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SISTEMA DE TRANSMISSÃO DA REGIÃO

NORTE DE ANGOLA
ESTUDOS PRÉ-OPERATIVOS DE INTEGRAÇÃO DO
AHE CAPANDA

AVALIAÇÃO DO SISTEMA EM REGIME PERMANENTE

JULHO/2001
SISTEMA DE TRANSMISSÃO DA REGIÃO NORTE DE ANGOLA
ESTUDOS PRÉ-OPERATIVOS DE INTEGRAÇÃO DO AHE CAPANDA
AVALIAÇÃO DO SISTEMA EM REGIME PERMANENTE

1. INTRODUÇÃO...............................................................................................................................................................3
2. PRINCIPAIS CONCLUSÕES .......................................................................................................................................5
2.1. Sistema na Configuração Básica na Rede de 220 kV.......................................................................................5
2.2. Sistema de 220 kV Reforçado com relação à Configuração Básica...............................................................6
3. DADOS, CRITÉRIOS E PREMISSAS BÁSICAS....................................................................................................7
3.1. Período de análise....................................................................................................................................................7
3.2. Configuração do sistema .........................................................................................................................................7
3.3. Programa de geração ..............................................................................................................................................7
3.4. Mercado......................................................................................................................................................................8
3.5. Premissas e critérios para avaliação do desempenho elétrico do sistema em regime permanente...........9
4. ANÁLISE ELÉTRICA ..................................................................................................................................................10
4.1. Cenários 1 e 2 - Sem Térmicas em Luanda, Com/Sem Cambambe (respectivamente)..............................11
4.2. Cenários 3, 4 e 5 - Com as Térmicas de Luanda despachadas.....................................................................15
4.3. Resumo da Análise de Desempenho da Configuração Básica .......................................................................20
5. REFORÇOS ADICIONAIS NO SISTEMA DE TRANSMISSÃO DA REGIÃO NORTE.............................22
5.1. Requisitos de Compensação Reativa...................................................................................................................23
5.2. Resumo da Análise de Desempenho da Configuração Reforçada.................................................................24
6. DADOS BÁSICOS EMPREGADOS NAS ANÁLISES.........................................................................................25

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SISTEMA DE TRANSMISSÃO DA REGIÃO NORTE DE ANGOLA
ESTUDOS PRÉ-OPERATIVOS DE INTEGRAÇÃO DO AHE CAPANDA
AVALIAÇÃO DO SISTEMA EM REGIME PERMANENTE

1. INTRODUÇÃO

O presente relatório é parte do conjunto de avaliações que visam analisar o desempenho do


sistema Norte de Angola frente à presença do Aproveitamento Hidroeléctrico Capanda. As
atividades constantes dessas avaliações contemplam os estudos seguintes:

• Avaliação em Regime Permanente


• Estudos de Curto-Circuito
• Estudos de Energização e Rejeição de Carga
• Avaliação do Desempenho Dinâmico
• Estudos de Transitórios Eletromagnéticos

O objeto deste relatório é a atividade “Avaliação do Sistema em Regime Permanente” que


permitirá, através das simulações de fluxo de potência, diagnosticar problemas e restrições
operativas associadas ao sistema, propondo medidas para solucionar ou mitigar as
dificuldades identificadas.

Os estudos de fluxo de potência em regime permanente foram efetuados para avaliar o


comportamento do sistema de transmissão da região Norte de Angola com a implementação
das duas primeiras unidades de Capanda integradas à rede, considerando situações diversas
de despachos de geração das usinas da região. Foram analisados, nesse contexto, os anos
de 2002, 2003 e 2004, para os patamares de carga pesada e leve no sistema Norte.

O sistema foi estudado, inicialmente, considerando uma configuração básica da rede de


alta tensão de 220 kV, que contempla a presença de um circuito Capanda – Cambambe (de
integração de Capanda à rede elétrica) e os dois circuitos de Cambambe em direção a
Luanda – um deles seccionado na subestação Viana 220 kV (Figura 1).

Constatado que essa configuração básica imporia restrições operativas importantes para o
desempenho do sistema Norte, foi ampliado o escopo da apreciação e analisada alternativa
de topologia da rede de 220 kV mais reforçada, considerando redundância entre as
subestações Capanda e Cambambe, bem como a ampliação da capacidade de transmissão
entre Cambambe e Luanda (Figura 2). A alternativa de reforço estudada e sugerida,
mantém aderência ao planejamento de médio/longo prazo anteriormente realizado – por
GAMEK e FURNAS para o sistema de Angola.

É premissa essencial – e que permeia todo o estudo – a recuperação plena das condições
técnicas dos troncos de 220 kV hoje existentes entre Cambambe e Luanda, os quais, na
atualidade, apresentam restrições operativas, requerendo, portanto, reabilitação de sua
capacidade nominal de transporte.

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SISTEMA DE TRANSMISSÃO DA REGIÃO NORTE
COM A INTEGRAÇÃO DO AHE DE CAPANDA

Capanda Cambambe Cazenga Cuca Maianga


220 kV 220 kV 220 kV 60 kV 60 kV 60 kV

3T

Viana 1T
220 kV
~ Mutamba
60 kV
60 kV
CAPANDA

~ TÉRMICAS
NOVAS
CAMBAMBE

~ Quifangondo
60 kV
Belas
60 kV ~
~ Indústrias
TÉRMICAS 60 kV
FIGURA 1 ATUAIS
CONFIGURAÇÃO BÁSICA ~

SISTEMA DE TRANSMISSÃO DA REGIÃO NORTE


COM A INTEGRAÇÃO DO AHE DE CAPANDA

Capanda Cambambe Cazenga Cuca Maianga


220 kV 220 kV 220 kV 60 kV 60 kV 60 kV

3T

~ 1T

Mutamba
60 kV
Viana 2T
CAPANDA 220 kV

60 kV TÉRMICAS
NOVAS

CAMBAMBE ~ ~ Quifangondo
60 kV

Reforços da Configuração Básica


Belas
~
60 kV
Reforços Adicionais
~ Indústrias
TÉRMICAS 60 kV
ATUAIS
FIGURA 2 ~
CONFIGURAÇÃO
REFORÇADA 220 kV

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2. PRINCIPAIS CONCLUSÕES

Foi avaliado o desempenho elétrico em regime permanente do sistema da região Norte de


Angola com a integração do AHE Capanda, para 2002, 2003 e 2004, considerando distintos
cenários de geração, para os patamares de carga pesada e leve, com o sistema operando em
regime normal e sob condições de emergências.

São descritas a seguir as principais conclusões extraídas dos estudos em regime permanente
de fluxo de potência.

2.1. Sistema na Configuração Básica na Rede de 220 kV

A configuração básica da rede de 220 kV é aquela que considera a presença de apenas um


circuito Capanda – Cambambe e os 2 circuitos de Cambambe em direção a Luanda.

2.1.1. Pela evolução dos carregamentos esperados nas transformações 220/60 kV de


Cazenga, verificou-se, a partir de 2002, a necessidade do 2o transformador 220/60 kV – 60
MVA bem como a recuperação do transformador existente na referida subestação.

2.1.2. Não seria possível ao sistema, naturalmente, atender critérios de desempenho quando
da perda do circuito único de 220 kV entre Capanda e Cambambe, que caracteriza a
conexão de Capanda na chamada configuração básica. Para essa falha a usina ficaria
isolada e somente um corte de carga elevado, função do despacho de Capanda, permitiria a
manutenção parcial das cargas em operação.

2.1.3. Quando não se considera a presença das unidades térmicas de Luanda operando (ou
não despachadas), verificou-se:

• Em carga pesada, haveria necessidade de um montante elevado de compensação


reativa capacitiva na rede para manter níveis de tensões aceitáveis em regime
normal de operação. Tais requisitos de compensação seriam da ordem de 110
MVAr, 130 MVAr e 150 MVAr totais em 2002, 2003 e 2004, respectivamente.

• Para as emergências das LT’s em 220 kV entre Cambambe e Cazenga ocorreria,


contudo, colapso de tensão no sistema, pela falta de equipamento de controle de
tensão próximo ao centro de cargas da região. Neste caso, seria recomendável um
equipamento de compensação do tipo variável (compensador síncrono ou estático),
uma vez que a compensação fixa, apenas, seria incapaz de solucionar o problema.

