhamento
de quatro caixas, para os paletes médios e grandes, e de seis caixas, para os
pequenos.
Figura 7: Ccontentores
Fonte: SENAI-RS
Fique alerta!
O operador de empilhadeira é responsável não só por dirigir ou operar a
empilhadeira bem como pela conferência da carga, o carregamento para o
transporte e o descarregamento.
Segurança na Operação de Empilhadeiras Frontal a Contrapeso | 29
Recapitulando
Vimos, nesse capítulo, as principais medidas de segurança que são tomadas
para um trabalho seguro na condução de empilhadeiras. Equipamentos de
proteção individual, os dispositivos de segurança da estrutura da empilhadeira
e os cuidados que se deve ter com os dispositivos utilizados na movimentação
e armazenagem das cargas.
PROCEDIMENTOS
EM SITUAÇÃO DE
5
EMERGÊNCIA
A
empresa deve definir qual a metodologia e técnica de análise dos riscos
envolvidos nas atividades, buscando as melhores práticas para execução
do trabalho com segurança. Conforme a convenção 155 da OIT, todo
o trabalhador pode interromper seu trabalho caso seja constatado
evidências de riscos graves e eminentes para segurança e saúde dos trabalhadores
ou de outras pessoas. (SUSSEKIND, 1998).
Nesse sentido, a NR-9 também orienta que o empregador deve garantir que, na
ocorrência de riscos ambientais nos locais de trabalho que coloquem em situação de
grave e iminente risco um ou mais trabalhadores, os mesmos possam interromper de
imediato as suas atividades, comunicando o fato ao superior hierárquico direto para
as devidas providências (BRASIL, 2014).
As condições impeditivas para desenvolver estas atividades devem estar
registradas em documento legal conforme código civil brasileiro.
Nos casos de vazamentos de lubrificantes, coletar em recipientes adequados
às normas de meio ambiente. Nunca despejar lubrificantes no solo ou depositá-los
em tambores abertos. Cumprir procedimento de contenção de derramamentos e/ou
vazamentos, estabelecido pela empresa, nos locais de trabalho com a empilhadeira.
Você sabia?
As empilhadeiras possuem 03 tipos de lubrificantes: óleo do motor, óleo do
sistema de transmissão e óleo do sistema hidráulico. Nos casos de vazamentos,
desligar imediatamente o motor, que é a força motriz de todos.
c) Ataque o
fogo.
EFEITO Resfriamento Abafamento Abafamento e Abafamento
Resfriamento
Quadro 2: Classes de incêndio e agentes extintores mais usados
Fonte: Adaptado de São Paulo, [20--?]
Agentes extintores classe ABC apagam todos os tipos de incêndio em carros com
mais eficiência. Ele é capaz de apagar chamas de até 2 metros em sólidos e 4 metros
em líquidos inflamáveis.
5.1
NOÇÕES SOBRE PRESTAÇÃO DE PRIMEIROS
SOCORROS
Em caso de lesões, todo o atendimento deve ser realizado por profissionais
capacitados na área da saúde ou resgatista interno treinado, por isso, é importante:
a) saber o telefone ou canal de comunicação com setor de emergência,
informando local da ocorrência, número de vítimas e provável causa da
lesão;
b) solicitar socorro médico com SAMU 192 ou Corpo de Bombeiros 193;
c) conhecer procedimentos para evacuar a área de forma segura e rápida.
Segurança na Operação de Empilhadeiras Frontal a Contrapeso | 33
Recapitulando
Depois que você estudou sobre os perigos e riscos da atividade, nesse capítulo,
você viu os procedimentos necessários em situações de emergência. Como
o incêndio é um dos acidentes mais comuns na indústria, foi abordado esse
tema nesse capítulo. E, ainda, você pode ter uma noção de quais os primeiros
socorros que o operador de empilhadeira pode prestar.
A EMPILHADEIRA
– MODELOS E
COMPONENTES
H
á vários modelos de empilhadeiras utilizados nas empresas. O operador
deve possuir conhecimento e treinamento para realizar as atividades com
segurança e, quando houver dúvidas, ele deve questionar seus líderes
ou colegas de trabalho.
