Método indutivo
→ O conhecimento científico é adquirido e confirmado por um processo de
indução.
→ A indução está ligada ao princípio de que os casos futuros (não observados)
serão semelhantes aos casos passados (já observados). Assim, o grau de
confirmação de uma hipótese dependeria apenas do número de casos
favoráveis observados, não passando o problema de uma questão de simples
enumeração exaustiva das manifestações de um fenómenos.
→ Por exemplo, observar muitos cisnes brancos confirmaria:
a. A hipótese de que todos os cisnes são brancos (generalização)
b. a hipótese de que o próximo cisnes a ser observado será branco (previsão)
Método hipotético-dedutivo
→ Formulação de uma hipótese ou teoria geral
→ Dedução de uma afirmação particular
→ Testar a afirmação por observação ou experimentação. Se o resultado for
negativo, a hipótese geral tem de ser abandonada.
Verificacionismo
→ Defendem o valor preditivo da indução
→ Critério: um hipótese é científica se puder ser provada, verificada
empiricamente, através do método experimental - Verificabilidade
Karl Popper
Popper e a indução
→ Popper apresenta uma perspetiva falsificacionista do método científico.
→ Propõe que o indutivismo seja substituído por um modelo hipotético-dedutivo
que apresenta um aspeto inovador.
→ O que deve ser testado não é a possibilidade de verificação, mas sim a de
refutação de uma hipótese
Segundo Popper, a indução não pode ser um procedimento científico porque o
salto indutivo de alguns casos para todos os casos implicaria que a observação
dos factos atingisse a totalidade, o que é impossível.
O problema da demarcação
Exemplo:
→ “Todos os cisnes são brancos” - generalização: esta lei tem alcance universal,
ou seja, lei que todos os corpos cumprem, cumprirão e cumprirão no futuro.
- Podes uma proposição deste tipo ser verificada? NÃO!
- Isso exigiria que se observasse todos os casos particulares passados,
presentes e futuros, o que é impossível.
Exemplo:
→ Pensemos nesta proposição universal “Todos os cisnes são brancos”.
- Por mais cisnes brancos que observemos, nunca poderemos estar seguros
da sua verdade. Mas é suficiente aparecer um cisne negro - como
aconteceu para a refutar.
→ Uma teoria falsificável é uma teoria que podemos descobrir que é falsa, mas
não é necessariamente uma teoria falsa. Trata-se de uma teoria de que se
deduzem consequências ou predições testáveis, isto é, passíveis de serem
confrontadas com os facto. Se estas predições se revelarem incompatíveis com
os factos, a teoria diz-se falsificada, ou seja, o teste a que foi submetida mostrou
que é falsa.
→ E o que dizer se uma hipótese posta à prova, resistir aos testes a que a
submetemos?
- Segundo Popper, só temos o direito de dizer que não foi refutada e que
temos razões para aceitar, ou seja, para continuar a trabalhar com ela.
Diz-se então que foi corroborada. Será uma boa teoria, digna de
confiança, mas não foi demonstrada nem se pode dizer que é verdadeira.
→ Uma teoria genuinamente científica é uma teoria que pode ser submetida a
testes empíricos e que pode ser refutada ou falsificada (negada) se esses testes
lhe forem desfavoráveis.
NOTA: Uma teoria genuinamente científica não é uma teoria falsa. É uma teoria
que não é imune à falsificação, embora deva resistir às tentativas de refutação
ou falsificação.
Thomas Kuhn
- Os paradigmas são incomensuráveis. Isto quer dizer que não temos uma
medida comum completamente objetiva e exterior a cada paradigma
para afirmar que um paradigma é superior ao outro.
Critérios objetivos
A ciência normal