• Em carga leve, deveriam ser mantidos cerca de 70 MVAr, 80 MVAr e 90 MVAr de


bancos de capacitores em 2002, 2003 e 2004, respectivamente, para manter níveis
de tensões aceitáveis em regime normal de operação e nas emergências.

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2.1.4. Com unidades térmicas de Luanda operando, verificou-se:

• Em carga pesada, com as térmicas em patamar de despacho baixo (40 MW), só seria
possível ao sistema suportar as emergências das LT’s em 220 kV entre Cambambe e
Cazenga caso Cambambe estivesse operando com pelo menos duas máquinas
despachadas.

• Para níveis de despacho das térmicas médios ou altos (da ordem de 90 MW ou


mais), o montante de compensação reativa estimado para a situação sem as térmicas
foi suficiente para manter níveis de tensões aceitáveis em regime normal de
operação e nas emergências, não sendo imperiosa a presença de geração em
Cambambe.

2.2. Sistema de 220 kV Reforçado com relação à Configuração Básica

2.2.1. Reforços adicionais no sistema de transmissão da região Norte de Angola, feitos


através do 2o circuito Capanda/Cambambe 220 kV e Cambambe/Viana/Cazenga 220 kV,
foram avaliados, uma vez que:

• A integração de Capanda à rede , através da LT Capanda/Cambambe 220 kV, cuja


capacidade máxima é de 200 MVA em condições normais de operação, é um fator
limitador na operação da nova usina, uma vez que, quando as duas unidades de
Capanda estiverem em serviço, não poderão operar com sua capacidade plena (2 x
130 MW);

• A falta de confiabilidade/redundância na interligação de Capanda à rede, ocasiona


isolamento da usina na eventualidade da emergência do circuito simples Capanda/
Cambambe 220 kV;

• Os troncos de transmissão em 220 kV entre Cambambe e Luanda são insuficientes,


para permitir ao sistema operar de forma confiável naqueles cenários para os quais o
mercado de Luanda é suprido, basicamente, pelas fontes hidrelétricas (Capanda e
Cambambe), mesmo que à época da entrada de serviço do AHE Capanda os
circuitos em questão estejam plenamente reabilitados (premissa básica destas
análises).

2.2.2. Com os reforços adicionais no sistema de transmissão da região Norte de Angola – e


incluindo-se também mais um transformador 220/60 kV em Cazenga – os montantes de
compensação reativa estimados para a configuração básica (item 2.1.3) foram suficientes
para manter níveis de tensões aceitáveis em regime normal de operação e para as
emergências críticas na rede, tanto para carga pesada e leve, sem que fosse necessário
manter unidades térmicas despachadas em Luanda.

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3. DADOS, CRITÉRIOS E PREMISSAS BÁSICAS

3.1. Período de análise

Para todos os cenários de geração vislumbrados, foi simulada a operação do sistema


elétrico da região Norte de Angola, em regime normal (caso base) e emergências, carga
pesada e leve, para os anos de 2002, 2003 e 2004, que corresponde ao período de
implementação da primeira e segunda unidades geradoras de Capanda integradas à rede.

3.2. Configuração do sistema

O sistema elétrico da região Norte de Angola, hoje existente, desenvolveu-se a partir do


Aproveitamento Hidroelétrico de Cambambe, dispondo das linhas de transmissão em
220 kV Cambambe – Viana – Luanda e Cambambe – Luanda.

As subestações de Cuca, Maianga, Mutamba, Quifangondo, Indústrias e Belas, estão


interligadas a rede através de circuitos em 60 kV que partem das subestações de Luanda e
Viana.

A integração de Capanda à rede em seu estágio inicial de operação (2 unidades),


considerada nos estudos, será feita através de um circuito simples em 220 kV, interligando
a nova usina na subestação de Cambambe.

Cabe mencionar que, segundo informações fornecidas pela ENE – Empresa Nacional de
Eletricidade, quando Capanda estiver operando, a recuperação dos circuitos em 220 kV
entre Cambambe e Luanda e a construção do 3o e 4o circuitos em 60 kV entre as
subestações de Luanda e Cuca já estarão concluídas.

Para a realização do estudo, ficou estabelecido que o sistema elétrico da região Norte de
Angola seria representado até o nível de tensão de 60 kV. A topologia da rede analisada é
mostrada na figura 1.

As tabelas 1 e 2 apresentam as características elétricas das linhas de transmissão e


transformadores utilizados para representar o sistema elétrico da região Norte de Angola.

3.3. Programa de geração

O sistema elétrico da região Norte de Angola, dispõe atualmente de um parque gerador


composto do Aproveitamento Hidroelétrico de Cambambe e de Centrais Térmicas em
Luanda.

À partir das alternativas de geração apresentadas na tabela 3, foram estabelecidos cenários


de análise, que estão relacionados nas tabelas 4,5 e 6.

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3.4. Mercado

Para o estabelecimento do mercado global da região Norte de Angola para 2002, 2003 e
2004, primeiramente, tomou-se como base informações obtidas no Centro de Operação de
Luanda da produção semanal – março/2001, reproduzida na Tabela 7.

A partir dessas informações (produção de Cambambe e das térmicas de Cazenga),


incorporando-se o montante de produção por unidades diesel suprindo cargas ilhadas e
ainda agregando montante de carga não suprida nessa situação de demanda máxima, pode-
se ter uma idéia razoável das demandas que o sistema teria que suprir caso houvesse
condições de produção e transmissão.

Verificou-se que o mercado de ponta estimado para a região Norte poderia ser
razoavelmente enquadrado na previsão de “Cenário Baixo” contida no documento “Plano
Director de Reabilitação e Expansão dos Sistemas Eléctricos da ENE – Plano de
Reabilitação – Capítulo I – Análise da Evolução da Procura de Electricidade –
Setembro/1996”, a partir do qual foi extraída a Tabela 9. Desta forma, foi possível estimar
o mercado global para 2002, 2003 e 2004.

A distribuição do mercado por centros de carga, adotada no estudo, obedeceu a mesma


proporcionalidade da distribuição semanal fornecida no Centro de Operação de Luanda,
apresentada na tabela 8. As cargas do sistema foram alocadas nos barramentos de 60 kV
das subestações terminais (a carga no setor de 15 kV de Cazenga foi também
representadas).

Considerou-se o fator de potência para as cargas igual a 0,85 e ainda, a relação entre carga
leve e pesada igual a 0,60. Ambos parâmetros foram inferidos a partir da análise das
informações obtidas no Centro de Operação de Luanda e através da discussão com técnicos
da ENE.

As Tabelas 6 e 7 mostram o mercado tomado como de referência e a distribuição espacial


do mercado 2002-2004, carga pesada e leve.

O quadro seguinte sumariza essas estimativas de demanda para o período 2002-2004


empregadas no estudo.

2002 2003 2004


P (MW) Q (MVAr) P (MW) Q (MVAr) P (MW) Q (MVAr)
Demanda Pesada 215,6 133,6 230,3 142,7 246,0 152,4
Leve 129,4 80,2 138,2 85,6 147,6 91,5
Geração Pesada 220 235 251
(1) Leve 132 141 151
(1) Cenário de Expansão Baixo
Plano Director de Reabilitação e Expansão dos Sistemas Eléctricos da ENE
Volume 1 - Cap. I - Análise da Evolução da Procura de Electricidade

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3.5. Premissas e critérios para avaliação do desempenho elétrico do sistema em regime
permanente

3.5.1. Não foram admitidas sobrecargas em regime normal de operação e emergências em


nenhum elemento de transmissão do sistema;

3.5.2. Os valores mínimos e máximos das tensões nos barramentos de 220 kV e 60 kV


admitidos nos estudos foram de 0.95 pu (209 kV e 57 kV) e 1,05 pu (231 kV e 63 kV)
respectivamente, tanto em regime normal de operação como em emergência;

3.5.3. O montante de compensação reativa capacitiva foi definida, basicamente, com o


objetivo de:
• Corrigir as tensões nos barramentos 220 kV e 60 kV de modo a respeitar os limites
estabelecidos no item 3.5.2;
• Respeitar os limites de potência reativa das unidades geradoras, estabelecido em função
da curva de capabilidade de cada máquina;
• Evitar variações de tensões superiores a 5% na ocorrência de emergências de elementos
de transmissão da rede.

