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Capitulo Um

Outro lado, uma camada da dimensão da realidade qual existimos é basicamente um plano
astral que existe no mesmo espaço e tempo do plano humanos. Em termos técnicos os planos
de dimensão por existe no mesmo espaço e tempo deveriam entrar em colapso pelo contato
dimensional, mas por alguma razão são planos fantasma o que permite os dois não entrem o
contato. Em tese o outro lado deveria ser intocável, mas existe uma parte da população
humana que nasceu com certas habilidades e isto é uma chave para alcançar o outro lado, isto
vem acontecendo por toda a história da humanidade. Fisicamente o outro lado é igual ao lado
humano, sem qualquer modificação excerto pela forma que a civilização foi construída por
aqueles que conseguem passar de um lado para outro. Existem muitos mistérios
desconhecidos pelo homem em relação a fauna, flora, geologia e até mesmo mitologia do
outro lado valendo ressaltar que os intelectuais consideram que o conhecimento sobre o outro
lado não chega nem a um porcento considerando a quantidade explorada no lado normal.
Civilizações foram construídas em ambos os lados e se modernizaram juntas criando um
equilíbrio de certa forma, apesar que o outro lado é a definição da existência da magia e
crenças que surgiram pela terra. Cidades modernas construídas no outro lado no passado e
morada atual para aqueles que facilmente são chamados de magos, bruxos ou até mesmo
feiticeiros porem agora de forma mais moderna em relação ao conceito das nomenclaturas.
Vinicius Martin é um jovem rapaz que tecnicamente pertence a um dos grandes clãs
místicos, recentemente tornou-se um dos alunos da renomada universidade, Magikium,
entretanto neste exato momento está de certa forma em detenção na biblioteca junto a mais
cinco jovens. O motivo para isto é completamente besta considerando que é uma faculdade,
mal comportamento em sala de aula. Não era como se importa muito com a aula e seu
comportamento durante elas.
“Você é aquele garoto? O que foi atropelado.” Dizia uma das mulheres na sala. ela possui
um cabelo de tom castanho claro, uma característica que se destaca bastante.
“Ele? Tem mó cara de mauricinho intocável. Duvido.” Comenta o rapaz mais afastado.
No campus rolava o boato de que alguém foi atropelado no plano humano e por alguma
razão conseguiu chegar ao outro lado, um efeito que até o momento era impossível. Os cincos
naquela sala tinham conhecimento sobre este boato, mas não fazia ideia de quem era.
“Podem falar de outra coisa?” vinicius não se sente à vontade para falar deste assunto, há
mais coisas envolvido a isto que alheios não sabia então era melhor apenas fugir do assunto.
“Então é você!” praticamente gritou a garota com uma franja caída na cara.
“Tudo bem, tudo bem. Talvez seja ele, o importante é que vamos ficar aqui por um bom
tempo e eu não quero ficar olhando para nada.” A garota de cabelo castanho se pronuncia
com um sorriso no rosto.
“Por que não fazemos um jogo? Garrafa mágica?” sugeriu o mais afastado.
“Garrafa mágica?” Vinicius não tem muito conhecimento sobre brincadeira envolvendo
magia, teve uma criação diferente dos outros da sala.
“É como o jogo da garrafa dos humanos, porem ela vai está encantada. O que torna tudo
um pouco mais divertido.” A garota da franja começa a explicar. Basicamente é o jogo da
garrafa normal, entretanto ela gira sozinha escolhendo quem deve participar e o que devem
fazer, apenas isto. Então ela completa. “Eu topo se os garotos toparem.”
Havia uma garota, mais quieta que as outra e estava lendo seus livros em silencio, não se
importava muito com a conversa que se desenvolvia naquele momento. Também tinha um
jovem loiro qual apenas permanecia em silencio observando tudo com um rosto mal
encarado. Os dois foram obrigados a se juntarem aos demais do grupo.