Agora, falaremos dos sistemas de alimentação, comandos hidráulicos e sistemas
de transmissão de força, bem como, a simbologia indicativa de falha das empilhadeiras.
CLASSIFICAÇÃO APLICAÇÃO
Empilhadeira Combustão Gás Entre os motores a combustão, o GLP emite menos
Liquefeito de Petróleo – GLP poluentes, como o monóxido de carbono (CO), e são
recomendados para áreas internas com renovação de ar
ou áreas externas.
Empilhadeira Elétrica por São adequadas para as áreas internas da fábrica e
Bateria Tracionaria obrigatórias em áreas de alimentos, câmeras frias e
indústrias farmacêuticas.
Empilhadeiras Combustão O motor a combustão diesel emite mais poluentes, como
Diesel o monóxido de carbono. Por esse motivo são sempre
recomendadas para áreas externas.
Os pneus têm maior adaptação em diferentes tipos de
pisos e rampas com pouca inclinação, em torno de 15°.
Empilhadeiras Combustão Também chamadas de Reach Stacker, são usadas para
para Container empilhamento, carga e descarga de container de veículos
de transporte em terminais marítimos. Suportam até 56,0
toneladas e trabalham com motor a diesel.
Quadro 3: Características e a aplicação e modelos de empilhadeiras
Fonte: SENAI-RS
Boas Práticas
Para desenvolver destreza necessária à operação segura e eficiente, um
operador deve familiarizar-se com o equipamento, conhecer suas funções e
limitações, o ambiente de trabalho e os tipos de embalagens ou cargas a serem
manuseadas.
Agora, falaremos um pouco mais sobre dois dos modelos mais utilizados na
indústria.
36 | Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
Componentes Função/Riscos
Cilindro P20 e Conexão para a mangueira Armazenagem de 20 kg de GLP. Na parte
inferior, o pescador faz a captação do
gás em estado líquido, transferindo para
o registro de saída, onde atuarão os dois
êmbolos.
A falta ou dano do anel de vedação na parte
interna da conexão pode gerar vazamento
de GLP. Certifique-se de que o anel de
vedação esteja em bom estado, bem como
a fixação no registro do cilindro e posição do
cilindro. Obs.: Nos casos de emergências,
fechar o registro sentido horário.
Eletroválvula e chave seletora para A transferência de GLP do cilindro P20 para
segurança do sistema GLP o redutor/vaporizador ocorre somente com
corrente elétrica (chave ligada).
Evita a passagem de GLP sem o motor estar
GAS
R
funcionando, o que ocasionaria um acúmulo
de gás e possível vazamento dentro do
compartimento do motor, possibilitando
incêndio.
Alguns modelos possuem chave seletora
da eletroválvula do GLP ou Gasolina,
impedindo o funcionamento do motor se não
estiver na posição correta.
Redutor /Vaporizador Para um funcionamento seguro e eficiente,
todos os modelos de empilhadeiras com
esse combustível possuem esse redutor
vaporizador de GLP (reduz a pressão
cerca de seis vezes em relação à saída do
cilindro).
A vaporização do GLP ocorre por meio da
circulação de água quente (oriunda do bloco
do motor).
Na parte inferior possui um dreno para a
limpeza do Metil-Mercaptan, substância
existente no GLP para identificar possíveis
vazamentos pelo odor característico.
(Enxofre Mercaptideo)
Quadro 4: Componentes de Funções das empilhadeiras a GLP
Fonte: SENAI-RS
Boas Práticas
Em ambientes fechados e pouco ventilados, o operador deve evitar motores à
combustão, devido ao acúmulo de gases provenientes da queima incompleta
no motor. O motor que utiliza GLP é o menos poluente.
Veja Mais
1
2 1 Reservatório Água destilada
3 ou deionizada;
6 Válvula de Enchimento;
Suporte para altura mínima de
7 1,5 metros;
Boas Práticas
Não fume e não permita que outros fumem nas áreas nas quais se carregam as
baterias ou onde os combustíveis e outros inflamáveis são usados ou estocados,
bem como enquanto se opera a empilhadeira.