3.5.4. Foi admitido, na transição de carga pesada para carga leve, que parcela de
compensação reativa capacitiva fosse manobrada, com vistas a manter níveis de tensões nos
barramentos do sistema dentro dos limites estabelecidos no item 3.5.2;

3.5.5. A compensação reativa capacitiva foi alocada referencialmente nos barramentos de


60 kV das subestações representadas no estudo. A localização e a modulação dos bancos de
capacitores deverão ser definidos posteriormente, em função:
• Dos valores de tensões nos barramentos onde estão localizadas as cargas;
• Requisitos de compensação na transição carga pesada/carga leve;
• Custo global mínimo;
• Variação máxima de tensão aceitável com a manobra dos módulos de compensação.

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4. ANÁLISE ELÉTRICA

As análises de fluxo de potência em regime permanente foram efetuadas para 2002, 2003 e
2004, para diversos cenários de geração factíveis de ocorrer, para os patamares de carga
pesada e leve, considerando o sistema operando em regime normal e emergências.

A “configuração básica” analisada, apresentada na Figura 1, considera a usina de Capanda,


nesta fase inicial de operação – com a primeira unidade em 2002 e a segunda em 2003,
integrada ao sistema na subestação de Cambambe através um circuito simples de 220 kV,
com extensão aproximada de 120 km, utilizando o condutor 409 ACSR, cuja capacidade de
transmissão é 200 MVA em regime normal de operação e 326 MVA em condição de
emergência. A partir de Cambambe, o sistema de transmissão existente é composto de dois
circuitos de 220 kV até Luanda, um deles seccionado na subestação de Viana, com cerca de
175 km cada, utilizando também o condutor 409 ACSR.

A partir da subestação de Luanda, onde estão instalados três transformadores 220/60/15 kV


– 60/50/15 MVA e um transformador 220/60 kV – 60 MVA (limitado em 40 MW), partem
os circuitos de 60 kV que suprem as principais cargas da região Norte, localizadas nas
subestações de Cuca, Maianga, Mutamba, Quifangondo e Indústrias.

Os cenários de geração analisados foram obtidos através dos balanços carga-geração,


considerando as previsões de mercado para carga pesada na ordem de 216 MW, 230 MW e
246 MW e para carga leve na ordem de 129 MW, 138 MW e 148 MW (para 2002, 2003 e
2004, respectivamente), e as fontes de geração existentes e previstas no sistema Norte
(Capanda – 2 x 130 MW, Cambambe – 3 x 45 MW e Centrais Térmicas de Luanda – 1 x 23
MW, 1 x 35 MW e 4 x 20 MW).

Para todos os cenários de geração vislumbrados, foi simulada a operação do sistema


elétrico da região Norte de Angola, em regime normal e em emergências na transformação
de Cazenga 220/60 kV e nas LT’s de 220 kV. Todas as simulações efetuadas foram
plotadas e podem ser vistas no volume “Simulações de Fluxo de Potência em Regime
Permanente (Plotagens)”.

Os cenários de geração investigados podem ser divididos, basicamente, nos seguintes


grupos:

Cenários Capanda Cambambe Térmicas Luanda

1 sim sim não


2 sim não não
3 sim sim sim
4 sim não sim
5 não sim sim

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4.1. Cenários 1 e 2 - Sem Térmicas em Luanda, Com/Sem Cambambe (respectivamente)

Estes cenários foram vislumbrados para analisar a possibilidade operativa de não despachar
as Centrais Térmicas de Luanda, com a entrada em operação do AHE Capanda (cenário 1)
e até mesmo, simultaneamente, não despachar a usina de Cambambe (cenário 2).

Tais cenários se justificariam por razões de ordem econômica – evitar a queima de


combustível de custo elevado – ou por necessidade de manutenção, uma vez que, por serem
as únicas fontes de geração atualmente disponíveis na região Norte, Cambambe e as
térmicas existentes têm operado continuamente por um longo período de tempo, sem as
adequadas manutenções preventivas. Com relação a usina de Cambambe, sabe-se, também,
da intenção de promover a obra de alteamento da barragem para aumentar sua capacidade
geradora.

Alguns comentários podem ser feitos com relação a esses cenários 1 e 2, a partir dos
despachos obtidos apresentados na Tabela 1:

• O Cenário 2 (sem Térmicas e sem Cambambe) não seria factível, em termos


práticos, em todo o período de 2002 a 2004, quer por insuficiência de geração no
sistema quer por limitação da capacidade de transmissão entre Capanda e
Cambambe (um circuito simples de 220 kV, na configuração básica);

• Em carga leve, o Cenário 2 seria viável em 2002 e 2003, ao menos no que se refere
ao balanço carga-geração;

• No Cenário 1, carga pesada, em 2003 e 2004, Cambambe precisaria ser despachada


com no mínimo duas unidades com vistas a não superar a capacidade estabelecida
para o circuito Capanda – Cambambe 220 kV (200 MVA). Verifica-se, pois, desde
logo, as limitações que esse circuito único imporia à geração de Capanda, quando
com duas unidades instaladas (260 MW).

Tabela 1 – Despachos das usinas de Capanda e Cambambe para os cenários 1 e 2

Ano Cenário Geração (MW)


Carga Pesada Carga Leve
Capanda Cambambe Térmicas Capanda Cambambe Térmicas
2002 1 130 98 0 120 15 0
80 54 0
2003 1 204 45 0 130 15 0
130 114 0 80 63 0
2 256 0 0 - - -
2004 1 223 45 0 109 45 0
180 84 0 80 73 0
2 275 0 0 157 0 0

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Pelas simulações efetuadas, observou-se que a ausência da geração térmica no sistema
(características dos cenários estudados) afeta, basicamente, as transformações 220/60 kV de
Cazenga e o controle de tensão do sistema, principalmente na ocorrência das emergências
das LT’s 220 kV Cambambe/Viana e Cambambe/Cazenga. Desnecessário dizer que a perda
do circuito singelo Capanda – Cambambe 220 kV seria catastrófica nesses cenários,
exigindo corte de carga profundo para a sobrevivência do sistema remanescente. Estes
resultados são descritos a seguir.

4.1.1. Reforço na transformação de Cazenga 220/60 kV

Atualmente na subestação de Cazenga estão instalados três transformadores 220/60/15 kV


– 60/50/15 MVA e um transformador 220/60 kV – 60 MVA. Este último, embora com
potência nominal de 60 MVA, tem presentemente seu carregamento limitado ao valor
máximo de 40 MW, por problemas em seu sistema de ventilação.

Pela evolução dos carregamentos nas transformações 220/60 kV de Cazenga, apresentados


na Tabela 2, considerando os transformadores atualmente instalados na subestação, a partir
de 2002 (carga pesada) podemos verificar a necessidade de reforço na referida
transformação 220/60 kV para evitar sobrecarga nos equipamentos em regime normal de
operação.

Com a instalação do 2o transformador 220/60 kV – 60 MVA em Cazenga e a recuperação


do transformador existente na subestação para que este equipamento não apresente
limitações em atingir sua potência nominal (60 MVA), a 3a unidade transformadora 220/60
kV – 60 MVA seria necessária a partir de 2003, carga pesada, para atender os critérios
estabelecidos no estudo de não admitir sobrecarga em equipamento em condição de
emergência, conforme pode ser visto na Tabela 3.

Como, contudo, as sobrecargas observadas em 2003 são de pequena monta e apenas


ocorrem em emergência, a introdução do terceiro transformador 220/60 kV poderia ser
protelada por pelo menos um ano, desde que superadas plenamente as limitações de
carregamento do equipamento hoje em operação.

A Tabela 4 apresenta os fluxos nas transformações 220/60 kV de Cazenga, carga pesada,


considerando na subestação três unidades transformadoras 220/60/15 kV – 60 MVA e
220/60 kV – 60 MVA.

