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O NOVIÇO – UMA COMÉDIA DE COSTUMES

MARTINS PENA
PROFESSORA: KAROL
CONHECENDO O AUTOR
Muito do teatro como conhecemos foi fruto do trabalho de
um autor romântico do século XIX.
Luiz Carlos Martins Pena nasceu, em 1815, no Rio de
Janeiro, de uma família humilde e ficou órfão de pai e mãe
aos 10 anos. A partir dessa idade foi criado por tutores que
o ensinaram a trabalhar com comércio.
Entretanto, ao longo de sua vida estudou paralelamente
diversos tipos de artes como teatro, literatura, desenho,
outras línguas, músicas, arquitetura e história, que o levou
inclusive a manter uma breve carreira diplomática em
Londres, pouco antes de falecer, vítima de tuberculose, em
1848.
CONHECENDO O AUTOR
• Criador da comédia brasileira: a comédia de
costumes
• Martins Pena é reconhecido como o primeiro
autor teatral a desenvolver temas nacionais
com observações irônicas e satíricas sobre a
realidade da sociedade brasileira. Antes dele, a
produção teatral no nosso país estava
relacionada a temas religiosos e tinha função
moralizante, feita quase sempre em tom solene,
que se afastava da população mais simples.
COMÉDIA DE COSTUMES
• A comédia de costumes, o mais característico dos gêneros de teatro no
Brasil, caracteriza-se pela criação de tipos e situações de época, com uma
sutil sátira social. Proporciona uma análise dos comportamentos humanos e
dos costumes num determinado contexto social, tratando frequentemente de
amores ilícitos, da violação de certas normas de conduta, ou de qualquer
outro assunto, sempre subordinados a uma atmosfera cômica. A trama
desenvolve-se a partir dos códigos sociais existentes, ou da sua ausência, na
sociedade retratada. As principais preocupações dos personagens são a vida
amorosa, o dinheiro e o desejo de ascensão social . O tom é
predominantemente satírico, espirituoso e cômico, oscilando entre o diálogo
vivo e cheio de ironia e uma linguagem às vezes conivente com a
amoralidade dos costumes.
APRESENTAÇÃO
CONTEXTO HISTÓRICO/ CULTURAL
• Expansão da indústria, urbanização, difusão de ideais de liberdade,
associados à recente independência, dão ares de modernidade ao Rio de
Janeiro e criam um certo orgulho em ser brasileiro.
• Orientados pela visão apaixonada do Romantismo, artistas e intelectuais o
do comércio e buscam definir a identidade nacional.
• Simultaneamente, surge um público, ainda que reduzido, interessado em
ver nos palcos não somente peças francesas ou óperas italianas, mas
também as histórias brasileiras.
CONTEXTO HISTÓRICO/ CULTURAL
• É nesse contexto que surge Martins Pena. Diferentemente da poesia e do
romance romântico de seu tempo, ele não tratou de modo idealizado as
questões da nacionalidade, mas focalizou a sociedade do Segundo
Reinado , tanto em sua inocência quanto em seus aspectos mais ridículos.
Suas peças, escritas entre 1833 e 1846, trazem várias marcas dessa escola.
• É comum, por exemplo, encontrar personagens driblando todas as
adversidades para ficar junto da pessoa amada. Afinal, um bom
casamento era, naqueles tempos, uma das principais preocupações dos
jovens. Seus textos, porém, antecipam algumas características do Realismo,
movimento literário surgido em meados do século XIX. como montar uma
loja virtual
O TEXTO DRAMÁTICO
A peça teatral é composta por dois tipos de texto:

• Texto principal – contém as falas dos atores, que podem ser escritas através de:

• Monólogo – a personagem fala consigo mesmo, expondo, perante o público,


os seus pensamentos e/ou sentimentos (precedido sempre de travessão);
• Diálogo – falas entre duas ou mais personagens (precedido sempre de
travessão);

• Apartes – comentários de um personagem para o público, pressupondo que


não são ouvidos pelo seu interlocutor.