Você sabia?
O baixo custo operacional e isenção de poluentes no funcionamento dos
motores contribuem para o aumento da frota de empilhadeiras com sistema
de alimentação por baterias, ditas elétricas.
Material rodante
Os pneumáticos (com
pressão de ar) ou
superelásticos (maciços) são
responsáveis em sustentar o Câmara de ar
peso da empilhadeira, da carga
e o deslocamento da máquina
no piso. Suas dimensões de
largura e quantidade também são
responsáveis pelo dimensionamento
da capacidade da máquina e
limitações de altura de elevação. Borracha Maciça
Fique alerta!
Para realizar uma inversão de marcha, pare completamente o veículo; nas
empilhadeiras com câmbio hidramático, avaria a transmissão.
Fique alerta!
O freio de estacionamento também deve ser acionado quando um pedestre
se aproximar, ao parar em terrenos desnivelados ou para substituir o pedal de
freio em caso de uma eventual falha.
Frente
C
A B D E B
Ré D A B
A C D E C
Pedais de acionamento:
A - pedal do D - pedal do
inching / freio inching / freio A - Freio de Aproximação C - Acelerador
B - monotrol E - pedal do freio ( Serviço ) D - Freio estacionário
C - pedal do B - Freio das Rodas ( alguns modelos)
acelerador ( emergência ou rampas )
Boas Práticas
Jamais dirija com as mãos ou com o solado dos sapatos molhados ou sujos de
graxa ou óleo.
+ STOP ! !
SÍMBOLO DESCRIÇÃO
1. Sistema elétrico – tem como função informar ao operador quando o
+ sistema elétrico não estiver gerando carga para bateria.
P acionado.
14. Pressão do freio - indica quando o sistema de freio sofre uma queda
de pressão.
9 10 11
8 12
13
7
6
7A
5
!
4 7B
3A
1
2
1 2 3 4 5 6 7 8
9 10 11
Boas Práticas
Para desenvolver destreza necessária à operação segura e eficiente, um
operador deve familiarizar-se com o equipamento, conhecer suas funções e
limitações, o ambiente de trabalho e os tipos de embalagens ou cargas a serem
manuseadas.
6.2.6 Motor
É o conjunto de força motriz do veículo que também movimenta as bombas
hidráulicas e o câmbio mecânico ou hidramático. As empilhadeiras podem ser
equipadas com motores automotivos, com motorização 2.0, 2.2, 2.4 ou 4.3V6,
adaptados para uso industrial.
O funcionamento do motor é vital para a operação da empilhadeira. As etapas do
motor são (FIGURA 13):
a) admissão – a árvore de manivela gira cerca de 180º, deslocando o Pistão do
Ponto Morto Superior (PMS) para o Ponto Morto Inferior (PMI). Nos motores
à combustão gasolina ou GLP, a abertura da(s) válvula(s) de admissão
permite a entrada de ar e combustível; no motor diesel entra apenas o ar;
b) compressão – a árvore gira novamente mais 180º, deslocando o Pistão
do PMI para o PMS, reduzindo o espaço em que se encontrava o ar e
combustível ou somente o ar, elevando a temperatura interna;
c) combustão – no momento do PMS, nos motores à gasolina e GLP, acontece
a ignição da vela, e nos motores diesel, acontece a injeção do combustível,
ocorrendo a combustão que empurra o pistão novamente para o PMI. Esse
é o momento produtivo do motor;
d) descarga – novamente ocorre mais um giro da árvore de manivelas, elevando
o pistão do PMI para o PMS; nesse momento, abre-se a(s) válvula(s) de
descarga, liberando a saída dos gases provenientes da combustão.
Fique alerta!
Não remova a tampa do radiador com a temperatura elevada, pois há o risco
de queimaduras pelo vapor de água aquecida. Resfrie com água fria e utilize
um pano úmido. Esteja sempre com EPIs adequados.