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Tabela 2 – Carregamentos nas Transformações de Cazenga – Com 3 transformadores
220/60/15 kV e 1 transformador 220/60 kV

Ano Equipamento Carregamentos nas transformações de Cazenga (MVA)


transformador Carga Pesada Carga Leve
Cazenga Caso Base Caso Base Emerg. trafo Cazenga
220/60/15 kV 220/60 kV
2002 220/60/15 kV 3 x (45/33/12) 3 x (27/21/10) 2 x (34/26/15) 3 x (38/32/10)
220/60 kV 1 x 58 1 x 34 1 x 47 -
2003 220/60/15 kV 3 x (48/36/14) 3 x (29/22/10) 2 x (37/26/15) 3 x (41/34/10)
220/60 kV 1 x 63 1 x 37 1 x 50 -
2004 220/60/15 kV 3 x (52/39/14) 3 x (31/23/10) 2 x (39/28/15) 3 x (44/36/10)
220/60 kV 1 x 65 1 x 39 1 x 54 -

Tabela 3 – Carregamentos nas Transformações de Cazenga – Com 3 transformadores


220/60/15 kV e 2 transformadores 220/60 kV

Ano Equipamento Carregamentos nas transformações de Cazenga (MVA)


transformador Carga Pesada Carga Leve
Cazenga Caso Base Emerg. trafo Cazenga Caso Base Emerg. trafo Cazenga
220/60/15 kV 220/60 kV 220/60/15 kV 220/60 kV
2002 220/60/15 kV 3x 2x 3x 3x 2x 3x
(35/23/12) (40/23/18) (45/33/12) (21/15/10) (24/17/15) (27/21/10)
220/60 kV 2 x 45 2 x 56 1 x 58 2 x 27 2 x 34 1 x 34
2003 220/60/15 kV 3x 2x 3x 3x 2x 3x
(37/25/14) (43/25/22) (48/36/14) (22/15/10) (26/17/15) (29/22/10)
220/60 kV 2 x 48 2 x 61 1 x 63 2 x 29 2 x 36 1 x 37
2004 220/60/15 kV 3x 2x 3x 3x 2x 3x
(40/26/14) (47/26/22) (52/39/14) (24/17/10) (28/18/15) (33/25/10)
220/60 kV 2 x 51 2 x 65 1 x 65 2 x 31 2 x 38 1 x 40

Tabela 4 – Carregamentos nas Transformações de Cazenga – Com 3 transformadores


220/60/15 kV e 3 transformadores 220/60 kV

Ano Equipamento Carregamentos nas transformações de Cazenga (MVA)


transformador Carga Pesada
Cazenga Caso Base Emerg. trafo Cazenga
220/60/15 kV 220/60 kV
2002 220/60/15 kV 3 x (28/16/12) 2 x (31/16/18) 3 x (35/23/12)
220/60 kV 3 x 36 3 x 44 2 x 45
2003 220/60/15 kV 3 x (30/18/14) 2 x (33/18/22) 3 x (37/25/14)
220/60 kV 3 x 39 3 x 47 2 x 48
2004 220/60/15 kV 3 x (32/19/14) 2 x (36/19/22) 3 x (40/26/14)
220/60 kV 3 x 42 3 x 50 2 x 51

4.1.2. Requisitos de Compensação Reativa

Com a ausência das unidades térmicas de Luanda, premissa básica dos cenários de geração
1 e 2, o principal centro de cargas do sistema Norte passaria a ser suprido pelas usinas de
Capanda e Cambambe através de um circuito em 220 kV entre Capanda e Cambambe com

13
cerca de 120 km de extensão e dois circuitos em 220 kV entre Cambambe e Luanda com
cerca de 175 km de extensão, sendo um deles seccionado na subestação de Viana.

Dada as distâncias entre as usinas de Capanda e Cambambe até Luanda, seria necessário
um montante elevado de compensação reativa capacitiva no sistema para manter níveis de
tensões aceitáveis em regime normal de operação, em carga pesada, conforme apresentado
na Tabela 5.

Já nas emergências mais críticas – perda de qualquer trecho das linhas de transmissão em
220 kV entre Cambambe e Luanda – a falta de equipamento de controle de tensão próximo
ao centro de carga da região ocasionaria colapso de tensão no sistema. O equipamento de
compensação adicional, para atender às emergências críticas teria que ser necessáriamente
do tipo variável (compensador síncrono ou estático), uma vez que a compensação fixa,
exclusivamente, não resolveria nesse caso.

Em regime de carga leve, para o sistema operar com níveis de tensões aceitáveis e suportar
as emergências das LT’s em 220 kV entre Cambambe e Luanda, os requisitos de
compensação reativa estimados para 2002, 2003 e 2004 foram 70 MVAr, 80 MVAr e 90
MVAr, respectivamente, distribuídos pelas subestações de Luanda, Cuca, Maianga e
Mutamba.

Tabela 5 – Cenários 1 e 2 (sem térmicas) - Requisitos de Compensação Reativa

Ano Requisitos de Compensação Reativa (MVAr)


Carga Pesada Carga Leve
Caso Base Emerg.nas LT’s 220 kV Emerg.nas LT’s 220 kV tronco
tronco Cambambe/Luanda Cambambe/Luanda
2002 110 Colapso de Tensão 70
2003 130 Colapso de Tensão 80
2004 150 Colapso de Tensão 90

Algumas soluções podem ser visualizadas para obter o adequado funcionamento do sistema
em condições de emergências das linhas de transmissão em 220 kV entre Cambambe e
Luanda, são elas:

• Esquema automático de alívio de carga – solução pouco atraente e de difícil


implementação prática, uma vez que, pelos resultados obtidos nas simulações efetuadas,
o corte de carga estimado, na carga pesada, ficaria em torno de 40%, na ocorrência da
perda de um circuito de 220 kV.

• Reforço na transmissão 220 kV de Capanda até Luanda – embora sendo a alternativa de


maior investimento, seria aquela que resolveria todas as dificuldades encontradas para o
adequado funcionamento do sistema, entre elas, o isolamento da usina de Capanda na
emergência da LT Capanda/Cambambe 220 kV e o colapso de tensão na rede nas
emergências das LT’s de 220 kV entre Cambambe e Luanda. A avaliação do sistema

14
considerando os reforços na transmissão 220 kV de Capanda até Luanda está descrita
detalhadamente no item 5 deste relatório.

• Emprego de compensação variável na região de Luanda – O emprego de


compensadores estáticos ou síncronos, com "rating" adequado, permitiria ao sistema
sobreviver às emergências nos circuitos de 220 kV entre Cambambe e Luanda.
Contudo, seria uma solução dispendiosa, limitada (não resolveria a emergência
Capanda-Cambambe) e de curta duração, já que a capacidade em emergência dos
circuitos entre Cambambe e Luanda adiante seria superada. Mas, sem dúvida, a
presença de compensação variável na região de Luanda seria positiva, especialmente no
caso de máquinas síncronas – que contribuem para elevação dos níveis de curto-circuito
– com vistas a permitir um controle mais adequado das tensões na rede quando não
houver térmicas despachadas.

4.2. Cenários 3, 4 e 5 - Com as Térmicas de Luanda despachadas

Diante das dificuldades encontradas para operar o sistema na condição de não se dispor das
térmicas de Luanda despachadas (cenários 1 e 2), descritas no item anterior, foram
contemplados cenários que consideravam as térmicas também despachadas, com níveis
distintos de produção. Foram considerados, nesse caso, três patamares de despacho: baixo
(40 MW), médio (90 MW) e alto (140 MW), refletindo-se em a diferentes níveis de
carregamento dos troncos de 220 kV e da transformação de Cazenga.

Com a presença das térmicas no sistema, além da situação com todas as plantas presentes
(Cenário 3), outros cenários foram investigados, como aquele que não considera em
operação Cambambe para que esta usina possa ser colocada em manutenção (Cenário 4) e
aquele que não considera Capanda integrada à rede de transmissão (Cenário 5), esta última
pelas seguintes razões: 1o ) Caso o crescimento do mercado da região Norte atinja os níveis
previstos no estudo antes da entrada em operação da usina de Capanda; 2o ) Na
eventualidade de atrasos na entrada em operação da usina de Capanda; 3o ) Caso ocorra a
perda da linha de transmissão Capanda/Cambambe 220 kV que interliga a usina à rede.

Os despachos para as usinas de Capanda, Cambambe e Térmicas de Luanda nos cenários 3,


4 e 5, carga pesada e leve, são apresentados nas Tabelas 6 e 7 seguintes.