• Texto secundário (Indicações cênicas) – Destina-se ao leitor, ao encenador ou


aos atores.
O TEXTO DRAMÁTICO
A peça teatral compõe-se também em sua estrutura de:
• listagem inicial das personagens;
• indicação do nome das personagens no início de cada fala;
• informações sobre a estrutura externa da peça (divisão em
atos, cenas ou quadros);
• indicações sobre o cenário e guarda-roupas das
personagens;
• indicações sobre movimentação das personagens em palco,
as atitudes que devem tomar, os gestos que devem fazer ou
a entoação de voz com que devem proferir as palavras.
O TEXTO DRAMÁTICO
• O texto da peça teatral divide-se em:

• exposição: apresentação dos personagens e antecedentes da ação;

• conflito: conjunto de fatos que fazem a ação progredir;

• desenlace: desfecho da ação dramática.


NOVIÇO
• 1.RELIGIÃO que ou quem passa um certo tempo no convento preparando-
se para professar.
• 2.que ou quem apenas iniciou alguma atividade ou profissão; iniciante,
novato.
PERSONAGENS
AMBRÓSIO – ESPOSO DE FLORÊNCIA
FLORÊNCIA – ESPOSA DE AMBRÓSIO
EMÍLIA – FILHA DE FLORÊNCIA
JUCA – FILHO DE FLORÊNCIA
CARLOS – NOVIÇO DA ORDEM DE SÃO BENTO
ROSA – PROVINCIANA, PRIMEIRA MULHER DE AMBRÓSIO
PADRE-MESTRE DOS NOVIÇOS
JORGE – VIZINHO
JOSÉ – CRIADO CONTRATADO POR AMBRÓSIO
1 MEIRINHO, QUE FALA.
2 DITOS, QUE NÃO FALAM.
SOLDADOS DE PERMANENTES
ATOS: O NOVIÇO É DIVIDIDO EM TRÊS ATOS,
PASSADOS NO RJ.
PRIMEIRO ATO: A APRESENTAÇÃO
• No primeiro apresentam-se o hipócrita • Carlos encontra Rosa e esta fornece-
e interesseiro Ambrósio, que casou lhe meios para chantagear Ambrósio e
com a crédula Florência ; o noviço permitir-lhe sair corretamente do
Carlos que com mais vocação para convento, retirar Emília e Juca [irmão
militar fugiu do convento para casar-se mais novo de Emília] da vida religiosa
com Emília [filha de Florência e sua que Ambrósio planejava para eles e
prima]. Aparece também Rosa, casar com Emília.
primeira esposa de Ambrósio [não
havia divórcio na época], que foi
abandonada por ele após ter seus
bens roubados.
SEGUNDO ATO: A CHANTAGEM
• Ao descobrir a primeira mulher de Ambrósio ( Rosa), Carlos o chantageia,
pedindo, em troca de seu silêncio, que o tio convencesse sua tia
(Florência) de que o convento não era o melhor destino para Carlos, Emília
e Juca. No início do ato, Ambrósio nega que já era casado, porém, ele não
contava com o fato de que Carlos tinha em mãos, a certidão de seu
primeiro casamento.
• Ambrósio concorda com as chantagens de Carlos e pede a Florência que
se esqueça do convento para seus filhos e para os sobrinho.
• O Mestre revela que uma mulher foi levada no lugar de Carlos e isso
preocupa Ambrósio.
• Florência insiste que não quer que o sobrinho volte ao convento.
• Rosa aparece e revela tudo à Florência.
TERCEIRO ATO: A TRISTEZA E A
VIGANÇA
• Florência fica muito triste com a traição de Ambrósio e por ter se deixado
por ele.
• Ambrósio consegue fugir, porém ele retorna, ameaçando Florência.
• Carlos retorno após 8 dias desaparecido.
• Carlos enfrenta Ambrósio.
• Como Carlos também havia fugido e Ambrósio estava vestido com um
hábito religioso, perseguiram Carlos, achando que ele seria o tal ladrão,
logo, ele apanha no lugar de Ambrósio.
• Ocorre o tão esperado encontro entre Rosa, Ambrósio e Florência e a
vingança acontece e Ambrósio é preso.
• Carlos de livra do convento, ( Abade autoriza).

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