6.2.10 Direção
O controle direcional da empilhadeira ocorre no eixo traseiro, permitindo à
empilhadeira uma menor área de manobra. O acionamento é pelo sistema hidráulico,
reduzindo significativamente o esforço físico para manobra, porém, não há realização
de movimentos sem o motor estar em funcionamento para acionar a bomba hidráulica.
Os movimentos à esquerda e à direita devem ser realizados normalmente,
mudando o ponto de referência nas manobras, que passam a ser a aproximação da
roda dianteira com o lado pretendido para girar, ou seja, não devemos realizar curvas
abertas, sob o risco de colidir o contrapeso da máquina com alguma parede, carga
ou equipamento.
O volante deve ser mantido limpo, evitando esforços que possam danificá-lo, por
exemplo, a realização de giro do volante com a empilhadeira parada, bem como a
tração desnecessária em utilizá-lo como apoio para subir na empilhadeira.
Muitos equipamentos possuem ajuste de altura do volante, tornando mais
confortável a postura do operador. Normalmente, a operação da empilhadeira é
realizada apenas com a mão esquerda no volante; alguns modelos possuem uma
manopla de apoio da mão esquerda, pois a mão direita irá acionar as alavancas dos
comandos hidráulicos.
46 | Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
Boas Práticas
Evite girar o volante com a máquina parada. Utilize a mão esquerda para
manuseio e apoie na manopla. Utilize sempre as alças de apoio para subir na
empilhadeira, não se apoie no volante.
Fique alerta!
Uma desmontagem errada da sequência dos parafusos pode causar a
separação do aro, atingindo fatalmente a pessoa que está desmontando o
pneu. Recomenda-se a desmontagem dentro de uma gaiola de segurança.
Fique alerta!
As fugas de fluidos hidráulicos podem penetrar na pele e causar ferimentos
sérios, nunca aproxime a mão para procurar possíveis vazamentos.
Não identificar vazamentos com sistema pressurizado e sem proteção
adequada.
Recapitulando
Nesse capítulo, o aluno conheceu os modelos de empilhadeiras de acordo
com o seu combustível, como: gasolina, GLP, diesel e por bateria tracionária.
Também viu a aplicação de cada uma delas em seus ambientes. Por serem
mais utilizadas, foi dada ênfase, nesse capítulo, para as empilhadeiras a GLP e
a bateria, seus componentes, cuidados e riscos.
TÉCNICAS
SEGURAS NA
OPERAÇÃO DA
EMPILHADEIRA
7
A
s empilhadeiras são veículos utilizados para transporte e movimentação
de cargas, no sentido vertical ou horizontal, atendendo os mais variados
ramos econômicos. Seu custo e manutenção são elevados, de modo que
o operador deve zelar por esse patrimônio. Veja agora algumas práticas
seguras para operar esse equipamento. A estabilidade da
empilhadeira pode
ser influenciada por
7.1 PONTO DE EQUILÍBRIO DA EMPILHADEIRA, CARGA, piso irregular, forma
DESCARGA, EMPILHAMENTO, TRANSPORTE DE DIVERSOS de armazenagem,
MATERIAIS velocidade de
deslocamento
A carga sobre os garfos deverá ser equilibrada por um contrapeso na outra e manobras
extremidade, visto que o princípio de funcionamento das empilhadeiras é semelhante direcionais.
ao das gangorras, com o equilíbrio entre os pesos das extremidades, cria-se um
centro de apoio. Veja a Figura 14.
MODELO N°:
Maste Vertical
N° DE SÉRIE: AF17DT0394 ALTURA A
MÁXIMA
TIPO: DE GARFO
mm
ACESSÓRIOS: 4790
pol
CAPACIDADE: 188 A B
Fique alerta!
A altura de elevação dos garfos, o desnível do piso e manobras bruscas podem
tombar a empilhadeira. Respeite seus limites e centralização da carga, e avalie
o local de trabalho.
7.2
COMANDOS, TABELAS DE CARGA, ÂNGULOS,
DEFORMAÇÕES EM EQUIPAMENTOS
Toda a empilhadeira possui placa indicativa de capacidade, variando o centro de
carga (cg) e a altura de elevação. As informações do fabricante orientam sobre a
bitola do pneu dianteiro, o uso de acessórios, como deslocador lateral e outros.