15
Tabela 6 – Despachos das usinas para os cenários 3, 4 e 5 – carga pesada

Ano Cenário Geração (MW)


Carga Pesada
Térmicas Capanda Cambambe
2002 3 40 130 56
80 104
90 120 13
80 51
140 65 14
4 140 80 0
5 90 0 130
140 0 78
2003 3 40 130 72
90 120 28
80 67
140 80 15
4 40 206 0
140 95 0
5 140 0 94
2004 3 40 180 42
130 89
90 130 36
80 83
140 80 32
4 40 226 0
140 113 0
5 140 0 110

Tabela 7 – Despachos das usinas para os cenários 3, 4 e 5 – carga leve

Ano Cenário Geração (MW)


Carga Leve
Térmicas Capanda Cambambe
2002 3 40 80 13
4 40 93 0
5 40 0 91
90 0 40
2003 3 40 80 22
4 40 103 0
5 40 0 100
90 0 49
2004 3 40 80 32
4 40 113 0
90 60 0
5 40 0 110
90 0 59

16
Os resultados das análises efetuadas encontram-se descritos a seguir.

4.2.1. Reforço na transformação de Cazenga 220/60 kV

As Tabelas 8 a 12 apresentam a evolução dos fluxos na transformação 220/60 kV de


Cazenga, em regime normal de operação e emergências, carga pesada e leve, considerando
os diversos despachos de geração térmica em Luanda. A partir dos valores contidos nas
referidas tabelas, podemos fazer as seguintes comentários:

• Com 40 MW de geração térmica em Luanda, considerando as unidades transformadoras


instaladas na subestação (3 transformadores 220/60/15 kV – 60/50/15 MVA e 1
transformador 220/60 kV – 60 MVA, limitado em 40 MW), a partir de 2002 verifica-se
sobrecarga nos referidos equipamentos em regime normal de operação de carga pesada.
A instalação do 2o transformador 220/60 kV – 60 MVA e a recuperação do existente
atualmente em Cazenga (para que não apresente limitações em atingir sua potência
nominal), seriam suficientes para evitar sobrecarga nos equipamentos tanto em regime
normal de operação como em emergências, em todo o período analisado (ver Tabelas 8
e 9).

• Com 90 MW de geração térmica em Luanda, o 2o transformador 220/60 kV – 60 MVA


e a recuperação do existente atualmente em Cazenga também seriam necessários a
partir de 2002, carga pesada, para atender os critérios estabelecidos no estudo de não
admitir sobrecarga em equipamento em condição de emergência (ver Tabelas 10 e 11).

• Com 140 MW de geração térmica em Luanda, conforme pode ser visto na Tabela 12, as
transformações 220/60 kV atualmente instaladas em Luanda seriam suficientes, sem
apresentar sobrecarga em regime normal de operação e emergências, em todo o período
analisado.

Tabela 8 – Carregamentos nas Transformações de Cazenga – Térmica = 40 MW – Com 3


transformadores 220/60/15 kV e 1 transformador 220/60 kV

Ano Equipamento Carregamentos nas transformações de Cazenga (MVA)


transformador Carga Pesada Carga Leve
Cazenga Caso Base Emerg. trafo Cazenga Caso Base Emerg. trafo Cazenga
220/60/15 kV 220/60 kV 220/60/15 kV 220/60 kV
2002 220/60/15 kV 3x 2x 3x 3x 2x 3x
(36/24/12) (46/29/18) (52/40/12) (19/12/7) (24/13/11) (27/20/7)
220/60 kV 1 x 46 1 x 63 - 1 x 25 1 x 34 -
2003 220/60/15 kV 3x 2x 3x 3x 2x 3x
(40/27/13) (51/33/19) (57/45/13) (21/14/8) (26/16/12) (29/22/8)
220/60 kV 1 x 51 1 x 70 - 1 x 26 1 x 36 -
2004 220/60/15 kV 3x 2x 3x 3x 2x 3x
(44/31/13) (56/37/20) (63/50/13) (23/18/10) (29/21/15) (32/26/9)
220/60 kV 1 x 56 1 x 77 - 1 x 28 1 x 39 -

17
Tabela 9 – Carregamentos nas Transformações de Cazenga – Térmica = 40 MW – Com 3
transformadores 220/60/15 kV e 2 transformadores 220/60 kV

Ano Equipamento Carregamentos nas transformações de Cazenga (MVA)


transformador Carga Pesada Carga Leve
Cazenga Caso Base Emerg. trafo Cazenga Caso Base Emerg. trafo Cazenga
220/60/15 kV 220/60 kV 220/60/15 kV 220/60 kV
2002 220/60/15 kV 3x 2x 3x 3x 2x 3x
(28/16/12) (32/16/18) (36/24/12) (15/8/7) (17/7/11) (19/12/7)
220/60 kV 2 x 36 2 x 45 1 x 46 2 x 19 2 x 24 1 x 25
2003 220/60/15 kV 3x 2x 3x 3x 2x 3x
(30/18/13) (36/17/19) (40/27/13) (16/10/8) (18/11/12) (21/14/8)
220/60 kV 2 x 40 2 x 50 1 x 51 2 x 20 2 x 26 1 x 26
2004 220/60/15 kV 3x 2x 3x 3x 2x 3x
(34/20/13) (39/21/20) (44/31/13) (18/14/10) (21/17/15) (23/18/10)
220/60 kV 2 x 43 2 x 55 1 x 56 2 x 22 2 x 28 1 x 28

Tabela 10 – Carregamentos nas Transformações de Cazenga – Térmica = 90 MW – Com 3


transformadores 220/60/15 kV e 1 transformador 220/60 kV

Ano Equipamento Carregamentos nas transformações de Cazenga (MVA)


transformador Carga Pesada Carga Leve
Cazenga Caso Base Emerg. trafo Cazenga Caso Base
220/60/15 kV 220/60 kV
2002 220/60/15 kV 3 x (25/13/12) 2 x (32/13/18) 3 x (36/24/12) 3 x (13/6/8)
220/60 kV 1 x 33 1 x 45 - 1 x 17
2003 220/60/15 kV 3 x (28/16/13) 2 x (35/19/18) 3 x (40/28/13) 3 x (13/6/8)
220/60 kV 1 x 36 1 x 49 - 1 x 18
2004 220/60/15 kV 3 x (31/18/13) 2 x (39/20/20) 3 x (44/31/13) 3 x (15/6/9)
220/60 kV 1 x 40 1 x 52 - 1 x 20

Tabela 11 – Carregamentos nas Transformações de Cazenga – Térmica = 90 MW – Com 3


transformadores 220/60/15 kV e 2 transformadores 220/60 kV

Ano Equipamento Carregamentos nas transformações de Cazenga (MVA)


transformador Carga Pesada Carga Leve
Cazenga Caso Base Emerg. trafo Cazenga Caso Base
220/60/15 kV 220/60 kV
2002 220/60/15 kV 3 x (19/7/12) 2 x (23/7/18) 3 x (25/13/12) 3 x (10/4/8)
220/60 kV 2 x 26 2 x 33 1 x 33 2 x 13
2003 220/60/15 kV 3 x (21/10/13) 2 x (25/10/18) 3 x (28/16/13) 3 x (10/4/9)
220/60 kV 2 x 28 2 x 36 1 x 36 2 x 14
2004 220/60/15 kV 3 x (23/10/13) 2 x (27/10/20) 3 x (31/18/13) 3 x (12/4/9)
220/60 kV 2 x 31 2 x 39 1 x 40 2 x 16

18
Tabela 12 – Carregamentos nas Transformações de Cazenga – Térmica = 140 MW – Com
3 transformadores 220/60/15 kV e 1 transformador 220/60 kV

Ano Equipamento Carregamentos nas transformações de Cazenga (MVA)


transformador Carga Pesada
Cazenga Caso Base Emerg. trafo Cazenga
220/60/15 kV 220/60 kV
2002 220/60/15 kV 3 x (16/2/13) 2 x (17/6/18) 3 x (20/9/12)
220/60 kV 1 x 22 1 x 28 -
2003 220/60/15 kV 3 x (18/5/13) 2 x (20/7/18) 3 x (23/12/13)
220/60 kV 1 x 25 1 x 34 -
2004 220/60/15 kV 3 x (21/6/13) 2 x (26/7/20) 3 x (30/17/13)
220/60 kV 1 x 28 1 x 39 -

4.2.2. Requisitos de Compensação Reativa

As Tabelas 13 e 14 apresentam o montante de compensação reativa capacitiva, considerado


no sistema para carga pesada e leve, respectivamente, para geração térmica em Luanda 40
MW, 90 MW e 140 MW, nos Cenários 3 (todas as usinas), 4 (sem Cambambe) e 5 (sem
Capanda). A compensação introduzida foi dimensionada objetivando o sistema suportar as
emergências das linhas de transmissão em 220 kV mais críticas para o sistema. A partir dos
valores contidos nas referidas tabelas, podemos fazer as seguintes comentários:

• Os montantes de compensação reativa para 2003 e 2004, carga pesada, para o cenário 4
(sem Cambambe), com as térmicas de Luanda despachadas em 40 MW, não seriam
ainda suficientes para permitir ao sistema resistir às emergências das LT’s em 220 kV
entre Cambambe e Cazenga. Compensação reativa ainda mais elevada, por outro lado,
levaria à ultrapassagem dos limites mínimos (de absorção de energia reativa) das
referidas térmicas em regime normal de operação;

• Logo, sem Cambambe, não seria possível, em carga pesada, atender ao critério de
redundância “n-1” com nível de geração baixo em Luanda;

• No Cenário 3, para o patamar baixo de geração térmica (40 MW), seria necessário
dispor de pelo menos duas máquinas operando em Cambambe na carga pesada para
evitar colapso de tensão na rede nas emergências das LT’s em 220 kV entre Cambambe
e Cazenga. O montante de compensação reativa instalado para este cenário, repeitou
esta condição de despacho de Cambambe;

• Para despachos das térmicas superiores a 40 MW (patamares médio e alto de geração),


a compensação reativa instalada no sistema, foi estimada considerando apenas uma
unidade de Cambambe em operação, nos cenários 3 e 5.