Afastaram as mesas e cadeira para abrir um espaço na ala da biblioteca. Vinicius e os
outros cincos sentaram-se no chão em circulo alternando a posição entre homens e mulheres.
A garota que sugeriu o jogo encantou uma garrafa e a posicionou no centro do círculo.
“Avite!” Disse a garota fazendo o feitiço na garrafa funcionar.
A garrafa gira parando sua ponta mais fina para vinicius, em sequencia gira outra vez
apontando para o rapaz loiro silencioso.
“E agora?” Vinicius ainda não entendia como funciona o jogo.
“Aguarde.” Respondeu o loiro olhando fixamente para a garrafa.
Letras surgiram no interior da garrafa formando uma palavra: sete. Para os demais do
grupo estava bem claro, mas para o novato era apenas letras que acabam formando um
número de maneira escrita.
“Uau.” Fez a garota com franja.
“Não sabe o que significa ne?” Rir o rapaz que gostava de ficar afastado.
“Basicamente é sete minutos no céu. Mas como não tem uma sala privativa vocês vão ter
que ir para atras de algumas estantes.” A loira-castanha praticamente ria ao se pronunciar.
“infelizmente não é exatamente sete minutos no seu. Acredito que Richard vai adorar explicar
como é.”
Os olhares deles recaíram sobre o loiro, Richard, como se eles esperassem algo acontecer
ou ser dito pelo rapaz. Ele apenas levantou e seguir afastando-se o máximo possível para trás
de alguma estante, o mais invisível possível. Vinicius vendo isto acabou se levantando
também e seguiu o rapaz loiro.
“Quer me explicar como proceder?”
“Chamam de sete minutos no céu, mas na verdade são sete minutos de sexo. Durante esse
tempo os dois devem fazer algo de teor sexual.” Ele encosta na estante cruzando o braço,
parecia não ser afetado pelo teor da brincadeira. “Eu sei que sou atraente para alguns, mas
não vou te obrigar nada. Provavelmente não sabe como me satisfazer.”
“Tem razão, não sei. Para seu azar sou ativo.” Vinicius se senta no chão com a maior
naturalidade. Ele é publicamente assumido gay, mas por ser novo provavelmente não sabem
disto e na verdade ele nem se quer sabia algo sobre Richard, então apenas disse por dizer.
“Vamos apenas ficar parados sem fazer nada por sete minutos?”
“Inicialmente não queria fazer nada, mas você pode dizer que fizemos um sessenta e
nove.”
“Sessenta e nove comigo? Não imaginei que você gostasse desse tipo de coisa.” Vinicius
acabou por ficar curioso sobre esse novo fato apresentado sobre Richard. Havia percebido os
fios loiros por seu corpo e sua estrutura corpórea facilmente descrita como alguém forte,
percebeu até mesmo os tons de azul no olho do loiro. Apenas não ficou encarando e nem
disse nada por ter imaginado que fosse mais um hetero.
“Que eu fosse gay? Realmente não sou, mas gosto tanto de mulheres como homens.”
Então os dois acabaram por ficar em silencio pelo resto dos sete minutos.
Vinicius e Richard retornam para o circulo da brincadeira. Antes que sentassem no chão
outra vez, chamas surgiram criando um holograma de alguém da diretoria informando que a
detenção do dia acabou por hoje. As chamas se desfazem deixando para trás um bilhete
caindo sobre as mãos de Vinicius, afinal era de interesse dele.
“Alguém sabe onde ficar a Rua Nirvetier, apartamento cento e quatorze?” Perguntou lendo
o bilhete.
“É meu apartamento, por que?” Disse Richard estranhando completamente a pergunta.
“surpresa, sou seu novo colega de quarto.” Mostrou o bilhete forçando sua expressão
facial para parecer contente.