Na Figura 17, temos exemplos de informações de Centro de Carga.
Kg Gráfico de Carga
Capacidade de Carga
2000 mm WAST
2000
2500 4000 mm WAST
4500 mm WAST
2000
1500 5000 mm WAST
1500
1000 6000 mm WAST
1000 500
mm
500 600 700 800 900 1000 1100 1200
Centro de carga - milímetros 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 1400
15°
leventar garfo abaixar garfo inclinar garfo inclinar garfo para trás
para frente
Boas Práticas
Não fazer brincadeiras ou assustar colegas. Em alguns locais, a distância de
trabalho entre a empilhadeira e o pedestre é pequena. Por isso, todos devem
trabalhar com cuidado, uma vez que é muito fácil da roda traseira ou os garfos
atingirem o pé ou a perna de um pedestre.
7.3
PROCEDIMENTOS DE INSPEÇÃO, REGULAGEM E
MANUTENÇÃO COM SEGURANÇA
O operador também é responsável pela manutenção de sua máquina.
Diferentemente do mecânico e do eletricista, ele não utilizará ferramentas, mas terá
que tomar medidas que visam a conservação de seu equipamento. São elas:
d) remover a chave da ignição;
e) calçar rodas;
f) identificar, com etiqueta, o serviço realizado e o profissional responsável;
g) utilizar calços de apoio às partes móveis ou com risco de queda;
h) disponibilizar bandeja de contenção para possíveis derramamentos de
lubrificantes.
Boas Práticas
Antes de operar qualquer tipo de empilhadeira, faça a revisão diária. Tenha
um check-list: teste a buzina, freios de serviço e de estacionamento, direção,
alavancas de elevação e inclinação e alavancas direcionais. Qualquer
irregularidade informe a supervisão e a manutenção, e documente o ocorrido.
ITEM OBSERVAÇÕES
1. Nível do líquido de Verificar nível do tanque de expansão; se
arrefecimento (ou refrigerante) do necessário remover a tampa, primeiro aliviar a
motor pressão.
2. Condições do filtro do ar Se necessário, remover o filtro e realizar limpeza
com bico de ar com pressão 5 bar.
3. Nível do óleo do motor Ver marcadores na vareta (trocar em média a cada
250 horas).
4. Nível do óleo hidráulico Ver marcadores na vareta (trocar em média a cada
2.000 horas).
5. Pressão dos pneus e parafusos Pneumático entre 80 e 120 libras, verificar manual
das rodas do fabricante.
6. Painel de instrumentos Conhecer e identificar funções.
Segurança na Operação de Empilhadeiras Frontal a Contrapeso | 53
(CONCLUSÃO)
ITEM OBSERVAÇÕES
7. Testar o conjunto hidráulico: Funcionamento normal, sem vazamentos ou ruídos;
elevação, inclinação, deslocar avalie o tensionamento das correntes, alinhamento
lateral e direção. ou desgaste dos garfos.
8. Testar o movimento da Deslocamento à frente e ré, testar o freio das rodas
empilhadeira e freio estacionário.
9. Avaliar estado geral da máquina Condições da pintura, assento do operador,
plataforma de trabalho isenta de óleo.
10. Nível do óleo do Hidramático Ver nível da vareta localizada abaixo dos pedais;
(transmissão) alguns modelos têm indicação para verificar com o
motor ligado e óleo quente.
11. Empilhadeiras elétricas Revisar cabos de bateria.
Quadro 7: Revisão diária
Fonte: SENAI-RS
Boas Práticas
Siga um programa de manutenção e lubrificação previamente planejado. Todos
os ajustes e reparos devem ser efetuados por pessoal treinado e autorizado.
Boas Práticas
Todos os equipamentos de transporte e movimentação serão
permanentemente inspecionados por seus operadores, e as peças defeituosas,
ou que apresentam deficiências, deverão ser imediatamente substituídas.