19
Tabela 13 – Requisitos de Compensação Reativa – Carga Pesada - Cenários 3, 4 e 5

Ano Montante de compensação reativa instalado no sistema (MVAr)


Térmica=40 MW Térmica=90 MW Térmica=140 MW
Cenário 3 Cenário 4 Cenário 3 Cenário 5 Cenário 3 Cenário 4 Cenário 5
2002 120 X 90 90 45 55 45
2003 135 165 100 X 65 70 65
2004 155 185 120 X 80 90 80
(X significa cenário não factível)

Tabela 14 – Requisitos de Compensação Reativa – Carga Leve - Cenários 3, 4 e 5

Ano Montante de compensação reativa instalado no sistema (MVAr)


Térmica=40 MW Térmica=90 MW
Cenário 3 Cenário 4 Cenário 5 Cenário 4 Cenário 5
2002 25 30 25 X X
2003 30 40 30 X 0
2004 40 50 40 10 0

4.3. Resumo da Análise de Desempenho da Configuração Básica

4.3.1. É necessária a instalação de um transformador 220/60 kV em Cazenga em 2002 e


que a unidade de mesma relação de tensão atualmente instalada naquela subestação seja
reabilitada, levantando as restrições de carregamento existentes.

4.3.2. A necessidade de um terceiro transformador 220/60 kV em Cazenga, em princ ípio


para 2004, fica condicionada ao desempenho do equipamento a ser recuperado – caso possa
ser submetido a sobrecargas sob emergência, o 3o transformador poderia ser postergado.

4.3.3. Não seria possível ao sistema, naturalmente, atender critérios de desempenho quando
da perda do circuito único de 220 kV entre Capanda e Cambambe, que caracteriza a
conexão de Capanda na chamada configuração básica. Para essa falha a usina ficaria
isolada e somente um corte de carga elevado, função do despacho de Capanda, permitiria a
manutenção parcial das cargas em operação.

4.3.4. Sem despachar térmicas em Luanda não seria possível ao sistema suportar as
emergências dos troncos de 220 kV entre Cambambe e Luanda, ocorrendo colapso de
tensão na rede para essas contingências. Compensação reativa fixa (bancos de capacitores
“shunt”) não seriam capazes, exclusivamente, de solucionar essa restrição. Seria necessário
introduzir compensação reativa variável (compensador estático ou síncrono) para o sistema
suportar aquelas emergências críticas dos troncos de 220 kV.

4.3.5. A necessidade de compensação reativa depende da distribuição da geração


(despachos) bem como do nível de carga do sistema. A disponibilização de montantes da
ordem de 110 MVAr, 130 MVAr e 150 MVAr totais em 2002, 2003 e 2004,

20
respectivamente, daria ao sistema suporte reativo suficiente para controle dos níveis de
tensão em condições normais de operação da rede para qualquer condição de despacho das
usinas do sistema Norte.

4.3.6. A visualização dos requisitos de compensação reativa no sistema foi alcançada a


partir da premissa do fator de potência das cargas gravitar em torno de 0,85. Esse
parâmetro foi inferido a partir de dados primários de carga ativa e potência ativa e reativa
produzida nos geradores. Seria recomendável uma campanha de medições na rede com
vistas a aferir com mais propriedade esse fator de potência e, conseqüentemente,
demensionar a compensaçao reativa com mais segurança. Caso o fator de potência das
cargas seja, por exemplo, 0,90, poderiam ser reduzidos em cerca de 30 MVAr os requisitos
de compensação reativa apontados nessas análises.

21
5. REFORÇOS ADICIONAIS NO SISTEMA DE TRANSMISSÃO DA REGIÃO NORTE

Mesmo considerando reforços na transformação 220/60 kV em Cazenga e a instalação de


compensação reativa capacitiva, conforme descrito nos itens anteriores, a operação do
sistema Norte sob a chamada "configuração básica" poderá apresentar desempenho
insatisfatório devido, especialmente, aos seguintes problemas estruturais que teria, como
demonstrado nas análises precedentes:

• A linha de transmissão que interliga Capanda à rede, cuja capacidade máxima


atualmente prevista é de 200 MVA em condições normais de operação, será um fator
limitador à operação da nova usina, uma vez que, quando as duas unidades de Capanda
estiverem em serviço, não poderão operar com sua capacidade plena (2 x 130 MW);

• Falta de confiabilidade/redundância na interligação de Capanda à rede, ou seja, o


isolamento da usina na eventualidade da emergência do circuito simples Capanda/
Cambambe 220 kV;

• Os troncos de transmissão em 220 kV entre Cambambe e Luanda seriam insuficientes,


para permitir ao sistema operar de forma confiável naqueles cenários para os quais o
mercado de Luanda fosse suprido, basicamente, pelas fontes hidrelétricas (Capanda e
Cambambe), mesmo que à época da entrada de serviço do AHE Capanda os circuitos
em questão estejam plenamente reabilitados (premissa básica destas análises).

Buscando alcançar um desempenho mais confiável da rede sem recorrer, para isso, a
despachos expressivos da geração térmica de Luanda (reduzindo, com esse recurso, a
responsabilidade da geração remota), foram buscadas alternativas de topologia que
permitissem contornar as principais dificuldades relacionadas à fragilidade estrutural da
“configuração básica”.

Assim sendo, foi avaliado o desempenho do sistema de transmissão da região Norte de


Angola, em regime normal de operação e emergências, carga pesada, para o cenário crítico
visualizado nas avaliações anteriores, que é aquele no qual não se considera o despacho da
geração térmica em Luanda, sendo as cargas supridas pela produção das usinas de Capanda
e Cambambe.

Os reforços considerados na rede de 220 kV procuraram incrementar a capacidade de


carregamento nos eixos de 220 kV, de forma coerente, todavia, com os estudos de
planejamento da expansão anteriormente desenvolvidos por GAMEK e FURNAS. Os
reforços em questão foram os circuitos Capanda/Cambambe 220 kV (via sítio da futura
subestação de Lucala, isto é, com rota diferente daquela da primeira linha de transmissão
entre as duas subestações), e um no circuito Capanda/Viana/Luanda 220 kV
(preferivelmente seguindo, por razoões de confiabilidade, rota distinta dos circuitos
existentes), conforme apresentado esquematicamente na Figura 2.

22
Os resultados destas simulações, envolvendo a configuração reforçada da rede de 220 kV,
encontram-se detalhados no volume anexo de plotagens e seus aspectos mais relevantes são
a seguir descritos:

5.1. Requisitos de Compensação Reativa

As tabelas 15 e 16 apresentam os requisitos de compensação reativa capacitiva, carga


pesada e leve, que foram dimensionados para a situação mais críticas, segundo avaliações
anteriores, que é a ausência de geração térmica em Luanda nas emergências das LT’s em
220 kV entre Cambambe e Luanda. Com a duplicação do trecho Capanda – Cambambe,
emergências nesse tronco passam a não ser críticas, requerendo, contudo, a presença de
geração em Cambambe.

Deve-se mencionar que a localização apresentada da compensação reativa é referencial,


cabendo avaliar os aspectos de engenharia associados – em particular o espaço físico nas
subestações.