Foi um pouco chocante saber que Richard seria seu colega de quarto depois daquela breve
conversa que tiveram. Ele respirou fundo aceitando a ideia, na verdade percorreu todo o
trajeto até o apartamento tentando aceitar a ideia. Não imaginava que tamanha coincidência
fosse acontecer por mais que esperava que acabaria dividindo o quarto com algum
desconhecido. Richard fez o favor de guiar o novato até o apartamento novo.
Ao entrar vinicius percebeu que o nível do apartamento era bem elevado considerando que
deveria ser apenas um quarto grande para estudantes. Entretanto teve perspicácia de
compreender que Richard obviamente tinha algum tipo de privilegio e que além disto é bem o
nível para alguém que pertence à Família Martin.
Richard adentrou no apartamento sem dizer nenhuma palavra seguindo diretamente para o
seu quarto individual. Vinicius seguiu pelo corredor de entrada que leva para sala onde pode
observar melhor. Havia um balcão dividindo a sala de estar e a cozinha e os dois quartos.
Como Richard havia entrado em um, vinicius, concluiu que o outro era seu e de acordo com
as informações do programa de moradia os seus pertencesses já estaria no quarto. Não
demorou muito para ver com seus próprios olhos como é o local qual morar durante os
próximos anos.
O quarto tinha tons neutros de branco e cinza, não era exatamente suas cores preferidas
pelo menos não era algo exagerado. Não havia muita coisa além da cama, algumas prateleiras
nas paredes a cima da cama, uma mesa comum para estudos e o que parecia guarda-roupas
pequenas. Tinha conexão com um banheiro, o que aliviava um pouco por que não imaginava
como seria dividir um cômodo tão íntimo com outra pessoa.
As caixas com seus pertences estão no chão e algumas malas sobre a cama. Deixou um
suspiro escapar de seus lábios tratando-se de arrumar o quarto enquanto estava disposto a isto
e por não querer encontrar com o loiro tão cedo. Queria apenas poder deitar na cama e dormir
até esquecer aquela conversa que tiveram mais cedo.

Por volta da meia noite vinicius sai de seu quarto, estava usando apenas um short pequeno
para dormir, seguiu para cozinha por querer beber um pouco de água antes de dormir. Porem
acabou por encontrar Richard sentado no balcão comendo o que parecia cereal. Percebeu que
o loiro estava trajado com uma calça de moletom e uma camisa manga curta, estranhamente
combinava perfeitamente com ele. Vinicius até queria comentar algo, mas preferiu ficar em
silencio e seguiu para pegar sua água. O copo em mão parou em frente da pia olhando para
Richard.
“Você é muito... reservado.” Tenta puxar assunto mesmo sabendo que Richard não iria
fisgar a isca. Silencio foi tudo que obteve por algum tempo.
“Ótimo, ao menos não sou a visão hetero top galinha falador demais que teve de mim mais
cedo.” Respondeu terminando o cereal, Richard parecia um pouco chateado relembrando da
conversa mais cedo.
“Desculpa por isso. Não era minha intenção ofende-lo desta maneira.”
“Não ofendeu. Apenas queria lhe dar uma lição por julgar alguém pela aparência.” Um
esboço de sorriso surgiu no rosto de Richard.
“Você também achou que eu fosse hetero.” Rebateu
“Na verdade, achei que seria mais um passivo e estou cheio deste tipo” Afasta a tigela
levantando-se e voltando do para quarto.
Isto meio que chateia um pouco vinicius, mas compreendia que Richard não quer
conversar. Aparentemente a conversa entre ambos se resume a uma conversa um tanto quanto
sórdida qual não agrada muito nenhuma parte.
Capitulo Dois

Quase uma semana se passou deste que passou a dividir um apartamento com Richard.
Não quase nenhuma mudança em sua rotina além das manhas corridas e as chegadas
cansadas em casa, porem sua vida é quase a mesma de antes. O fato de ter um colega de
quarto não muda em nada, quase não tem conversas longas ou mal o ver pelo apartamento.

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