Os equipamentos deverão ter manutenção preventiva realizada por pessoal
qualificado, conforme as recomendações do fabricante e as melhores práticas.
Recapitulando
Agora conhecemos os comandos operacionais para funções de elevação,
inclinação, deslocador lateral dos garfos e outros acessórios. Identificamos na
máquina o conjunto de elevação formado por sistema hidráulico, correntes,
torre, rolamentos internos e suporte dos garfos.
Interpretamos a simbologia existente nos painéis das máquinas e sua
importância no funcionamento dos conjuntos de motor, sistema elétrico,
hidráulico e de transmissão.
OPERADOR DE
EMPILHADEIRAS
– PRÁTICA
8
SEGURA
O
objetivo do manual é transmitir ao profissional da área de movimentação
de cargas noções técnicas corretas de operação e o risco de uma
operação errada, conhecimentos básicos sobre funções hidráulicas e de
transmissão, diferenças do sistema de alimentação do motor elétrico e
combustão, realizando suas tarefas da forma mais segura possível.
A variação de capacidade de carga e altura de elevação determinará o grau de
conhecimento e habilidade necessária para quem vai conduzi-la. Elas podem ser
dimensionadas para atenderem necessidades específicas de:
a) capacidade de carga, conforme centro de carga;
b) altura de elevação, os modelos elétricos têm maior alcance vertical;
c) sistema de combustível adequado ao ambiente de trabalho, como indústrias
de alimentos;
d) mecanismos de elevação tipo garfos, garras, abafadores, etc.
Boas Práticas
Não ajustar a carga passando a mão na parte frontal em que estão montadas
as correntes; elas devem estar protegidas por chapa de acrílico ou vidro.
8.1
REGRAS DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE
EMPILHADEIRAS
Existem regras que todo bom operador deve conhecer e respeitar, usar
equipamentos de proteção individual – EPI, seguir recomendações sobre o trabalho
das empilhadeiras de modo seguro.
Veja agora algumas regras básicas que todo o condutor deve ter no seu trabalho
como operador de empilhadeira:
a) não movimentar ou elevar carga acima do indicado pelo fabricante da
máquina ou apoiado num só garfo; a definição de capacidade serve
para dois garfos, e o esforço maior num dos eixos pode comprometer a
sustentação das rodas;
b) não movimentar carga mal equilibrada, instável ou com peso mal distribuído;
c) evitar as manobras com carga elevada. Nesta situação, altera-se o centro
de gravidade e aumenta o risco de tombamento da empilhadeira;
d) não andar em alta velocidade. A média recomendada em área interna é 6,0
km/h (similar a um pedestre caminhando) e externa 10 km/h, evitar frear
bruscamente;
56 | Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
Veja Mais
Casos e relatos
A queda de um porta paletes com 7.500 kg de estrutura e 8 metros de altura
resultou na morte de um operador da empilhadeira. O acidente foi numa
empresa do ramo logístico, na capital do RS. Segundo testemunhas, após a
colisão contra a estrutura, o material caiu e o operador tentou correr, sendo
fatalmente atingido.
Algumas colisões de empilhadeiras contra as colunas comprometem a
estrutura e provocam a queda de paletes carregados, gerando uma grande
perda e colocando em risco o operador e pessoas próximas à estocagem.
Portanto, em caso de acidentes, permaneça na empilhadeira e faça o
isolamento do corredor de trabalho para impedir o acesso de pessoas.
Recapitulando
Você estudou sobre perigos e riscos como operador de empilhadeira. O que
auxilia no seu trabalho, as Leis de Trânsito e as Normas Regulamentadoras. As
principais medidas de segurança que você deve tomar durante a condução dos
veículos movimentadores de carga. Aprendeu sobre EPIs e os procedimentos
em situação de emergência. Também viu os principais tipos de empilhadeiras.
Com isso, espera-se que você tenha condições de operar de modo seguro esse
tipo de veículo no seu local de trabalho.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Diário Oficial [da] República
Federativa do Brasil, Brasília, 14 ago. 1991. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htm>. Acesso em: 04 jan. 2016.
9 788560 375929