Tabela 15 – Requisitos de Compensação Reativa – Carga Pesada

Ano Montante de Compensação Localização Referencial

2002 100 MVAr 30 MVAr nas SE’s Cazenga, Cuca e Maianga


10 MVAr na SE Mutamba
2003 120 MVAr 30 MVAr nas SE’s Cazenga, Cuca, Maianga e
Mutamba
2004 140 MVAr 40 MVAr na SE Cazenga
30 MVAr nas SE’s Cuca, Maianga e Mutamba
10 MVAr na SE Industrias

Tabela 16 – Requisitos de Compensação Reativa – Carga Leve (MVAR´s a serem


mantidos na carga leve)

Ano Montante de Compensação Localização Referencial

2002 15 MVAr SE Cazenga


2003 15 MVAr SE Cazenga
2004 25 MVAr SE Cazenga

23
5.2. Resumo da Análise de Desempenho da Configuração Reforçada

5.2.1. Com instalação dos circuitos adicionais de 220 kV mencionados somados à


introdução da compensação reativa referida no item anterior e ainda com o reforço da
transformação 220/60 kV de Cazenga, o sistema Norte apresentaria, no período de análise,
de 2002 a 2004, desempenho adequado, suportando, sem perdas de cargas, a todas as
emergências simples (de 1a ordem) possíveis de ocorrer no sistema de 220 kV e nas
transformações 220/60 kV.

5.2.2. Na rede de 60 kV não haveria redundância naqueles troncos providos de circuito


singelo, onde, portanto, não seria atendido o critério “n-1”.

5.2.3. Permanecem válidos, para essa configuração reforçada, os comentários referentes ao


reforço da transformação de Cazenga 220/60 kV (itens 4.3.1 e 4.3.2) e quanto às
necessidades compensação reativa (4.3.6).

24
6. DADOS BÁSICOS EMPREGADOS NAS ANÁLISES

Nas Tabelas contidas adiante é apresentada uma síntese dos dados básicos empregados nas
simulações realizadas no âmbito do presente trabalho.

25
Tabela 1 – Parâmetros Elétricos de Linhas de Transmissão – Sistema Norte

Linha de Transmissão Circ. Tensão Condutor Compr. Impedâncias em pu na Base 100 MVA Capacidade de Transmissão
(mm2 )

R1 X1 B1 RO XO BO TO =60o Ta=35o Tc=90o


Tc=75o
Capanda-Cambambe 1 220 409 120 0.0228 0.1037 0.1577 0.0854 0.2955 0.1151 200 - 326
ACSR
Cambambe-Viana 1e2 220 409 158 0.0300 0.1364 0.2079 0.1117 0.3880 0.1517 200 272 -
ACSR
Cambambe-Luanda 1 220 409 175 0.0332 0.1511 0.2301 0.1237 0.4298 0.1680 200 272 -
ACSR
Luanda-Viana 1 220 409 18 0.0034 0.0156 0.0237 0.0128 0.0443 0.0173 200 272 -
ACSR
Viana-Belas 1 60 116 30 0.2547 0.3333 0.0030 0.4100 1.1358 0.0016 26 - 40
ACSR
Cuca-Maianga 1,2 e 3 60 3x95 7 0.0400 0.0358 0.0504 0.4000 0.0500 0.0504 25 - -
CU
Cuca-Mutamba 1 60 3x300 5 0.0097 0.0306 0.0540 0.1000 0.0450 0.0540 45 - -
CU
Luanda-Cuca 1,2,3 e 4 60 409 5 0.0129 0.0538 0.0004 0.0438 0.1840 0.0003 59 78 -
ACSR
Luanda-Quifangondo 1 60 50 14.5 0.1517 0.1953 0.00132 0.2634 0.6275 0.0007 21 30 -
CU
Luanda-Indústrias 1 60 50 14.5 0.1728 0.1496 0.0016 0.2634 0.6275 0.0007 21 30 -
CU
Tabela 2 – Parâmetros Elétricos de Transformadores – Sistema Norte

Subestação Relação de Capacidade Número Ligação dos Reatâncias por Transformador


Transformação Trifásica de Enrolamentos
(MVA) Unidades
pu na Base do Trafo pu na Base 100 MVA

H L T H L T

Capanda 220 kV + 2x2.5% / 159 4 Υ ∆ 0.1133 - - 0.0713 - -


13 kV
Cambambe 220 kV/11 - +7% 72 4 Υ ∆ 0.1250 - - 0.1736 - -
-13.5% kV
Cambambe 220 kV + 4x2.5%/ 10 2 Υ ∆ 0.0855 - - 0.8550 - -
30 kV
Luanda 220 kV -15%
+10% / 63 kV / 60/50/15 3 Υ Υ ∆ 0.1335 -0.0135 0.0765 0.2225 -0.0225 0.1275
15.7 kV + 2x3%
Luanda 220 kV -15% 60 1 Υ Υ 0.1100 - - 0.1833 - -
+18% / 63 kV
Luanda (GT1) 63 kV + 5% / 33 1 Υ ∆ 0.0960 - - 0.2909 - -
11.5 kV
Luanda (GT2) 63 kV + 5% / 38 1 Υ ∆ 0.0950 - - 0.2879 - -
11.5 kV
Luanda (GT3) 63 kV + 5% / 38 1 Υ ∆ 0.0950 - - 0.2879 - -
11.5 kV
Luanda (GT-nova) 63 kV + 5% / 38 1 Υ ∆ 0.0950 - - 0.2879 - -
11.5 kV
Viana 220 kV -15% 60 2 Υ Υ 0.1100 - - 0.1833 - -
+10% / 63 kV

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Tabela 3 – Alternativas de Geração Definidoras dos Cenários

Anos Patamar de Carga Geração Capanda Geração Cambambe Geração Térmica Luanda

2002 Pesada 0 máquina = 0 MW 0 máquina = 0 MW Nula (Pterm = 0 MW)


2003 Leve 1 máquina = 130 MW 1 máquina = 45 MW Pequena (Pterm = 40 MW)
2004 2 máquinas = 260 MW 2 máquinas = 90 MW Média (Pterm = 90 MW)
3 máquinas = 135 MW Alto (Pterm = 140 MW)

Tabela 4 – Ano 2002 – Cenários Analisados

Patamar de Carga Cenários Ger. Capanda Ger. Cambambe (*) Ger. Térmica Luanda Ger.Máxima Res.Girante Observações
(MW) (MW) (MW) (MW) (**)
Pesada 1 130 3 máquinas = 135 MW 0 265 20 %
2 130 2 máquinas = 90 MW 40 260 18 %
Ponta Máxima 3 130 1 máquina = 45 MW 90 265 20 %
220 MW 4 130 0 máquina = 0 MW 140 270 23 % Capanda “swing”
5 80 3 máquinas = 135 MW 40 255 16 %
6 80 2 máquinas = 90 MW 90 260 18 %
7 80 1 máquina = 45 MW 140 265 20 %
8 0 3 máquinas = 135 MW 90 225 2% Baixa reserva girante
9 0 2 máquinas = 90 MW 140 230 5% Baixa reserva girante
Leve 1 130 1 máquina = 45 MW 0 175 33 %
2 130 0 máquina = 0 MW 40 170 29 % Capanda “swing”
Carga Mínima 3 80 2 máquinas = 90 MW 0 170 29 %
132 MW 4 80 1 máquina = 45 MW 40 165 25 %
5 0 3 máquinas = 135 MW 40 175 33 %
6 0 2 máquinas = 90 MW 90 180 36 %
7 0 1 máquina = 45 MW 140 185 40 %
8 0 0 máquina = 0 MW 140 140 6% Baixa reserva girante
(*) Será considerada a barra de referência (“swing”) das simulações
(**) Cenários de geração procuram considerar reserva girante da ordem de 20 %

28
Tabela 5 – Ano 2003 – Cenários Analisados

Patamar de Carga Cenários Ger. Capanda Ger. Cambambe (*) Ger. Térmica Luanda Ger.Máxima Res.Girante Observações
(MW) (MW) (MW) (MW) (**)
Pesada 1 260 1 máquina = 45 MW 0 305 30 % Capanda “swing”
2 260 0 máquina = 0 MW 40 300 28 % Capanda “swing”
Ponta Máxima 3 260 0 máquina = 0 MW 0 260 11 % Capanda “swing”
235 MW 4 130 3 máquinas = 135 MW 0 265 13 %
5 130 3 máquinas = 135 MW 40 305 30 %
6 130 2 máquinas = 90 MW 90 310 32 %
7 130 0 máquina = 0 MW 140 270 15 % Capanda “swing”
8 80 3 máquinas = 135 MW 90 305 30 %
9 80 2 máquinas = 90 MW 90 260 11 %
10 80 1 máquina = 45 MW 140 265 13 %
11 0 3 máquinas = 135 MW 140 275 17 %
Leve 1 130 1 máquina = 45 MW 0 175 24 %
2 130 0 máquina = 0 MW 40 170 21 %
Carga Mínima 3 80 2 máquinas = 90 MW 0 170 21 %
141 MW 4 80 1 máquina = 45 MW 40 165 17 %
5 0 3 máquinas = 135 MW 40 175 24 %
6 0 2 máquinas = 90 MW 90 180 28 %
7 0 1 máquina = 45 MW 140 185 31 %

(*) Será considerada a barra de referência (“swing”) das simulações


(**) Cenários de geração procuram considerar reserva girante da ordem de 20 %

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Tabela 6 – Ano 2004 – Cenários Analisados

Patamar de Carga Cenários Ger. Capanda Ger. Cambambe (*) Ger. Térmica Luanda Ger.Máxima Res.Girante Observações
(MW) (MW) (MW) (MW) (**)
Pesada 1 260 1 máquina = 45 MW 0 305 22 % Capanda “swing”
2 260 0 máquina = 0 MW 40 300 20 % Capanda “swing”
Ponta Máxima 3 260 0 máquina = 0 MW 0 260 4% Capanda “swing”
251 MW 4 180 3 máquinas = 135 MW 0 315 25 %
5 180 2 máquinas = 90 MW 40 310 24 %
6 130 3 máquinas = 135 MW 40 305 22 %
7 130 2 máquinas = 90 MW 90 310 24 %
8 130 0 máquina = 0 MW 140 270 8% Capanda “swing”
9 80 3 máquinas = 135 MW 90 305 22 %
10 80 2 máquinas = 90 MW 140 310 24 %
11 0 3 máquinas = 135 MW 140 275 10 %
Leve 1 180 0 máquina = 0 MW 0 180 20 % Capanda “swing”
2 130 1 máquina = 45 MW 0 175 16 % Capanda “swing”
Carga Mínima 3 130 0 máquina = 0 MW 40 170 13 % Capanda “swing”
150.6 MW 4 130 0 máquina = 0 MW 90 220 46 % Capanda “swing”
5 80 2 máquinas = 90 MW 0 170 13 %
6 80 1 máquina = 45 MW 40 165 10 %
7 0 3 máquinas = 135 MW 40 175 16 %
8 0 2 máquinas = 90 MW 90 180 20 %
9 0 1 máquina = 45 MW 140 185 23 %

(*) Será considerada a barra de referência (“swing”) das simulações


(**) Cenários de geração procuram considerar reserva girante da ordem de 20 %

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Tabela 7 – Produção Semanal (MW) – Sistema Norte – Data: 02 de março à 08 de março de 2001

Dia Cambambe GTG’s Centrais Dizeis Total de


Produção

I II III IV Total I II III Total Cidadela P.Bispo Quartéis PS-5 Total

02 38 Inop. 39 41 118 Inop. 14 31 45 14,4 8,8 6 Fora 29,2 192,2


03 41 Inop. 41 42 124 Inop. 14,5 26 40,5 15,3 8,5 5,2 Fora 29 193,5
04 38 Inop. 39 39 116 Inop. 15,5 25,1 40,6 15,3 7,6 Fora Fora 22,9 179,5
05 39 Inop. 39 38 116 Inop. 14,6 - 37,6 15,3 9,3 6 Fora 30,6 184,2
06 41 Inop. 40 41 122 Inop. 17,9 - 17,9 16,5 8,5 6 Fora 31 170,9
07 40 Inop. 39 39 118 Inop. 18 - 18 15,3 7,6 5,5 Fora 28,4 164,4
08 38 Inop. 39 39 116 Inop. 20,9 - 20,9 14,2 5,9 5,3 Fora 25,4 162,3

Tabela 8 – Distribuição Semanal (MW) – Sistema Norte – Data: 02 de março à 08 de março de 2001

Dia 60 kV 15 kV Total de
Distribuição

Lda IA Lda IB Indústrias Mab.B T.60 kV Saída I Saída II Saída III Saída IV Saída V S. VII Viana Belas T. 15 kV

02 52 52 6 4 114 Restr. 7,5 7,6 Fora 7,6 Fora 9,2 4,4 36,3 150,3
03 50 50 6 3 109 9,4 Restr. 7,6 Fora 8 Fora 9,1 5 39,1 148,1
04 49 49 7 3 108 8,9 Restr. 7,5 Fora 7 Fora 8,9 4,3 36,6 144,6
05 54 54 7 3 118 Restr. 7,7 7,6 Fora 8,4 Fora Restr. 4,8 28,5 146,5
06 45 45 6 3 99 8,4 Restr. Restr. Fora 8 Fora 9,3 Restr. 25,7 124,7
07 43 45 6 4 100 8,9 3,5 Restr. Fora Restr. Fora 9 4 25,4 125,4
08 43 45 7 4 97 7,6 3,9 Restr. Fora Restr. Fora 9,4 4 24,9 121,9

31
Tabela 9 – Ponta Máxima na Produção de Eletricidade – Sistema Norte

Ano Cenário Baixo Cenário Médio Cenário Alto

Produção (GWh) Ponta Máxima (MW) Produção (GWh) Ponta Máxima (MW) Produção (GWh) Ponta Máxima (MW)

1998 968 169 1051 183 1140 199

1999 1023 178 1135 198 1271 222

2000 1084 189 1239 216 1404 246

2001 1170 204 1375 240 1595 279

2002 1255 219 1515 265 1805 317

2003 1345 235 1665 292 2025 356

2004 1435 251 1825 320 2265 398

2005 1535 269 1995 350 2525 445

32
Tabela 10 – Mercado de Referência – Carga Pesada – Março/2001 – Sistema Norte

Subestação Potência Ativa (MW) Potência Reativa (MVAr) Percentual

Cambambe 220 kV 1 0,62 0,50


Viana 60 kV 16,6 10,29 8,25
Belas 60 kV 5 3,10 2,49
Cuca 60 kV 56,3 34,89 27,98
Luanda 15 kV 32,5 20,14 16,15
Maianga 60 kV 45,6 28,26 22,66
Mutamba 60 kV 27,2 16,86 13,52
Quifangondo 60 kV 3 1,86 1,49
Indústrias 60 kV 14 8,68 6,96

33
Tabela 11 – Distribuição Espacial do Mercado – Sistema Norte

Subestação 2002 2003 2004

Carga Pesada Carga Leve Carga Pesada Carga Leve Carga Pesada Carga Leve
Potência Potência Potência Potência Potência Potência Potência Potência Potência Potência Potência Potência
Ativa Reativa Ativa Reativa Ativa Reativa Ativa Reativa Ativa Reativa Ativa Reativa
(MW) (MVAr) (MW) (MVAr) (MW) (MVAr) (MW) (MVAr) (MW) (MVAr) (MW) (MVAr)
Cambambe 1,1 0,7 0,7 0,4 1,1 0,7 0,7 0,4 1,2 0,8 0,7 0,5
220 kV
Viana 17,8 11,0 10,7 6,6 19,0 11,8 11,4 7,1 20,3 12,6 12,2 7,6
60 kV
Belas 5,4 3,3 3,2 2,0 5,7 3,5 3,4 2,1 6,1 3,8 3,7 2,3
60 kV
Cuca 60,3 37,4 36,2 22,4 64,4 39,9 38,6 23,9 68,8 42,7 41,3 25,6
60 kV
Luanda 34,8 21,6 20,9 13 37,2 23,1 22,3 13,9 39,7 24,6 23,8 14,8
15 kV
Maianga 48,9 30,3 29,3 18,2 52,2 32,3 31,3 19,4 55,8 34,6 33,5 20,8
60 kV
Mutamba 29,1 18,1 17,5 10,9 31,1 19,3 18,7 11,6 33,3 20,6 20,0 12,4
60 kV
Quifangondo 3,2 2,0 1,9 1,2 3,4 2,1 2,0 1,3 3,7 2,3 2,2 1,4
60 kV
Indústrias 15,0 9,3 9,0 5,6 16,0 9,9 9,6 5,9 17,1 10,6 10,3 6,4
60 kV

Total 215,6 133,7 129,4 80,2 230,1 142,6 138,1 85,6 246,0 152,6 147,6 91,6

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